Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS SWIFT – CIDADE/ESTADO CURSO: BIOMEDICINA RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS PARASITOLOGIA CLÍNICA Alunoª:XXXXXXXXXXXXXX R.A: XXXXXXXX CIDADE 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. PROCEDIMENTOS E CONCLUSÕES 4 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17 3 1. INTRODUÇÃO Parasitologia é a ciência que estuda os parasitas e a sua inter-relação com o hospedeiro. O assunto da parasitologia clínica são as doenças associadas aos parasitas e o seu diagnóstico laboratorial. A relação biológica de parasitismo é aquela em que só o parasito (que pode ser um protozoário, um helminto ou um artrópode) beneficia-se, prejudicando seu hospedeiro, de quem depende bioquimicamente. Daí decorrem as conhecidas infecções parasitárias, cujo estudo é de grande importância para a saúde pública em geral. (ENGROFF, Paula; MÜLLER, Guilherme C.; MANSOUR, Eva, 2021) O objetivo das aulas práticas de Parasitologia Clínica é auxiliar no aprendizado do aluno para sua futura profissão. Ser apto a realizar as técnicas descritas nesse relatório. 2. PROCEDIMENTOS, MATERIAIS E CONCLUSÃO 2.1 AULA 1 – ROTEIRO 1 – Exame Coprológico Funcional Materiais usados: - Copos descartáveis - Coador (tamis) - Palitos de madeira - Lâminas e lamínulas - Fezes - Lugol - Tubo Falcon Equipamento usado: - Microscópio - Centrífuga Procedimento: Homogeneizar 1g de fezes em 10mL de água destilada em um copo plástico (figura 1). Coar com tamis para outro copo (figura 2). Colocar a suspensão no falcon (tubo de centrífuga), equilibrar o peso em 2 tubos. Centrifugar 3x a 2500 rpm durante 1 minuto, descartar o sobrenadante entre uma centrifugação e outra. Homogeneizar tudo. Coletar 1 gota do sedimento com pipeta Pasteur. Colocar em uma lâmina, corar com 1 gota de lugol e cobrir com lamínula. Observar no microscópio em aumento de 100x. Conclusão: 5 Foram observadas fezes de caneiro onde foram identificadas as principais estruturas advindas do processo de alimentação como por exemplo fibras vegetais (figura 3). Figura 1 Figura 2 Figura 3 Fonte: o autor Fonte: o autor Fonte: o autor 2.2 AULA 1 – ROTEIRO 2 – Exame Coproparasitológico para Pesquisa de Protozoários (Faust) Exame coproparasitológico qualitativo para pesquisa de cistos e oocistos de protozoários intestinais. Materiais usados: - Copos descartáveis - Coador (tamis) - Palitos de madeira - Lâminas e lamínulas - Fezes - Lugol - Tubo Falcon - Alça bacteriológica - Sulfato de Zinco a 33% Equipamento usado: - Microscópio - Centrífuga Procedimento: Pegar 1 g de fezes e homogeneizar em 10mL de água em um copo plástico. Coar com tamis para outro copo. Colocar a suspensão no falcon (tubo de centrífuga), equilibrar o peso em 2 tubos (figura 4). Centrifugar 3x a 2500 rpm durante 1 minuto, descartar o sobrenadante entre uma centrifugação e outra. Homogeneizar tudo com 10mL de sulfato de zinco. Centrifugar por 1 minuto a 2500 rpm e após manter o tubo em repouso por 5 minutos. Coletar 1 gota do sobrenadante com alça bacteriológica e colocar em uma lâmina. Corar com 1 gota de Lugol (figura 5). Observar no microscópio em aumento de 100 x Figura 4 Figura 5 Figura 6 Fonte: o autor Fonte: o autor Fonte: o autor Conclusão: Observou-se nas lâminas confeccionadas fibras vegetais (figura 6). 7 2.3 AULA 2 – ROTEIRO 1 – Identificação de lâminas de protozoários, helmintos e artrópodes. Identificar protozoários em lâminas prontas. Materiais usados: - Lâminas dos parasitas (laminário UNIP) - Lenços de papel Equipamento usado: - Microscópio Procedimento: No microscópio colocar na objetiva de menor aumento. Colocar a lâmina na platina, encostar o condensador e ligar a luz. Movimentar o parafuso macrométrico até focalizar o parasito nitidamente. Aperfeiçoar o foco com o parafuso micrométrico e observar a imagem com as estruturas indicadas. Figura 7 Figura 8 Fonte: o autor Fonte: o autor Conclusão: Foram visualizadas lâminas de Giardia onde identificou-se 2 núcleos e flagelos (figura 7), entamoeba onde identificou-se cistos e trofozoítos (figura 8). 2.4 AULA 2 – ROTEIRO 2 – Exame Coproparasitológico para Pesquisa de Helmintos I (Willis). Técnica usada de exame de fezes para pesquisa de ovos de helmintos. Materiais usados: - Copos descartáveis - Coador (tamis) - Palitos de madeira - Lâminas e lamínulas - Fezes - Borel - Placa de petri Equipamento usado: - Microscópio Procedimento: Homogeneizar 3,0 gramas de fezes em 40 mL de solução saturada de NaCl (35%) em um copo plástico. Coar com tamis e gaze para outro copo. Sobre uma placa de Petri, preencher um borel com a suspensão de fezes coado, até formar um menisco convexo na borda do borel (figura 9). Colocar a lamínula sobre o menisco, com cuidado para não formar bolhas e deixar em repouso de 10 a 15 minutos. Após o tempo de repouso levar ao microscópio para leitura de 10x e 40x. 9 Figura 9 Figura 10 Fonte: o autor Fonte: o autor Conclusão: Foram visualizados ovos de helmintos e outras estruturas como fibras vegetais (figura 10). 2.5 AULA 3 – ROTEIRO 1 – Exame coproparasitológico direto a fresco Identificar trofozoítos, cistos e oocistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos. Materiais usados: - Fezes - Lâminas e lamínulas - Lenços de papel - Solução salina a 85% - Pipeta de Pasteur ou palitos de madeira Equipamento usado: - Microscópio Procedimento: Colocar duas a três gotas de salina a 0,85% em uma lâmina de vidro. Tocar com a ponta de um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena porção para a lâmina e espalhar as fezes (figura 11), fazendo um esfregaço, colocar uma lamínula e examinar ao microscópio. Figura 11 Figura 12 Fonte: o autor Fonte: o autor Conclusão: Foram observados na lâmina confeccionada ovos de ancilostomideos (figura 12). 2.6 AULA 3 – ROTEIRO 2 – Exame Coproparasitológico para pesquisa de Helmintos (Hoffman) Essa técnica é realizada para pesquisa de ovos “pesados” de helmintos. Materiais usados: - Água - Copos descartáveis - Coador (tamis) - Palitos de madeira - Cálice de sedimentação - Pipeta Pasteur - Lâminas e lamínulas - Fezes - Lugol Equipamento usado: - Microscópio 11 Procedimento: Pegar 5g de fezes e homogeneizar essas fezes em 250mL de água. Filtrar a suspensão de fezes para um cálice de sedimentação e aguardar cerca de 25 minutos (figura 13). Desprezar 2/3 do sobrenadante e acrescentar água até a borda do cálice. Aguardar cerca de 25 minutos e repetir o procedimento, até a solução ficar “limpa”. Pipetar o sedimento para uma lâmina, cobri-la com lamínula e observar no microscópio com aumento de 40x Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura16 Fonte: o autor Fonte: o autor Fonte: o autor Fonte: o autor Conclusão: Foram visualizadas as lâminas confeccionadas e lâminas prontas fornecidas pela UNIP onde foram identificados Ovos de Helmintos (figura 14) , Trichuris Trichuria (figura 16), Ancyslostoma Duodenale (figura 15). 2.7 AULA 4 – ROTEIRO 1 – Exame Coproparasitológico para pesquisa de Larvas Técnica de Rugai para identificação de larvas de parasitas intestinais.Materiais usados: - Lâminas e lamínulas - Lenços de papel - Cálice de sedimentação - Pipeta Pasteur - Gaze - Fezes - Barbante - Água aquecida a 45°C - Lugol Equipamento usado: - Microscópio Procedimento: Fazer uma pequena “trouxa” de gaze com as fezes (figura 17). Colocar o material assim preparado (trouxa) com a abertura voltada para cima, num cálice de sedimentação no copo de sedimentação contendo água aquecida (45 ºC), em quantidade suficiente para entrar em contato com as fezes somente na parte de baixo da “trouxinha” (figura 18). Deixar em repouso por uma hora. Pegar o sedimento no fundo do cálice, com ajuda de uma pipeta. Colocar 1 gota desse sedimento em uma lâmina de vidro, acrescentar 1 gota de Lugol (figura 19) e recobrir com uma lamínula e visualizar em microscópio. Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Fonte: o autor Fonte: o autor Fonte: o autor Fonte: o autor 13 Conclusão: Foram visualizadas larvas (figura 20) e outras estruturas como fibras vegetais. 2.8 AULA 4 – ROTEIRO 2 – Discussão de Casos Clínicos CASO CLÍNICO 1 - Criança, 10 anos de idade, moradora da região norte de Minas Gerais, mudou-se para Araguaína e foi atendida no Hospital de Doenças Tropicais, apresentando-se com o seguinte quadro: ascite, esplenomegalia, dor abdominal, desnutrição e cólicas. Foi solicitado exame parasitológico das fezes e o resultado revelou a presença de poucos ovos em formato redondo conforme imagem a seguir. Perguntas: 1) Qual provável agente etiológico? R: Ovos de Tênias 2) Quais as formas parasitárias em que ele se apresenta? R: Ovos, cisticercos e adultos (proglote jovem, gravida e madura) 3) Qual(ais) o(s) melhor(es) método(s) que deve(m) ser empregado(s) para o diagnóstico dessa infecção? R: Tamisação e sedimentação espontânea. CASO CLÍNICO 2 - R.C.S., 35 anos, pedreiro, casado, residente em Betim. Internado em 09/12 com quadro de diarreia mensal recorrente, cerca de 3 evacuações líquidas que duravam 5 dias, seguidas de melhora espontânea. Quadro iniciado no começo do ano. Há 3 meses da internação referiu perda ponderal e há 1 mês aumento do volume abdominal. Negava comorbidades prévias, uso de medicações e alergias. Etilista social. Bom estado geral, afebril, normotenso, eupneico em ar ambiente, sem alterações de ausculta cardíaca. Abdome ascítico e fígado palpável a 2 cm do rebordo costal direito. Exames complementares: Hemograma 29/09: HB 9 VCM 112 Leuc 6570 E 11%(723) Parasitológico de fezes: Giardia lamblia Sorologia para hepatites e HIV: negativos US de abdome: hepatomegalia leve associada a alterações do sistema porta, com redução da velocidade de fluxo na veia porta e esplenomegalia leve, compatíveis com hepatopatia crônica e ascite. Colonoscopia: múltiplos pólipos em cólon (colite e retite leves? Hiperplasia linfoide?). Enterotomografia: achados que podem corresponder à doença inflamatória intestinal que acomete jejuno proximal e hepatoesplenomegalia. Linfonodomegalias mesentéricas múltiplas (doença linfoproliferativa?). EDA: varizes esofageanas de fino e médio calibres, pequenos pólipos gástricos e nodosidades em bulbo e segunda porção duodenal. Biópsia hepática: espaços porta levemente expandidos por fibrose e discreto infiltrado inflamatório, além de proliferação ductular e vascular e granuloma com ovos de parasita de formato ovalado e espiculado. Serviço Social Perguntas: 1) Qual provável agente etiológico? R: Schistosoma mansoni 2) Quais as formas parasitárias em que ele se apresenta? R: Macho com tubérculos, fêmeas fica alojada no canal ginecóforo. O ovo tem um espiculo lateral e dentro do ovo tem uma larva chamada miracídeo. 3) Qual(ais) o(s) melhor(es) método(s) que deve(m) ser empregado(s) para o diagnóstico dessa infecção? R: Exame de fezes – sedimentação espontânea 15 CASO CLÍNICO 3 - Criança do sexo masculino, nove anos de idade, raça branca, natural e residente desde sempre em Portugal, com história de ingestão de água não canalizada e contato com cães. Em aparente estado de saúde até nove dias antes do internamento, altura em que inicia quadro clínico de febre alta e dor abdominal. Foi observado em ambulatório e medicado com azitromicina, tendo sido posteriormente internado por agravamento progressivo da sintomatologia e do estado geral. Ao exame destacava-se febre alta com calafrio, hepatomegalia de 4 cm e dor à palpação no hipocôndrio direito, mas sem defesa ou reação peritoneal. Analiticamente apresentava leucocitose (18.270 leucócitos/μl) com neutrofilia (75%), PCR elevada (20.75 mg/dL), ALT de 34U/L e AST de 25U/L. A ecografia abdominal à entrada evidenciou lesão ocupando espaço com 5.6x5.2 cm nos segmentos VI e VII do lobo direito hepático, compatível com abcesso. A TC abdominal confirmou existência de massa nodular volumosa sugestiva de lesão inflamatória/infecciosa circunscrita (figura). A suspeita de abcesso hepático piogênico, no contexto de perfuração apendicular, levou à instituição de terapêutica empírica com ceftriaxona, gentamicina e metronidazol. A hemocultura, a coprocultura e a urocultura se revelaram negativas, assim como a serologia para Echinococcus granulosus e vírus Epstein Barr. A reação de Widal foi negativa. O exame de fezes utilizando da técnica de hematoxilina férrica revelou a presença da forma parasitária em destaque a seguir: Perguntas: 1) Qual provável agente etiológico? R: Entamoeba histolytica 2) Quais as formas parasitárias em que ele se apresenta? R: Cisto e trofozoíto 3) Qual(ais) o(s) melhor(es) método(s) que deve(m) ser empregado(s) para o diagnóstico dessa infecção? R: Método de Faust e Elisa 17 3 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ENGROFF, Paula; MÜLLER, Guilherme C.; MANSOUR, Eva; et al. Parasitologia Clínica. Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786556901572. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901572/. Acesso em: 02 out. 2022.
Compartilhar