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Eletroterapia Capilar

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RECURSOS 
ESTÉTICOS 
E COSMÉTICOS 
CAPILAR 
Andressa Martins Padilha
Recursos 
eletrotermofototerápicos 
aplicados à estética capilar
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Listar os recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar.
 � Descrever as abordagens que utilizam corrente galvânica e microcor-
rente na estética capilar.
 � Identificar a ação de LEDs e lasers em estética capilar.
Introdução
A eletroterapia é amplamente utilizada entre os profissionais da área da 
saúde que utilizam os benefícios de técnicas estudadas e difundidas 
desde os meados de 1900. A estética cada vez mais tem utilizado essas 
tecnologias para potencializar os tratamentos faciais, corporais e capilares. 
Mesmo havendo poucos estudos científicos voltados especificamente 
para a área, são perceptíveis as melhoras na aplicabilidade nas disfunções 
de couro cabeludo, tratando de forma ampla e segura as inúmeras pato-
logias que acometem grande parte da população mundial atualmente. 
Neste capítulo, você estudará sobre a aplicabilidade das correntes 
elétricas e seus efeitos benéficos para os procedimentos estéticos, a ação 
e os efeitos dos LEDs e laser de baixa potência, bem como conhecerá 
algumas técnicas empregadas no ramo da estética capilar, tão pouco 
difundido e estudado até o momento.
U N I D A D E 4
Eletrotermofototerapia em estética capilar
Os campos de atuação de profissionais da saúde que utilizam equipamentos 
elétricos para obtenção de resultados mais efetivos em tratamentos dermatológi-
cos são inúmeros. Os recursos utilizados são divididos em três grupos, que são 
amplamente pesquisados pela indústria por serem, muitas vezes, fundamentais 
para a melhora do quadro patológico do paciente. São eles: eletroterapia, que se 
baseia na aplicação de correntes elétricas nos tecidos (corrente russa, galvânica, 
microcorrente, etc.); fototerapia, que é a utilização de radiação eletromagnética 
visível ou não (laser infravermelho e vermelho, LED); e termoterapia, que faz 
uso de equipamentos que geram calor (radiofrequência, ondas curtas, etc.).
O campo da terapia capilar nunca foi tão difundido como atualmente. Isso 
está associado às inúmeras disfunções que têm surgido nos consultórios der-
matológicos, por causa de inúmeros fatores, como: estresse, poluição, agentes 
químicos, procedimentos que não deram certo, entre outros. A crescente pro-
cura tem levado à inovação das abordagens e os métodos de aplicação, e o que 
pertencia somente à área corporal e facial foi modulado para a estética capilar. 
Além do uso de correntes elétricas que estimulam o metabolismo e facilitam 
a permeabilidade de ativos, além de lasers de baixa potência e LEDs, existem 
outras tecnologias, como vapor de ozônio, alta frequência e carboxiterapia, que são 
amplamente utilizadas em patologias de alopecias, psoríases, eflúvios e dermatites. 
O vapor de ozônio, mostrado na Figura 1, é um equipamento que utiliza uma 
combinação de vapor de água com liberação de O3 e tem alto poder de ação 
bactericida e fungicida, indicado para quadros de seborreia aguda e infestações 
microbianas no couro cabeludo, que causam mau cheiro e queda capilar. Além 
desses efeitos, a oxigenação celular e o teor de hidratação aumentam, bem 
como o efeito emoliente provocado pelo vapor torna o couro cabeludo mais 
receptível à indução de cosmecêuticos ou à combinação de terapias. Deve-se 
ter o cuidado de manter o equipamento em uma distância de 30 cm do local 
tratado e seguir a indicação de 10 minutos de exposição. 
Outro equipamento empregado na eletroterapia, que utiliza do ozônio, é a 
alta frequência. O aparelho, como o da Figura 2, que trabalha com correntes 
alternadas de 100.000 e 200.000 Hz com uma tensão que oscila de 25.000 a 
40.000 V, quando usado na superfície da pele, provoca a formação de ozônio. 
Ele tem inúmeras aplicabilidades, principalmente pela sua ação antibacteriana. 
No couro cabeludo, é usado o eletrodo pente, cujas ações sobre a pele são: 
bactericida (elimina bactérias anaeróbicas), fungicida, bacteriostático (diminui 
a presença de bactérias aeróbicas e melhora a oxigenação tissular), hemostático 
(auxilia na cicatrização da pele) e vasodilatador (aumenta o metabolismo local).
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar2
Figura 1. Equipamento de vapor de ozônio.
Fonte: Maxibella (2018a, documento on-line).
Figura 2. Equipamento e eletrodos de alta frequência.
Fonte: Maxibella (2018b, documento on-line).
3Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
A alta frequência tem três formas distintas de aplicação: efluviação ou 
aplicação direta do eletrodo sobre a pele, realizando deslizamento; faiscamento 
ou aplicação a distância, com eletrodo a milímetros da pele; e saturação ou 
aplicação indireta, com eletrodo em forma de barra metálica, segurado pelo 
paciente durante o tratamento. A técnica é segura e muito eficaz no tratamento 
de processos inflamatórios. 
Outra técnica que tem apresentado melhoras em quadros de alopecias é a 
carboxiterapia, que utiliza gás carbônico medicinal com 99,9% de pureza. Ele é 
administrado de forma percutânea, com o intuito de promover a vasodilatação 
local e melhora da oxigenação tecidual. Inicialmente, a carboxiterapia era 
utilizada em tratamentos de flacidez e fibroedema geloide (celulite), mas o 
emprego da técnica foi tamanho que se observaram melhoras em tratamentos de 
alopecia, psoríase, queimadura, edema e pós-operatório de cirurgia plástica. A 
técnica consiste na introdução do gás carbônico através de uma agulha ligada 
a um cilindro, que exerce pressão para liberação do gás. A quantidade de gás 
recomendada, que torna a técnica menos desconfortável para o paciente, é 
em torno de até 80 mL/minuto, e o máximo em cada sessão de aplicação é 
em torno de 2.000 mL, visto que essas recomendações podem ser menores 
para disfunções do couro cabeludo.
Mais estudos científicos voltados para a área de estética capilar são neces-
sários para desmistificar os protocolos e métodos nas disfunções capilares, 
pois, cada vez mais, é crescente a procura por tratamentos que, além de serem 
dirigidos a patologias e disfunções do couro cabeludo, tragam benefícios para 
a autoestima e o aspecto geral dos fios.
Os procedimentos que utilizam a fototerapia devem ser manuseados com cuidados 
especiais. Para que não ocorram danos e lesões oculares pela exposição à radiação, 
paciente e profissional devem sempre utilizar óculos de proteção.
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar4
Eletroterapia: corrente galvânica 
e microcorrente
O uso de correntes como meio de tratamento efetivo para inúmeras patologias 
tem sido estudado e tem sua aplicabilidade mais desenvolvida desde 1900, 
quando surgiram os primeiros equipamentos de alta frequência e correntes 
polarizadas. A eletroterapia avançou e trouxe consigo tecnologias inovadoras 
e que reagem de forma mais direta com a especificidade das células. Porém, 
os meios eletrofísicos se baseiam na mesma teoria: formas de ondas eletro-
magnéticas e reações de impulso causadas nos tecidos.
Para a estética capilar, o objetivo do uso das correntes é a permeação 
de ativos, bem como a ação em patologias associadas ao couro cabeludo, 
que acarretam inflamações, pruridos, alopecias, eflúvios, etc. No mercado, 
encontra-se uma gama muito grande de equipamentos que utilizam os formatos 
de onda (modo de saída da corrente) para modulação de seus parâmetros, como 
é o caso de microcorrente. 
As diferentes ondas podem ser encontradas em um mesmo aparelho. Mesmo 
sem comprovação científica, alguns utilizam diferentes tipos de onda em um 
mesmo tratamento. Os controles de intensidade permitem amplitudes de 10 
a 990 microamperes e frequências de 5 a 900 Hz, caracterizando uma cor-
rente que não ativa as fibras nervosas, não gera percepção sensorial na pele e 
apresenta baixa intensidade de atuação — muito comparada coma corrente 
fisiológica do organismo humano. 
Os efeitos benéficos da microcorrente são inúmeros e apresentam poucas 
contraindicações. Na estética, a microcorrente é utilizada para regeneração 
tecidual e normalização da pele e seus anexos cutâneos. Com a utilização 
amplamente conhecida na fisioterapia, a área da estética reconheceu seus 
benefícios para a estética facial e corporal, sendo adotada também nos pro-
cedimentos capilares e apresentando resultados efetivos nas disfunções do 
couro cabeludo.
Nosso corpo apresenta uma carga elétrica natural. Quando nos lesionamos 
ou causamos um trauma em qualquer estrutura da pele e seus anexos, essa 
bioeletricidade é alterada, fazendo com que os sinais elétricos não aconteçam 
em um fluxo normal e o processo de cicatrização e recuperação seja diferente. A 
microcorrente (MENS — microcurrent electrical neuromuscular stimulation) 
tende a restabelecer essas trocas elétricas na membrana, fazendo com que o 
processo de recuperação do trauma seja mais rápido e com menor risco ao 
paciente e recompondo a bioeletricidade tecidual.
5Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
A síntese de adenosina trifosfato (ATP) produz energia para facilitar o 
processo de trocas metabólicas de todas as células. Quando se tem uma lesão 
em algum dos tecidos, há a diminuição de ATP. O procedimento que inclui 
a microcorrente estimula os elétrons da membrana celular a reagirem com a 
água para aumentar a síntese de ATP e reestabelecer o processo cicatricial e 
de regeneração do tecido.
O aumento de ATP disponível faz com que a síntese de proteínas seja 
superior a 30 e 40% no organismo e o transporte de íons esteja aumentado pela 
presença de dois elementos para reestabelecer um tecido saudável: energia e 
proteínas. O transporte ativo de aminoácidos pela membrana celular também é 
facilitado com o aumento da ATP. Observou-se que, quando uma intensidade 
da corrente de 100 a 500 microamperes é usada, esse processo é mais intenso.
A MENS também facilita a reabsorção do sistema linfático de proteínas 
que estão presentes em grande quantidade nos tecidos com trauma. Nota-se 
um aumento significativo da pressão osmótica nos vasos linfáticos, facilitando 
o processo de reabsorção de fluido no espaço intersticial. Os protocolos suge-
ridos podem ser tanto com corrente interrompida (com pulsos) como contínua 
(sem pulsos) — sendo a primeira utilizada amplamente, principalmente em 
reparo tecidual.
A seguir, relacionamos os efeitos terapêuticos que a microcorrente oferece 
aos tecidos e à estética capilar.
 � Analgesia: o reparo tecidual com aplicações sequenciais diminui a 
dor no local, com efeito cumulativo e gradativo. Pode ser utilizada 
principalmente em dermatites ou patologias que causam sensibilidade 
e dor no couro cabeludo.
 � Aceleração do processo de reparação tecidual: muito utilizada em 
processos inflamatórios, acompanhados de pruridos e sensibilidade.
 � Anti-inflamatório: quando o processo do reparo é acelerado, as trocas 
metabólicas facilitam a oxigenação e eficiência do sistema linfático, 
fazendo com que a inflamação melhore e retraia.
 � Bactericida: na polaridade negativa, tem efeitos comprovados de re-
tardo no crescimento de bactérias e, com os mecanismos de ação de 
defesa aumentados, há a diminuição de microorganismos infecciosos 
no local tratado.
Mesmo sendo uma técnica com corrente muito parecida à do nosso or-
ganismo, ainda assim apresenta algumas contraindicações, como neoplasia, 
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar6
gravidez, processo infeccioso grave, insuficiência cardíaca e renal, portador 
de marca-passo e epilepsia.
A corrente galvânica, diferente da microcorrente, tem um sensorial na pele e 
é muito utilizada em estética capilar para promover a permeabilidade de ativos 
e, por vezes, a saponificação do sebo do couro cabeludo, que chamamos de 
iontoforese e desincruste respectivamente. Ela se caracteriza por movimentar 
cargas de mesmo sinal em um mesmo sentido com uma intensidade fixa e 
constante. Esse tipo de corrente trabalha em baixa voltagem, 60 a 80 V, e 
baixa amperagem, de até 200 microamperes.
A polaridade do equipamento deve ser escolhida de acordo com o objetivo 
do tratamento. No caso da iontoforese, deve-se analisar a polaridade do produto 
a ser induzido na pele e utilizar o mesmo tipo de carga no equipamento para 
induzir o cosmético à pele. A sensação no tecido a ser tratado é de um leve 
formigamento em função do sensorial da passagem das cargas, sendo que cada 
polo (negativo e positivo) terá efeitos distintos no tecido, conforme o Quadro 1.
Polo positivo Polo negativo
Reação ácida
Vasoconstrição
Analgesia — anti-inflamatório
Aneletrotônus 
Efeito de sedação
Reação alcalina 
Vasodilatação
Estimulação 
Cateletrotônus
Efeito de estímulo celular
Quadro 1. Efeitos de cargas nos polos positivo e negativo
Aplicabilidade das correntes
Na estética capilar, o uso desses dois tipos de correntes — galvânica e micro-
corrente — se dá, principalmente, no controle de seborreia. A permeação de 
ativos cosméticos no couro cabeludo é facilitada pela corrente galvânica, para 
tratamentos de disfunções e, até mesmo, crescimento capilar. 
A microcorrente pode ser associada a outras tecnologias para tratamento 
combinado de patologias inflamatórias e de característica alérgica, pois os 
efeitos analgésicos e anti-inflamatórios são amplamente difundidos em quadros 
patológicos persistentes, como dermatites atópicas, psoríases e alopecias. 
7Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
Nas duas modalidades, em função do efeito joule ocasionado pelo tráfico 
de corrente através dos íons, é notado um aquecimento, não necessariamente 
causando sensação térmica à pele, mas capaz de produzir efeitos fisiológicos 
no corpo e em suas microestruturas. O cuidado com o posicionamento e a 
aplicação de gel de contato ou meio de contato condutor são indispensáveis 
nesse tipo de corrente, pois podem ocorrer as chamadas queimaduras químicas 
em função do contato com os eletrodos direto na pele.
Ao se utilizar qualquer uma das correntes, ocorre também a vasodilatação 
dos capilares, fazendo com que aconteça maior oxigenação tecidual, aumento 
da irrigação sanguínea e do metabolismo, favorecendo a defesa dos tecidos 
e melhorando as trocas metabólicas das células. Essas características podem 
ser observadas quando utilizamos, principalmente, o polo negativo e, mais 
intensamente, quando se trata da corrente galvânica.
Quando se utiliza a ação do desincruste capilar, deve-se analisar a real 
aplicabilidade dele, pois, com o intuito de remover o excesso de oleosidade, 
pode ocorrer um efeito rebote da glândula sebácea, levando a uma hiperpro-
dução posterior de sebo. É preciso cautela na utilização do protocolo, sempre 
respeitando os limites de aplicação das técnicas. 
LEDs e lasers em estética capilar 
Os tratamentos que utilizam a luz de forma curativa são datados desde os 
gregos antigos, que utilizavam a luz do sol para cura de patologias. Inúmeros 
cientistas fizeram estudos sobre os efeitos da luz em inúmeras disfunções, 
mas apenas, em 1900, Max Planck apresentou a primeira equação que men-
surava os fótons no processo de emissão e refração de luz. Einstein, em 1916, 
mensurou a emissão de ondas eletromagnéticas e delineou os princípios que 
possibilitaram no desenvolvimento da tecnologia do laser. 
Após os anos de 1960, foram desenvolvidos equipamentos que utilizavam 
emissão de luz com potência acima de 1 W, um cristal de rubi para aumentar 
a precisão do corte e a ablação de pedras dentro do organismo, de forma me-
nos invasiva. O laser de baixa potência surgiu em meados dos anos de 1970, 
com potência menor de 1 W e sem ultrapassar 1ºC , empregado na reparação 
tecidual de úlceras e feridas abertas. 
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar8
Laserterapia
A palavra laser significa, em inglês, light amplification by stimulatedemission 
of radiation (aplicação de luz por emissão estimulada de radiação). Cada 
espectro de luz tem uma determinada escala de absorção, que dependerá da 
profundidade, e trabalha de baixa à alta frequência: luz ultravioleta, visível e 
infravermelho, conforme a Figura 3. 
Figura 3. Espectro de luz.
Fonte: Carvalho (2018, documento on-line).
O laser emite uma luz coerente monocromática com uma concentração de 
energia alta, que tem a capacidade de provocar alterações físicas e biológicas 
nos tecidos atingidos. A luz emitida tem uma única cor — diferente da luz 
branca, que é a composição de várias cores — e um comprimento de onda 
específico para cada cor emitida. A mensuração do espectro eletromagnético 
é feita por nanômetros, que determinam a profundidade que a onda atinge e 
o alvo específico. 
A potência do equipamento utilizado determina como o tecido reagirá em 
contato com o feixe luminoso, e a aplicabilidade de cada um dependerá da 
área profissional de atuação de quem aplica a técnica.
9Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
 � Alta potência: a temperatura pode passar de 100ºC e caracteriza-se 
por ser ablativo (lesivo) e utilizado no meio cirúrgico entre os médicos.
 � Média potência: efeito térmico concentrado no local de aplicação de 
até 60ºC, muito utilizado em técnicas que se beneficiam dos efeitos 
de luz intensa pulsada e lasers para fotodepilação e rejuvenescimento.
 � Baixa potência: caracteriza-se por não ter efeito térmico, mas com 
reações bioestimulantes, ações anti-inflamatórias, redução de edema, 
analgesia e outros inúmeros benefícios associados à técnica.
Veja, a seguir, as características da radiação laser.
 � Energia: a unidade de medida é dada em watts x segundo, ou seja, em 
joules. Isso quantifica o que será depositado no tecido. A alta potência, 
por exemplo, tem a capacidade de produzir plasma ou ablação de um 
tumor.
 � Potência: é a quantidade de energia produzida ou consumida por uni-
dade de tempo. A potência de um 1 watt é consumida quando se realiza 
1 joule por segundo.
 � Densidade de potência: é a razão da potência radiada e da área coberta 
pelo feixe emitido.
 � Densidade de energia: é a quantidade de energia fornecida por unidade 
de área abrangida, sendo o depósito de joules por centímetro quadrado.
 � Intensidade: é dada pela quantidade de energia que a onda transporta 
por unidade de área e por unidade de tempo.
Em óptica geométrica, é necessário o estudo de dois fenômenos: reflexão e 
refração. Para isso, deve-se levar em consideração o índice de absorção da onda, 
pois a luz não passa para o outro meio de propagação ao atingir a superfície 
e nem é refletida por ela. A refração é o fenômeno pelo qual a luz passa para 
o outro meio de propagação ao atingir a superfície. Quando a luz muda de 
meio de propagação, também altera a velocidade de absorção. A reflexão é o 
retorno da luz para o mesmo meio de propagação ao atingir a superfície. Isso 
acontece quando a superfície é plana e a luz é refletida com o mesmo ângulo 
de incidência, conforme mostrado na Figura 4. 
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar10
Figura 4. Fenômenos de propagação de luz.
Fonte: Estudo da Óptica (2011, documento on-line).
1
2
1
2
1
2Re�exão
S
Refração
S S
Absorção
Apesar de a radiação do laser de baixa potência não ter a capacidade ioni-
zante de romper ligações químicas, a sua capacidade de indução fotobiológica 
é capaz de provocar alterações bioquímicas, bioelétricas e bioenergéticas nas 
células-alvo. As interações ocorrem e causam basicamente três efeitos distintos:
 � Efeito bioelétrico: aumento na produção de ATP, o que promove uma 
maior eficiência da bomba de sódio e potássio presente na membrana 
celular, onde há a estimulação de trocas metabólicas mais eficientes 
entre os meios intra e extracelular.
 � Efeito bioenergético: acredita-se que a energia da radiação laser tem 
a capacidade de normalizar o contingente energético que coexiste com 
o contingente físico dos indivíduos.
 � Efeitos bioquímicos: liberação de substâncias, como serotonina, his-
tamina e bradicina, modificando reações enzimáticas com o processo 
de acelerar ou retardar a velocidade das mesmas.
Diante das evidências de atuação da luz nos processos metabólicos, essas 
terapias são amplamente utilizadas, principalmente combinadas para poten-
cializar o efeito da luz. Observa-se melhoras na flacidez de pele, prevenção 
do envelhecimento, cicatrização de feridas, acne, psoríase, estimulação dos 
folículos pilosos para terapia capilar e manchas. A aplicabilidade de cada cor 
tem suas especificações, conforme mostra o Quadro 2.
11Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
Laser infravermelho Laser vermelho
Trabalha na faixa de 808 nm 
(nanômetros) e os objetivos de 
aumentar a circulação e estimular 
o sistema imunológico. Tem ação 
analgésica e anti-inflamatória 
e aumenta a permeabilidade 
da membrana celular.
Indicado para patologias com 
grau de inflamação, como as 
dermatites e psoríase, bem como 
para aumentar a permeabilidade 
de ativos no couro cabeludo.
Na faixa de 660nm, é uma luz 
de espectro visível e ocorre em 
níveis diferentes do infravermelho, 
fazendo com que haja estimulação 
mitocondrial diferenciada. Atua, 
também, com efeitos de analgesia e 
síntese de ATP, bem como no efeito 
bactericida e fungicida nos tecidos. 
Amplamente utilizado em 
alopecias e combinação com 
o laser infravermelho.
Quadro 2. Especificações de cada tipo de laser
LEDterapia
Os LEDs são diodos semicondutores que, quando submetidos à corrente elé-
trica, emitem luz e podem ser utilizados para fototerapia com comprimentos de 
onda que variam de 405 nm (azul) a 940 nm (infravermelho). Os dispositivos 
de terapia de LED de cor azul são amplamente conhecidos na área da estética 
e utilizados em processos de melhora de tecidos, devido à sua interação direta 
com as mitocôndrias das células. Eles apresentam maior intensidade de luz, 
valor mais acessível e de fácil aplicabilidade, possibilitando tratamentos mais 
efetivos por um baixo custo.
A luz do LED é monocromática e emitida através de um cristal que passa 
por um processo de dopagem na fabricação. O LED emite uma radiação 
infravermelha — quando se utiliza de fósforo, a emissão de luz pode ser 
vermelha ou amarelada e, quando se utiliza de fosfeto de gálio e nitrogênio, a 
luz emitida pode ser verde ou amarela. Outros componentes são desenvolvidos 
atualmente, ocorrendo emissão de luz azul, violeta e até ultravioleta. 
O LED, diferente do laser, não emite luz coerente, porém ela é bastante 
eficaz, indolor e não invasiva. A luz azul tem comprimento de onda em torno 
de 470 nm e ação bactericida, aumenta da hidratação e age em manchas. O LED 
âmbar chega a 590 nm, atingindo a derme, e é muito utilizado em disfunções 
deste tecido, como flacidez, rugas e estrias, modulando e estimulando células 
de colágeno e elastina.
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar12
O emprego dessa terapia abrange várias áreas da saúde, além da dermato-
logia, como a odontologia, fisioterapia e estética. Na estética, ela é utilizada 
por sua ação em fungos e bactérias, encontrados no couro cabeludo, bem como 
estímulo celular no bulbo para diminuir a queda capilar.
Ação da luz nas células
A incidência de luz sobre uma superfície translúcida é refletida para o meio de 
onde veio. Parte dela é absorvida pelo material que foi submetido ao feixe de 
luz, e outra parte se dissipa pelo meio e retorna ao meio original. Nos tecidos, 
essa absorção de luz dissipa-se e é absorvida pelas células e convertida em 
efeitos biológicos específicos para cada célula.
A especificidade nas células dá-se pela presença de cromóforos, que ab-
sorvem a luz e produzem a estimulação de enzimas que aceleram o processo 
biológico. Os fotorreceptores (cromóforos) absorvem feixes de luz específicos 
e reagem somente por eles. No organismo, esses receptores endógenos estãopresentes na melanina, na hemoglobina e nas porfirinas. Para tratamentos 
terapêuticos, é sabido que as células ricas em água, como as de pele e tecido 
conjuntivo, têm afinidade pela luz vermelha, por exemplo, enquanto que 
nas células que não têm essa disponibilidade abundante de água são usados 
comprimentos de onda de infravermelho para tratamento de tecido muscular, 
com ação anti-inflamatória. 
Entre os médicos, dentistas e fisioterapeutas, o uso dessas tecnologias 
é amplamente conhecido, principalmente para recuperação de tecidos. Na 
área da estética, novos estudos têm surgido recentemente, com o intuito de 
demonstrar a eficácia das terapias com luz em patologias crônicas e disfunções 
estéticas. No mercado, encontram-se equipamentos que utilizam mais de um 
tipo de luz num mesmo aparelho..
Os tratamentos envolvendo os benefícios da fototerapia no couro cabeludo 
englobam, principalmente, pessoas acometidas por inflamações do couro ca-
beludo e inatividade celular no bulbo piloso, ocasionando alopecias e eflúvios. 
13Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
Efeitos da eletroterapia em patologia capilar 
A alopecia é consequência de alterações no folículo piloso. Se as alterações 
forem transitórias e não destrutivas da matriz capilar, ocorre um novo 
crescimento. Se as alterações provocam destruição da matriz capilar, 
resultam na formação de escaras (feridas) ou atrofia, produzindo alopecia 
permanente. Os quadros patológicos variam de alopecia congênita, adqui-
rida, temporária, definitiva, total ou parcial, senil e prematura. A perda 
capilar por esses quadros influencia diretamente na aceitação e autoestima 
de cada indivíduo, contudo a associação da eletroterapia apresenta melhoras 
significativas nesses casos.
As recomendações nos casos de alopecia e, até mesmo, eflúvio anágeno 
(interrupção da fase crescimento inicial do fio) ou catágeno (interrupção da 
fase de proliferação celular no bulbo capilar) são que sejam utilizadas terapias 
que aumentem a interação celular no folículo piloso, microcorrente, cujos efei-
tos fisiológicos estão baseados no estímulo da microcirculação cutânea, com 
consequente melhora na nutrição e oxigenação do tecido, que gera um efeito 
revitalizante. 
A fototerapia com lasers de baixa potência tem indicação nesses casos, 
pois estimula a atividade celular, conduz a liberação de fatores de crescimento 
por macrófagos, a proliferação de queratinócitos, o aumento de população e 
desgranulação de mastócitos e a angiogênese, desenvolvendo novos vasos 
sanguíneos num tecido vivo.
O excesso de sebo no couro também é uma incidência frequente entre 
as disfunções capilares. Ele é provocado por uma hiperatividade da glân-
dula sebácea e pode causar descamações — em quadros mais graves, pode 
ocorrer a queda dos fios, acompanhada de prurido e rarefação. A corrente 
galvânica pode ser associada tanto na ionização de ativos quanto no uso do 
desincruste. Este deve ser observado e associado a tensoativos que controlam 
a seborregulação da glândula, pois o desincruste pode causar efeito rebote, 
se não combinado. É indicado também o uso de LED azul para aumentar a 
hidratação local e os LBP (laser de baixa potência) vermelho e infra pra ação 
cicatrizante e anti-inflamatória. 
Mesmo sendo terapias de baixo risco, ainda assim existem contraindicações 
relacionadas ao uso de laser de baixa potência e LED para a saúde, como: 
neoplasias, gravidez, região de gônadas, exposição ocular, fotossensibilidade 
e áreas de aplicação de toxina botulínica. 
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar14
O diagnóstico preciso da causa da queda capilar é fundamental para um tratamento 
mais seguro e eficaz. Além da consulta dermatológica e dos exames de laboratório, 
a tricoscopia é de grande utilidade. Acesse o link a seguir para conhecer mais sobre 
a tricoscopia.
https://goo.gl/gAEfgi
15Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
CARVALHO, T. Espectro eletromagnético. [2018]. Disponível em: <https://www.infoescola.
com/fisica/espectro-eletromagnetico/>. Acesso em: 08 ago. 2018.
ESTUDO DA ÓPTICA. Refração e reflexão da luz. 2011. Disponível em: <http://fisicaestu-
dodaoptica.blogspot.com/>. Acesso em: 08 ago. 2018.
MAXIBELLA. Alta frequência - high frequency dgm. 2018b. Disponível em: <https://
www.maxibella.com.br/aparelhos-de-estetica/alta-frequencia/alta-frequencia-high- 
frequency-dgm/>. Acesso em: 08 ago. 2018.
MAXIBELLA. Vapor de ozônio - face care vapor dgm. 2018a. Disponível em: <https://www.
maxibella.com.br/aparelhos-de-estetica/vapor-de-ozonio/face-care-vapor-dgm/>. 
Acesso em: 08 ago. 2018.
Leituras recomendadas
AGNE, J. E. Eu sei eletroterapia. 3. ed. Santa Maria: Pallotti, 2011.
BORELLI, S. Cosmiatria em dermatologia. São Paulo: Roca, 2007. 
BORGES, F. S.; SCORZA, F. M.; JAHARA, R. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções 
estética. São Paulo: Phortes, 2010. 
CARVALHO, A. C; O.; VIANA, P. C.; ERAZO, P. Carboxiterapia: nova proposta para rejuve-
nescimento cutâneo. In: YAMAGUCHI, C. (Org.). I Annual Meeting of Aesthetic Procedures. 
São Paulo: Santos, 2005.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan, 2011. 
HALAL, J. O crescimento e a estrutura do cabelo: tricologia e a química cosmética capilar. 
São Paulo: Cegange Learnig, 2011.
KALLURI, H.; KOLLI, C. S.; BANGA, A. K. Characterization of micochannels created by 
metal microneedles: formation and closure. The APPS Journal, Arlington, v. 13, n. 3, p. 
473-481, Sept. 2011.
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004.
PEREIRA, J. M. Propedêutica das doenças dos cabelos e do couro cabeludo. São Paulo: 
Atheneu, 2001.
RIVITTI, E. A. Alopecia areata: revisão e atualização. Anais Brasileiros de Dermatologia, 
Rio de Janeiro, v. 80, n. 1, jan./fev. 2005.
SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. São Paulo: Artes Médicas; 1998.
16Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
SORIANO, M. C. D.; PÉREZ, S. C.; BAKUÉS, M. I. C. Eletroestética profissional aplicada: teoria 
e prática para a utilização de correntes em estética. Saint Quirze Del Valles: Sorisa, 2002.
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Princípios de anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2002.
WICHROSWSKI, L. Terapia capilar. Porto Alegre: Alcance, 2007.

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