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Banco de Questões - Clínica Médica-1490

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b) a cardiomiopatia do cirrótico se caracteriza por resposta sistólica aumentada,associada a 
vasodilatação no território esplâcnico e vasoconstricção renal pelo aumento de renina 
Correta. A CMC é caracterizada como uma disfunção cardíaca crônica, que cursa com a 
contratilidade cardíaca diminuída durante o estímulo e, ou diminuição do relaxamento 
diastólico, com alterações eletrocardiográficas que demonstram o prolongamento do intervalo 
QT, na ausência de doença cardíaca. Normalmente, pacientes cirróticos apresentam disfunção 
diastólica de ventrículo esquerdo, com função sistólica preservada. Diversos são os 
mecanismos envolvidos na patogênese da cardiomiopatia cirrótica, destacando-se o aumento 
do débito cardíaco relacionado ao estado hiperdinâmico da circulação - com aumento da 
função sistólica pela baixa resistência vascular periférica -. No paciente com cirrose hepática, 
independente da etiologia, há um aumento na produção e da atividade de vasodilatores, como 
ON, endocanabinoides e monóxido de carbono, e uma diminuição da metabolização de outros 
vasodilatadores devido à insuficiência hepática e ao shunt portossistêmico. Todos esses 
aspectos contribuem para redução da resistência vascular periférica, circulação hiperdinâmica 
e débito cardíaco insuficiente para a demanda metabólica. A vasodilatação sistêmica ocasiona 
redistribuição da circulação e hipovolemia central que, por sua vez, acarretam a ativação de 
mecanismos compensatórios sistêmicos, como o sistema renina-angiotensinaaldosterona 
(SRAA), além do aumento da liberação de vasopressina e da atividade do sistema nervoso 
simpático. Possivelmente o examinador referiu-se a resposta sistólica aumentada devido ao 
aumento do volume sistólico e débito cardíaco em repouso, decorrente do estado 
hiperdinâmico que ocorre nos pacientes cirróticos. Porém, é fundamental frisar que o coração 
do cirrótico possui resposta inadequada frente a estímulos - com disfunção sistólica frente a 
eles), e no decorrer da evolução da cardiomiopatia, ocorrerá invariavelmente algum grau de 
disfunção sistólica. 
c) paracentese de grande volume com reposição de albumina (8 g/litro de asciteremovida) é o 
tratamento de primeira linha para o tratamento de ascite refratária e os diuréticos devem ser 
descontinuados naqueles pacientes que tem excreção de sódio maior que 30 mEq/dia 
Incorreta. Apenas a primeira parte da afirmação está correta. O tratamento de escolha para 
pacientes com ascite grau refratária é representado por paracentese de grande volume. A 
remoção de grandes volumes de líquido ascítico é potencialmente associada a uma redução 
adicional do volume sanguíneo efetivo, uma condição conhecida como disfunção circulatória 
pós-paracentese (DCPP). As manifestações clínicas da PPCD são insuficiência renal, 
hiponatremia dilucional, encefalopatia hepática e redução da sobrevida. Por este motivo, a 
albumina deve ser utilizada com expansor plasmático quando realiza-se parecentese acima de 
5 litros. A segunda parte está incorreta. O tratamento da ascite com diuréticos deve ser 
CONTINUADO somente quando a excreção urinária de sódio sob terapêutica diurética for 
superior a 30 mmol/dia (30 mEq/dia), pois nos com excreção <30 mEq/dia não há eficácia em 
seu uso e devem descontinuar a medicação. 
d) nos critérios diagnósticos de SHR deve ser considerada uma função renal inalteradaapós 48 
horas de suspensão de diuréticos e expansão do volume plasmático com albumina (1g/Kg/d, 
máximo de 100g/d)

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