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ESTUDOS AVANÇADOS EM LÍNGUA INGLESA TEXTO DE OPINIAO E BIOGRAFIA

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Prévia do material em texto

Introdução
Olá, estudante!
ESTUDOS AVANÇADO EMESTUDOS AVANÇADO EM
LÍNGUA INGLESALÍNGUA INGLESA
TEXTO DE OPINIÃO E BIOGRAFIATEXTO DE OPINIÃO E BIOGRAFIA
Au to r ( a ) : M e . Ed e r s o n R e n a n Pa c h e c o Fa r i a s
R ev i s o r : M aya ra C a r ro b re z
Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 20 minutos.
Neste estudo, vamos tratar sobre dois gêneros fundamentais para mobilizar as competências
relacionadas ao aprendizado do Inglês, a saber, o texto de opinião e a biogra�a. Nesse sentido,
vamos estudar, primeiramente, o artigo de opinião, suas características genéricas, estrutura,
caráter argumentativo e tipos de argumentação, além de análise de textos em Língua Inglesa.
Doravante, veremos a biogra�a e seus aspectos genéricos, estrutura, análise de textos biográ�cos
e peculiaridades dentro da perspectiva da língua em uso. Em cada um desses gêneros, vamos
abordar aspectos gramaticais fundamentais para a compreensão e para a produção desses textos.
Para tanto, todo esse estudo servirá tanto como base para a compreensão e para a ampliação de
seu conhecimento instrumental quanto ao aprendizado de Inglês, oportunizando, através de
exemplos e análises práticas, seu amadurecimento como estudante de graduação. Vamos
começar? Let’s go guys !
Sabemos a importância de se conhecer os gêneros textuais, a �m de explorar fenômenos que
extrapolam o nível puramente linguístico, já que as intenções comunicativas e as necessidades
sócio-interativas dos sujeitos se manifestam nas produções textuais. O gênero textual, é um
megainstrumento de aprendizagem tanto de uma L.M quanto de uma L.E. (DOLZ; SCHNEUWLY,
1997), visto que é impossível nos comunicarmos, seja de forma verbal ou não, sem fazer uso
desse objeto de ensino e aprendizagem. Não são modelos pré-moldados e fechados, no entanto,
são �exíveis e dinâmicos, na medida em que os sujeitos se adaptam conforme as suas intenções.
Muitos desses gêneros extrapolam o nível descritivo, injuntivo e narrativo, alcançando a esfera
argumentativa (dissertação-argumentativa), sendo essa uma das mais requeridas no segmento
acadêmico e em processos seletivos de modo geral. Ressalta-se, aqui, uma observação a qual
devemos ter bastante acuidade: não existe, via de regra, textos essencialmente descritivos,
O Texto de Caráter
Argumentativo: Aspectos
Elementares
injuntivos, narrativos e dissertativos-argumentativos, cada uma dessas tipologias, por sua vez, é
identi�cada quando predominam nas variadas produções de gêneros textuais. Em outras palavras,
caros alunos, um determinado gênero, como “reportagem”, pode apresentar marcas típicas da
descrição e, paralelamente, da dissertação, embora saibamos que esse gênero seja narrativo. Em
suma, um único gênero pode acomodar diversas tipologias, no entanto, sempre uma vai
predominar em relação às outras.
No tocante à dissertação argumentativa, Bassalo (2005) estabelece a diferença entre dissertar,
argumentar e persuadir:
“Dissertar é desenvolver uma ideia, um assunto, um tema qualquer; é analisar,
esclarecer, informar, questionar, ensinar [...].
Argumentar é debater uma questão, um problema, um assunto; é o(a) estudante usar
seu raciocínio lógico; é sustentar, defender suas próprias ideias apresentando razões,
dados; é a con�rmação de algo [...], a �nalidade de alcançar um objetivo e, com isso,
obter um resultado.
Persuadir é o procedimento por meio do qual, você, estudante ao escrever busca
convencer o leitor [...] de que suas ideias, seus pensamentos e seus direitos são capazes
de fazê-lo compreender e aceitar, como verdades, o que você escreveu [...] (BASSALO,
2005, p. 61).
Chama-se a atenção aqui para outra confusão que muitos estudantes, inclusive acadêmicos,
fazem: confundir argumentação com mera exposição de ideias. Ao produzirmos textos de cunho
argumentativo, sustentamos nossas ideias não somente com informações, mas, especialmente,
com discursos, os quais evocamos em cada parte de nossa construção.
Como bem declarou Bakhtin (1992, p. 286): “Em cada época de seu desenvolvimento, a língua
escrita é marcada pelos gêneros do discurso [...]”; ainda mais com a difusão da informação em
inúmeros dispositivos móveis, juntamente com a evolução digital, não precisamos
necessariamente produzir para um determinado jornal para argumentarmos nessa perspectiva.
Basta fazer um dado comentário logo abaixo de um dado texto jornalístico que já estamos
evidenciando nosso ponto de vista de alguma forma, mesmo como na condição de leitor.
Ressaltando aqui que argumentar envolve discussão, porém tendo consciência de que isso não
signi�ca faltar com respeito com aqueles que pensam diferente, a�nal, esse espaço jornalístico,
bem como o acadêmico, requer ética por parte dos interlocutores. Por isso, o vocabulário
predominante é baseado na norma padrão da língua nesse contexto.
Ademais, quanto aos gêneros discursivos na contemporaneidade, podemos nos posicionar de
diferentes formas e, o mais importante, em contextos de usos cada vez mais reais e híbridos, o que
corrobora para que melhoremos, inclusive, como aprendentes de língua estrangeira, aperfeiçoando
a escrita como prática social, e não apenas como tarefa exclusivamente escolar.
Em um primeiro contato com o artigo de opinião em inglês, é provável que tenha di�culdade de
compreender o texto na íntegra. No entanto, gostaria de ressaltar que textos em Língua Inglesa,
assim como em outros idiomas, buscam a pro�ciência, a instrumentalização da língua para �ns
especí�cos.
Embora sejamos falantes do português, se lermos um texto da área da medicina, por exemplo, ou
de direito penal, é possível não entendermos na totalidade, o que não quer dizer que não sejamos
capazes de assimilar a essência desses textos.
Diferentemente das técnicas de skimming e scanning , as quais auxiliam nas leituras rápidas e
detalhadas sobre um determinado texto, no caso dos de ordem argumentativa, podemos explorar
outras formas mais especí�cas para esse caso, vamos lá!
Os textos, na atualidade, são geralmente extraídos de suportes digitais, como é o caso do jornal
The Guardian, sendo assim, há elementos que devemos ler antes mesmo de iniciar a leitura central:
as imagens e os hipertextos. No caso dos hipertextos, que são informações extras sobre o texto,
as quais não possuem uma linearidade, podendo serem lidos na ordem em que o leitor preferir, não
contêm frases ou trechos relevantes do texto os quais apontam para a essência da ideia do autor.
Os hipertextos, por apresentarem informações fundamentais para o entendimento do leitor, trazem
termos e expressões, ou até recortes de argumentações (falas e discursos), as quais podemos, a
partir disso, fazer um brainstorm (tempestade de ideias), uma associação livre de ideias a partir de
uma ou mais palavras.
S A I B A M A I S
Para �ns de aprofundamento quanto aos aspectos fundamentais de gênero artigo de opinião em Língua
Inglesa, sugiro a leitura de um texto argumentativo que exempli�ca o que já abordamos anteriormente, já
que o referido gênero será analisado posteriormente, o que requer que você tenha compreendido, mesmo
que em linhas gerais. Como você já tem ciência de que se trata de uma sequência dissertativa, veri�que
as ideias do autor, bem como os argumentos que ele articula ao longo do texto. Faça um skimming
(leitura rápida), identi�cando os cognatos e os termos que já fazem parte do seu vocabulário enquanto
aluno de Inglês. Use dicionário se for preciso, mas sem traduzir o texto na íntegra, compreenda com base
nas estratégias de leitura. Preparado? Con�ra no link logo abaixo e boa leitura.
Link : https://www.theguardian.com/commentisfree/2021/jun/02/remote-working-disabled-people-back-
to-normal-disability-inclusion
https://www.theguardian.com/commentisfree/2021/jun/02/remote-working-disabled-people-back-to-normal-disability-inclusion
Se, porventura, encontrássemos o seguinte hipertexto: “ Never give up, said Steven when had been
�red !”, poderíamos fazer o brainstorm da expressão “ Never give up ”, que quer dizer nunca desistir.Quando se fala para não desistir nunca, podemos explicitar as seguintes ideias: se alguém fala
isso é porque está passando por um grande desa�o, pode ser uma frase de motivação (ou
automotivação), ou até uma crítica a esses termos, os quais podem ser considerados apenas um
clichê para muitos céticos, e assim por diante.
Uma notícia em inglês, por ser mais pontual, podem ser utilizadas as estratégias elencadas
anteriormente. Entretanto, quando se trata de textos argumentativos, dependendo da
complexidade, você deve conhecer outras maneiras de ler gêneros opinativos. Sendo assim, veja a
seguir outras formas mais detalhadas a �m de depreender o sentido da língua em uso (modo
pragmático).
A leitura da imagem somada ao conhecimento prévio do leitor constituem-se como preliminares
importantes na hora da leitura de um texto em língua estrangeira. Vamos partir para uma questão
prática, caro discente! Há pouco tempo, sugeri a leitura de um texto de argumentativo publicado no
jornal The Guardian , cujo título é: “ Remote working has been life-changing for disabled people, don’t
take it away now ”. Se a imagem principal desse artigo é de uma pessoa na cadeira de rodas e o
título aparece o termo “ disabled people ” (pessoas com de�ciência), já podemos perceber que
essas são palavras-chaves para a compreensão do texto.
Outro termo que chama a atenção nesse título é o “ Remote working ” (trabalho remoto), expressão
de grande repercussão nas mídias em geral, o que nos faz pressupor que se está abordando algo
que relaciona o trabalho remoto ao público com necessidades especiais, abrangendo vários tipos
de necessidades, e não apenas os que precisam de cadeira de rodas. Só o que ainda não se pode
a�rmar com essa leitura preliminar é qual a relação entre esses pontos, o que vamos descobrir
ainda no decorrer da leitura dos demais parágrafos.
O parágrafo inicial pode apresentar a ideia central e, posteriormente, os argumentos os quais estão
atrelados a esse posicionamento. Por isso, você deve identi�car, nesse momento, quais os termos
que mais se repetem ao longo do texto. Mas como podemos fazer isso? Se já percebemos que ele
fala sobre pessoas com necessidades especiais e trabalho remoto, devemos achar as demais
expressões que muito se repetem e ver a correlação entre elas, a �m de compreendermos o
sentido mais denso desse gênero textual.
Eis aqui os trechos que estão atrelados ao título e à imagem, elencados desse artigo do The
Guardian, con�ra logo abaixo.
Wheelchair users - Usuários de cadeiras de roda.
Disability politics - Políticas voltadas para pessoas com de�ciência.
We come out of a period when disability inclusion was �nally given attention - Nós
saímos de um período em que a inclusão da de�ciência �nalmente recebeu atenção.
Você percebeu como os termos acima nos conduzem para o enfoque central do texto? Além disso,
é possível identi�car as ideias que mobilizam os argumentos do autor no seguinte trecho: “ the
past year brought new opportunities ” (o ano passado trouxe novas oportunidades). Observando
esse discurso, podemos perceber que vai de encontro às di�culdades enfrentadas desde o início
da pandemia, como crises, desemprego, falências e mortes.
Esse ponto de vista no artigo de opinião evoca outros sentidos que extrapolam o nível sintático-
semântico, para o pragmático e até da análise do discurso, se for aprofundar mais. Este último
aborda, em linhas gerais, a coexistência de discursos e poder manifestados por meio de ideologias
contidas nos mais diversos enunciados.
Enquanto a maioria dos discursos representa perdas, danos, desemprego, no caso desse artigo de
opinião, os sujeitos com necessidades especiais tiveram a possibilidade de estar inseridos mais de
que nunca em um mercado intitulado “ home o�ce ”, que não necessita de locomoção, haja vista
que uma das maiores di�culdades desses pro�ssionais se encontra no fato de não poderem se
locomover com mais mobilidade, como é o caso das demais pessoas que não têm essas
limitações.
Uma das grandes diferenças que podemos notar de um texto argumentativo, como o artigo de
opinião, para um texto narrativo, como é o caso da notícia, não é apenas a características
genéricas e tipológicas, mas em nível discursivo, pois enquanto o primeiro expõe, disserta, para
depois criar argumentos que, muitas vezes, confrontam o senso comum e o pensamento trivial da
maioria das pessoas, o segundo relata eventos atuais com limitações temporais e que muitas
vezes poderão ser negados e debatidos, conforme os autores de opinião se manifestam nos mais
variados textos jornalísticos. É importante frisar que existem outros textos argumentativos,
cabendo ao leitor se familiarizar com essa variedade de gêneros discursivos, identi�cando o que
há por trás de cada posicionamento, ou mesmo reconhecendo a reiteração de discursos
imbricados nesses textos.
A variedade dos gêneros do discurso pode revelar a variedade dos estratos e dos
aspectos da personalidade individual, e o estilo individual pode relacionar-se de
diferentes maneiras com a língua comum. O problema de saber o que na língua cabe
respectivamente ao uso corrente e ao indivíduo é justamente problema do enunciado
(apenas no enunciado a língua comum se encarna numa forma individual). A de�nição
de um estilo em geral e de um estilo individual em particular requer um estudo
aprofundado da natureza do enunciado e da diversidade dos gêneros do discurso
(BAKHTIN, 1992, p. 284).
The �rst lockdown, I reported that society was opening up to millions of disabled and
chronically ill people as virtual living - No primeiro lockdown , relatei que a sociedade
estava se abrindo para milhões de pessoas com de�ciência e doenças crônicas como
uma vida virtual.
Neste momento, você perceberá que a língua é um contêiner de possibilidades diversas. Logo,
precisamos ler os gêneros textuais de modos diferentes, conforme a complexidade de cada um,
uma vez que a competência leitora envolve a criticidade que cada um desenvolve na medida em
que se familiariza com o idioma estrangeiro.
As práticas de leitura em inglês promovem o desenvolvimento de estratégias de
reconhecimento textual (o uso de pistas verbais e não verbais para formulação de
hipóteses e inferências) e de investigação sobre as formas pelas quais os contextos de
produção agregam sentidos – muitas vezes não explícitos – que devem ser tomados
como elementos de signi�cação e re�exão (BNCC, 2017, p. 200).
Ademais, a prática da leitura no tocante à Língua Inglesa necessita de regularidade, a �m de que o
aprendente desenvolva estratégias cada vez mais consolidadas de compreensão textual.
O Trabalho com Gêneros nas Aulas de Inglês
Ler textos em inglês precisa ser uma prática que gere interesse e prazer, não devendo ser vista
apenas como uma obrigação, caso contrário, o aprendizado do alunado pode ser fragmentado,
devido à resistência que esses acabam desenvolvendo por conta dessa questão. Para quem
considera o estudo do inglês como mal necessário, é muito provável que enfrente muitos
obstáculos ao se deparar com a diversidade de gêneros que lhes serão cobrados no decorrer de
sua vida acadêmica, pro�ssional e, pode-se dizer, cultural. Em meio a tantas opções nas
plataformas digitais, a leitura pode se tornar algo cada vez mais raso e impreciso, em vez de fonte
de conhecimento, a�nal, não basta ter muita informação se ela não se transformar em fonte de
conhecimento.
Segundo Holden (2009, p. 56) “a habilidade de ler em inglês é uma das coisas mais úteis que seus
alunos podem aprender. É a habilidade que usam fora da sala de aula, e que permanece com eles,
após deixarem a escola, pelo resto da vida”.
Ainda de acordo com a mesma autora, deve-se mostrar aos discentes (antes de lerem um texto em
inglês) o assunto, estimulando-os a se interessarem por ele, oferecer apoio linguístico, a �m de
auxiliá-los a depreender os pontos mais relevantes, e ensinar estratégias de leitura que os ajudem
a compreender um determinado tipo de texto (HOLDEN, 2009).
Os textos de cunho humorístico, porsua vez, merecem uma atenção mais minuciosa, uma vez que
são repletos de efeitos de sentido, que, muitas vezes, estão subentendidos. Logo, isso vai exigir
muita habilidade por parte dos leitores, habilidades que, muitas vezes, não são absorvidas com
simples “técnicas” de leitura.
Mesmo sendo um gênero “curto”, a tirinha ( charge , HQ e cartum) explora “recursos” linguísticos
que, geralmente, não são explorados por parte de muitos educadores. Além de utilizar muitos
eufemismos, duplos sentidos, ironias, textos humorísticos, segundo Possenti (2010, p. 146),
também:
[...] exploram certos fatos e outros textos, próximos e distantes, e seguem outros
procedimentos característicos desse gênero (criam surpresas, mudam direção etc.)
como o fazem também outros gêneros em relação aos procedimentos característicos.
O que nos faz pensar que o humor é cultural, ou mais dependente de fatores culturais
do que outros fenômenos – textuais ou não – é, mais frequente, o desconhecimento
dos dados e, talvez, sobretudo, o fato de que, no caso do humor há uma manifestação
clara de seu funcionamento, o riso. Quando ele não ocorre, atribuímos esse fato a uma
diferença de cultura [...].
Os quadrinhos, bem como os cartuns, charges , mangás e caricaturas são lidos diariamente, não só
em escolas, mas também em vários espaços da sociedade por meio de revistas, jornais, internet,
livros etc. Portanto, acredita-se que aqueles gêneros estão entre as preferências dos alunos da
contemporaneidade.
A partir do que foi exposto anteriormente, pode-se a�rmar que cabe ao professor adaptar da
melhor forma possível o que há nos manuais didáticos; no caso do inglês, acredita-se que as tiras
de humor, além de proporcionar uma leitura prazerosa e atrativa (aos olhos de qualquer leitor), é,
sem dúvida, uma fonte de pesquisa que pode ser bem explorada, a �m de contribuir para o ensino
de língua estrangeira nas escolas em geral, especialmente, àquelas que não dispõem de uma
variedade de recursos tecnológicos.
Prestou atenção nesse detalhe? Desde o Ensino Fundamental, você tem acesso aos diversos
gêneros textuais, sem ao menos perceber a argumentação, muitas vezes implícita, em cada um
deles. Como vimos no início desta unidade, em cada gênero, pode coexistir várias tipologias
textuais, sendo a dissertação argumentativa uma das mais recorrentes, visto que a maioria dos
sujeitos tem a prática de externar seu ponto de vista e seus argumentos.
Com o advento das redes sociais, é de praxe percebermos comentários com alto teor
argumentativo, embora uma grande percentagem desses internautas seja anônima. Os gêneros de
humor, em geral, são argumentativos, pois envolvem questões políticas e militâncias diversas, por
isso os “cartuns da atualidade” vêm sendo ressigni�cados por sujeitos mais reais, como é o caso
dos “ memes ”.
Para tanto, os subgêneros dos quadrinhos, como o cartum, podem ser argumentativos por trás de
uma narrativa curta, o que pode torná-los tão complexos quanto um texto mais longo, como o
artigo de opinião. Observe, caro graduando, que não é a extensão do texto que o torna complexo,
mas o propósito e todo o contexto dele envolvido, o qual poderá requerer do leitor conhecimentos
diversi�cados.  Sendo assim, realize a seguinte atividade sobre o cartum.
Conhecimento
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Estudante, a leitura de textos pictóricos como o cartum requer também fazer uma leitura dos
elementos linguísticos e extralinguísticos, sendo a imagem de extrema importância para
compreendermos a tese central do referido quadrinho. Para tanto, analise a imagem a seguir.
O cartum evidencia uma realidade que retrata o profundo desinteresse por parte de um
dos interlocutores no tocante à rotina escolar. Mesmo ainda sendo criança, ele externa
sua insatisfação após a pergunta do outro sujeito, uma vez que:
a) para o interlocutor, a escola é um espaço ruim para as crianças no geral, pois não
estão preparadas para educar esse público infantil.
b) desde a pandemia, o desinteresse só aumentou, já que as aulas remotas não são
atrativas, causando evasão escolar.
Figura - Cartum mostrando a cena de um senhor dialogando com um menino a respeito do
primeiro dia de aula
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer : a imagem é um cartum o qual mostra dois personagens negros, um adulto e
uma criança, em uma sala de estar, tendo as seguintes falas: “Você pode me dizer detalhes
sobre seu primeiro dia na escola?” perguntou o senhor. O menino, por sua vez, responde: “Não
há grandes novidades e eu terei de retornar amanhã novamente.”
c) para o interlocutor, não há nada de interessante na escola desde o primeiro dia de
aula, ao ponto de destacar que amanhã vai ter novamente aula e poderá ser a mesma
rotina de sempre.
d) o interlocutor sofreu bullying na escola logo no primeiro dia de aula, por isso, está
desmotivado e receoso que esse episódio ocorra novamente; o que ele quer é evitar
traumas ainda maiores.
e) o interlocutor não quer, na verdade, contar nada sobre o que ocorreu no primeiro dia
de aula, pois o outro sujeito pode descobrir o que ele aprontou nesse dia, por isso a fala.
É isso aí! Você chegou ao tópico gramatical de suma importância para dar um upgrade no seu
repertório como aprendente de Língua Inglesa. Vamos partir para a explanação sobre os discourse
markers (marcadores discursivos), que podem ser considerados:
I) elementos responsáveis pela coesão textual;
II) termos que conectam sentenças, períodos e parágrafos;
III) vocábulos que auxiliam no encadeamento das ideias.
O texto literário, como é o caso do poema, por exemplo, não depende necessariamente desses
elementos para que se estabeleça o encadeamento das partes que o constituem, no caso, dos
versos. Entretanto, no que diz respeito às produções argumentativas, esses elementos (operadores
discursivos), tornam-se indispensáveis.
Discourse Markers :
Estabelecendo Conexões
entre as Partes do Texto
Argumentativo
Todos conseguiram desvendar qual o propósito de se estudar os marcadores discursivos do
Inglês? Antes de apresentar alguns dos vocábulos, chamo a atenção de vocês para aprendê-los
sempre em contextos de uso e não de forma isolada:
A primeira coisa a ser dita é que “aprender vocabulário” não signi�ca “aprender” lista de
palavras desconectadas. Ao contrário, signi�ca desenvolver a capacidade de enxergar a
relação entre as palavras, e no contexto, para concluir seus signi�cados. Tal como a
escrita e a fala, também signi�ca estar ciente do contexto e dos níveis de formalidade, a
�m de escolher e usar o registro mais apropriado (HOLDEN; NOBRE, 2019, p. 91).
No nosso estudo anterior, aprendemos acerca das conjunções, porém, nesse momento, vamos
estudar a dimensão do discurso propriamente dito em inglês, por meio das relações entre as ideias
e os parágrafos nos textos.
#PraCegoVer : o infográ�co apresenta uma lista com sete botões com expressões, uma embaixo da
outra, enumeradas de 1 a 7, sendo, respectivamente: “1. You know”; “2. Actually”; “3. Mind you”; “4. As I
was saying”; “5. Come to think of it”; “6. Anyway” e “7. By the way”. Ao clicar no botão “1. You know”,
temos a seguinte informação: “O uso desse marcador traz a ideia de algo que já se sabia de fato, daí a
tradução(‘você sabe/sabia’): You know, my uncle was sick last week?!” Ao clicar no botão “2. Actually”,
Fonte: aniwhite / 123RF.
temos a seguinte informação: “O uso desse marcador permite duas possibilidades: alguém dando uma
informação surpresa ou alguém que pretende reti�car uma informação equivocada: Actually, we are here,
in fact, to celebrate your birthday!” Ao clicar no botão “3. Mind you”, temos a seguinte informação: “Esse
marcador reforça a ideia de algo importante e que deve ser levado em conta no momento em que é
enunciado: The party was so busy we couldn’t come in more… Mind you, it was saturday night!” Ao clicar
no botão “4. As I was saying”, temos a seguinte informação: “O uso desse marcador retoma um discurso
que pode ter sido pausado ou interrompido:As you were saying, I am really boring, i agree…” Ao clicar no
botão “5. Come to think of it”, aparece a seguinte informação: “Esse marcador indica uma mudança de
pensamento no ato do discurso ou até um possível esquecimento de algo: Come to think of it, I
completely lost my keys!” Ao clicar no botão “6. Anyway”, temos a seguinte informação: “Esse marcador
traduz a seguinte ideia ‘de qualquer forma’/ ‘de qualquer maneira’: Anyway, we intend to make a long trip.”
Ao clicar no botão “7. By the way”, temos a seguinte informação: “Esse marcador aponta para uma
mudança de assunto no discurso do locutor: By the way, before I forget, i will get marry next semester.” O
infográ�co apresenta, ainda, uma imagem de fundo, com �guras relacionadas a viagens e férias, como
mapas, passaportes, documentos etc.
Como pôde perceber, muitos desses termos não são tão estranhos, já que o advento das
plataformas digitais, como podcasts , músicas diversas, canais de streaming (como Net�ix), nos
permite um intercâmbio não somente linguístico, mas cultural de tais expressões. Esses
marcadores são, ainda, muito recorrentes, inclusive em textos orais argumentativos, como
entrevistas, debates, discursos políticos e palestras que culminam na venda de um dado produto.
Quando aprendemos inglês nos cursos livres, somos conduzidos a utilizar greetings , farewells ,
formal dialogues , porém quando se trata de produzir textos mais especí�cos ou simplesmente
interpretá-los, faz-se necessário treino constante com o propósito de sermos cada vez mais
assíduos quanto à competência escrita.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Já percebeu o fato de cada gênero ter seu propósito comunicativo e seu público-alvo? Muitos
deles, como o artigo de opinião, desenvolvem suas teses e seus fundamentos a �m de embasar
seu posicionamento. Por outro lado, há textos que exploram o humor, demonstrando uma visão
de mundo de maneira cômica e, muitas vezes, crítica. Vamos analisar a tira abaixo e responder às
questões logo em seguida. Vamos treinar.
Figura - Cartum ilustrando a realidade e a preocupação da família após a perda do ente
querido
Fonte: Elaborada pelo autor.
#PraCegoVer : a imagem é de um cartum em que se mostra duas senhoras de meia idade,
sendo uma delas parente de um falecido, deixando �ores em seu túmulo. O cartum é
distribuído em três quadrinhos, contendo as seguintes falas: “Eu não posso acreditar nisso e
esquecer suas últimas palavras antes de me deixar!”, disse a parente do morto.
Posteriormente, a outra interlocutora questiona: “Oh, minha querida! O que foi que você
ouviu?” Por �m, a primeira responde: “Não esqueça de pagar minhas contas, por favor, eu
imploro!”.
O humor está presente em vários textos e plataformas digitais, seja em imagens ou em
vídeos. Nessa tira, as interlocutoras encontram-se em um ambiente que evoca tristeza e
condolências, entretanto o humor ocorre, pois:
a) a locutora não esqueceu das últimas palavras da sua falecida mãe, haja vista que ela
devia muitas pessoas.
b) a tira ilustra duas amigas que enterraram o mesmo amante, por isso, tiveram de
permanecer juntas até o �m da vida dele.
c) o humor deve-se ao fato de uma delas estar triste e a outra nem sequer saber como
consolar a amiga.
d) a locutora, em pleno período de luto, manda a amiga pagar as dívidas que devia para
o falecido marido, já que a locutora não �caria no prejuízo.
e) as palavras do falecido não eram de arrependimento, nem de conforto, visto que sua
maior preocupação estava relacionada ao pagamento das suas contas.
Vamos, neste primeiro momento, caro graduando, depreender os aspectos estruturais e
discursivos do artigo de opinião. Após essa abordagem fundamental sobre esse texto
argumentativo, partiremos, logo em seguida, para outro estudo, dessa vez focado no texto
biográ�co. Let's learn it, follow me!
O Artigo de Opinião: Muito Mais que Informação e
Exposição de Ideias
Embora muitos acreditem que esse gênero seja um dos mais complexos no âmbito jornalístico, o
artigo de opinião é um compêndio de argumentos que se articulam de modo claro e preciso, cujo
autor deixa evidente desde o início seu posicionamento, de fato, sobre determinada temática, no
geral, polêmica.
Existem diversas formas de se elaborar a introdução de um artigo de opinião. O que veremos a
seguir, vale ressaltar, são alguns modelos que você pode se basear, o que não signi�ca dizer que
você precisa ser totalmente �dedigno a essa estrutura, apenas servem para incentivar você a
iniciar com mais segurança! As mais comuns são as elencadas a seguir.
1. conteúdo do item 1: Eu mi bibendum neque egestas congue quisque egestas diam in.
2. conteúdo do item 2: Eu mi bibendum neque egestas congue quisque egestas diam in.
3. conteúdo do item 3: Eu mi bibendum neque egestas congue quisque egestas diam in.
Há muitas outras formas de iniciar, tendo em vista que o aumento das plataformas digitais tornou
os gêneros jornalísticos menos prolixos e mais �uídos e acessíveis, linguisticamente falando, aos
A Estrutura dos Gêneros
Artigo de Opinião e
Biografia: Dos Aspectos
Genéricos aos Baseados
na Língua em Uso
leitores da modernidade.
É importante ressaltar que a construção de um dado texto, independentemente se é argumentativo
ou não, envolve aspectos além da abordagem linguística. Para Antunes (2009, p. 21), “todas as
questões que envolvem o uso da língua não são apenas questões linguísticas; são também
questões políticas, históricas, sociais e culturais”.
Para que você possa melhorar, paralelamente, sua habilidade de escuta em inglês, é imprescindível
ouvir áudios em inglês que tenham, preferencialmente, uma correlação com o que você está lendo
(nesse caso, textos jornalísticos). Sendo assim, poderá alcançar resultados signi�cativos, pois
tanto a escuta ( listening ) quanto a leitura ( reading ) são as “portas de entrada” para que as
SAIBA MAIS
Já pensou em como iniciar seus primeiros textos argumentativos
em inglês?
Assim como na língua materna é fundamental a prática da leitura
de textos em geral, no tocante à língua estrangeira não é
diferente. Destacamos a importância de ler jornais estrangeiros,
tais como: The Guardian, The New York Times e CNN Breaking
News.
Esses jornais digitais possuem algumas páginas de livre acesso,
mesmo para quem não é assinante, o que facilita para você
praticar o reading , ampliando seu repertório (vocabulário) e sua
visão de mundo. Muitos textos argumentativos já são veiculados
pela nossa mídia nacional, o que pode corroborar para seu
entendimento antes de você ter contato com o texto em Língua
Inglesa. Esse conhecimento prévio vai permitir que você não
dependa apenas da tradução literal, fazendo com que você
conheça a linguagem contemporânea do inglês, além de aprender
a estrutura dos textos jornalísticos num âmbito geral.
Assista ao vídeo do “ Understanding Arguments ” no link a seguir
para entender como argumentar de modo prático.
A S S I S T I R
demais habilidades sejam consolidadas na sua vida, a saber a fala ( speaking ) e a escrita ( writing
).
Argumentação é a sequência de texto mais requerida nos contextos escolares, pro�ssionais,
religiosos, políticos etc. Não é uma questão de conhecimento apenas, mas de sobrevivência no
mundo em que vivemos! Imagine se você for injustiçado com uma cobrança indevida, certamente
vai precisar de argumentos sólidos para legitimar e embasar sua reclamação.
Biografia e seus Aspectos Constituintes
Outro gênero que tem sido cada vez mais recorrente é a biogra�a, pois no contexto das mídias
sociais, qualquer sujeito pode ter a chance de contar sua história, sem que necessariamente ela
necessite ser impressa. Para falarmos sobre biogra�a, faz-se necessário recapitular a tipologia
narração. Em primeiro lugar, deve-se lembrar que relatar acontecimentos e contar histórias é
recorrente na humanidade desde o início de sua existência. Este seria, certamente, o tipo de texto
mais antigo e usado pelo homem. Contamos histórias todos os dias; ouvimos históriasa todos os
momentos; elas fazem parte de nós e, por vezes, nos constituem. Antes mesmo do advento da
escrita, a narração povoou o coração do homem e encantou sua mente.
Os gêneros narrativos são vários, sejam eles �ccionais ou não. Alguns dos mais conhecidos e
usados são: o romance, a novela, o conto, a fábula, a parábola, o conto fantástico, a anedota, a
lenda, a notícia, o depoimento, o relato, a carta pessoal, o diário, as histórias em quadrinhos, dentre
muitos outros.
Nas narrativas, relata-se um acontecimento em que personagens são envolvidos, dentro de um
limite de tempo, num espaço geográ�co de�nido. Geralmente, uma narrativa apresenta cinco
elementos constituintes, que são: personagens, enredo, espaço, tempo, foco narrativo.
S A I B A M A I S
Indicamos a dissertação de mestrado intitulada “A organização relacional de textos argumentativos
escritos em inglês/língua estrangeira com ou sem operadores”, com a �nalidade de instigar você a
conhecer com mais densidade os operadores argumentativos, os quais são de grande relevância para
compreensão e para a produção de textos argumentativos.
Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7589
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7589
Personagens são seres �ccionais, participantes de acontecimentos narrados; podem ser pessoas,
objetos, animais, plantas e qualquer outra coisa personi�cada, como uma ação, por exemplo. As
personagens podem ser protagonistas, antagonistas ou secundárias, dependendo da
hierarquização na narrativa.
Há narrativas que têm o espaço somente como um “ambiente ilustrativo” da ação; todavia há
outras em que o espaço in�uencia as personagens. Nestas, a caracterização do espaço é
fundamental para se compreender o comportamento das personagens durante o desenrolar do
enredo.
O tempo da narrativa é um dos elementos fundamentais dessa tipologia. Ele pode apresentar um
jogo entre presente, passado e futuro, conferindo consistência à narração. O tempo pode ser
externo ou interno, cronológico ou psicológico. Nas narrativas contemporâneas, pode acontecer a
exploração de um tempo fragmentado, com características psicológicas e repletas de �ashbacks .
Já o foco narrativo trata do narrador ou o ponto de vista em que a história é contada, que pode ser
interno ou externo ao enredo. Os narradores podem variar em várias categorias como narrador-
personagem, narrador-personagem secundário, narrador-testemunha, narrador onisciente neutro,
narrador onisciente intruso, narrador-câmera, narrador cubista. Além disso, quando se trata desse
foco em uma dada narrativa, traz o “fato" narrado em si e, também, constitui a história que está
sendo contada, bem como o modo como se trama o enredo que conferirá grandiosidade à
narrativa, ou não.
 Protagonistas Antagonistas Secundários
são os de maiores projeções na narrativa; os fatos giram em torno deles.
S A I B A M A I S
É possível fazer uma breve biogra�a em inglês, mesmo com grau de pro�ciência de nível básico no
tocante a essa língua. Por isso, é importante você ler diferentes gêneros para, então, produzir diferentes
textos em língua estrangeira!
A área de Letras, a qual você faz parte, inclui muitas subáreas, em especial, a literatura e outras formas
artísticas. Certamente, você deve conhecer biogra�as e relatos brilhantes que compõem a história de
Tarsila do Amaral, grande artista brasileira, conhecida internacionalmente por suas produções. Sendo
assim, deixo a indicação de uma biogra�a dessa esplêndida modernista, a �m de você analisá-la com
O texto sobre Tarsila do Amaral possui bastante detalhes acerca de sua vida, o que enriquece mais
ainda a narrativa de sua história. A inserção de textos literários, como esses, é de grande relevância
para explorar outras dimensões do inglês. Desse modo, a biogra�a pode ser utilizada
paralelamente com uma dada obra literária, já que “há lugar para textos que combinam linguagem
e criatividade de maneiras diferentes, onde o foco está na imaginação e na auto expressão"
(HOLDEN; NOBRE, 2019, p. 122).
Vejamos, agora, aspectos de grande importância numa dada biogra�a, atente-se para as
características e para os aspectos fundamentais desse gênero narrativo.
Biografia e Suas Características Essenciais
Chamamos atenção, neste momento, para a biogra�a para além do senso comum. Sabe-se que, no
contexto escolar, certamente, é um dos gêneros abordados desde o fundamental por aparentar ser
mais simples de se trabalhar nas aulas de língua materna e estrangeira. Entretanto, deve-se saber
que o gênero é uma materialidade que se transforma com o passar do tempo, ao ponto de muitas
vezes gerarem outros gêneros, enquanto que as tipologias textuais permanecem inalteradas, já
que são sequências de texto e não categorias textuais como são os primeiros.
Observe, atentamente, o que Carino (1999, p. 154) explana sobre o ato de construir uma biogra�a:
Biografar é, pois, descrever a trajetória única de um ser único, original e irrepetível; é
traçar-lhe a identidade re�etida em atos e palavras; é cunhar-lhe a vida pelo testemunho
de outrem; é interpretá-lo, reconstruí-lo, quase sempre revivê-lo. O mistério do singular é,
também, fortíssimo como elemento constitutivo do imaginário cultural de qualquer
sociedade ou mesmo civilização [...].
Não se biografa em vão. Biografa-se com �nalidades precisas: exaltar, criticar, demolir,
descobrir, renegar, apologizar, reabilitar, santi�car, dessacralizar. Tais �nalidades e
intenções fazem com que retratar vidas, experiências singulares, trajetórias individuais
transforme-se, intencionalmente ou não, numa pedagogia do exemplo. A força
educativa de um relato biográ�co é inegável.
base em seus conhecimentos adquiridos nesta disciplina. Quero pontuar algumas coisas para que sua
leitura seja proveitosa: lembre-se das características genéricas da biogra�a, bem como a sequência
textual predominante que, diferentemente do artigo de opinião, agora será a narração. Observe a
progressão do texto, conforme as datas vão sendo explanadas, fazendo sempre relações com seu
conhecimento de mundo no que se refere a essa artista.
Veja o link abaixo o qual conduzirá ao texto na íntegra. Boa leitura!
http://tarsiladoamaral.com.br/en/biography/
http://tarsiladoamaral.com.br/en/biography/
Percebemos que a biogra�a é bem mais do que relatar episódios relevantes da vida de uma
pessoa famosa, uma vez que, assim como todo gênero textual, possui propósitos, função social e
suporte de�nido, com intuito de alcançar um determinado público, dentre outros elementos,
conforme declara Travaglia (2007, p. 39-40):
A identi�cação, distinção e caracterização das diferentes categorias de texto é um dos
objetivos da Lingüística Textual em seu programa de trabalho, todavia ao nos
debruçarmos sobre os textos circulantes em uma sociedade e cultura, vemos que esta
não é uma tarefa simples [...].
Estes critérios, pelo que pudemos observar até agora, estão agrupados em cinco
parâmetros distintos: a) o conteúdo temático; conteúdo temático b) a estrutura
composicional estrutura composicional; estrutura composicional c) os objetivos e
objetivos funções sociocomunicativas; funções sociocomunicativas d) as
características da superfície lingüística, geral características da superfície lingüística
mente em correlação com outros parâmetros; e) as condições de produção. condições
de produção Um outro critério ou parâmetro que pode contribuir para a caracterização
das categorias de texto, sobretudo dos gêneros, é o suporte típico em que o mesmo
costuma ou deve aparecer [...].
Como estudante de Língua Inglesa, você deve utilizar esses conhecimentos acerca dos gêneros e
tipologias não só para elaboração de textos, mas para a compreensão e a interpretação deles.
Lembre-se de que quanto mais você conhece os elementos que compõem um determinado gênero
(características, suporte, funções dentre outros), mais você vai saber qual o propósito e,
consequentemente, os sentidos do texto em uso.
S A I B A M A I S
Produzir textos cada vez mais e�cazes requer potencializarnossa prática de leitura e, para fazer jus a
isso, deve-se diferenciar os gêneros e tipos de texto. As narrativas, no geral, despertam outras
habilidades em nós, como a criatividade e a imaginação, visto que esse segmento textual envolve
personagens, enredo, cenário, temporalidade, dentre outras peculiaridades. Pensando nisso, indico a
leitura de um texto de cunho narrativo sobre a vida da artista Thalia, que, por sinal, não está tão evidente
nos últimos anos, mas sua trajetória ao longo das últimas décadas pode ser rememorada, na medida em
que se tem contato com sua biogra�a. Observe que agora não estaremos tratando de uma artista voltada
para a cultura erudita, mas uma pessoa que deixou um legado de fãs na música pop e atuações em
novelas. Utilize estratégias como scanning , percebendo nuances que podem ser imperceptíveis numa
leitura rápida, como o skimming . Destaco, por �m, que essa leitura é fundamental para responder a
atividade a seguir, ainda, reitero a importância de não traduzir o texto na íntegra, mas testar suas
habilidades quanto às estratégias de leitura. Para tanto, disponibilizamos o link logo abaixo. Let 's go guys
!
Uma das vantagens para se compreender uma biogra�a se dá pelo fator linearidade, ou seja,
geralmente, inicia-se pelo nascimento ou aparição da pessoa até alcançar patamar de grande
visibilidade. Conforme os parágrafos vão avançando, percebe-se a evolução dos eventos acerca do
sujeito com o passar do tempo.
Independentemente de quem seja o sujeito biografado, a impressão que deve �car dele deverá ser
de aspectos relevantes e que “moldem” positivamente a sua imagem, mesmo que essa tal pessoa
esteja sempre envolvida em polêmicas que se construíram em sua carreira.
Como já foi falado antes, as plataformas virtuais popularizaram as biogra�as, visto que qualquer
pessoa pode se tornar pública, sem precisar lançar um livro, ser astro de cinema ou participar
como �gurante em uma novela! Basta apenas conseguir muitos seguidores nas suas redes sociais
que pode pedir para algum publicitário ou designer fazer sua biogra�a, ou ele mesmo pode fazer
uma autobiogra�a. As próprias redes sociais fazem nossa linha do tempo, sinalizando nossa
“importância” virtual, com o propósito de nos incentivar a continuar investindo nas mídias sociais e
alcançando novos seguidores.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Na biogra�a, temos um gênero que envolve personagens da vida real, o que não quer dizer que
não tenha um toque de “fantasia”, já que as nossas palavras podem converter situações
extremas, transformando uma triste história em uma linda fonte de inspiração. Ao lermos textos
dessa natureza, percebemos que, embora o sucesso daquele sujeito possa ter �cado para trás,
ao produzirem e publicarem sua biogra�a, o legado daquele artista pode ser eternizado.
Com base em seus conhecimentos, ao analisar o texto biográ�co de Thalia sugerido neste tópico,
é possível declarar que:
a) a cantora chegou a lucrar 70 milhões de dólares no início da carreira.
b) Thalia é a artista mais famosa no mundo da moda do México.
Link: https://www.wealthypersons.com/thalia-net-worth-2020-2021/
https://www.wealthypersons.com/thalia-net-worth-2020-2021/
c) a série de TV “Mambo café” foi ao ar em 1997, logo depois ela já protagonizou a novela
“Rosalinda”.
d) a cantora chegou a ocupar a 15ª posição do álbum de música pop no início da década
de 90.
e) a biogra�a mostra que as novelas da Thalia eram baseadas exclusivamente nas suas
experiências pessoais.
Para aprofundar o estudo sobre a biogra�a, faz-se necessário revisar o Simple Past , pois é o tempo
verbal predominante desse gênero. Ao estudarmos o Simple Past dos verbos regulares, veri�camos
que, de um modo geral, eles são formados acrescentando-se “-d” ou “-ed” ao in�nitivo dos verbos.
Observe as exempli�cações desse tempo verbal, em diferentes contextos de uso, logo abaixo.
Nós utilizamos esse tempo verbal para indicar ações que foram �nalizadas no passado ou   “[...]
event that followed another event” (COE; HARRISON; PATERSON, 2006, p. 26). O acréscimo de -ed é
Análise dos Aspectos
Gramaticais da Biografia:
O Tempo Verbal Simple
Past
Sentenças a�rmativas:
I �nished my course last week.
We bought a new laptop yesterday morning.
feito nos verbos regulares, ou seja, os que seguem essa regra geral; assim, o verbo “ �nish ”
(terminar), no primeiro exemplo, ao receber essa desinência �cou “ �nished ”. A tradução vai
depender de quem é o sujeito da frase, se for “ I �nished ”, �cará “eu terminei”.
Particularidades no que Diz Respeito à Ortografia
do Simple Past
a) Se os verbos terminarem em “e”, recebem apenas a letra “d” ao in�nitivo do verbo. Veja um
exemplo a seguir:
We danced a lot at the wedding party. ( verbo “to dance”)
b) Quando o verbo for constituído por uma única sílaba ou terminar em sílaba tônica formada por
consoante/vogal/consoante, é necessário dobrar a última consoante, antes de acrescentar “-ed”.
Veja um exemplo a seguir:
The accident occurred last month. ( verbo “to occur”)
c) A terminação dos verbos com “y” e antecedidos por uma consoante, troca-se o “y” por “-ied”.
Veja um exemplo a seguir:
My child cried so much yesterday night. ( verbo “to cry”)
Os verbos terminados em “y” e antecedidos por uma vogal seguem a regra geral, por exemplo, o
verbo “ to play ”, ao ser conjugado, basta adicionar o “-ed”, �cando “ played ”.
Ao negar uma dada informação, você, caro aluno, vai fazer uso do auxiliar “ did ” e o termo “ not ”,
que serão acrescentados na sentença após o sujeito da frase, como no seguinte exemplo:
In 2008, I got a job, but I did not like it , because the boss was very angry!
Por �m, ao fazer um questionamento, usa-se “ did ” antes do sujeito, e não mais depois dele como
na forma negativa, ainda, o verbo permanece no in�nitivo sem " to ", uma vez que, no Simple Past , o
verbo não é �exionado em nenhuma pessoa, repetindo-se em todas elas. Veja:
Take a look ! Irregular verbs , ou melhor, verbos irregulares não seguem as regras gerais de
formação do Simple Past , isto é, cada um tem uma forma própria de passado. Sendo assim, é
necessário estudá-lo aos poucos, sendo auxiliado por uma tabela de verbos irregulares. Assim
como não gravamos todos os verbos do português, também não gravaremos todos do inglês, logo,
é uma questão de sempre ler e ampliar o conhecimento enciclopédico quanto à instrumentalização
do inglês.
Quando se estuda tempos verbais no inglês, faz-se necessário, também, evidenciar as chamadas
Time Expressions , a saber, as expressões de tempo. Essas expressões, por sua vez, são outra
abordagem fundamental para situar as informações relevantes de uma biogra�a (ou de qualquer
outro gênero textual), a�nal, não basta informar o que aconteceu, mas quando ocorreu. Vejamos,
Fonte: undrey / 123RF.
Did you visit our grandparents?
Did they go out early, or didn’t they?
Veja outros exemplos:
Did Mary look for her ex-husband last night?
Where did you work in 2019, Josh?
Did your mother cook last weekend?
When did you intend to study?
REFLITA
Falar de passado, em muitos casos, pode não ser confortável
para muitas pessoas, por isso a necessidade de sermos seletivos
quanto às nossas recordações, relembrando, de fato, aquilo que
pode nos motivar e nos conduzir para um determinado propósito.
Daí a importância de lermos, também, outras obras que possam
nos inspirar, uma vez que, por trás de uma biogra�a em Língua
Inglesa, pode ter uma história de superação, a qual deve ser
memorada e reproduzida de tempos em tempos, alcançando as
gerações da contemporaneidade.
então, as principais expressões para que você possa ter mais clareza sobre as diferenças
semânticas entre elas.
No Simple Present , é muito recorrente utilizarmos “ nowadays ”, “ currently ”, “ today ”, dentre
outras. Mas tenha cuidado com falsos cognatos, como é o caso de “ actually ” (na verdade), que
possui um signi�cado muito diferente das demais Time Expressions do presente.
No passado do inglês, SimplePast , por exemplo, utiliza-se o “ last ”, “ long time ago ”, “ yesterday ” e
assim por diante. Geralmente, essas palavras estão associadas aos termos “ week ”, “ year ”,
�cando “ last week ”, “ last year ”, indicando quando a ação ocorreu (contextualizando).
Por último, o Simple Future , que utiliza os termos “ next ”, “ tomorrow ”, por exemplo. Assim como o
Simple Past , pode ser utilizado com os termos “ week ”, “ month ”, dentre outros. As Time
Expressions são fundamentais para situar o leitor no tocante aos acontecimentos da narrativa, o
que é muito recorrente, inclusive na biogra�a, gênero esse que evidencia cada acontecimento da
vida do sujeito biografado, numa sequência linear dos fatos.
Talvez você esteja se questionando “vai demorar muito para eu fazer minha biogra�a o�cial?”.
Entretanto, gostaria de incentivar você a ir treinando desde o seu Instagram, por exemplo. Cada
frase que você construir pode ser compartilhada no seu Reels , Stories ou feed , com a �nalidade de
haver uma imersão no inglês a partir de informações cotidianas da sua vida, contribuindo que você
atraia seguidores que respondam às suas publicações em inglês também, proporcionando cada
vez mais experiências de imersão até se sentir seguro para um dia publicar algo mais consistente.
Discurso Direto e Indireto e seus Desdobramentos
Textuais
O Indirect Speech ocorre quando um determinado discurso é citado (sem o uso das aspas) por
outro sujeito enunciador. Já o Direct Speech (discurso direto) se repete exatamente a frase tal
como foi dita pela pessoa ou pessoas a que se faz referência e, portanto, temos que usar aspas,
como na frase: Arley said: “I want to study abroad” (Arley disse: “Quero estudar no exterior”). No
discurso indireto, todavia, não se empregam aspas, �cando da seguinte forma: Arley said he
wanted to study abroad (Arley disse que queria estudar no exterior).
Quando no Direct Speech se emprega o verbo “ said ”, seguido da preposição “ to ” e um dos
pronomes pessoais oblíquos ( me , you , him , dentre outros), usa-se “ told me ” ou “ told her ”, e
assim por diante. Perceba, caro graduando, o seguinte detalhe: ao transformar uma sentença do
Direct Speech para o Indirect Speech , os pronomes pessoais também podem mudar. Vejamos os
seguintes casos. O pronome pessoal “ I ” = “eu” pode se converter em “ he ” = “ele” ou “ she ” = “ela”,
“we” = “nós” pode se converter em “they” = “eles/elas”. Vamos ver na prática, observando os casos
logo abaixo.
“We can work on weekends”, they said to us. Ao passarmos para o Indirect Speech , �cará: They told
us they could work on weekends.
Há muitos outros verbos que são usados nesse contexto além do “ to say ” e “ to tell ”, os quais são
denominados de verbos interlocutores.
Além do verbo “ to say ”, você deve se apropriar de outros verbos que estabelecem essa mudança
de discurso, os quais são conhecidos como verbos interlocutores (ou dicendi ). Segue abaixo
alguns deles:
Quadro 3.1 - Principais verbos interlocutores do inglês utilizados no discurso direto
Fonte: Elaborado pelo autor.
#PraCegoVer : o quadro apresenta duas colunas e sete linhas. Na primeira linha, temos a
palavra “ Verb ” na primeira coluna e a palavra “Sentido” na segunda. Na segunda linha, temos,
na primeira coluna, “ To tell ”, e, na segunda coluna, “Dizer”. Na terceira linha, temos “ To talk ”
na primeira coluna e “Conversar” na segunda. Na quarta linha, temos “ To call ” na primeira
coluna e “Chamar, ligar” na segunda coluna. Na quinta linha, temos “ To scream ” na primeira
coluna e “Gritar” na segunda coluna. Na sexta linha, temos “ To ask ” na primeira coluna e
“Pedir, perguntar” na segunda coluna. Na sétima linha, temos “ To answer ” na primeira coluna
e "Responder" na segunda coluna.
Imaginemos a seguinte pergunta: “ Did you come to the o�ce yesterday morning?”, asked my boss
(“Você veio ao escritório ontem pela manhã?”, perguntou meu chefe). I was nervous, but I told him:
“I’m sorry, my son was sick yesterday, so I arrived later” .
Você percebeu o uso dos verbos interlocutores nos exemplos? Não podemos �car restritos ao
verbo “ to say ”, haja vista que, no inglês, temos outros verbos interlocutores, muito além dos
elencados no quadro acima! Como a língua é um fenômeno que proporciona diversas formas de
interagirmos, muitas vezes, não queremos falar que apenas alguém disse algo, mas que gritou ou
bradou ao falar, portanto, precisamos saber qual verbo possui o viés semântico (sentido) mais
próximo do que queremos comunicar.
VERB SENTIDO
To tell Dizer
To talk Conversar
To call Chamar, ligar
To scream Gritar
To ask Pedir, perguntar
To answer Responder
Além do discurso direto/indireto nas narrativas, gostaria de saber se você já ouviu falar a respeito
dos backshifts . Se não, vamos atentar para uma breve explanação sobre eles logo a seguir.
Os Principais Backshifts: When can we use it in our
Compositions in General?
Os chamados “ backshifts ” funcionam como operadores que articulam os discursos de uma dada
narrativa, uma vez que existem, basicamente, dois tipos de narradores, a saber, o de 1ª pessoa e o
de 3ª pessoa. No primeiro caso, o próprio autor do texto fala sobre ele mesmo, como nas
autobiogra�as, por exemplo. Mas as histórias em geral são contadas por outras pessoas e,
consequentemente, quando reproduzimos a fala de outrem, mudará a estrutura da sentença. Ao
falar “ I am a great winner ” é uma coisa, mas ao ser enunciada por outro, poderá ser “ He said that
he was a great winner ”. Evidentemente que nessa construção não deve ser levado em
consideração o fator linguístico, mas o contexto de uso, com a �nalidade do gênero textual em
questão.
Em outras palavras, quando o fato muda para outro tempo verbal, o discurso muda também para:
Yesterday John said "I am hungry'' . Se a fome permanecesse, não necessitaria dos backshifts , já
que John ainda estaria com fome, logo, não mudaria o tempo verbal do Simple Present para Simple
Past .
Percebeu o ponto crucial da questão? Os backshifts são essenciais para articular o fator temporal
das narrativas. Nesses termos, Leite e Farias (2017, p. 179) destacam outros pontos relacionados
aos backshifts , que são, por sua vez, as engrenagens:
Trata-se da projeção de categorias semânticas operadas pelo sujeito que enuncia a �m
de instalar o universo de sentido, já que o puro vivido não é comunicável. Mediante esse
ato, inaugura-se o enunciado ao mesmo tempo em que, de maneira implícita, articula-se
S A I B A M A I S
Para que você possa aprender cada vez mais e praticar o estudo de inglês, é importante buscar
ferramentas e conteúdos complementares. Assim, para continuar ampliando seus conhecimentos,
sugerimos que acesse o site a seguir.
https://www.englishclub.com/grammar/sentence/reported-speech-backshift.htm
https://www.englishclub.com/grammar/sentence/reported-speech-backshift.htm
a própria instância da enunciação. Há dois tipos de debreagem: a enunciativa e a
enunciva. A primeira instala no enunciado os actantes (eu/tu), o espaço (aqui) e o tempo
(agora) da enunciação. A segunda instaura no enunciado os actantes (ele/eles), o
espaço (algures) e o tempo (então) do enunciado.
Ainda sobre essa questão, os autores acima destacam as três categorias de engrenagens numa
tríade relacional denominada de “eu-aqui-agora”, a saber, actancial, espacial e temporal, permitindo
dois efeitos de sentido (subjetividade e objetividade) que mobilizaram os gêneros narrativos de
modo distintos.
A debreagem actancial enunciativa instala no enunciado o simulacro do eu enunciador,
a debreagem espacial enunciativa ordena o espaço do enunciado em função do aqui
enunciativo e a debreagem enunciativa temporal instala no enunciado termos
ordenados em relação ao agora da enunciação. A título de exempli�cação, teríamos, na
frase “Eu estive aqui ano passado”, a coexistência dos três tipos de debreagem
enunciativa, marcadas, respectivamente, pelo pronome pessoal, pelo dêitico espacial e
pelo dêitico temporal. As debreagens enuncivas actancial, espacial e temporal, porsua
vez, instalam no enunciado seus actantes (ele, eles), seu espaço (algures) e seu tempo
(então). Retomando o mesmo exemplo, o enunciado debreado enuncivamente poderia
ser assim formulado: “Roberto esteve no Rio de Janeiro em dezembro de 2015”.
Conforme podemos observar, o mecanismo de debreagem consiste em pluralizar a
instância de discurso, a �m de que possa comportar, ainda que virtualmente, uma
in�nidade de espaços, tempos e atores (LEITE; FARIAS, 2017, p. 179).
Imagino que você notou o quão indispensável é esse estudo sobre o discurso direto/ indireto, os
backshifts , bem como as debreagens, temporal, actancial e espacial. Por isso a necessidade de ler
e produzir textos em Língua Inglesa com mais regularidade, apropriando-se cada vez mais dos
aspectos léxico-gramaticais em suas múltiplas formas de interação.
Análise de uma Biografia
Agora, você já sabe como é uma biogra�a, além de suas nuances textuais e genéricas, podemos
fazer uma leitura mais densa em pouco tempo.
S A I B A M A I S
O texto biográ�co é muito mais recorrente na vida de um artista que está ainda atuando, como é o caso
da veterana atriz Jamie Lee Curtis. Por ter vasto currículo desde a década de 70, quando atuou no longa-
metragem “Halloween”, Curtis possui uma diversidade de biogra�as, o que nos possibilita fazer escolhas
para leituras, conforme o grau de pro�ciência da Língua Inglesa. Nesse sentido, convido você a ler uma
Em primeiro lugar, observe as datas e os períodos, pois sinalizam a temporalidade dos eventos,
como “ November 22, 1958”, no início, que certamente sinaliza a data de nascimento de Jamie Lee
Curtis. Os cognatos actress e author sinalizam as principais atuações da famosa estadunidense.
Sempre é bom não subestimar os gêneros, como se seguissem perfeitamente o mesmo roteiro,
pois existem biogra�as de celebridades em geral (apresentadores, atores, cantores etc.), pessoas
de sucesso no segmento empresarial (CEO - Chief Executive O�cer , grandes empresários,
mentores e palestrantes), jornalístico (grandes editores, jornalistas, colunistas etc.) ou literário
(poetas, prosadores, cronistas etc.), dentre outros. Muitos desses sujeitos podem acomodar várias
dessas facetas ao mesmo tempo em seu currículo, o que nos alerta para essa questão, pois é
possível que, ao ler uma dada biogra�a, limitemos a característica mais importante da
personalidade narrada.
Actress e author nos auxiliam na compreensão, pois caso não conheça a famosa, já se pode
trabalhar em cima desses termos que signi�cam atriz e autora, restando-nos saber quais são seus
trabalhos mais signi�cativos no cinema e na TV, se for o caso.
Por exemplo, se a pessoa é escritora, atriz, diretora, apresentadora, colunista e líder de movimentos
sociais devemos ter o cuidado para relacionar as informações conforme o papel que ela assume
no meio sócio-cultural e artístico.
Como acadêmico, deve ser de praxe ler textos técnicos em inglês, visto que muitos termos
biográ�cos podem ser repletos dessa linguagem, sendo assim, o vocabulário diversi�cado é
indispensável para o fortalecimento de sua �uência em seus múltiplos aspectos.
Embora a técnica do skimming seja acessível, pois se trata de uma leitura rápida, sabe-se que
jamais utilizamos uma única estratégia de leitura, pois precisamos ser mais ponderados quanto à
Língua Inglesa em uso, como no trecho “ Curtis has since compiled a body of work that spans many
genres ”, que, para muitos, pode ser uma das partes mais complexas. Portanto, o scanning , nesse
caso, vai corroborar para um entendimento do trecho, que pode querer dizer que Curtis é uma
celebridade eclética, a qual atuou em papéis diversi�cados.
Por �m, podemos fazer inferências que Curtis mesmo tendo sido conhecida como Scream Queen
(rainha do grito), se aperfeiçoou em atuações dramáticas, cômicas e românticas, chegando ao
posto de atuar escrevendo roteiros.
das versões em inglês da biogra�a da referida artista, para, posteriormente, analisarmos juntos alguns
aspectos desse texto.
Para tanto, segue o link da biogra�a abaixo:
https://www.empireonline.com/people/jamie-lee-curtis/
https://www.empireonline.com/people/jamie-lee-curtis/
Muitas biogra�as podem iniciar, geralmente, fazendo uso do segmento descritivo, embora a
predominância seja da tipologia narrativa.
Material
Complementar
F I L M E
A intérprete
Ano: 2005
Comentário: esse longa-metragem aborda o dia a dia e os desa�os de uma
intérprete, principalmente quando ela é testemunha de uma conversa que
revela o lado corrupto do ser humano. Perceba que a compreensão oral de
um texto em língua estrangeira requer técnicas e muita concentração, como
os intérpretes, no geral, trabalham.
TRA I LER
L I V R O
Ensinar e aprender inglês: o processo
comunicativo em sala de aula
Editora: InterSaberes
Autor: Florinda Marques
ISBN: 8578387791
Comentário: a referida obra faz uma abordagem contemporânea das quatro
habilidades do inglês numa perspectiva simples, objetiva e precisa, que
auxilia tanto o estudo autônomo quanto o ensino da língua estrangeira. O
diferencial desse livro de Marques diz respeito à contextualização dos
elementos linguísticos, visto que leva em consideração a língua em
funcionamento, e não apenas sob o viés estrutural.
Conclusão
O envolvimento com textos de língua estrangeira, independentemente se você é estudante ou pro�ssional
da área, sempre é um desa�o, já que, via de regra, muitos não veem a leitura, no geral, tampouco as
demais habilidades, como uma fonte de prazer, visto que muitos encaram esse estudo como uma
obrigação.
A Língua Inglesa não é uma opção, mas um estilo de vida que muitos de nós temos. Resta-nos duas
escolhas: ou descobrimos o propósito dela para com nossas vidas, ou conduzimos nossa carreira de
modo limitado, a�nal, o mundo não somente fala, mas olha, vê, sente, toca, se locomove a partir de seus
conhecimentos sobre o idioma.
Por último, não podemos ver essa língua franca apenas numa perspectiva pro�ssional ou para �ns
acadêmicos, mas como forma de entretenimento, a�nal, os programas, plataformas, redes sociais,
�lmes, músicas, aplicativos de diversão são mobilizados pelo inglês. Never give up! Aprender uma nova
língua é abrir uma janela para enxergar o mundo sob uma nova ótica.
Referências
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