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RESUMOS AÇÕES POSSESSÓRIA E CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

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AÇÕES POSSESSÓRIAS
- 28.1. Proteção possessória:
 É a tutela jurisdicional da posse contra atos que a ofendam ou ameacem, por meio de três ações: reintegração de posse, manutenção de posse e interdito proibitório. A ação adequada depende da espécie de agressão: esbulho (perda da posse), turbação (perda parcial da posse) ou ameaça (risco de ofensa à posse).
- 28.2. Fungibilidade: 
É a possibilidade de o juiz conceder uma tutela possessória diferente da pedida pelo autor, se entender que a situação fática se enquadra em outra espécie de moléstia à posse. A fungibilidade visa evitar o prejuízo ao possuidor pela escolha equivocada da ação, considerando as dificuldades de distinção entre esbulho, turbação e ameaça, e as possíveis alterações na situação possessória durante o processo.
- 28.3. Ação dúplice: 
É aquela em que o réu pode obter o bem da vida disputado pela simples improcedência do pedido do autor, sem necessidade de formular pedido expresso na contestação. As ações possessórias não são dúplices, pois o réu deve fazer pedido contraposto ao autor na própria contestação, se quiser obter a proteção possessória em seu favor.
- 28.4. Competência:
Em regra, é da Justiça Comum Estadual a competência para julgar as ações possessórias, salvo se envolverem entes federais ou questões trabalhistas. A competência territorial é do foro do local do imóvel, se for bem imóvel, ou do domicílio do réu, se for bem móvel. A competência é absoluta no primeiro caso e relativa no segundo.
- 28.5. Legitimação:
O possuidor é parte legítima para propor a ação possessória, seja ele direto ou indireto. O detentor da coisa não tem legitimidade ativa, pois não exerce a posse em nome próprio. No polo passivo, é parte legítima o sujeito responsável pelo ato de moléstia à posse, seja ele possuidor ou não.
- 28.6. Exceção de domínio:
É a alegação do direito de propriedade como defesa em uma ação possessória. O Novo CPC veda essa possibilidade, pois a posse é um direito autônomo e pode ser oposta contra o próprio proprietário. A exceção só é admitida quando ambas as partes disputam a posse com base na propriedade, caso em que se trata de uma ação petitória e não possessória.
- 28.7. Cumulação de pedidos:
O Novo CPC permite ao autor que cumule com o pedido de proteção possessória outros pedidos, como indenização por perdas e danos, indenização de frutos e medidas necessárias e adequadas para evitar nova turbação ou esbulho ou para cumprir a tutela provisória ou final. Esses pedidos devem estar fundamentados na causa de pedir e nos fatos narrados na petição inicial.
- 28.8. Procedimento: 
É o conjunto de regras que disciplinam o andamento das ações possessórias, que podem ser de posse nova ou de posse velha, dependendo do tempo decorrido entre a agressão e a propositura da demanda.
- 28.8.1. Reintegração e manutenção de posse: 
São as ações cabíveis quando há esbulho (perda da posse) ou turbação (perda parcial da posse) de bem imóvel ocorridos há menos de ano e dia. Seguem um procedimento especial que prevê a concessão de liminar inaudita altera parte, desde que a petição inicial esteja devidamente instruída. Caso contrário, o juiz poderá designar audiência de justificação prévia para colher provas do autor. O réu será citado ou intimado para comparecer à audiência e para apresentar contestação no prazo legal.
- 28.8.2. Interdito proibitório:
É a ação cabível quando há ameaça de ofensa à posse de bem imóvel, independentemente do tempo decorrido. Segue o procedimento comum, mas admite a concessão de liminar para proibir o ato iminente, mediante caução real ou fidejussória. O réu será citado para contestar e poderá impugnar a caução prestada pelo autor.
- 28.8.3. Especialidades procedimentais no litígio coletivo pela posse: 
São as regras aplicáveis quando o polo passivo é formado por uma multidão de pessoas, como nos casos de invasão de terras públicas ou privadas por movimentos sociais. Nesses casos, a citação será feita por edital ou por outros meios idôneos, como rádio, televisão ou internet. O prazo para contestação será contado da data da publicação do edital ou da divulgação do ato citatório pelos outros meios. O juiz poderá determinar medidas para facilitar a identificação dos réus e para garantir a segurança dos oficiais de justiça.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
26.1. INTRODUÇÃO: 
A consignação em pagamento é uma forma de extinguir uma obrigação quando o devedor não consegue pagar por causa da recusa do credor ou de um obstáculo alheio à sua vontade. O procedimento especial é regulado pelos arts. 539 a 549 do Novo CPC.
26.2. CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL: 
O devedor pode optar pela consignação extrajudicial, que dispensa a intervenção do Poder Judiciário, desde que preencha certos requisitos, como a prestação pecuniária, o conhecimento do endereço e da capacidade do credor, e a ausência de litígio sobre o crédito. O devedor deve depositar o valor em um estabelecimento bancário e notificar o credor para que se manifeste em 10 dias. O credor pode aceitar, recusar ou silenciar sobre o depósito, gerando efeitos diferentes.
263. COMPETÊNCIA: 
A competência para a ação de consignação em pagamento é do foro do lugar do pagamento, salvo se houver cláusula de eleição de foro válida. Trata-se de competência territorial, relativa por natureza, que pode ser prorrogada ou declinada.
26.4. LEGITIMIDADE: 
O legitimado ativo é o devedor ou seus sucessores, podendo também ser terceiros interessados ou não na relação obrigacional. O legitimado passivo é o credor, que deve ser certo e capaz. Se for desconhecido ou houver dúvida sobre sua identidade, haverá citação por edital ou litisconsórcio passivo necessário.
26.5. OBJETO DA DEMANDA CONSIGNATÓRIA: 
O objeto da demanda é a declaração da extinção da obrigação pelo depósito correto e suficiente da quantia ou coisa devida. O pedido do autor é meramente declaratório, sendo discutida a idoneidade do depósito. A certeza e a liquidez da obrigação são requisitos para o cabimento da ação.
26.6. PROCEDIMENTO: 
A petição inicial deve seguir os requisitos dos arts. 319 e 320 do Novo CPC, devendo o autor provar o depósito e a recusa do credor, se for o caso. O juiz analisa a regularidade formal da petição inicial e intima o autor para realizar o depósito em cinco dias, se ainda não o fez. A citação do réu depende do depósito efetivo. O réu pode levantar o valor ou a coisa depositada, contestar com as defesas previstas no art. 544 do Novo CPC, reconvenir ou silenciar. O procedimento segue o rito comum após a citação do réu, sendo possível a produção de provas e o julgamento antecipado ou não do mérito. A sentença tem natureza declaratória, podendo também ser condenatória se houver insuficiência do depósito e o autor não complementá-lo em 10 dias.
26.7. COMPLEMENTAÇÃO DO DEPÓSITO: 
Se o réu alegar que o depósito é insuficiente, o autor poderá complementá-lo em 10 dias, desde que a prestação ainda seja útil ao credor. Se o autor não complementar, o réu poderá levantar o valor depositado e o autor será condenado a pagar a diferença.
26.8. CONSIGNAÇÃO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS: 
Se a obrigação for de trato sucessivo, o autor poderá consignar as prestações vincendas no prazo de cinco dias do vencimento, enquanto estiver pendente o processo. O termo final da consignação incidental é controvertido na doutrina e na jurisprudência.
26.9. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO FUNDADA NA DÚVIDA REFERENTE À TITULARIDADE DO CRÉDITO:
Se o devedor tiver dúvida sobre quem é o verdadeiro credor, poderá propor a ação de consignação em pagamento contra todos os que se apresentem como credores, formando-se um litisconsórcio passivo necessário. O juiz declarará extinta a obrigação em favor de quem provar ser o legítimo credor.
26.10. CONSIGNATÓRIA DE ALUGUÉIS E OUTROS ENCARGOS LOCATÍCIOS: 
A consignação de aluguéis e outros encargos locatícios tem procedimento especial previsto na Lei 8.245/1991, que prevê a possibilidade de depósito extrajudicial ou judicial, a notificação do locador para manifestar-se sobre o depósito,a citação do locador para contestar ou levantar o valor, e a sentença declaratória da extinção da obrigação ou condenatória do locatário ao pagamento da diferença.

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