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material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 31/10/2023, 21:16:01
Oftalmologia ambulatorial I
anamnese inicial
● Idade
Neonatal: oftalmia gonocócica neonatal e glaucoma congênito (epífora - olhos lacrimejando muito - ,
fotofobia, opacidade corneana e aumento do diâmetro da córnea).
Infância: o estrabismo pode aparecer logo após o nascimento. Pode haver neoplasias intraoculares, como
retinoblastoma e xantogranuloma.
Adolescência: vícios de refração
Adulto: lesões de origem profissional, dacriocistites (inflamação do saco lacrimal) agudas e crônicas,
conjuntivites e as uveítes
40 anos: presbiopia (envelhecimento do cristalino)
Idosos: catarata, blefaroptose, lesões vasculares e degenerativas
● Profissão
Ambientes fechados têm maior tendência para blefarite e conjuntivite. Em locais com sol pode haver pterígio.
● Hábitos alimentares
Avitaminose A causa olho seco, úlcera de córnea, cegueira noturna e transtornos na visão cromática.
Excesso de álcool e tabaco pode reduzir a acuidade visual por lesão desmielinizante do nervo óptico.
● Sexo
A a doença de Leber ou a atrofia congênita do nervo óptico e a doença de Coats (anomalia vascular) ocorrem
somente no sexo masculino.
● Antecedentes
1. Pessoais: Deve-se investigar tratamentos oculares anteriores, doenças sistêmicas, medicações e
hábitos, inclusive alimentares.
2. Familiares: É importante indagar sobre casos de estrabismo, glaucoma, catarata e retinopatias na família.
SINAIS E SINTOMAS:
a. Sensação de corpo estranho
b. Queimação ou ardência
c. Prurido
d. Sensação de olho seco
e. Lacrimejamento
f. Dor ocular
g. Fotofobia
h. Cefaleia
i. Hemeralopia (cegueira diurna) e nictalopia (cegueira noturna)
j. Xantopsia (visão amarelada), iantopsia (visão violeta) e cloropsia (visão verde)
k. Alucinações visuais
l. Diplopia: quando há um desvio ocular, o olho desviado não mantém a fixação no objeto de interesse na fóvea
visão dupla
m. Escotoma: área de cegueira parcial ou completa, dentro de um campo visual normal
n. Nistagmo: movimentos repetitivos rítmicos dos olhos
acuidade visual
O exame oftalmológico se inicia pela medida da acuidade visual, que é a capacidade de descrever detalhes
de uma cena ou de diferenciar dois objetos um do outro.
As aplicações da medida de acuidade visual são: refração, triagem de saúde ocular em mutirões, avaliar
progressão e tratamento de doenças oculares, definição de valores legais de visão
(habilitação de veículos, cegueira, capacidade laborativa, aposentadoria por invalidez).
Como fazer?
PARA LONGE
1- Posicionar paciente a uma distância adequada do cartaz (4 a 6m) em ambiente com
iluminação adequada
2- Tomar a visão de um olho por vez, certificando-se que o outro olho está bem ocluído
3- Realizar o teste sem a correção e com a correção do paciente
4- Anotar qual a última linha em que o paciente acerta a maioria das respostas. PS:
Existem cartazes com letras ou com símbolos para crianças e pessoas não-letradas
Catarina Nykiel
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material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 31/10/2023, 21:16:01
5- Se o paciente não conseguir ver nenhuma das letras, solicitar que conte dedos se aproximando
progressivamente do paciente até obter resposta correta
6- Caso o paciente não consiga contar dedos, movimentar lentamente a mão em frente ao seu rosto,
perguntando se a mão está parada ou mexendo.
7- Se não houver percepção de movimento, testa-se a luz projetando-se em cima do olho a ser
examinado. Interroga-se sobre posição da luz, presença, ausência e cor.
PARA PERTO
1- Posicionar o paciente em ambiente iluminado, segurando a tabela de medida de visão para
perto (35cm)
2- Fazer a medida inicialmente sem correção e depois com correção
3- Anotar o menor tamanho de letra que o paciente consegue ler
4- Alguns pacientes têm a necessidade de afastar a tabela para conseguir ler. Pode-se anotar a
melhor acuidade visual para perto obtida assim, lembrando-se de anotar também a que
distância ela foi obtida.
Buraco estenopeico
É um teste realizado em consultório oftalmológico, quando um paciente apresenta uma redução da visão e o
médico deseja fazer a distinção entre uma baixa de visão relacionada a um erro refracional, que pode ser
corrigido antes de óculos ou lentes de contato, ou de alguma outra doença. Utiliza-se um cartão ou oclusor
com pequeno orifício de 0, 5 a 2 mm. O teste é realizado em cada olho separadamente. O paciente procura
ler letras à distância através do orifício, sem que esteja usando óculos ou lentes de contato, enquanto o outro
olho permanece ocluído. Se a visão através do buraco estenopeico melhora, isto indica que a visão pode ser
melhorada com óculos ou lentes de contato, caso contrário provavelmente a baixa de visão não pode ser
corrigida desta maneira.
Refração
É a medida do grau do paciente. Quando a imagem vai diretamente para a retina, diz-se que está no foco e é
um olho emétrope. Nas ametropias:
1. Imagem pode cair antes da retina: corrigido com lentes divergentes (côncavas/negativas)míope:
2. Depois da retina: corrigido com lentes convergentes (convexas/positivas)hipermétrope:
3. Dois locais diferentes – olho com , que deve ser corrigido com lentes cilíndricas/tóricas.astigmatismo
O exame é realizado a partir da medida da acuidade visual para longe e para perto. A partir destas
medidas, testam-se lentes escolhidas pelo paciente (aquelas que lhe dão melhor visão), havendo, portanto,
um alto grau de subjetividade neste exame.
!!! Em crianças e jovens é necessária a cicloplegia, com colírios que paralisam o músculo ciliar, para saber o
real erro refracional já que nessa idade a acomodação pode modificar muito o erro refracional real e induzir
estrabismo.
● COLÍRIOS MIDRIÁTICOS E CICLOPÉGICOS
Para enxergar toda a estrutura dos olhos, usamos colírios anticolinérgicos e/ou alfa-adrenérgicos para
dilatar a pupila. O primeiro engloba a atropina, tropicamida e ciclopentolato. Já o alfa adrenérgico trata-se
de fenilefrina. Pode-se aplicá-los separadamente ou de modo combinado.
A dilatação da pupila é feita devido a visualização completa da estrutura dos olhos. Eles também têm
papel cicloplégico e bloqueiam a resposta parassimpática de miose e acomodação.
Miopia
Objetos distantes, que emitem raios paralelos, são focalizados à frente do plano retiniano. O globo ocular tem
o eixo horizontal mais alongado, a imagem é formada ANTES da retina. A miopia geralmente desenvolve-se
entre 8-14 anos, 20-25 anos de idadepodendo progredir até os , geralmente não passando de -5,00D.
- Fatores de risco
Asiáticos e caucasianos
História familiar positiva
Leitura excessiva na infância
Realização excessiva de atividades com visão de perto
Catarata congênita
Ptose congênita
Catarina Nykiel
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Hemangioma periocular
- Sinais e sintomas
Dificuldade de visão para longe. O chamado ‘ponto remoto’ é a distância além da
qual a visão fica desfocada na miopia, sendo o inverso do grau de miopia: PR = 1/M,
sendo PR = ponto remoto, em metros, M = grau de miopia, em dioptrias. Por exemplo,
se o paciente possui um grau de miopia de -4,00D, o ponto remoto será 1/4 = 0,25 m
= 25 cm.
Suspeita clínica quando a criança aproxima demais o quadro para ler e não enxerga o
quadro. O (contração do músculo palpebral) é um achado frequente.blefaroespasmo
A miopia patológica (miopia degenerativa) é uma condição de miopia de alto grau (acima de -6,00D), entre
30-40 anos, associada a um globo ocular extremamente alongado (> 26 mm). Este tiporaro de miopia cursa
com o fenômeno da .neovascularização coroideana
A miopia “protege” contra a presbiopia, pois os raios luminosos estão focalizados à frente da retina,
não necessitando (ou necessitando menos) da acomodação do cristalino para atingir o foco.
A miopia é classificada em:
1. Leve: até -3,00D
2. Moderada: -3,00 a -6,00D
3. Grave: > -6,00D
- Diagnóstico
Quando ligamos o retinoscópio, a retina de um olho míope reflete o feixe de luz com raios convergentes após
passarem pelo sistema cristalino-córnea, focalizado num ponto entre o paciente e o examinador, exatamente
no “ponto remoto”. Neste caso, observa-se o “reflexo vermelho” se movimentando CONTRA o feixe
luminoso A explicação é que quando a imagem é focalizada na frente do examinador, ela se torna invertida,
daí o “reflexo vermelho” aparecer sempre do lado oposto ao feixe luminoso do retinoscópio.
À medida que são colocadas sucessivamente lentes divergentes (negativas) de 0,25D, os raios
provenientes do reflexo retiniano vão cada vez mais divergindo, deslocando o ponto remoto até o olho do
examinador, atingindo a neutralização (correção do erro de refração). Para determinar o grau (em dioptrias)
da miopia, é só somar as dioptrias das lentes negativas utilizadas (ex.: -2,50D) e, em seguida, corrigir para a
“distância de trabalho”, que possui dioptrias negativas. Se a “distância de trabalho” for de 50 cm (0,5 m), o
fator de correção será de 1/0,5 m = -2,00D.
- Tratamento
Lente côncava (divergente, negativa). A cirurgia refrativa (ortoceratologia) é uma excelente opção para os
pacientes com mais de 18 anos de idade, miopia entre -0,50D a -12,00D e erro de refração estável por pelo
menos 1 ano.
Hipermetropia
Objetos são focalizados atrás da retina pois os olhos são mais curtos, ou seja: o eixo longitudinal do globo é
pequeno em relação ao poder refrativo do olho. Pelo menos 80% das crianças nascem hipermétropes leves
(geralmente entre +2,00- +3,00D), pois o eixo longitudinal do globo ocular é proporcionalmente curto
(hipermetropia fisiológica).
À medida que cresce, o fica emétrope novamente.globo ocular alonga e entre 5-12 anos
A hipermetropia leve e moderada passa despercebida até os 40 anos de idade, devido ao efeito
compensatório da acomodação do cristalino, isto é, embora seja hipermétrope, o indivíduo consegue enxergar
nitidamente. Hipermetropia. (hipermetropia latente), pois a acomodação pode trazer a imagem para o plano
da retina (acomodação compensatória).
Indivíduos com hipermetropia latente, após os 40 anos, quando perdem a acomodação (presbiopia),
passam a enxergar sem nitidez, desenvolvendo hipermetropia manifesta
- Sinais e sintomas
Dificuldade de enxergar de perto, fadiga, dor ocular, cefaléia, lacrimejamento e hiperemia conjuntival
quando forçam enxergar de perto.
Pacientes hipermétropes apresentam presbiopia precoce!!!!
Outros achados são: esotropia (forte estímulo para o reflexo de acomodação), fundoscopia com papila
óptica hiperêmica e bordos apagados (pseudoneurite óptica) e vasos retinianos tortuosos. Pode haver
blefaroconjuntivite pelo esforço da acomodação.
- Diagnóstico
Na retinoscopia observa-se o reflexo vermelho no olho do paciente que se movimenta juntamente ao
feixe luminoso emitido pelo retinoscópio. À medida que são colocadas sucessivamente lentes convergentes
(positivas) de 0,25D, os raios provenientes do reflexo retiniano vão cada vez mais convergindo, até formar o
ponto de convergência (“ponto remoto”) coincidindo com o olho do examinador no aparelho. Nesse
Catarina Nykiel
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momento, o “reflexo vermelho” para de se movimentar com a oscilação do feixe
de luz e se torna mais brilhante e preenchendo toda a pupila, isto é, foi atingida a
neutralização (correção do erro de refração). Para determinar o grau (em
dioptrias) da hipermetropia, é só somar as dioptrias das lentes positivas
utilizadas (ex.: +4,25D)
Deve ser feita a correção da “distância de trabalho” (tolerância
acomodativa) antes de determinar o grau. É como se tivéssemos sempre que
acrescentar uma lente negativa para fazer a correção da “distância de trabalho” .
A correção é feita pelo cálculo 1/distância (dada em metros).. Por exemplo: se a
“distância de trabalho” for de 50 cm (0,5 m), a correção será de 1/0,5 = -2,00D.
LOGO: se der 4D precisamos reduzir 2D e assim o grau será de 2D.
1. Leve: até +3,00D
2. Moderada: +3,00D a +5,00D
3. Grave: > +5,00D.
- Tratamento
Lente convexa (convergente, positiva). A cirurgia refrativa é uma opção para os pacientes com mais de 18
anos de idade, hipermetropia inferior a +6,00D e erro de refração estável por pelo menos 1 ano. Como essa
lente pode piorar a visão de longe, em casos moderados, pode-se usar lentes com metade das dioptrias
calculadas. As hipermetropias leves ou latentes, assintomáticas, não indicam, a princípio, correção. As
hipermetropias sintomáticas, manifestas ou associadas a estrabismo (esotropia) em crianças devem ser
corrigidas.
Astigmatismo
Problema da córnea que em vez de estar esférica fica elíptica. Assim, quando os raios luminosos incidem
sobre a córnea astigmata, são em pelo menos dois focos diferentes no globo ocular.convergidos
A diferença de dioptrias entre os meridiano contrapostos é a medida do grau de astigmatismo.
O astigmatismo pode ser (1) negativo (“astigmatismo míope”), quando o meridiano com o maior erro for
mais convexo que o contraposto, necessitando de lentes cilíndricas negativas (côncavas) para a sua
correção, ou pode ser (2) positivo (“astigmatismo hipermétrope”), quando o meridiano com o maior erro for
mais côncavo que o contraposto, necessitando de lentes cilíndricas positivas (convexas) para ser corrigido.
O astigmatismo possui predisposição genética e pode se desenvolver na criança ou no adulto. É muito
comum ocorrer junto com hipermetropia ou miopia, que terão que ser corrigidos juntamente com a correção
do erro astigmata. O astigmatismo extremo (> 5,00D) ou rapidamente progressivo está frequentemente
associado a outras doenças da córnea, como a .ceratocone
- Sinais e sintomas
O paciente apresenta dificuldade tanto para visão de longe quanto para a visão de perto. O distúrbio
visual clássico é o .borramento da imagem
- Diagnóstico
O teste subjetivo já pode revelar a presença do astigmatismo. É só pedir para o paciente
observar um leque ou relógio astigmata.
A medida do astigmatismo deve ser obtida por métodos objetivos (retinoscópio ou
autorrefrator) e subjetivos (refrator de Greens). Antes, um colírio cicloplégico deve ser
aplicado.
- Leve: até 1,50D
- Moderada: 1,500 a 5,00D
- Grave: > 5,00D
- Tratamento
Todo astigmatismo que provoca borramento visual (grau > 0,75D) deve ser corrigido. A
correção é feita com óculos ou lentes de contato. Utiliza-se uma lente cilíndrica, com eixo
perpendicular ao meridiano mais astigmata.
Presbiopia
A presbiopia é um defeito do mecanismo de acomodação do cristalino que se inicia após os 40 anos e
progride até os 60 anos. Isso ocorre pois o cristalino se torna menos complacente e assim fica mais difícil de
acomodar.
Catarina Nykiel
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A presbiopia é definida quando indivíduo começa a ter dificuldade com a visão de perto (como o ato
de ler um jornal), que se torna borrada. Este fenômeno começa a ocorrer após os 40–50 anos de idade e
pode estar associado à astenopia (fadiga, desconforto ocular e cefaleia desencadeada pela leitura). Os
sintomas se agravam pela manhã. O problema de acomodação é bilateral e simétrico (praticamente idêntico
em ambos os olhos). Os sintomas relacionados à presbiopia geralmente começamquando o paciente tem a
amplitude de acomodação limitada a menos de 5 dioptrias (5,00D). A tendência natural é piorar até os 60
anos, quando então o processo se estabiliza. A presbiopia ocorre precocemente nos indivíduos com
hipermetropia e tardiamente (ou não ocorre) nos indivíduos com miopia.
● Tratamento
É feito com prescrição de lentes positivas (convergentes) que garantem uma amplitude de acomodação
suficiente para permitir a nitidez da leitura ou quaisquer atividades que necessitem a visão de perto. Pode ser
sob a forma de óculos para perto ou lentes de contato. Para que o paciente não prejudique a visão para longe
enquanto usa os óculos ou lentes de contato para ler, estes devem ser bifocais ou multifocais. Pode ser
feita também uma cirurgia refrativa.
Biomicroscopia
A biomicroscopia consiste no exame do globo ocular com uma lâmpada de fenda, a qual se
compõe de uma fonte de iluminação e de um sistema óptico ampliador. Possibilita o exame
microscópio in vitro das estruturas oculares, fazendo com que se possam detectar alterações
que passariam despercebidas a olho nu, tais como pequenos corpos estranhos na córnea,
distrofias corneanas, edema corneano, células inflamatórias na câmara anterior e
opacificação do cristalino. Pode-se adaptar à lâmpada de fenda ou biomicroscópio uma
lente especial, munida de um prisma, que possibilita avaliar o ângulo da câmara anterior.
Como avaliar pálpebras, canal lacrimal, conjuntiva, córnea e esclera
● Avaliação das vias lacrimais
Inicia-se com a observação da sua pervidade, por meio de utilização de corantes, sondagem e irrigação das
vias. Quando alteradas, as vias lacrimais levam a um quadro de lacrimejamento constante, denominado
epífora. A avaliação inicial do quadro de epífora começa pela análise geral do olho, descartando-se causas
de epífora reflexa, como corpo estranho, conjuntivites, inflamações da superfícies ocular, olho seco, entre
outros. Quando necessário, pode-se realizar exames com contrastes radiológicos.
● Avaliação das pálpebras
As pálpebras, na avaliação oftalmológica geral, apresentam grande importância, pois são sede de grande
número de tumores, em especial carcinomas baso e espinocelulares. Deve-se avaliar a presença de
lesões, alterações nos cílios, tanto em relação ao número como em relação à cor, e verificar se excursão, a
abertura e o fechamento estão normais. Em casos em que o fechamento não é perfeito, é imprescindível
avaliar se há exposição da córnea, situação extremamente grave e que se não for tratada pode levar à
perfuração ocular e perda da visão.
● Conjuntiva e esclera
A conjuntiva é uma membrana mucosa, transparente e fina, que
reveste a esclerótica até o limbo e a superfície posterior da pálpebra.
Por debaixo da conjuntiva, é possível haver alguns
vasos tortuosos - os vasos episclerais.
Excetuando-se estes vasos e eventuais depósitos
de pigmentos, a esclerótica normal tem cor
branco-porcelana, que pode modificar-se por
depósitos de pigmentos, como acontece na
icterícia e na melanoma ocular, nas quais ocorre
depósito de bilirrubina e melanina,
respectivamente.
Edema da conjuntiva (quemose), enfisema com
crepitação e hemorragia subconjuntival devem ser pesquisados, podendo fazer parte de
lesões perioculares.
Para exame da conjuntiva palpebral superior, é necessário fazer sua eversão, a qual possibilita evidenciar
reação inflamatória, corpo estranho ou turno ração. A pálpebra superior pode ser facilmente evertida,
solicitando-se ao paciente que olhe para baixo enquanto o examinador segura seus cílios com uma das mãos,
puxando para fora e para baixo ao mesmo tempo em que exerce pressão com um cotonete 1 em acima da
borda palpebral.
● Avaliação da córnea
Catarina Nykiel
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A superfície corneana normal é tão regular que forma excelente
área de reflexão, de modo que pequenas alterações são
facilmente observadas com uma boa iluminação. O examinador
deve avaliar, em primeiro lugar, seu tamanho. O normal é 10,6
mm (parte vertical) por 11,7 mm (parte horizontal). Megalocórnea
sugere glaucoma congênito, já a microcórnea faz pensar em
rubéola. Com uma lupa, pode-se observar opacificação corneana
(leucoma), irregularidades epiteliais e neovascularização. É
importante determinar a sensibilidade corneana, o que é feito
mantendo-se a pálpebra aberta e encostando a ponta de um algodão na parte apical da córnea, sempre
comparativamente, tendo o cuidado de não tocar nos cílios. Lesões intracranianas que comprometem o nervo
trigêmeo podem reduzir sua sensibilidade.
● Filme lacrimal
São realizados dois tipos de exames:
– Teste de Schirmer:
É realizado usando uma tira de papel filtro sob ambas as pálpebras inferiores. O paciente permanece com os
olhos suavemente fechados e, após 5 minutos, as tiras de papel filtro são retiradas e a umidade do papel é
medida. Esse exame é realizado para avaliar a quantidade de lágrima que o paciente produz.
– Teste de Rosa Bengala ou Teste do Lissamina Verde:
O exame é realizado através da instilação de um destes corantes no olho do paciente, para avaliar o grau de
comprometimento das células da superfície ocular. O teste avalia a qualidade da lágrima.
Motivo: indicado para detecção e tratamento de pacientes que sofrem com síndrome do olho seco. O filme
lacrimal é a própria lágrima. É um líquido produzido pelas glândulas lacrimais e é composto por água, sais
minerais, proteínas e gordura. A função do filme lacrimal é lubrificar, limpar e proteger o olho de agressões
causadas por agentes externos ou micro-organismos.
Exame de fundo de olho (FUNDOSCOPIA)
O oftalmoscópio direto é um equipamento portátil e simples para examinar o fundo do olho. A imagem
obtida é real e direta, com magnificação de 15 vezes, mas com um campo de visão reduzido (10 a 15 graus),
sendo por isso utilizado principalmente para avaliar o (cor, forma e contornos).nervo óptico
1. Utilizar o olho direito para examinar o olho direito do paciente e o olho esquerdo para examinar o olho
esquerdo do paciente.
2. À distância de 40 cm, procurar identificar o reflexo vermelho do fundo do olho do paciente (em
crianças, esse teste é chamado de teste do reflexo vermelho, pelo qual procura-se identificar possíveis
leucocorias).
3. Uma vez identificados os vasos, acompanhá-los até chegar ao nervo óptico e à região do pólo
posterior.
Achados fundoscópicos na retinopatia diabética
A Retinopatia Diabética (RD) altera, primeiramente, os capilares, as
arteríolas pré-capilares e as vênulas pós-capilares. Com a evolução da
doença, os vasos de maior calibre também são acometidos. Pode ser
dividida entre PROLIFERATIVA e NÃO PROLIFERATIVA.
→ Não Proliferativa: ausência de neovasos. (também conhecida
como retinopatia de fundo).
Divide-se em:
● Muito leve: poucos microaneurismas.
● Leve: presença de microaneurismas e/ou hemorragias intra
retinianas leves em menos de 4 quadrantes do olho.
● Moderada: microaneurismas e/ou hemorragias intrarretinianas leves
nos 4 quadrantes ou severas em menos de 4
quadrantes.
● Avançada: usa-se a “regra do 4-2-1” , em que há
microaneurismas e/ou hemorragias
intrarretinianas avançadas nos 4 quadrantes,
“ensalsichamento” venoso em 2 quadrantes ou
anormalidades microvasculares intrarretinianas
em 1 quadrante.
Catarina Nykiel
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● Muito avançada: observam-se 2 ou mais características da RD não proliferativa avançada.
→ Proliferativa: presença de neovasos retinianos ou de disco óptico. Esse tipo é o tipo mais
avançado de retinopatia diabética. Pode-se subdividir em precoce, de alto risco ou avançada, dependendo da
severidadedas alterações supracitadas.
○ ALTERAÇÕES ENCONTRADAS NA FUNDOSCOPIA:
A primeira alteração vascular é a formação do microaneurisma, o
qual leva à transudação de plasma, formando o edema retiniano e os
exsudatos duros (lesões amarelas céreas).
Os microaneurismas podem evoluir, também, para
micro-hemorragias intrarretinianas.
As manchas ou exsudatos algodonosos são enfartamentos da
camada de fibras nervosas decorrentes das oclusões de arteríolas
pré-capilares. Anormalidades microvasculares intrarretinianas (IRMAs
ou AMIRs) representam derivações –shunts– que fluem das arteríolas
para as vênulas.
A!! O diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2 quando descontrolado, causa,
entre outras alterações, distúrbios vasculares em todo o organismo, incluindo os vasos da
retina.
A!! Como é possível avaliar visualmente de forma não invasiva as alterações
vasculares na retina, clínicos e endocrinologistas solicitam o mapeamento da retina para
avaliar a progressão das alterações provenientes do diabetes.
○ COMPLICAÇÕES:
Na RD proliferativa, podem ocorrer hemorragia vítrea, fibrose vitreorretiniana –que
predispõe ao DR tradicional– membranas opacas retinianas e neovascularização da íris
–que pode causar o glaucoma neovascular.
Achados fundoscópicos na retinopatia Hipertensiva
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) provoca alterações arteriais em todo o organismo, inclusive nas
arteríolas da retina. A visibilização direta desses vasos, no exame de mapeamento de retina, serve para
avaliar o grau da retinopatia hipertensiva e oferecer informações da HAS aos clínicos, cardiologistas e
nefrologistas.
Existem dois tipos:
1- Retinopatia hipertensiva crônica (tipo mais comum): associada à
hipertensão crônica assintomática.
ACHADO CLÁSSICO: cruzamento arteriovenoso patológico.
Esse achado é observado na oftalmoscopia e sendo considerado confirmatório
para o diagnóstico
2- retinopatia hipertensiva maligna: associada a uma entidade chamada
hipertensão acelerada maligna, uma síndrome mais comum em indivíduos de
meia-idade (40-50 anos) e que responde por 1% dos hipertensos.
Essa segundo está associada à nefroesclerose hipertensiva
maligna e alto risco para encefalopatia hipertensiva e edema agudo de
pulmão.
A!! Ao contrário da retinopatia hipertensiva crônica, a retinopatia
hipertensiva maligna pode causar sintomas visuais, como cefaléia,
escotomas, fotopsia, metamorfopsia e
borramento visual.
● ALTERAÇÕES:
A primeira alteração na retinopatia
hipertensiva é a vasoconstrição. Na
fase aguda, o sinal é focal; com a
cronicidade, este se torna difuso. Vamos
observar estreitamento e tortuosidade
arteriolar e dilatações venosas focais
adjacentes ao cruzamento
arteriovenoso.
A!! As alterações vasculares da retinopatia hipertensiva se confundem com
as da arterioloesclerose senil, que pode ser encontrada mesmo em idosos
Catarina Nykiel
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material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 31/10/2023, 21:16:01
não hipertensos. Neste caso, a característica mais importante é o aumento do brilho arteriolar.
Se a hipertensão for grave, poderá ocorrer a obstrução de arteríolas, formando exsudatos
algodonosos. Vazamentos vasculares também são propensos a acontecer, levando a hemorragias
intrarretinianas “em chama de vela”, e até .edema de retina, exsudatos duros edema de disco óptico
A arteriosclerose (que consiste na deterioração das fibras musculares que compõem as artérias,
levando a um endurecimento da parede arterial,) consiste no espessamento da parede vascular, com
hialinização da túnica íntima, hipertrofia da média e hiperplasia endotelial.
Mais algumas alterações e sinais:
- Sinal de Salus: consiste no aumento do reflexo dorsal das arteríolas, deflexão das vênulas nos
cruzamentos com as arteríolas.
- Sinal de Bonnet: consiste em elevação das vênulas distalmente aos cruzamentos A/V.
- Sinal de Gunn: afilamento das vênulas em cada lado do cruzamento
Catarina Nykiel

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