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EFEITOS DOS RECURSOS

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RESUMO TEXTO 4: EFEITOS DOS RECURSOS
Classificação dos efeitos dos recursos:
São dois efeitos prevalecentes: o devolutivo e o suspensivo, estes estão mencionados no CPC arts. 520, 521, 475-I, §1º. O primeiro consiste na matéria impugnada a novo julgamento. Enquanto o segundo impede a produção dos efeitos próprios da resolução judicial.
Existem ainda dois efeitos: o expansivo e translativo. O efeito expansivo apresenta dois pontos de vista objetivo interno (quando o provimento do recurso atinge matéria alheia à impugnação, mas depende da parte reformada ou anulada do provimento), o objetivo externo (quando o provimento do recurso reflete em provimentos autônomos, mas dependente do impugnado) e o subjetivo (quando interposto o recurso por um dos litisconsortes, o provimento aproveita os restantes, conforme art. 509).
Os efeitos regressivo e diferido são acrescentados aos efeitos clássicos, uma vez que o regressivo, quando interposto o recurso, o próprio órgão que emitiu o provimento é qual irá reexaminá-lo, como exemplo o embargo de declaração; já o diferido é o recurso que na hipótese de o respectivo julgamento subordinar-se à oportuna interposição de recurso contra outro provimento, como exemplo o agravo retido.
Os embargos de declaração, conforme art.538, interrompem o prazo para os outros recursos, sugerindo uma categoria de efeito interruptivo. No direito brasileiro nem sempre a falta de interposição de recurso implica em cessação da litispendência.
Efeito obstativo:
A interposição de qualquer recurso adia coisa julgada, na verdade é um estorvo para o aparecimento da coisa julgada formal. No efeito obstativo o recurso impede ou obsta, quando se trata de provimento acerca do mérito, a eficácia da coisa julgada, assim prolongando-se o processo até o julgamento do recurso.
Efeito devolutivo:
Todo recurso exibe efeito devolutivo, uma vez que ocorre quando o juiz “devolve” ao Tribunal o conhecimento da causa para uma nova apreciação, porém podendo-se manter a execução provisória da sentença proferida em 1ª Instância até o julgamento do recurso. Ao receber um recurso, o juiz de 1ª Instância declara se o efeito daquele recurso é devolutivo ou suspensivo. Todos os recursos, exceto os Embargos de Declaração, são recebidos com efeito devolutivo. O Juiz pode recebê-los em duplo efeito, ou seja, no efeito devolutivo e no efeito suspensivo. Com o efeito devolutivo há a exclusão do benefício comum, appellatio generalis.
Efeito suspensivo:
O efeito suspensivo impede a produção dos efeitos próprios do provimento. Ou seja, quando a sentença de 1ª Instância for proferida, esta não pode ser executada até o julgamento do recurso. Mesmo que se autorize, excepcionalmente, a execução, esta será provisória enquanto pendente o recurso.

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