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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-559

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560 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
Interações. A nefrotoxicidade aumenta 
com o uso concomitante de anfotericina 
B, cefalotina, vancomicina, ciclosporina e 
furosemida. 
Gestação e lactação. Embora não existam 
evidências concretas de risco para o feto, 
como no caso da estreptomicina, não é 
aconselhado o seu uso durante a gesta-
ção. Entretanto, pode ser usada durante 
a lactação. 
Estreptomicina (S) 
Nome comercial. Não é comercializada, 
estando disponível somente nas unidades 
sanitárias dos serviços de saúde pública. 
Apresentação. Fr-amp com 1 g. , 
Mecanismo de ação. E um aminoglicosí-
deo bactericida in vitro, sendo, no entan-
to, bacteriostático in vivo. Age no meio 
extracelular, provavelmente interferindo 
na síntese proteica do bacilo. A maioria 
das cepas são sensíveis a concentrações 
inferiores a 10 µg/mL. , 
Espectro. E ativa contra o Mycobacterium 
tuberculosis. Entre as micobactérias, o 
Mycobacterium kansasii é usualmente sen-
sível, o que não ocorre com outras espé-
cies de micobacterias. 
Uso nas micobacterioses. Na nova proposta 
do PNCT/MS, deverá ser prescrita duran-
te seis meses, com levofloxacina, terizido-
na, etambutol e pirazinamida e esquema 
SLTEZ). Também é recomendada nos es-
quemas de primotratamentos alternativos, 
associada à isoniazida e ao etambutol e es-
quema SHE) ou à ofloxacina e ao etambutol , 
(esquema SOE). E ainda usada no esquema 
SEEtZ (esquema III), juntamente com etam-
butol, etionamida e pirazinarnida. 
Contraindicação. Hipersensibilidade aos 
componentes da fórmula. 
Posologia. Administrar nas doses expres-
sas na Tabela 34.2 (nos pacientes com 
mais de 60 anos, na dose máxima diária 
de SOO mg). Com essas doses conseguem-
-se concentrações séricas adequadas e se-
guras em pacientes sem IR. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: praticamente não é absorvi-
da pelo tubo digestivo, mas é absorvida 
rapidamente após injeção IM. 
• Pico sérico: 1 h após administração IM 
de 1 g do fár1naco, atinge a concentra-
ção plasmática de 50-60 µg/mL. 
• Distribuição: não penetra no SNC quan-
do as meninges estão íntegras e atinge 
concentração inadequada mesmo em 
casos de meningite. Atravessa a barrei-
ra placentária com facilidade, podendo 
acumular-se no plasma fetal e no líqui-
do amniótico. 
• Eliminação: praticamente não sofre 
metabolização, sendo excretada princi-
palmente por filtração glomerular. 
Modo de administração. IM profunda (ou 
via EV durante 30-60 minutos, utilizando-se 
como diluentes SF, SG ou SGF). 
Ajuste para função hepática e renal. Não 
é necessário ajuste na IH. Administrar 
12-15 mg/kg/ dose, 2 ou 3x/ semana, em 
pacientes com DCE < 30 ml/min ou em 
hemodiálise. 
Efeitos adversos. A principal reação ad-
versa é a ototoxicidade, com comprome-
timento da função vestibular, manifestada 
por tontura, cefaleia, zumbido, náusea.s e 
vômitos. Isso ocorre principalmente em 
idosos com dano auditivo prévio. Com a 
interrupção do tratamento, a recuperação 
é lenta e, às vezes, incompleta. Outros 
efeitos adversos são nefrotoxicidade, blo-
queio neuromuscular e reações de hiper-
sensibilidade, como febre, rash cutâneo e 
eosinofilia. Sintomas de neurite periféri-
ca, manifestados por parestesias perioral 
e nas extremidades, podem surgir nas pri-
meiras doses. Não é hepatotóxica. 
Interações. Em animais, os efeitos ototóxi-
cos são potencializados pela furosemida. 
A nefrotoxicidade pode ser potencializada 
pelo uso concomitante de anfotericina B, 
cefalotina, vancomicina, AINEs, ciclospo-
rina, enflurano o e metoxiflurano. O risco

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