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RESUMOS PARA AULA 3

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Você sabe diferenciar os institutos do IAC e o IRDR? (resumo expandido 
do artigo Conjur) 
O artigo “Como a doutrina dos repetitivos impacta a vinculatividade 
das decisões judiciais” discute os institutos do incidente de resolução de 
demandas repetitivas (IRDR) e dos recursos repetitivos, criados pelo Código de 
Processo Civil (CPC) de 2015, como formas de uniformizar a jurisprudência e 
garantir maior segurança jurídica. O autor, Abrahan Lincoln Dorea Silva, é 
advogado e mestrando em direito civil pela Faculdade de Direito da USP. 
No presente texto, o autor explica que o direito brasileiro se baseia em 
um sistema de lei escrita e codificações, diferente do direito inglês, que se 
baseia em um sistema de precedentes ou direito jurisprudencial. No entanto, 
os precedentes judiciais têm relevância no ordenamento jurídico nacional, 
embora a vinculatividade dos precedentes seja tema recente no direito 
brasileiro. 
O primeiro tipo de precedente vinculante foi a súmula vinculante no 
Supremo Tribunal Federal (STF), criada pela Emenda Constitucional nº 45 e 
regulamentada pela Lei nº 11.417/2006, que vincula todos os tribunais e a 
administração pública em questões constitucionais. Posteriormente, foi criada 
a figura dos recursos repetitivos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela Lei nº 
11.672/2008, para dar vinculatividade também às decisões envolvendo 
matérias infraconstitucionais. 
O CPC de 2015 repaginou o sistema de precedentes no direito 
brasileiro, criando um sistema de casos repetitivos, que se divide em duas 
hipóteses: o IRDR e os recursos repetitivos. O IRDR é uma forma de resolução 
de casos repetitivos nos demais tribunais, que pode ser instaurado pelo juiz, 
pelo relator, pelas partes, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, 
quando houver repetição de processos que contenham controvérsia sobre a 
mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à 
segurança jurídica. O relator do incidente, ao admiti-lo, suspende todos os 
processos pendentes que tramitam no Estado ou na região e a decisão do 
incidente tem caráter vinculativo para todos os processos individuais e 
coletivos que versem sobre questão idêntica. 
Os recursos repetitivos são formas de afetação de recursos para o 
julgamento conjunto no STJ ou no STF, quando houver multiplicidade de 
recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de 
direito. O presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal 
regional seleciona dois ou mais recursos representativos de controvérsia para 
afetação e suspende todos os processos pendentes que tramitam no Estado 
ou na região. O relator do tribunal superior pode acrescentar dois ou mais 
recursos a este rol e suspender todos os processos em âmbito nacional que 
versem sobre a questão suscitada. A decisão do recurso repetitivo tem caráter 
vinculativo e os recursos que versem sobre a tese firmada serão declarados 
prejudicados ou julgados em conformidade com a tese firmada. 
Conclui que a disciplina dos julgamentos repetitivos se fundamenta em 
uma legítima preocupação do legislador em garantir maior previsibilidade das 
decisões judiciais e maior segurança jurídica, conforme o artigo 926 do CPC, 
que determina que os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-
la estável, íntegra e coerente. No entanto, também aponta que há 
controvérsia na doutrina sobre a constitucionalidade do IRDR, principalmente 
por ofensa à independência funcional dos juízes e ao contraditório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabe diferenciar os institutos do IAC e o IRDR? (resumo expandido 
site Jusbrasil) 
Embora o ordenamento jurídico brasileiro tenha a Lei como fonte 
primária do Direito, característica do sistema civil law, o sistema de 
precedentes e outros instrumentos de common law têm ganhado cada vez 
mais espaço no Brasil. As súmulas vinculantes, a sistemática de julgamento de 
recursos repetitivos e a criação de enunciados pelos Tribunais são exemplos 
disso. Nesse caminho, o Código de Processo Civil de 2015 positivou o Incidente 
de Assunção de Competência (IAC – art. 947) e o Incidente de Resolução de 
Demandas Repetitivas (IRDR – arts. 976 a 987), dois institutos jurídicos inspirados 
em estruturas de países de common law e que procuram produzir decisões 
com efeitos vinculantes, podendo ser chamadas de precedentes. 
Os dois institutos possuem inúmeros pontos de convergência, inclusive 
porque o IRDR possui regramento mais destrinchado e que acaba servindo 
como referência para o procedimento do IAC. Entretanto, suas diferenças são 
essenciais para compreender e utilizar adequadamente o microssistema de 
precedentes. 
O IRDR tem natureza jurídica reparadora, devendo ser instaurado 
quando houver cumulativamente: (i) efetiva repetição de processos em curso, 
cujas (ii) controvérsias versem unicamente sobre direito; e (iiI) risco de ofensa à 
isonomia e à segurança jurídica, que pode ser entendido como divergência 
jurisprudencial que pode ocasionar resultados diferentes para situações 
jurídicas análogas. Para evitar o aumento do risco indicado, determina-se a 
suspensão dos processos individuas e coletivos que tratem do mesmo tema e 
estejam no alcance jurisdicional do Tribunal julgador. 
Por sua vez, o IAC tem natureza jurídica preventiva e é voltado para (i) 
relevantes questões de direito, com (ii) grande repercussão social e (iii) sem 
repetitividade de processos. Por isso, a sua instauração não depende de, 
bastando a questão envolver relevante questão de direito. Ao não envolver 
demandas repetitivas, a instauração do IAC não suspende automaticamente 
os processos que versarem sobre o tema pendente de julgamento no 
incidente, sendo cabível apenas a suspensão de processos especificamente 
identificados. 
Em termos de procedimento, os dois institutos são bem parecidos. 
Após instaurados, os dois incidentes passam pelo juízo de admissibilidade, no 
qual é averiguada a presença dos requisitos, para que depois sejam tomadas 
providências em busca de contraditório substancial, como participação de 
amicus curiae, realização de audiências públicas e publicização do tema. Ao 
final, o mérito é julgado pelo colegiado – normalmente, órgão especial 
composto para maior amplitude da discussão. 
Assim, percebe-se que os instrumentos se diferenciam em sua origem, 
já que o IRDR é voltado para demandas repetitivas, em busca de reter a 
continuidade de ações com o mesmo tema, enquanto o IAC procura conter 
que casos com repercussão social possam se tornar repetitivos ou gerem 
consequências graves. Partes essenciais do fortalecimento da lógica de 
precedentes no Brasil, ambos desejam maior segurança jurídica e isonomia 
das decisões judiciais.

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