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Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Esporotricose e Criptococose Esporotricose Sporothrix schenkii → Micelial (saprófita) → Zoonose em evidencia → Leveduriforme (tecidos infectados) → Clima tropical é muito favorável para o Sporothrix. → Conídeos ovais e em forma de pêra, ligados a hifas septadas Esporotricose é uma infecção micoótica granulomatosa (forma como as lesões aparecem). Que causam uma micose subcutânea que acomete tanto animais como humanos. Se encontra no ambiente. Quando atinge a uma temperatura mais elevada, ela começa a se multiplicar, onde é a fase parasitária. Gatos são mais suscetíveis a Esporotricose, porem outros animais também podem se infectar, porém é rado. Gatos com seus hábitos, podem acabar lesionando um a outro e abrindo uma porta de entrada para os fungos. Zoonose ocupacional, pessoas que lidam com terras e animais tem uma chance de se infectar. A inoculação do fungo no tecido ocorre por um trauma cutâneo. O gato domestico é ao mesmo tempo vetor e hospedeiro na cadeia de transmissão. Importante papel na transmissão da micose para humanos por albergar o fungo em suas unhas, boca e cavidade nasal. ———————————————————- Sporothrix sp. é um fungo dimórfico saprófita encontrado em: → Locais de clima quente e úmido → Solo → Plantas superiores → Cascas de arvores → Espinhos → Acúleos → Excreta de animais → Material em decomposição ———————————————————- EPIDEMIOLOGIA → Inoculação traumática da pele → Extremamente rara por inalação que dá origem à forma pulmonar da doença (humanos) → Não existem relatos de transmissão canina para humanos → Predominância em localidades com condições de infraestrutura e saneamento precárias → População com pouco ou nenhum acesso a serviços de saude → Uso de gatos no controle de roedores Página 1 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Esporotricose e Criptococose PATOGENIA Apresentação clínica - lesões evidentes Cutânea isolada (fixa) - pode se confundir com outras patologias. → Mais comum em felinos → Lesões nodulares → Crostas e exsudação purulenta → Centro necrótico-ulcerado (cancro esporotrico) Cutânea linfática (linfocutânea) - o fungo penetra na pele e atinge os vasos linfáticos e vão se espalhando. → Mais comum em caos e humanos → Difusão do microrganismo para o sistema linfático produzindo cadeia de nódulos subcutâneos firmes Nódulos subcutâneos e cutânea difusa (disseminada) - se espelha pelo corpo do animal. → Aspecto variável, distribuem-se pela pele no primeiro momento pode se pensar em outras patologias. Extracutânea - imunossupressão (forma mais grave) ———————————————————- SINAIS CLÍNICOS → Lesões características → Secreção nasal → Dispneia → Inapetência - emagrecimento → Espirros - lesões na mucosa nasal, internamente, levando a dificuldade respiratória ———————————————————- ESPOROTRICOSE CANINA Mais rara, porém acontece Página 2 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Esporotricose e Criptococose DIAGNÓSTICO - Aspectos epidemiológicos - zoonóticos - Exame fisico e dermatologico - Exames complementares: → Citologia → Cultivo e identificação → Sorologia → Diagnostico molecular → Histopatologia ———————————————————- LÂMINAS DE ESPOROTRICOSE - Formato circular ou ovóide. - Leveduras pequenas, em macrófagos ou livres. - Estruturas pequenas com halo branco em volta. ———————————————————- TRATAMENTO Normalmente tem um padrão de 3 a 4 meses Porém tem situações de 8 meses a 1 ano de tratamento. 1. Gatos com apenas presença de lesões cutâneas -> itraconazol - ate a cura clínica + 30 dias. 2. Gatos com lesões cutâneas + sinais respiratórios -> itraconazol + iodeto de potássio - ate a cura clinica + 30 dias. 3. Cães -> cetoconazol -> itraconazol ———————————————————- CONTROLE É recomendado restringir o acesso a rua. O gato doente precisa ser isolado de preferência num local seguro, arejado e de fácil higienização. As carcaças dos animais não podem ser enterradas, elas precisam ser cremadas. Existem outras fontes de contaminação com fungo, lembrando que ao manipular terra, plantas e madeiras é necessário utilizar equipamentos de proteção. Manejo do local, do material e dos instrumentos: → Mesa de atendimento: hipoclirito de sodio 1% + álcool 70 → Piso de parede: hipoclorito 1%; → Descarte de materiais perfurocortantes; → Descarte de luvas, máscaras, toucas, aventais e outros: saco branco, com identificação de risco biológico Instrumentos cirúrgicos: lavagem e esterilização; → Animais submetidos a eutanásia ou necropsia: sacos brancos, com identificação de risco biológico ate a incineração. Página 3 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Esporotricose e Criptococose RECOMENDAÇÕES → Isolar os gatos suspeitos ou doentes de outros animais, mantendo-os dentro da residência → Procurar manusear o animal com luvas de látex e após o uso, lavar as luvas com agua e sabão (Medidas básicas de higiene são importantíssimas) → Desinfectar o ambiente com agua sanitária ou cloro → A duração do tratamento é prolongada e variável → Nunca interromper o tratamento sem autorização do medico veterinário - importantíssimo. → Seguir a risca todas as orientações dos veterinários sobre o tratamento e manejo. ———————————————————- Criptococose Cryptococcus neofromans São fungos leveduriformes encapsulados que se apresentam de forma globosa ou ovalada, medem entre 3 a 8um de diâmetro. Fungo oportunista, encontrados em excretas dos pombos e o solo contaminado por fezes de aves - pombos são os principais agentes dessa doença. As fezes tem características bioquímicas do pH, que é favorável para o crescimento do fungo. Micose oportunista que ocasiona meningoencefalite de evolução grade e fatal, acompanhada ou não, de lesão pulmonar. Afeta o sistema nervoso, neurologico e pode ser fatal. Encontradas em: → Árvores (eucalipto) → Solo e fezes secas de aves (pombos) → Locais que tem fezes, deve-se umedecer as fezes primeiro antes de limpar, para evitar os aerossóis. Viável nas fezes por ate 2 anos. O fungo se desenvolve melhor em fezes antigas e secas misturadas com pó e sujeira do que em feixes frescas e pastosas. ———————————————————- PATOGENIA A infecção ocorre através da inalação de leveduras desidratadas que ficam suspensas no meio ambiente. Se alojam nos alvéolos pulmonares e formarem granulomas e em casos de indivíduos imunossuprimidos ou crianças evoluir para um quadro de pneumonia difusa e meningite fúngica. Nos gatos, geralmente ocorre associado com doenças que causem comprometimento imunológico do organismo como a imunodeficiência Viral Felina (FIV) e Leucemia Felina (FeLV) Página 4 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Esporotricose e Criptococose PRINCIPAL FORMA DE TRANSMISSÃO Por inalação dos esporos desse fungo. ———————————————————- SINAIS CLÍNICOS → Formas respiratória, tegumentar e nervosa. No sistema respiratório os sinais clínicos incluem descarga nasal uni ou bilateral serosanguinolenta a mucopurulenta e dificuldade respiratória, presença de massa granulomatosa, como um pólipo é visível em uma ou ambas narinas. A doença no gato geralmente ocorre de forma localizada em comparação com os cães e nos humanos que ocorre de forma generalizada. Lesões granulomatosas localizas na cavidade nasal, conhecida popularmente como “nariz de palhaço” SÍNDROME RESPIRATÓRIA → Mais frequente nos gatos → Respiração estertorosa → Dispnéia → Espirros → Corrimento nasal mucopurulento, seroso ou sanguinolente → Formação de massas firmes ou nódulos subcutâneos nariz (nariz de palhaço) ———————————————————- SINDOMEOCULAR → Uvéite → Fotofobia → Biefaroespasmo → Opacidade de córnea ———————————————————- DIAGNÓSTICO O diagnóstico da criptococose é clinico e laboratorial → A confirmação laboratorial é feita com o uso de “tinta da China” (nanquim) - com evidencias A sorologia e histopatologia → Como exame complementar, a radiografia de tórax podem demonstrar danos pulmonares, presença de massa única ou nódulos múltiplos distintos. → PCR Página 5 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Esporotricose e Criptococose PROFILAXIA → Controle da população de pombos → Eliminar qualquer fonte de alimentação para esses animais → Inclinar superfícies para evitar o pouso das aves → Tratar excrementos dessas aves com soda caustica e cal → Utilizar água para a limpeza e não varrer local com fezes de pombos secas → Utilização de máscaras durante a limpeza de áreas com alta densidade de aves. → Atividades educativas em relação ao risco de infecção ———————————————————- TRATAMENTO Itraconazol só ou associado a flucitosina Fluconazol Página 6
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