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AUDIÊNCIA

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JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
AUDIÊNCIA
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Olá!
Nesta aula, abordaremos os seguintes tópicos: audiência de instrução e julgamento; e audiência de conciliação no
Juizado Especial Cível. Bons estudos!
1 Audiência de instrução e julgamento no JEC
Apostamos que está gostando muito dessa matéria, pois está aprendendo e absorvendo coisas que muitas
pessoas não prestam atenção: os detalhes! Os detalhes são essenciais para saber quem realmente conhece a
matéria e quem realmente não conhece! Então, bora lá para mais detalhes dos processos dos Juizados Especiais
Cíveis.
Nos Juizados Especiais Cíveis existem duas audiências: a audiência de conciliação e a audiência de instrução e
julgamento. Você já aprendeu direitinho sobre a primeira audiência, que é aquela onde as partes vão tentar a
realização de um acordo, sendo presidida por um conciliador, ou mediador ou juiz leigo, quase nem sempre o
juiz to-gado participa dessa primeira audiência.
A segunda audiência, que você aprenderá hoje, é aquela em que ou o juiz leigo, sob a supervisão do togado,
participa da audiência, ou tão somente o juiz togado, já que é nela, em regra, que será proferida a sentença, ou
seja, a decisão que encerra o processo em primeira instância. Está curioso para aprender mais? Vamos lá!
A audiência de instrução e julgamento, como já demos uma introduçãozinha, é uma das fases mais importantes
do processo. Ela está prevista nos artigos 27 a 29 da Lei nº 9.099/95. A Lei determina que ela deverá ocorrer tão
logo seja encerrada a audiência de conciliação, isto é, não teve acordo entre as partes na primeira audiência, e se
as partes não optarem pela arbitragem, já dá prosseguimento para a segunda audiência.
No entanto, a Lei também prevê, no parágrafo único do artigo 27, que se não for possível a designação
imediata da audiência de instrução e julgamento tão logo encerrada a audiência de conciliação, aquela
Assim, encerrada a audiência de conciliação, será mar-será marcada para quinze dias subsequentes à desta. 
cada data para audiência de instrução e julgamento, saindo cientes as partes dessa nova data em que devem
comparecer novamente sob pena da extinção do processo, se autor, ou da revelia, se o réu não comparecer.
Lembra disso?
Pois bem, na prática é muito difícil acontecer audiência de instrução e julgamento logo após a realização da
audiência de conciliação. Isso porque os Juizados Especiais Cíveis estão lotados de processo, o que faz com que a
pauta de todos os dias esteja cheia, impossibilitando a realização de duas audiências para o mesmo processo no
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mesmo dia, eis que existem processos mais antigos aguardando a tão esperada se-gunda audiência, que é a de
instrução e julgamento.
Dessa forma, ao mesmo tempo que estão ocorrendo várias audiências de conci-liação, também estão ocorrendo
várias audiências de instrução e julgamento, é algo que não para, por isso fica difícil realizar as duas audiências
no mesmo dia. Entendeu?
É muito trabalho para pouca gente. Tenha isso em mente.
Ao chegar no dia da audiência de instrução e julgamento de um determinado pro-cesso, a primeira pergunta do
juiz é se as partes chegaram a um acordo ou não. Se as partes resolverem fazer um acordo, este será feito e o juiz
o homologará, lembrando que essa decisão é irrecorrível. Agora, se as partes não quiserem fazer o acordo, ele
dará andamento à audiência da seguinte forma:
a) Perguntará sobre a defesa do réu. Se este já apresentou sua defesa, por advogado, antes da audiência de
instrução, ok, o juiz perguntará se o autor já viu a contestação e se deseja apresentar sua réplica. Se o réu ainda
não apresentou a defesa, ele poderá fazê-la na audiência de instrução e julgamento, prazo fatal para apresentá-la,
e poderá ser feita de maneira oral! Demais né?
b) Se o autor já apresentou sua réplica antes da audiência de instrução, o juiz dará andamento normal à
audiência. Se ele não apresentou sua réplica ou porque não viu a tempo ou porque o réu ainda não havia se
defendido, poderá apresentá-la, também, na audiência de instrução e julgamento, de forma oral, se desejar.
c) Após, o juiz perguntará se existem provas a serem produzidas. Se as partes quise-rem produzir provas ou se o
juiz as mandar de ofício, elas serão produzidas ali mesmo em audiência e, normalmente, na ordem que
determina o artigo 361 do CPC/15. Dê uma lida nesse artigo para você entender direitinho.
d) Com a produção de provas, o juiz encerrará o procedimento de coleta de provas e permitirá que as partes
façam suas alegações finais de forma oral, ou seja, um resu-mo daquilo que elas querem.
e) Assim, o juiz proferirá a sentença. Se a sentença for proferida por juiz leigo, ela deverá ser aprovada pelo juiz
togado. Lembra desse detalhe né?
Viu como é simples a audiência de instrução e julgamento? Você deve ter em men-te que todos os procedimentos
dos Juizados ocorrem nesta audiência, por isso ela é uma das fases mais importantes do processo. Continue
focado!
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2 Audiência de conciliação no Juizado Especial Cível
E agora vamos começar pela que você já vem escutando faz um tempinho sobreAUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, 
ela nos outros tópicos, não é mesmo? Aposto que você deve estar curioso de tanto ouvir falar sobre essa
audiência. Então não vamos perder tempo, vamos devorar essa parte da matéria!!
A audiência de conciliação também é conhecida com audiência de autocomposição e é a primeira audiência a
ser realizada no processo do Juizado Especial Cível.
Ela é chamada de autocomposição, pois como o próprio nome diz, é uma audiência destinada para a composição
de são eles que fazem as propostas de acordo, são eles que as aceitam ouum acordo entre as próprias partes, 
não a proposta, a ideia parte deles. A autocomposição engloba, além da conciliação, a mediação que é disposta
pela Lei nº13.140/15, são super parecidas e tem a mesma ideia: de que as partes entrem em um acordo. Mas
vamos tratar mais da conciliação, pois é a mais utilizada em sede dos Juizados Especiais, entendeu?
Enfim, a audiência de conciliação ou de mediação será marcada dentro de quinze dias após o recebimento da
petição inicial do autor pelo cartório. Esse período não é sempre o aplicado, pois depende da agenda do cartório,
da crescente demanda de processos e do excesso de trabalho dos cartórios, mas a Lei nº 9.099/95, no artigo 16,
dispõe que dentro de quinze dias será designada a audiência. E, diferentemente, do juízo comum (artigo 334 do
CPC/15), as partes não podem negar a designação dessa audiência que deverá ocorrer.
Como você pode ver, a audiência de conciliação está disposta nos artigos 21 a 23 da Lei nº9.099/95. E, apesar
desses artigos disporem que a audiência será conduzida por juiz togado ou pelo juiz leigo ou por conciliador,
ambos na supervisão daquele, não é bem o que acontece na prática. O que realmente ocorre é a realização da
audiência presidida ou pelo juiz leigo ou pelo conciliador ou pelo mediador sem a presença do juiz
justamente porque aqueles foram treinados para realizarem a primeira audiência de formatogado, 
independente.
Ora, se o juiz togado fosse realizar essa audiência, não haveria a necessidade de ter outras figuras disponíveis
para realizar a mesma função, não concorda? Apregoadas as partes, ou seja, chamadas as partes para entrarem
em uma sala onde irão discutir se há proposta de acordo ou não, inicia-se a audiência presidida ou pelo juiz leigo
ou pelo conciliador ou pelo mediador, o qual deverá explicar quais as vantagens de realizar o acordo e as
desvantagens de continuar com o processo.
Se for realizado acordo entre as partes, ótimo, encerra-se o processo. Se não for realizado acordo entre as
partes, normalmente é designada outra audiência, a audiência de instrução e julgamento. Essa sim será
comandada pelo juiz togado e, sem não tiver mesmo acordo, ele proferirá sentença.
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Agora, vamos lá. E se o réu não comparecer na audiência de conciliação? Se ele não comparecer, o juiz togado
poderá aplicaros efeitos da revelia, isto é, considerar como únicos e verdadeiros os fatos alegados pelo autor e
proferirá sentença final.
E se o autor não comparecer na audiência de conciliação? Parece absurdo a pessoa que propôs a ação não
comparecer, né? Mas muitas vezes acontece sim, infelizmente…
Se o autor não comparecer, o processo será extinto sem julgamento de mérito e, ainda, o juiz o condenará a
pagar as custas que não pagou quando entrou com o processo. Lembra disso? Veja o artigo 51, I e § 2º da Lei nº
.9.099/95
Claro que esse não comparecimento das partes pode ser justificado e, se o juiz aceitar tais justificativas, o
processo continuará normalmente. Imagine, agora, a seguinte situação: A e B possuem um litígio e não
conseguem resolvê-lo sozinho. Assim, os dois juntos vão para o Juizado Especial tentar resolvê-lo logo.
Dessa forma, a audiência de conciliação deverá ser marcada para quando? Nesse caso, a audiência pode ser
instaurada e realizada imediatamente ao comparecimento de ambas as partes, sem formulação de petição inicial
e criação de processo. Caso não tenha como ocorrer imediatamente, ambas as partes saem cientes da designação
de data para tanto e, assim, o processo se desenvolverá como outro qualquer.
Nossa, essa parte de audiência é sensacional, não acha? É o primeiro “cara a cara” entre as partes.

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