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Aula 8 - Integridade da pele e cuidados de feridas

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ESTRUTURA, FUNÇÕES, 
INTEGRIDADE DA PELE E 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
COM FERIDAS 
P R O Fª P A UL A P A UL INA 
A D A P T A D O D E P R O F ª M A Í Z A A B R E U E 
L U N A M O U R A
ANTES DE MAIS NADA ...
Aquele paciente 
da úlcera por 
pressão 
Aquela senhora 
mastectomizada
Aquele paciente do 
pé diabético 
Deixar de lado expressões 
como ...
ATENTAR-SE 
Quem é o sujeito carente de cuidado?
Que sentido ele dá a sua própria existência?
Que sentido tem o corpo para o portador de feridas?
O que ele pensa acerca de sua própria imagem?
Como se comporta e que reações apresenta ao descobrir-se ferido 
ou mutilado?
De que maneira quer ser ajudado?
FUNÇÃO DA PELE
 Maior órgão do corpo humano;
 15% do peso corporal;
 Barreira contra organismos causadores de doenças;
 Órgão sensorial para a dor, temperatura e toque;
 Sintetiza vitamina D;
O Enfermeiro tem a responsabilidade de monitorar a 
integridade da pele e planejar, implementar e avaliar 
intervenções para a manutenção da integridade da pele.
ESTRUTURA DA PELE
O conhecimento da cicatrização normal da pele ajuda na
identificação de condições que requerem a intervenção de
enfermagem.
Epiderme (camada externa)
Derme (camada intermediária)
Hipoderme (Camada interna)
Composição 
Epiderme
É um epitélio estratificado composto de queratinócitos. É formado por
quatro camadas distintas.
Camada Germinativa ou Basal
Camada Espinhosa ou Malpighiana
Camada Granulosa
Camada Córnea 
ESTRUTURA DA PELE
A derme é o tecido conjuntivo onde está apoiada a epiderme, que
tem como função unir a pele ao subcutâneo ou hipoderme. São 3
os tipos de fibras encontradas nesta camada:
Fibras colágenas
Fibras elásticas
Fibras reticulares
ESTRUTURA DA PELE
Derme
A hipoderme ou tecido celular
subcutâneo é uma camada tecido
conjuntivo frouxo localizada abaixo da
derme, a camada profunda da pele,
unindo-a de maneira pouco firme aos
órgãos adjacentes.
Hipoderme ou subcutâneo 
ESTRUTURA DA PELE
Estímulos 
patológicos ou 
estresse 
excessivo
Situações de 
adaptação
Alterações 
estruturais + com 
preservação da 
viabilidade celular
Estímulos mais 
agressivos 
Limites da 
capacidade de 
adaptação 
excedidos = lesão 
celular
MECANISMO DE LESÃO 
CELULAR
As lesões celulares
podem ser reversíveis,
mas se os estímulos
persistirem, ou forem
suficientes intensos,
ela poderá se tornar
irreversível = MORTE
CELULAR
 Interfere na respiração oxidativa
da célula, sendo uma das 
principais causas de lesão e morte 
celular.
PRINCIPAIS FATORES QUE 
CAUSAM LESÃO CELULAR
Hipóxia
Traumatismos mecânicos,
condições extremas de
temperatura (calor / frio), choque
elétrico e irradiação.
PRINCIPAIS FATORES QUE 
CAUSAM LESÃO CELULAR
Agentes Físicos
PRINCIPAIS FATORES QUE 
CAUSAM LESÃO CELULAR
Agentes Químicos e drogas
Oxigênio em excesso, cianeto, 
monóxido de carbono e álcool.
PRINCIPAIS FATORES QUE 
CAUSAM LESÃO CELULAR
Agentes Infecciosos
 Erisipela, Síndrome de Fournier.
PRINCIPAIS FATORES QUE 
CAUSAM LESÃO CELULAR
Reações Imunológicas 
 Reação anafilática
PRINCIPAIS FATORES QUE 
CAUSAM LESÃO CELULAR
Desequilíbrios nutricionais e genéticos 
 Desequilíbrios nutricionais:
deficiências calórico-proteicas
(kwashiorkor) e os excessos lipídicos.
 Distúrbios genéticos: defeitos
genéticos podem resultar em
malformações congênitas,
anormalidades enzimáticas e outros
distúrbios. Anemia falciforme,
epidermólise bolhosa.
TIPOS DE TECIDOS - ESFACELO
Tecido necrosado de
consistência delgada, mucóide,
macia e de coloração amarela.
Formado por bactérias, fibrina,
elastina, colágeno, leucócitos
intactos, fragmentos celulares,
exsudato e grandes quantidades
DNA. Podem estar firmes ou
frouxamente aderidos no leito e
nas bordas da ferida.
TIPOS DE TECIDOS - NECROSE
 Principal manifestação de lesões celulares
irreversíveis.
 O processo de morte celular nem sempre segue
o mesmo padrão morfológico, o que resulta no
surgimento de diferentes tipos de necrose:
 Necrose por coagulação: tipo mais comum de
necrose. Desnaturação de proteínas estruturais
e enzimáticas. Aspecto enegrecido, ressecado e
de difícil remoção. Bastante aderente aos
planos subjacentes.
NECROSE
 Necrose de liquefação: ocorre em
decorrência da potente ação das
enzimas hidrolíticas, que processam as
estruturas celulares por meio da autólise
e heterólise.
 Comum nas infecções bacterianas.
 Apresenta tecido de coloração branco-
amarelada, mole e desvitalizada.
NECROSE
 Necrose gordurosa: morte celular no
tecido adiposo. Pâncreas ou tecido
adiposo da mama.
 Necrose caseosa: combinação da
necrose de coagulação com a necrose
de liquefação.
 Necrose gangrenosa: lesão isquêmica
que compromete algum membro
(geralmente o inferior), seguida de
agressão de origem bacteriana. Pode
ser seca (padrão coagulativo) e úmida
(padrão liquefativo).
TECIDO DE GRANULAÇÃO
 É o crescimento de pequenos vasos
sanguíneos e de tecido conectivo para
preencher feridas de espessura total.
O tecido é saudável quando é
brilhante, vermelho vivo, lustroso e
granular com aparência aveludada.
Quando o suprimento vascular é
pobre, o tecido apresenta-se de
coloração rosa pálido ou
esbranquiçado para o vermelho
opaco.
EPITELIZAÇÃO
Novo tecido que é 
formado com o 
processo de 
cicatrização, com 
coloração rosada.
A cicatrização: consiste em uma
complexa sequência de eventos
coordenados e desencadeados
pelo organismo, que objetivam
reconstituir estrutural e
funcionalmente o tecido
comprometido em sua maior
plenitude.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDA
De acordo com o comprometimento
tecidual, pode-se classificar as feridas em:
 Feridas de espessura parcial: lesão
acomete a epiderme e a camada
superficial da derme.
 Feridas de espessura total:
comprometimento de toda a epiderme,
derme e tecido subcutâneo, podendo
se estender ao tecido muscular e
ósseo.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDA
Cicatriz 
frequentemente 
imperceptível
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDA
Cicatrização de Feridas de Espessura Parcial
Crosta – sangue, 
restos celulares 
desvitalizados e 
partículas de tecidos
Resposta celular em 
24 – 48 horas
Migram da membrana 
basal até o local 
afetado – Mitose
Crosta desprende – se
Processo de 
Reepitelização
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDA
Cicatrização de 
Feridas de 
Espessura Total
Formação de 
um novo tecido
Tecido de 
granulação
Epitelização
Contração da 
ferida
Reparo 
completo
Compreende três 
fases:
Inflamatória ou 
exsudativa
Duração: 48 a 72 
horas
Fibroblástica ou 
proliferativa
Duração: 12 a 14 
dias.
Remodelamento ou 
maturação
Duração: meses a 
anos
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDA
De acordo com a perda tecidual, o processo de cicatrização pode ocorrer de 
três formas:
Cicatrização por primeira intenção ou
primária: advém da sutura por planos
anatômicos. Na cicatrização primária não
há perda tecidual. EX: Ferida cirúrgica.
Cicatrização por segunda intenção ou
secundária: maior perda celular e tecidual.
EX: Úlceras por pressão e úlceras venosas.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDA
De acordo com a perda tecidual, o processo de cicatrização pode ocorrer de 
três formas:
Cicatrização por terceira intenção: é corrigida cirurgicamente após a 
formação de tecido de granulação, a fim de que apresente melhores 
resultados funcionais e estéticos.
Cicatrização por primeira
intenção retardada ou
primário retardado:
 fechamento primário
adiado por presença de
infecção.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDA
Para acelerar o processo de cicatrização secundária pode-se realizar 
aproximação das bordas da ferida com pontos de sutura simples. 
FATORES QUE INTERFEREM 
NA CICATRIZAÇÃO
S
is
tê
m
ic
o
s
Idade 
Condição 
nutricional 
Vascularizaç
ão 
Medicame
ntos 
sistêmicos 
Tabagismo 
Doenças 
de base
FATORES QUE INTERFEREM 
NA CICATRIZAÇÃOL
o
c
a
is
 
Infecção 
local
Agentes 
tópicos
Tecido 
necrótico 
Suprimento 
sanguíneo 
Tipos de 
cobertur
as 
https://www.youtube.com/watch?v=i9WSh1z4c5M
https://www.youtube.com/watch?v=i9WSh1z4c5M
ETIOLOGIA E 
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
Profª Maíza Abreu e Luna Moura
AULA 2
CONCEITO DE FERIDA
Ferida - qualquer lesão da integridade da pele e tecidos
adjacentes (tecido subcutâneo,muscular, etc).
Feridas agudas: são as feridas recentes;
Feridas crônicas: tem um tempo de cicatrização maior que o esperado devido
a sua etiologia. Por exemplo, os pontos epiteliais de uma ferida cirúrgica
podem ser retirados com 7 a 10 dias após o procedimento, pois nesse período
espera-se ter ocorrido o reparo da lesão, que aguarda apenas a fase de
maturação. No caso da ferida não apresentar a fase de regeneração na época
esperada, havendo um retardo, a ferida é encarada como crônica.
ROMPIMENTO DAS FERIDAS
Cirúrgica: incisão cirúrgica.
Traumática: fraturas expostas ou não, escoriações causadas por uma agressão
(mecânica, térmica ou química).
Crônica: lesão por pressão.
ETIOLOGIA
Limpa: local não traumático, não infectado, sem inflamação, sem quebra de técnica asséptica.
Limpas – contaminadas: lesão inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação 
significativa.
Contaminada: traumas, derramamento grosseiro proveniente do trato gastrointestinal, geniturinário,
técnica asséptica incorreta. Lesão ocorrida com tempo maior que 6 horas (trauma e atendimento) sem
sinal de infecção;
Suja: cicatrização retardada, tecido desvitalizado, corpos estranhos, contaminação fecal, inflamação
aguda, drenagem purulenta.
GRAU DE CONTAMINAÇÃO 
DAS FERIDAS
Feridas abertas: ruptura de tecidos como fraturas expostas (infecção é
comum).
Feridas fechadas: danos sobre o corpo – edema, equimose e hematomas.
ROMPIMENTO DAS FERIDAS
Agentes mecânicos 
Feridas incisas: por deslizamentos sobre a pele (faca, lâmina de barbear, estilhaço de
vidro).
Feridas perfuroincisas: por lâmina e gume afiado dotado de ponta fina (punhal, tesoura).
Feridas cortocontusas: por lâmina com gume afiado (machado, foice, facão, enxada, moto-
serra).
Feridas perfurocontusas: projétil de arma de fogo (PAF).
Feridas puntiformes: lesões em forma de ponto, produzidas por instrumentos perfurantes,
finos, cilíndricos e pontiagudos de comprimento variável.
AGENTE PRODUTOR DA LESÃO
Agentes físicos: temperatura (calor/queimaduras), eletricidade.
Agentes químicos: vitriolagem (queimadura com ácido sulfúrico-
vitríolo).
AGENTE PRODUTOR DA LESÃO
Ferida penetrante
Ferida não penetrante
PROFUNDIDADE DAS FERIDAS
Ferida superficial
Ferida profunda
Ferida transfixante
PENETRAÇÃO EM CAVIDADE
SILVA, R.C.L., FIGUEIREDO, N.M.A e MEIRELES, I.B. Feridas: fundamentos e
atualizações em enfermagem. Editora Yendis. 3ª Edição. 2011. São Paulo.
Capítulo 3 e 4.
GOMES, F. V. L. et al. Comissão de Controle de Infecção hospitalar Serviço de
controle de Infecção Hospitalar e Manual de Curativos. Central de curativos:
manual de curativos. 3ª Revisão: Agosto de 2005
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=7-IAgPDuO0g
https://www.youtube.com/watch?v=gaijp2fd4S4
REFERÊNCIAS 
https://www.youtube.com/watch?v=7-IAgPDuO0g
https://www.youtube.com/watch?v=gaijp2fd4S4
REFERÊNCIAS
SILVA, R.C.L., FIGUEIREDO, N.M.A e MEIRELES, I.B. Feridas: fundamentos
e atualizações em enfermagem. Editora Yendis. 3ª Edição. 2011. São Paulo.
Capítulo 8 e 10.
GOMES, F. V. L. et al. Comissão de Controle de Infecção hospitalar Serviço
de controle de Infecção Hospitalar e Manual de Curativos. Central de
curativos: manual de curativos. 3ª Revisão: Agosto de 2005.
SISTEMATIZAÇÃO DA 
ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM: INTEGRIDADE 
DA PELE E FERIDAS
AULA 2
PROFª MAIZA ABREU E LUNA 
MOURA
SAE: INTEGRIDADE DA PELE E 
CURATIVOS 
A Sistematização da Assistência 
de Enfermagem no atendimento 
ao cliente portador de lesões de 
pele, através do processo de 
enfermagem é o caminho mais 
curto para que os objetivos 
propostos sejam alcançados.
INVESTIGAÇÃO SEMIOLÓGICA
Sinais e sintomas no leito da lesão e no corpo do cliente : elaborar 
plano assistencial.
Sentido cefalopodal, evitando regiões dolorosas.
Principal queixa nem sempre é a lesão.
Em lesões crônicas a queixa está relacionada a autoimagem, 
limitações.
Revisão geral dos sistemas – pode passar desapercebido outras 
manifestações.
INVESTIGAÇÃO SEMIOLÓGICA
Considerar sempre a doença de base, tratamento
farmacológico e cirurgias realizadas.
Pensamento crítico – exame clínico –
exames laboratoriais.
Avaliação de sensibilidade (neuropatias 
diabéticas).
Estado cardiovascular, respiratório, nutricional, digestivo 
e locomotor.
INVESTIGAÇÃO SEMIOLÓGICA
Presença de leões de pele, dor,
febre, dificuldade ou déficit do
movimento, distúrbios de
comportamento relacionados à
perda ou alteração da auto-
imagem.
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES 
 Depende da intervenção anterior e resultados de exames.
 Colonização ou infecção presente.
 Procedência (hospital/casa).
 Tempo e local.
 Gravidade do problema ortopédico.
 Idade.
 Condições clínicas, psicológicas, nutricionais, econômicas e 
sociais.
INVESTIGAÇÃO SEMIOLÓGICA
TRATAMENTO 
INVESTIGAÇÃO SEMIOLÓGICA
AVALIAÇÃO
• Enfermidades ortopédicas, feridas
cirúrgicas e traumáticas podem gerar dor,
dificuldade de locomoção e
movimentação.
• É fundamental que se conheça: conceitos,
etiologia, classificação e avaliação de
feridas, o que prejudica a cicatrização e as
terapias existentes para cada situação.
Indicado para feridas que cicatrizam por segunda intenção. Classificadas pela coloração:
INVESTIGAÇÃO SEMIOLÓGICA
Somente o diagnóstico preciso do tipo e do estágio da lesão 
permite a correta tomada de decisão sobre as medidas a 
serem implantadas e os recursos utilizados.
SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO RYB (red/yellow/black):
AVALIAÇÃO DA FERIDA
 Incluem sítios doadores de enxertos,
feridas pós-desbridamento, crônicas em
cicatrização, em que predomina o tecido
de granulação e o epitélio novo.
 O tratamento favorece o ambiente
úmido e é preciso proteger os tecidos
recém-formados e prevenir infecções.
VERMELHA
Tecido de granulação
Tecido de epitelização
AVALIAÇÃO DA FERIDA
 Geralmente apresentam exsudato
fibroso e seus tecidos são moles e
desvitalizados, podendo estar
colonizados.
 Deve-se identificar a presença de
infecção e promover o desbridamento.
Tratar infecção (sistêmica).
AMARELA Tecido mole e desvitalizado
“Fibrina ou esfacelo”
Pouca quantidade de tecido de 
granulação
AVALIAÇÃO DA FERIDA
 Necrose tecidual, a cor
pode variar entre castanho,
marrom e preto. Remover
por desbridamento.
PRETA
Tecido “necrosado”
O National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) é uma organização norte-
americana, sem fins lucrativos, dedicada à prevenção e ao tratamento de lesões 
por pressão.
PORQUE MUDOU O TERMO 
ÚLCERA POR PRESSÃO(UPP) 
PARA LESÃO POR PRESSÃO 
(LPP)?
NOVA NOMENCLATURA: O QUE MUDOU ?
 Úlcera por pressão LESÃO POR PRESSÃO.
 Estadiamento: mudou de números romanos para arábicos. 
 Ex: Estágio I Estágio 1 e assim sucessivamente. 
 Suspeita de lesão tissular profunda LESÃO 
TISSULAR PROFUNDA 
 Lesão por pressão Não Classificável (Incluída). 
INCLUÍDO 
 Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico.
 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas (NÃO ESTADIA 
DEVIDO ÀS CARACTERÍSTICAS DO TIPO DE TECIDO).
CONSENSO NPUAP – 2016.
Acreditando na
importância da
disseminação dessas
informações para os
profissionais do país,
membros da SOBEST
e da SOBENDE, de
forma colaborativa,
realizaram a tradução
e a validação do
documento para o
português.
NOVA NOMENCLATURA: O QUE MUDOU ?
AVALIAÇÃO DA FERIDA
ESCALA DE CICATRIZAÇÃO DE LESÃO 
POR PRESSÃO-LPP 
ESCALA Push Tool
Parte dos parâmetros tamanho, tipo de
tecidos, quantidade de exsudato.Essa
escala permite a categorização da lesão
auxiliando no direcionamento do
tratamento para cada fase.
AVALIAÇÃO DA FERIDA
GRAU DE LESÃO TISSULAR: PARA LESÃO POR PRESSÃO-LPP
Estágio 1 – hiperemia em pele íntegra.
Estágio 2 – epiderme/derme rompidas.
Estágio 3 – lesão de tecido subcutâneo,
podendo estender-se até a fáscia muscular,
havendo presença ou não de necrose.
Estágio 4 – lesão do tecido até a fáscia
muscular, podendo atingir os tecidos
musculares e ósseo, pode haver presença ou
não de necrose e infecção.
AVALIAÇÃO DA FERIDA
AVALIAÇÃO DA FERIDA
Não 
classificável ou 
não estadiável
(pode utilizar 
um dos dois 
termos). 
AVALIAÇÃO DA FERIDA
PRINCIPAIS LOCAIS DE OCORRÊNCIA DE LPP
PROEMINÊNCIAS 
ÓSSEAS 
As áreas comuns para o aparecimento da LPP são:
AVALIAÇÃO DA FERIDA
ESCALA DE BRADEN
O escore varia de 6 a 23 
pontos 
17 sem risco
15 e 16 risco leve 
 12 e 14 risco moderado 
 ≤ 11 risco alto
AVALIAÇÃO DA FERIDA
ESCALA DE BRADEN
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE LPP
 Pressão Contínua 
 Cisalhamento 
 Fricção
 Umidade
 Idade avançada
 Comorbidades
 Condições Nutricionais
 Drogas Sistêmicas
Mobilidade Reduzida 
AVALIAÇÃO DA FERIDA
ESCALA DE 
WATERLOW PARA 
AVALIAÇÃO DE 
RISCO DE LESÃO 
POR PRESSÃO
AVALIAÇÃO DA FERIDA
PREVENÇÃO
Reduzindo a fricção e cisalhamento
Estimulando a Movimentação
Reduzindo a umidade
Avaliando a Pressão
Higienização e Hidratação da pele
Manter a pele limpa e seca
Cisalhamento - é causado pela combinação da gravidade e fricção. Exerce uma força paralela à pele e
resulta da gravidade que empurra o corpo para baixo e da fricção ou resistência entre o paciente e a
superfície de suporte.
AVALIAÇÃO DA FERIDA
PROFUNDIDADE DA FERIDA
Superficial ou parcial: epiderme, podendo
chegar a derme, sem no entanto atravessá-
la.
Profunda ou total: além das camadas
superiores, envolve subcutâneo, muscular e
ósseo.
AVALIAÇÃO DA FERIDA
ASPECTO DO EXSUDATO
 Exsudato seroso: origem plasmática.
 Exsudato aquoso: transparente,
normalmente presente em lesões limpas.
 Exsudato sanguinolento: lesão vascular.
 Exsudato purulento: espesso, varias entre
amarelo, verde ou marrom.
AVALIAÇÃO DA FERIDA
DIMENSÃO DA FERIDA
Documentar com maior fidelidade a evolução da ferida –
comprimento, largura, diâmetro e profundidade da lesão. 
Instrumentos:
Réguas.
Papel milimetrado.
Swab estéril – confirmar com régua.
Realizar sempre a mesma pessoa, com os mesmos
instrumentos, paciente na mesma posição. Se possível,
após autorização do paciente ou familiar - fotografar
TRATAMENTO DAS FERIDAS
FINALIDADES DA TERAPIA TÓPICA
Embora a reparação tecidual seja um processo sistêmico, precisamos favorecer o 
meio ideal para viabilizar o processo fisiológico. 
Remover corpos estranhos.
Reaproximar bordas separadas.
Proteger a ferida contra contaminação, infecção e traumas.
Promover hemostasia.
Preenche o espaço morto e evitar a formação de sero-
hematomas.
Favorecer a aplicação de medicação tópica.
Realizar desbridamento.
Reduzir edema.
Absorver o excesso de exsudato.
TRATAMENTO DAS FERIDAS
FINALIDADES DA TERAPIA TÓPICA
• Manter a umidade da superfície da ferida.
• Fornecer isolamento térmico.
• Proteger a cicatrização da ferida.
• Limitar a movimentação dos tecidos em torno da
ferida.
• Propiciar conforto psicológico.
• Diminuir a intensidade da dor.
Constituído de duas etapas: a limpeza e/ou/desbridamento e a
cobertura
PRINCÍPIOS PARA REALIZAÇÃO DA 
TERAPIA TÓPICA DAS FERIDAS
Preparar o carrinho com todo o material a ser utilizado, estando
este devidamente limpo.
Verificar a validade de todo o material.
Utilizar material estéril.
Preparar o paciente, posicioná-lo, respeitando a sua privacidade.
Lavar as mãos antes e depois.
Lavar a ferida com soro fisiológico em jato ou com solução anti-
séptica (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local
de inserção dos cateteres centrais).
Realizar a limpeza da pele adjacente à ferida.
Realizar a limpeza do menos para o mais contaminado, evitando
o movimento de vai-e-vem.
Utilizar a gaze uma única vez.
Secar a pele ao redor da ferida sem
tocar em seu leito.
Proteger a área da lesão com gaze em
quantidade suficiente para cobri-la.
Remover secreções, corpos estranhos e
tecido necrótico.
Adequar o curativo ao tamanho da
ferida.
Fixar o curativo com atadura ou
micropore.
Registrar o aspecto da ferida e material
utilizado para o curativo.
PRINCÍPIOS PARA REALIZAÇÃO DA 
TERAPIA TÓPICA DAS FERIDAS
CLASSIFICAÇÃO DA TERAPIA 
TÓPICA
Semi-Oclusivo
 Oclusivo
Compressivo
CLASSIFICAÇÃO DA TERAPIA 
TÓPICA
Sutura com fita adesiva
Curativos Abertos
Seco
Úmido
Drenagens
LIMPEZA COM SF 0,9% E 
COBERTURA SECA
Composição: cloreto de sódio a 0,9%.
Mecanismo de ação: limpeza mecânica ou hidrolítica.
 Indicação: incisões e locais de inserção de drenos.
Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Modo de usar
 Limpar a incisão ou o local de inserção do dreno com gaze e SF
0,9%.
Secar com gaze.
Ocluir com gaze ou bolsa coletora.
Periodicidade de troca
De acordo com a saturação /volume do exsudato ou a cada 24h.
LIMPEZA CURATIVO ÚMIDO COM SF 
0,9%
 Composição: cloreto de sódio a 0,9%.
 Mecanismo de ação: limpa e umedece a ferida, favorece a formação de tecido de granulação,
amolece o tecido desvitalizado e favorece o desbridamento autolítico.
 Indicação: manutenção da ferida úmida.
 Tipos de feridas: feridas de cicatrização de segunda e terceira intenção.
 Contra-indicação: feridas com cicatrização por primeira intenção e locais de inserção de cateteres,
introdutores, fixadores externos e drenos.
Modo de usar (deiscência de sutura):
 Limpar com jatos de SF 0,9%.
 Manter gaze de contato úmida com SF0,9% no local.
 Ocluir com cobertura secundária estéril.
 Fixar.
Periodicidade de troca
 De acordo com a saturação /volume do exsudato ou a cada 24h.
Atenção!! as incisões necessitam de técnica estéril nas primeiras 24/48h. Após, podem permanecer
abertas sendo lavadas no banho com água e sabão.
CURATIVO ÚMIDO COM SF 0,9%
Modo de usar
 Limpar o leito da ferida com jatos de SF 0,9%.
 Remover exsudatos, limpando a ferida com gaze embebida com SF0,9%, com
movimentos lentos e leves para não prejudicar o processo cicatricial.
 Remover tecidos desvitalizados com auxílio de gaze, pinça ou bisturi.
 Colocar gazes de contato, úmida com SF0,9%, no local suficiente para manter o leito da
ferida úmido.
 Ocluir com cobertura secundária estéril.
 Fixar.
Periodicidade de troca
 De acordo com a saturação /volume do exsudato ou no máximo a cada 24h.
 Pouco exsudato – a cada 24h.
 Moderado - a cada 12h.
 Intenso – entre 6 a 8h o S/N.
CLOREXIDINA ALCOÓLICA
 Composição: Digluconato de clorexidina em veículo alcoólico.
 Mecanismo de ação: a atividade germicida /efeito letal na membrana citoplasmática
bacteriana.
 Indicação: antissepsia de pele e mucosas e na inserção de cateteres vasculares, para
prevenção de colonização.
 Tipos de feridas: inserção de cateter vascular, drenos, acessos centrais, feridas
operatórias*.
 Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Modo de usar (deiscência de sutura):
 Limpar o local com gaze e SF 0,9% nos locais com sangramento.
 Secar com gaze.
 Aplicar a solução alcoólica de clorexidina.
 Ocluir com fina camada de gaze e fixar (filme transparente) ou micropore
*dependendo da indicação
CLOREXIDINA ALCOÓLICA
Periodicidade de troca
Cateteres e coberturas com gaze: a cada 24h.
 Filme transparente: até no máximo 7 dias ou
quando apresentar sujidade, umidade,
enrugamento, soltura ou qualquer outro tipo de
comprometimento
Obs.: os curativos devem ser inspecionados
diariamente e trocados quando sujos ou úmidos!!
EXISTE UMA COBERTURA IDEAL?
Não existe um produto considerado ideal
para todo o tratamento de feridas do
começoao fim, motivo esse que se faz
necessário conhecer os benefícios, contra-
indicações, indicações e o custo de cada
tipo de cobertura a ser aplicada.
Levar em consideração: localização (saliência óssea, local anatômico, região
de dobras), área (comprimento x largura), profundidade, característica e
quantidade de exsudato, existência de túneis ou cavidades, presença de
edema e odor, coloração do leito da ferida.
COBERTURAS (CURATIVOS)
 Primárias - permanecem em
contato direto com a ferida
 Secundárias - ficam sobre a
cobertura primária, tais como gaze
e outras.
Avaliar sempre a ferida – curativo deve acompanhar a evolução da cicatrização.
LIMPEZA E DESBRIDAMENTO
O processo de limpeza é de fundamental importância para a reparação
tecidual. A limpeza deve ser realizada de modo suave, reduzindo o risco de
dano ao tecido neoformado.
Feridas granuladas e limpas
Materiais: Agulhas 40x12 ou furador
de soro e frasco de soro perfurado.
Feridas necróticas
Deve ser desbridada.
TÉCNICA BÁSICA 
MATERIAL NECESSÁRIO
TÉCNICA BÁSICA 
DOBRADURA DA GAZE
REALIZAR A “BONECA DE GAZE”
KIT CURATIVO
Pinça Kelly reta
Pinça “dente de rato”
Pinça anatômica
Campo estéril
Pinça pean
E O TIPO DE LUVAS?
“Na realização de curativos com auxílio de pinças, foi elevada a porcentagem
de respostas que utilizam luvas estéreis. Nesse sentido, questiona-se, há
necessidade de luvas estéreis ou de procedimento, considerando que a
função das pinças é manter as mãos dos manipuladores distantes do sítio
ao qual estão manipulando? Ainda, quando o curativo é realizado tanto em
feridas crônicas quanto em cirúrgicas sem auxílio de pinças, a maioria
utiliza luvas estéreis.
Há argumentos fortes quanto ao uso de luvas de procedimento para o
tratamento de feridas crônicas e procedimentos não estéreis(7).
Experiências(8-9) têm mostrado que o uso de luvas de procedimento para o
cuidado de feridas não aumentou as ocorrências de infecção clínica
associada a essa prática”.
Ferreira AM, Bertolo D, Andrade MR, Andrade D. Conhecimento da equipe de enfermagem acerca do uso de luvas no contexto 
hospitalar. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):628-34. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a21.htm.
http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a21.htm
TÉCNICA BÁSICA 
 Explicar ao cliente o cuidado que será tomado.
 Preparar o ambiente: Fechar as janelas para evitar correntes de
ar e poeira, desocupar a mesa de cabeceira, colocar biombo, se
necessário.
 Lavar as mãos.
 Separar e organizar o material de acordo com o tipo de
curativo.
 Colocar o paciente em posição apropriada.
 Calçar as luvas.
Procedimento:
TÉCNICA BÁSICA 
 Abrir o pacote de curativo, colocando as pinças com os cabos voltados para a
borda do campo.
 Colocar gazes, em quantidade suficiente, sobre o campo estéril.
 Umedecer o micropore do curativo sujo com SF para facilitar sua retirada.
 Remover o curativo com a pinça dente-de-rato, desprezando-a na borda do
campo.
 Desprezar o curativo sujo no saco plástico.
 Limpar a ferida com jatos de SF diretamente do frasco ou usando a seringa. No
caso de presença de tecido necrótico, este deverá ser
desbridado.
Procedimento:
TÉCNICA BÁSICA 
Procedimento:
 Embeber as gazes com SF e cobrir todo o leito da ferida (cobertura
primária), em quantidade suficiente para manter a ferida úmida ou utilizar o
produto apropriado para o tipo de ferida.
 Proteger com gaze, chumaço ou compressa (cobertura secundária) e fixar a
proteção.
 Desprezar as pinças envolvendo-as no próprio campo, que serão
encaminhadas ao expurgo.
 Tirar as luvas e lavar as mãos.
 Fazer as anotações de enfermagem, registrando a classificação, a
quantidade de exsudato, aspecto e odor, presença de tecido de granulação
e as condições da pele circundante.
TÉCNICA BÁSICA 
A ferida é limpa de fora para dentro
A cavidade da ferida é preenchida com 
material de curativo.
Cobrir a ferida com materiais absorventes.
EX: Lacerações, LPP, etc. 
FERIDAS SÉPTICAS: CONTAMINADAS
TÉCNICA BÁSICA 
FERIDAS ASSÉPTICAS: NÃO CONTAMINADA
 A limpeza é feita de dentro para fora.
 Durante o procedimento, a cada 
limpeza deve ser utilizado uma nova 
compressa.
Ex: Ferida operatória. 
FERIDAS NÃO CONTAMINADAS (LIMPAS)
REFERÊNCIAS
SILVA, R.C.L., FIGUEIREDO, N.M.A e MEIRELES, I.B. Feridas: fundamentos e
atualizações em enfermagem. Editora Yendis. 3ª Edição. 2011. São Paulo. Capítulo 6.
COREN DF. Muda terminologia para úlcera por pressão: Entidade norte-americana
também atualizou nomenclatura dos estágios do sistema de classificação. Disponível
em:<http://www.coren-df.gov.br/site/muda-terminologia-para-ulcera-por-
pressao/>.Acessado em: 07/10/2018.
GOMES, F. V. L. et al. Comissão de Controle de Infecção hospitalar Serviço de
controle de Infecção Hospitalar e Manual de Curativos. Central de curativos: manual
de curativos. 3ª Revisão: Agosto de 2005.

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