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Sentença e Recursos
CONCEITO
“Para o novo Código, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos artigos. 485 e 487 do NCPC, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução (art. 203, § 1º), ou seja, é tanto o ato que extingue o processo sem resolução de mérito como o que o faz resolvendo o mérito da causa.”
Ela é classificada em terminativas e definitivas
Terminativas: É quando o juiz, com base no art. 485[footnoteRef:1], põe fim ao processo por sem a solução do mérito. [1: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - Indeferir a petição inicial;
II - O processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - Reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - Nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
] 
“Terminativas são as que “põe fim ao processo, sem lhe resolverem, entretanto, o mérito”. São as que correspondem aos casos de extinção previstos no art. 485. Importam reconhecimento de inadmissibilidade da tutela jurisdicional nas circunstâncias em que foi invocada pela parte. O direito de ação permanece latente, mesmo depois de proferida a sentença (ver itens 351 e 763).”
Definitivas: Quando, com base no artigo 487, o juiz decide o mérito total ou parcial.
“Definitivas são as sentenças “que decidem o mérito da causa, no todo ou em parte”. Apresentam à parte a prestação jurisdicional postulada e, de tal sorte, extinguem o direito de ação no pertinente ao acertamento pretendido pela parte. Como a resolução do mérito da causa pode ser fracionada, não se deve considerar sentença senão o julgamento que completa o acertamento em torno do objeto do processo. As soluções incidentais de fragmentos do mérito são decisões interlocutórias (art. 203, § 2º[footnoteRef:2]), ainda quando versem sobre questões de direito material” [2: Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.
] 
As sentenças definitivas, em que há o julgamento do mérito, após a sentença, não podem serem novamente discutidas, art.502[footnoteRef:3]. Já, no entanto, as terminativas, com a sentença pronunciada sem julgamento do mérito, nada impede de a parte pedir novamente a prestação jurisdicional sobre a mesma coisa, art. 486[footnoteRef:4]. Destas, o único recurso cabível é a apelação, segundo o artigo 1.009[footnoteRef:5]. [3: Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.] [4: Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.] [5: ] 
A sentença nunca termina com relação jurídica processual, o que vai ocorrer é somente o fim da função do órgão em que foi julgado na instância. A relação somente vai terminar com a coisa em julgada, ou seja, quando se torna irrecorrível a pretensão. Publicada a sentença, não se pode mais mudar o seu julgamento, cabendo somente a apelação. 
Sentença terminativa: extinção do processo sem julgamento do mérito
“Dá-se a extinção do processo, sem julgamento do mérito, quando o juiz põe fim à relação processual sem dar uma resposta (positiva ou negativa) ao pedido do autor, ou seja, sem outorgar-lhe a tutela jurisdicional, que se revelou inadmissível diante das circunstâncias do caso concreto”
A sentença terminativa terá lugar quando:
Artigo 485, CPC:
O juiz não resolverá o mérito quando:
I - Indeferir a petição inicial;(art.330)
II - O processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - Reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;(Direito de ação)
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;( pela lógica somente o autor pode, sendo unilateralmente antes da contestação do réu. Porém, realizada, a desistência somente pode ocorrer após o consentimento da parte contraria). 
IX - Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - Nos demais casos prescritos neste Código.
Vamos entender o que cada uma delas significa.
1 – Indeferir a petição inicial 
“Ocorre o indeferimento da petição inicial nas hipóteses do art. 330 do
NCPC[footnoteRef:6] (veja-se, supra, o nº 564). [6: Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I – for inepta; II – a parte for manifestamente ilegítima; III – o autor carecer de interesse processual; IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV – contiver pedidos incompatíveis entre si. § 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados] 
Note-se que o deferimento da inicial é simples despacho, que, por isso,
não tem efeito preclusivo, de sorte que, mesmo depois da contestação, o juiz
poderá voltar ao exame da matéria e, uma vez reconhecida a inépcia da
petição com que o autor abriu a relação processual, ser-lhe-á lícito decretar a
extinção do processo” 
2 - Abandono da parte
(IIO processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias) 
Presume-se a desistência da ação quando as duas partes do processo, por negligência, não darem prosseguimento ao processo pelo período de 1 ano. E ainda, quando o autor da ação não promover os atos e diligências a ele impostos pela lei ou pelo juiz, em 30 dias. Lembrando que desistência da ação demostraque existe um desinteresse no processo, que é um dos requisitos basilares do direito de ação.
Esta sentença pode ser provocada tanto pela parte, pelo Ministério Público e até de ofício pelo juiz, salvo nas situações do inciso segundo, pois com o abandono do autor, após a contestação do réu, este pode querer dar prosseguimento no processo.
Em ambos os casos a sentença não é imediata, pois o próprio código já dispõe que o juiz deve intimar a parte a, no prazo de 5 dias, a fim de suprir essa falta (art. 485, § 1º[footnoteRef:7]). Esta intimação pessoal existe para evitar o erro de negligência por parte do advogado, tanto que já existem entendimentos do STJ, contrários a esta prática quando se trata de um advogado postulando em causa própria. [7: § 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.] 
“Quando a extinção decorre de negligência de ambas as partes (art. 485, 
II), as custas serão rateadas entre elas, proporcionalmente, e não haverá
condenação à verba de honorários de advogado. Se, porém, o abandono for
cometido apenas pelo autor (art. 485, III), será este condenado nas 
despesas e honorários advocatícios (art. 485, § 2º[footnoteRef:8])” [8: § 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.] 
3- Ausência de pressupostos processuais
" O processo é uma relação jurídica e, como tal, reclama certos requisitos
ou pressupostos para se formar e desenvolver validamente. Podem,
ordinariamente, se agrupar em duas categorias: os subjetivos e os objetivos.
Os primeiros se referem aos sujeitos do processo, que são o juiz e as partes.
Manifestam-se por meio do requisito da competência e da ausência de
impedimento ou suspeição do órgão jurisdicional. Do lado dos litigantes,
relacionam-se com a capacidade civil de exercício, bem como com a
necessidade de representação por advogado”
“Pressupostos objetivos são, por sua vez, os que dizem respeito à
regularidade dos atos processuais, segundo a lei que os disciplina,
principalmente no tocante à forma do rito, quando for da substância do ato, e
à ausência de fatos impeditivos do processo”
Além da falta dos pressupostos outrora ditos no início, também existe a possibilidade de eles ocorrerem no decorrer do processo, com por exemplo, a perda da capacidade de alguma das partes, ou postulatória do advogado, e entre outras. 
4- Perempção 
Quando conversamos sobre o inciso III deste artigo, falamos sobre o abandono da causa, por parte do autor. Segundo o código, este pode novamente peticionar sobre a mesma causa, no entanto, se sobre as mesmas circunstâncias realizar esses mesmos atos por três vezes surge o fenômeno da perempção. Art. 486, § 3º[footnoteRef:9] [9: O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação: 
§ 3º Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando- -lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito] 
5- Litispendência e coisa julgada 
No ramo processual, não se admite que um processo já julgado e decidido por uma sentença definitiva, ou seja, sem mais recursos a serem analisados, e a existência de dois processos como a mesma causa de pedir, sejam objetos de averiguação do poder judiciário. Respectivamente tem por nome coisa julgada e litispendência.
Pode ser decretada tanto de ofício quanto a pedido da parte. E ao contrário das demais esses vícios processuais não podem serem novamente postulados, ou seja, o autor não pode novamente entrar com a mesma causa de pedir 
“Por outro lado, a litispendência é fenômeno típico da competência interna,
de sorte que nunca ocorre entre causas ajuizadas no País e no exterior. O
mesmo pode-se afirmar da coisa julgada. Somente no caso de sentença
estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça é que será lícito
arguir exceção de coisa julgada perante a Justiça nacional (vide tratamento do
tema no vol. III)”
6 - Condições da ação
“O direito de ação é o direito público subjetivo à prestação jurisdicional do
Estado. Para obter a solução da lide (sentença de mérito), incumbe, porém, ao
autor atender a determinadas condições, sem as quais o juiz se recusará a
apreciar seu pedido: são elas as condições da ação, ou condições do exercício
do direito de ação.”
Essa causa que impede a decisão de mérito pode ser decretada de ofício ou pela parte. E como a anterior não há possibilidade de ser novamente proposto a mesma ação sem esses vícios serem sanados.
7 - Perda do objeto 
“Usa-se o argumento da perda de objeto para extinguir o processo ou o
recurso, sempre que algum evento ulterior venha a prejudicar a solução de
questão pendente, privando-a de relevância atual, de modo que se tornaria
meramente acadêmica ou hipotética a decisão a seu respeito. É o que se passa,
por exemplo, com a ação de cobrança diante do pagamento voluntário da
dívida antes da sentença, ou com o agravo manejado contra o indeferimento
de uma prova, depois que o agravante saiu vitorioso na sentença de mérito
transitada em julgado.”
8 -Convenção de arbitragem 
“Na sistemática primitiva do Código, a cláusula compromissória não
vedava, nem prejudicava, o direito de recorrer à jurisdição, porque se entendia
que ninguém poderia ser previamente impedido de recorrer ao Poder
Judiciário. Com o novo regime de arbitragem, instituído pela Lei 9.307, basta
existir entre as partes a cláusula compromissória (i.e., a promessa de
submeter-se ao juízo arbitral) para ficar a causa afastada do âmbito do
Judiciário. Essa cláusula funciona, portanto, como o impedimento ao
exercício do direito de ação, tornando a parte carecedora da ação por ausência
da condição de possibilidade jurídica do respectivo exercício, ou, mais
especificamente, por falta do interesse de agir em juízo (art. 17).”
“Se a convenção de arbitragem é anterior ao processo, impede sua abertura;
se é superveniente, provoca sua imediata extinção, impedindo que o órgão
judicial lhe aprecie o mérito.” 
9 - Desistência 
Como já foi dito antes, com a desistência do autor, seja por negligência do inc. III, seja pela simples abstenção do inc. VIII, ele tem o direito de novamente entrar com outro processo novamente. No entanto se fizer isso por mais de 3 vezes, será declarada a perempção e, desta forma, a perda do direito de ação. A desistência do processo é um ato unilateral de vontade até a postulação da contestação do réu, porém, está sendo realizada, o ato somente terá eficiência se a parte contraria estiver de comum acordo. 
“Na verdade, porém, o que é decisivo é a contestação, pois se o réu
apresentou sua defesa mesmo antes de vencido o prazo de resposta, já não
mais poderá o autor desistir da ação sem o assentimento do demandado. O ato
passa a ser necessariamente bilateral (NCPC, art. 485, § 4º). Em regra,
portanto, a desistência da ação não será admitida, após a contestação, sem o
consentimento do réu. A sua recusa, porém, para impedir a imediata extinção
do processo sem resolução do mérito da causa, haverá de ser fundamentada
razoavelmente. Não pode corresponder a mero capricho do demandado, já
que, se tal se configurar, o caso será de exercício abusivo de um direito
Processual. Assim como o autor não pode instaurar o processo sem
demonstrar interesse de agir em juízo (art. 17), da mesma forma não é lícito
ao réu exigir o prosseguimento do feito, após a desistência da ação por parte
do primeiro, sem que tenha efetivo interesse no julgamento do mérito da
Causa.”
O tempo para a desistência da ação decorre da protocolização da petição inicial, até o trânsito em julgado.
“Depois da sentença de mérito, o que pode haver é a renúncia à pretensão
formulada na ação (art. 487, III, c), que não depende de anuência do réu, mas
que, uma vez homologada, provoca solução de mérito contráriaao pedido do
autor, equivalente à sua improcedência, com eficácia de coisa julgada material”
10 - Intransmissibilidade da ação
“A intransmissibilidade da ação, como causa impeditiva de prosseguimento
da relação processual, está ligada ao direito material controvertido. É
consequência de sua natureza (direito personalíssimo) ou de expressa vedação
legal à transmissão do direito subjetivo. Morto o titular do direito
intransmissível, o próprio direito se extingue com a pessoa do seu titular. Não
há sucessão, nem de fato nem de direito. Isso se dá, por exemplo, com a ação
de divórcio e a de alimentos. Falecida a parte, no curso de causa dessa
natureza, o processo há de encerrar-se, sem atingir julgamento de mérito, por
dissolução ipso iure da relação processual, que sem um dos seus sujeitos não
tem como subsistir.”
Retirando estas situações típicas, existiu no código anterior mais uma causa de sentença terminativa que era a confusão entre o autor e o réu. Como já sabemos a relação jurídica processual é composta pelas partes litigantes submetidas ao poder judiciário pela pessoa do juiz, o objetivo é claro, resolver o conflito, no entanto, se não existir mais a bilateralidade conflitantes das partes, não existe mais mérito a ser analisado sendo assim decretado a sentença terminativa. O atual código não repetiu o mesmo assunto por se tratar de uma causa óbvia. 
Efeito da extinção do processo sem julgamento do mérito
Com a sentença terminativa, o objeto da relação não tem coisa em julgada, ou seja, não há uma solução da lide, pois claramente não houve trânsito em julgado decretando tal. Dessa forma, poderá o autor realizar uma na petição inicial, dando início a um novo processo sobre a mesma coisa. No entanto, o código define que como requisito para a nova ação seja comprovado o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios do processo anterior (art. 92 e 486, § 2º).
Nos casos dos incisos IV, V, VI, VII, a nova ação depende de comprovação de correção dos vícios que levaram a extinção do processo sem o julgamento do mérito.
“Há, não obstante, três casos previstos no Código em que a sentença terminativa, tal como a definitiva (ou de mérito), impede a renovação do processo: isso se dá quando a extinção tiver sido decretada por reconhecimento de litispendência, coisa julgada ou perempção (art. 485, V)”
Extinção do processo com resolução de mérito
No CPC, as expressões lidem e mérito da causa possuem o mesmo significado, dessa forma a solução ou não do mérito é o mesmo que dizer se houve ou não sentença resolvendo o conflito. Como acabamos de ver, as sentenças são classificadas entre definitivas e terminativas. Veremos agora como se dá uma sentença, ou como é a sua homologação, definitiva. 
Com isso, primeiro devemos relembrar que esta sentença não extingue o processo, pois a relação processual ainda subsiste até haver o trânsito em julgado, e que a decisão dele e todos os casos precisará da decisão final do juiz. Dessa forma, o processo somente terá a resolução do mérito da causa em três situações: quando o juiz (a) aceitar ou recusar o pedido formulado na ação ou reconvenção; (b) decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; (c) ou, quando as partes acordarem entre si e o juiz homologar a decisão, reconhecendo o pedido da ação ou reconvenção; quando houver transação, ou até por renúncia das partes (Art. 487). 
SENTENÇA VERADEDEIRA
Tem se por sentença verdadeira aquela em que o magistrado reconhece ou rejeita o pedido, ou a reconvenção.
“Está preservada no CPC de 2015 a célebre distinção entre as “verdadeiras” sentenças de mérito, assim entendidas aquelas em que efetivamente há julgamento, no sentido de apreciação, para acolher ou para rejeitar, no todo ou em parte, o(s) pedido(s) de tutela jurisdicional.”
SENTENÇA FALSA
As “falsas” sentenças de mérito, são as que não há, propriamente, julgamento nenhum, mas uma mera equiparação de regime jurídico.
“A primeira das “falsas” sentenças de mérito é a prevista no inciso II do art. 487, quando o magistrado “decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição”.
“O inciso III do art. 487 trata das hipóteses, todas elas “falsas sentenças de mérito”, em que a sentença homologa o reconhecimento da procedência do pedido formulado pelo autor ou pelo réu, a transação, ou, ainda, a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção”
ELEMENTOS DA SENTENÇA
A sentença proferida pelo magistrado, deverá ter alguns requisitos formais, que são elencados no art.; 489, CPC[footnoteRef:10], são eles o relatório, fundamento e o dispositivo. Quando estes requisitos não forem apreciados correra o risco de ser considerado invalido. [10: Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
] 
“O primeiro elemento exigido pelo inciso I do art. 489 é o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação (e, se houver, também reconvenção), bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo. O segundo são os fundamentos, parte da decisão na qual o magistrado analisará e discutirá as questões de fato e de direito que embasará o terceiro elemento, o dispositivo, no qual o magistrado resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem, exteriorizando a sua conclusão sobre elas.”
Vinculação aos pedidos
A sentença que decide o mérito deve atender precisamente aos pedidos formulados na petição ou reconvenção, o que for a menos, omisso, mais, ou diferente devem ser anulados ou nulos. O remédio constitucional usado para atender tais erros é o embargo de declaração, e o juiz deve resolver no prazo de 5 dias. Desta forma, podemos organizá-los em extrapetita, ultrapetita, citrapetita e omissa.
Extrapetita: Quando o magistrado decide diferente do que foi pedido. 
Ex: Pediu dano moral e recebeu dano material.
Desta o efeito é nulo, pois não se aproveita nada. Devera refazer.
Ultrapetita: Decisão em que é dado além daquilo em que foi pedido.
Ex: Pediu R$ 10 mil e recebeu R$ 100 mil. 
Efeito: anulável
Citrapetita: Onde o juiz dá a menos, ou não resolveu sobre tudo o que foi pedido.
Ex: Pediu R$ 100 mil e recebeu R$ 10 mil.
Efeito: Omisso, irá ser aproveitado o que já proferiu. 
Princípio da invariabilidade da sentença
“O art. 494 preserva o “princípio da invariabilidade da sentença”. Segundo este princípio, não pode o magistrado modificar a sentença quando ela tiver sido publicada, a não ser para corrigir inexatidões materiais ou erros de cálculo ou, ainda, como consequência do julgamento do recurso de embargos de declaração.”
- O fato novo, codificado no art. 493, não modifica a sentença, pois pode ocorrer depois da fase postulatória acontece e antes da sentença, sendo constitutivo, modificativo ou extintivo.
Remessa necessária
Existem dois casos em que a decisão de um juiz singular não surtira efeitos no mundo jurídico, são estas ações movidas contra a União, estados, municípios e D.F, suas autarquias e fundações de direito público. E embargos, em todo ou em parte à execução fiscal. Isto porque, segundo o art. 496[footnoteRef:11], devem ser reexaminas pelo tribunal, ou seja, precisa-se, necessariamente do duplo grau de jurisdição, independentemente de apelação, pois é automática. [11: Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.] 
Se caso o juiz singular não o fizer, o presidente do respectivo tribunal irar avocar[footnoteRef:12]. [12: Trazer para si.] 
As exceções a remessa necessária estão presentes nos parágrafos: 
“§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - Súmula de tribunal superior;
II - Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - Entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.”
Coisa Julgada
RECURSOS 
A parte do código que se trata os recursos está presente no Título II do Livro III da Parte Especial, codificada entre os artigos 994 a 1008, CPC. 
A fim de obtermos uma compreensão mais ampla do assunto e necessário, querido leitor, estudarmos sobre a teoria geral dos recursos. Segundo Jose Carlos Barbosa Moreira, a definição e recursos é “o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna”
Com esta bela definição vários elementos são apresentados sobre esta. Primeiramente sobre a voluntariedade mostra que primeiramente e exigido que a vontade daquele que argui deve ser manifestada, dentro do processo, com a finalidade de esclarecer, reformar, invalidar, o esclarecimento ou a integração de decisões jurisdicionais.
CLASSIFICAÇÃO
Os recursos como tais, podem ser classificados de 4 formas, as quais iremos ver agora.
O primeiro leva em conta o a extensão do inconformismo do recorrente em relação com a decisão que lhe prejudica. Com estes, segundo o artigo 1002[footnoteRef:13], os recursos podem ser totais ou parciais. [13: Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte] 
A segunda trata-se dos embargos de declaração, recursos especiais e extraordinários. Levam em conta os tipos de vícios presentes em uma decisão jurisdicional possui e qual recurso é necessário. Se subdividem em
· Fundamentação livre ----- simples inconformismo
· Fundamentação vinculada --- Além do inconformismo deve mostrar um prejuízo específico 
“O terceiro critério distingue os recursos ordinários dos recursos
extraordinários, levando em conta os recursos que viabilizam o total
e amplo reexame da causa em todos os seus aspectos, inclusive
com o reexame de provas e exame de questões novas e os que não
o admitem porque voltados, em última análise, a outra finalidade,
qual seja, a uniformização da interpretação do direito constitucional
federal e do direito infraconstitucional federal em todo o território
brasileiro. Os recursos especial e extraordinário e os embargos de
divergência são, nessa perspectiva, recursos extraordinários. Todos
os demais são recursos ordinários.
A última classificação distingue o recurso principal do adesivo, o
que pressupõe a manifestação recursal imediata do recorrente
(recurso principal) ou diferida no tempo, a depender do
comportamento da outra parte ou de um terceiro (recurso adesivo).
A classificação, bem entendida, relaciona-se mais com a forma de
interposição do recurso, de imediato ou a posteriori, do que,
propriamente, com o próprio recurso em si mesmo considerado. A
disciplina do recurso adesivo está nos §§ 1º e 2º do art. 997[footnoteRef:14]“. [14: Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. 169Código de Processo Civil § 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. § 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte: I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder; II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível. Art. 998. O recorrente pod Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. 169Código de Processo Civil § 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. § 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte: I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder; II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.] 
EFEITO
Existem na classificação dois tipos de efeitos nos recursos, o primeiro diz respeito a própria interposição, já o segundo do julgamento. 
“Com relação à interposição dos recursos, é correto entender a ocorrência dos seguintes efeitos: (i) obstativo (impedir a formação da coisa julgada, formal ou material, o que se pode extrair do art. 502); (ii) suspensivo (impedir, por disposição legal ou por decisão judicial, o início da eficácia da decisão recorrida, prolongando seu estado de ineficácia, ou sustar, também por disposição legal ou por decisão judicial, a eficácia da decisão recorrida até então experimentada, cuja disciplina central está no art. 995); (iii) regressivo (mais comumente chamado de efeito modificativo, é a possibilidade de o próprio prolator da decisão julgar o recurso, retratando-se, no todo ou em parte, alterando a decisão recorrida, que encontra expressa previsão nos arts. 331, caput; 332, § 3º ; 485, § 7º; 1.021, § 2º; 1.023, § 2º; 1.018, § 1º, e, com ressalvas, no inciso II do art. 1.040); e (iv) diferido (hipótese em que a admissibilidade do recurso depende do julgamento de outro recurso, tal o que ocorre com o recurso adesivo nos moldes do art. 997 e com os recursos extraordinário e especial diante do art. 1.031). 
“No que diz respeito ao julgamento dos recursos, os efeitos são os seguintes: (i) devolutivo (que corresponde à matéria que poderá ser examinada pelo órgão julgador do recurso na exata medida da impugnação do recorrente, que a transfere para rejulgamento, extraível do caput do art. 1.013); (ii) translativo (que corresponde à matéria que poderá ser examinada pelo órgão julgador do recurso independentemente da impugnação do recorrente, que é, nesse sentido, transferida para rejulgamento por força do ordenamento jurídico, tal como se vê do § 3º do art. 485, dos §§ 1º e 2º do art. 1.013 e, embora com ressalvas, do art. 1.034); (iii) expansivo (que corresponde às consequências do julgamento do recurso com relação à decisão, a outros atos do processo e/ou a outros sujeitos processuais – aspectos objetivo e subjetivo, portanto –, tal como se verifica dos §§ 3º e 4º do art. 1.013 e do art. 1.005, respectivamente); e (iv) substitutivo (a decisão do órgão julgador do recurso prevalece sobre a decisão recorrida se conhecido o recurso, albergado pelo art. 1.008)”
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EFICACIA IMEDIATA E EFEITO SUSPENSIVO
Segundo o artigo995, CPC, mostra que a interposição do recurso não impede a eficácia da decisão judicial. 
Desta fora, é notório que segundo o entendimento processualista, em regra, o os recursos não possuem força de suspenção por força de lei e, por isso, a decisão jurisdicional tem seus efeitos de imediato, com ou sem a interposição. A principal exceção desta regra está presente no artigo 1012, quando diz que a apelação possui efeito suspensivo. 
Como parágrafo primeiro do artigo em estudo diz, o magistrado poderá suspender os efeitos da sentença após a interposição se este verificar que existe um risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, ou quando ´demostrado que existe uma grande probabilidade de o recurso ser provido. 
LEGITIMADOS
Ministério Público, terceiro prejudicado, e, logicamente, a parte vencida.
 
ATOS DISPOSITIVOS RELATIVOS AO RECURSO
O artigo 998 admite que o recorrente possa desistir a qualquer momento, nem necessitar da anuência do recorrido ou dos outros membros do litisconsorte.
Já o 999, CPC, na mesma ideia do retrotranscrito, retira a necessidade de aceitação da parte contraria quando o aquele que possuí o direito nascido do proferimento da decisão desfavorecida, opta por renunciar ao recurso que lhe seria cabível. 
Contudo o seguinte artigo retira a possibilidade de recorrer quando a parte expressamente, ou tacitamente aceita a decisão do magistrado. 
TEMPESTIVIDADE
“O art. 1.003 cuida das regras relativas à tempestividade dos recursos e à forma de sua interposição. O prazo para interposição dos recursos e para sua resposta é de quinze dias, que, nos termos do art. 219, são contados apenas nos dias úteis (art. 1.003, § 5º ). A única exceção é a do recurso de embargos de declaração, em que o prazo de interposição e de resposta é de cinco dias (também úteis), como se verifica do § 2º do art. 1.023. Tratando-se do Ministério Público, de advogados públicos ou da Defensoria Pública, os prazos são de trinta e de dez dias, respectivamente, sempre contados apenas os dias úteis (arts. 180, caput, 183, caput, e 186, caput, respectivamente). O prazo tem início na data em que os detentores de capacidade postulatória, ou, se for o caso, a sociedade de advogados (art. 272, § 1º) são intimados da decisão (art. 1.003, caput). Se a decisão for proferida em audiência, é nela que se reputa realizada a intimação e deflagrado o prazo recursal (art. 1.003, § 1º)”.
“Se, durante o prazo recursal, falecer a parte ou o seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda a tramitação do processo, deve haver restituição de prazo em proveito do interessado, que começará a correr (desde o início) após a respectiva intimação (art. 1.004)”
APELAÇÃO
Segundo o artigo 1009, do CPC, da sentença cabe apelação. É querido leitor, prático a diferença existente entre a este recurso e ao agravo de instrumento, pois o último somente é cabível em decisões interlocutórias, ou seja, dentro do processo. 
O artigo responsável por distinguir decisão interlocutória, da sentença é o primeiro parágrafo do 203, CPC, onde define esta como um pronunciamento baseado nos artigos 485 e 487, como ou sem mérito, põe fim a fase de conhecimento e extingue a execução.
“Por essa razão – e somente por essa – é que se mostra ineficaz a discussão sobre a irrecusável inconstitucionalidade formal do § 3º do art. 1.009 por não guardar relação com nenhuma regra projetada pelo Senado nem pela Câmara e, neste sentido, violar os limites da atuação do Senado na derradeira etapa do processo legislativo. Sequer a lembrança do § 5º do art. 1.013, que reserva o cabimento da apelação contra “o capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória” – e nem poderia ser diferente diante do que vim a escrever –, sana o vício apontado relativo ao processo legislativo, porque trata-se de indevida generalização de particularíssima hipótese e, assim, criação de nova regra interditada naquele instante da atuação do Senado”
“O CPC de 2015 foi além quanto ao cabimento da apelação, diferenciando-se muito do regime dado àquele recurso pelo CPC de 1973. Isso porque também são recorríveis em apelação ou nas contrarrazões de apelo, as decisões interlocutórias não sujeitas ao recurso e agravo de instrumento. É o que está estatuído pelos §§ 1º e 2º do art. 1.009, analisado mais aprofundadamente no n. 4.3, infra.”
PETIÇÃO DE INTERPOSIÇO
O artigo 1010, trata-se do conteúdo da apelação, ou seja, das razões em que levaram ao apelante se utilizar deste recurso, que deve ser realizado no prazo de 15 dias a partir da data da intimação daquele que possuí legitimidade postulatória, e enviada ao JUIZ QUE DEU A SENTENÇA. Cabendo também, a demonstração da quitação das eventuais custas e do porte de remessa e retorno dos autos.
É dado o prazo também de 15 dias para o apelado apresentar as suas contrarrazões e se este entrar com recurso adesivo, caberá ao apelado no mesmo tempo de prazo para apresentar as suas contrarrazoes.
O atual código, a fim da trazer maior celeridade ao processo, aleluia, diz que após cumpridas todas estas formalidades, os autos serão remetidos ao tribunal, pelo juiz singular que deu a sentença, sem a necessidade deste prestar juízo de admissibilidade.
QUESTÕES NOVAS
“De acordo com o art. 1.014, novas questões de fato podem ser suscitadas no apelo pela primeira vez. Para tanto, o apelante ou, se for o caso, o apelado precisará alegar e provar que a alegação anterior não se deu por motivo de força maior. A vedação de inovação no apelo não atinge a viabilidade de ser alegado direito superveniente (o advento de uma nova lei, por exemplo, que merece ser considerada para o deslinde do caso concreto), fatos supervenientes ocorridos após a prolação da sentença, e, tampouco, as questões de ordem pública que, até por força do efeito translativo do apelo, devem ser apreciadas pelo Tribunal.”
EFEITO SUSPESIVO
“O caput do art. 1.012 preserva a regra do CPC de 1973 de que o recurso de apelação tem efeito suspensivo, o que merece ser compreendido no sentido de que a sentença é ineficaz desde seu proferimento, não surtindo efeitos senão depois de transcorrido in albis o prazo de apelo ou depois que ele for julgado. Os únicos efeitos que podem ser sentidos, neste ínterim, são os expressamente previstos em lei, tais como, os do art. 495 e a hipoteca judiciária lá disciplinada
‘.
“precitado § 3º tem o mérito de solucionar importante discussão sobre o órgão jurisdicional competente para apreciar o pedido de atribuição ope judicis do efeito suspensivo. Desde a interposição do apelo (o que se dá na primeira instância) e sua distribuição (o que pressupõe seu recebimento, física ou eletronicamente, pelo Tribunal), o requerimento será dirigido ao Tribunal que, de acordo com o seu regimento interno, indicará o órgão competente para sua apreciação. A partir do instante em que a apelação tiver sido distribuída, o relator passa a ser o competente, o que se harmoniza com o disposto no inciso II do art. 932”. 	
“Sobre os referenciais a serem observados para a atribuição ope judicis do efeito suspensivo do apelo, o § 4º do art. 1.012 refere-se à “probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação’”.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
É o recurso utilizado contra decisões interlocutórias no processo. O artigo 1015, CPC, elenca treze hipóteses em que existe o cabimento deste recurso, ressalvadas as outras dispersas no código. Trata-se de um rol taxativo.
É dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petições, no prazo de 15 dias, da intimação da decisão ao advogado. Já para os órgãos os governamentais como MP, Fazenda Pública, autarquias, fundações públicas e a defensoria o prazo é dobrado, ou seja, 30 dias. Assim como os demais recursos se não for recorrido tempestivamente, haverá o fenômeno da preclusão.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
O embargo de declaração é um recurso utilizado para o esclarecimento ou a integralização da decisão recorrida, a fim de a tornarmais clara e coesa, também é cabível para corrigir erros materiais. Ela é cabível para qualquer decisão.
Como retrotranscrito, segundo o artigo 1022, CPC, é um recurso cabível quando a decisão necessitar: I) esclarecimento de obscuridade ou contradição, II) supressão de ponto de omissão ou questão o qual o magistrado deveria ter se pronunciado, de ofício ou a requerimento, III) correção de erro material. 
A primeira hipótese diz sobre as decisões que o juiz não conseguiu trazer com clareza a sua decisão, até mesmo por conta de afirmações que não se conciliam entre si.
A omissão mostrada no inciso II apresenta não somente para questões que não foram manifestadas pelo magistrado através de requerimentos, mas também em relação àquelas que deveriam ser arguidas de ofício por ele. O primeiro parágrafo mostra casos em que o juiz também será omisso. 
Já o inciso III evidencia erros materiais sobre a decisão “Erro material deve ser compreendido como aquelas situações em que a decisão não se harmoniza, objetivamente, com o entendimento de que se pretendia exprimir ou que não condiz, também objetivamente, com os elementos constantes dos autos.”
PRAZOS
Embargo de declaração é o único recurso em que o prazo para interposição e de resposta não são de 15 dias úteis (art 1003. Pag 5). Segundo o art. 1023, CPC, o prazo para ambas é de 5 dias úteis.
Aos litisconsortes, na redação do art 229 do CPC, devem ser contados em dobro, em casos em que houver advogados ou procuradores de diferentes escritórios, salvo se os autos forem eletrônicos.
Segundo o art. 1026, como já dissemos outrora, diz que os embargos não possuem efeito suspensivo, porém interrompe os prazos para interposição de outros recursos.
PROCESSAMENTO
O segundo parágrafo do 1023, CPC, responde a que existe a necessidade do princípio do contraditório em embargos, e o prazo para tal é de 5 dias. 
A fim de imprimir maior celeridade ao processo, a redação do artigo convida a interpretação que a necessidade se pousa somente nos casos de o magistrado acatar efeitos modificativos da decisão. No entanto pe recomendado ao magistrado oferecer o contraditório em todas as situações, a fim de evitar situações embaraçosas. 
EFEITO SUSPENSIVO
Como já foi escrito antes, somente a apelação possui efeitos 	suspensivos, enquanto os embargos somente interrompem o prazo para a interposição de outros recursos. No entanto, segundo o parágrafo primeiro, do 1023, abre uma exceção ao permitir a suspensão ope judicis. Mas para que isso ocorra necessita-se que a parte demonstre ao juiz ( em casos de primeira instância) ou o relator ( já no âmbito do tribunal) a necessidade desta adoção, que em caso contrário haverá risco de dano grave ou de difícil reparação (995, CPC, 1º parag).
AÇÃO RECISÓRIA
Artigo 966 a 975,CPC.
Trata-se da viabilidade de desfazimento da coisa julgada material, interlocutória ou não, em casos de sentenças com decisão de mérito, ou então sem decisão de mérito quando impeça nova propositura da demanda ou admissibilidade do recurso correspondente (art. 966, parag 2º, I e II), perante o tribunal competente, por intermédio dos legitimados (art. 967), mediante a presença de pelo menos uma das situações mencionadas nos incisos do artigo 966, CPC.
Trata-se de uma nova ação, para que se abra um novo processo, perante o tribunal, que verse sobre o vício advindo do outro já julgado. Os requisitos para isto é ter interesse e legitimidade. 
HIPÓTESES DE CABIMENTO
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
I – Se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
 II – For proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
 IV – Ofender a coisa julgada;
 V – Violar manifestamente norma jurídica;
 VI – For fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
 VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; 
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
 § 1o Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.
 § 2o Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: 
I – Nova propositura da demanda; ou 
II – Admissibilidade do recurso correspondente.
 § 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão
. § 4o Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei. 
§ 5o Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento.
 § 6o Quando a ação rescisória se fundar na hipótese do
 § 5o deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica.
PRAZO
Segundo o artigo 975, CPC, o prazo para interposição é de dois anos contados do trânsito em julgado. Ou se descoberta prova nova, na redação do inciso VII do art. 966, 5 anos, contados do mesmo. 
RECURSO ESPECIAL
Conceito:
O recurso especial é um recurso extraordinário que tem como objetivo uniformizar a interpretação da lei federal pelos tribunais de segunda instância. Isso significa que o recurso especial é cabível para corrigir decisões judiciais que contrariam a lei federal, ou que a aplicam incorretamente.
Fundamento:
O fundamento do recurso especial está previsto no art. 105, III, da Constituição Federal, que estabelece que compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos tribunais estaduais ou federais, quando a decisão recorrida:
· contrariar ou negar vigência a tratado ou lei federal;
· julgar válido ato de lei local contestado em face de lei federal;
· der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja dado outro tribunal superior;
· aplicar lei federal a caso que, por sua natureza, deveria ser regido por lei estadual ou municipal;
· negar direito a que se refere a lei federal.
Cabimento:
· O recurso especial é cabível contra acórdãos proferidos pelos tribunais de justiça dos estados, territórios e do distrito federal, quando:
· contrariarem lei federal;
· negarem-lhe vigência;
· aplicá-la incorretamente.
Prazo:
O prazo para interposição do recurso especial é de 15 dias, contados da data da publicação do acórdão recorrido.
Preparo:
O recurso especial é um recurso gratuito, ou seja, não exige o pagamento de preparo.
Efeito:
O recurso especial tem efeito devolutivo, ou seja, a decisão recorrida é submetida ao STJ para reanálise.
Prequestionamento:
O prequestionamento é uma exigência do recurso especial. O prequestionamento ocorre quando a matéria objeto do recurso especial é decidida no acórdão recorrido, de forma expressa, implícita ou por omissão.
Explicação:
O recurso especial é um recurso que pode ser interposto contra acórdãos proferidos pelos tribunais de justiça dos estados, territórios e do distrito federal. O objetivo do recurso especial é uniformizar a interpretação da lei federal, ou seja, garantir que as decisões judiciaissejam tomadas de acordo com o que está previsto na lei federal.
Exemplos:
Aqui estão alguns exemplos de casos em que o recurso especial pode ser cabível:
Um tribunal de justiça decide que uma lei federal é inconstitucional. O STJ pode julgar o recurso especial e confirmar a decisão do tribunal de justiça ou declarar a constitucionalidade da lei federal.
Um tribunal de justiça decide que uma pessoa não tem direito a um benefício previdenciário previsto em lei federal. O STJ pode julgar o recurso especial e confirmar a decisão do tribunal de justiça ou conceder o benefício à pessoa.
Um tribunal de justiça decide que um contrato é válido, mesmo que ele contrarie uma lei federal. O STJ pode julgar o recurso especial e confirmar a decisão do tribunal de justiça ou declarar o contrato nulo.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Conceito:
O recurso extraordinário é um recurso extraordinário que tem como objetivo garantir a observância da Constituição Federal nas decisões judiciais. Isso significa que o recurso extraordinário é cabível para corrigir decisões judiciais que contrariam a Constituição Federal.
Fundamento:
O fundamento do recurso extraordinário está previsto no art. 102, III, da Constituição Federal, que estabelece que compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar, em recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
· contrariar dispositivo da Constituição;
· declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público;
· julgar válida lei ou ato normativo do poder público contestado em face da Constituição.
Cabimento:
O recurso extraordinário é cabível contra acórdãos proferidos pelas cortes de justiça dos estados, territórios e do distrito federal, bem como por tribunais federais, quando:
· contrariarem a Constituição Federal;
· declararem a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público;
· julgarem válida lei ou ato normativo do poder público contestado em face da Constituição.
Prazo:
O prazo para interposição do recurso extraordinário é de 15 dias, contados da data da publicação do acórdão recorrido.
Preparo:
O recurso extraordinário é um recurso gratuito, ou seja, não exige o pagamento de preparo.
Efeito:
O recurso extraordinário tem efeito suspensivo, ou seja, a decisão recorrida é suspensa até o julgamento do recurso.
Prequestionamento:
O prequestionamento é uma exigência do recurso extraordinário. O prequestionamento ocorre quando a matéria objeto do recurso extraordinário é decidida no acórdão recorrido, de forma expressa, implícita ou por omissão.
Prazo:
 15 dias contados da publicação do acórdão recorrido.
Efeito: 
Suspensivo, ou seja, a decisão recorrida é suspensa até o julgamento do recurso.
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
Conceito:
O agravo em recurso especial e extraordinário é um recurso que tem como objetivo impugnar a decisão que inadmitiu o recurso especial ou extraordinário. É cabível contra decisão proferida pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de origem.
Fundamento:
O fundamento do agravo em recurso especial e extraordinário está previsto no art. 1.042 do Código de Processo Civil, que estabelece que cabe agravo em recurso especial ou extraordinário contra decisão que inadmitiu o recurso especial ou extraordinário.
Cabimento:
O agravo em recurso especial e extraordinário é cabível contra decisão proferida pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de origem, que inadmitiu o recurso especial ou extraordinário.
Prazo:
O prazo para interposição do agravo em recurso especial e extraordinário é de 15 dias, contados da data da publicação da decisão recorrida.
Processamento:
O agravo em recurso especial e extraordinário é processado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou Supremo Tribunal Federal (STF), conforme o caso.
Preparo:
O agravo em recurso especial e extraordinário é um recurso gratuito, ou seja, não exige o pagamento de preparo.
Efeito:
O agravo em recurso especial e extraordinário tem efeito suspensivo, ou seja, a decisão recorrida é suspensa até o julgamento do agravo.
Conclusão:
O agravo em recurso especial e extraordinário é um instrumento importante para garantir o acesso à justiça. Ele permite que as partes que tiveram seu recurso especial ou extraordinário inadmitido possam impugnar essa decisão e garantir que seu caso seja analisado pelo tribunal superior competente.

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