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MICOSES SUBCUTÂNEAS - esporotricose

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MICOSES 
 SUBCUTÂNEAS 
 ESPOROTRICOSE 
 Gênero Sporothrix 
 -micose subcutânea negligenciada endêmica no brasil. 
 - micose subaguda ou crônica granulomatosa causada, na maior parte dos casos, 
 por implantação traumática* percutânea do fungo dimórfico Sporothrix. 
 -zoonose; 
 - 
 ● fungos dimórficos 
 -ocorrem em duas formas distintas, uma forma de bolor (filamentosa) e uma 
 forma de levedura. 
 - no ambiente e quando cultivadas em ágar Sabouraud dextrose a 25°C a 30°C 
 estão na forma filamentosa ; 
 -Em tecidos animais e quando cultivados a 37 ° C no cérebro – ágar de infusão de 
 coração com adição de 5% de sangue, a maioria cresce como leveduras após a 
 conversão do mais forma de molde estável; 
 -é mais prevalente em regiões quentes de clima tropical e subtropical; 
 - Os esporos desses fungos dimórficos geralmente entram nos hospedeiros pela 
 via respiratória. 
 -Sporothrix schenckii, que também pode 
 infectar tecidos dérmicos após trauma, produz infecções oportunistas ocasionais. 
 -ocorrência mundial, a etiologia dos agentes não é igualmente distribuída nos 
 diferentes locais . 
 -No mundo, prevalecem os relatos de esporotricose como ergodermatose 
 (dermatose ocupacional), associada ao contato com fontes ambientais, de 
 indivíduos envolvidos em atividades como a agricultura e jardinagem, com 
 predomínio das espécies S. schenckii e S. globosa. A primeira apresenta maior 
 distribuição espacial e a segunda encontra-se envolvida em grandes surtos 
 contemporâneos da região asiática 
 ● Reino Fungi, Filo Ascomycota , Classe Pyrenomycetes, Ordem 
 Ophiostomatales, Família Ophiostomataceae. 
 ● demonstrou-se que a espécie S. schenckii constitui um complexo que é 
 composto das seguintes espécies crípticas: Sporothrix albicans, 
 Sporothrix brasiliensis, Sporothrix globosa, Sporothrix luriei, Sporothrix 
 mexicana e S. schenckii 
 ● S. brasiliensis - possuem maior virulência e clinicamente mais relevantes; 
 espécie mais restrita ao Brasil e que está relacionada com transmissão 
 zoonótica através de arranhão ou mordidas de animais infectados pelo 
 fungo; espécie de maior prevalência no Brasil. 
 principalmente, devido a sua termotolerância; 
 ● S. globosa - menos patogênica, pois não tolera temperaturas muito altos; 
 não apresenta crescimento a 37°C; apresenta baixa termotolerância, tendo 
 uma menor virulência; porém, também apresenta formas clínicas e exige 
 tratamento como as demais espécies do complexo; 
 ● Características Gerais 
 -Formas: 
 ◦ filamentosa (ambiente / In vitro* 25ºC) 
 ◦ levedura (parasitária / In vitro** 37ºC) 
 -encontrados comumente na vegetação, solo e matéria orgânica em 
 decomposição; 
 -A esporotricose foi descrita pela primeira vez por Linck em 1809 e Lutz em 1889, 
 mas não conseguiram isolar os fungos. Em 1896, o Sporothrix schenckii foi isolado 
 por Benjamin Schenck, um estudante de medicina no Johns Hopkins Hospital em 
 Baltimore, EUA. 
 Ele isolou o organismo de um paciente do sexo masculino com lesão cutânea no 
 braço direito. O isolado foi confirmado por Erwin Smith, um micologista que 
 descreveu o fungo como Sporotrichum. Dentre 1900, Hektoen e Perkins relataram 
 ainda esporotricose de lesão cutânea de um paciente em os Estados Unidos. O 
 dimorfismo do Sporothrix foi descrito por Howard em 1961. No entanto, a 
 classificação errônea dos fungos sob o gênero Sporotrichum continuou até 1961. 
 Carmichael (1962) reconheceu pela primeira vez as diferenças dos isolados de 
 Sporothrix do gênero Sporotrichum, e finalmente a nomenclatura Sporothrix 
 schenckii foi aceita. 
 -cresce como um molde produzindo hifas delgadas e conidióforos; 
 -fase micelial saprófita e uma fase de levedura parasita; 
 -Saprófitos no solo e em vegetação 
 -Umidade relativa ambiental (95-100%) 
 -Predileção por climas temperados e tropicais 
 - Infecções oportunistas no homem e em animais – zoonose!! 
 ● Epidemiologia 
 -Durante muito tempo a esporotricose foi conhecida como a “micose do 
 jardineiro”, já que esses fungos são encontrados nos solos e estes profissionais, 
 muitas vezes , se contaminavam através de trauma com vegetal contaminado; 
 - é uma doença de distribuição mundial, mais comum na América Latina, países 
 tropicais e subtropicais; 
 -Doença ocupacional “doença dos jardineiros”, agricultores, floristas, veterinários, 
 profissionais de laboratório 
 -Transmissão zoonótica > animais doentes ou portadores do fungo em cavidade 
 oral; rato, cão, tatu, GATO e outros; 
 -No Brasil, desde 1998, uma epidemia de esporotricose vem se espalhando no Rio 
 de Janeiro, com uma maior concentração na região metropolitana, acometendo 
 homens, gatos e cães; 
 -Diferente dos demais estados, o Rio de Janeiro a partir de 2013 fez obrigatória a 
 notificação desta doença para um melhor controle epidemiológico 
 - pode acometer o ser humano de ambos os sexos, de qualquer faixa etária ou 
 raça, independentemente de fatores individuais predisponentes, inclusive a 
 doença pode promover surtos familiares; 
 -Fontes de infecção : SOLO, vegetais, matéria orgânica morta ou em 
 decomposição, pelo de animais, feno, palha, espinhos, casca de árvores, etc. 
 -a infecção resulta da inoculação direta do fungo na pele por contato com plantas 
 ou solo contaminados ou, com menos frequência, da inalação de conídios. 
 - para que a infecção se estabeleça, é preciso que exista uma lesão prévia da 
 epiderme; 
 -A transmissão zoonótica ocorre por meio de mordidas ou arranhaduras de 
 animais como camundongos, tatus, esquilos, gatos e cães.; ou contato direto da 
 pele lesionada ou mucosa com lesões/secreções, em especial, dos gatos; 
 - Os dentes e as garras da maioria dos animais podem ser contaminados 
 por contato com o ambiente. Entretanto, os gatos são os únicos animais 
 que constituem um reservatório comprovado do microrganismo , conforme 
 demonstrado pelo isolamento de S. schenckii de lesões cutâneas, que são 
 ricas em fungos, e das cavidades nasal e bucal e das unhas de gatos com 
 esporotricose . 
 - A mobilidade dos gatos em moradias e no meio ambiente, seu hábito de 
 arranhar a vegetação e seu comportamento de luta, particularmente dos machos , 
 facilita a dispersão do fungo no meio ambiente > felinos, principalmente machos 
 não castrados e de livre acesso às ruas, apresentam um importante papel 
 epidemiológico, devido às lesões de esporotricose conterem um grande número 
 de organismos fúngicos e também pela presença do S. schenckii em unhas e 
 cavidade bucal tanto de gatos acometidos, como de felinos sãos. 
 -A esporotricose canina pode ser adquirida durante atividades de caça , com 
 possível introdução do microrganismo por meio de lesões causadas por espinhos 
 ou farpas de madeira. Entretanto, em uma epidemia contínua de esporotricose 
 observada no Rio de Janeiro, Brasil, a forma mais frequente de transmissão 
 a cães ocorreu por meio de arranhaduras de gatos durante brigas . 
 -Espécies afetadas: humanos, equinos, felinos, cães , caprinos, camelos, ratos, 
 coelhos, papagaios, bovinos, tatus, outros. e artrópodes (abelhas, pulgas, 
 formigas). 
 - Local das lesões : pele; vasos linfáticos; outros (sistêmica)*; 
 ● PATOGENIA 
 Após a inoculação, o fungo penetra nas camadas mais profundas do tecido, onde 
 se transforma na forma leveduriforme.-Pode permanecer na derme e no tecido subcutâneo no local de inoculação, 
 disseminar-se para linfonodos regionais e causar linfangite ou linfadenite, ou 
 sofrer disseminação sistêmica através dos vasos sanguíneos. 
 -Além disso, em gatos, a alta frequência de sinais respiratórios e lesões 
 pulmonares e da mucosa nasal , além do isolamento de S. schenckii de 
 lavado broncoalveolar e dos pulmões de animais submetidos a necropsia, 
 sugere a importância epidemiológica não apenas da via de traumatismo 
 cutâneo, mas também da via inalatória na infecção; 
 - Podem ocorrer múltiplas lesões cutâneas devido a traumatismo causado pelo 
 próprio animal, limpeza e disseminação hematogênica dos pulmões ou, talvez, da 
 lesão cutânea inicial. 
 O período de incubação é maior quando o animal ou a pessoa adquirir o fungo 
 por meio de ferimentos COM vegetais contaminados com fungo, pois ali o fundo 
 está na forma de micélio e quando entra no corpo do animal demora para ele 
 passar para forma de levedura. no entanto, se o animal adquire a doença por 
 meio de contato com LESÕES de outro animal contaminado com a doença 
 naquela LESÃO tem fungo na forma de levedura então o animal já adquire a 
 forma DE LEVEDURA do fungo, por isso que o período de incubação nesses casos 
 é menor e o animal apresenta sinal Clínico mais rápido. 
 ● FATORES DE VIRULÊNCIA 
 -TERMOTOLERÂNCIA → As cepas que podem tolerar e crescer a 37 °C são capazes 
 de produzir esporotricose linfática, enquanto as cepas desprovidas de 
 propriedade de termotolerância são capaz de produzir apenas lesões cutâneas 
 -Melanina → Tanto a leveduriforme quanto a micelial podem sintetizar; 
 proteção contra luz ultravioleta, fármacos antifúngicos, reativos de oxigênio e de 
 nitrogênio; evasão da fagocitose; 
 *melanina produzida nos conídios pode resistir à fagocitose da célula hospedeira 
 e 
 diminui a explosão respiratória mediada por monócitos E macrófagos; atua como 
 sequestradora de radicais livres; As cepas produtoras de melanina são mais 
 invasivas em animais experimentais do que as cepas albinas; pigmento melanina 
 pode dificultar o tratamento da esporotricose; 
 -Fibronectina, laminina e proteínas de ligação ao colágeno tipo II E gp70 → agem 
 como adesina e são necessários para a fixação da levedura ou micélio Nas células 
 hospedeiras e disseminação da infecção. proteína de ligação à laminina é 
 expressa pelas fases de levedura e micelial, enquanto proteína de ligação à 
 fibronectina é expressa apenas por células de levedura e está associada a 
 virulência. A proteína gp70 prefere se ligar à derme; 
 adesão primária a células endoteliais e epiteliais; matriz extracelular; 
 -Material capsular → auxilia na adesão dos fungos com as células hospedeiras 
 -Peróxido de ergosterol → sintetizado pelas células de levedura para se proteger 
 das espécies reativas de oxigênio que é gerado pelos fagócitos para matar as 
 células de levedura; ergosterol + peróxido de H (produzido pelo macrófago): 
 evasão da fagocitose; 
 -Peptidorhamnomananas → presente na parede celular e causa supressão da 
 resposta imune até A sexta semana de infecção e pode atuar como adesina para 
 ligar os fungos às células hospedeiras 
 -Fosfatases ácidas → enzima produzida tanto pelas fases leveduriforme e micelial 
 quanto pelos conídios de S. schenckii; Ajuda na sobrevivência intracelular dos 
 fungos após fagocitose; 
 -Proteinase I e II OU proteases, lipases e ureases → Eles podem hidrolisar as células 
 do estrato córneo in vitro; 
 ● Formas clínicas 
 -Formas cutâneas 
 1. Cutânea-fixa ou isolada - caracterizada por uma lesão única ou várias 
 lesões ulceradas restritas ao local de inoculação, sem acometimento dos 
 vasos linfáticos. Consiste em uma lesão verrucosa, vegetativa, eritematosa, 
 infiltrativa ou papulopustular, que em alguns casos pode regredir 
 espontaneamente; 
 nódulos alopécicos (que podem vir a ulcerar e formar crostas) limitados ao 
 local de inoculação do fungo; 
 forma está relacionada a um bom grau de imunidade do animal. 
 hábito felino de “tomar banho” pode causar uma autoinfecção em outros 
 locais distantes do corpo, disseminando esses nódulos e úlceras. 
 forma mais comum em gatos e cães; 
 Normalmente desenvolvem nódulos no tecido subcutâneo, que 
 geralmente ulceram e drenam um exsudato seropurulento, formando 
 crostas espessas > nódulos são indolores e desenvolvem uma crosta na 
 parte mais saliente, eliminando pequenas quantidades de secreção que 
 cicatrizam em três dias a quatro semanas, sendo que essas lesões se 
 sucedem, levando a doença a persistir no animal por vários meses; 
 hábito dos felinos se lamberem pode espalhar a doença para áreas 
 distintas como a face, orelhas e extremidades; 
 acometendo principalmente: face, pescoço, tronco e braços; 
 área da face é a mais afetada nessa forma clínica quando comparada com 
 a linfocutânea, podendo ter a presença de lesões satélites;. O pescoço e o 
 tronco também são regiões comuns de serem acometidas nesse tipo de 
 manifestação da esporotricose. 
 Úlcera em formato de taça e bordas endurecidas E UM POUCO ALTAS; 
 2. Linfocutânea - No local da penetração, há a formação de uma pápula 
 seguida do desenvolvimento de um nódulo subcutâneo que invade os 
 canais linfagíticos regionais após algumas semanas, formando assim, uma 
 cadeia de nódulos linfáticos, com pouca dor; Estes nódulos podem 
 amolecer e ulcerar ou ser endurecidos ao toque e com mobilidade pela 
 pele, raramente apresentando regressão espontânea sem o tratamento 
 adequado; 
 comum a ocorrência de linfoadenopatia regional; 
 *Quaisquer dessas formas da doença podem estar associadas à forma 
 disseminada, em que ocorre uma expansão da infecção para órgãos e tecidos 
 internos. 
 3. Cutânea disseminada - caracterizada pela disseminação hematogênica 
 após o fungo conseguir penetrar na pele; Acomete principalmente 
 pacientes imunodeprimidos, como por exemplo: alcoólatras, indivíduos 
 com Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), usuários de drogas e 
 medicamentos imunossupressores; Nesta apresentação da doença são 
 observadas múltiplas lesões, como nódulos subcutâneos amolecidos que 
 após semanas ou meses pode evoluir para pápulas e úlceras ; gatos têm 
 esta forma como a mais prevalente , particularmente, nos 
 imunodeprimidos levando a uma fase letal da doença, devido ao progresso 
 rápido; Além dos nódulos pode-se observar alopecia, fístulas com exsudato 
 serossanguinolento na cabeça, membros e base da cauda dos animais; 
 infecção se desenvolve por difusão hematogênica ou tecidual do local 
 inicial da inoculação para ossos, pulmão, fígado, baço, testículos, trato 
 gastrointestinal ou sistema nervoso central. 
 4. mucocutânea - apresentação clínica da esporotricose em felinos que ainda 
 é pouco relatada e estudada é a esporotricose conjuntival , que se 
 caracteriza por congestão de pálpebra e aparecimento de pequenos 
 nódulos amarelados que podem ulcerar. Esta forma pode ser contraída 
 através da autoinoculação (pelo hábito de auto-higienização corporal por 
 lambedura), e por disseminação hematogênica. 
 5. Extra-cutânea (ou disseminada) - pode envolver apenas um tecido 
 não-cutâneo (tecido ostearticular) atévários órgãos internos. Geralmente 
 ocorre como uma sequela da forma cutâneo-linfática ou por inalação de 
 conídeos do fungo; Esta forma ocorre mais comumente em gatos e não 
 está, necessariamente, relacionada a algum fator de imunossupressão; 
 sinais extra-cutâneos de caráter respiratório como espirros, dispnéia e 
 secreção nasal e o envolvimento de mucosas, principalmente nasal; 
 No entanto esses sinais são relacionados a maiores períodos de tratamento, 
 recidivas, falha terapêutica e morte do animal 
 * animais exibem, com frequência, mais de uma dessas formas 
 simultaneamente. 
 ● Sinais clínicos 
 - lesões iniciais são nódulos subcutâneos de consistência firme que 
 amolecem lentamente, drenando, em geral, um conteúdo purulento ou 
 soropurulento e progredindo para formar úlceras exsudativas, com margens 
 bem definidas e ligeiramente elevadas. 
 - cães e gatos podem apresentar sinais extracutâneos, principalmente 
 respiratórios, como espirro, secreção nasal e dispneia, seguidos de 
 linfadenomegalia. 
 - anorexia, vômitos, perda de peso, tosse, febre e desidratação. 
 - gato: formas clínicas mais frequentes são múltiplas lesões cutâneas e das 
 mucosas (conjuntival, nasal, bucal ou genital); pode- se observar a ocorrência de 
 linfangite, linfadenite regional e zonas extensas de necrose que expõem o 
 músculo e o ossos; partes mais acometidas do corpo são a cabeça, 
 particularmente o nariz e as orelhas, a cauda e os membros posteriores; 
 forma linfática cutânea foi observada em apenas 19,3% dos gatos, enquanto 
 ocorreram lesões cutâneas múltiplas em 39,5% dos casos e comprometimento da 
 mucosa das vias respiratórias superiores e trato digestório em 34,9%; 
 sinais respiratórios, que foram observados em 44,4% dos gatos (incluindo três 
 gatos sem lesões cutâneas); 
 gravidade da esporotricose felina pode estar relacionada com a 
 imunodepressão causada pela coinfecção pelo FIV ou FeLV; 
 -Não foram observadas diferenças significativas dos sinais clínicos ou achados 
 laboratoriais entre gatos coinfectados com esporotricose e FIV/FeLV e gatos sem 
 coinfecção. 
 -Cães: doença essencialmente benigna, apesar do possível desenvolvimento das 
 raras formas osteoarticular e disseminada; lesões cutâneas podem ser solitárias 
 ou múltiplas; localizam -se, com mais frequência, na cabeça, particularmente no 
 nariz, seguido pelos membros e tórax; linfadenomegalia regional; 
 ● Diagnóstico 
 -sinais clínicos são inespecíficos; 
 -diagnóstico diferencial deve incluir piodermite bacteriana, feo hifomicose, 
 micobacteriose, nocardiose, actinomicose, criptococose, complexo granuloma 
 eosinofílico, corpo estranho, neoplasia (principalmente carcinoma de células 
 escamosas e linfoma), doenças imunomediadas (p. ex., lúpus eritematoso 
 sistêmico, pênfigo vulgar), doenças alérgicas graves (p. ex., picadas de 
 mosquitos) ou erupção farmacogênica; 
 -No Rio de Janeiro, Brasil, o principal diagnóstico diferencial, particularmente 
 em cães, é a leishmaniose tegumentar americana; 
 -Embora os sinais clínicos, a história do paciente e os dados epidemiológicos 
 possam sugerir esporotricose, o diagnóstico definitivo depende do 
 isolamento de S. schenckii em cultura . 
 -a citologia, a histopatologia e o exame imuno histoquímico constituem 
 ferramenta de rotina de grande utilidade para o diagnóstico preliminar. 
 -As anormalidades hematológicas e bioquímicas do soro são inespecíficas; 
 ➢ Coleta de amostras 
 - diversos métodos de coleta de material, dentre eles, destacam-se: o uso de swab 
 estéril (para cultura micológica), o esfregaço por aposição (imprint) em lâmina de 
 vidro (para citopatologia), a punção aspirativa por agulha fina ((PAAF); para 
 citopatologia) e a biópsia (para o exame histopatológico); 
 -as coletas com swab e o imprint são os mais fáceis e viáveis de serem realizados. 
 1. limpeza inicial da ferida com gaze e clorexidina degermante 2% > limpeza 
 diminui a contaminação das culturas por bactérias e fungos 
 contaminantes, além de retirar parte do exsudato e do sangue da lesão, 
 facilitando a leitura das lâminas no laboratório; 
 2. coleta com o swab, um tipo de haste flexível estéril, deve ser realizada 
 friccionando-o em uma lesão preferencialmente inicial, sem crostas e 
 pequena. Essa haste será, então, armazenada em meio de transporte Stuart 
 e enviada ao laboratório, o mais rápido possível, para realização da cultura 
 micológica. 
 3. O imprint é feito, geralmente, pressionando-se uma lâmina de vidro três 
 vezes, sobre a lesão ulcerada, em locais diferentes da lâmina. 
 Caso a lâmina apresente excesso de secreções, a mesma deve ser 
 descartada apropriadamente. 
 Em seguida, recomenda-se que a coloração seja feita com os corantes azul 
 de metileno e eosina, que pode ser realizada no próprio consultório ou no 
 campo. Após a coloração, deve-se lavar delicadamente a lâmina corada, 
 utilizando-se somente um “fio” de água, e proceder com sua secagem 
 completa, agitando a lâmina no ar. Tendo acesso a um microscópio 
 comum, a análise da lâmina pode ser feita imediatamente ou ser enviada a 
 um laboratório de micologia. 
 4. A biópsia, realizada com o animal sedado, é mais indicada para o 
 diagnóstico canino, uma vez que essa espécie apresenta baixa carga 
 fúngica em suas lesões; importante método complementar, pois possibilita 
 também o diagnóstico diferencial de outras dermatites nodulares e 
 ulcerativas; 
 devem ser obtidas das margens de lesões ativas com remoção cirúrgica de 
 3 a 4 mm. 
 Duas amostras de tecido podem ser coletadas, uma fixada em formol 
 tamponado a 10% para exame histopatológico e imuno histoquímico, e a 
 segunda mantida em frasco de vidro estéril com soro fisiológico estéril e 
 agente antibacteriano e transportada sob temperatura refrigerada (4°C) 
 para um laboratório de diagnóstico para cultura fúngica 
 5. A punção aspirativa por agulha fina é indicada em animais com lesão 
 nodular no plano nasal, sem ulceração. 
 ➢ Citopatologia 
 -faz-se o imprint; 
 -Exame direto – KOH ou NaOH a 10%; azul de algodão; Panótico; 
 -Citologia do exsudato obtido com a utilização de swab, impressão do exsudato 
 ou punção com seringa (PAAF); 
 -amostras podem ser obtidas por meio de esfregaços de impressão em lâminas 
 de vidro para exame microscópico de pele ulcerada ou exsudatos, esfregaços de 
 amostras de swab, amostras de tecido obtidas por biópsia ou raspado de pele, 
 bem como por aspirado de abscessos e nódulos; 
 -Quando presente no tecido, Sporothrix spp. apresenta-se na forma de leveduras 
 ovais a arredondadas, e mais comumente alongadas “em forma de charuto”, 
 medindo aproximadamente 5-8 µm, fagocitadas ou livres ; 
 - em gatos essa técnica se mostra bastante eficiente , devido à grande quantidade 
 de células fúngicas presente nos tecidos desses animais (diferente do cão); 
 - apresenta vantagens, como o baixo custo e a rapidez no resultado. 
 -apresenta sensibilidade de 84,9%. Por isso, o resultado positivo possibilita o início 
 imediato do tratamento. 
 -No caso de resultado negativo, o diagnóstico definitivo é realizado por meio da 
 cultura micológica. 
 ➢ Isolamento e identificação 
 - padrão ouro para o diagnóstico é o isolamento através de cultura; 
 - simples e de baixo custo. 
 -Cultura fúngicado exsudato obtido por meio de swab, punção ou fragmento de 
 tecido profundamente acometido; 
 -Os espécimes são obtidos por meio de swabs ou biópsias de lesão cutânea. 
 -Sporothrix spp. cresce em meios de cultura utilizados rotineiramente em 
 temperatura ambiente (25º a 30ºC), com o ágar Sabouraud dextrose adicionado 
 de cloranfenicol ou gentamicina para inibir o crescimento bacteriano, ou 
 Mycosel®, que contém cicloheximida, de forma a reduzir fungos saprófitas. 
 - crescimento das colônias é visto após 3-5 dias para lesões de pele, e 10 a 19 dias 
 para lesões extracutâneas; 
 -25ºC / 3 a 5 dias – Colônias filamentosas com centro enegrecido 
 Visualização de conídios ovais (fiálides) e conidióforos 
 -Inicialmente as colônias são brancas-acinzentadas a creme e após alguns dias se 
 tornam marrons ou pretas; 
 -À microscopia, as colônias apresentam delicadas hifas hialinas septadas, 
 ramificadas e conidióforo, que produz em sua ponta conídios ovais a 
 arredondados dispostos em arranjo semelhante a um buquê ; 
 -A demonstração do dimorfismo ajuda a confirmar o diagnóstico. 
 -A mudança para a forma leveduriforme é visualizada após incubação da cultura a 
 37º C em meio ágar sangue-glicose-cisteína, ou ágar infusão cérebro-coração 
 (BHI). 
 colônias em forma de levedura apresentam aspecto cremoso e coloração branca a 
 bege-clara; 
 Leveduras alongadas em forma de charuto demonstráveis nos tecidos infectados 
 e em exsudatos. 
 1. leveduriforme nos cultivos a 37oC, característica que é semelhante à 
 observada quando o fungo se encontra parasitando o tecido animal. Nestas 
 condições, o crescimento terá consistência cremosa e sua cor será creme 
 (15) e, na microscopia, suas células serão predominantemente alongadas, 
 mas também com presença de células ovóides e arredondadas; 
 2. micelial quando a incubação tiver sido feita a 25o C. Este tipo de 
 crescimento corresponde ao que se observa no meio ambiente na 
 superfície de vegetais. Neste caso, o fungo crescerá formando colônia 
 enrugada, aderente ao meio de cultura, constituída por uma película muito 
 resistente formada por um denso entrelaçado de suas hifas, apresentando 
 às vezes um micélio aéreo. Um dos aspectos considerados importantes 
 para a caracterização do S. schenckii é a pigmentação de suas colônia que, 
 em seu início, tem a cor creme e, depois vai escurecendo, gradativamente, 
 até se tornar cinza, depois cinza escuro e, finalmente, negra (15) (Fig. 4). Esta 
 pigmentação escura está associada à produção de melanina 
 ➢ Histopatologia e diagnóstico diferencial 
 -Histopatologia + coloração (PAS ou Giemsa); 
 - devem ser obtidas das margens de lesões ativas com remoção cirúrgica de 3 a 4 
 mm. Duas amostras de tecido podem ser coletadas, uma fixada em formol 
 tamponado a 10% para exame histopatológico e imuno histoquímico, e a segunda 
 mantida em frasco de vidro estéril com soro fisiológico estéril e agente 
 antibacteriano e transportada sob temperatura refrigerada (4°C) para um 
 laboratório de diagnóstico para cultura fúngica; 
 -Ao exame histopatológico caracteriza-se por ulceração da epiderme e reação 
 inflamatória intensa na derme e subcutâneo, caracterizada por neutrófilos, 
 macrófagos epitelioides e menor número de linfócitos, plasmócitos e células 
 gigantes multinucleadas (inflamação piogranulomatosa). 
 - Geralmente há necrose associada às células inflamatórias 
 -No interstício da derme, e no citoplasma de macrófagos epitelioides e células 
 gigantes multinucleadas encontram-se numerosas estruturas leveduriformes 
 únicas ou com brotamento, redondas, ovais ou alongadas medindo 5 a 9 µm de 
 comprimento por 2 a 5 µm de largura 
 -As células leveduriformes sugestivas de S. schenckii são ovais ou em formato 
 de charuto, exibem geralmente um único brotamento com base estreita e 
 apresentam coloração escura na GSS e rosa com o PAS ; 
 -Possuem um centro basofílico e um halo claro. 
 - colorações especiais podem ser utilizadas para melhor identificação, 
 especialmente nos casos em que há menor quantidade de leveduras na lesão. 
 -As leveduras são coradas positivamente nas colorações especiais de ácido 
 periódico-Schiff (PAS) e metenamina de prata de Grocott-Gomori 
 - um dos métodos mais indicados para o diagnóstico da esporotricose, uma vez 
 que, utilizando-se dela é possível a visualização das estruturas leveduriformes 
 compatíveis com Sporothrix spp . 
 - possibilita a exclusão de outros diagnósticos diferenciais como carcinoma de 
 células escamosas, criptococose, histoplasmose, leishmaniose e micobacterioses 
 cutâneas. 
 ➢ Necropsia 
 -principais achados macroscópicos da forma linfocutânea são lesões nodulares 
 em que a pele se torna alopécica e progride para dermatite ulcerativa com 
 drenagem de exsudato purulento. 
 -A região de plano nasal, orelhas, cabeça, dorso, parte distal dos membros, face 
 ventral da base da cauda e bolsa escrotal são os locais mais acometidos 
 -lesões podem se tornar extensas e/ou se aprofundar e expor tecido muscular e 
 ósseo. 
 -Na forma extracutânea ou sistêmica pode haver o envolvimento de um ou 
 múltiplos órgãos 
 - comum ocorrer linfadenomegalia multifocal intensa, principalmente em 
 linfonodos das cadeias superficiais adjacentes às lesões epidérmicas mais graves. 
 - pequenos pontos esbranquiçados, que medem aproximadamente 1 mm de 
 diâmetro, na superfície pleural e no parênquima dos pulmões; 
 - o comprometimento sistêmico é comum em gatos com infiltrado 
 inflamatório misto leve a moderado de células polimorfonucleares e 
 mononucleares e estruturas leveduriformes observadas histologicamente em 
 pulmões, fígado, baço, olhos, rins, adrenais e linfonodos. 
 ➢ Para diagnosticar a disseminação, uma amostra de sangue total pode ser 
 diretamente semeada em frascos de hemocultura. 
 ➢ Outra amostra útil para diagnóstico de comprometimento sistêmico in 
 vivo é o lavado broncoalveolar 
 ➢ Reação em cadeia da polimerase 
 - tem sido utilizada para detectar a infecção por S. schenckii em amostras de 
 biópsia de gatos infectados com bons resultados. 
 ➢ Sorologia 
 -Podem -se utilizar testes para anticorpos séricos contra o microrganismo, como 
 aglutinação de levedura integral, aglutinação com látex, imunoensaio enzimático 
 e teste de anticorpo fluorescente indireto; 
 -PORÉM, essas técnicas não diferenciam a exposição de uma infecção ativa, e 
 pode haver reatividade cruzada com outros fungos. 
 ● Tratamento 
 -itraconazol (ITZ) é considerado o fármaco de escolha no tratamento da 
 esporotricose felina e humana, em virtude de sua maior eficácia e segurança, 
 quando comparado com outros agentes antifúngicos; usado como tratamento 
 para micoses superficiais e sistêmicas ; ação majoritariamente fungistático, 
 podendo ser fungicida (dependendo da dose e da vulnerabilidade do fungo); 
 administração deve ser feita, preferencialmente, junto à refeição, pois sua 
 absorção depende do pH gástrico. > aumenta a biodisponibilidade do fármaco 
 (de duas a três vezes mais); 
 alta afinidade lipofílica e proteica, o que explica a sua alta disseminação nos 
 tecidos e, consequente maior eficácia no tratamento de micoses; 
 dose recomendada 5-10 mg/kg/12-24 horas até a cura clínica . 
 No Brasil a única apresentação é em cápsulas (10,25, 50 e 100mg). 
 Apresenta potencial hepatotóxico resultando em náuseas, vômitos e anorexia. 
 Caso esses efeitos adversos ocorram, o fármaco deve ser administrado em doses 
 menores ou em maiores intervalos de tempo. 
 As enzimas de dano hepático devem ser acompanhadas em exames periódicos e 
 o uso de hepatoprotetores é recomendado ; 
 não deve ser administrado com antiácidos (antagonistas do receptor H2 ou 
 bomba de prótons bloqueadores) porque a alcalinidade diminui sua absorção 
 - Iodetos > iodeto de sódio (NaI) ou o iodeto de potássio (KI) foram 
 considerados os fármacos de escolha para a esporotricose humana e canina; 
 todavia, a ocorrência de efeitos adversos graves limitou o seu uso; 
 *Não é recomendado o uso de iodetos como terapia única em felinos, pois 
 esses animais são especialmente sensíveis e apresentam diversos efeitos 
 adversos (espasmos, vômitos, anorexia, colapso cardiovascular, diarreia), além 
 de ser uma terapia falha e sem resultados que pode piorar o quadro de 
 esporotricose e até levar ao óbito. 
 -Outras opções: cetoconazol (CTZ), terbinafina, Fluconazol, termoterapia local, 
 anfotericina B (ANB) e ressecção cirúrgica das lesões cutâneas; 
 -azólicos (cetoconazol, itraconazol); 
 -cetoconazol > eficiência menor; efeitos adversos causados por hepatotoxicidade 
 mais frequentes e mais graves; também é melhor absorvido quando 
 administrado juntamente à refeição; se mostrou teratogênico e embriotóxico em 
 um experimento com ratas; 
 - deve ser continuado durante pelo menos 1 mês após a obtenção da cura 
 clínica aparente para evitar a recidiva dos sinais clínicos. 
 - O uso de glicocorticoides ou de qualquer agente imunossupressor está 
 contraindicado tanto durante quanto após o tratamento da doença , visto 
 que podem ocorrer agravamento ou recidiva da doença. 
 - Qualquer infecção bacteriana concomitante deve ser tratada 
 simultaneamente com um agente antibacteriano adequado, durante 4 a 8 
 semanas, para ajudar na cicatrização das lesões . 
 -número de regiões anatômicas não contíguas acometidas, o estado clínico geral 
 e o grau de comprometimento do sistema imune influenciam os resultados do 
 tratamento. A cooperação e a persistência dos proprietários dos animais são 
 fundamentais para a obtenção de uma resposta bemsucedida ao tratamento. 
 Quando a esporotricose não é tratada pelo período adequado, frequentemente 
 recidiva, em geral com sinais respiratórios. Nesses casos a cura clínica é mais 
 difícil, já que os sinais respiratórios estão associados a fracasso do tratamento e 
 morte 
 -Como a esporotricose felina é difícil de tratamento, requer um longo período de 
 cuidados diários e os gatos nem sempre respondem bem ao tratamento. 
 -exige que o animal seja mantido em monitoramento e isolamento (longe de 
 outros animais do domicílio e fora dele), o que também exige uma mudança de 
 hábitos do tutor. 
 -Todos os profissionais e tutores envolvidos no tratamento dos animais 
 esporotricóticos devem fazer uso de equipamento de proteção. 
 -materiais, utensílios e ambiente em que o animal é mantido devem ser limpos 
 frequentemente, de preferência com hipoclorito ; 
 -uso de compostos itraconazol não é recomendado, mas o genérico é uma 
 alternativa satisfatória ao medicamento de referência; 
 -Gatos com múltiplas lesões e altas cargas fúngicas tendem a ter lesões 
 persistentes e um maior risco de falha do tratamento quando a monoterapia com 
 itraconazol é usada, também um período prolongado de cicatrização de feridas. 
 -Itraconazol combinado com iodeto de potássio é um tratamento eficaz em 
 gatos virgens, com um início de ação mais rápido e uma porcentagem moderada 
 de efeitos adversos efeitos; importante opção para o tratamento dos casos 
 refratários ao itraconazol, especialmente para os gatos que apresentam lesões da 
 mucosa nasal e/ou sinais; muito eficaz para melhorar cicatrização e controlar 
 prontamente a carga fúngica; 
 -cápsulas de itraconazol e iodeto de potássio podem ser abertas, e a dose (ou 
 fração) pode ser misturada na ração úmida; 
 *no entanto, os grânulos (itraconazol) devem permanecer intactos!!! 
 -importante manter o tratamento por 1 mês após a cura clínica > (tempo médio = 
 4 meses) 
 -Em gatos apresentando lesões (cutâneas e/ou mucosas) na região nasal e/ou 
 respiratória, o tratamento deve ser mantido por 2 meses após a cura clínica para 
 minimizar o risco de recorrência; 
 ● Prevenção 
 ➔ separação dos gatos enfermos de outros animais criados no mesmo 
 ambiente. 
 ➔ cuidado para evitar cortes ou lesões penetrantes quando se trabalha com 
 gatos infectados, e devem- se usar roupas protetoras. 
 ➔ necessária a restrição física apropriada ou a sedação de pacientes que 
 não cooperam para possibilitar o exame completo das lesões e a coleta 
 de material biológico para exame laboratorial. 
 ➔ descontaminação e a limpeza das gaiolas ou caixas de transporte devem 
 ser efetuadas com hipoclorito (1%) ou alvejante, diluído em água 1:3, 
 durante pelo menos 10 min. Se possível, a secagem ao sol também é 
 benéfica. 
 ➔ Após contato com animais infectados, as mesas de exame devem ser 
 limpas e desinfetadas com solução de hipoclorito de sódio (1%), seguida 
 de álcool a 70%, durante pelo menos 10 min, com o uso de toalhas 
 de papel descartávei s. 
 ➔ assoalhos e paredes precisam ser limpos e desinfetados diariamente 
 com solução de hipoclorito de sódio (1%). 
 ➔ necessários programas de conscientização pública sobre a profilaxia da 
 esporotricose, incentivando os seguintes itens: responsabilidade do 
 proprietário, castração, cremação dos gatos mortos, confinamento de 
 gatos dentro de casa, limitação do número de gatos por domicílio, 
 limpeza regular da habitação e cuidados sanitários adequados dos 
 animais. 
 ➔ necessárias medidas gerais de saúde pública, como saneamento básico, 
 coleta regular de lixo e limpeza de lotes não habitados 
 ➔ Utilizar EPI quando manipular gato suspeito; 
 ➔ Avental impermeável, descartável, de manga longa; 
 ➔ Luvas de procedimento descartáveis; 
 ➔ Máscara facial (facultativo – sinais respiratórios); 
 ➔ Óculos de proteção; sapatos fechados; 
 ➔ Cabelos presos cobertos com touca descartável 
 ➔ Lavagem das mãos (clorexidina 2%, PVPI 1% degermante) 
 ➔ Transporte do paciente em caixas de plástico; 
 ➔ Contenção adequada; 
 ➔ Dejetos do animal descartados em sacos brancos com indicação de risco 
 biológico 
 ➔ Desinfecção da caixa de transporte: hipoclorito 1% ou água Sanitária por 10 
 minutos, secar ao sol. 
 ➔ Descarte correto de materiais perfurocortantes 
 ➔ Descarte de luvas, máscaras, toucas e outros: Risco Biológico 
 ➔ Instrumentos cirúrgicos: lavagem e esterilização 
 ➔ gatos clinicamente curados devem ser castrado/esterilizado. 
 ➔ tratamento tópico antifúngico não é recomendado. 
 ➔ O uso de medicamentos tópicos, como pomada repelente de moscas, 
 devem ser feito com cautela em animais doentes devido ao risco de 
 transmissão zoonótica. 
 ➔ administração de qualquer azol, terbinafina e iodeto de potássio deve ser 
 evitado durante a gravidez 
 *No entanto, o uso deve ser considerado em gatas gestantes devido ao 
 risco de transmissão zoonótica e/ou progressão dos sinais clínicos.

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