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ATIVIDADE PRÁTICA - A4
CURSO DE DIREITO
ALUNA: Jullia Barreto da Silva
DISCIPLINA: Estágio de Prática Supervisionada Penal
ANO/SEM: 2023/2
___________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIRETO DA
(...) VARA CRIMINAL DA COMARCA DE (...).
Processo nº (...)
(...), já devidamente qualificado nos autos da ação em epígrafe, que
lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA, vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, por meio do seu advogado, dentro do prazo de 5 (cinco)
dias, com fundamento no artigo 593, inciso I do Código de Processo
Penal, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
contra a r. sentença de fls. (...), requerendo, desde já, seja o recurso
conhecido por este Juízo e, consequentemente remetido ao Egrégio
Tribunal de Justiça de (...), para que dele conheça, dando-lhe
provimento.
Requer, ainda, a concessão dos benefícios da Justiça gratuita, tendo em vista ser o
Apelante pobre no sentido legal, não podendo arcar com as custas processuais sem
prejuízo do seu sustento e de sua família.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Cidade (...), dia (...) de mês (...) de ano (...).
ADVOGADO (...)
OAB nº (...)
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Processo nº (...)
Apelante: (...)
Apelada: (...)
Colendo Tribunal de Justiça do Estado de (...),
Distinta Câmara,
Ilustres Desembargadores Relator e Revisor,
Douta Procuradoria de Justiça:
Em que pese o notório saber jurídico do Magistrado sentenciante, merece
reforma a sentença condenatória encartada nos autos às fls. (...), conclusão a que
chegará esta colenda câmara criminal após análise das razões fáticas e jurídicas
enumeradas a seguir:
I. DOS FATOS:
Conforme narrado nos autos, o acusado, foi condenado pelo crime de estupro,
com pena de seis anos de reclusão a ser cumprida em regime fechado. Entretanto,
há elementos que demonstram a existência de falhas na condução do processo e
violação de direitos fundamentais do recorrente.
II. DAS PRELIMINARES DE NULIDADE:
A) DA CITAÇÃO IRREGULAR:
A citação é um ato processual fundamental para garantir o direito à ampla
defesa e ao contraditório do acusado. No entanto, no caso em questão, a citação por
edital do acusado, Nome do Cantor (...), foi determinada pelo DELEGADO DE POLÍCIA
atuante no caso. Nota-se que o Delegado de Polícia não possui atribuição para
determinar a citação por edital em processos judiciais. Assim, é indiscutível a
nulidade do ação.
Ademais, a citação por edital sem a prévia tentativa de localização do réu fere
os direitos fundamentais do acusado, em especial o direito à ampla defesa, à
presunção de inocência e ao contraditório. Conforme disposto em nosso
ordenamento jurídico, a citação no processo penal deve se dar por meio de
mandado, sendo determinado a citação por edital quando já esgotadas TODOS OS
MEIOS POSSÍVEIS para citar o acusado, conforme determinado nos Art. 351, 361 e
564, inc. III, e, do CPP e na Súmula nº 414, do STJ.
B) DO CERCEAMENTO DE DEFESA:
O cerceamento de defesa é uma violação grave aos princípios constitucionais
do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. No caso em análise, a
não oitiva de testemunhas essenciais para a elucidação dos fatos configura um
cerceamento de defesa ao acusado, comprometendo a busca pela verdade real e
afetando a regularidade do processo. Ademais, houve afronta direta ao Art. 366, do
CPP, uma vez que após a citação por edital e o não comparecimento do acusado, o
Juiz nomeou defensor dativo para apresentar a resposta à acusação e prosseguiu no
feito.
A ampla defesa, prevista no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal,
assegura ao acusado o direito de produzir todas as provas e realizar todos os atos
necessários à sua defesa. Isso inclui o direito de apresentar e ouvir testemunhas,
cujo depoimento pode ser essencial para a construção de sua tese defensiva.
A não oitiva das testemunhas essenciais configura um cerceamento de
defesa ao acusado, pois limita sua possibilidade de apresentar provas e argumentos
que pudessem favorecê-lo. Além disso, o prejuízo se estende à busca pela verdade
real, uma vez que as testemunhas poderiam trazer informações relevantes e
contribuir para a formação de um juízo justo e imparcial.
Sendo assim, requer a nulidade da ação penal, com fundamento no Art. 564,
IV do CPP.
C) AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE:
A materialidade do crime é um elemento essencial para a condenação de um
acusado. No caso em análise, a falta de comprovação da materialidade do crime de
estupro compromete a sustentação da acusação contra o réu, Cantor XXX, tornando
sua condenação inviável.
O princípio da presunção de inocência estabelece que toda pessoa é
considerada inocente até que se prove sua culpa de forma irrefutável. Além disso, o
ônus probatório recai sobre a acusação, cabendo-lhe a responsabilidade de
apresentar provas suficientes para comprovar a materialidade e a autoria do delito.
No presente caso, a acusação não conseguiu comprovar de forma inequívoca
a prática do crime de estupro pelo réu. O exame de corpo de delito realizado na
vítima foi inconclusivo quanto ao crime sexual, não fornecendo elementos
suficientes para embasar a acusação.
Sendo assim, requer a nulidade da ação penal, com fundamento no Art. 564,
III, b do CPP.
III. DO DIREITO:
A) ABSOLVIÇÃO POR INEXISTÊNCIA DO FATO E POR FALTA DE PROVA:
A acusação apresentou um vídeo captado pelo celular da vítima como prova
do crime. No entanto, o referido vídeo registra apenas o momento em que ocorre
uma briga entre as partes, não fornecendo qualquer indício conclusivo de que tenha
ocorrido o estupro alegado. A falta de provas visuais ou testemunhais que
comprovem a prática do fato imputado fragiliza a sustentação da acusação.
Diante da ausência de provas consistentes e irrefutáveis da existência do fato
imputado, há a presença de uma dúvida razoável sobre a veracidade das alegações
da acusação. A insuficiência probatória torna inviável uma condenação, uma vez que
é necessário um grau de certeza robusto para impor uma pena a um indivíduo.
Sendo assim, requer a absolvição, uma vez que não há prova da existência do
fato, com fundamento no Art. 386, I e II, do CPP, e por não existir prova suficiente
para a condenação do acusado, com fundamento no art. 386, inc. VII, do CPP.
B) DESCLASSIFICAÇÃO PARA O DELITO DE LESÕES CORPORAIS LEVES:
Para a configuração do crime de estupro, é necessário comprovar, de forma
clara e inequívoca, a presença dos elementos essenciais, como a conjunção carnal
ou qualquer ato libidinoso mediante violência ou grave ameaça. No presente caso, as
provas produzidas não demonstram a existência de tais elementos.
Durante a instrução processual, não houve prova concreta de que tenha
ocorrido a conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso entre o réu e a vítima. O vídeo
apresentado pela acusação captou apenas o momento em que houve uma briga
entre as partes, não havendo registro visual ou testemunhal da prática de qualquer
ato sexual forçado.
As provas produzidas, no entanto, demonstraram a ocorrência de lesões
corporais leves na vítima, conforme atestado pelo exame de corpo de delito. É
inegável que houve um episódio de violência física entre as partes, mas não há
elementos suficientes para caracterizar o estupro.
Considerando os fatos expostos acima, requer-se a desclassificação do crime
de estupro para o delito de lesões corporais leves com fundamento no Art. 129, CP.
C) DO REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA:
A fundamentação utilizada pelo juiz para determinar o regime fechado de
cumprimento da pena, com base na ausência do acusado no momento do
julgamento, é desarrazoada. A não localização do réu para comparecimento ao
julgamento não pode ser utilizada como fator determinante para a imposição de um
regime mais gravoso, principalmente considerando que não houve a oportunidade de
sua defesa apresentar seus argumentos perante o Tribunal. Ademais, nota-se que o
apelante preencheu todos os requisitosdo regime semiaberto, conforme dispõe o
art. 33, § 1º, b, do CP.
IV. DOS PEDIDOS:
Requer-se, portanto, que as preliminares expostas sejam acolhidas havendo a
reforma da decisão e que o presente recurso seja CONHECIDO e PROVIDO pelo
colendo Tribunal.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Cidade (...), dia (...) de mês (...) de ano (...).
ADVOGADO (...)
OAB nº (...)

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