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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-562

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lsoniazida (H) 
Nome comercial. Não é comercializada, 
estando disponível somente nas unidades 
sanitárias dos serviços de saúde pública. 
Apresentações. Isoladamente em cpr de 
100 mg. Em associação com a rifampici-
na (RH) é apresentada sob a forma de cpr 
contendo 100 e 200 mg do fár1naco e 150 
e 300 mg de rifampicina, respectivamen-
te. Na formulação quatro em um, cpr com 
75 mg de isoniazida. 
Mecanismo de ação. Atua predominante-
mente sobre os bacilos que se encontram 
em crescimento rápido, tanto intra como 
extracelulares, por meio da inibição da 
biossíntese dos ácidos micólicos, consti-
tuintes da parede celular das micobacté-
rias, o que lhe confere ação bactericida e 
grande especificidade contra o Mycobacte-
rium tuberculosis. 
Espectro. Atua sobre o Mycobacterium tu-
berculosis e na maioria das cepas do Myco-
bacterium kansasii. 
Uso nas micobacterioses. Nos esquemas 
RHZ e RHZE, de seis ou nove meses (pro-
longados), no primeiro caso associada a 
rifampicina e pirazinamida e, no segundo, 
a rifampicina, pirazinamida e etambutol 
em comprimido único. Também é reco-
mendada no esquema de primotratamen-
to alternativo, associada à estreptomicina , 
e ao etambutol (esquema SHE). E usada 
ainda na quimioprofilaxia da tuberculose 
e nas complicações da vacinação BCG. 
Contraindicação. Doença hepática aguda. 
Posologia. Dose diária de 5 mg/kg para 
adultos e de 10-20 mg/kg para crianças, 
com o máximo de 300 mg. Podem-se usar 
as doses expressas na Tabela 34.1. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: é bem absorvida por VO. 
• Pico sérico: atinge picos plasmáticos de 
3-5 µg, 1-2 horas após a ingestão oral. 
Medicamentos na prática clínica 563 
• Distribuição: difunde-se muito bem em 
todos os tecidos e fluidos do organis-
mo, inclusive no líquido cerebrospinal, 
no caso de meningite tuberculosa. Tem, 
ainda, boa penetração no material ca-
seoso. Em gestantes, atravessa a barrei-
ra placentária e, em lactantes, é elimi-
nada no leite materno. 
• Eliminação: a maior parte é excretada 
na urina em 24 horas, sob a forma de 
metabólitos resultantes da acetilação 
(acetilisoniazida) e hidrólise (ácido iso-
nicotínico). A velocidade de acetilação 
varia entre os indivíduos, alterando, 
consequentemente, a concentração do 
fármaco livre na circulação e a chance 
de efeitos adversos. 
Modo de administração. VO, geralmente 
em uma única tomada, embora possa ser 
dividida em duas doses. 
Ajuste para função hepática e renal. Uso 
contraindicado na doença hepática agu-
da. Administrar 300 mg, lx/ dia, ou 900 
mg, 3x/ semana, em pacientes com DCE < 
30 mL/min ou em hemodiálise. 
Efeitos adversos. Estima-se que a isonia-
zida possa apresentar reações adversas 
em cerca de 50/o dos pacientes. As mais 
frequentes são erupções cutâneas (acne, 
erupções urticariformes, maculopapula-
res, morbiliformes e purpúricas), febre, 
hepatotoxicidade e neurite periférica. A 
hepatite induzida pela isoniazida é rara 
em pacientes jovens, com menos de 20 
anos, mas aumenta com a idade, sendo 
mais incidente após os 35 anos, principal-
mente em mulheres. Elevação transitória 
das transaminases, desacompanhada de 
sintomas, pode ocorrer em 10-20% dos 
pacientes e não requer a suspensão do 
tratamento. A neurite periférica é uma 
manifestação comum quando se utilizam 
doses de isoniazida superiores a 5mg/ 
kg/ dia e em pacientes com deficiência de 
vitamina B6. Podem ocorrer ainda mani-

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