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Prévia do material em texto

1
BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR (BNCC): 
HISTÓRIA, CONCEPÇÃO, 
POLÍTICA E REFERENCIAIS 
PEDAGÓGICOS
Profª. Me. Carla Maria Pereira Morais
2
BASE NACIONAL 
COMUM 
CURRICULAR (BNCC): 
HISTÓRIA, CONCEPÇÃO, 
POLÍTICA E REFERENCIAIS 
PEDAGÓGICOS
PROFª. ME. CARLA MARIA PEREIRA MORAIS
3
 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Imperatriz da Penha Matos
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Profª. Esp. Izabel Cristina
 Revisão técnica: Profª. Me. Denise Matias
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Clarice Virgilio Gomes
 Prof. Esp. Guilherme Prado
 Lorena Oliveira Silva Portugal 
 
 Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Daniel Guadalupe Reis
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Eliza P. Campos 
© 2022, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR (BNCC): 
HISTÓRIA, CONCEPÇÃO, 
POLÍTICA E REFERENCIAIS 
PEDAGÓGICOS
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2022
5
 Mestre em Educação, na área 
de Tecnologias Educativas (2014) 
pela Universidade de Lisboa. Pós-
-graduada em Educação Empre-
endedora (2009) pela Universidade 
Federal de São João del-Rei e gradu-
ada em Pedagogia (2005) também 
pela Universidade Federal de São 
João del-Rei. Experiência profissional 
em docência, supervisão, coordena-
ção e consultoria pedagógica. Atua 
na área de pesquisa em Educação, 
com ênfase em Tecnologias Educati-
vas, Empreendedorismo, Práticas Pe-
dagógicas, Currículo, Inclusão e For-
mação de Professores.
CARLA MARIA PEREIRA 
BARBOSA MORAIS
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas qua-
lificações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/5413376506527248
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
6
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes 
nas quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão 
do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar 
ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para 
determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, 
mostradas a seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
7
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
SUMÁRIO
1.1 Organização Da Educação Brasileira .................................................................................................................................................................................................................................10
1.2 Modalidades De Ensino ................................................................................................................................................................................................................................................................12
FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................................17
2.1 Elaboração do Currículo Escolar: Base Legal, Autonomia e Flexibilização .............................................................................................................................................22
2.2 Currículo da Educação Básica .............................................................................................................................................................................................................................................23
2.3 Currículo Integrado, Multiculturalismo e Transdisciplinaridade ..................................................................................................................................................................26
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................28
3.1 Políticas Públicas Educacionais ............................................................................................................................................................................................................................................33
3.2 Descentralização, Municipalização e Financiamento da Educação ........................................................................................................................................................34
3.3 Ações e Programas ......................................................................................................................................................................................................................................................................36
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................39
EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
POLÍTICAS PÚBLICAS
4.1 Legislação Educacional Brasileira ......................................................................................................................................................................................................................................44
4.2 Constituição Federal ...................................................................................................................................................................................................................................................................44
4.3 Lei De Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB ......................................................................................................................................................................................46
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................48
 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
5.1 Principais Leis e Diretrizes da Educação Básica Brasileira ................................................................................................................................................................................52
5.2 Documentos Norteadores da Prática Pedagógica ...............................................................................................................................................................................................52
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................55LEIS E DOCUMENTOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA
UNIDADE 5
6.1 Ensino Remoto ..................................................................................................................................................................................................................................................................................60
6.2 Relacionamento Interpessoal no Ambiente Escolar ............................................................................................................................................................................................62
FIXANDO O CONTEÚDO.........................................................................................................................................................................................................................................................................64
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO.......................................................................................................................................................................................68
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................................................................................69
REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA CONTEMPORÂNEA
UNIDADE 6
8
UNIDADE 1
A Unidade I apresenta aspectos gerais relacionados à educação brasileira, 
descrevendo sobre a forma de organização, os sistemas e as modalidades de 
ensino.
UNIDADE 2
A Unidade II é centralizada no tema do currículo educacional brasileiro, abordando 
algumas características gerais que envolvem a sua elaboração em âmbito escolar, 
como a base legal, a autonomia e a flexibilização.
UNIDADE 3
A Unidade III apresenta características das políticas públicas, sobretudo educacionais 
e cita algumas ações e programas de políticas públicas educacionais vigentes, que 
são desenvolvidas em âmbito nacional.
UNIDADE 4
A Unidade IV aborda de forma abrangente sobre a legislação educacional brasileira, 
a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB.
UNIDADE 5
A Unidade V apresenta as principais leis e documentos norteadores da prática 
pedagógica em âmbito escolar.
UNIDADE 6
A partir de conceitos e reflexões, a Unidade VI aborda aspectos ligados à educação 
contemporânea, principalmente no que diz respeito ao ensino remoto e o 
relacionamento interpessoal no ambiente escolar.
C
O
NF
IR
A 
NO
 LI
VR
O
9
EDUCAÇÃO 
BRASILEIRA 
10
1.1 ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
 A educação está sempre relacionada ao panorama atual, ao contexto social, 
político e econômico do país, diante disso, nesta Unidade abordaremos os aspectos 
gerais relacionados à educação brasileira, como a forma de organização, as 
modalidades e os sistemas de ensino. Diante desta perspectiva, Dourado (2007, p. 07), 
ilustra o seguinte:
 No Brasil, a educação é regida legalmente a partir de duas leis principais: a 
Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394 de 
1996, onde a partir destas leis são criados outros documentos que suportam toda a 
organização da educação. 
 De acordo com a LDB, a educação brasileira é organizada a partir de dois 
níveis escolares: Educação Básica e Educação Superior. A Educação Básica abrange 
a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A Educação Superior 
abrange os cursos “sequenciais por campo de saber” (BRASIL, 1996), a graduação, a 
pós-graduação e a extensão. 
 A Educação Básica para a faixa etária de quatro anos (pré-escola) a dezessete 
anos (Ensino Fundamental e Ensino Médio) segundo a LDB, 9394/1996 é obrigatória e 
deve ser ofertada gratuitamente para crianças e jovens em instituições públicas. 
 A educação infantil corresponde a primeira etapa da educação básica e 
atende as crianças de zero a cinco anos de idade. As crianças de zero a três anos são 
A educação é essencialmente uma prática social pre-
sente em diferentes espaços momentos da produção 
da vida social. Nesse contexto, a educação escolar, 
objeto de políticas públicas, cumpre destacado papel 
nos processos formativos por meio dos diferentes ní-
veis, ciclos e modalidades educativas. Mesmo na edu-
cação formal, que ocorre por intermédio de instituições 
educativas, a exemplo das escolas de educação bá-
sica, são diversas as finalidades educacionais esta-
belecidas, assim como são distintos os princípios que 
orientam o processo ensino-aprendizagem, pois cada 
país, com sua trajetória histórico-cultural e com o seu 
projeto de nação, estabelece diretrizes e bases para o 
seu sistema educacional.
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar públi-
ca será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (qua-
tro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da 
seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 
2013)
c) ensino médio (BRASIL, 1996).
11
 Em relação a Educação Superior, a LDB 9394/1996 explicita um conjunto de 
finalidades, que se destacam pela formação cultural, saber científico em diferentes 
áreas de conhecimento e pensamento crítico e reflexivo de sob diversos aspectos, e 
sobretudo a respeito do homem e do meio ambiente.
 Apesar de existirem amparos legais que garantem acesso e qualidade à educação 
no Brasil, esbarramos com uma realidade devastadora de uma oferta de educação 
muito diferente em relação às expectativas e anseios da sociedade, que espera uma 
educação de qualidade, capaz de transformar qualitativamente a vida do cidadão e 
promover avanços e desenvolvimento no meio em que ele vive. 
 Tanto o acesso quanto os aspectos qualitativos do ensino, sobretudo no 
atendidas em creches ou entidades equivalentes e as crianças de quatro a cinco anos 
são assistidas na pré-escola. De acordo com o art. 29 da LDB 9394/1996 a Educação 
Infantil tem por finalidade o “desenvolvimento nos aspectos físico, intelectual e social 
da criança, complementando as ações da família e da comunidade” (BRASIL, 1996,).
 De acordo com a LDB 9394/1996 o Ensino Fundamental é destinado para crianças 
a partir de 6 anos e prevê uma duração mínima de nove anos, tendo por finalidade a 
formação básica do cidadão, que é evidenciada na Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), o que reforça a ideia de formação do cidadão de forma global diante de aspectos 
como a dimensão cognitiva e o desenvolvimento de competências socioemocionais. 
 Ainda de acordo com a LDB 9394/1996, o Ensino Médio constitui a última etapa 
da Educação Básica e prevê uma duração mínima de três anos. Na Educação Básica, 
a oferta é gratuita na faixa etária de 0 a 5 anos (creche e pré-escola) e gratuita e 
obrigatória 4 aos 17 anos (pré-escola ao ensino médio).
Nível de ensino: EDUCAÇÃO BÁSICA
Etapas Cursos e programas Idade
Educação Infantil Creche 0 a 3 anos
Pré-escola 4 a 5 anos
Ensino Fundamental Anos iniciais: 1º ano ao 5º ano
Anos finais: 6º ano ao 9º ano
6 a 15 anos
Ensino Médio 1ª série a 3ª série – ensino regular / 
Educação de Jovens e Adultos / Educa-
ção Profissional Técnica de nível médio
16 a 18 anos
Quadro 1: Organização da Educação Básica Brasileira
Fonte: Elaborado pela Autora (2021).
Quadro 2: Organização da Educação Superior Brasileira
Fonte: Elaborado pela Autora (2021).
Nível de ensino: EDUCAÇÃO SUPERIOR
Etapa Cursos e programas
Ensino Superior Cursos sequenciais por campo de saber
Graduação
Pós-graduação
Extensão
12
que diz respeito ao Ensino Básico, de forma geral, deixam a desejar, e apresentam 
grandes desafios, é o que nos mostra por exemplo, os resultados do PISA - Programa 
Internacional de Avaliação de Estudantes, (tradução de Programme for International 
Student Assessment) que avalia o desempenho de estudantes na faixa etária entre 15 
e 16 anos, que geralmenteestão terminando a Educação Básica em diversos países. De 
acordo com o último resultado PISA publicado, em dezembro de 2019, o Brasil apresentou 
resultados bastante modestos nas áreas avaliadas: Matemática, Ciências e Leitura, 
com raras melhorias nos últimos anos, além de um desempenho significativamente 
inferior ao desempenho médio dos países da OCDE - Organização para a Cooperação 
e Desenvolvimento Econômico. 
Educação: 1- Ato ou efeito de educar-se; 2- Processo de desenvolvimento da capacida-
de física, intelectual e moral do ser humano; 3- Civilidade e polidez.
Fonte: Dicionário Aurélio, 2010.
GLOSSÁRIO
 Além dos níveis de ensino da educação brasileira, prevê formas de organização 
educacional que podem ocorrer em diferentes etapas da formação, consideradas como 
modalidades de ensino. As modalidades de ensino são apresentadas na LDB 9394/1996 
e nas DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais.
 As DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais são normas legais que orientam a 
construção dos currículos educacionais brasileiros, onde em conjunto com a BNCC – 
Base Nacional Comum Curricular, norteia o planejamento dos currículos, descrevendo 
os conteúdos mínimos a serem desenvolvidos na educação básica brasileira.
 Desta forma, as DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, 
(2013), apresentam as seguintes modalidades de ensino: Educação de Jovens e Adultos, 
Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do Campo, Educação 
Escolar Indígena e Educação a Distância (BRASIL, 2013,). Essas modalidades perpassam 
qualquer um dos níveis de escolaridade: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino 
Médio, atendendo todos os grupos sociais, através de diretrizes específicas, a saber: 
• Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica;
• Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio;
• Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo;
• Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na Educação 
Básica, modalidade Educação Especial;
• Diretrizes Nacionais para a oferta de Educação para Jovens e Adultos em situação 
de privação de liberdade nos estabelecimentos penais;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena;
1.2 MODALIDADES DE ENSINO
13
• Diretrizes para o atendimento de Educação Escolar de Crianças, Adolescentes e 
Jovens em Situação de Itinerância;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e 
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.
 Além das DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a LDB 
9394/1996 também apresenta modalidades de ensino que atendem grupos sociais 
específicos: a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Profissional e a Educação 
Especial. 
 A Educação de Jovens e Adultos - EJA, oferece uma formação para os jovens e 
adultos que não conseguiram estudar na idade própria nas etapas do Ensino Fundamental 
e do Ensino Médio. A EJA passou a ser uma oportunidade para um grupo heterogêneo 
de pessoas com características diferentes tanto no que diz respeito a faixa etária, 
quanto a cultura e conhecimentos prévios e que por diversos motivos não conseguiram 
ter acesso à educação ou interromperam seus os estudos por algum motivo, como 
necessidade de trabalho, gravidez na adolescência, doença, desmotivação, falta de 
transporte, entre outros. Para esses alunos, o currículo é adaptado de forma que seja 
coerente com a sua realidade e de acordo com as particularidades e diversidades que 
fazem parte desse grupo social. 
 A Educação Profissional e Tecnológica - EPT, compreende as dimensões 
relacionadas ao trabalho, a ciência e a tecnologia, integrando os diferentes níveis e 
modalidades de educação, tanto da Educação Básica como da Educação Superior, nas 
modalidades: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação a Distância. 
Poderá ocorrer: 
 A Educação Profissional Técnica de nível Médio poderá ocorrer integrada ao 
Ensino Médio na mesma instituição, concomitante na mesma instituição ou em outra 
diferente, como por exemplo, no ambiente de trabalho ou ainda, de forma subsequente 
para alunos concluintes do Ensino Médio.
 A Educação Especial – EE é voltada para alunos que possuam algum tipo de 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
A EE é transversal diante das demais modalidade e níveis de ensino e deve ser enunciada 
no Projeto Político Pedagógico. De acordo com a Resolução nº 04 de 2009, a Educação 
Especial atende:
A Educação Profissional e Tecnológica abrangerá os 
seguintes cursos:
I – de formação inicial e continuada ou qualificação 
profissional;
II – de Educação Profissional Técnica de nível médio; 
III – de Educação Profissional Tecnológica de gradua-
ção e pós-graduação (BRASIL, 2013).
I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedi-
mentos de longo prazo de natureza física, intelectual, 
mental ou sensorial.
II - Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: 
14
aqueles que apresentam um quadro de alterações no 
desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimen-
to nas relações sociais, na comunicação ou estereoti-
pias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com 
autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de 
Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e 
transtornos invasivos sem outra especificação.
III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aque-
les que apresentam um potencial elevado e grande 
envolvimento com as áreas do conhecimento humano, 
isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psico-
motora, artes e criatividade (BRASIL, 2009).
 Embora tendo a Resolução nº 04 de 2009 como referência citada acima para 
nomear os alunos atendidos na Educação Especial, certas nomenclaturas e definições 
para algumas deficiências poderão ser apresentadas de formas diferentes de acordo 
com outras áreas do conhecimento que envolvem, por exemplo, a área de psicologia e 
de saúde mental. 
 A Educação do Campo, é voltada para alunos que residem no campo e 
necessitam de adequações tanto nos currículos como na metodologia de ensino, de 
acordo com as particularidades da vida rural e regional. A Educação do Campo conta 
com o Programa Educacional no Campo (PROCAMPO) instituído em 2006 pelo Conselho 
Nacional da Educação e ainda com a “Pedagogia da Alternância”, metodologia que 
considera dias letivos, os dias que alunos estudam em casa através de projetos agrícolas 
supervisionados pela Escola. 
 Educação Escolar Indígena, é organizada através de uma pedagogia própria, 
em terras indígenas respeitando as especificidades étnico-culturais das comunidades 
indígenas. O direito à educação assegurado aos grupos indígenas brasileiros é discutido 
desde a Constituição Federal de 1988 onde a partir daí surgiram diversos outros 
documentos que formalizam e estruturam a educação indígena, como por exemplo: o 
Decreto 26/1991, a Portaria Ministerial 559/1991, as Diretrizes para a Política Nacional de 
Educação Escolar Indígena elaboradas pelo Ministério da Educação (MEC) em 1993 e 
depois atualizada em 1999 através do Parecer 14/1999.
 A Educação a Distância – EAD acontece em meio virtual, com a mediação de 
recursos ligados às tecnologias da informação e comunicação e ocorrem em diferentes 
tempos e espaços. A regulamentação dos cursos EAD acontece através do MEC – 
Ministério da Educação e tem amparo legal na LDB 9394/1996, no Decreto n.º 2494/1998, 
no Decreto n.º 2561/1998 e pela Portaria Ministerial n.º 301/1998. 
A respeito da EducaçãoEscolar Indígena, foi elaborado um em 14 de setembro 
de 1999, pelo Conselho Nacional de Educação o Parecer 14/1999 que aponta 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação indígena determinando a 
estrutura para o funcionamento da escola, bem como a proposição de ações 
concretas voltadas especificamente para esse grupo.
Parecer 14/1999. Disponível em: https://bit.ly/316Ritm. Acesso em: 8 nov. 2021.
BUSQUE POR MAIS
15
 A Educação Quilombola, é uma modalidade de ensino oferecida às comunidades 
quilombolas. Essas comunidades são formadas, sobretudo, por negros remanescentes 
das comunidades dos quilombos que são reconhecidas pelo Artigo 2º do Decreto 
4.887/2003. O currículo e a metodologia de ensino devem ser elaborados com atenção 
às particularidades características do grupo e levar em conta sua cultura e história. 
 Conforme descrito, as modalidades de ensino são formalizadas principalmente 
pela LDB 9394/1996 e pelas DCNs e cabe aos sistemas de ensino brasileiros assegurarem 
a acessibilidade de todos além de garantir o efetivo funcionamento dessas modalidades 
de ensino oferecendo oportunidade de educação para os diferentes grupos sociais 
brasileiros. 
Para conhecer mais sobre a organização, a legislação educacional brasileira, o 
financiamento da educação e currículo através de reflexões sobre o contexto 
nacional, veja o livro “Organização e Legislação da Educação”, disponível em 
Minha Biblioteca.
Pablo, B. Organização e Legislação da Educação. São Paulo: Grupo A, 2018. 
9788595027282. Disponível em: https://bit.ly/3qQzgVl. Acesso em: 2 jun. 2021.
A respeito da regulamentação dos cursos EAD, acesse o link disponível em: ht-
tps://bit.ly/32yRgv8. Acesso em: 8 nov. 2021.
BUSQUE POR MAIS
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A LDB 9394/1996 propõe uma divisão de responsabilidades entre os sistemas de ensino 
(federal, estadual e municipal), e ao mesmo tempo, reforça sobre o regime de colabora-
ção que deve ser estabelecido entre eles: Art. 8º da LDB 9394/1996. “(...) a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos 
sistemas de ensino. “(Art. 8º, LDB 9394/1996).
FIQUE ATENTO
16
VAMOS PENSAR?
Figura 1: Ensino Brasileiro
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3HnTZpM. Acesso em 10 maio 2021.
Você concorda que as diferentes modalidades de ensino são asseguradas corretamente 
pelo governo, estados e municípios de forma que os diferentes grupos sociais brasileiros 
tenham acesso com equidade e qualidade à educação? Em caso de resposta negativa, 
quais ações são necessárias para melhorar essa situação? 
17
FIXANDO O CONTEÚDO
1. A respeito da organização da educação brasileira, analise as afirmativas a seguir e 
assinale (V) para verdadeira e (F) para a falsa.
( ) É regida legalmente a partir de duas leis principais: a Constituição Federal de 1988 e 
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394 de 1996.
( ) É organizada a partir de dois níveis escolares: Educação Básica e Educação Superior.
( ) Compreende dois tipos de escolarização: a Educação Formal e a Educação Especial. 
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente:
a) V – V – V. 
b) V – V – F.
c) V – F – V. 
d) V – F – F.
e) F – V – V. 
2. (ENADE- 2017). A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é espaço de tensão e aprendizado 
em diferentes ambientes de vivências, que contribuem para a formação de jovens e de 
adultos como sujeitos da história. É inadiável que a EJA se integre a um sistema nacional 
de educação capaz de oferecer oportunidade de acesso, garantia de permanência e 
qualidade a jovens e adultos para a conclusão da Educação Básica. Todos os esforços 
feitos pelo Brasil neste campo, em especial a partir da Constituição Federal de 1988, que 
preceitua no Art. 208 a educação como direito de todos e dever do Estado, da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que passa a assumir a EJA como modalidade 
da educação, e da Resolução CEB/CNE n. 1/2000, que reafirma a especificidade desta 
modalidade, demonstram que a cobertura da EJA é ínfima, se comparada ao número 
de jovens e adultos brasileiros que não concluíram a educação básica, e que a oferta 
existente ainda está longe de corresponder às reais necessidades deste grupo.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Desafios 
da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Brasília, 2008 (adaptado).
Com relação a esse tema, avalie as afirmações a seguir.
I. Os alunos jovens e adultos se caracterizam como um grupo heterogêneo do ponto 
de vista da faixa etária, da cultura, da visão de mundo e dos conhecimentos prévios.
II. A oferta da EJA se dá por meio de cursos regulares e é destinada a jovens e adultos 
maiores de 18 anos.
III. A EJA tem como objetivo central alfabetizar jovens e adultos que interromperam os 
estudos ou que não tiveram acesso à escolaridade.
IV. A adoção da EJA como modalidade de ensino, a partir da Constituição Federal de 1988, 
contrapôs-se ao ensino profissionalizante com objetivo de preparar os estudantes 
18
para o Ensino Superior.
V. Situada no âmbito do direito à educação, a EJA tem firmado cada vez mais seu papel 
na história da educação, representando uma possibilidade de acesso à educação 
escolar.
É correto apenas o que se afirma em
a) l e V.
b) II e IV.
c) III, IV e V. 
d) I, II, III e IV.
e) I, II, III e V.
3. A educação brasileira é organizada a partir de dois níveis escolares: Educação Básica 
e Educação Superior, de acordo com a LDB 9394/1996. A Educação Básica compreende 
a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio e a Educação Superior é 
formada por:
a) Cursos de graduação e pós-graduação.
b) Formação básica superior e formação continuada.
c) Cursos de licenciaturas e bacharelados.
d) Cursos de licenciatura, mestrado e doutorado.
e) Cursos “sequenciais por campo de saber, cursos de graduação, cursos de pós-
graduação e extensão. 
4. (Prefeitura Municipal de União do Oeste – 2021- Adaptada). A educação brasileira é 
organizada por meio dos sistemas de ensino ______________________________. 
Já a estrutura do sistema educacional regular brasileiro é formada por: __________ 
e ____________.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas corretamente.
a) ( ) dos Estados e dos Municípios; Educação Básica; Educação Superior.
b) ( ) da União Federal e Municípios, educação federal e educação privada.
c) ( ) da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios; Educação Básica; 
Educação Superior.
d) ( ) dos Estados e dos Municípios; Educação Profissional; Educação Especial.
e) ( ) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Educação Básica; 
Educação Profissional.
5. De acordo com a LDB 9394/1996 a educação infantil: 
I. Corresponde à primeira etapa da educação básica. 
II. Corresponde ao atendimento das crianças de zero a cinco anos de idade.
III. A pré-escola está inserida no âmbito da educação infantil.
19
Estão corretos:
a) Somente os itens I e II.
b) Somente os itens II e III.
c) Somente os itens I, e III
d) Somente o item II.
e) Todos os itens.
6. (AMEOSC – 2020 - Adaptada). É correto afirmar que a Educação Infantil será oferecida 
em:
I. Creches para crianças de até quatro anos de idade.
II. Pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade.
III. Pré-escolas, para as crianças de cinco a seis anos de idade.
IV. Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade.
Estão corretos:
a) Apenas os itens I e II estão corretos.
b) Apenas os itens III e IV estão corretos.
c) Apenas os itens II e IV estão corretos.
d) Apenas os itens I e III estão corretos.
e) Todas as alternativas estão corretas.
7. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB 9394/1996, a respeito do ensino 
fundamental é correto afirmar:
a) Constitui na primeira etapa da Educação Básica.
b) Compreende a educação infantil e a Educação Básica e tem por finalidade a 
formação integral do aluno.
c) É destinado para criançasa partir de 6 anos, possui uma duração mínima de nove 
anos e visa a formação básica do cidadão. 
d) É dividido por “anos iniciais” e “anos finais” do Ensino Médio.
e) É gratuito e obrigatório e compreende a faixa etária de quatro anos a dezessete anos.
8. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2016). Relacione as Modalidades da Educação Básica 
à respectiva característica.
1. Educação de Jovens e Adultos
2. Educação Especial 
3. Educação Profissional e Tecnológica 
4. Educação do Campo
( ) Integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do 
trabalho, da ciência e da tecnologia, e articula-se com o ensino regular e com outras 
modalidades educacionais
20
( ) Destina-se aos que se situam em faixa etária superior à considerada própria para a 
conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. 
( ) Está prevista para população específica, com adequações necessárias às 
peculiaridades contextuais de cada região.
( ) Modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte 
integrante da educação regular, devendo ser prevista no projeto político-pedagógico 
da unidade escolar.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
a) 3 – 1 – 2 – 4.
b) 3 – 1 – 4 – 2.
c) 2 – 1 – 4 – 3.
d) 3 – 3 – 4 – 1.
e) 4 – 1 – 3 – 2
21
ORGANIZAÇÃO 
CURRICULAR 
22
 Podemos considerar o Currículo em Educação como um documento formal que 
direciona todo trabalho pedagógico. É comum pensarmos no Currículo Escolar apenas 
como um documento utilizado somente na escola, que possibilita o direcionamento 
do trabalho do professor, mas além disso, o Currículo Escolar é um dos principais 
documentos de articulação para a produção de livros e materiais didáticos, é um 
documento de apoio na elaboração de parâmetros de avaliações internas e externas e 
orienta a formação de professores. Ou seja, o Currículo norteia o trabalho pedagógico 
no âmbito da escola, mas vai muito além do ambiente escolar.
 O Currículo serve como um elo de ligação entre a escola, a cultura da comunidade 
em que ela está inserida, as famílias, os profissionais da educação e os alunos. Pensar 
no Currículo, portanto, é pensar na realidade e no futuro do aluno, sem deixar de 
resgatar a sua origem e a de sua comunidade. Nesse sentido, Moreira e Candau, (2007) 
complementa sobre a função o Currículo:
 No Currículo Escolar devem ser explicitados os conteúdos programáticos, as 
competências e metodologias de ensino-aprendizagem adotadas. Portanto, de forma 
geral, o currículo é a organização do que se deve ensinar e como deve ser ensinado. 
 Além de entender o conceito de Currículo é importante também, entender sobre 
os tipos de Currículo, que são divididos em três: Currículo formal ou Currículo prescrito; 
Currículo real e o Currículo oculto, bem como compreender as diferentes teorias que 
embasam as suas concepções: teoria tradicional, teoria crítica e teoria pós-crítica. 
(Observação: os conceitos relacionados aos tipos de currículo e suas teorias, serão 
discutidos em outra unidade disciplinar.)
 Hoje, os principais documentos de apoio na elaboração dos Currículos Escolares é 
a BNCC – Base Nacional Comum Curricular e as DCNs - Diretrizes Curriculares Nacionais 
que em consonância com a Constituição Federal, LDB - Leis de Diretrizes e Bases da 
Educação e o PNE - Plano Nacional de Educação traçam os objetivos de aprendizagem 
que cada faixa etária deve alcançar. Além desses documentos, também devem ser 
2.1 ELABORAÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR: BASE LEGAL, 
AUTONOMIA E FLEXIBILIZAÇÃO
Na organização da proposta curricular, deve-se asse-
gurar o entendimento de currículo como experiências 
escolares que se desdobram em torno do conhecimen-
to, permeadas pelas relações sociais, articulando vi-
vências e saberes dos estudantes com os conhecimen-
tos historicamente acumulados e contribuindo para 
construir as identidades dos educandos (BRASIL, 2013).
incorporam, com maior ou menor ênfase, discussões 
sobre os conhecimentos escolares, sobre os procedi-
mentos e as relações sociais que conformam o cenário 
em que os conhecimentos se ensinam e se aprendem, 
sobre as transformações que desejamos efetuar nos 
alunos e alunas, sobre os valores que desejamos incul-
car e sobre as identidades que pretendemos construir 
(MOREIRA; CANDAU, 2007, p.18).
23
 Um Currículo bem organizado, bem elaborado é essencial para uma educação 
de qualidade. A partir dele, serão definidas as trajetórias que a instituição irá percorrer, 
como a elaboração Projeto Político Pedagógico, planos de aulas dos professores e 
materiais didáticos. 
 O Currículo está ligado às experiências de aprendizagens que são desenvolvidas 
nos ambientes educacionais em relação aos alunos, definindo o que eles deverão 
aprender e também o que eles deixarão de aprender. Na sua elaboração, devem ser 
consultados primordialmente as DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais e a BNCC – 
 Desta forma, os marcos legais para a construção do Currículo visam os elementos 
essenciais, básicos da aprendizagem e cabe aos gestores de sua elaboração a 
implementação de elementos inovadores nos Currículos, como por exemplo a 
implementação de metodologias de ensino e aprendizagem que envolvem o uso de 
tecnologias e estratégias diversificadas de avaliação, como a promoção de debates, 
fóruns de discussões, jogos, etc.
 Atualmente, a elaboração dos Currículos Escolares das escolas públicas é de 
responsabilidade dos estados e municípios e das escolas privadas, cada instituição 
é responsável pela elaboração do seu Currículo. Pode acontecer de forma mais 
participativa, envolvendo professores, gestores, alunos e até mesmo comunidade ou 
menos participativa, com envolvimento restrito a uma equipe técnica, por exemplo. 
 Na sua elaboração, o Currículo Escolar deve conter os seguintes elementos: 
• Diretrizes do MEC; 
• Necessidades dos alunos;
• Particularidades da região onde a instituição está inserida;
• Práticas pedagógicas inovadoras;
• Uso das tecnologias;
• Avaliação constante do desempenho dos alunos;
• Objetivos e metas que desejam alcançar.
2.2 CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Na organização da Educação Básica, devem-se obser-
var as Diretrizes Curriculares Nacionais comuns a todas 
as suas etapas, modalidades e orientações temáticas, 
respeitadas as suas especificidades e as dos sujeitos a 
que se destinam (BRASIL, 2013).
consultados leis municipais e estaduais, referentes a cada região.
Um bom Currículo deve levar em conta, não somente os aspectos cognitivos, como a ca-
pacidade de resolução de problemas e raciocínio lógico, mas também deve considerar o 
desenvolvimento de habilidades não cognitivas como a empatia, resiliência, curiosidade, 
cooperação e socialização. Lembrando ainda, que o Currículo Escolar não é um docu-
mento estático, ele pode ser adaptado ao longo do ano letivo, de acordo com as necessi-
dades e demandas que surgirem.
FIQUE ATENTO
24
[...] BNCC está estruturada em cinco campos de expe-
riências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos 
de aprendizagem e desenvolvimento. Os campos de 
experiências constituem um arranjo curricular que aco-
lhe as situações e as experiências concretas da vida 
cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-
-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio 
cultural. (BNCC, 2018, p. 42).
Base Nacional Comum Curricular, entre outros. Sobre esses documentos, os mesmos 
serão apresentados mais adiante, no capítulo 05.
 A Educação Básica, conforme descrito na Unidade anterior, compreende a 
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. O Currículo da Educação 
Básica deve contar como uma estrutura básica: introdução; campos de experiência 
(Educação Infantil); áreas do conhecimento (Ensino Fundamental e Ensino Médio); 
referências bibliográficas.
 Na Introdução, são apresentados os aspectos gerais da Escola, seus princípios e 
valores, a visão de educação e visão de mundo e o perfil de formação do aluno que se 
pretende alcançar. 
 A BNCC (Base Nacional Comum Curricular)apresenta os Campos de Experiência 
- Educação Infantil, que traz a organização de situações e experiências concretas da 
vida cotidiana das crianças, estruturada a partir de cinco campos de experiências, 
conforme descrito na BNCC (2018):
 Desta forma, o currículo da Educação Infantil é elaborado de acordo com as 
DCNs - Diretrizes Curriculares da Educação Infantil em consonância com os Campos de 
Experiência preconizados na BNCC, articulando as experiências e conhecimentos prévios 
das crianças com atividades de expressão motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, 
estética e sociocultural. A avaliação deve levar em conta as vivências e preferências da 
criança, e não deve ter caráter de aprovação, reprovação ou classificação. 
 As Áreas do Conhecimento - Ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam os 
pressupostos teórico-metodológicos, os objetivos de aprendizagem, os conhecimentos 
e habilidades e elementos de avaliação. 
Campos de Experiência da Educação Infantil
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Quadro 3: BNCC: Campos de Experiência
Fonte: Elaborado pela Autora (2021).
BNCC: Áreas do conhecimento
Ensino Fundamental Ensino Médio
Linguagens Linguagens e suas Tecnologias
25
Os currículos da educação infantil, do ensino funda-
mental e do ensino médio devem ter base nacional co-
mum, a ser complementada, em cada sistema de ensi-
no e em cada estabelecimento escolar, por uma parte 
diversificada, exigida pelas características regionais 
e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos 
educandos. (LDB 9394/1996, art. 26, 1996).
a) a Língua Portuguesa;
b) a Matemática;
c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realida-
de social e política, especialmente do Brasil, incluindo-
-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e 
Indígena,
d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, in-
cluindo-se a música;
e) a Educação Física;
f) o Ensino Religioso (BRASIL, 2013).
A parte diversificada enriquece e complementa a base 
nacional comum, prevendo o estudo das característi-
cas regionais e locais da sociedade, da cultura, da eco-
nomia e da comunidade escolar, perpassando todos os 
tempos e espaços curriculares constituintes do Ensino 
Fundamental e do Ensino Médio, independentemente 
do ciclo da vida no qual os sujeitos tenham acesso à 
escola ((BRASIL, 2013).
 As Referências Bibliográficas descrevem as referências de textos utilizados na 
elaboração do Currículo, como livros, artigos, revistas, sites, documentos, etc. Todas 
as citações contidas no texto que compõem o Currículo devem ser apresentadas em 
Referências Bibliográficas, além de serem descritas sob as normas da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 É importante ressaltar que de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais 
(DCNs), o Currículo da Educação Básica é formado por uma base nacional comum 
nacional e uma parte diversificada, articulado com as Leis de Diretrizes e Bases da 
Educação: 
 A Base Nacional Comum da Educação Básica é constituída pelos seguintes 
componentes curriculares:
 A parte diversificada e a base nacional comum da Educação Básica deve ser 
organizada de forma complementar. 
Quadro 4: BNCC: Áreas do Conhecimento
Fonte: Elaborado pela Autora (2021).
Matemática Matemática e suas Tecnologias
Ciências da Natureza Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ciências Humanas Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ensino Religioso
26
 Os componentes curriculares, são organizados por áreas de conhecimento, 
disciplinas ou eixos temáticos “em ritmo compatível com as etapas do desenvolvimento 
integral do cidadão” (BRASIL, 2013). 
 Na prática, o currículo deve articular as atividades pedagógicas que deverão ser 
desenvolvidas nas aulas, considerando os aspectos que envolvem o ambiente escolar: 
como a rotina, os espaços, os recursos e os sujeitos que fazem parte do cotidiano dos 
alunos e professores. 
 A música remete uma reflexão sobre as necessidades, os desejos e vontades do 
ser humano. Como podemos relacionar tais questões com a qualidade da educação 
brasileira e o desenvolvimento integral do indivíduo?
VAMOS PENSAR?
Reflita sobre a letra da música “Comida” de autoria de Arnaldo Antunes e inter-
pretada pela banda Titãs. Disponível em: https://bit.ly/3pBAOD9. Acesso em 18 
jun. 2021.
 As Diretrizes Curriculares Nacionais definem o Currículo como “o conjunto de valores 
e práticas que proporcionam a produção, a socialização de significados no espaço 
social e contribuem intensamente para a construção de identidades socioculturais dos 
educandos” (BRASIL, 2013).
 O currículo escolar abrange diversos aspectos e temas, que podem estar 
relacionados ao campo da Saúde, Meio Ambiente, Cultura, Trabalho, Religião, Linguagens, 
Tecnologias, Matemática, Artes, História, Geografia, Ciências, Filosofia, dentre outros. 
 A Educação Integral visa a formação plena do ser humano em todos os aspectos, 
relacionando os conhecimentos pedagógicos às vivências cotidianas. Desta forma, 
o Currículo Integrado deve buscar discussões de práticas pedagógicas que sejam 
desenvolvidas entre os campos de experiências (na Educação Infantil) ou nas áreas de 
conhecimento (no Ensino Fundamental e Ensino Médio). O Currículo Integrado busca 
englobar os conhecimentos que são desenvolvidos para os alunos, promovendo a 
interdisciplinaridade e relacionando os conhecimentos escolares com a prática social, 
de forma que o Currículo Integrado e Interdisciplinar ultrapassa a fragmentação dos 
componentes curriculares. São considerados conhecimentos de formação geral e 
específica que se integram em função de uma formação profissional do aluno.
 O Currículo Integrado apresenta uma concepção de conhecimento de forma 
integral, onde os componentes curriculares estejam relacionados. Desta forma, os 
conteúdos das diversas áreas de conhecimento, as metodologias e as “visões de 
mundo” dos envolvidos possam contribuir de forma integrada para a formação plena 
do aluno. 
 O Multiculturalismo pode ser considerado como um modelo de reconhecimento 
2.3 CURRÍCULO INTEGRADO, MULTICULTURALISMO E 
TRANSDISCIPLINARIDADE
27
e respeito aos diferentes movimentos e grupos sociais. Através desse modelo, questões 
culturais são valorizadas e discutidas em ambiente escolar, o que pode tornar o ambiente 
até mesmo mais harmônico e respeitoso. O Multiculturalismo, reconhece e desenvolve a 
aprendizagem a partir de diversas culturas, na perspectiva principalmente do respeito 
à diversidade. 
 Também vale destacar a respeito da Transdisciplinaridade, que tal como 
o Multiculturalismo e o Currículo Integrado favorece o trabalho pedagógico e 
enriquece a trajetória escolar do aluno, tendo em vista que na Transdisciplinaridade 
as áreas de conhecimento podem ser estruturadas em conjunto, a partir de diversas 
metodologias, como projetos, estudos de caso, situações-problema, entre outras. Uma 
das características fundamentais da transdisciplinaridade é que o conhecimento é 
desenvolvido de forma transversal e ultrapassa o ambiente escolar.
O livro “Uma Introdução às teorias do currículo” traz de forma bastante esclare-
cedora, os conceitos relacionados às teorias do Currículo em Educação e refle-
xões sobre as ações pedagógicas cotidianas. Disponível em: https://bit.ly/3Jo-
j8md. Acesso em: 10 jun. 2021.
BUSQUE POR MAIS
28
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (ENADE- 2017). Aos poucos, rabiscos vão se transformando em agrupamentos de 
rabiscos, vão aparecendo algumas bolinhas e traços soltos dos agrupamentos. Isso se 
deve ao fato de as crianças começarem a levantar o lápis do papel e a perceberem que 
suas ações geram registros. Ao fazerem essas constatações, começam a relacionar 
os rabiscos às coisas à sua volta. Um conjunto de bolinhas pode ser um cachorro, um 
barco, uma ninhada de patinhos e outras tantas formas que a criança nominar. Isso 
ocorre porque a criança quer contaralgo por meio de suas formas, portanto, ela faz 
de conta que uma mancha no papel é uma árvore, que uma embalagem de pasta de 
dentes é um carro; essa intenção de dizer algo é denominada de representação.
JUNQUEIRA FILHO, G. A. et al. Convivendo com crianças de zero a seis anos. In: RAPOPORT, A. et al.O Dia a Dia 
na Educação Infantil. Porto Alegre: Mediação, 2012 (adaptado).
No fragmento de texto apresentado, são feitas considerações acerca do trabalho 
pedagógico no cotidiano da Educação Infantil, as quais se embasam nas orientações 
contidas nas políticas para a infância vigentes nas Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Educação Infantil, especificamente no Parecer CNE/CEB n. 20/2009 e na Resolução 
CNE/CEB n. 05/2009.
A partir do texto apresentado, avalie as afirmações a seguir.
I. O currículo da Educação Infantil é definido como um conjunto de conteúdos, ou seja, 
objetos de conhecimento, que articulam as experiências e os saberes das crianças 
com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, cientifico e 
tecnológico.
II. O planejamento, imprescindível às propostas educativas, deve ser flexível e contextual, 
adequado à idade das crianças, o que exige, por exemplo, separar as linguagens, 
para que haja clareza no desenvolvimento das atividades que envolvem artes, corpo 
e linguagens expressivas.
III. A proposta pedagógica deve primar pela orientação de vivências, desenvolvidas por 
meio de metodologias específicas para a Educação Infantil, e promoção de atividades 
de expressão motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das 
crianças.
IV. A avaliação deve contemplar o conhecimento sobre as preferências das crianças, 
a maneira como elas se envolvem nas atividades, os parceiros escolhidos por elas 
para interagir em diferentes contextos, o que subsidiará a reorganização da práxis 
de modo assertivo.
V. A prática pedagógica deve preparar as crianças para o momento de transição, para 
o Ensino Fundamental, o que justifica o desenvolvimento de atividades por áreas, 
com conteúdos de artes, corpo e linguagem, assegurando-se a continuidade dos 
processos educativos vividos pela criança.
29
É correto apenas o que se afirma em:
a) II e III.
b) III e IV.
c) I, Il e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.
2. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, correspondem aos Campos de 
Experiência da Educação Infantil, as alternativas:
I. Corpo, gestos e movimentos.
II. Traços, sons, cores e formas.
III. Imaginação, dança e raciocínio lógico.
IV. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
V. O eu, o outro e o nós.
VI. Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Marque a opção correta:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, III, IV, V e VI.
c) I, II, IV, V e VI. 
d) II, IV, V e VI.
e) Todas estão corretas.
3. (ENADE- 2017). A educação, fundada na transdisciplinaridade e apoiada na 
multidimensionalidade humana, vai além do racionalismo clássico e reconhece a 
importância das emoções e dos sentimentos, a voz da intuição dialogando com 
a razão e com a emoção subjacente, recuperando a polissemia dos símbolos, as 
diferentes linguagens e possibilidades de expressão do ser humano. Enfim, reconhece a 
subjetividade humana não como uma realidade coisificante, mas como um processo 
vivo do indivíduo/sujeito concreto.
MORAES, M. C. Transdisciplinaridade e Educação. Rizoma Freireano. v. 6, 2010. Disponível em: https://bit.
ly/3z6YemV. Acesso em: 17 jul. 2017 (adaptado).
Considerando as implicações da educação transdisciplinar na organização do trabalho 
pedagógico, assinale a opção correta.
a) O pensamento formulado a partir da transdisciplinaridade implica a atitude de 
abertura para a troca de diferentes saberes e conhecimentos, sendo necessário que o 
planejamento do trabalho pedagógico contemple, simultaneamente, diálogos entre os 
conteúdos das disciplinas na perspectiva transversal.
b) Na educação fundada na transdisciplinaridade, valorizam-se as diferentes áreas de 
conhecimento, considerando a criticidade, criatividade, auto-organização ecológica 
daquilo que surge de dentro para fora dos sujeitos aprendentes, ultrapassando as 
30
fronteiras do conhecimento.
c) Arte, História e Geografia, componentes curriculares que deram início ao pensamento 
transdisciplinar, têm em comum a articulação de seus conteúdos, que se autoalimentam 
de modo polissêmico e simbólico no plano didático, o que exige a contextualização das 
produções humanas, dos tempos e dos espaços, e que impede a fragmentação do 
conhecimento dessas áreas.
d) A transdisciplinaridade implica a formação do pensamento racionalizado sobre 
diferentes áreas de conhecimento, associada à avaliação pedagógica dos resultados, 
que despreza a visão segmentada e disciplinar do ser humano, considerado sujeito 
antropoético, ou seja, não se avaliam conteúdos, mas vivências manifestas em atitudes 
relacionais antropológicas e éticas.
e) A organização do trabalho pedagógico sob a perspectiva transdisciplinar implica a 
formação do ser humano em suas múltiplas dimensões, promovendo o desenvolvimento 
integral do ser que pensa, fala, deseja e age, em vivências que favorecem o 
autoconhecimento, e tornando o pensamento aberto a tudo que transcenda a 
fragmentação do conhecimento e do ser.
4. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, o Ensino Fundamental está dividido 
em áreas do conhecimento que favorecem a comunicação entre os diferentes saberes. 
Marque a alternativa que aponta corretamente as áreas do conhecimento desenvolvidas 
no Ensino Fundamental:
a) Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso.
b) Linguagens, Ciências Sociais e Humanas e Ciências Exatas.
c) Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Ensino Religioso e Matemática.
d) Linguagens, Matemática, Ciências, História, Geografia, Arte e Ensino Religioso.
e) Linguagens, Ciências da Natureza, Tecnologia, Ciências Sociais e Ciências Exatas.
5. (IDCAP- 2020). A principal definição de _________________ é que este consiste 
em uma seleção de conhecimentos que estarão presentes no contexto escolar, seja em 
forma de conteúdos na sala de aula, ou em de forma oculta no ambiente escolar e na 
sua comunidade. Marque a alternativa que preenche corretamente a lacuna:
a) Psicologia da Aprendizagem.
b) Currículo escolar.
c) Inclusão escolar.
d) Avaliação.
e) Projeto de Trabalho.
 
6. (IDHTEC, 2019 – adaptada). Uma perspectiva crítica de currículo multicultural parte 
da necessidade de compreender que as identidades dos sujeitos se constituem 
a partir de espaços e de discursos plurais e, ao compreendê-las, cabe ao professor 
rejeitar qualquer tipo de postura que possa torná-las invisíveis. Uma prática docente 
fundamentada num currículo multicultural implica em:
a) Elaborar um planejamento que considera as identidades dos estudantes, de modo 
31
homogêneo e abstrato em busca de um modelo comum para todos.
b) Adotar ações que priorizem narrativas heterogêneas acerca das identidades, visando 
um modelo mais acolhedor.
c) Assumir uma postura universalista que valorize as singularidades culturais, sociais e 
intelectuais, e priorize a que é mais comum a todas.
d) Considerar a diversidade, valorizar e discutir sobre questões culturais.
e) Inibir práticas de tolerância e respeito às diferenças, uma vez que estas já se 
encontram pré-estabelecidas.
7. As Diretrizes Curriculares Nacionais - DCNs (2013) definem o Currículo como:
a) Conceitos de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de 
conteúdos no espaço social e escolar.
b) Conjunto de diretrizes que englobam as competências e os conteúdos definidos pelo 
Projeto Político Pedagógico da escola para a construção de identidades dos educandos.
c) Conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de 
significados no espaço social e contribuem intensamente para a construção de 
identidades socioculturais dos educandos.
d) Documento formal definido pela escola em conjunto com os professores e paispara 
o desenvolvimento de ações pedagógicas que visam preparar os educandos para o 
mercado de trabalho. 
e) Documento estático, formal que visa as competências a serem desenvolvidas ao 
longo do ano letivo. 
8. Considerando a Educação Integral podemos afirmar que se relaciona com: 
a) A formação do educando de forma integralizada com o mercado de trabalho e com 
as competências exigidas pela sociedade contemporânea. 
b) As competências exigidas no Currículo Integral com a finalidade de se adequar às 
exigências cada vez mais apertadas da vida cotidiana. 
c) A competências, habilidades, valores e técnicas desenvolvidas através do currículo 
integral. 
d) A formação do ser humano de forma integral, em todos os aspectos, relacionando a 
aprendizagem às vivências da vida cotidiana.
e) A formação do ser humano a partir das competências e habilidades desenvolvidas 
no âmbito da Escola de Tempo Integral. 
32
POLÍTICAS PÚBLICAS 
33
 O termo “Políticas Públicas” era mais comumente utilizado no contexto da política 
e da administração, na atualidade, é utilizado em diversas áreas, relacionando o poder 
público aos direitos dos cidadãos. 
 Consideramos Políticas Públicas, uma ação ou um conjunto de ações que envolvem 
o Poder Público para expressar algum tipo de demanda da sociedade ou do próprio 
Poder Público, como por exemplo: programas de emprego e renda, preservação do meio 
ambiente, programas de saúde pública, segurança pública, previdência social, controle 
de corrupção, associações políticas, programas educacionais, etc. Ou seja, as políticas 
públicas estão diretamente ligadas ao planejamento das ações do setor público, em 
todas as áreas: saúde, segurança, mobilidade, meio ambiente, habitação, educação, 
entre outras que visam o cumprimento de determinados direitos de cidadania para 
diversos grupos de pessoas ou determinada área da sociedade. 
 As políticas públicas podem ser divididas em dois tipos: Política Pública de Estado 
e Política Pública de Governo. A Política Pública de Estado, são ações desenvolvidas 
independente de quem está no governo político e é amparada pela Constituição 
Federal, por exemplo, o programa que redistribui os recursos financeiros para a 
Educação Básica, o FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. A Política Pública de Governo 
está diretamente ligada a um governo específico, são ações criadas a partir de um 
governo e seu período de vigência, geralmente tem a mesma durabilidade do governo 
que está no poder e pode se estender, ou não, para o sucessor. Exemplo o Programa 
do MEC “Novos Caminhos” no âmbito de oferta de cursos de formação de Educação 
Profissional e Tecnológica.
 Quando as ações de políticas públicas estão ligadas diretamente à área de 
Educação, chamamos de Políticas Públicas Educacionais. Essas envolvem planos, 
currículos e programas ligados à educação escolar. No entanto, uma política pública 
pode ser de outra área e apresentar ligação com à Educação, por exemplo, políticas 
públicas voltadas para o combate à fome. 
 O principal objetivo das Políticas Públicas Educacionais é garantir o direito 
universal à educação de qualidade e o desenvolvimento pleno do aluno. Por isso, um 
dos aspectos que influenciam a criação de políticas públicas educacionais é o IDEB – 
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica que mostra indicadores de avanços ou 
não da educação básica brasileira. 
 O IDEB foi criado em 2007 com o objetivo de quantificar a qualidade das escolas 
e redes de ensino. O indicador de desempenho do IDEB é calculado a cada dois anos a 
partir das notas obtidas pelos alunos nas avaliações promovidas pelo INEP – Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, através das avaliações 
do SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica e nos resultados de aprovação e 
reprovação no ano escolar. Ou seja, o resultado do IDEB está relacionado a aprendizagem 
do aluno, a frequência/evasão e a aprovação/reprovação escolar no final do ano letivo. 
3.1 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS
34
IDEB - Educação Básica
Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio
METAS RESULTADOS* METAS RESULTADOS* METAS RESULTADOS*
2015 5,2 5,5 4,7 4,5 4,3 3,7
2017 5,5 5,8 5,0 4,7 4,7 3,8
2019 5,7 5,9 5,2 4,9 5,0 4,2
2021 6,0 X 5,5 X 5,2 X
Tabela 1: Metas e Resultados do IDEB 2015 a 2021
Resultados referem-se à média de pontuação nacional.
Fonte: Adaptado de INEP (2021)
 A partir das análises dos resultados do IDEB, o MEC começou a elaborar programas 
de apoio técnico e financeiro para municípios que apresentavam índices insuficientes 
de qualidade do ensino. Desta forma, surgiu o PAR – Plano de Ações Articuladas onde 
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais participam das decisões, fiscalizam e 
contribuem para que as legislações de políticas públicas sejam efetivadas, além do 
Ministério Público que também atua nesse sentido. 
 As Políticas Públicas Educacionais são regidas por leis, decretos e resoluções. 
Geralmente as leis que embasam as políticas públicas educacionais são administradas 
pelo Poder Legislativo, em suas três esferas de atuação: federal, estadual e municipal, 
embora o Poder Executivo também possa propor projetos nesse sentido. Muitos projetos 
que são propostos surgem a partir de demandas sociais locais, onde a sociedade civil 
expõe para o poder público, suas maiores dificuldades e buscam ações para garantir 
seus direitos e superarem essas dificuldades. Alguns projetos ainda são influenciados 
por entidades internacionais como a UNICEF, a UNESCO, ou entidades nacionais, como 
por exemplo o movimento “Todos pela Educação” que dentre outras ações, avaliam 
e acompanham desempenhos educacionais e apontam necessidade de ações de 
melhorias e garantia de qualidade. 
 A descentralização da educação refere-se à autonomia e flexibilização das 
ações e programas de políticas públicas, com responsabilidade de execução por 
FIQUE ATENTO
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira: 
“É uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), responsável pelas 
avaliações e exames, pelas estatísticas e indicadores, e pela gestão do conhecimento e 
estudos educacionais.” 
SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica 
“É um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um 
diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempe-
nho do estudante.” (O SAEB é uma das ações do INEP)
3.2 DESCENTRALIZAÇÃO, MUNICIPALIZAÇÃO E 
FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
35
parte do governo federal sendo repassada em formato de colaboração, para estados 
e municípios brasileiros. Já a municipalização confere aos municípios a gestão das 
atividades públicas em caráter colaborativo com a esfera estadual ou federal.
 Um dos documentos que auxiliam na elaboração e gestão das ações e programas 
de políticas públicas educacionais por parte dos municípios, é o PDE – Plano de 
Desenvolvimento Educacional. O PDE foi lançado em 2007 com o propósito de aprimorar a 
atuação dos governos nas políticas educacionais através de instrumentos de avaliação 
e implementação de ações e programas que visam a melhoria da qualidade do ensino 
e aprendizagem. O Plano pressupõe uma atuação de colaboração entre os governos 
das diferentes esferas (municipal, estadual e federal), mantendo a autonomia de cada 
uma delas. 
 Através do PDE são desenvolvidos pelo MEC, atualmente cerca de quarenta ações 
e programas voltados para alunos desde a educação infantil até a pós-graduação, 
como por exemplo: Provinha Brasil (avaliação de desempenho de alunos de seis a 
oito anos), Proinfância (construção e melhorias da infraestrutura física, e aquisição de 
equipamentos para creches e pré-escolas), entre outros. 
 O financiamento das ações da Educação é garantido pela Constituição Federal, 
que asseguram o repasse de recursos financeiros para a União, Estados e Municípios. 
 Em termos de descentralizaçãoe gestão da educação brasileira, os municípios 
são responsáveis pela oferta da Creche, Educação Infantil e Educação Fundamental, os 
estados são responsáveis pelo Ensino Médio, e o governo federal (União), é responsável 
pela Educação Superior e parte do Ensino Médio Técnico (Institutos Federais e CEFETs - 
Centros Federais de Educação Tecnológica). 
 Atualmente as fontes principais de recursos destinados para a Educação são 
provenientes do FUNDEB - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e do FNDE 
- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e são garantidos pela legislação 
nacional. Conforme cita o artigo 70 da LDB 9394/1996, são garantidos recursos para a 
manutenção e desenvolvimento do ensino:
A União organizará o sistema federal de ensino e finan-
ciará as instituições de ensino públicas, federais e exer-
cerá, em matéria educacional, função redistributiva e 
supletiva, de forma a garantir equalização de oportu-
nidades educacionais e padrão mínimo de qualidade 
do ensino mediante assistência técnica e financeira 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (BRA-
SIL, 1988).
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e de-
senvolvimento do ensino as despesas realizadas com 
vistas à consecução dos objetivos básicos das institui-
ções educacionais de todos os níveis, compreendendo 
as que se destinam a:
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docen-
te e demais profissionais da educação;
II - aquisição, manutenção, construção e conservação 
de instalações e equipamentos necessários ao ensino;
III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados 
ao ensino;
36
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas vi-
sando precipuamente ao aprimoramento da qualida-
de e à expansão do ensino;
V - realização de atividades-meio necessárias ao fun-
cionamento dos sistemas de ensino;
VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas 
públicas e privadas;
VII - amortização e custeio de operações de crédito 
destinadas a atender ao disposto nos incisos deste ar-
tigo; (BRASIL, 1996).
 A operacionalização dos gastos com a Educação através do FUNDED, FNDE ou 
outro fundo financeiro deve ser fiscalizada pelos Conselhos Municipais de Educação 
que possuem uma legislação local específica, e são formados por representantes da 
sociedade e do governo municipal, sendo responsáveis por acompanhar, fiscalizar e 
propor ações que visam a melhoria do atendimento público. Todavia, cabe também a 
sociedade de forma geral, acompanhar e julgar se os recursos destinados à Educação 
estão garantindo seus direitos. 
FIQUE ATENTO
O FNDE foi regulamentado através da Lei nº 5537 de 21 de novembro de 1968, e alterada pelo 
decreto lei nº 872 de 15 de setembro de 1969, com o objetivo de criar fundo com subsídios 
financeiros para a melhoria da qualidade da educação básica. Os recursos do FNDE geral-
mente são destinados geralmente para financiar o transporte, alimentação escolar, unifor-
me, livros didáticos e outras demandas.
O FUNDEB foi instituído através da Emenda Constitucional nº 53/2006, regulamentado pela 
Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, com vigência a princípio para 2007 a 2020. 
Em 2020, passou por alterações de acordo com a Emenda Constitucional n° 108, de 27 de 
agosto e em 25 de dezembro, foi regulamentado como
como programa permanente de financiamento da educação pública, de acordo com a Lei 
nº 14.113/2020. O valor destinado às escolas é proporcional ao número de alunos matricu-
lados nas redes municipais e estaduais e cadastrados no censo escolar. Cerca de 60% do 
valor da verba do FUNDEB é destinada para o pagamento da remuneração dos professores 
e o restante para demais investimentos no desenvolvimento e manutenção do funciona-
mento da educação básica.
 As ações e programas de Políticas Públicas Educacionais geralmente são indicadas 
a partir de governos vigentes, (Política Pública de Governo) ou ações e programas de 
caráter mais permanente, regidas por lei e que devem ser implementadas independente 
do governo vigente (Política Pública de Estado). Silva (2002) define programa como “um 
conjunto de atividades constituídas para serem realizadas dentro de um cronograma 
e orçamento específicos disponíveis para a criação de condições que permitam o 
alcance de metas políticas desejáveis” (SILVA, 2002, p. 18).
 Essas ações e programas, de forma geral, visam a garantia de acesso, permanência 
e oferta de educação de qualidade para todos os alunos indistintamente e em todos os 
3.3 AÇÕES E PROGRAMAS
37
 Considerando o contexto escolar, além das políticas públicas educacionais 
brasileiras que ações, são necessárias para melhorar os índices de qualidade no ensino 
e aprendizagem? 
níveis de escolaridade. Exemplos: 
• Programas de acesso ao ensino: ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio e FIES - 
Programa de Financiamento Estudantil). 
• Programas de permanência nas instituições de ensino: PROUNI - Programa 
Universidade para Todos e o Programa de Bolsa Permanência. 
• Programas que visam a melhoria da qualidade no ensino: Programa de Inovação 
Educação Conectada e PROINFÂNCIA. 
 Alguns programas de políticas públicas não são diretamente ligados à área 
educacional, mas também contribuem para o desenvolvimento da educação, por 
exemplo, Bolsa Família (auxílio financeiro para famílias em situação de pobreza), Brasil 
Carinhoso (manutenção e desenvolvimento da educação infantil), ESF - Estratégia 
Saúde da Família (atenção à saúde básica), dentre outros. 
Professores, gestores, alunos e todos os interessados podem conhecer os pro-
gramas e ações de políticas públicas educacionais através do site do MEC: atu-
almente disponível no endereço https://bit.ly/316QRzd. Acesso em: 12 jun. 2021. 
Onde são disponibilizadas informações detalhadas por fase de ensino: alfabe-
tização, educação básica, educação profissional e tecnológica e educação su-
perior.
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
Veja a charge a seguir e reflita:
Figura 2: BNCC: Áreas do Conhecimento
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3eDzokY. Acesso em: 02 jun. 2021.
38
Acessem o livro “Políticas Públicas e educação”, em Minha Biblioteca para co-
nhecer mais sobre conceitos e exemplos de políticas públicas educacionais. 
NUNES, L.C. C. Políticas públicas e educação. Grupo A, 2019. 9788595027503. Dis-
ponível em: https://bit.ly/3ECdx8j. Acesso em: 20 jun. 2021.
BUSQUE POR MAIS
39
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (IESES - IFC-SC – 2015- Adaptada). Falar de políticas públicas passou a ser assunto 
obrigatório no contexto educacional brasileiro. No que se refere a esse assunto, analise 
as afirmativas a seguir:
I. O termo políticas públicas surge no contexto da política e da administração e significa 
um modo de orientação para tomada de decisões coletivas. Ainda que este termo 
se origine dessas duas áreas, ele vem sendo aplicado nos mais diversos contextos. 
II. As políticas públicas podem ser entendidas como o Estado em ação. Isso significa a 
implantação de um projeto governamental, por meio de diretrizes e programas que 
se voltam para os diversos setores de uma sociedade. 
III. Por políticas públicas compreende-se o conjunto de ações coletivas voltadas para 
a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar 
conta de determinada demanda, em diversas áreas.
IV. As políticas públicas expressam a transformação daquilo que é do âmbito privado 
em ações coletivas no espaço privado.
Assinale a alternativa correta:
a) Nenhuma afirmativa é verdadeira.
b) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa I é verdadeira.
e) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
2. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é mais do que apenas um 
indicador estatístico. É considerado uma política pública que tem o objetivo fundado na 
melhoria da qualidade da educação brasileira.
De acordo com o exposto, pode-se afirmar em relação ao IDEBE que:
I. O resultado do IDEB está relacionadoa aprendizagem do aluno.
II. O indicador de desempenho do IDEB é calculado a cada dois anos para os alunos da 
educação superior.
III. O índice de reprovação escolar tem influência no resultado do IDEB.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I, e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa I está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
40
3. São características das políticas públicas o que se afirma em:
I. Ação ou conjunto de ações que envolvem o poder público.
II. Estão ligadas exclusivamente às áreas de educação, saúde, meio ambiente e 
segurança. 
III. Visam o cumprimento de certos direitos dos cidadãos. 
IV. São elaboradas a partir de demandas sociais. 
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I e II.
d) II e IV.
e) Todas estão corretas.
4. O financiamento da Educação é garantido constitucionalmente, é assegurado 
o repasse de recursos financeiros para a União, Estados e Municípios. Diante desta 
afirmativa, de acordo com a Constituição Federal de 1988, Artigo 211, é correto o que se 
diz em:
I. A União organizará o sistema federal de ensino e financiará as instituições de ensino 
públicas, federais.
II. A União exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de 
forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo 
de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios.
III. A União garantirá repasse de recursos financeiros diretamente às Instituições de 
Ensino públicas e privadas no âmbito de todo o territorial nacional, de forma a 
garantir o acesso a todos a educação de qualidade. 
Estão corretos os itens:
a) II e III.
b) I e II 
c) I e III.
d) Todos corretos.
e) Todos incorretos. 
5. Os Conselhos Municipais são formados a partir de uma legislação local, específica de 
cada município. São características relacionadas aos Conselhos Municipais:
I. Possuem uma legislação estadual específica para cada município.
II. São formados por representantes da sociedade e do governo municipal.
III. São responsáveis por acompanhar, fiscalizar e propor ações que visam a melhoria 
do atendimento público. 
41
Diante das afirmativas acima, estão corretas as opções:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
6. A gestão da educação brasileira é de responsabilidade dos municípios, estados e 
governo federal. De acordo com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação LDB 9394/1996, 
cada esfera governamental é responsável por uma demanda educacional específica. 
Os estados são responsáveis pelo Ensino Médio.
Aos municípios cabem a gestão da:
a) Creche, Educação Infantil e Educação Fundamental.
b) Educação Fundamental e Ensino Médio.
c) Educação Básica.
d) Educação Infantil, Educação Fundamental e Ensino Médio.
e) Educação Básica e Educação Especial.
7. De acordo com a LDB, a gestão da Educação Superior e parte do Ensino Médio 
Técnico (Institutos Federais e CEFETs - Centros Federais de Educação Tecnológica) é de 
responsabilidade:
a) Dos municípios, estados e governo federal.
b) Dos estados.
c) Dos Conselhos Municipais.
d) Do governo federal.
e) Dos municípios e governo federal.
8. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FUNDEB, instituído através da 
Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007, Decreto nº 
6.253/2007, Emenda Constitucional n° 108, de 27 de agosto de 2020, foi aprovado como 
Programa Permanente de financiamento da educação pública, em 25 de dezembro de 
2020 com a Lei nº 14.113. Em relação ao FUNDEB, podemos afirmar:
I. O valor destinado às escolas é equivalente ao número de alunos matriculados.
II. Utiliza o censo escolar para calcular o valor da verba destinada para as escolas, de 
acordo com o número de alunos cadastrados. 
III. Cerca de 60% do valor da verba do FUNDEB é destinada para o pagamento 
da remuneração dos professores e o restante para demais investimentos no 
desenvolvimento e manutenção do funcionamento da educação básica. 
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II.
42
b) I e III.
c) II e III
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
43
 LEGISLAÇÃO 
EDUCACIONAL
44
 Legislação é a constituição de leis provenientes do poder legislativo. A legislação 
educacional compreende as leis que normatizam os procedimentos em âmbito 
educacional e que se desenvolvem tanto em instituições de ensino quanto em outras 
instituições e instâncias que envolvem a educação, como igrejas, famílias, associações, 
editoras, etc. Desta forma, a legislação educacional é de suma importância, pois 
regulamenta a educação brasileira, estabelecendo diretrizes de funcionamento dos 
processos educacionais e indicando os deveres e responsabilidades das instituições 
púbicas ou privadas, garantindo os direitos de todos e a qualidade na educação. 
 Assim, o Sistema Educacional Brasileiro é regido por diversas leis, sendo a 
principal delas, a LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996 e 
a Constituição Federal de 1988, das quais trataremos mais adiante, no decorrer desta 
Unidade. 
 A legislação educacional pode ser reguladora ou regulamentadora. A legislação 
reguladora significa que se estabelece como regra geral, como direito social ou público, 
através de leis, abrangendo as esferas municipais, estaduais ou federais que devem 
ser respeitadas e sobretudo, cumpridas. A legislação regulamentadora, ao contrário da 
reguladora, não se configura em direito e se manifesta por meio de normas e diretrizes 
para o cumprimento das leis, voltando-se para a educação de forma prática, ou seja, 
está totalmente ligada à práxis educacional. 
 Em cada esfera institucional (municipal, estadual e federal) existe um órgão 
responsável por garantir o cumprimento da legislação educacional. Partindo do nível 
federal, temos o MEC – Ministério da Educação e o CNE - Conselho Nacional de Educação, 
a nível federal, temos as Secretarias Estaduais de Educação, os Conselhos Estaduais de 
Educação e a Delegacia Regional de Educação e a nível municipal, temos as Secretarias 
Municipais de Educação e os Conselhos Municipais de Educação. 
 A Constituição Federal é a principal Lei existente num país, pois ela contém 
diretrizes para os temas mais importantes do país com normas de condutas e criação 
de outras leis. A Constituição garante os direitos e os deveres tanto dos cidadãos quanto 
dos governos. No que tange a Educação, a Constituição garante o acesso à educação 
com qualidade para todos. 
 A Constituição Federal vigente é a de 1988, sendo representada pela 7ª atualização 
da Constituição desde sua primeira promulgação no ao de 1824, pouco tempo depois 
da declaração de independência do Brasil proclamada por Dom Pedro I às margens 
do rio Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822. Em relação à educação, a Constituição 
Federal de 1988 afirma sobre o dever do Estado a partir das seguintes garantias:
4.1 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA
4.2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efeti-
vado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegu-
rada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a 
ele não tiverem acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gra-
45
 1ª Constituição Federal de 1824 - Brasil Império
 A primeira Constituição Federal foi promulgada no dia 25 de março de 1824. Foi 
chamada também de Constituição Imperial e pregava a educação gratuita para todos, 
como um direito civil e político. Em relação à educação, abordava sobre a criação de 
colégios e universidades.
 2ª Constituição Federal de 1891- Brasil República
 Também conhecida como Constituição Republicana, a Constituição Federal de 
1891 instituiu como competência dos Estados

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