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Trabalho e Sociabilidade_Unidade 2 (Natureza do trabalho nas sociedades-précapitalistas)

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21/10/2023, 19:39 Trabalho e Sociabilidade
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/SAU_TRASOC_20/unidade_2/ebook/index.html# 1/21
TRABALHO	E	SOCIABILIDADE
UNIDADE	2	-	NATUREZA	DO	TRABALHO	NAS
SOCIEDADES	PRE� -CAPITALISTAS
Juliene	Tenorio	e	Marina	Gondim
21/10/2023, 19:39 Trabalho e Sociabilidade
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/SAU_TRASOC_20/unidade_2/ebook/index.html# 2/21
21/10/2023, 19:39 Trabalho e Sociabilidade
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/SAU_TRASOC_20/unidade_2/ebook/index.html# 3/21
Introdução
Nesta	 unidade,	 vamos	 abordar	 sobre	 a	 natureza	 do	 trabalho	 nas	 sociedades	 pré-capitalistas,	 conteúdo
importante	 para	 a	 formação	 em	 Serviço	 Social,	 por	 contribuir	 para	 a	 compreensão	 de	 como	 se	 apresenta	 a
natureza	do	trabalho	em	diversos	modos	de	produção	existentes	nas	sociedades	pré-capitalistas	e	entender	a
história	de	como	o	ser	social	se	relaciona	e	se	in�luencia	com	o	trabalho	ao	longo	dos	tempos.
Para	começar	a	entender	essa	trajetória,	pense	o	que	você	sabe	sobre	trabalho	na	sociedade	atual.	Vimos,	na
unidade	 anterior,	 que	 muitas	 pessoas	 o	 confundem	 como	 sinônimo	 de	 emprego.	 Mas	 como	 ele	 era
desenvolvido	antes	desse	formato	como	hoje	o	conhecemos?	Que	relação	o	trabalho	teve	ao	longo	da	história
com	a	forma	como	nos	organizamos	em	sociedade	e	nos	relacionamos?	Você	já	leu	ou	aprendeu	sobre	isso?
Pois,	agora,	você	terá	a	oportunidade	de	conhecer	como	o	trabalho	existiu	em	sociedades	que	antecederam	a
sociedade	 capitalista,	 com	 destaque	 para	 os	 modos	 de	 produção	 comunal-primitivo,	 escravista,	 asiático	 e
feudal,	que,	de	acordo	com	Marx,	re�letem	épocas	progressivas	de	formação	econômica	e	social.
Para	isso,	você	aprenderá	o	que	é	modo	de	produção,	conforme	a	compreensão	da	teoria	marxista,	o	que	difere
e	no	que	se	assemelha	o	trabalho	em	cada	modo	de	produção	pré-capitalista.
Sendo	um	 capı́tulo	 essencialmente	histórico,	 chamamos	 sua	 atenção	para	 a	 importância	 que	 a	 história	 tem
para	 nós	 seres	 humanos.	 Na	 análise	 de	 Marilena	 Chauı́,	 o	 conceito	 de	 modo	 de	 produção	 esclarece	 uma
distinção	 que	 opera	 no	 tratamento	 dado	 por	Marx	 à	 história:	 a	 distinção	 entre	 devir	 e	 desenvolvimento.	 O
devir	é	a	sucessão	temporal	dos	modos	de	produção	ou	o	movimento	pelo	qual	os	pressupostos	de	um	novo
modo	de	produção	são	condições	sociais	que	foram	postas	pelo	modo	de	produção	anterior	e	serão	repostas
pelo	o	novo	modo.	
O	 desenvolvimento	 é	 o	 movimento	 interno	 de	 um	 modo	 de	 produção	 para	 repor	 seu	 pressuposto,
transformando-o	em	algo	posto;	refere-se,	portanto,	a	uma	forma	histórica	particular,	ou	melhor,	 é	a	história
particular	de	um	modo	de	produção.
Vamos	começar?	Bom	estudo!
2.1 Modo de produção comunal-primitivo, escravista,
asiático e feudal
Apesar	de	tão	atual	e	fazer	parte	de	nosso	cotidiano,	o	trabalho	como	hoje	o	conhecemos	não	é	o	mesmo,	não
tem	a	mesma	natureza,	nem	a	mesma	forma	ao	longo	da	história	da	humanidade.
Você	verá	como	o	trabalho	alterou	e	foi	alterado	em	diferentes	modos	de	produção	existentes	no	perı́odo	que
antecedeu	 o	 capitalismo,	 se	 mantendo	 central	 para	 a	 forma	 como	 nos	 organizamos	 e	 nos	 relacionamos
enquanto	sociedade.
Neste	 item,	 você	 aprenderá	 sobre	 a	 relação	 entre	 trabalho	 e	 modo	 de	 produção,	 o	 trabalho	 no	 modo	 de
produção	comunal-primitivo,	escravista,	asiático	e	feudal.		
2.1.1 Trabalho e sua relação com modo de produção
O	modo	de	produção	consiste	em	uma	das	principais	categorias	teóricas	do	marxismo,	e	de	forma	simples,
pode	ser	compreendida	como	a	articulação	entre	forças	produtivas	e	relações	de	produção,	sendo	fundamental
para	que	você	entenda	como	o	trabalho	é	executado	ao	longo	da	história	e	em	diferentes	modos	de	produção.
Marx	 (2008)	 a�irmou	 que	 no	 processo	 de	 produção	 social	 da	 vida	 homens	 e	 mulheres	 entram	 em
determinadas	 relações	 de	 produção,	 que	 nem	 sempre	 dependem	de	 sua	 vontade,	mas	 que	 são	 necessárias,
pois	correspondem	a	etapa	de	desenvolvimento	das	forças	produtivas	materiais.
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Você	entendeu	o	que	ele	a�irmou?	Marx	está	dizendo	que,	durante	a	produção	social	de	sua	vida,	ou	seja,	da
produção	 das	 condições	 de	 sobrevivência	 da	 humanidade	 estabelecemos	 relações	 de	 produção	 que	 são
necessárias	 para	 que	 isso	 ocorra.	 Só	 que	 essas	 relações	 têm	 historicidade,	 elas	 ocorrem	 fazendo	 parte	 do
desenvolvimento	das	 forças	produtivas	materiais.	Vejamos,	então,	o	que	são	 forças	produtivas	e	relações	de
produção	para	facilitar	o	entendimento.	Clique	nos	botões	a	seguir	e	veja	que	as	forças	produtivas	consistem
no	conjunto	dos	seguintes	elementos,	conforme	Netto	e	Braz	(2011):
Meios	de	trabalho
Tudo	que	é	utilizado	para	trabalhar	-	instrumentos,	ferramentas,	instalações.
Objetos	de	trabalho
Tudo	sobre	o	que	os	humanos	intervêm	-	matérias	naturais.
Força	de	trabalho
Energia	humana	empregada	no	processo	de	trabalho.	
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Os	dois	primeiros	elementos,	os	meios	e	objetos	de	trabalho	 integram	os	meios	de	produção.	E	o	 terceiro
elemento	constitui	a	mais	preciosa	das	forças	produtivas,	visto	que	são	os	seres	humanos	“[…]	que,	através
do	 acúmulo	 de	 gerações,	 aperfeiçoam	 e	 inventam	 instrumentos	 de	 trabalho,	 descobrem	 novos	 objetos	 de
trabalho,	 adquirem	 habilidades	 e	 conhecimentos”	 (NETTO;	 BRAZ,	 2011,	 p.	 68).	 Vale	 lembrar	 sobre	 as
mudanças	 que	 ocorreram	 quando	 homens	 e	 mulheres	 descobriram	 o	 fogo.	 O	 que	 produziram	 de
instrumentos,	desenvolveram	técnicas	e	habilidades,	repassaram	e	desenvolveram	novos	conhecimentos.
Como	 essas	 forças	 produtivas	 operam	 num	 marco	 de	 relações	 determinadas	 de	 caráter	 técnico	 e	 social,
vinculadas	às	relações	de	produção.	As	relações	técnicas	de	produção	têm	relação	com	o	domı́nio	que	os
produtores	 têm	 sobre	 os	 meios	 e	 o	 processo	 de	 trabalho	 que	 estão	 envolvidos,	 dependendo	 do	 grau	 de
especialização	do	 trabalho,	das	 tecnologias	empregadas,	dentre	outras.	 Já	 as	relações	sociais	de	produção
são	 as	 determinadas	 pelo	 regime	 de	 propriedade	 dos	 meios	 de	 produção	 fundamentais,	 e	 subordinam	 as
relações	técnicas	de	produção	(NETTO;	BRAZ,	2011).
Vejamos	um	exemplo.	Nas	 comunidades	 primitivas,	 as	 relações	 sociais	 de	 produção	 eram	de	 cooperação	 e
ajuda	 mútua,	 pois	 a	 produção	 e	 o	 resultado	 da	 produção	 eram	 partilhados	 pelo	 grupo.	 Nesse	 caso,	 a
propriedade	dos	meios	de	produção	fundamental	era	coletiva.	Não	foi	o	caso	do	modo	de	produção	escravista.
Figura	1	-	Forças	produtivas	contêm	meios,	objetos	e	força	de	trabalho.
Fonte:	Michaeljung,	iStock,	2020.
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Nele,	existia	um	grupo	de	proprietários	dos	meios,	objetos	e	da	força	de	trabalho,	que	se	apropriava	do	que	era
produzido	por	outro	grupo,	que	era	explorado,	escravizado.	Nesse	caso,	as	relações	sociais	estabelecidas	são
de	antagonismo	e	a	propriedade	dos	meios	de	produção	fundamentais	privada.
Em	sı́ntese,	o	modo	de	produção	consiste	na	articulação	entre	as	 forças	produtivas	 (formadas	pelos	meios,
objetos	e	força	de	trabalho)	e	as	relações	de	produção	(técnicas	e	sociais).
Mas	 é	 importante	 destacar	 aqui	 que	 ele	 não	 resulta	 de	 um	 processo	 harmonioso	 do	 desenvolvimento
histórico-social,	pelo	contrário,	nele	integram	contradições	provocadas	pelas	diferenças	de	ritmos	que	podem
existir	entre	asforças	produtivas	e	as	relações	de	produção,	podendo	resultar	em	sua	substituição	por	outro
modo	de	produção	(NETTO;	BRAZ,	2011).	Por	isso,	você	encontrará	a	seguir	como	o	trabalho	se	desenvolveu
em	diferentes	modos	de	produção.
Marx	(2008,	p.	47)	reforça	que	“[…]	a	totalidade	dessas	relações	de	produção	forma	a	estrutura	econômica	da
sociedade,	 a	 base	 real	 sobre	 a	 qual	 se	 ergue	 uma	 superestrutura	 jurı́dica	 e	 polı́tica,	 e	 a	 qual	 correspondem
determinadas	formas	da	consciência	social”.
Isso	signi�ica	que	no	modo	de	produção	se	encontra	a	estrutura:	a	base	econômica	da	sociedade.	Ela	implica
na	 existência	 da	 superestrutura,	 isto	 é,	 “[…]	 conjunto	 de	 instituições	 e	 de	 ideias	 com	 ela	 compatı́vel”
(NETTO;	BRAZ,	2011,	p.	71),	compreendendo	fenômenos	extraeconômicos,	quais	sejam	as	instâncias	jurı́dico-
polı́ticas,	ideologias	ou	formas	de	consciência	social.	Importante	compreender	que	as	relações	entre	estrutura
e	superestrutura	mudam	em	cada	modo	de	produção,	sendo	a	estrutura	determinante	para	a	superestrutura.	
Por	exemplo,	a	estrutura	(base	econômica)	do	modo	de	produção	escravista	é	muito	diferente	da	estrutura	do
modo	de	produção	feudal.	Só	que	essas	mudanças	não	se	limitam	à	esfera	econômica.	A	partir	da	alteração	da
base	econômica,	ou	seja,	da	estrutura,	 todos	os	outros	 fenômenos	que	não	são	econômicos,	como	as	 leis,	a
organização	 do	 Estado,	 a	 forma	 de	 se	 organizar	 e	 pensar	 de	 uma	 sociedade,	 seus	 valores,	 aquilo	 que	 é
considerado	ético	e	o	que	não,	dentre	outros,	são	consequentemente	alterados,	sendo	muito	diferentes	os	que
existiram	no	escravismo	do	feudalismo,	por	exemplo.
Duas	 questões	 ainda	 são	 importantes	 a	 serem	 observadas	 com	 relação	 ao	 modo	 de	 produção.	 A	 primeira
reside	na	relação	entre	as	leis	de	desenvolvimento	que	regem	a	atividade	econômica	e	a	vida	social,	e	as
leis	da	natureza.	Elas	possuem	em	comum	o	fato	de	serem	objetivas,	ou	seja,	existem	e	atuam	independente
Figura	2	-	A	base	econômica	da	sociedade	de�ine	as	instâncias	jurı́dico-polı́ticas.
Fonte:	Sebastian	Duda,	Shutterstock,	2020.
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da	nossa	consciência	e	conhecimento	sobre	elas,	nos	cabendo	conhecer	e	utilizar	em	nosso	benefı́cio.
Mas	existem	diferenças	signi�icativas	que	tornam	as	leis	econômicas	particulares	quando	comparadas	às	leis
da	natureza.	Elas	operam	como	tendências	que	podem	ser	travadas	por	outras	leis	ou	intervenção	consciente
de	seres	humanos	realizando	a	contratendência,	assim	como	elas	têm	validade	limitada,	sendo	marcadas	por
cada	modo	de	produção	(NETTO;	BRAZ,	2011).
A	segunda	questão	consiste	na	possibilidade	de	transformação	do	modo	de	produção.	Diante	da	contradição
entre	as	forças	produtivas	e	as	relações	de	produção,	o	modo	de	produção	pode	ser	alterado.	Um	dos	casos,
por	 exemplo,	 que	 veremos	 a	 seguir,	 diz	 respeito	 ao	 fato	 de	 que	 a	 produção	 de	 excedente	 na	 comunidade
primitiva	 foi	 um	 dos	 fatores	 que	 levou	 ao	 seu	 �im	 e	 à	 adoção	 de	 um	 novo	 modo	 de	 produção	 que	 foi	 o
escravista	(NETTO;	BRAZ,	2011).
Neste	 caso,	 ressaltamos	 que,	 mesmo	 sendo	 construı́do	 outro	 modo	 de	 produção,	 vestı́gios	 das	 formas
passadas	podem	ser	mantidas.	Por	isso,	é	comum	usar	a	expressão	formação	econômico-social	ou	formação
social	para	se	referir	à	“[…]	estrutura	econômico-social	especı́�ica	de	uma	sociedade	determinada,	em	que	um
modo	de	produção	dominante	pode	coexistir	com	formas	precedentes”	(NETTO;	BRAZ,	2011,	p.	73).
Elementos	do	modo	de	produção	escravista	podem	ainda	existir,	ainda	que	com	menor	importância	ou	força,
no	meio	de	produção	feudal,	por	isso	é	importante	conhecer	as	formações	pré-capitalistas	para	identi�icar	que
elementos	delas	continuam	presentes	até	hoje	no	modo	de	produção	capitalista.
2.1.2 O trabalho nas comunidades primitivas
Os	 primeiros	 seres	 humanos	 que	 habitaram	 a	 Terra	 viveram	 de	 forma	 muito	 diferente	 do	 que	 hoje
conhecemos	 como	 civilização	 ou	 sociedade.	 Habitando	 as	margens	 dos	 rios	Nilo	 e	 do	 Eufrates,	 na	 I�ndia	 e
China,	se	organizavam	como	uma	comunidade	primitiva,	por	cerca	de	30	mil	anos	(NETTO;	BRAZ,	2011).
Quais	 caracterı́sticas	 tinha	 essa	 comunidade,	 cujo	 regime	 social	 foi	 denominado	 de	 primitiva?	 Vejamos	 a
resposta.	A	moradia	era	rudimentar,	a	alimentação	obtida	por	meio	do	trabalho	da	coleta	de	vegetais	e	da	caça,
cujo	 consumo	 era	 imediato,	 predominava	 o	 nomadismo	 relacionado	 às	 necessidades	 de	 sobrevivência,	 os
VOCÊ QUER LER?
O	“Dicionário	do	Pensamento	Marxista”	(1988)	é	um	guia	sucinto	para	a	compreensão
dos	 conceitos	 básicos	 do	 marxismo,	 a	 partir	 de	 diferentes	 interpretações	 e	 posições
crıt́icas,	 e	 para	 o	 conhecimento	 dos	 pensadores	 e	 das	 escolas	 de	 pensamento	 cujas
obras	contribuıŕam	para	formar	o	corpo	das	ideias	marxistas	desde	o	tempo	de	Marx.
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resultados	 de	 atividades	 eram	 partilhados	 por	 todos	 os	 integrantes.	 Dessa	 forma,	 imperava	 nas	 relações
sociais	 de	 produção	 “[…]	 a	 igualdade	 resultante	 da	 carência	 generalizada	 e	 a	 distribuição	 praticamente
equitativa	 do	 pouco	 que	 se	 produzia”	 (NETTO;	 BRAZ,	 2011,	 p.	 68),	 havendo	 apenas	 a	 diferenciação	 das
atividades	entre	homens	e	mulheres,	onde	eles	caçavam,	enquanto	elas	coletavam	e	preparavam	os	alimentos.
Marx	 chama	 atenção	 de	 que	 a	 vida	 nômade	 é	 a	 primeira	 forma	 de	 sobrevivência,	 visto	 que	 a	 tribo	 ou
comunidade	 se	 estabelece	 em	 lugares	 diferentes,	 aproveitando	 o	 que	 encontra	 da	 natureza	 em	 cada	 local	 e
seguindo	adiante	em	busca	de	novos	 locais.	Portanto,	 “[…]	 a	 comunidade	 tribal,	 o	 grupo	natural,	 não	 surge
como	 consequência,	 mas	 como	 condição	 prévia	 da	 apropriação	 e	 uso	 conjuntos,	 temporários,	 do	 solo”
(MARX,	1985,	p.	66).
Com	 a	 produção	 de	 instrumentos	 voltados	 para	 prover	 a	 alimentação,	 por	 meio	 da	 coleta	 e	 caça,	 da
domesticação	de	animais	e	do	surgimento	da	agricultura,	essas	comunidades	foram	alterando	sua	organização
e	as	 caracterı́sticas	mencionadas	anteriormente.	Vincularam-se	a	um	 território,	 aperfeiçoaram	 instrumentos
de	 trabalho,	 começaram	a	entender	do	 tempo	 (as	estações	do	ano,	o	 intervalo	entre	o	 tempo	de	 semear	e	o
Figura	3	-	Comunidade	primitiva	e	a	caça	como	estratégia	de	sobrevivência.
Fonte:	Lolloj,	Shutterstock,	2020.
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tempo	de	colher),	a	usar	as	forças	naturais,	como	a	irrigação.	Também	passaram	a	ter	tarefas	agrı́colas,	como
o	pastoreio	e	o	cultivo,	criaram	artesanato,	a	partir	da	fabricação	de	cerâmica,	metal,	rodas	e	tecidos,	dentre
outros.
A	 �ixação	 e	 as	modi�icações,	 pois,	 de	 comunidades	 originais	 foram	 resultado	 de	 condições	 externas,	 sejam
elas	 climáticas,	 geográ�icas,	 fı́sicas,	 dentre	 outras,	 mas	 também	 da	 constituição	 de	 seu	 caráter	 tribal	 que
proporciona	“[…]	a	apropriação	das	condições	objetivas	de	vida,	bem	como	da	atividade	que	a	reproduz	e	lhe
dá	expressão	material,	tornando-a	objetiva	(atividade	de	pastores,	caçadores,	agricultores	etc.)”	(MARX,	1985,
p.	 67).	 E� 	 a	 terra	 e	 sua	 intervenção	 nela	 que	 proporciona	 os	 meios	 e	 objetos	 de	 trabalho,	 como	 também	 a
localização,	a	base	da	sociedade.
Figura	4	-	Comunidade	primitiva	e	a	criação	de	instrumentos	e	técnicas	para	sobrevivência.
Fonte:	Jannarong,	Shutterstock,	2020.
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Você	 percebeu	 como,	 por	 meio	 do	 trabalho,	 seres	 humanos	 na	 comunidade	 primitiva	 foram	 criando
instrumentos,	desenvolvendo	técnicas,	construindo	e	repassando	conhecimento,	desenvolvendo	habilidades,
alterando	 a	 forma	 de	 organização	 das	 comunidades,	 bem	 como	 a	 forma	 como	 se	 relacionavam?	Homens	 e
mulheres	 criam	 e	 reproduzem	 as	 condições	 para	 sua	 existência	 no	 cotidiano,	 por	 meio	 do	 trabalho.
Hobsbawm	(1985,	p.	16)	a�irma	que	“[...]	fazem	isto	atuando	na	natureza,	tirando	da	natureza,	apropriando-se
dela	 (e,	 às	 vezes,	 transformando-a	 conscientemente)	 com	 este	 propósito”?	 E� 	 essa	 interação	 e	 relação	 entre
seres	humanos	e	natureza	que	produz	a	evolução	social.
Neste	perı́odo,	muito	maior	que	o	desenvolvimento	de	 técnicas,	 instrumentos,	 formas	de	organização,	uma
transformação	importante	alterou	a	lógica	da	comunidade	primitiva.	Segundo	Netto	e	Braz	(2011,	p.	69),	foi	a
ação	 sobre	 a	 natureza	 que	 permitiu	 a	 produção	 de	 bens	 muito	 maior	 que	 as	 necessidades	 imediatas	 de
sobrevivência,	 produziu	 o	 excedente	 econômico,	 “[…]	 a	 comunidade	 começava	 a	 produzir	 mais	 do	 que
carecia	para	cobrir	suas	necessidades	imediatas”.
Que	 transformações	 isso	 traz?	 A	 penúria,	 a	 escassez,	 vivenciada	 pela	 comunidade	 primitiva	 começa	 a	 ser
reduzida	 e	 surge	 a	 possibilidade	 de	 acumular	 os	 resultados	 do	 trabalho	 realizado	 gerando	 o	 seguinte,
conforme	clicando	nos	botões	a	seguir	(NETTO;	BRAZ,	2011):	
Maior	 divisão	 na	 distribuição	 do	 trabalho	 e	 a
produção	de	bens	que	serão	utilizados	para	troca
com	 outras	 comunidades,	 dando	 inıćio	 a
mercadoria	e	ao	comércio.
VOCÊ SABIA?
Na	Era	do	Clã,	a	estrutura	social	era	de	parentesco	por	linha	feminina.	Fato	que	se
explica	porque	os	casamentos	de	grupo	eram	prática	comum;	por	isso,	as	crianças
ignoravam	 quem	 eram	 os	 pais,	 mas	 sabiam	 quem	 eram	 as	 mães.	 Assim,	 o
parentesco	 era	 exclusivamente	 por	 linha	 materna.	 A	 sociedade	 baseada	 neste
sistema,	 dito	 matriarcal,	 durou	 vários	 milhares	 de	 anos.	 Este	 tipo	 de	 sociedade
coincidiu,	 grosso	 modo,	 com	 os	 perıódos	 Mesolıt́ico	 e	 Neolıt́ico	 Inferior	 e
representou	 um	 estádio	 importante	 no	 desenvolvimento	 da	 Humanidade
(MANFRED,	1977).
•
•
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Possibilidade	de	exploração	do	trabalho	humano,
dividindo	a	sociedade,	na	época,	entre	produtores
de	bens	direitos	dos	que	 se	apropriam	dos	bens
excedentes.
Perceba,	então,	que	enquanto	ser	social,	homens	e	mulheres	desenvolvem,	a	partir	da	produção	do	excedente
de	bens	e	alimentos	maior	do	que	é	necessário	para	se	manter	individual	e	coletivamente,	a	cooperação	como
uma	divisão	social	do	trabalho,	ou	seja,	uma	especialização	das	funções	na	comunidade,	bem	como	ampliam
“[…]	as	possibilidades	adicionais	de	geração	desse	excedente”	(HOBSWAM,	1985,	p.	36)	tornando	possı́vel	a
troca	entre	membros	de	uma	mesma	comunidade	e	entre	diferentes	comunidades.
A	partir	da	possibilidade	de	acumulação	versus	a	alternativa	de	exploração	efetivadas	que	justi�icam	o	�im	da
comunidade	 primitiva,	 visto	 não	 possuir	 mais	 os	 mesmos	 elementos	 iniciais	 de	 sua	 con�iguração	 como
primitiva,	sendo	sucedida	pelo	modo	de	produção	escravista.
2.1.3 O trabalho no modo de produção escravista
Você	viu	no	item	anterior	que	a	produção	de	excedente	econômico	representou	o	desenvolvimento	das	forças
produtivas,	da	produtividade	do	trabalho,	possibilitou	a	troca	entre	diferentes	grupos	humanos,	a	apropriação
do	 excedente	 de	 quem	 passou	 a	 explorar	 os	 produtores	 diretos,	 assim	 como	 contribuiu	 com	 o	 �im	 da
comunidade	primitiva	(NETTO;	BRAZ,	2011).
O	modo	de	produção	escravista	foi	implantado	por	volta	de	3.000	anos	antes	de	Cristo,	con�igurando	o	Mundo
Antigo	e	se	mantendo	até	a	queda	do	Império	Romano.	Com	a	produção	do	excedente	se	alterou	radicalmente
as	relações	sociais	até	então	vigentes,	tornou	compensador	escravizar	outros	seres	humanos,	visto	que	“[…]
só	vale	a	pena	ter	escravos	se	o	seu	proprietário	puder	extrair	deles	um	produto	excedente	(ou	sobreproduto)”
(NETTO;	BRAZ,	2011,	p.	77).
Figura	5	-	Comunidade	primitiva	e	exemplo	de	produção	de	excedentes	agrı́colas.
Fonte:	Roman	Rvachov,	Shutterstock,	2020.
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Existem	 registros	 de	 que	 grandes	 civilizações	 como	 Grécia,	 Egito,	 Roma,	 Pérsia,	 dentre	 outras,	 passaram	 a
fazer	 uso	 do	 trabalho	 de	 escravos,	 sendo	 estes	 adquiridos	 por	 meio	 das	 guerras	 por	 domı́nio	 territorial,
pagamento	de	dı́vidas	ou	mesmo	a	própria	entrega	de	homens	como	alternativa	de	sobrevivência.	Os	tipos	de
trabalhos	 variavam	de	 acordo	 com	a	 organização	 e	 a	 cultura	de	 cada	 civilização,	 assim	 como	o	 tratamento
dado	 a	 eles.	 Mas	 o	 principal	 é	 o	 fato	 que	 o	 crescimento	 e	 desenvolvimento	 dessas	 civilizações	 se	 deveu
expressivamente	 ao	 uso	 do	 trabalho	 de	 homens,	 mulheres,	 crianças,	 seres	 humanos	 que	 foram
desumanizados	e	escravizados	(WILD,	2007).		
Marx	 (2008)	 destaca	 que	 como	 a	 força	 “trabalho	 humano”	 foi	 se	 tornando	 cada	 dia	 mais	 capaz	 de	 criar
produtos	acima	da	quantidade	necessária	para	sustentar	os/as	produtores/as,	a	ambição	estimulou	a	busca
por	novas	 “forças	de	 trabalho”,	 sendo	 fornecida,	principalmente,	por	meio	das	guerras,	em	que	prisioneiros
eram	 transformados	 em	 escravos.	 O	 resultado	 foi:	 aumento	 da	 produtividade	 do	 trabalho,	 produção	 de
riqueza,	 ampliação	 do	 campo	 da	 produção,	 estabelecendo	 a	 primeira	 divisão	 do	 trabalho	 e	 a	 divisão	 da
sociedade	em	duas	classes	principais:	“[…]	senhores	e	escravos,	exploradores	e	explorados”(MARX,	2008,	p.
7).	
Figura	6	-	A	produção	de	excedentes	tornou	compensador	escravizar	seres	humanos.
Fonte:	Everett	Historical,	Shutterstock,	2020.
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E� 	 importante	que	você	compreenda	que	ao	produzirem	os	meios	de	vida,	homens	e	mulheres	produzem,	ao
mesmo	 tempo,	 sua	 vida	 material.	 Isso	 signi�ica	 que	 o	 modo	 de	 produzir	 os	 meios	 de	 vida	 consiste	 na
reprodução	 fı́sica	dos	 indivı́duos	e	na	reprodução	de	determinado	modo	de	vida,	ou	seja,	 “[…]	determinado
modo	 de	 produzir	 supõe,	 também,	 determinado	 de	 cooperação	 entre	 os	 agentes	 envolvidos,	 determinadas
relações	 sociais	 estabelecidas	 no	 ato	 de	 produzir,	 as	 quais	 envolvem	 o	 cotidiano	 da	 vida	 em	 sociedade”
(IAMAMOTO,	2013,	p.	66).	Dessa	forma,	o	grau	de	desenvolvimento	da	divisão	social	do	trabalho,	enquanto
expressão	econômica	do	caráter	social	do	 trabalho,	expressa	 também	o	grau	de	desenvolvimento	das	 forças
produtivas	sociais	do	trabalho,	gerando	a	propriedade	do	poder	de	dispor	do	trabalho	de	outros,	o	que	no	caso
do	escravismo	signi�ica	dispor	da	vida	de	outros	também,	além	do	trabalho.
Figura	7	-	Organização	da	sociedade	escravista.
Fonte:	Elaborada	pelas	autoras,	2020.
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E� 	na	divisão	social	do	trabalho	e	na	divisão	de	classes	que	residem	a	contradição	entre	o	interesse	particular	e
o	interesse	coletivo	de	todos	os	indivı́duos	que	se	relacionam.	Os	senhores,	proprietários	de	terras	e	escravos,
buscam	unicamente	seus	interesses,	sendo	os	escravos	e	qualquer	outro	sujeito	meio	para	satisfação	de	suas
necessidades	 individuais	 e	 egoı́stas.	 As	 relações	 sociais	 estabelecidas,	 neste	 formato	 de	 sociedade,	 se
baseiam	 na	 dominação	 de	 um	 grupo	 por	 outro,sendo	 condicionada	 pela	 divisão	 social	 do	 trabalho
(IAMAMOTO,	2013).
Neste	modo	de	produção,	o	excedente	econômico	tomou	a	forma	de	mercadoria,	enquanto	um	objeto	exterior,
uma	 coisa	 que	 satisfaz	 necessidades	 humanas,	 sejam	 relacionadas	 à	 sobrevivência	 ou	 aos	 desejos	 (MARX,
2002).	O	que	resultou	no	desenvolvimento	do	comércio,	na	criação	do	dinheiro,	na	atividade	mercantil	entre
diferentes	sociedades,	na	propriedade	privada.	
Você	imaginou	como	se	con�igurava	o	trabalho	nesse	contexto?	Ele	era	realizado	sob	forma	de	coerção	aberta	e
o	 resultado	 produzido	 pelo	 escravo	 lhe	 era	 retirado	 mediante	 violência,	 real	 e	 potencial,	 por	 quem	 se
denominava	proprietário	das	terras,	da	produção,	dos	excedentes	e	dos	escravos.
CASO
A	 reportagem	 “Trabalho	 escravo:	 �iscalização	 resgata	 59	 em	 cafezais	 de	 MG”
(AGE� NCIA	 BRASIL,	 2019)	 aborda	 a	 operação	 de	 �iscalização	 que	 resgatou	 59
trabalhadores	 de	 condição	 de	 trabalho	 análogo	 ao	 escravo,	 no	 interior	 de	 Minas
Gerais.	A	�iscalização	foi	feita	em	conjunto	por	auditores-�iscais	do	trabalho	e	agentes
da	Polıćia	Rodoviária	Federal	no	perıódo	de	19	a	28	de	agosto	de	2019.
Os	trabalhadores	encontrados	estavam	em	cafezais	nos	municıṕios	de	Campos	Altos	e
Santa	Rosa	da	Serra	e	 retiravam,	de	 forma	manual,	 o	 resto	do	café	que	havia	 �icado
nas	 plantas,	 após	 colheita	 feita	 por	 máquinas.	 A	 �iscalização	 constatou	 que	 os
resgatados	 não	 tinham	 a	 Carteira	 de	 Trabalho	 e	 Previdência	 Social	 assinada	 e	 não
recebiam	 pelo	 trabalho	 nem	 o	 pagamento	 proporcional	 ao	 salário	 mıńimo.	 Os
trabalhadores	 também	 não	 recebiam	 equipamentos	 de	 proteção	 individual	 para
realizar	 as	 atividades.	 Não	 havia	 água	 potável,	 local	 adequado	 para	 refeições	 e
instalações	sanitárias	nas	frentes	de	trabalho.
Tal	 caso	 demonstra,	 como	 estudamos	 nesta	 unidade,	 que	 a	 relação	 entre
proprietários	de	terras	em	que	trabalhadores	são	feitos	de	escravos,	infelizmente,	não
está	 totalmente	 superada	 na	 sociedade	 atual;	 que	 até	 hoje	 muitas	 pessoas	 são
submetidas	 a	 condição	 subumana,	 sem	 direito	 a	 dispor	 da	 própria	 vida	 e	 da
liberdade	de	ir	e	vir	e	receber	pelo	seu	trabalho.
Vale	 lembrar	 que	 o	 resgate	 desses	 trabalhadores/as,	 não	 pode	 se	 limitar	 à	 retirada
fıśica	do	local	de	trabalho,	mas	deve	atender	a	um	conjunto	de	medidas	para	cessar	o
dano	causado	à	vıt́ima,	reparar	os	prejuıźos	no	âmbito	da	relação	trabalhista,	 fıśica	e
emocional,	bem	como	promover	o	acolhimento	por	órgãos	de	assistência	social.	
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Por	�im,	diante	do	que	vimos	até	aqui,	podemos	perceber	que	com	o	término	do	comunismo	primitivo	e	inı́cio
do	modo	de	produção	 escravista,	 o	 equilı́brio	 entre	 as	 forças	 produtivas	 e	 as	 relações	 sociais	 de	produção
cede	 lugar	 à	 contradição,	 já	 que	 começa	 a	 haver	 luta	 pela	 apropriação	 do	 excedente.	 Nessa	 luta,	 as	 forças
produtivas	se	desenvolvem	ao	máximo	e	fazem	explodir	as	relações	sociais	de	produção.	Portanto,	é	a	partir
do	desenvolvimento	da	contradição	e	o	desenvolvimento	da	 luta	de	classes	que	se	explica	o	devir	 temporal
dos	 modos	 de	 produção.	 Sob	 essa	 perspectiva,	 podemos	 dizer	 que	 os	 modos	 de	 produção	 surgem
historicamente	quando	se	completam	a	contradição	e	a	luta	de	classes	do	modo	de	produção	anterior	(CHAUI�,
2007).
2.1.4 Modo de produção asiático
Na	Antiguidade,	não	existiu	apenas	o	escravismo.	No	Extremo	Oriente,	predominava	o	modo	de	produção
asiático,	com	destaque	para	I�ndia,	China	chegando	às	regiões	Norte/Nordeste	da	A� frica.	Era	formado	por	um
poder	 polı́tico	 central	 forte,	 denominado	 de	 Estado,	 representado	 pelas	 �iguras	 do	 Imperador,	 rei	 ou	 faraó,
responsável	pela	construção	de	obras	hidráulicas	de	grande	porte,	como	drenagem,	 irrigação,	dentre	outros,
mantendo	o	controle	de	terras	e	da	agricultura	(NETTO;	BRAZ,	2011).
O	arranjo	espacial	deste	modo	de	produção	 é	horizontal,	através	das	atividades	de	fundo	agrı́cola	e	pastoril,
em	que	as	marcas	naturais	determinam	a	organização	do	território,	em	função	do	fraco	desenvolvimento	das
forças	 produtivas.	 Exemplo	 disso	 foram	os	 grandes	 rios	Nilo,	 no	 Egito,	 Tigres	 e	 Eufrates,	 na	Mesopotâmia,
Hoang	 Ho,	 na	 China,	 que	 direcionavam	 os	 �luxos	 e	 circuitos	 da	 produção	 e	 da	 organização	 da	 vida	 em
sociedade.	Além	disso,	pela	relação	da	economia	com	a	polı́tica	e	com	a	religião,	os	grandes	rios	possuı́am
ainda	um	certo	paradigma	celestial	(WALDMAN,	1994).
VOCÊ QUER VER?
O	�ilme	Amistad	(1997),	dirigido	por	Steven	Spielberg,	é	baseado	em	eventos	reais	que
aconteceram	 a	 bordo	 do	 navio	 negreiro	 La	 Amistad.	 O	 drama	 mostra	 a	 luta	 de	 um
grupo	 de	 africanos	 escravizados	 em	 território	 norte-americano.	 Um	 ótimo	 �ilme	 para
conhecer	 as	 condições	 de	 captura	 e	 transporte	 de	 escravos	 africanos	 para	 trabalhos
exploratórios	na	América.
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Vale	salientar	que	o	modo	de	produção	asiático	como	modo	de	produção	caracterı́stico	das	milenares	formas
orientais	de	sociedade,	bem	como	primeira	forma	mais	geral	de	sociedade	pós-comunidade	primitiva,	foi	um
dos	alicerces	para	a	concepção	histórica	de	Marx.	Marx	costumava	chamar,	por	vezes,	de	forma	asiática	e	em
outros	momentos	como	forma	oriental	de	produção.
Na	 análise	 de	 Antunes	 (2007),	 para	 a	Marx,	 o	 caminho	 para	 se	 compreender	 o	modo	 oriental	 de	 produção
estava	em	entender	que	na	A� sia,	a	propriedade	da	 terra	era	monopólio	do	Estado,	 restando	 às	 comunidades
locais	 apenas	 a	 posse	 privada	 da	 terra	 e	 dos	 frutos	 por	 ela	 produzidos.	 Era	 uma	 posse	 a	 nı́vel	 de	 aldeia
comunal,	e	não	propriamente	individual.
Discorre	 ainda	 que,	 do	 ponto	 de	 vista	 de	 Marx,	 nenhum	 indivı́duo	 oriental,	 mesmo	 que	membro	 da	 elite,
poderia	 ser	 proprietário	 privado	 de	 fato,	 pois	 o	 “direito”	 de	 distribuição	 das	 riquezas	 nestas	 sociedades
despóticas	 não	 derivava	 da	 “vontade	 popular”,	 quer	 dizer,	 de	 uma	 suposta	 “sociedade	 civil”,	 mas,	 sim,	 da
Figura	8	-	Importância	dos	rios	para	organização	produtiva	e	da	sociedade	no	modo	de	produção	asiático.
Fonte:	Jose	Ignacio	Soto,	Shutterstock,	2020.
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vontade	 do	 próprio	 déspota,	 o	 qual	 dava	 ou	 retirava	 tais	 benefı́cios	 conforme	 seus	 interesses,	 os	 quais	 se
confundiam	com	os	interesses	do	próprio	Estado.
Waldman	 (1994)	 explica	 ainda	 que	 a	 base	 tributária	 do	 Estado	 eram	 as	 comunidades	 aldeãs	 interligadas	 a
circuitos	 de	 apropriação	 do	 excedente	 econômico,	 repousando	 sobre	 elas	 o	 poder	 despótico	 do	 Estado,	 ou
seja,	de	uma	relação	social	tirana,	opressora,	arbitrária,	autoritária	do	rei	ou	faraó	sobre	o	povo.
A	relação	entre	campo	e	cidade	aparece	como	uma	unidade	 indiferenciada,	ou	seja,	a	cidade	aparece	apenas
como	um	acampamento	de	prı́ncipes,	tendo	os	Templos	e	Palácios	com	seu	esplendor,	contrapartida	do	meio
rural,	onde	o	Estado	se	apropriava	do	excedente	produzido	pelo	trabalho	humano.
Como	analisamos	no	decorrer	deste	tópico,	você	não	pode	esquecer	que	do	ponto	de	vista	de	Marx,	a	evolução
histórica	começaria	com	a	comunidade	primitiva,	evoluiria	para	os	modos	de	produção	asiático,	escravista	e
feudal,	e	no	que	se	refere	especi�icamente	ao	modo	de	produção	asiático	,	de	modo	geral,	 é	a	primeira	forma
de	evolução	pós-comunidade	primitiva.	
2.1.5 Modo de produção feudal
O	modo	de	produção	feudal	ou	feudalismofoi	caracterizado	pela	atomização	dos	feudos	em	substituição	à
centralização	imperial.	Os	feudos	eram	unidades	econômico-sociais	“[…]	de	base	territorial	de	uma	economia
fundada	 no	 trato	 da	 terra”	 (NETTO;	 BRAZ,	 2011,	 p.	 78),	 pertencia	 a	 um	 nobre,	 chamado	 de	 senhor,	 que
sujeitava	 os	 produtores	 diretos,	 chamados	 de	 servos.	 Nas	 palavras	 de	 Netto	 e	 Braz	 (2011,	 p.	 78),	 “[…]	 a
sociedade	se	polarizava	entre	os	senhores	e	servos”,	sendo	a	propriedade	da	terra	o	fundamento	da	estrutura
social.	Assim,	a	terra	arável	era	dividida	entre	o	senhor	e	o	servo,	em	que	este	pagava	os	tributos	e	prestações
pela	ocupação	da	terra.	
Com	uma	condição	diferente	da	dos	escravos,	ainda	que	duramente	explorados	pelas	obrigações	do	trabalho,
do	pagamento	dos	tributos	e	dos	dı́zimos	recolhidos	pela	igreja,	os	servos	possuı́am	instrumentos	de	trabalho
e	 retiravam	 sustento	 do	 que	 produziam	 nas	 glebas	 e	 terras	 comunais.	 Além	 disso,	 havia	 compromissos
VOCÊ O CONHECE?
Friedrich	 Engels	 (1820-1895)	 foi	 um	 �ilósofo	 social	 e	 polıt́ico	 alemão.	 Teve	 papel	 de
destaque	 no	 desenvolvimento	 do	 marxismo.	 Colaborador	 e	 amigo	 de	 Karl	 Marx,	 ele
completou	os	volumes	II	e	III	da	obra	"O	Capital",	que	o	autor	não	pôde	concluir.	Entre
outras	 obras	 de	 Engels	 consideramos	 fundamental	 o	 livro:	 A	 Origem	 da	 Famıĺia,	 da
Propriedade	Privada	e	do	Estado	(1884).
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mútuos	entre	servos	e	senhores,	como,	por	exemplo,	a	proteção	da	vida	do	servo	pelo	senhor.	Por	outro	lado,
o	que	os	servos	produziam	de	excedente	era	expropriado	por	meio	do	monopólio	da	violência	exercida	pelos
senhores	(NETTO;	BRAZ,	2011).
Marx	(1985)	explica	que	a	principal	forma	de	propriedade,	neste	perı́odo,	era	a	propriedade	da	terra	ligada	ao
trabalho	servil	nela	ou	o	trabalho	individual	com	pequeno	capital,	sendo	a	organização	dos	dois	determinada
pelas	restritas	condições	da	produção:	“[…]	o	cultivo	da	terra	em	pequena	escala	e	primitivo,	o	tipo	artesanal
de	indústria”	(MARX,	1985,	p.	118),	havendo	pouca	divisão	do	trabalho.
Cada	região	continha,	em	si	mesma,	o	con�lito	da	cidade	com	o	campo	e	a	divisão	em	estamentos
era	fortemente	marcada;	mas,	além	da	diferenciação	de	prı́ncipes,	nobres,	clérigos	e	camponeses,
no	 cam-	 po,	 e	 dos	 mestres,	 jornaleiros,	 aprendizes	 e,	 cedo,	 também,	 a	 ralé	 de	 trabalhadores
eventuais,	 nas	 cidades,	 não	 havia	 qualquer	 divisão	 importante.	 Na	 agricultura	 isso	 tornava-se
difı́cil	 pelo	 sistema	de	 cultivo	por	 faixas,	 ao	 lado	do	qual	 surgira,	 como	outro	 fator,	 a	 indústria
caseira	dos	próprios	 camponeses.	Na	 indústria	não	havia	qualquer	divisão	de	 tra-	balho	dentro
dos	próprios	ofı́cios	e	muito	pouca	entre	estes.	A	separação	de	indústria	e	comércio	já	existia	nas
cidades	mais	antigas,	nas	mais	novas	apenas	desenvolveu-se	posteriormente,	quando	as	cidades
estabeleceram	relações	recı́procas.	(MARX,	1985,	p.	118)
Observe	que	no	modo	de	produção	feudal,	a	forma	como	a	sociedade	se	organizou,	a	forma	como	organizou	a
produção	 e	 as	 relações	 sociais	 de	 produção	 se	 alteram	 substancialmente	 quando	 comparada	 aos	 outros
modos	de	produção	 apresentados	nesta	unidade,	 sendo	o	 trabalho	desenvolvido	pelos	 servos	 e	 a	produção
excedente	apropriada,	por	meio	da	violência	(real	ou	potencial),	por	um	grupo	de	pessoas	que	se	colocam	na
posição	de	senhores.
Netto	e	Braz	 (2011)	ressaltam	que	os	servos	não	aceitavam	a	exploração	de	seus	senhores	sem	resistência.
Muitas	rebeliões	camponesas	marcaram	este	perı́odo,	assim	como	as	fugas.	Por	outro	lado,	pelo	estı́mulo	das
Cruzadas,	 a	 estrutura	 social	 vai	 se	 complexi�icando	quando	os	 artesãos	 se	 organizam	em	 corporações	 e	 os
comerciantes/mercadores	buscam	mecanismos	associativos,	as	chamadas	ligas.
Figura	9	-	Condição	servil	dos	camponeses	no	modo	de	produção	feudal.
Fonte:	Maksud,	Shutterstock,	2020.
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As	 Cruzadas	 consistiram	 em	 expedições	militares	 realizadas	 pelas	 potências	 cristãs	 europeias,	 no	 perı́odo
entre	 1095	 a	 1291,	 como	 forma	 de	 combater	 o	 domı́nio	 islâmico	 na	 Terra	 Santa,	 reconquistar	 Jerusalém	 e
pelos	lugares	por	onde	Jesus	teria	passado,	mas	também	para	ampliação	de	negócios,	abrir	novos	mercados	e
obter	lucro	ao	abastecer	os	exércitos	que	atravessavam	a	Europa	a	caminho	do	Oriente	(MUNDO	ESTRANHO,
2011).	
Assim	como	nos	outros	modos	de	produção,	existiram	fatos	que	in�luenciaram	a	erosão	das	bases	deste	modo
de	produção	feudal.	Ao	estabelecer	rotas	comerciais	para	o	Oriente,	o	comércio	se	desenvolveu,	estimulou	o
consumo	 de	 mercadorias	 por	 troca	 de	 dinheiro	 pela	 nobreza,	 fomentou	 atividade	 comercial	 em	 regiões
afastadas,	 estimulou	 a	 urbanização	 e	 criou	 cidades,	 favoreceu	 a	 crescente	 importância	 de	 comerciantes	 e
mercadores	como	representantes	da	atividade	mercantil	movidos	pelo	objetivo	do	lucro,	e	criou	relevância	à
riqueza	mobiliária,	que	se	traduzia	pela	acumulação	de	dinheiro.	Como	trazem	Netto	e	Braz	(2011),	foram	dos
grandes	 comerciantes	nascidos	no	 feudalismo	que	 contribuiu	 com	o	 surgimento,	 a	partir	do	 século	XVI,	 da
burguesia,	“classe	que	derrotará	a	feudalidade”.	
Conclusão
Chegamos	ao	�inal	desta	unidade,	que	abordou	o	tema	a	natureza	do	trabalho	nas	sociedades	pré-capitalistas,
oportunizando	 que	 você	 aprendesse	 sobre	 o	 trabalho,	 seu	 formato,	 a	 organização	 em	 diferentes	modos	 de
produção	das	sociedades	pré-capitalistas.
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
compreender que o modo de produção compreende a articulação
entre forças produtivas e relações de produção;
entender que as forças produtivas consistem no conjunto dos
seguintes elementos: meios de trabalho, objetos de trabalho e
força de trabalho;
aprender que nas comunidades primitivas as relações sociais de
produção eram de cooperação e ajuda mútua, resultado da
produção que eram partilhados pelo grupo;
identificar que no modo de produção escravista os proprietários
dos meios, objetos e da força de trabalho se apropriava do que era
produzido por outro grupo, que trabalhava de forma explorada e
escravizada;
compreender que no modo oriental de produção a propriedade
da terra era monopólio do Estado, restando às comunidades locais
apenas a posse privada da terra e dos frutos por ela produzidos;
aprender que o modo de produção feudal foi caracterizado pela
atomização dos feudos em substituição à centralização imperial,
que a economia fundada no trato da terra pertencia a um nobre,
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chamado de senhor, que sujeitava os produtores diretos,
chamados de servos;
apreender que as relações sociais estabelecidas na história são de
antagonismo entre classes e se fundam nos modos de produção
de cada período.
•
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