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SONDAGENS Apresentação 1. OBJETIVO O objetivo desse experimento é realizar uma investigação geotécnica a partir do ensaio de SPT. Ao final deste experimento, você deverá ser capaz de: obter a resistência à penetração do solo;• identificar o tipo de solo por camadas.• 2. ONDE UTILIZAR ESSES CONCEITOS? Para garantir a estabilidade de uma construção civil, alguns procedimentos iniciais devem ser realizados na fase de pré-projeto. Entre eles, pode-se citar a sondagem do solo. Existem diversos tipos de sondagens para investigação geotécnica e entre os mais comuns pode-se citar o SPT – Standard Penetration Test. É um ensaio simples e de baixo custo, capaz de identificar a tipologia do solo em camadas 3. O EXPERIMENTO Neste experimento, você realizará os procedimentos necessários para se obter o ensaio de resistência à penetração do solo pelo método SPT. O ensaio é padronizado pela NBR 6484 - Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio (ABNT, 2001). O ensaio consiste em, a partir de um ponto determinado do terreno, locar uma torre com roldana e nela acoplar um elemento de cravação. A partir de um furo, cravar um amostrador-padrão através de um martelo padronizado de 65 kg, em queda livre, a uma altura de 75 cm. São cravados 45 cm nesse furo a cada metro. A resistência à penetração equivale a quantidade de golpes necessários para se cravar os 30 cm finais dos 45 cm totais cravados. A partir disso, pode-se determinar a tipologia e as características do solo em camadas (em relação a profundidade). 4. SEGURANÇA Nesta prática, serão utilizados máscara, luvas e óculos. Adicionalmente, deve-se vestir calça comprida e tênis. 5. CENÁRIO No terreno será locado o furo onde ocorrerá o ensaio. Como equipamentos são necessários torre com roldana com composição para cravação, tubos de revestimento, trado concha, trado helicoidal, amostrador-padrão, martelo padronizado de 65 kg e ferramentas gerais. 6. REFERÊNCIAS ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6484 - Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2001. Bons estudos. Sumário teórico Acesse o sumário: VIRTUALAB – SUMÁRIO TEÓRICO SONDAGENS – SPT Para realização de qualquer obra de construção civil é necessário ter o mínimo de conhecimentos sobre a mecânica dos solos. A estabilidade da construção é garantida através do mecanismo de transferência dos carregamentos (que compreende o peso da estrutura e as cargas acidentais e de ocupação) para o maciço do solo do local. Esta transferência, identificada comumente por interação solo e da estrutura, requer a adoção de elementos de fundação adequados para cada caso (ANTUNES; TAROZZO, 1998). A fundação é um dos principais elementos da construção, portanto é primordial ter conhecimento da tipologia do solo e do seu comportamento. A escolha do tipo de fundação, seja ela rasa ou profunda, depende de parâmetros importantes que são obtidos através da realização de sondagens. Schnaid e Odebrecht (2012) afirma que, no Brasil, cerca de 0,2% a 0,5% do custo total de obras convencionais é voltado para realização de sondagens de reconhecimento do subsolo. Sendo assim, a investigação geotécnica não pode ser negligenciada devido seu impacto no ciclo de vida de uma edificação. Existem diversos tipos de sondagens no Brasil, sendo cada uma projetada para cada tipo de solo e obtenção de parâmetro específico. O SPT – Standard Penetration Test é o mais popular e possui baixo custo e complexidade. O ensaio é padronizado através da NBR 6484 – Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio (ABNT, 2001). Para realizar o ensaio de SPT, alguns materiais são necessários, como uma torre com roldana, tubos de revestimento para o solo, trado concha, trado helicoidal, trépano, amostrador-padrão, piquete, martelo de 65 kg e recipientes para amostra. A partir da determinação da locação de cada furo no terreno, o mesmo deve ser locado com um piquete. A sondagem inicia cavando um furo, com ajuda de um trado concha, até um 1 metro de profundidade em relação a superfície. As superfícies do furo devem ser revestidas para garantir estabilidade e devem estar sempre a uma distância, de no mínimo, 50 cm do fundo do furo. A partir do segundo metro de perfuração, intercaladas com as cravações do ensaio, deve-se utilizar um trado helicoidal. Caso seja necessário, pode-se realizar a operação de perfuração usando-se circulação de água quando o trado helicoidal não avançar mais de 50 mm em 10 minutos de operação. No primeiro metro escavado, deve-se recolher parte do solo pelo trado-concha. A cada metro, a partir do primeiro, devem ser colhidas amostras do solo por meio do amostrador- padrão. As amostras colhidas pelo amostrador padrão a cada metro, devem ser recolhidas do amostrador-padrão para análise da granulometria, plasticidade, cor e outros parâmetros. A torre com roldana e o martelo devem ser posicionados centrados ao furo, conforme figura 2. O amostrador padrão é acoplado aos equipamentos de cravação e deve descer livremente no furo até ser apoiado suavemente no fundo. Após o posicionamento, apoia-se a cabeça de bater e realiza-se uma marcação com giz, em três segmentos de 15 cm, totalizando 45cm. Em seguida, o martelo é apoiado suavemente na cabeça de bater. Observar caso ocorra alguma possível penetração no solo durante esse procedimento. Caso não ocorra, a cravação é iniciada. A penetração dos 45 cm é realizada através de impactos sucessivos do martelo caindo livremente de uma altura de 75 cm. O número de golpes necessários para cravação de cada 15 cm do amostrador padrão é anotado. Nem sempre ocorre a penetração exata aos 45 cm. Na prática, é registrado o número de golpes empregados para uma cravação imediatamente superior a 15 cm. O registro de cravações é expresso em frações, nos três segmentos de 15 cm. Figura 2 –Torre com roldana e martelo posicionados Fonte: LUCENA (2018). A cravação com amostrador-padrão deve ser interrompida em três situações: quando em qualquer dos três segmentos de 15 cm ultrapasse 30 golpes, quando um total de 50 golpes foi aplicado durante toda a cravação ou quando não houver um avanço no amostra-padrão após 5 golpes sucessivos. Deve-se observar também o nível do lençol freático quando houver presença de água ou solo muito molhado. O índice de penetração N é expresso pela soma do número de golpes realizados no segundo e no terceiro segmento, ou seja, nos últimos 30 cm dos 45 cm totais. A partir do índice N pode-se analisar qual o tipo de solo analisado, conforme a tabela 1. Tabela 1 – Índice de resistência à penetração Fonte: NBR 6484 (ABNT, 2001). Referências ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6484 - Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2001. ANTUNES, W. R.; TAROZZO, H. Execução de fundações profundas. In: HACHICH,W. et al. Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Pini, 1998. p. 345-348. LUCENA, T. S. Análise geoestatística da estimativa de resistência estática a partir de ensaios SPT. Natal, 2018. SCHNAID, F.; ODEBRECHT, E. Ensaios de campo e suas aplicações à engenharia de fundações - 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. Roteiro Acesse o roteiro: VIRTUALAB – ROTEIRO DO LABORATÓRIO DE ENGENHARIA SONDAGENS - SPT Neste experimento, você irá realizar a investigação geotécnica de um solo para identificar sua resistência à penetração e os tipos de solo de uma determinada região. Diretrizes Gerais 1. Materiais necessários • Torre com roldana; • Tubo de revestimento; • Trado concha; • Trado helicoidal; • Amostrador; • Cabeça de bater; • Hastes; • Martelo padronizado. 2. Procedimentos Verifique a Tabela 1 e durante a realização dos procedimentos experimentais realize a coleta de dadosnecessárias para preenchê-la com os dados adequados. Passo 1: Posicione o martelo padronizado na torre e utilize o trado concha para escavar e colher uma amostra de solo do primeiro metro de profundidade. Insira o tubo de revestimento no buraco feito pelo trado concha. Passo 2: Insira o amostrador no buraco. Utilize um giz para fazer marcações em 15, 30 e 45 cm; Passo 3: Posicione o martelo padronizado na altura adequada, solte a roldana para que ela atinja a cabeça de bater e posicione novamente o martelo. Repita essas ações e verifique quantos golpes foram necessários para que cada marcação de giz chegue ao nível do tubo de revestimento; Passo 4: Levante o martelo e remova o amostrador do buraco. Abra e colete uma amostra de solo contida no amostrador. Utilize o trado helicoidal para cavar os 55 cm restantes do segundo metro de solo; Passo 5: Repita os procedimentos apresentados nos passos 2, 3 e 4 até que o ensaio deva ser encerrado de acordo com as condições apresentadas na norma vigente; Passo 6: Analise os dados obtidos durante o ensaio e responda as questões o item 3 das diretrizes gerais. 3. Avaliando os resultados Gráfico SPT 30 cm INICIAIS 30 cm FINAIS Profundidade (m) Ensaio de Penetração (Golpes/Penetração) Resistência à Penetração SPT Inicial Final Tabela 1 – Relatório de sondagem • Qual foi a condição que determinou o término do ensaio? • Qual a importância de se realizar a sondagem em uma obra de construção civil? • A partir do ensaio de SPT, qual o principal parâmetro encontrado? • Por que o ensaio de SPT é comumente realizado no Brasil? • Após a cravação dos 45 cm, como se realizar a leitura da resistência à penetração do solo? Pré Teste 1) Qual o objetivo de se realizar sondagens em solos? A) Conhecer a resistência à compressão do solo; B) Ter conhecimento básico da mecânica do solo, fundamental na escolha da fundação a ser executada; C) É uma etapa opcional em obras, obrigatória apenas em obras de grande porte e tem como objetivo dar mais estabilidade à edificação. 2) Qual a significado da sigla SPT? A) Standard Penetration Test; B) Sand Penetration Test; C) Sistema de Penetração a trado. 3) Sobre o SPT, pode-se afirmar que: A) É um ensaio comumente realizado pela sua simplicidade e baixo custo; B) É um ensaio pouco utilizado pela sua alta complexidade; C) É um ensaio comumente realizado, embora tenha alto custo se comparado com os demais tipos de sondagens. 4) Qual a necessidade de se revestir as superfícies do furo a ser cravado? A) Evitar o contato do equipamento de cravação com o solo; B) Evitar o atrito entre o solo e o equipamento de cravação; C) Garantir uma maior estabilidade do solo durante o ensaio de SPT. 5) O martelo, material utilizado durante o ensaio de SPT, tem massa aproximada de: A) 165 kg; B) 5 kg; C) 65 kg. Experimento Acesse o laboratório: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Pós Teste 1) Durante o primeiro metro de cravação, qual equipamento deve ser utilizado para realizar o furo? A) Trado helicoidal; B) Trado concha; C) Grua. 2) O ensaio deve ser interrompido em qual situação? A) Quando em qualquer dos três segmentos de 15 cm ultrapasse 30 golpes; B) Quando um total de 75 golpes foi aplicado durante toda a cravação; C) Quando não ter um avanço no amostra-padrão após 15 golpes sucessivos. 3) O índice N final utilizado a partir do ensaio de SPT compreende ao: A) soma do número de golpes realizados nos últimos 30 de cravação; B) soma do número de golpes realizados nos 45 cm de cravação; C) soma do número de golpes realizados nos 30 cm iniciais de cravação. 4) O martelo deve ser solto livremente a quantos cm de altura em relação ao equipamento de cravação? A) 75 cm; B) 45 cm; C) 55 cm. 5) No relatório de sondagem, se em uma das camadas apresentar o valor 3/15, o que isso significa? A) Que foram necessários 15 golpes para cravar a terceira camada de solo; B) Que foram necessários 3 golpes para cravar 15 cm; C) Que foram necessários 15 golpes para cravar as três camadas de solo.
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