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SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 1 👓 SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... Alberto, tem 7 anos e estava tendo dificuldades para enxergar a lousa na escola. Por recomendação da professora, sua mãe pediu a sua médica de família da UBS, um encaminhamento para o oftalmologista. Dra. Fátima então disse para a mãe: “Graça, até que enfim você irá levá-lo. Todos esses anos tenho insistido e o problema só aumentando...” Graça sorri e diz: “Desculpe-me Dra. Fátima, sou cabeça dura... você e o enfermeiro André já insistiram tanto... Pra dizer a verdade, todos vocês: - Taciana (agente comunitária) e o Lucas (Técnico de enfermagem) não cansavam de me orientar, mas agora, ele não está mais aprendendo... e isso porque não enxerga”. Na avaliação do Oftalmologista no ambulatório de especialidades, o médico constatou que ele não enxergava de longe e que tinha um estrabismo convergente. O médico lhe disse que o menino poderia perder a visão e iniciou o tratamento. Alberto estava com vergonha de aparecer para os amigos e parentes usando óculos e tampão. Mas, logo percebeu que não era o único. Agnaldo, seu primo, também usava óculos, pois não enxergava de perto. Seu tio Marcão não conseguia mais enxergar direito as letras do jornal e dizia que estava com vista cansada. Sua avó já tinha operado de catarata dos dois olhos. Seu avô, que fazia tratamento para diabetes, perdeu completamente a visão do olho direito e parcial do olho esquerdo por uma lesão na retina. Um dia, Alberto acompanhou uma das consultas de rotina de seu avô no oftalmologista. Dentre os exames realizados pelo médico, um deles chamou a sua atenção: usou uma “caneta” com uma luz na ponta incidindo diretamente sobre o olho do vovô. Alberto ficou intrigado, pois tinha visto este mesmo exame em uma série da TV que fala sobre emergência médicas. A falta de visão do vovô tem comprometido muito sua mobilidade inclusive em casa e sua qualidade de vida, está inclusive necessitando de cuidador. Alberto agora não deixa de usar seus óculos e tampão. Conceitos Estrabismo convergente: SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 2 O estrabismo caracteriza-se por um desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os dois olhos não fixem o mesmo ponto ou objeto ao mesmo tempo. Em relação à direção para a qual um olho se desvia relativamente ao olho que se mantém fixo: Convergente ou esotropia (endotropia) - o olho desvia-se para dentro; Divergente ou exotropia - o olho desvia-se para fora; Vertical - o olho desvia-se para baixo ou para cima. Problemas Alberto tem dificuldades visuais Histórico familiar de problemas visuais, Alberto não enxergava de longe e possui estrabismo convergente. Primo, não enxergava de perto. Tio não enxerga de perto, vista cansada. Avó já tinha operado de catarata dos dois olhos. Avô, fazia tratamento para diabetes, perdeu completamente a visão do olho direito e parcial do olho esquerdo por uma lesão na retina. Demora para buscar ajuda do oftalmo Problema visual identificado na escola Alberto possui vergonha de utilizar tampão e óculos na escola O médico disse que o alberto poderia perder a visão Alberto foi diagnosticado com estrabismo convergente e que não enxergava de longe SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 3 Hipóteses A perda visual de Alberto é genética Alberto teve agravo no caso por conta da demora em buscar especialista Alberto tem miopia Alberto poderia perder a visão Avô do Alberto pode ficar cego por conta de não controlar a diabetes Avó de Alberto corre risco de reincidência da catarata mesmo tendo operado os dois olhos. Se o Alberto sofrer bullying por conta do uso de óculos vai gerar problemas no tratamento, aprendizagem etc. Questões de Aprendizagem Descreva a anatomia do globo ocular. ESCLERA A esclerótica, mais conhecida como esclera, é o componente branco do olho que está relacionado à córnea. Está localizada na parte externa do globo ocular e possui o dever de proteger as estruturas mais internas. Essa estrutura do globo ocular é uma membrana fibrosa que está recoberta da SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 4 conjuntiva bulbar. É nessa parte do olho que são fixados os músculos extra oculares, que devem realizar os variados movimentos dos olhos. CÓRNEA A parte mais externa do globo ocular é a córnea, que tem a atribuição de focalizar a luz que chega aos olhos. Trata-se de um tecido translúcido que fica em toda a frente do olho, por meio do qual pode-se ver a íris e a pupila. Ela possui uma curvatura que não é regular e a região central mais plana que o espaço periférico. Um dos propósitos é fazer a proteção do olho contra traumas e de contaminações, também mantendo o formato do olho. O conjunto das lágrimas e as pálpebras superiores e inferiores fazem a limpeza natural da córnea. CORPO CILIAR Atrás da íris fica o corpo ciliar. Essa estrutura tem responsabilidade na formação do humor aquoso, que é um dos fluídos intra oculares. Também, tem a função de manter a pressão ocular apropriada e o formato esférico. A contração dessa parte gera uma alteração na formação do cristalino, o que modifica o foco da visão. O corpo ciliar permite o ajuste do olhar para vermos o que está perto ou longe, assim como a câmera. CONJUNTIVA A membrana mucosa transparente e fina é a conjuntiva. A função dela é proteger a superfície do olho contra agentes externos e lubrificar os olhos. Ela tem duas porções diferentes que recebem nomes diferentes. Quando a conjuntiva recobre a parte branca do olho, ela se chama bulbar. Já as porções que recobrem as pálpebras são denominadas de tarsal, nela é possível encontrar vários vasos sanguíneos. ÍRIS Essa é a estrutura mais escura dos olhos, possui uma abertura central (a pupila) e algumas vezes coloridas, (olhos verdes e azuis ) e ficam na parte de trás da córnea. Em cada pessoa, os olhos são definidos pelo pigmento que está presente na íris. Ele varia a depender de quanto existe de melanina armazenada, que se define através de 150 genes diferentes. Nas pessoas ao redor do mundo, os genes que predominam fazem com que os olhos castanhos sejam o tipo mais comum, seguindo o avelã e o azul. Há algumas SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 5 variações genéticas que fazem com que existam cores muito raras, como, por exemplo, o âmbar, o vermelho ou o violeta, preto e verde. Somente 2% das pessoas têm os olhos com essa última tonalidade. A íris define o tom dos olhos e apresenta vários músculos lisos que fazem o controle da abertura e do fechamento da pupila, e agem como o diafragma de uma câmera fotográfica. Essa abertura vai variar em função inversa à luminosidade que há no local. Dessa forma, quanto menos luz disponibilizada, mais ela dilata para aproveitar bem a luminosidade. HUMOR VÍTREO O vítreo ou o corpo vítreo como também pode ser chamado, é uma parte gelatinosa e viscosa da anatomia do olho ocupando o centro do olho. Quando o ser humano nasce, o humor vítreo tem a composição densa, e depois de algum tempo acontece a liquefação e consequentemente o descolamento do mesmo. Por causa desse descolamento do vítreo, percebe-se que pequenas manchas no espaço da visão, que é comum chamarmos de moscas volantes. CRISTALINO Logo atrás da pupila, se localiza o cristalino que é uma estrutura gelatinosa e elástica. A sua estrutura é convergente e focaliza a luz que entra na pupila e faz a formação das imagens na retina. Quem faz o ajuste fino para a leitura e o foco é o cristalino, por exemplo. A flexibilidade da própria estrutura do cristalino é o que faz o ajuste. Ele começa a perder essa característica entre os 40 e os 50 anos, e acaba surgindo a presbiopia, o que também é chamado de “vista cansada”. Depois, essa parte pode escurecer e endurecer, o que impede a passagem da luminosidade e constitui a catarata. NERVO ÓPTICO A união de fibras nervosas das células ganglionares da retina formam o nervo óptico. Os cones e bastonetes da retina captam a imagem que é transmitida parao cérebro através dele, dessa forma, essa estrutura é fundamental para que a gente consiga enxergar. Por toda a extensão do nervo óptico passam vasos sanguíneos que levam o oxigênio e os nutrientes. RETINA SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 6 A parte do globo ocular onde são formados as imagens do que podemos ver é a retina, sendo a camada mais interior do olho. Ela é um fino tecido nervoso que faz a transmissão das informações para o cérebro através do nervo óptico. Os cones e bastonetes são as células da retina que são sensíveis à luz. O centro dela é conhecido como mácula, e tem vários cones, que são responsáveis pela visão das cores e de detalhes. O resto da retina é constituído basicamente de bastonetes (têm menos sensibilidade à cores). Entretanto, esses bastonetes têm muita sensibilidade na baixa intensidade luminosa. Dessa forma, quando um lugar tem pouca luz, os bastonetes são responsáveis pela visão. Isso é, eles que nos fazem com que possamos enxergar no escuro. COROIDE A camada média do globo ocular é a coroide que está situada entre a retina e a esclera. Essa membrana é muito vascularizada, muito fina e pigmentada de forma intensa. O que supre as células da retina e da esclera com o oxigênio e nutrientes que são necessários são os vasos sanguíneos. Por esse motivo, essa parte da anatomia do olho é fundamental para atestar a manutenção dessas duas partes e, como consequência, o bom funcionamento da visão. MÁCULA É uma parte central bem pequena da anatomia do olho. É responsável por garantir uma visão centralizada, enquanto estamos lendo ou fazendo alguma atividade cujo campo visual é limitado. FÓVEA A fóvea central está circundando a pequena parte do olho, e é justamente a parte do olho que possibilita melhor definição para que possamos enxergar com detalhes. Por causa disso, qualquer dificuldade nela afeta de forma significativa a visão central. PUPILA É a abertura central da íris, e o diâmetro dela é regulável, se alterando de forma que uma menor ou maior quantidade de luz entra nas porções internas SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 7 do olho. A anatomia do globo ocular possui suas partes dependentes e complexas. Quando há a manifestação de doenças oculares, existe uma alteração nas estruturas o que impede o bom funcionamento do conjunto, por isso o paciente não tem capacidade de enxergar direito ou acaba perdendo a visão em uma parte do olho. GLÂNDULA LACRIMAL Situada na parte interna da pálpebra superior mais ao lado olho, a glândula lacrimal, tem a função de produzir as lágrimas, que umedecem a superfície ocular, fazem a nutrição da córnea e removem substâncias estranhas que chegam nos olhos. As glândulas lacrimais não funcionam sozinha, pois os ductos lacrimais ajudam na condução das lágrimas. A distribuição das lágrimas através da superfície do olho são feitas pela movimentação das pálpebras (ao piscar). HUMOR AQUOSO Um líquido com aspecto transparente e incolor é chamado de humor aquoso, é composto por água e eletrólitos. Fica situado nas câmaras anteriores do olho, que fica entre a córnea e o cristalino. O humor aquoso é responsável de nutrir a córnea e do cristalino, e contribuem para regular a pressão interna do olho, sendo fundamental para manter o metabolismo nutricional dos olhos e uma ótima função da visão. Descreva a via visual. (formação e interpretação da imagem) OLHO → N. ÓPTICO → QUIASMA ÓPTICO → CRUZA → CORPO GENICULADO LATERAL → CORTEX VISUAL As vias neurais dos olhos 1º Neurônio: Cones e bastonetes 2º Neurônio: célula bipolar 3º Neurônio: célula ganglionar → prolongamento → Nervo Óptico, Quiasma Óptico e Trato Óptico → Axônios chegam no Corpo Geniculado Lateral SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 8 4º Neurônio: Corpo Geniculado Lateral → Axônios chegam na Radiação óptica → Área Visual do córtex 1ª (17) - Lábios do Sulco Calcarino Campo visual: olhar fixo no horizonte → Parte medial: Campo nasal → Parte lateral: Campo Temporal SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 9 Imagem captada no Campo temporal: projeta-se na retina nasal Imagem captada no Campo nasal: projeta-se na retina temporal Axônios das células ganglionares localizadas na retina nasal ganham o centro do quiasma óptico - cruzando para o lado oposto. Integrando o trato óptico do lado oposto Axônios das células ganglionares localizadas na retina temporal ganham o n. óptico e o quiasma mas ficam na região periférica do quiasma. Integrando o trato óptico do mesmo lado. SEM CRUZAR SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 10 SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 11 → O Trato óptico destina suas fibras: 1. Núcleo supra-quiasmático (Diencéfalo, Hipotálamo): Ritmos biológicos. 2. Área pr’é-tectal (Di e mesencéfalo): Miose e Acomodação visual 3. Colículo superior (mesencéfalo): Reflexos oculares e posição da cabeça 4. NGL (Diencéfalo, Talamo): Percepção visual Quais as vias relacionadas com a retina. (quais não tem relação com a visão) → O Trato óptico destina suas fibras: 1. Equilíbrio SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 12 2. Sono-vigília 3. Núcleo supra-quiasmático (Diencéfalo, Hipotálamo): Ritmos biológicos. 4. Área pré-tectal (Di e mesencéfalo): Miose e Acomodação visual 5. Colículo superior (mesencéfalo): Reflexos oculares e posição da cabeça 6. NGL (Diencéfalo, Talamo): Percepção visual Quais as causas e os tipos de falta de visão. (Miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia, estrabismo convergente, catarata, lesão na retina) Miopia: ocorre quando a córnea é curva demais ou, mais comumente, quando o olho é mais longo do que o normal. Em vez de estar focado justamente na retina, a luz é focalizada na frente desta, resultando em uma aparência borrada para objetos distantes. Hipermetropia: é um erro de refração que faz com que a imagem seja focada atrás da retina. Isso causa dificuldade para enxergar o que está mais próximo dos olhos. Dentre as causas, podemos citar o formato dos olhos mais achatado do que o normal, que pode ocorrer em razão de características genéticas Astigmatismo: Astigmatismo é um tipo de grau/erro refrativo, num determinado eixo causado por uma alteração na curvatura da córnea, é uma condição oftalmológica bastante comum em que a imagem na retina surge distorcida. Ou seja, para as pessoas com este problema, todos os objetos, tanto próximos como distantes, ficam distorcidos. As imagens ficam embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e outros não. Presbiopia: condição natural associada ao envelhecimento, em que o olho apresenta uma capacidade progressivamente diminuída para focar objetos próximos. Estrabismo: desalinhamento intermitente ou constante de um olho, de maneira que sua linha de visão não aponta para o mesmo objeto que a do outro olho. Se não for tratado, o estrabismo pode causar ambliopia (uma redução da visão) e perda permanente da visão. O tratamento do estrabismo inclui correção de eventuais erros de refração, um tampão ou colírio para tratar a ambliopia e, em alguns casos, cirurgia. Em crianças com menos de 6 meses de idade, fatores de risco para estrabismo incluem histórico familiar de estrabismo, distúrbios genéticos (como SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 13 Síndrome de Down), exposição pré-natal a drogas (incluindo álcool), prematuridade, defeitos congênitos dos olhos, e paralisia cerebral. Em crianças a partir de 6 meses de idade, retinoblastoma (um tipo de câncer do olho) e doenças neurológicas, como paralisia cerebral, espinha bífida, fraqueza de nervos cranianos que controlam o movimento ocular, traumatismos cranianos e infecção viral do cérebro (encefalite). Às vezes, uma fratura da órbita ocular pode bloquear o movimento do olho e causar estrabismo. Há diversos tipos de estrabismo. Alguns tipos são caracterizados pelo desvio dos olhos para dentro (esotropia ou olhos cruzados) e alguns pelo desvio para o exterior (exotropia ou olho errante). Outros se caracterizam por desvio ascendente do olho (hipertropia)ou descendente (hipotropia). O defeito de alinhamento pode ser constante (o olho vira todo o tempo) ou intermitente (o olho vira apenas parte do tempo) e pode ser leve ou grave. Catarata: é o comprometimento do cristalino do olho, deixando a visão mais embaçada e levando à perda progressiva da visão. A substituição do cristalino por uma lente intraocular é o tratamento mais indicado Lesão na retina: Uma lesão por impacto pode fazer com que uma parte ou toda a retina seja rasgada ou separada (descolada) de sua superfície subjacente na parede posterior do globo ocular https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/anomalias-cromoss%C3%B4micas-e-gen%C3%A9ticas/s%C3%ADndrome-de-down-trissomia-21 https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/uso-de-drogas-durante-a-gravidez/uso-de-medicamentos-drogas-durante-a-gravidez https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-gerais-em-rec%C3%A9m-nascidos/rec%C3%A9m-nascido-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-da-face,-ossos,-articula%C3%A7%C3%B5es-e-m%C3%BAsculos/defeitos-oculares https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/c%C3%A2nceres-na-inf%C3%A2ncia/retinoblastoma https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida#v35259766_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-dos-nervos-cranianos/paralisia-do-terceiro-nervo-craniano-nervo-oculomotor https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-do-sistema-nervoso-central-nas-crian%C3%A7as https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/les%C3%B5es-oculares/fraturas-da-%C3%B3rbita SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 14 Qual os impactos da diabetes na perda visual. Retinopatia Diabetica SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 15 Cerca de 40% das pessoas que sofrem com o diabetes apresentam alterações oftalmológicas, afirma estudo da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Os altos níveis de glicose no sangue podem causar várias doenças oculares, como a retinopatia diabética – que é a mais frequente delas, o glaucoma e a catarata. Todas elas, se não tratadas, podem evoluir para cegueira. Hoje, 250 milhões de pessoas sofrem com doenças visuais graves e cegueira no mundo. Destes, 75% poderiam ser evitados, por meio de cuidados básicos como exames e consultas médicas, afirma a OMS. Diabetes Mellitus tipo 1 x tipo 2 Tipo 1: Autoimune; destruição das c’élulas beta por células ejetoras imunológicas Tipo 2: Resistência à insulina por fatores genéticos, ambientais e estado pró- inflamatório Complicações crônicas do diabetes Base: hiperglicemia crônica. Consequência: doença macrovascular (artérias) e doença microvascular. Doença microvascular: retinopatia, neuropatia e nefropatia. Microangiopatia diabética; Espessamento difuso das membranas basais; Aumento da permeabilidade às proteínas plasmáticas. Retinopatia diabética A retinopatia diabética é uma das complicações mais frequentes da diabetes. Essa doença ocorre quando as concentrações de glicose estão muito altas e afetam os vasos sanguíneos dos olhos, que se rompem, provocando o vazamento de fluido na retina. Isto causa a visão embaçada e distorcida, um dos sintomas da doença. Retinopatia diabetica não proliferativa → Ocorre por conta das alterações vasculares no olho e acessórios SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 16 Retinopatia diabetica proliferativa → Neovascularização sintomas e casos mais graves Glaucoma Outra complicação do diabetes é o glaucoma neovascular, que, neste caso, surge após evolução da retinopatia diabética. De fato, também é uma doença silenciosa no início, surgindo os sintomas apenas no estágio avançado. A sua principal característica é o aumento de pressão dentro do olho, que comprime os vasos sanguíneos e danifica o nervo óptico, levando à perda da visão lateral do olho e, gradualmente, à cegueira. Catarata A catarata nos diabéticos também se manifesta após o desenvolvimento do quadro de retinopatia diabética. A doença é uma lesão ocular que deixa o cristalino opaco e torna a visão turva, como se existisse uma névoa diante dos olhos. De acordo com um estudo realizado no Reino Unido, o diabetes dobra o risco de desenvolver catarata. Infelizmente, é uma das causas mais comuns de deficiência visual nos portadores de diabetes e atinge, inclusive, públicos mais jovens – geralmente, a doença surge nos idosos. Quais exames para identificação da falta de visão e quais os tratamentos. Exames de Imagem: Ultrassonografia ocular, ressonância magnética, tomografia computadorizada (informar local, plano, janela e contraste), angiografia fluoresceinica. Exames físicos: reflexo pupilar, reflexo do fundo do olho (fundoscopia), localização do ponto cego, campo visual (teste do dedo movimentando), acuidade visual (letras, desenhos). 1. Miopia: Como tratar: o tratamento para miopia é iniciado com o uso de óculos ou lentes de contato que ajudam a focar a imagem observada. No entanto, outra opção é a cirurgia a laser que pode ser feita após o médico constatar que o grau de miopia parou de aumentar. SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 17 2. Hipermetropia Como tratar: a hipermetropia pode ser tratada com o uso de óculos ou lentes de contato que ajudam a enxergar corretamente objetos de perto. Porém, o paciente também pode recorrer à cirurgia quando da indicação médica, para modificar ou corrigir definitivamente a córnea e evitar o uso constante de óculos. 3. Astigmatismo Como tratar: o tratamento para astigmatismo é feito com o uso de óculos ou lentes de contato que, frequentemente, devem ser adaptados para dois problemas, uma vez que é comum que este problema também surja em pacientes com miopia ou hipermetropia. Também pode ser feita a cirurgia de correção a laser nesses casos. 4. Presbiopia Como tratar: a presbiopia pode ser corrigida através da utilização de óculos de leitura que ajudam a corrigir a imagem quando é necessário observar uma imagem de perto ou focar o texto de um livro 5. Estrabismo Como tratar: o tratamento do estrabismo, geralmente, é iniciado com o uso de óculos ou lentes de correção, no entanto, em alguns casos pode ser necessário utilizar toxina botulínica ou cirurgia para corrigir a força dos músculos de cada olho. Veja quais as opções de tratamento para o estrabismo. 6. Glaucoma Como tratar: o tratamento depende do tipo de glaucoma e, por isso, cada caso deve ser orientado por um oftalmologista. No entanto, na maior parte dos casos o tratamento é feito com o uso de colírios, laser ou cirurgia. 7. Catarata Como tratar: a catarata, geralmente, é tratada com cirurgia para remover o cristalino do olho e substituí-lo por uma lente artificial. Em qualquer problema de visão é recomendado que o paciente consulte o oftalmologista regularmente, pelo menos uma vez por ano para avaliar a evolução da presbiopia e para adequar o tipo de tratamento, caso seja necessário. https://www.tuasaude.com/como-tratar-o-estrabismo/ SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 18 Quais os impactos biopsicossociais da falta de visão. As implicações psicológicas incluem: a aprendizagem de conceitos dificultada (sobretudo em cegos precoces); competências intelectuais sem alterações, mas com algumainibição na recolha da maior quantidade possível de informação sensorial e necessidade por parte das crianças cegas de experiências concretas para as suas realizações escolares; tendência para agravamento ou exacerbação de traços de personalidade; e necessidade de um processo de ajustamento. Estes autores chamam a atenção para a importância do auto-conceito e da auto-estima nesse processo de ajustamento. Antes de mais, vale a pena ressaltar que existem algumas diferenças entre pessoas que nunca viram, e que portanto sofrem de cegueira congénita, e aquelas que perderam a sua visão depois de terem visto durante um período de tempo mais ou menos longo. A mais evidente é precisamente o sofrer a perda da visão por parte do segundo grupo. Além disso, essas diferenças baseiam-se essencialmente na aquisição de conceitos físicos e no desenvolvimento da motricidade. Falvo (1991) explica que as pessoas que têm uma cegueira desde a nascença não tiveram oportunidade de aprender conceitos como distância, profundidade, proporção e cor. Por causa da sua falta de experiências visuais no ambiente, tal como observação de tarefas e comportamentos dos outros, estas pessoas vão ter que aprender através de meios alternativos, conceitos que os indivíduos que vêm, normalmente têm por adquiridos. Ao perder mais tarde a sua visão, estes indivíduos poderão basear- se nas suas experiências visuais como ponto de referência para conceitos físicos (Falvo, 1991). “Enxergar com o cotovelo” Quais os amparos oferecidos pelo governo para pessoas com dificuldade visual? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 36 milhões de cegos no mundo e 216 milhões com deficiência visual moderada ou grave, porém ela aponta que, se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção e/ou tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados. Ainda, segundo a OMS, as principais causas de cegueira no Brasil são: catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 19 macular. No Brasil existem algumas de leis de proteção que garantem ao indivíduo cego ou com deficiência visual uma série de direitos, contudo, muitas vezes por falta de informações, uma grande parcela dessas pessoas não consegue acessá- los. A pessoa portadora de deficiência visual tem direito à inúmeros benefícios previdenciários, por exemplo: a aposentadoria da pessoa com deficiência, auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente e ainda, o benefício de prestação continuada. Sendo que, em todos os casos, para a concessão de qualquer benefício é necessário o preenchimento de inúmeros requisitos. A Aposentadoria da Pessoa com Deficiência é garantida pela Lei Complementar 142/2013 e dá ao segurado da Previdência Social portador de Visão monocular o direito de adiantar a aposentadoria por idade (60 anos para homens e 55 anos para mulheres, em vez de 65 e 60 anos, respectivamente) e por tempo de contribuição com tempo variável, de acordo com o grau de deficiência (leve, moderada ou grave). Importante mencionar que no site da Câmara dos Deputados há uma cartilha com um “guia de direitos” Além dos benefícios previdenciários, o documento traz informações sobre isenções fiscais (e isenção do Imposto de Renda), direitos políticos, leis de acessibilidade, em especial ao sistema braile, leis da “educação especial” (modalidade de educação escolar voltada para pessoas portadoras de deficiência), passe livre (assegurado pela Lei 8.899, de 29/6/1994) entre outros. Esta cartilha deveria ter sua divulgação feita de forma mais ampla principalmente em escolas e nas Unidades Básicas de Saúde a fim de que tenha um alcance muito maior, inclusive em versões em braile. A cartilha, em suma, resume de maneira sintética e objetiva, a legislação constitucional e infraconstitucional que afiança aos indivíduos com visão deficiente o direito à saúde, à educação, ao trabalho, à locomoção, à isenção de certos impostos, ao atendimento preferencial em repartições públicas e estabelecimentos bancários, entre outras prerrogativas. Direito, enfim, à SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 20 cidadania plena, sem o que valores como a dignidade humana e o desenvolvimento social continuarão, no Brasil, promessas de um futuro que não vem, de uma justiça que não chega. Descritores: visão ocular refração ocular transtornos da visão diagnósticos por imagem Questão cabide: Vícios de Refração: A refração da luz ocorre quando a luz ambiente atravessa as estruturas dos olhos e chega à retina para que ela forme a imagem e envie ao cérebro, porém, devido ao vício ou erro de refração a luz não chega com nitidez ao seu destino. Miopia É a condição em que os olhos podem ver objetos que estão perto, mas não são capazes de enxergar claramente os objetos que estão longe. O principal fator que influencia o aparecimento da miopia é a hereditariedade. Em geral, o grau de miopia aumenta durante o período de crescimento.As formas de correção da miopia são: óculos, lentes de contato ou cirurgia. Hipermetropia Ocorre quando o olho é menor do que o normal. Isso cria uma condição de dificuldade para que o cristalino focalize na retina os objetos colocados próximos ao olho. A maioria das crianças são hipermétropes de grau moderado, condição esta que diminui com a idade. A hipermetropia pode ser corrigida através do uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia. Astigmatismo É causado por diferentes curvaturas corneanas ou por irregularidades na córnea, formando a imagem em planos diferentes o que ocasiona a distorção da mesma.O uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia podem corrigir o astigmatismo. Presbiopia SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 21 Conhecida como “vista cansada”, manifesta-se normalmente após os 40 anos, criando uma dificuldade para enxergar de perto e de longe. O uso de óculos ou lentes de contato são formas de correção da presbiopia.
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