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08/12/2020
Quando 
considerar que 
o sujeito tem 
TPAC?
Fga Ms. Caroline Donadon
Diagnóstico de TPAC
Déficit no SNAC
Desempenho na 
bateria de testes 
comportamentais
Sensíveis e 
eficientes 
(Bellis, 2014; Chermak e Musiek, 2014; AAA, 2010)
08/12/2020
Os critérios para o diagnóstico do 
TPAC ainda são relativamente 
controversos entre os diferentes 
guidelines
CFFa, 2020
Critérios diagnósticos de TPAC
AAA (2010)
• Dois ou mais desvios-padrão abaixo da média,
• Pelo menos uma orelha, 
• Pelo menos dois testes de PAC diferentes
ASHA (2005)
• Dois ou mais desvios-padrão abaixo da média, em dois ou mais testes da 
bateria comportamental
• Um unico teste alterado com pelo menos trêsdesvios-padrão abaixo da média
(ASHA, 2005; AAA, 2010; DeWit et al., 2016)
08/12/2020
Diagnóstico de TPAC
BSA (2011)
• Não declara explicitamente os critérios diagnósticos
• Falha em pelo menos dois testes de PAC (sons verbais e não verbais)
ABA (2016)
• Alteração em apenas um mecanismo indica TPAC
• Observar as condições de aplicação do teste
(BSA,2011; ABA, 2016; DeWit et al., 2016)
Diagnóstico de TPAC
Quanto maior o número de 
testes falhos, mais confiante o 
audiologista pode estar no 
diagnóstico de TPAC.
(AAA, 2010; ASHA, 2005 Chermak e Musiek, 1997; Musiek, 2011)
08/12/2020
Resultados inconsistentes ou discordantes entre os testes sugerem 
comprometimento de funções não auditivas
Podendo ser um fator de confusão na análise do exame
(AAA, 2010; ASHA, 2005)
• A definição de TPAC modificou-se ao
longo dos anos
• Fortalecimento da ligação entre
lesões do sistema nervoso auditivo
central (SNAC) e déficits nas
medidas auditivas centrais
comportamentais.
(Boscariol et al., 2009; Boscariol et al., 2010; AAA,2010; ASHA, 1996, 2005b; Jerger, 1998; Jerger & Musiek, 2000) 
08/12/2020
 Primeiras definições de TPAC
Incluíam processos e comportamentos que variavam de
habilidades auditivas fundamentais a funções de ordem superior.
 Com o passar dos anos, o conceito foi modificando-se
O TPAC é conceituado como um distúrbio auditivo de origem
neurobiológica.
(ASHA, 1992; Chermak e Musiek, 2014)
Diagnóstico 
diferencial
08/12/2020
O TPAC frequentemente co-ocorre 
com outras dificuldades de 
aprendizagem ou de 
desenvolvimento
(BSA, 2011; Keith et al., 2019)
Bellis 2017
Déficit primário Comorbidade
08/12/2020
(Geffner, 2018)
A presença de comorbidades 
destacam a importância de 
considerar os fatores supramodais. 
As coborbidades podem influenciar 
os sintomas exibidos pelos 
pacientes. 
Diagnóstico 
diferencial
• Para o diagnóstico diferencial entre TPAC
primário de outros transtornos, a avaliação
comportamental do PAC não é suficiente
• Além da administração de testes sensibilizados
da função auditiva central
• É necessário complementar com dados
multidisciplinares (linguagem e cognição) para
avaliar o funcionamento em todos os
domínios
(Bellis, 2017; CFFa, 2020)
08/12/2020
Dislexia
Transtorno do Desenvolvimento de 
Linguagem (TDL)
Transtorno do Déficit de Atenção e 
Hiperatividade (TDAH)
Dificuldades de 
aprendizagem
Transtorno do Espectro 
Autista (TEA)
Transtorno do 
Processamento 
Auditivo Central 
(TPAC)
(Schafer et al., 2013; O’Connor, 2012; Burns, 2013; Keith et al., 2019; Ferguson et al., 2011)
O que é necessário saber 
sobre os testes 
comportamentais?
▪ Pontos fortes e limitações
▪ Processos avaliados
▪ Tarefas e respostas 
▪ Áreas do SNAC
(Goll et al. al, 2010; Cumming et al, 2015; Chermak et al., 2017)
08/12/2020
O diagnóstico incorreto de TPAC pode
prolongar ou agravar as dificuldades
vivenciadas pela criança.
O diagnóstico diferencial é crucial para
garantir o tratamento adequado.
(Glennon e Kirby 2018; Chermak et al., 2017)
O fonoaudiológo deve encaminhar a outros profissionais 
sempre que julgar necessário!
CFFa, 2020
08/12/2020
Os fatores não auditivos podem
influenciar no desempenho de
tarefas utilizadas na avaliação
comportamental da TPAC.
Avaliações multimodais: auditivas e
não auditivas
(Ahmmed et al., 2014)
Diagnóstico preciso
Abordagem 
multidisciplinar
Fonoaudiólogo, psicólogo, 
Neuropsicólogo, médico, pais, 
escola, etc.
Equipe multidisciplinar
(Chermak et al. 2017; ASHA, 2005)
08/12/2020
Avaliação 
multidisciplinar
Somente a avaliação 
multidisciplinar pautada na 
sintomatologia clínica poderá 
definir os transtornos de base 
que são fundamentais para 
estabelecer outros tipos de 
tratamentos necessários e 
prognósticos.
(Lanzetta-Valdo et al., 2017; Rosen et al., 2010; Miller & Wagstaff, 2012)
Atenção e 
memória
Cognição
Linguagem
Devem ser avaliadas antes do 
diagnóstico, sempre que 
possível
Têm o potencial de impactar o 
resultado das avaliações de PAC 
08/12/2020
O mau desempenho na bateria 
de testes para avaliação de PAC 
é devido:
▪ Dificuldades no 
processamento auditivo 
central?
▪ Comprometimento de outras 
habilidades?
(Miller & Wagstaff, 2012)
Os prováveis canditados a avaliação do PAC 
deveriam realizar
(Bellis, 2003; BSA, 2011)
Linguagem
Linguagem não 
verbal
Alfabetização
Memória Atenção
(AAA,2010; BSA, 2011)
08/12/2020
Influências da inteligência (QI) nos testes comportamentais:
• Capacidade do individuo de concluir medidas comportamentais da 
função auditiva
• Dificultar a interpretação precisa dos resultados 
• Em alguns casos, invalidar os resultados do teste.
• Crianças diagnosticadas com TPAC tiveram habilidades cognitivas
significativamente piores do que aquelas com PAC normal
• O teste Gaps in Noise (GIN) apresentou correlação com a fluência da leitura
• Correlações significativas nos escores do teste PAC, exceto para o MLD, com os
testes de leitura, inteligência não verbal e atenção auditiva
• Indivíduos com dificuldade de escuta no ruído foram significativamente mais
lentos ao trocar sua atenção auditiva e tiveram um pior controle inibitório
(Tomilin et al., 2015; Gyldenkeerne et al 2014; Stavrinos et al., 2018; Sharma et al.,2014)
08/12/2020
• Houve correlações significativas 
nos escores do teste PAC
• Exceto os valores do MLD
• DD e TPF: 
• Inteligência Não-verbal
• Atenção Auditiva 
Sustentada
• Atenção Visual Sustentada. 
• Preditores da capacidade de 
leitura 
• TPF, GIN e inteligência não 
verbal
E agora? Como intervir?
08/12/2020
A intervenção em TPAC 
deverá ser realizada 
exclusivamente pelo 
fonoaudiólogo, logo após 
o diagnóstico
(ASHA, 2005; CFFa, 2020)
Planejamento 
da intervenção
Déficits documentados do 
TPAC, a história do paciente e 
complementado pelos dados 
das avaliações de linguagem, 
neuropsicológica e 
psicoeducacional
(AAA, 2010; ASHA, 2005)
08/12/2020
Planejamento da 
intervenção
A intervenção deve incluir o tratamento 
clínico e o gerenciamento do indivíduo 
• Intervenção direta
• Gerenciamento ambiental
• Estratégias compensatórias
• Informação e suporte
(Chermak, 2001, Keith et al., 2019)
Para resumir... 
08/12/2020
• O diagnóstico do TPAC não deve ser visto 
como um livro de receitas
• O indivíduo e suas particularidades devem ser 
consideradas
• A equipe multidisciplinar tem um papel 
primordial no diagnóstico diferencial 
• Uma boa avaliação reflete em um diagóstico 
preciso, o que poderá garantir uma 
intervenção adequada
Dra Milaine Sanfins
Sócia fundadora CENA Cursos
milaine@cenacursos.com.br
Dra Daniela Capra
Sócia fundadora CENA Cursos
daniela@cenacursos.com.br
www.cenacursos.com.br