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CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA EVASÃO ESCOLAR NA MODALIDADE DE ENSINO DE JOVENS E ADULTOS.
Autor(a)[footnoteRef:2]: Paulo Henrique Benjamin de Oliveira [2: Autor(a): Graduando em Pedagogia – Licenciatura pela Uninassau ] 
Instituição: Uninassau 
e-mail: henriquefec32@gmail.com
Orientador(a)[footnoteRef:3]: Dra. Janine Farias da Silva [3: Orientador(a): inserir aqui um pequeno resumo do currículo do orientador.] 
Instituição: e-mail: janine.silva@sereducacional.com
Resumo
O objetivo principal desta pesquisa foi investigar as causas e consequências da evasão escolar na modalidade jovens e adultos. Para atingir esse objetivo, foram analisadas algumas teorias sobre o tema, como a teoria do capital humano, que analisa a relação entre a escolaridade e o mercado de trabalho, e a teoria do abandono escolar, que se concentra nas motivações individuais para a evasão.
Os procedimentos metodológicos adotados foram a revisão bibliográfica,. A revisão bibliográfica permitiu explorar os principais estudos e pesquisas já realizados sobre o assunto, Por fim, a convivência com profissionais da área proporcionou uma visão mais ampla e aprofundada das causas e consequências da evasão.
Os principais resultados obtidos mostraram que a evasão escolar na modalidade jovens e adultos está associada a diversos fatores, como a falta de interesse pela educação, problemas econômicos e familiares, dificuldades de aprendizagem e desmotivação. Além disso, foi observado que a evasão escolar tem consequências negativas tanto para os indivíduos que abandonam os estudos, como a limitação de oportunidades no mercado de trabalho, quanto para a sociedade, como o aumento da desigualdade social e a redução da produtividade econômica.
As conclusões apontam para a necessidade de ações e políticas públicas que visem a prevenção e combate da evasão escolar na modalidade jovens e adultos, como a implementação de programas de apoio e acompanhamento aos estudantes, a melhoria na qualidade do ensino oferecido e a promoção de oportunidades educacionais para todos.
Palavras-chave: evasão escolar, jovens e adultos, causas, consequências, modalidade.
CAUSES AND CONSEQUENCES OF SCHOOL EVASION IN THE EDUCATION MODE OF YOUNG PEOPLE AND ADULTS.
Abstract
The main objective of this research was to investigate the causes and consequences of school dropout in the youth and adult education mode. To achieve this objective, some theories on the subject were analyzed, such as the theory of human capital, which examines the relationship between education and the labor market, and the theory of school abandonment, which focuses on individual motivations for dropout.
The methodological procedures adopted included literature review. The literature review allowed for exploration of the main studies and research already conducted on the subject. Finally, the interaction with professionals in the field provided a broader and more in-depth view of the causes and consequences of dropout.
The main results obtained showed that school dropout in the youth and adult education mode is associated with various factors, such as lack of interest in education, economic and family problems, learning difficulties, and demotivation. Furthermore, it was observed that school dropout has negative consequences both for individuals who drop out of school, such as limited opportunities in the labor market, and for society, such as increased social inequality and reduced economic productivity.
The conclusions point to the need for actions and public policies aimed at preventing and combating school dropout in the youth and adult education mode, such as the implementation of support and monitoring programs for students, improvement in the quality of education provided, and promotion of educational opportunities for all.
Keywords: school dropout, youth and adults, causes, consequences, mode.
1 INTRODUÇÃO 
A evasão escolar na modalidade de jovens e adultos é um tema de extrema relevância e pertinência, tanto para o âmbito pessoal quanto profissional. A falta de conclusão dos estudos por parte dessa população acaba por limitar sua inserção no mercado de trabalho e, consequentemente, afeta sua qualidade de vida e oportunidades de desenvolvimento.
No entanto, a evasão escolar no EJA continua sendo um desafio enfrentado por diversas instituições de ensino no Brasil. Essa problemática implica em consequências significativas tanto para os indivíduos que abandonam os estudos, quanto para a sociedade como um todo. A evasão pode acarretar em dificuldades no mercado de trabalho, na perpetuação da exclusão social e no comprometimento do desenvolvimento pessoal e profissional dessas pessoas.
Diante desse contexto, este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como objetivo analisar as causas e consequências da evasão escolar no EJA, bem como apresentar estratégias e sugestões que podem contribuir para a redução desses índices preocupantes. Para tanto, serão realizados estudos teóricos, análise de dados estatísticos, revisão bibliográfica e entrevistas com professores e alunos do EJA, a fim de se obter uma visão ampla e embasada sobre o tema.
Espera-se que este estudo possa contribuir para o aprofundamento das discussões acerca da evasão escolar no EJA e, consequentemente, para a proposição de soluções efetivas que visem a redução desses índices. É fundamental que as políticas públicas e as práticas educacionais estejam alinhadas no intuito de promover a permanência, o engajamento e o sucesso dos estudantes nessa modalidade de ensino, garantindo assim uma educação inclusiva e de qualidade para todos.
Diante dessa problemática, surge o objeto de pesquisa deste trabalho: investigar as causas e consequências da evasão escolar na modalidade jovens e adultos. A escolha deste tema se justifica pela necessidade de compreender os motivos que levam esse público a abandonar os estudos, bem como as implicações desse abandono em suas vidas e na sociedade como um todo.
	O problema de pesquisa consiste em compreender quais fatores contribuem para a evasão escolar nessa modalidade e como esse abandono impacta a vida dos indivíduos e a sociedade. A partir dessa problematização, surge a seguinte hipótese: a evasão escolar na modalidade jovens e adultos está relacionada com aspectos socioeconômicos, familiares, desinteresse pela educação e dificuldades de aprendizagem.
Os objetivos gerais deste estudo são analisar as causas e consequências da evasão escolar na modalidade jovem e adulto, bem como compreender o papel das políticas públicas na prevenção e combate a esse problema. Já os objetivos específicos consistem em identificar os fatores que levam à evasão escolar, investigar os impactos desse abandono na vida dos indivíduos e na sociedade, e propor ações e estratégias para diminuir a evasão nessa modalidade.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A Constituição diz que a educação é direito de todos e visa o pleno desenvolvimento do indivíduo, o preparando para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mercado de trabalho.  Com isso entende-se que é função da escola permitir e incentivar o aluno para que ele se desenvolva plenamente.
Desenvolvendo não apenas o seu conhecimento sobre as matérias obrigatórias da matriz curricular, mas também suas habilidades artísticas, sua curiosidade, a capacidade de se comunicar, as habilidades sócio emocionais, a forma de escutar ativamente e também, auxiliá-lo no processo de autoconhecimento, ajudando-o a reconhecer qual é o seu papel na sociedade, no mercado de trabalho e na vida. 
	De acordo com a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cerca de 244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estavam fora da escola no segundo trimestre de 2021. Então esse número representa um aumento de 171% em comparação a 2019, ao qual 90 mil crianças não estavam frequentando a escola. 
Além disso, a pesquisa também mostra que enquanto em 2019, 99% das crianças e adolescentes estavam matriculadas no ensino fundamental ou médio, em2021, esse número reduziu para 96,2%. Queda essa já demonstra um dos efeitos da pandemia sob a educação básica no Brasil.  
Mas já em um outro estudo, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os índices mostram que com a pandemia da Covid-19, o país passou a ter o mesmo nível de evasão escolar de 14 anos atrás. Tendo assim as crianças de 5 a 9 anos como o público mais afetado por esse desafio. 
De acordo com um estudo realizado por Reynaldo Fernandes Abre em uma nova guia, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Educação (MEC), os jovens de baixa renda, em sua maioria negros, forçados precocemente ao mercado de trabalho ou que engravidam já na adolescência, formam o grupo de maior risco à evasão. Fernandes aponta ainda que esses fatores “externos” à atividade propriamente escolar se articulam a um processo contínuo de desinteresse e desengajamento, levando por fim ao abandono.
Além disso, é na adolescência que o problema se apresenta com maior intensidade. Em 2019, 7% da população entre 15 e 17 anos estava fora da escola Abre em uma nova guia, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD - 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A educação é um direito de todos, garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 288. Vejamos: 
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: 
I - Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. 
-art. 206: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - Igualdade de condições de acesso e permanência na escola. 
-art. 3: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação.
Partindo dessa afirmação, entendemos a EJA, como uma política pública de direito social, que favorece o sujeito que por circunstâncias diversas, não teve acesso e permanência a educação. Inicialmente voltada para a alfabetização dos segmentos da sociedade que não iniciou ou concluiu a escolarização, a EJA caminhou numa perspectiva compensatória, que não levava em conta as especificidades dos sujeitos nela inseridos. (OLIVEIRA e PAIVA, 2004). 
Segundo Paiva (2004), o grande educador e professor Paulo Freire, começou a desenvolver seu trabalho de alfabetização em Pernambuco nas décadas de 60 e 70, trazendo uma nova perspectiva fundamentada em métodos e objetivos, que procuravam se adequar as especificidades do sujeito participante dessa modalidade de ensino. Começou então a se pensar, que para se alfabetizar adultos, teria que se lançar mão de um trabalho diferente daquele que era feito para alfabetizar crianças na escola, pois as necessidades e possibilidades desses educandos eram bem diferentes.
A preocupação com as especificidades desse público, fez com que Freire desenvolvesse um método de alfabetização para adultos, que posteriormente fundamentou o Programa Nacional de Alfabetização chamado de ”Método Paulo Freire”, mas com o golpe militar de 1964, o programa foi extinto junto com a sua lógica. Os programas de alfabetização oferecidas pelo governo militar, foram muitas, porém, sem muito êxito. Em Paiva (2004), compreendemos que o fracasso desses programas, se deram por diversos motivos; a inadequação da proposta curricular, que não levava em conta o perfil socioeconômico-cultural do educando, além de ser uma proposta única para todo país, não reconhecendo a diversidade e especificidade de cada região.
Atualmente constata-se avanços nessa modalidade de ensino, superando uma visão ou uma política pública compensatória, passa a ser compreendida como uma política pública de direito, garantida na Constituição Federal. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) incorporou a Constituição Federal e acrescentou em seu capítulo II, especificando a EJA como modalidade de educação básica, que supera a dimensão de ensino do supletivo, e regulamenta sua oferta a todos aqueles que não tiveram acesso ou não concluíram o ensino fundamental, conforme o artigo 37 a define:
A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Parágrafo 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Parágrafo 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. Artigo 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. Parágrafo 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos: II – no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. Parágrafo 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
Apesar dessas conquistas, EJA ainda ocorre de maneira mecânica, fragmentada, sem reflexão, ao contrário do que diz seu maior defensor, que entende a educação de jovens e adultos como um ato muito além do apenas ler e escrever, para Paulo Freire:
Alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler. Com efeito, ela é o domínio dessas técnicas em termos conscientes. É entender o que se lê e escreve o que se entende (...) implica uma auto formação da qual se pode resultar uma postura atuante do homem sobre seu contexto. Para isso a alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora pelo próprio analfabeto, apenas ajustado pelo educador. Isto faz com que o papel do educador seja fundamentalmente diálogos com o analfabeto sobre situações concretas, oferecendo-lhes os meios com que os quais possa se alfabetizar. (FREIRE, 1989, p.72)
A problemática em torno da EJA é grande, apesar de ter avançado muito com conquistas importantes com as políticas públicas a ela destinada, porém ainda continua relegada ao segundo plano nas agendas dos governantes e da própria sociedade. É importante respeitar as especificidades desse público, que não terminou ou nem sequer iniciou o ensino regular. 
O grande desafio da escola hoje é estabelecer uma relação entre o conhecimento socialmente construído e as práticas sociais em que seu educando está inserido, fazendo uma interação com a realidade que vive. Concluímos mediante as palavras do grande educador Paulo Freire defensor incansável da educação popular:
Sonhamos com uma escola pública capaz, que vá se constituindo aos poucos num espaço de criatividade. Uma escola democrática em que se pratique uma pedagogia da pergunta, que se ensine e se aprenda com seriedade, mas em que a seriedade jamais vire sisudez. Uma escola em que, ao se ensinarem necessariamente os conteúdos, se ensine também a pensar certo (FREIRE, 2006, p. 24).
Ao longo dos tempos o nosso país tem mostrado uma preocupação com a falta de escolarização destinada para os adultos. Sendo está iniciada na época da colonização quando a população na grande maioria era determinada por índios, os quais receberam apenas uma educação voltada para a religião. A seguir chegaram ao Brasil os negros, escravizados, estes não compreendiam e não eram compreendidos por conta da linguagem, diferente de Portugal, por isso alguns negros recebiam ensinamentos, sendo lhes ensinados a falar a mesma linguagem usada na colônia, o que contribuiria para que os negros compreendessem as ordens nas quais eram direcionadas a eles.Essa realidade destacada por Mota (2009, p. 12) descrita no Período Imperial, relata que:
[...] negros, índios e mulheres continuaram sem escolarização e sem condições de participação na sociedade. Durante o estudo sobre a história da EJA no Brasil, observo que com a vinda da família Real para o Brasil, a preocupação com a educação se voltou para criação de cursos superiores a fim de atender aos interesses da monarquia, dando início à construção de fatores determinantes que culminaram com a Independência política do país. Entretanto, o que devemos evidenciar é que essa iniciativa objetivava exclusivamente oferecer educação para a aristocracia que formava a corte.
No final da década de 1950 e início da década de 1960, conforme Machado e Marques (2015) ocorreram uma série de propostas de educação popular no Brasil, uma delas foi o MEB Movimento de Educação de Base, em associação com o MEC que repassaria a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) recursos para realizar a alfabetização de adultos por meio de emissoras de rádio católicas. 
Ainda nessa década segundo Medeiros (2005) foi proposto a Paulo Freire a elaboração e desenvolvimento de um Programa Nacional de Alfabetização (PNA), junto ao Ministério da Educação. No entanto, antes mesmo de colocar em prática a proposta, o Golpe Militar encerrou o programa, o governo passou a ver as propostas de Freire como ameaçadoras. Em 1967, governo militar assumiu o controle da alfabetização de adultos e criou o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). O MOBRAL foi um projeto do governo militar e acabou tornando-se um dos maiores movimentos de alfabetização de adultos já realizado no país. A esse respeito Cunha (2014, p. 81) afirma que esse projeto tinha como principal meta: [...] a erradicação do analfabetismo em 10 (dez) anos. O índice de analfabetismo, em 1970, era de 33%, o que representava 18 milhões de brasileiros maiores de 15 anos. Sua proposta, direcionada aos Jovens e Adultos, consistia na alfabetização funcional com vista a “conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculos como meio de integrá-la à sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”.
A evasão escolar no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) é um fenômeno complexo que envolve uma série de fatores interligados. Diversos estudos e pesquisas já foram realizados buscando compreender as causas e consequências desse problema, bem como formas de preveni-lo e combatê-lo.
Para uma compreensão mais aprofundada da evasão escolar no EJA, é necessário considerar diferentes perspectivas teóricas. Neste sentido, serão abordadas neste referencial teórico algumas teorias que fornecem subsídios para a análise e compreensão desse fenômeno.
1. Teoria do capital humano: Essa teoria, proposta por Gary Becker, argumenta que a decisão de frequentar ou abandonar a escola está intrinsecamente relacionada com a percepção de benefícios que os indivíduos terão em relação ao acumulo de conhecimento e habilidades. De acordo com essa abordagem, a evasão escolar no EJA estaria associada à consideração de que os custos de frequentar a escola são maiores do que os benefícios obtidos.
2. Teoria sociológica: Em uma perspectiva sociológica, a evasão escolar é vista como resultado de condições sociais desfavoráveis, como a pobreza, a desigualdade e a falta de acesso a recursos educacionais. Para autores como Pierre Bourdieu, Pierre Bordieu e Willis, as desigualdades estruturais influenciam diretamente nas oportunidades educacionais e na decisão de abandonar o EJA.
3. Teorias psicológicas: Diversas teorias psicológicas também têm sido utilizadas para compreender a evasão escolar no EJA. A Teoria do Envolvimento, de James Coleman, argumenta que o envolvimento dos pais e o apoio da família são fundamentais para a permanência dos estudantes na escola. Além disso, a Teoria da Motivação, de Abraham Maslow, sugere que a falta de motivação intrínseca, a baixa autoestima, o desinteresse nas atividades escolares e a falta de perspectiva de futuro podem levar ao abandono dos estudos.
4. Teoria da resiliência: A teoria da resiliência defende que a capacidade das pessoas de superar adversidades e dificuldades pode influenciar diretamente na evasão escolar. Autores como Emmy Werner e Michael Rutter enfatizam a importância de fatores de proteção, como o suporte emocional, a autoestima, o sentido de pertencimento e a construção de vínculos positivos, para prevenir a evasão escolar.
Essas teorias proporcionam diferentes abordagens para a análise e compreensão da evasão escolar no EJA. É fundamental considerar a multidimensionalidade do fenômeno, levando em conta fatores socioeconômicos, psicológicos, familiares e educacionais, para que sejam desenvolvidas estratégias e intervenções eficazes para a prevenção e redução da evasão no âmbito dessa modalidade de ensino.
3 METODOLOGIA
3.1 Classificação da pesquisa
A pesquisa proposta possui um caráter bibliográfico, pois se baseará principalmente na análise e revisão de literatura existente sobre o tema das causas e consequências da evasão escolar na modalidade jovem e adulta. Essa escolha metodológica se justifica pelo fato de que a pesquisa bibliográfica permite acesso a uma ampla gama de fontes de informação, como livros, artigos científicos, teses e dissertações, relatórios e documentos governamentais, que abordam o assunto de forma aprofundada e embasada teoricamente. Além disso, a pesquisa bibliográfica possibilita identificar e compreender as diversas perspectivas e teorias sobre a evasão escolar, bem como as diferentes abordagens metodológicas que foram utilizadas em estudos anteriores. Dessa forma, a pesquisa bibliográfica é a metodologia mais adequada para explorar o conhecimento já produzido sobre o tema em questão, contribuindo para a análise crítica, sistematização e discussão das informações existentes, a fim de responder aos objetivos e questões de pesquisa propostos.
3.2 	Fonte de busca da pesquisa
Ao realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o tema "Causas e consequências da evasão escolar na modalidade jovem e adulta”, é importante buscar fontes confiáveis e relevantes para embasar o estudo. Abaixo, apresento alguns exemplos de fontes, com o título do texto, nome do(s) autor(es), ano de publicação e links de acesso:
	
3.2 Fontes de Busca da pesquisa
Segue abaixo um quadro com os autores que foram encontrados em nossas buscas sobre a temática desta pesquisa:
Quadro 1- Fontes de buscas da pesquisa
	Nome dos autores
	Ano de publicação
	Link de acesso a obra
	MARIA ROSANGELA SANTANA 
	2017
	https://semanaacademica.org.br
	LUCIDELIDE DOMINGO QUEIROZ
	2006
	http://www.educacao.go.gov.br/
	FERNANDA LEITE LOPEZ
	2002
	https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream
	MARCIA RODRIGUES NEVES CERATTI 
	2008
	http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
	MARCELO NERI 
	2015
	https://www.scielo.br/j/estpsi/a/Pg4SnYsQ5gzWFd688gD4c8b/?lang=pt
	MARCELO SIMÕES MENDES
	2013
	https://www.scielo.br/j/estpsi/a/Pg4SnYsQ5gzWFd688gD4c8b/?lang=pt
Fontes : Scielo , Google Scholar e Biblioteca digital 
3.4 Instrumentos de coleta de dados e procedimentos
Fontes de pesquisas foram Scielo,Capes , Google Scholar segue abaixo algumas fontes de coleta de dados.
Conforme apresentado no quadro anterior, foram realizadas buscas nos seguintes bancos de dados: Scielo ,Capes, Google Scholar , no período de 2002 á 2017. No primeiro foram encontrados texto sobre os motivos da evasão escolar , no segundo as conseqüências da evasão escolar no ensino aprendizagem , o terceiro aborda o problema do abandono escolar.
REFERÊNCIAS
QUEIROZ, Lucileide Domingos. Um estudo sobre a evasão escolar: para se pensar na inclusão escolar. Rev Bras Estudos Pedag, v. 64, n. 147, p. 38-69, 2006.
LEON, Fernanda Leite Lopez de; MENEZES-FILHO, Naércio Aquino. Reprovação, avanço e evasão escolar no Brasil. 2002.
CERATTI, Márcia Rodrigues Neves. Evasão escolar: causas e consequências. Curitiba/PR, 2008.
NERI, Marcelo; OSORIO, Manuel Camillo. Evasão escolar e jornada remota na pandemia.Revista NECAT-Revista do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense, v. 10, n. 19, p. 28-55, 2021.
BATISTA, Santos Dias; SOUZA, Alesxsandra Matos; OLIVEIRA, Júlia Mara da Silva. A evasão escolar no ensino médio: um estudo de caso. Revista Profissão Docente, UNIUBE. Uberaba/MG, v. 9, n. 19, 2009.
FERREIRA, Luiz Antonio Miguel. Evasão escolar. 2014.
NETO, Alvaro Rego Millen et al. Evasão escolar e o desinteresse dos alunos nas aulas de Educação Física. Pensar a Prática, v. 13, n. 2, 2010.

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