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Dermatites na infância (com questões e casos clínicos)

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PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023 
 
DERMATITES NA INFÂNCIA 
 
ANAMNESE 
 Idade (predominância de alguns grupos) 
 Etnia (predominância de alguns grupos) 
 Parentesco dos pais (cosanguinidade) 
 Doenças similares na família 
 Uso de medicamentos na gestação e 
lactação (principalmente RN) 
 Ambiente (atopias) 
 Animais no mesmo espaço da criança 
(atopias) 
 
EXAME FÍSICO 
 Atenção aos sinais cutâneos sugestivos de 
traumas ou agressões / dermatite factícia 
Não bate gravidade da lesão com história 
Cuidadores contam histórias diferentes 
- hematoma cervical, queimadura em luva 
ou bota (até o tornozelo ou pulso), lesões 
em vários estágio (uma vermelha, outra 
arroxeada, outra avermelhada..) 
Factícia = crianças provocam lesões nelas 
mesmas (comem cabelos – alopecia, 
escarificação, lesão por hábito de chupar 
os dedos ou cortes) 
 Lesões elementares primárias comuns: 
manchas/máculas (mancha avermelhada, 
mal definida ou definida que pode estar 
confluente com outra ou não) pápulas 
(ponto umbilicado no centro da mácula) – 
quase todas são máculo-papulares 
(vermelho com ponto central), nódulos, 
vesículas, bolhas, pústulas  esses três 
indicam infecção por impetigos 
Aparece primeiro na pele e pode evoluir 
para lesão secundária 
 Lesões elementares secundárias: crostas, 
solução de continuidade 
Lesão crônica, com a pele mais seca 
(xerótica) abre e faz lesão secundária 
(continuidade) 
Acontece principalmente na seborreica e 
atópica 
 
PELE DO RN 
 pH cutâneo mais alcalino. Acidificação do 
3° ao 4° dia de vida 
 colonização da pele do RN: S. aureus, E. 
coli, Proteus e coliformes (períneo/cordão 
umbilical) 
 verniz caseoso (secreção de glândulas 
sebáceas): auxilia na função protetora de 
barreia contra as bactérias 
Não tira quando nasce (quando está no 
meio aquoso, não tem contato com o ar e 
tem um pH alcalino, o pH da pele se 
alcaliniza a partir do 3-4º dia e o pH ácido 
protege contra infecção bacteriana, então 
o vernix caseoso é importante enquanto 
não tem essa troca de pH; protege contra 
bactérias do ar – S.Aureus e bactérias 
gram negativas (e.coli, proteus – 
localizadas no períneo do RN) 
 
Doenças exantemáticas = lesões de pele febris 
(infecciosas com manifestação cutânea) 
Dermatites = lesões primárias de pele (não são 
infecciosas sistêmicas) 
 
DERMATOSES NEONATAIS 
 Meio aquoso (pH alcalino)  meio aéreo 
Muito comuns (40-100%) 
 Maioria tem característica benigna e 
transitória 
MAS 
Algumas podem ser sinal de infecção 
sistêmica 
 Podem ser sinal de doença geneticamente 
determinadas 
 
 
Aparecem nas primeiras 2 semanas 
 
ERITEMA TÓXICO NEONATAL 
 
 Autolimitada e benigna 
 20-60% dos RNs 
 2-3º dia de vida 
 Vesículas, pápulas (mais comum) e 
pústulas rodeadas de halo eritematoso 
 Involução em 7 dias 
 Diagnóstico diferencial com miliária 
PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023 
 
 *Etiologia: fatores ambientais, irritação 
mecânica e química, produtos de higiene 
que tiram a oleosidade da pele 
 Sem necessidade de tratamento + evitar 
fatores que levaram à lesão (irritantes de 
pele*) 
 Orientação: banho morno com sabonete 
neutro 
Mácula (avermelhado), áreas irregulares na face 
que desce para região do tronco e abdome 
É elevada (máculo-papular) 
 
HIPERPLASIA SEBÁCEA 
 
 Duas lesões que aparecem no T da face 
(mais oleosidade) – área frontal e nasal  
começa a ter hiperplasia sebácea  
pontinhos amarelados (milium sebáceo) = 
glândula sebácea entupida 
 Múltiplas lesões papulares amareladas em 
dorso nasal e região malar 
 50% dos RNs 
 Estimulação das glândulas sebáceas por 
hormônios maternos androgênicos 
 Desaparecem espontaneamente dentro do 
primeiro mês de vida 
 NÃO espremer e NÃO passar produtos 
 
 
CISTOS DE MÍLIA 
 
 Região frontal 
 Pele espessada pelo irritante do meio 
aéreo; inclusão da glândula sebácea com 
inclusão epidérmica 
 É mais endurecida 
 Cistos de inclusão epidérmica 
 Benigna – NÃO faz nada de tratamento 
 50% dos RNs 
 Pápulas peroladas levemente endurecidas, 
localizadas em região frontal e mento 
 
MILIÁRIA 
 
 5% dos RNs 
 Aparece na segunda semana 
 Provocada por sudorese + obstrução 
glândulas sudoríparas 
 Regiões de clima quente 
 Uso excessivo de agasalhos 
 Rubra e cristalina 
 Difere do eritema tóxico: mais pápula do 
que mácula 
 Áreas de dobra (cervical, escápula e dorso) 
 onde tem mais glândulas sudoríparas 
 Banho com mais frequência, sabonete 
neutro, roupa mais leve (o ideal é uma a 
mais do que você está usando, protegida 
até o punho) 
 
MELANOSE PUSTULOSA TRANSITÓRIA 
NEONATAL 
 
 Autolimitada e benigna 
 1-4% dos RNs 
 Presente ao nascimento 
 Vesicopústulas em qualquer região do 
corpo 
 Descamação e hipercromia 
 Cultura da secreção é negativa (não tem 
bactéria – parece pus mas não é) 
 
 
PIODERMITES 
 Muito comuns 
 Etiologia: cocos gram + 
(estafilococo/estreptococo) 
Estrepto: crosta (casca amarela) 
Estafilo: bolhoso 
 Aumento da prevalência por S. Aureus 
resistente oxacilina/metilcilina de perfil 
comunitário (CA-MRSA) 
 Manejo ambulatorial na maioria dos casos 
 Formas: 
 Impetigo 
 Foliculite 
 Ectima 
 Celulite 
 Erisipela 
 
 
PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023 
 
 
1 – superficial 
2 – folículo piloso 
3 – subcutâneo 
4 – próximo ao musculo 
5 – mais profunda 
Mais comuns: foliculite e impetigo; celulite é 
contiguidade do impetigo 
 
IMPETIGO NÃO BOLHOSO 
 Não bolhoso (crostoso) – 70% 
 Pústula sobre base eritematosa, com 
evolução para crosta melicérica 
 Em áreas corporais expostas (contato com 
insetos...) 
 Etiologia: estreptococo beta-hemolítico 
grupo A 
 Tratamento: tópico (neomicina + 
bacitracina) e/ou sistêmico (penicilina 
benzatina); se não quiser injeção: 
cefalexina oral (cefalosporina de 1ª 
geração – pega estafilo e estrepto) 
 
 
Casca amarela com base avermelhada 
 
IMPETIGO BOLHOSO 
 Bolhoso (30%): toxina epidermolítica 
 Etiologia: S. Aureus 
 Tratamento tópico (quando a lesão é 
única): ácido fusídico, mupirocina 
(bactobram), retamulina (altergo) 
 Tratamento sistêmico: oral (cefalexina, 
amoxicilina + clavulanato) ou endovenoso 
(cefalosporina primeira geração/oxacilina) 
EV: cefazolina VO: cefalexina; oxacilina 
mais específico para s. aureus 
 
 
Celulite bolhosa e formou celulite 
Celulite = bordas mal definidas da pele 
 
FOLICULITE 
 Inflamação dos folículos pilosos 
 Superficial 
 Profunda (furunculose) 
 Regiões de nádega e face interna das 
coxas 
 Etiologia: S. Aureus 
 Tratamento: limpeza sabonete 
antissépticos / cefalosporina primeira 
geração (é um ponto único, não precisa 
fazer tto sistêmico) 
 
 
 
MICOSES SUPERFICIAIS 
Infecções por fungos e parasitas 
Versicolor e candidíase são as mais comuns 
 
DERMATOFITOSES (TÍNEA) 
 Capitis, corporis, pedis, cruris, unguium 
 
Tínea capitis 
Alopecia descamativa distribuída em placas bem 
delimitadas e com cabelos tonsurados (cortado 
fininho)  tto oral sistêmico 
Quérion (micose com infecção secundária): 
apresentação inflamatória da tínea capitis, com 
placas infiltradas, alopecia, pústulas e secreção 
purulenta  ATB + antifúngico 
 
 
Tínea corporis 
 Placa circular ou ovalada, eritematosa, 
com crescimento centrífugo e cura central. 
Margens ativas (avermelhada) 
 Prurido presente 
 Podem ser múltiplas ou confluentes  às 
vezes confunde com dermatite de contato, 
começa a tratar e não melhora  
micológico direto (raspado da lesão e 
identifica o fungo presente na lesão) 
 Antifúngico oral quando lesão típica (bem 
localizada) 
 
 
CERATOFITOSES (PITIRÍASE VESICOLOR) 
 Adolescentes 
 Causada pela levedura Malessexia furfur 
PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023 
 
 Máculas múltiplas, de formato e cor 
variáveis, habitualmente hipocrômicas, 
com descamaçãofurfuracea (sinal da unha 
– passa a unha e sai como um pózinho). 
Podem confluir 
 Pescoço, tórax e porções proximais de 
MMSS 
 Áreas descamativas brancas na região de 
tórax e dorso 
 Tto tópico e oral 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Tinea corporis, capitis e versicolor 
 Anamnese e exame físico 
 Exame micológico direto 
 Cultura para fungos 
 
TRATAMENTO 
 Tópico e oral 
 Terbinafina (antimicótico), itraconazol (oral 
sistêmico), fluconazol (oral sistêmico), 
grisefulvina 
 
CANDIDÍASE E DERMATITE DE FRALDAS 
 Afecção cutânea mais comum em 
lactentes e pré-escolares 
 Pico entre 9-12 meses de vida 
 Etiopatogenia: oclusão, maceração, 
fricção, irritantes urina e fezes, bactérias 
intestinais 
 
 A dermatite de fralda (contato com urina e 
fezes em área fechada quente e fricção) 
vem primeiro  bactérias intestinais 
produzem uréase + urina (amônia)  
eleva pH da pele  predispõe infecção  
colonização bacteriana e fúngica 
 
 Dermatite de fralda: área 
avermelhada na região perineal, especular 
(bilateral igual) 
 Cândida (imagem em W)  já 
começa com nistatina 
 
Tratamento: 
Começa tratando dermatite de franda, se não 
melhorar associa com antifúngico 
 
Dermatite de fralda – tratamento 
Medidas gerais: 
 Aumento da frequência de troca de fralda 
 Exposição da área perineal por algumas 
horas ao dia (arear a área) 
 Limpeza da área perineal com água 
corrente 
 Evitar fragrâncias, lenços umedecidos, 
neomicina (substancias que alcalinizam a 
pele) 
 
Terapêutica de barreira: pomada a base de óxido 
de zinco (Não deixar a fezes entrar em contato 
com a pele) 
 
Não melhorou  
Terapêutica antifúngica: Nistatina 
 
Não melhorou  cronificação (pele fica 
espessada de tanta inflamação)  perguntar pra 
mãe se está fazendo tudo certo  
Corticosteroides tópicos de baixa potência: 
hidrocortisona 1% 
 
Olhar cavidade oral  cândida albicans (monília) 
– cândida começa na cavidade oral  TGI  
dermatite de períneo 
Se tiver lesão oral  Nistatina VO por 7 dias 
 
DERMATOSES PARASITÁRIAS 
ESCABIOSE 
Afecções cutâneas causadas por insetos, vermes, 
protozoários e celenterados 
 
 Sarcoptes scabiei var. hominis. 
 Doença de carater cíclico 
 Lesões lineares, serpiginosa, elevada, com 
ponto papulosovesicular em uma das 
extermidades. 
 Parece a miliária, mas aqui é no corpo 
todo e muito pruriginosa, geralmente 
outra pessoa da família também tem 
 Muito pruriginosas, pode acometer todas 
as regiões do corpo. 
 Tratamento: 
PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023 
 
 Permetrina (piretróide sintético) creme 
ou loção (tópico) 
Uso noturno, no dia seguinte troca 
toda a roupa e roupa de cama e lava 
com água quente 
Depois de 15 dias trata de novo 
 Ivermectina: dose única via oral (> 5 
anos), associada a tto tópico quando 
disseminada 
Os: geralmente, quando não tem ninguém da 
família com o mesmo quadro, trata com 
antialérgico, mas não melhora, aí precisa pensar 
em escabiose 
Crianças lactentes >1ano até idade escolar  
trata 
 
LARVA MIGRANS CUTÂNEA 
 
Praia, parquinho... 
Normalmente pés, perna e larva 
 Dermatite linear serpiginosa; bicho 
geográfico ou de praia 
 Penetração na pele das formas larvárias de 
nematódeos de cães e gatos 
 Ancylostoma brasiliensis / Ancylostoma 
caninum. 
 Lesões lineares, salientes, eritematosas e 
serpiginosas. 
 Pés, pernas e nádegas. 
 Tratamento: 
 Tiabendazol pomada 5% (lesões únicas 
ou em pequeno número). 
 Ivermectina (>5anos): dose única via 
oral ou Albendazol (2-5 anos) via oral 
por 3 dias (lesões múltiplas ou 
resistente ao tto) 
 
DOENÇA DE LYME 
 
 Borreliose de Lyme ou eritema migratório. 
 Zoonose transmitida por carrapatos 
infectados por espiroquetas (gênero 
Borrelia burgdorferi). 
 Manifestações cutâneas localizadas 
(eritema migrans), disseminadas e tardias. 
 Localizada: eritema multiforme, com 
mancha avermelhadas em extremidades 
ou tronco, que se expande com 
clareamento central (“alvo”). 
 Pode evoluir com anormalidades 
cardíacas, neurológicas e articulares na 
evolução de semanas a meses. 
 Diagnóstico sorológico, histopatológico, 
imunohistoquímico e cultura. 
 Tratamento: antibiótico - doxiciclina, 
amoxicilina, cefuroxima, ceftriaxone. 
 
DERMATITE SEBORREICA / DERMATITE 
ATÓPICA 
 
Começa com seborreica e é precursora de atópica 
Pontos amarelados no couro cabeludo 
 Placas eritematosas com escamas 
amareladas de aspecto oleoso, localizadas 
em áreas ricas em glândulas sebáceas 
(couro cabeludo, região central da face e 
áreas intertriginosas). 
 Predomina em lactentes (pico aos 3 meses 
de vida). 
 Precursora de dermatite atópica? Forma 
de psoríase? Estímulo hormonal 
androgênico? 
 Papel da Malassezia, levedura lipofílica 
saprófita. 
 
Clínica 
 Crosta láctea: crostas amareladas e 
oleosas aderidas ao couro cabeludo. 
 Placas eritemato descamativas 
arredondadas confluentes em áreas de 
concentração de glândulas sebáceas (sulco 
nasolabial, retroauricular, cervical, axilar, 
umbilical, períneo) 
 Começa no couro cabeludo e desce para o 
pescoço, tronco eczema seborreico 
(característica atópica) 
 Encaminha para o dermatologista e 
orientar a mãe que provavelmente vai 
evoluir para atópica 
 
DERMATITE ATÓPICA 
 
 Dermatose mais frequente na infância 
Curso crônico, recidivante e início precoce. 
PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023 
 
 20% das consultas dermatológicas na 
criança. 
 Em 45% dos casos surge durante os 
primeiros 6 meses, em 60% durante o 
primeiro ano e, em 85% dos casos, antes 
dos 5 anos. 
 Fatores desencadeantes: genética, 
infecção (S. aureus), clima (extremos de 
temperatura), antígenos alimentares, 
aeroalérgenos. 
 O prurido é o sintoma cardinal da DA. 
 
Clínica 
Lactente: lesões em face, poupando a região 
central (nariz e boca) e na região extensora dos 
membros, poupando a região coberta pelas 
fraldas. 
Pré-puberal (2-10 anos): 
 Pele seca e áspera. 
 Prurido nas áreas das pregas antecubitais 
e poplíteas. 
 Lesões periorbitárias, periorais, fissura 
infralobular. 
 Dupla prega palpebral (Dennie Morgan) e 
olheiras são comuns. 
 
Tratamento 
Hidratação da pele, diminuição do prurido e 
manejo da inflamação 
1. Orientações gerais: roupas leves, de algodão, 
lavadas com sabão líquido neutro, sem 
branqueadores. Umidificador nos ambientes mais 
secos. Banho rápido com água morna, sabonetes 
líquidos com pH fisiológico (entre 5 e 5,5). 
Hidratantes após o banho. 
2. Orientações dietéticas e ambientais: restrição 
aos alimentos é controverso. 
3. Antihistamínicos: dexclorfeniramina, hidroxizina 
(ambos de primeira geração usado em dermatites 
atópicas e de contato) 
4. Corticosteróides tópicos: hidrocortisona 1%. 
(único autorizado em criança) 
5. Imunomoduladores: Tacrolimus, Pimecrolimus 
(evitam o uso do corticoide) 
 
As doenças vistas até agora, são todas localizadas 
ou sem gravidade clínica 
A partir de agora, todas tem acometimento de 
mucosa 
 
 
 
ERITEMA MULTIFORME 
 
 Erupções muco-cutâneas imunomediadas 
e autolimitadas. 
 90% dos casos tem etiologia infecciosa 
(Herpes simples, Mycoplasma 
pneumoniae, fungos, parasitas) 
 10% tem relação com fármacos (sulfas, 
cefalosporinas, quinolonas, 
aminopenicilinas, barbitúricos, AINH). 
 Doenças relacionadas: LES, poliarterite 
nodosa, doença inflamatória intestinal. 
 Clínica: máculas, pápulas e placas 
eritematosas, com dupla borda e aspecto 
em “tiro ao alvo” e PRECISA TER LESÃO DE 
MUCOSA 
 Precisa ser tratada e considerar 
investigação, principalmente para doenças 
de colágeno 
 
SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON (SSJ) / 
NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (NET) 
 
Bolha com conteúdo líquido citrino 
Começa com sintomas sistemicos – febre, 
indisposição, cefaleia, mal-estar geral 
 Reações de hipersensibilidade produzidas 
por medicamentos (95%). 
Anticonvulsivantes (fenobarbital, 
carbamazepina,fenitoína) e sulfa 
 Deslocamento epidérmico e mucoso. 
 SJS: < 10% da superfície corporal 
 NET: > 30% da superfície corporal. 
 Doença sistêmica: febre, indisposição, 
anorexia, cefaleia e rash. 
 Lesões eritematosas com edema e bolhas 
no centro, com coalescência e 
rompimento (sinal de Nikolski positivo – 
passa o dedo, a pele solta) + inflamação de 
mucosas (ocular, oral, genital) com 
ulceração. 
 Tratamento em UTI ou Unidades de 
queimados. 
 Prognóstico depende da % área corporal 
acometida (>40% o risco de óbito é alto) 
PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023 
 
Staphylo não dá lesão de mucosa oral e eritrema 
multiforme não tem bolha e não causa 
desidratação e infecção secundária 
Processual 
 
- Impetigo infeccioso bacteriano (strep e stafilo) 
- Pele escaldada - stafilo aureus 
- formou bolha - Steven johnson tem bolha mas 
não é bacteriana - é medicamento 
- Foliculite – stafilo 
 
 
Limpeza da área é proteção 
Aumenta o pH piora 
pH baixo é proteção 
 
- Maior parte é infecciosa 
 
 
 
 
 
 
- Tem bolha → stafilo aureos 
- Conduta → BEG, sem febre → lesão disseminada 
(não pode ser tópico) 
- Vai dar amoxacilina + clavulanato e cefalexina 
- Criança de 25 dias → internar, isolar área aberta, 
oxacilina EV 
 
 
 
Escabiose: não tem indicação de exame 
 
PEDIATRIA – JÚLIA COLOGNEZI 25 DE OUTUBRO DE 2023

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