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CHIKUNGUNYA NA PEDIATRIA

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Pediatria – Amanda Longo Louzada 
1 CHIKUNGUNYA NA PEDIATRIA 
INTRODUÇÃO: 
 A viremia persiste por até 10 dias após o 
surgimento das manifestações clínicas. 
TRANSMISSÃO: 
 Picada de fêmeas dos Aedes aegypti e Aedes 
albopictus; 
 Transmissão vertical pode ocorrer (50%) quase 
que exclusivamente no intraparto de gestantes 
virêmicas e, muitas vezes, provoca infecção 
neonatal grave. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Os sinais e sintomas são clinicamente parecidos 
aos da dengue – febre de início agudo, dores 
articulares (>> com ou sem edema) e 
musculares, cefaleia, náusea, fadiga e 
exantema. 
 Após o período de incubação inicia-se a fase 
aguda ou febril, que dura até o 14º dias, apos 
com persistência das dores articularese duração 
de até 3 meses (fase subaguda). > 3 meses = 
crônico. 
 O recém-nascido é assintomático nos primeiros 
dias 
 Sintomas a partir do 4 dia (3 a 7 dias) 
 Febre, síndrome álgica, recusa da mamada, 
exantemas, descamação, hiperpigmentação 
cutânea e edema de extremidades 
 As formas graves são frequentes nesta faixa 
etária, como o surgimento de complicações 
neurológicas ,hemorrágicas e acometimento 
miocárdico (miocardiopatia hipertrófica, 
disfunção ventricular, pericardite). 
 RN e crianças que não verbalizam: 
 Sinais típicos de dor e sofrimento físico 
 Sobrancelhas cerradas e protuberâncias entre 
elas e os sulcos verticais da testa 
 Olhos ligeiramente fechados 
 Bochechas levantadas 
 Nariz alargado e abaulado 
 Aprofundamento da dobra nasolabial 
 Boca aberta e quadrada 
 Sinais autonômicos vitais inespecíficos, que 
também podem refletir outros processos, como 
febre, hipoxemia e disfunção cardíaca ou renal 
 1 – 3 anos: pode ser verbalmente agressivo 
 Chorar intensamente 
 Comportamento regressivo 
 Empurrar o examinador para longe após 
estímulo doloroso ser aplicado 
 Proteger a área dolorosa do corpo 
 Ter dificuldade de dormir 
 Resistência física 
 Pré-escolares e escolares: podem verbalizar a 
intensidade da dor, dificuldade para dormir 
 Adolescentes: 
 Mudança nos padrões do sono ou apetite 
 Dificuldade para dormir 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
 Isolamento viral: até o 5 dia de início de 
sintomas) de soro, sangue total e líquido 
cefalorraquidiano (LCR) (em casos de 
meningoencefalite) 
 RT-PCR (Reverse-Transcription Polymerase 
Chain Reaction) e o qRT-PCR (Real Time RT-
PCR)-> até o 8 dia após o aparecimento dos 
sintomas- o período de maior viremia 1 ao 5 dia. 
 EnzymeLinked Immunosorbent Assay (ELISA): a 
partir do 2 dia após o aparecimento dos sintomas 
(sendo que o período mais indicado para essa 
investigação sorológica é a partir do 5 dia) e do 
tipo IgG, a partir do 6 dia. 
 Teste imunocromatográfico do tipo Point-of-Care 
(POC): o triagem, - resultado é positivo uma 
nova amostra necessita ser coletada para 
confirmação por sorologia ELISA . 
CASO SUSPEITO: 
 Paciente com febre por até 7 dias + artralgia 
intensa de início súbito 
GRUPOS DE RISCO: 
 Menores de 2 anos 
 Pacientes com comorbidades 
SINAIS DE GRAVIDADE E CRITÉRIOS DE 
INTERNAÇÃO: 
 Acometimento neurológico 
 Sinais de choque 
 Dispneia 
 Dor torácica 
 Vômitos persistentes 
 Neonatos 
 Descompensação de doença de base 
 Sangramento de mucosas 
CONDUTA: 
PACIENTES SEM SINAIS DE GRAVIDADE, SEM 
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO E\OU CONDIÇÕES DE 
RISCO: 
 Acompanhamento ambulatorial 
 Avaliar a intensidade da dor 
 Hidratação oral 
Pediatria – Amanda Longo Louzada 
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 Avaliar hemograma para apoio e diagnóstico 
diferencial 
 Encaminhar para a unidade de referência a partir 
de surgimento de sinais de gravidade ou critérios 
de internação 
 Notificar 
 Orientar retorno no caso de persistência da febre 
por mais de 5 dias ou no aparecimento de sinais 
de gravidade 
PACIENTES DO GRUPO DE RISCO: 
 Acompanhamento ambulatorial em observação 
 Avaliar a intensidade da dor 
 Hidratação oral 
 Avaliar hemograma para apoio e diagnóstico 
diferencial 
 Encaminhar para a unidade de referência a partir 
de surgimento de sinais de gravidade ou critérios 
de internação 
 Notificar 
 Orientar retorno diário até desaparecimento da 
febre 
PACIENTES COM SINAIS DE GRAVIDADE E\OU 
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO: 
 Acompanhamento em internação 
 Avaliar hemograma para apoio e diagnóstico 
diferencial 
 Encaminhar para a unidade de referência a partir 
de surgimento de sinais de gravidade ou critérios 
de internação 
 Notificar 
 Tratar complicações graves e acordo com a 
situação clínica 
CRITÉRIOS DE ALTA: 
 Melhora clínica 
 Ausência de sinais de gravidade 
 Aceitação de hidratação oral 
 Avaliação laboratorial

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