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resumo livro Organização dos Estados Federativos

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MOMENTO HISTÓRICO CONJUNTURAS LEGAIS E POLÍTICAS CONTEXTO EM EVIDÊNCIA Brasil-colônia • sob vigência das três ordenações: afonsinas, manuelinas e filipinas • ideia centralizadora das Capitanias Constituição Imperial de 1824 • Câmaras Municipais com caráter eletivo e subordinação à Província • sem autonomia • não havia Prefeito, o agente do executivo era o Procurador Constituição de 1891 • 40 anos sem autonomia • centralismo • prefeito eleito/nomeado • eleições arranjadas • oposição aniquilada Constituição de 1934 • ideias sociaisdemocráticas • Prefeito eleito • rendas próprias para a realização de serviços públicos Constituição de 1937 • Estado Novo • Concentração de poderes no Executivo • Prefeito nomeado • subalternidade geral (agradar o "chefe") Constituição de 1946 • distribuição dos poderes • descentralização • rendas próprias • autonomia política, administrativa e financeira Constituição de 1967 e na EC de 1969 • autonomia restrita • nomeação de Prefeitos das capitais e outras cidades • fiscalização financeira e orçamentária, mediante controle interno e externo Constituição de 1988 • ampliação da autonomia • lei orgânica (normatização própria) • maior participação nos impostos partilhados
Meirelles (2013) igualmente informa que está compreendida na autonomia do município: a) o poder de legislar sobre sua auto-organização, sobre assuntos de interesse local; b) suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; c) instituir e arrecadar tributos de sua competência; d) aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; e) criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual; f) promover no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso e parcelamento do solo urbano; g) promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Bernardi (2011) enumera algumas competências comuns: TÓPICO 3 | AUTONOMIA E COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS 35 a) zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas; b) conservar o patrimônio público; c) cuidar da saúde, da assistência pública, da proteção e da garantia das pessoas portadoras de deficiência; d) proteger o patrimônio histórico, artístico, cultural e natural – a natureza e o meio ambiente; e) promover a construção de moradias
Burocracia - Base da burocracia Resultados previstos Objetivo principal 1. Caráter legal das normas. 2. Caráter formal das comunicações. 3. Divisão do trabalho. 4. Impessoalidade no relacionamento. 5. Hierarquização da autoridade. 6. Rotinas e procedimentos. 7. Competência técnica e mérito. 8. Especialização da administração. 9. Profissionalização. 10. Previsibilidade do funcionamento. Previsibilidade do comportamento humano. Padronização do desempenho dos participantes. Máxima eficiência da organização
• A administração burocrática é autorreferente e se concentra nos processos, já a administração gerencial é norteada para os cidadãos e focada nos resultados. • A burocrática define procedimentos para compra de bens e serviços, para a contratação de pessoal e objetiva atender às demandas dos cidadãos, a gerencial por sua vez, visa combater o nepotismo, a corrupção, não adotando procedimentos rígidos. • No modelo burocrático tem-se a preocupação em manter o controle dos procedimentos, no modelo gerencial são definidos os indicadores de desempenho, utilizando contratos de gestão
características da administração pública gerencial: • Ser orientada para o cidadão. • Ser orientada para obtenção de resultados. • Presumir que políticos e funcionários públicos sejam merecedores de grau limitado de confiança. • Como estratégia, servir da descentralização e do incentivo à criatividade e à inovação. • Utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos
Na evolução histórica recente da modernização da administração pública brasileira, que ocorreu no período de 1930 a 2010, identificamos cinco períodos significativos a destacar: • A reforma administrativa do governo Getúlio Vargas – década de 30. • A implementação do Plano de Metas (1955), no governo Juscelino Kubitschek, que através de medidas institucionais admitiram a efetivação de uma reforma administrativa silenciosa, denominada “administração paralela”. • A criação do Decreto-Lei no 200, de 1967 expedido no período de autoritarismo, que se apresentava como uma evolução da “administração paralela”, promovendo a flexibilização dos controles e regulamentos existentes na administração indireta. • O Plano da Reforma do Estado, no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995). • A retomada da administração pública, no governo Lula (2003-2010).
Para uma melhor compreensão quanto à estrutura organizacional do Estado, entende-se por aparelho do Estado a administração pública, dessa forma, a estrutura organizacional do Estado compreende os três poderes (CHIAVENATO, 2008): • Executivo • Legislativo • Judiciário Abrange também seus três níveis de governo: • União • Estados-membros • Municípios
A governabilidade pode ser considerada como a habilidade de identificar os anseios e necessidades sociais, transformando-os em políticas públicas que possam produzir resultados positivos na sociedade. A governança, por sua vez, trata-se da capacidade de agir que o Estado possui para implantação de políticas públicas para atingir os objetivos da coletividade.
A administração pública patrimonialista é caracterizada por um Estado que não distingue os limites existentes entre o público e o privado, presente nos governos absolutistas. No sistema patrimonialista, o governante gasta tanto suas rendas pessoais, quanto as rendas obtidas pelo governo junto à sociedade, tanto para assuntos pessoais, quanto para assuntos de governo. Dessa forma, o Estado passa a se incorporar ao patrimônio do seu governante, atualmente patrimonialismo tornou-se uma prática injusta e ultrapassada
Na administração burocrática, várias medidas foram tomadas com o objetivo da defesa à coisa pública, em detrimento ao período patrimonialista existente anteriormente, que confundia o patrimônio público – Estado, com o patrimônio particular – do detentor do poder (NASCIMENTO, 2010). O modelo burocrático destaca aspectos formais, o controle dos processos de decisão estabelece hierarquia funcional austera, baseia-se em princípios de profissionalização e formalismo. Os procedimentos formais são executados por funcionários especializados, com competências fixas, subordinado ao controle hierárquico existente. Existe a profissionalização do funcionário, que desempenha o cargo técnico em razão de sua competência, evidenciada por processo de seleção. Objetiva afastar o nepotismo e as relações de apadrinhamento. O exercício de empregos públicos passa a ser uma profissão, com conhecimento prévio da remuneração pelo indivíduo e pela sociedade (CHIAVENATO, 2008). Nesse período, ocorreu a criação das primeiras carreiras para funcionários públicos, bem como, a realização dos primeiros concursos públicos (no Governo Vargas, na década de 30). Inicialmente, na administração burocrática não existia o controle de resultado, pois o objetivo era de buscar a impessoalidade na administração pública. Porém, essas metas apareceram somente com o surgimento da administração gerencial.
A administração pública gerencial surgiu, na segunda metade do século XX, em resposta a algumas situações vigentes: à globalização da economia mundial, ao desenvolvimento tecnológico e à expansão das funções sociais e econômicas do Estado. Tornaram-se essenciais, a eficiência da administração pública, a redução dos custos e o aumento na qualidade dos serviços prestados, sendo o cidadão o foco principal nesse processo. Diante desse novo modelo, a administração pública gerencial, o cidadão é visto como contribuinte de impostos e cliente de seus serviços. As ações do Estado são consideradas com resultados positivos, não porque os processos administrativosse mantêm sob controle e de forma segura (como anseia a administração burocrática), mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo supridas

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