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b) a cardiomiopatia do cirrótico se caracteriza por resposta sistólica aumentada,associada a vasodilatação no território esplâcnico e vasoconstricção renal pelo aumento de renina Correta. A CMC é caracterizada como uma disfunção cardíaca crônica, que cursa com a contratilidade cardíaca diminuída durante o estímulo e, ou diminuição do relaxamento diastólico, com alterações eletrocardiográficas que demonstram o prolongamento do intervalo QT, na ausência de doença cardíaca. Normalmente, pacientes cirróticos apresentam disfunção diastólica de ventrículo esquerdo, com função sistólica preservada. Diversos são os mecanismos envolvidos na patogênese da cardiomiopatia cirrótica, destacando-se o aumento do débito cardíaco relacionado ao estado hiperdinâmico da circulação - com aumento da função sistólica pela baixa resistência vascular periférica -. No paciente com cirrose hepática, independente da etiologia, há um aumento na produção e da atividade de vasodilatores, como ON, endocanabinoides e monóxido de carbono, e uma diminuição da metabolização de outros vasodilatadores devido à insuficiência hepática e ao shunt portossistêmico. Todos esses aspectos contribuem para redução da resistência vascular periférica, circulação hiperdinâmica e débito cardíaco insuficiente para a demanda metabólica. A vasodilatação sistêmica ocasiona redistribuição da circulação e hipovolemia central que, por sua vez, acarretam a ativação de mecanismos compensatórios sistêmicos, como o sistema renina-angiotensinaaldosterona (SRAA), além do aumento da liberação de vasopressina e da atividade do sistema nervoso simpático. Possivelmente o examinador referiu-se a resposta sistólica aumentada devido ao aumento do volume sistólico e débito cardíaco em repouso, decorrente do estado hiperdinâmico que ocorre nos pacientes cirróticos. Porém, é fundamental frisar que o coração do cirrótico possui resposta inadequada frente a estímulos - com disfunção sistólica frente a eles), e no decorrer da evolução da cardiomiopatia, ocorrerá invariavelmente algum grau de disfunção sistólica. c) paracentese de grande volume com reposição de albumina (8 g/litro de asciteremovida) é o tratamento de primeira linha para o tratamento de ascite refratária e os diuréticos devem ser descontinuados naqueles pacientes que tem excreção de sódio maior que 30 mEq/dia Incorreta. Apenas a primeira parte da afirmação está correta. O tratamento de escolha para pacientes com ascite grau refratária é representado por paracentese de grande volume. A remoção de grandes volumes de líquido ascítico é potencialmente associada a uma redução adicional do volume sanguíneo efetivo, uma condição conhecida como disfunção circulatória pós-paracentese (DCPP). As manifestações clínicas da PPCD são insuficiência renal, hiponatremia dilucional, encefalopatia hepática e redução da sobrevida. Por este motivo, a albumina deve ser utilizada com expansor plasmático quando realiza-se parecentese acima de 5 litros. A segunda parte está incorreta. O tratamento da ascite com diuréticos deve ser CONTINUADO somente quando a excreção urinária de sódio sob terapêutica diurética for superior a 30 mmol/dia (30 mEq/dia), pois nos com excreção <30 mEq/dia não há eficácia em seu uso e devem descontinuar a medicação. d) nos critérios diagnósticos de SHR deve ser considerada uma função renal inalteradaapós 48 horas de suspensão de diuréticos e expansão do volume plasmático com albumina (1g/Kg/d, máximo de 100g/d)
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