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3 FASE_UNISUL - ÂNIMA_SP - 2.3 - Eu não nasci de óculos...

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SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 1
👓
SP 2.3 – Eu não nasci de 
óculos...
Alberto, tem 7 anos e estava tendo dificuldades para enxergar a lousa na escola. Por 
recomendação da professora, sua mãe pediu a sua médica de família da UBS, um 
encaminhamento para o oftalmologista. Dra. Fátima então disse para a mãe: “Graça, 
até que enfim você irá levá-lo. Todos esses anos tenho insistido e o problema só 
aumentando...” Graça sorri e diz: “Desculpe-me Dra. Fátima, sou cabeça dura... você e 
o enfermeiro André já insistiram tanto... Pra dizer a verdade, todos vocês: - Taciana 
(agente comunitária) e o Lucas (Técnico de enfermagem) não cansavam de me 
orientar, mas agora, ele não está mais aprendendo... e isso porque não enxerga”. Na 
avaliação do Oftalmologista no ambulatório de  especialidades, o médico constatou que 
ele não enxergava de longe e que tinha um estrabismo convergente. O médico lhe 
disse que o menino poderia perder a visão e iniciou o tratamento. Alberto estava com 
vergonha de aparecer para os amigos e parentes usando óculos e tampão. Mas, logo 
percebeu que não era o único. Agnaldo, seu primo, também usava óculos, pois não 
enxergava de perto. Seu tio Marcão não conseguia mais enxergar direito as letras do 
jornal e dizia que estava com vista cansada. Sua avó já tinha operado de catarata dos 
dois olhos. Seu avô, que fazia tratamento para diabetes, perdeu completamente a visão 
do olho direito e parcial do olho esquerdo por uma lesão na retina. Um dia, Alberto 
acompanhou uma das consultas de rotina de seu avô no oftalmologista. Dentre os 
exames realizados pelo médico, um deles chamou a sua atenção: usou uma “caneta” 
com uma luz na ponta incidindo diretamente sobre o olho do vovô. Alberto ficou 
intrigado, pois tinha visto este mesmo exame em uma série da TV que fala sobre 
emergência médicas. A falta de visão do vovô tem comprometido muito sua mobilidade 
inclusive em casa e sua qualidade de vida, está inclusive necessitando de cuidador. 
Alberto agora não deixa de usar seus óculos e tampão.
Conceitos
Estrabismo convergente: 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 2
O estrabismo caracteriza-se por um desequilíbrio na função dos músculos 
oculares, fazendo com que os dois olhos não fixem o mesmo ponto ou objeto ao 
mesmo tempo. Em relação à direção para a qual um olho se desvia relativamente 
ao olho que se mantém fixo:
Convergente ou esotropia (endotropia) - o olho desvia-se para dentro;
Divergente ou exotropia - o olho desvia-se para fora;
Vertical - o olho desvia-se para baixo ou para cima. 
Problemas
Alberto tem dificuldades visuais
Histórico familiar de problemas visuais, Alberto não enxergava de longe e 
possui estrabismo convergente. Primo, não enxergava de perto. Tio não 
enxerga de perto, vista cansada. Avó já tinha operado de catarata dos dois 
olhos. Avô, fazia tratamento para diabetes, perdeu completamente a visão do 
olho direito e parcial do olho esquerdo por uma lesão na retina.
Demora para buscar ajuda do oftalmo
Problema visual identificado na escola
Alberto possui vergonha de utilizar tampão e óculos na escola
O médico disse que o alberto poderia perder a visão
Alberto foi diagnosticado com estrabismo convergente e que não enxergava de 
longe
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 3
Hipóteses
A perda visual de Alberto é genética
Alberto teve agravo no caso por conta da demora em buscar especialista
Alberto tem miopia
Alberto poderia perder a visão
Avô do Alberto pode ficar cego por conta de não controlar a diabetes
Avó de Alberto corre risco de reincidência da catarata mesmo tendo operado os 
dois olhos.
Se o Alberto sofrer bullying por conta do uso de óculos vai gerar problemas no 
tratamento, aprendizagem etc.
Questões de Aprendizagem
Descreva a anatomia do globo ocular.
ESCLERA
A esclerótica, mais conhecida como esclera, é o componente branco do olho 
que está relacionado à córnea. Está localizada na parte externa do globo 
ocular e possui o dever de proteger as estruturas mais internas. Essa 
estrutura do globo ocular é uma membrana fibrosa que está recoberta da 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 4
conjuntiva bulbar. É nessa parte do olho que são fixados os músculos extra 
oculares, que devem realizar os variados movimentos dos olhos.
CÓRNEA
A parte mais externa do globo ocular é a córnea, que tem a atribuição de 
focalizar a luz que chega aos olhos. Trata-se de um tecido translúcido que fica 
em toda a frente do olho, por meio do qual pode-se ver a íris e a pupila. Ela 
possui uma curvatura que não é regular e a região central mais plana que o 
espaço periférico. Um dos propósitos é fazer a proteção do olho contra 
traumas e de contaminações, também mantendo o formato do olho. O 
conjunto das lágrimas e as pálpebras superiores e inferiores fazem a limpeza 
natural da córnea.
CORPO CILIAR
Atrás da íris fica o corpo ciliar. Essa estrutura tem responsabilidade na 
formação do humor aquoso, que é um dos fluídos intra oculares.  Também, tem 
a função de manter a pressão ocular apropriada e o formato esférico. A 
contração dessa parte gera uma alteração na formação do cristalino, o que 
modifica o foco da visão. O corpo ciliar permite o ajuste do olhar para vermos o 
que está perto ou longe, assim como a câmera.
CONJUNTIVA
A membrana mucosa transparente e fina é a conjuntiva. A função dela é 
proteger a superfície do olho contra agentes externos e lubrificar os olhos. Ela 
tem duas porções diferentes que recebem nomes diferentes. Quando a 
conjuntiva recobre a parte branca do olho, ela se chama bulbar. Já as porções 
que recobrem as pálpebras são denominadas de tarsal, nela é possível 
encontrar vários vasos sanguíneos.
ÍRIS
Essa é a estrutura mais escura dos olhos, possui uma abertura central (a 
pupila) e algumas vezes coloridas, (olhos verdes e azuis ) e ficam na parte de 
trás da córnea. Em cada pessoa, os olhos são definidos pelo pigmento que 
está presente na íris.  Ele varia a depender de quanto existe de melanina 
armazenada, que se define através de 150 genes diferentes. Nas pessoas ao 
redor do mundo, os genes que predominam fazem com que os olhos 
castanhos sejam o tipo mais comum, seguindo o avelã e o azul.  Há algumas 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 5
variações genéticas que fazem com que existam cores muito raras, como, por 
exemplo, o âmbar, o vermelho ou o violeta, preto e verde. Somente 2% das 
pessoas têm os olhos com essa última tonalidade. A íris define o tom dos 
olhos e apresenta vários músculos lisos que fazem o controle da abertura e do 
fechamento da pupila, e agem como o diafragma de uma câmera fotográfica. 
Essa abertura vai variar em função inversa à luminosidade que há no local. 
Dessa forma, quanto menos luz disponibilizada, mais ela dilata para aproveitar 
bem a luminosidade.
HUMOR VÍTREO
O vítreo ou o corpo vítreo como também pode ser chamado, é uma parte 
gelatinosa e viscosa da anatomia do olho ocupando o centro do olho. Quando 
o ser humano nasce, o humor vítreo tem a composição densa, e depois de 
algum tempo acontece a liquefação e consequentemente o descolamento do 
mesmo. Por causa desse descolamento do vítreo, percebe-se que pequenas 
manchas no espaço da visão, que é comum chamarmos de moscas volantes.
CRISTALINO
Logo atrás da pupila, se localiza o cristalino que é uma estrutura gelatinosa e 
elástica. A sua estrutura é convergente e focaliza a luz que entra na pupila e 
faz a formação das imagens na retina. Quem faz o ajuste fino para a leitura e o 
foco é o cristalino, por exemplo.
A flexibilidade da própria estrutura do cristalino é o que faz o ajuste. Ele 
começa a perder essa característica entre os 40 e os 50 anos, e acaba 
surgindo a presbiopia, o que também é chamado de “vista cansada”. Depois, 
essa parte pode escurecer e endurecer, o que impede a passagem da 
luminosidade e constitui a catarata.
NERVO ÓPTICO
A união de fibras nervosas das células ganglionares da retina formam o nervo 
óptico. Os cones e bastonetes da retina captam a imagem que é transmitida 
parao cérebro  através dele, dessa forma, essa estrutura é fundamental para 
que a gente consiga enxergar. Por toda a extensão do nervo óptico passam 
vasos sanguíneos que levam o oxigênio e os nutrientes.
RETINA
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 6
A parte do globo ocular onde são formados as imagens do que podemos ver é 
a retina, sendo a camada mais interior do olho. Ela é um fino tecido nervoso 
que faz a transmissão das informações para o cérebro através do nervo óptico.
Os cones e bastonetes são as células da retina que são sensíveis à luz. O 
centro dela é conhecido como mácula, e tem vários cones, que são 
responsáveis pela visão das cores e de detalhes. O resto da retina é 
constituído basicamente  de bastonetes (têm menos sensibilidade à cores).
Entretanto, esses bastonetes têm muita sensibilidade na baixa intensidade 
luminosa. Dessa forma, quando um lugar tem pouca luz, os bastonetes são 
responsáveis pela visão. Isso é, eles que nos fazem com que possamos 
enxergar no escuro.
COROIDE
A camada média do globo ocular é a coroide que está situada entre a retina e 
a esclera. Essa membrana é muito vascularizada, muito fina e pigmentada de 
forma intensa.
O que supre as células da retina e da esclera com o oxigênio e nutrientes que 
são necessários são os vasos sanguíneos.
Por esse motivo, essa parte da anatomia do olho é fundamental para atestar 
a manutenção dessas duas partes e, como consequência, o bom 
funcionamento da visão.
MÁCULA
É uma parte central bem pequena da anatomia do olho. É responsável por 
garantir uma visão centralizada, enquanto estamos lendo ou fazendo alguma 
atividade cujo campo visual é limitado.
FÓVEA
A fóvea central está circundando a pequena parte do olho, e é justamente a 
parte do olho que possibilita melhor definição para que possamos enxergar 
com detalhes. Por causa disso, qualquer dificuldade nela afeta de forma 
significativa a visão central.
PUPILA
É a abertura central da íris, e o diâmetro dela é regulável, se alterando de 
forma que uma menor ou maior quantidade de luz entra nas porções internas 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 7
do olho.
A anatomia do globo ocular possui suas partes dependentes e complexas. 
Quando há a manifestação de doenças oculares, existe uma alteração nas 
estruturas o que impede o bom funcionamento do conjunto, por isso o paciente 
não tem capacidade de enxergar direito ou acaba perdendo a visão em uma 
parte do olho.
GLÂNDULA LACRIMAL
Situada na parte interna da pálpebra superior mais ao lado olho, a glândula 
lacrimal, tem a função de produzir as lágrimas, que umedecem a superfície 
ocular, fazem a nutrição da córnea e removem substâncias estranhas que 
chegam nos olhos.
As glândulas lacrimais não funcionam sozinha, pois os ductos lacrimais ajudam 
na condução das lágrimas. A distribuição das lágrimas através da superfície do 
olho são feitas pela movimentação das pálpebras (ao piscar).
HUMOR AQUOSO
Um líquido com aspecto transparente e incolor é chamado de humor aquoso, é 
composto por água e eletrólitos. Fica situado nas câmaras anteriores do olho, 
que fica entre a córnea e o cristalino.
O humor aquoso é responsável de nutrir a córnea e do cristalino, e contribuem
para regular a pressão interna do olho, sendo fundamental para manter o 
metabolismo nutricional dos olhos e uma ótima função da visão.
Descreva a via visual. (formação e interpretação da imagem)
OLHO → N. ÓPTICO → QUIASMA ÓPTICO → CRUZA → CORPO 
GENICULADO LATERAL → CORTEX VISUAL
As vias neurais dos olhos
1º Neurônio: Cones e bastonetes
2º Neurônio: célula bipolar
3º Neurônio: célula ganglionar → prolongamento → Nervo Óptico, 
Quiasma Óptico e Trato Óptico → Axônios chegam no Corpo Geniculado 
Lateral
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 8
4º Neurônio: Corpo Geniculado Lateral → Axônios chegam na Radiação 
óptica → Área Visual do córtex 1ª (17) - Lábios do Sulco Calcarino
Campo visual: olhar fixo no horizonte
→ Parte medial: Campo nasal
→ Parte lateral: Campo Temporal
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 9
Imagem captada no Campo temporal: projeta-se na retina nasal
Imagem captada no Campo nasal: projeta-se na retina temporal
Axônios das células ganglionares localizadas na retina nasal ganham o 
centro do quiasma óptico - cruzando para o lado oposto. Integrando o trato 
óptico do lado oposto
Axônios das células ganglionares localizadas na retina temporal ganham o 
n. óptico e o quiasma mas ficam na região periférica do quiasma. 
Integrando o trato óptico do mesmo lado. SEM CRUZAR
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 10
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 11
→ O Trato óptico destina suas fibras:
1. Núcleo supra-quiasmático (Diencéfalo, Hipotálamo): Ritmos 
biológicos.
2. Área pr’é-tectal (Di e mesencéfalo): Miose e Acomodação visual
3. Colículo superior (mesencéfalo): Reflexos oculares e posição da 
cabeça
4. NGL (Diencéfalo, Talamo): Percepção visual
Quais as vias relacionadas com a retina. (quais não tem relação com a visão)
→ O Trato óptico destina suas fibras:
1. Equilíbrio
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 12
2. Sono-vigília
3. Núcleo supra-quiasmático (Diencéfalo, Hipotálamo): Ritmos biológicos.
4. Área pré-tectal (Di e mesencéfalo): Miose e Acomodação visual
5. Colículo superior (mesencéfalo): Reflexos oculares e posição da cabeça
6. NGL (Diencéfalo, Talamo): Percepção visual
Quais as causas e os tipos de falta de visão. (Miopia, hipermetropia, 
astigmatismo, presbiopia, estrabismo convergente, catarata, lesão na retina)
Miopia: ocorre quando a córnea é curva demais ou, mais comumente, quando 
o olho é mais longo do que o normal. Em vez de estar focado justamente na 
retina, a luz é focalizada na frente desta, resultando em uma aparência borrada 
para objetos distantes.
Hipermetropia: é um erro de refração que faz com que a imagem seja focada 
atrás da retina. Isso causa dificuldade para enxergar o que está mais próximo 
dos olhos. Dentre as causas, podemos citar o formato dos olhos mais achatado 
do que o normal, que pode ocorrer em razão de características genéticas
Astigmatismo: Astigmatismo é um tipo de grau/erro refrativo, num 
determinado eixo causado por uma alteração na curvatura da córnea, é uma 
condição oftalmológica bastante comum em que a imagem na retina surge 
distorcida. Ou seja, para as pessoas com este problema, todos os objetos, 
tanto próximos como distantes, ficam distorcidos. As imagens ficam 
embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e outros não.
Presbiopia:  condição natural associada ao envelhecimento, em que o olho 
apresenta uma capacidade progressivamente diminuída para focar objetos 
próximos.
Estrabismo: desalinhamento intermitente ou constante de um olho, de 
maneira que sua linha de visão não aponta para o mesmo objeto que a do 
outro olho. Se não for tratado, o estrabismo pode causar ambliopia (uma 
redução da visão) e perda permanente da visão. O tratamento do estrabismo 
inclui correção de eventuais erros de refração, um tampão ou colírio para tratar 
a ambliopia e, em alguns casos, cirurgia.
Em crianças com menos de 6 meses de idade, fatores de risco para 
estrabismo incluem histórico familiar de estrabismo, distúrbios genéticos (como 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 13
Síndrome de Down), exposição pré-natal a drogas (incluindo álcool), 
prematuridade, defeitos congênitos dos olhos, e paralisia cerebral.
Em crianças a partir de 6 meses de idade, retinoblastoma (um tipo de câncer 
do olho) e doenças neurológicas, como paralisia cerebral, espinha bífida, 
fraqueza de nervos cranianos que controlam o movimento ocular, traumatismos 
cranianos e infecção viral do cérebro (encefalite). Às vezes, uma fratura da 
órbita ocular pode bloquear o movimento do olho e causar estrabismo. Há 
diversos tipos de estrabismo. Alguns tipos são caracterizados pelo desvio dos 
olhos para dentro (esotropia ou olhos cruzados) e alguns pelo desvio para o 
exterior (exotropia ou olho errante). Outros se caracterizam por desvio 
ascendente do olho (hipertropia)ou descendente (hipotropia). O defeito de 
alinhamento pode ser constante (o olho vira todo o tempo) ou intermitente (o 
olho vira apenas parte do tempo) e pode ser leve ou grave.
Catarata: é o comprometimento do cristalino do olho, deixando a visão mais 
embaçada e levando à perda progressiva da visão. A substituição do cristalino 
por uma lente intraocular é o tratamento mais indicado
Lesão na retina: Uma lesão por impacto pode fazer com que uma parte ou 
toda a retina seja rasgada ou separada (descolada) de sua superfície 
subjacente na parede posterior do globo ocular
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/anomalias-cromoss%C3%B4micas-e-gen%C3%A9ticas/s%C3%ADndrome-de-down-trissomia-21
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/uso-de-drogas-durante-a-gravidez/uso-de-medicamentos-drogas-durante-a-gravidez
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-gerais-em-rec%C3%A9m-nascidos/rec%C3%A9m-nascido-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-da-face,-ossos,-articula%C3%A7%C3%B5es-e-m%C3%BAsculos/defeitos-oculares
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/c%C3%A2nceres-na-inf%C3%A2ncia/retinoblastoma
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida#v35259766_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-dos-nervos-cranianos/paralisia-do-terceiro-nervo-craniano-nervo-oculomotor
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-do-sistema-nervoso-central-nas-crian%C3%A7as
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/les%C3%B5es-oculares/fraturas-da-%C3%B3rbita
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 14
Qual os impactos da diabetes na perda visual.
Retinopatia Diabetica
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 15
Cerca de 40% das pessoas que sofrem com o diabetes apresentam alterações 
oftalmológicas, afirma estudo da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Os altos níveis de glicose no sangue podem causar várias doenças oculares, 
como a retinopatia diabética – que é a mais frequente delas, o glaucoma e a 
catarata. Todas elas, se não tratadas, podem evoluir para cegueira. Hoje, 250 
milhões de pessoas sofrem com doenças visuais graves e cegueira no mundo. 
Destes, 75% poderiam ser evitados, por meio de cuidados básicos como 
exames e consultas médicas, afirma a OMS.
Diabetes Mellitus tipo 1 x tipo 2
Tipo 1: Autoimune; destruição das c’élulas beta por células ejetoras 
imunológicas
Tipo 2: Resistência à insulina por fatores genéticos, ambientais e estado 
pró- inflamatório
Complicações crônicas do diabetes
Base: hiperglicemia crônica. 
Consequência: doença macrovascular (artérias) e doença microvascular.
Doença microvascular: retinopatia, neuropatia e nefropatia.
Microangiopatia diabética; 
Espessamento difuso das membranas basais;
Aumento da permeabilidade às proteínas plasmáticas.
Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é uma das complicações mais frequentes da diabetes. 
Essa doença ocorre quando as concentrações de glicose estão muito altas e 
afetam os vasos sanguíneos dos olhos, que se rompem, provocando o 
vazamento de fluido na retina. Isto causa a visão embaçada e distorcida, um 
dos sintomas da doença.
Retinopatia diabetica não proliferativa
→ Ocorre por conta das alterações vasculares no olho e acessórios 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 16
Retinopatia diabetica proliferativa
→ Neovascularização sintomas e casos mais graves
Glaucoma
Outra complicação do diabetes é o glaucoma neovascular, que, neste caso, 
surge após evolução da retinopatia diabética. De fato, também é uma doença 
silenciosa no início, surgindo os sintomas apenas no estágio avançado. A sua 
principal característica é o aumento de pressão dentro do olho, que comprime 
os vasos sanguíneos e danifica o nervo óptico, levando à perda da visão lateral 
do olho e, gradualmente, à cegueira.
Catarata
A catarata nos diabéticos também se manifesta após o desenvolvimento do 
quadro de retinopatia diabética. A doença é uma lesão ocular que deixa o 
cristalino opaco e torna a visão turva, como se existisse uma névoa diante dos 
olhos.
De acordo com um estudo realizado no Reino Unido, o diabetes dobra o risco 
de desenvolver catarata. Infelizmente, é uma das causas mais comuns de 
deficiência visual nos portadores de diabetes e atinge, inclusive, públicos mais 
jovens – geralmente, a doença surge nos idosos.
Quais exames para identificação da falta de visão e quais os tratamentos.
Exames de Imagem: Ultrassonografia ocular, ressonância magnética, 
tomografia computadorizada (informar local, plano, janela e contraste), 
angiografia fluoresceinica.
Exames físicos: reflexo pupilar, reflexo do fundo do olho (fundoscopia), 
localização do ponto cego, campo visual (teste do dedo movimentando), 
acuidade visual (letras, desenhos).
1. Miopia:
Como tratar: o tratamento para miopia é iniciado com o uso de óculos ou 
lentes de contato que ajudam a focar a imagem observada. No entanto, outra 
opção é a cirurgia a laser que pode ser feita após o médico constatar que o 
grau de miopia parou de aumentar.
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 17
2. Hipermetropia
Como tratar: a hipermetropia pode ser tratada com o uso de óculos ou lentes 
de contato que ajudam a enxergar corretamente objetos de perto. Porém, o 
paciente também pode recorrer à cirurgia quando da indicação médica, para 
modificar ou corrigir definitivamente a córnea e evitar o uso constante de 
óculos.
3. Astigmatismo
Como tratar: o tratamento para astigmatismo é feito com o uso de óculos ou 
lentes de contato que, frequentemente, devem ser adaptados para dois 
problemas, uma vez que é comum que este problema também surja em 
pacientes com miopia ou hipermetropia. Também pode ser feita a cirurgia de 
correção a laser nesses casos.
4. Presbiopia
Como tratar: a presbiopia pode ser corrigida através da utilização de óculos de 
leitura que ajudam a corrigir a imagem quando é necessário observar uma 
imagem de perto ou focar o texto de um livro
5. Estrabismo
Como tratar: o tratamento do estrabismo, geralmente, é iniciado com o uso de 
óculos ou lentes de correção, no entanto, em alguns casos pode ser 
necessário utilizar toxina botulínica ou cirurgia para corrigir a força dos 
músculos de cada olho. Veja quais as opções de tratamento para o estrabismo.
6. Glaucoma
Como tratar: o tratamento depende do tipo de glaucoma e, por isso, cada caso 
deve ser orientado por um oftalmologista. No entanto, na maior parte dos casos 
o tratamento é feito com o uso de colírios, laser ou cirurgia.
7. Catarata
Como tratar: a catarata, geralmente, é tratada com cirurgia para remover o 
cristalino do olho e substituí-lo por uma lente artificial. Em qualquer problema 
de visão é recomendado que o paciente consulte o oftalmologista 
regularmente, pelo menos uma vez por ano para avaliar a evolução da 
presbiopia e para adequar o tipo de tratamento, caso seja necessário.
https://www.tuasaude.com/como-tratar-o-estrabismo/
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 18
Quais os impactos biopsicossociais da falta de visão.
As implicações psicológicas incluem: a aprendizagem de conceitos dificultada 
(sobretudo em cegos precoces); competências intelectuais sem alterações, 
mas com algumainibição na recolha da maior quantidade possível de 
informação sensorial e necessidade por parte das crianças cegas de 
experiências concretas para as suas realizações escolares; tendência para 
agravamento ou exacerbação de traços de personalidade; e necessidade de 
um processo de ajustamento. Estes autores chamam a atenção para a 
importância do auto-conceito e da auto-estima nesse processo de ajustamento.
Antes de mais, vale a pena ressaltar que existem algumas diferenças entre 
pessoas que nunca viram, e que portanto sofrem de cegueira congénita, e 
aquelas que perderam a sua visão depois de terem visto durante um período 
de tempo mais ou menos longo. A mais evidente é precisamente o sofrer a 
perda da visão por parte do segundo grupo. Além disso, essas diferenças 
baseiam-se essencialmente na aquisição de conceitos físicos e no 
desenvolvimento da motricidade. Falvo (1991) explica que as pessoas que têm 
uma cegueira desde a nascença não tiveram oportunidade de aprender 
conceitos como distância, profundidade, proporção e cor. Por causa da sua 
falta de experiências visuais no ambiente, tal como observação de tarefas e 
comportamentos dos outros, estas pessoas vão ter que aprender através de 
meios alternativos, conceitos que os indivíduos que vêm, normalmente têm por 
adquiridos. Ao perder mais tarde a sua visão, estes indivíduos poderão basear-
se nas suas experiências visuais como ponto de referência para conceitos 
físicos (Falvo, 1991).
“Enxergar com o cotovelo”
Quais os amparos oferecidos pelo governo para pessoas com dificuldade 
visual?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 36 milhões de cegos 
no mundo e 216 milhões com deficiência visual moderada ou grave, porém ela 
aponta que, se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção 
e/ou tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados.
Ainda, segundo a OMS, as principais causas de cegueira no Brasil são: 
catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 19
macular.
No Brasil existem algumas de leis de proteção que garantem ao indivíduo cego 
ou com deficiência visual uma série de direitos, contudo, muitas vezes por falta 
de informações, uma grande parcela dessas pessoas não consegue acessá-
los.
A pessoa portadora de deficiência visual tem direito à inúmeros benefícios 
previdenciários, por exemplo: a aposentadoria da pessoa com deficiência, 
auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade 
permanente e ainda,  o benefício de prestação continuada. Sendo que, em 
todos os casos, para a concessão de qualquer benefício é necessário o 
preenchimento de inúmeros requisitos.
A Aposentadoria da Pessoa com Deficiência é garantida pela Lei 
Complementar 142/2013 e dá ao segurado da Previdência Social portador de 
Visão monocular o direito de adiantar a aposentadoria por idade (60 anos para 
homens e 55 anos para mulheres, em vez de 65 e 60 anos, respectivamente) e 
por tempo de contribuição com tempo variável, de acordo com o grau de 
deficiência (leve, moderada ou grave).
Importante mencionar que no site da Câmara dos Deputados há uma cartilha 
com um “guia de direitos”
Além dos benefícios previdenciários, o documento traz informações sobre 
isenções fiscais (e isenção do Imposto de Renda), direitos políticos, leis de 
acessibilidade, em especial ao sistema braile,  leis da “educação especial” 
(modalidade de educação escolar voltada para pessoas portadoras de 
deficiência),  passe livre (assegurado pela Lei 8.899, de 29/6/1994) entre 
outros.
Esta cartilha deveria ter sua divulgação feita de forma mais ampla 
principalmente em escolas e nas Unidades Básicas de Saúde a fim de que 
tenha um alcance muito maior, inclusive em versões em braile.
A cartilha, em suma, resume de maneira sintética e objetiva, a legislação 
constitucional e infraconstitucional que afiança aos indivíduos com visão 
deficiente o direito à saúde, à educação, ao trabalho, à locomoção, à isenção 
de certos impostos, ao atendimento preferencial em repartições públicas e 
estabelecimentos bancários, entre outras prerrogativas. Direito, enfim, à 
SP 2.3 – Eu não nasci de óculos... 20
cidadania plena, sem o que valores como a dignidade humana e o 
desenvolvimento social continuarão, no Brasil, promessas de um futuro que 
não vem, de uma justiça que não chega. 
Descritores:
visão ocular
refração ocular
transtornos da visão
diagnósticos por imagem
Questão cabide: Vícios de Refração:
A refração da luz ocorre quando a luz ambiente atravessa as estruturas dos olhos 
e chega à retina para que ela forme a imagem e envie ao cérebro, porém, devido 
ao vício ou erro de refração a luz não chega com nitidez ao seu destino.
Miopia
É a condição em que os olhos podem ver objetos que estão perto, mas não são 
capazes de enxergar claramente os objetos que estão longe. O principal fator que 
influencia o aparecimento da miopia é a hereditariedade. Em geral, o grau de 
miopia aumenta durante o período de crescimento.As formas de correção da 
miopia são: óculos, lentes de contato ou cirurgia.
Hipermetropia
Ocorre quando o olho é menor do que o normal. Isso cria uma condição de 
dificuldade para que o cristalino focalize na retina os objetos colocados próximos 
ao olho. A maioria das crianças são hipermétropes de grau moderado, condição 
esta que diminui com a idade. A hipermetropia pode ser corrigida através do uso de 
óculos, lentes de contato ou cirurgia.
Astigmatismo
É causado por diferentes curvaturas corneanas ou por irregularidades na córnea, 
formando a imagem em planos diferentes o que ocasiona a distorção da mesma.O 
uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia podem corrigir o astigmatismo.
Presbiopia
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Conhecida como “vista cansada”, manifesta-se normalmente após os 40 anos, 
criando uma dificuldade para enxergar de perto e de longe. O uso de óculos ou 
lentes de contato são formas de correção da presbiopia.

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