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lsoniazida (H) Nome comercial. Não é comercializada, estando disponível somente nas unidades sanitárias dos serviços de saúde pública. Apresentações. Isoladamente em cpr de 100 mg. Em associação com a rifampici- na (RH) é apresentada sob a forma de cpr contendo 100 e 200 mg do fár1naco e 150 e 300 mg de rifampicina, respectivamen- te. Na formulação quatro em um, cpr com 75 mg de isoniazida. Mecanismo de ação. Atua predominante- mente sobre os bacilos que se encontram em crescimento rápido, tanto intra como extracelulares, por meio da inibição da biossíntese dos ácidos micólicos, consti- tuintes da parede celular das micobacté- rias, o que lhe confere ação bactericida e grande especificidade contra o Mycobacte- rium tuberculosis. Espectro. Atua sobre o Mycobacterium tu- berculosis e na maioria das cepas do Myco- bacterium kansasii. Uso nas micobacterioses. Nos esquemas RHZ e RHZE, de seis ou nove meses (pro- longados), no primeiro caso associada a rifampicina e pirazinamida e, no segundo, a rifampicina, pirazinamida e etambutol em comprimido único. Também é reco- mendada no esquema de primotratamen- to alternativo, associada à estreptomicina , e ao etambutol (esquema SHE). E usada ainda na quimioprofilaxia da tuberculose e nas complicações da vacinação BCG. Contraindicação. Doença hepática aguda. Posologia. Dose diária de 5 mg/kg para adultos e de 10-20 mg/kg para crianças, com o máximo de 300 mg. Podem-se usar as doses expressas na Tabela 34.1. Parâmetros farmacocinéticos • Absorção: é bem absorvida por VO. • Pico sérico: atinge picos plasmáticos de 3-5 µg, 1-2 horas após a ingestão oral. Medicamentos na prática clínica 563 • Distribuição: difunde-se muito bem em todos os tecidos e fluidos do organis- mo, inclusive no líquido cerebrospinal, no caso de meningite tuberculosa. Tem, ainda, boa penetração no material ca- seoso. Em gestantes, atravessa a barrei- ra placentária e, em lactantes, é elimi- nada no leite materno. • Eliminação: a maior parte é excretada na urina em 24 horas, sob a forma de metabólitos resultantes da acetilação (acetilisoniazida) e hidrólise (ácido iso- nicotínico). A velocidade de acetilação varia entre os indivíduos, alterando, consequentemente, a concentração do fármaco livre na circulação e a chance de efeitos adversos. Modo de administração. VO, geralmente em uma única tomada, embora possa ser dividida em duas doses. Ajuste para função hepática e renal. Uso contraindicado na doença hepática agu- da. Administrar 300 mg, lx/ dia, ou 900 mg, 3x/ semana, em pacientes com DCE < 30 mL/min ou em hemodiálise. Efeitos adversos. Estima-se que a isonia- zida possa apresentar reações adversas em cerca de 50/o dos pacientes. As mais frequentes são erupções cutâneas (acne, erupções urticariformes, maculopapula- res, morbiliformes e purpúricas), febre, hepatotoxicidade e neurite periférica. A hepatite induzida pela isoniazida é rara em pacientes jovens, com menos de 20 anos, mas aumenta com a idade, sendo mais incidente após os 35 anos, principal- mente em mulheres. Elevação transitória das transaminases, desacompanhada de sintomas, pode ocorrer em 10-20% dos pacientes e não requer a suspensão do tratamento. A neurite periférica é uma manifestação comum quando se utilizam doses de isoniazida superiores a 5mg/ kg/ dia e em pacientes com deficiência de vitamina B6. Podem ocorrer ainda mani-
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