Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1/5 Atividade: Maria Olímpia trabalha em uma siderúrgica, na qual haverá a instalação de mais dois altos-fornos, em uma das plantas, e ela será responsável pelo desenvolvimento do projeto de controle para um desses altos-fornos. A imagem de um alto-forno instalado, como exemplo do que será utilizado, é vista adiante. Figura 1 — Alto-forno para exemplo, instalado em uma planta industrial Fonte: scanrail / 123RF. #PraCegoVer: fotografia de uma planta industrial ao anoitecer, onde é possível ver um alto-forno à esquerda e outros equipamentos industriais, iluminados. Após alguns testes, a engenheira levantou algumas informações importantes para o projeto, como o modelo matemático capaz de representar o principal sistema de temperatura utilizado no alto-forno: G(s)= _5_ s(s+1) Além disso, Maria Olímpia percebeu que será plausível estabelecer um erro de velocidade em regime permanente de 2% e que, para o projeto, será viável definir um compensador em avanço de fase, com margem de fase de 50°. Como você procederia para o desenvolvimento do projeto nesse caso apresentado? Mostre passo a passo sua resolução e as análises pertinentes, considerando, ainda, para o cálculo, a partir do erro informado, que: lim Kv = à sG(s) sà0 2/5 Resolução: Para desenvolver o projeto de controle, podemos seguir os seguintes passos: Passo 1: Encontrar os Parâmetros do Sistema Dado o modelo matemático do sistema: G(s) =__5__ s(s+1) Podemos analisar a resposta ao degrau unitário para entender melhor o comportamento do sistema. No entanto, uma análise detalhada pode ser realizada com o uso de software de simulação ou ferramentas específicas que irei apresentar ao final desse trabalho. Passo 2: Determinar o Erro de Velocidade em Regime Permanente A relação entre o erro em regime permanente (e ss) e o erro de velocidade em regime permanente (Kv) é: Kv = lims →0 sG(s) Kv = lims →0 s(__5__) s(s+1) Kv = lims→0 _5_ s+1 Kv = 5 Passo 3: Estabelecer o Erro de Velocidade em Regime Permanente Desejado Dado que o erro de velocidade em regime permanente desejado (Kvdesejado) é 2%, temos: Kvdesejado = Erro de Velocidade em Regime Permanente Original Erro de Velocidade em Regime Permanente Desejado 0.02 = Kvdesejado Kv Kvdesejado = 0.02 × Kv Kvdesejado = 0.02 × 5 = 0.1 Kvdesejado = 0.1 Passo 4: Projetar o Compensador em Avanço de Fase O compensador em avanço de fase é definido como: Gc(s) = _(1+T1s)_ (1+αT1s) 3/5 onde T1 é a constante de tempo do compensador e α é o ganho do compensador. A margem de fase desejada (ϕm) é 50°. ϕm = arg(1 + G(jω)Gc(jω)) − 180° onde ω é a frequência em que a margem de fase ocorre. Sendo assim temos, ϕm é dado e ω pode ser calculado. ϕm = arg(1+_5(1+T1jω)_) −180° = 50° jω(1+αT1jω) Essa equação deve ser resolvida para ω, que representa a frequência onde a margem de fase desejada ocorre. Passo 5: Encontrar os Parâmetros do Compensador Uma vez que ω é encontrado, podemos determinar T1 e α. ω = frequência onde ϕm ocorre T1=_1_ ω α = 1+sin(ϕm) 1−sin(ϕm) Passo 6: Avaliar o Desempenho do Sistema Após projetar o compensador, é importante simular o sistema para avaliar seu desempenho em relação aos requisitos de desempenho, como estabilidade, tempo de resposta etc. Passo 7: Simulação (MATLAB) Criei um exemplo no MATLAB para ilustrar o projeto de controle com compensador em avanço de fase. Neste exemplo, usarei a função de transferência fornecida G(s)=_5_ s(s+1) Projetarei um compensador em avanço de fase para atender aos requisitos. Scritp MATLAB % Definir a função de transferência do sistema original numerator = [5]; denominator = [1, 1, 0]; G = tf(numerator, denominator); % Encontrar o erro de velocidade em regime permanente original (Kv) Kv_original = dcgain(G); % Definir o erro de velocidade em regime permanente desejado Kv_desejado = 0.1; % Calcular o ganho necessário para atingir o erro de velocidade desejado 4/5 compensador_gain = Kv_desejado / Kv_original; % Especificar a margem de fase desejada phi_m = 50; % Calcular os parâmetros do compensador em avanço de fase alpha = (1 + sind(phi_m)) / (1 - sind(phi_m)); % Calcular a frequência onde a margem de fase desejada ocorre omega = fminsearch(@(w) abs(atan2(imag(evalfr(G, 1i*w)), real(evalfr(G, 1i*w))) + deg2rad(phi_m)), 1); % Calcular a constante de tempo do compensador T1 = 1 / (omega * sqrt(alpha)); % Criar a função de transferência do compensador num_compensador = [compensador_gain, compensador_gain * alpha * T1]; denom_compensador = [1, T1, 0]; Gc = tf(num_compensador, denom_compensador); % Sistema em malha fechada system_open = G * Gc; system_closed = feedback(system_open, 1); % Visualizar a resposta ao degrau figure; step(system_closed); title('Resposta ao Degrau do Sistema em Malha Fechada'); % Visualizar o diagrama de Bode figure; bode(system_open); title('Diagrama de Bode do Sistema em Malha Aberta'); A coordenação entre um religador de subestação, a seccionadora e o elo fusível são essenciais para garantir a confiabili- dade e a segurança do sistema elétrico e ativos envolvidos (equipamentos). Essa coordenação envolve a seleção ade- quada de dispositivos de proteção e a configuração deles para garantir que, em caso de falhas ou curtos-circuitos, a inter- rupção do fornecimento de energia seja realizada de forma seletiva e eficaz. Normalmente o termo utilizado é carta de ajustes ou estudo de seletividade. Abaixo, apresento um estudo simples dos pré-requisitos necessários para essa coorde- nação: 5/5 1. Conhecimento das características do sistema elétrico: • É essencial ter um profundo entendimento da topologia e das características do sistema elétrico, inclu- indo a capacidade de curto-circuito, a impedância da linha e a configuração da subestação. Esses dados são fundamentais para a seleção adequada dos dispositivos de proteção. 2. Seleção adequada de dispositivos de proteção: • Escolha de religadores de subestação, seccionadoras e elos fusíveis que atendam aos requisitos de coor- denação. Isso envolve a seleção de dispositivos com curvas de atuação, correntes nominais e capacida- des de interrupção apropriadas para a aplicação. 3. Curvas de coordenação: • As curvas de coordenação são gráficos que mostram a relação entre a corrente de curto-circuito e o tempo de atuação dos dispositivos de proteção. É importante calcular essas curvas para cada dispositivo e garantir que elas se sobreponham de forma apropriada, permitindo a atuação seletiva. 4. Estudo de coordenação de proteção: • Realize um estudo de coordenação de proteção que analise a operação coordenada dos dispositivos em diferentes cenários de falha, levando em consideração as características do sistema elétrico. Esse estudo ajuda a determinar os ajustes ideais dos dispositivos. 5. Ajuste dos dispositivos: • Com base nos resultados do estudo de coordenação de proteção, ajuste os dispositivos, como religado- res, seccionadoras e elos fusíveis, de acordo com as curvas de coordenação calculadas. Isso garante que os dispositivos operem de forma seletiva, interrompendo o fornecimento de energia apenas na seção afetada pelo curto-circuito. 6. Testes e manutenção regulares: • Realização de testes nos dispositivos de proteção para garantir que eles estejam funcionando correta- mente. 7. Treinamento e documentação: • Treinamento da equipe de operação e manutenção para compreender a coordenação de proteção e as ações necessárias em caso de falha. • Manter os projetos e documentação atualizada, bem como dos ajustes e procedimentos de coordena- ção. 8. Monitoramento em tempo real: • Esseé um comentário extra, pois para alguns sistemas de rede elétricas, algumas companhias elétricas se utilizam de sistemas de supervisão, tais sistemas monitoram e apresenta as ocorrências e várias ou- tras informações, como alarmes e evento em tempo real, isso é de grande apoio para a operação e ma- nutenção para detectar anomalias e permitir a realização de um plano de intervenção, caso necessário. A coordenação eficaz entre um religador de subestação, a seccionadora e o elo fusível são fundamentais para minimizar interrupções não planejadas no fornecimento de energia e proteger o sistema elétrico e os ativos (equipamentos) contra danos. Vale ressaltar que um estudo de coordenação não é definitivo e pode ser necessário realizar revisões à medida que o sistema elétrico é modificado ou expandido, garantindo assim sua eficácia contínua.
Compartilhar