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ABORDAGEM ESTRUTURALISTA E A ABORDAGEM CLÁSSICA

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ABORDAGEM ESTRUTURALISTA E A ABORDAGEM CLÁSSICA 
Há uma busca incessante pela otimização da produção e aumento da lucratividade nas organizações. O maior desafio dos cientistas é propor a melhor Teoria da Administração, abordando todos os fatores que a influenciam, desde o comportamento individual como da sociedade. Essa análise é importante para que todos os aspectos sejam abordados e o sucesso que alinha eficiência, eficácia e lucratividade seja alcançado.
Estudaremos o período entre 1917 e 1950 e, para tanto, é importante lembrar que esse período – em específico 1917 – foi marcado pela greve dos operários em São Paulo. Além disso, em 1924, houve a revolução paulista; em 1932, a revolução constitucionalista; em 1934 foi promulgada a 3ª Constituição do Brasil; em 1943, a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e, em 1946, foi promulgada a 4ª constituição brasileira. Observa-se que essa fase foi marcada por pensamentos progressistas e modernos.
Os anos 1950 também ficaram conhecidos como “anos dourados”, marcado por uma época de revoluções tecnológicas com evidentes implicações sociais, especialmente se considerado a comunicação – período em que as propagandas invadiram a rádio e a recém-chegada televisão.
Os Estados Unidos tornaram-se um modelo de prosperidade e confiança, dado ter desenvolvido elevado nível de bem-estar social, graças a melhores condições de habitação e telecomunicações.
Na Europa, o foco estava na produção de bens duráveis. O auge dessa época foi à popularização da televisão. No Brasil, em setembro de 1950, foi inaugurada a TV Tupi, primeiro canal de televisão da América Latina.
Essa é a grande argumentação para o início das pesquisas e o surgimento das Teorias da Administração, organizadas sob a Abordagem pré-sistemas ou Humanística (foco na gestão de pessoas e algumas contemplando também a estrutura) para depois seguir com as Novas Abordagens (busca incessante pelo acompanhamento da Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade).
ESTRUTURLISMO 
No início do século 20, Max Weber, propôs a Teoria da Burocracia, coincidindo com o despontar do capitalismo, devido a inúmeros fatores, destacando-se a negociação ou mercado de mão de obra, a centralização do estado-nação, e a divulgação da ética protestante, enfatizando o trabalho como um dom de Deus e a poupança como forma de evitar a vaidade e a ostentação.
As burocracias surgiram a partir da era vitoriana, após inúmeras reivindicações dos trabalhadores por melhores condições; de certa forma, representando reação contra a crueldade, o nepotismo e os julgamentos tendenciosos e parciais, típicos das práticas administrativas desumanas e injustas do início da Revolução Industrial. A idéia da burocracia era dirigir, com controle e altos resultados, as atividades organizacionais.
Estudiosos da época afirmavam que o capitalismo estava com seus dias contados, devido à sua incapacidade de resolver os grandes problemas da humanidade, como o endividamento público e privado, o desemprego em massa, a depressão econômica, a precária distribuição da riqueza etc.
Os fundamentos básicos do capitalismo, como a propriedade privada, a iniciativa privada e o individualismo, não seriam mais aceitos na sociedade futura. O socialismo estaria falido e prestes a desaparecer. A classe operária estaria se esvaziando e se tomando classe média.
Os países socialistas estariam tomados por uma classe dominante, divorciada dos interesses do povo: os burocratas. Para alguns estudiosos da época, os gerentes seriam, no futuro, a nova classe dominante e, conseqüentemente, a política seria controlada pela administração e pela economia.
Uma nova ideologia surgiria, dando ênfase ao planejamento em detrimento da liberdade individual; mais responsabilidades e ordem do que direitos naturais, mais empregados do que oportunidades de emprego, e o Estado iria tornar-se proprietário dos principais meios de produção.
Há um marco, nesse momento, representando a visão de uma nova sociedade de organizações. O primeiro teórico das organizações foi, incontestavelmente, Max Weber. Ele estudou as organizações sob um ponto de vista estruturalista, preocupando-se com sua racionalidade, isto é, com a relação entre os meios e recursos utilizados e os objetivos a serem alcançados pelas organizações burocráticas.
A organização por excelência, para Weber, é a burocracia. Com o aparecimento, crescimento e proliferação das burocracias, a teoria administrativa – até então introspectiva e voltada apenas para os fenômenos internos da organização – ganhou uma nova dimensão, por meio da abordagem estruturalista.
A visão estruturalista fundamentou um movimento intelectual que contribuiu para a mudança do pensar na Filosofia e nas Ciências Humanas. Na sociologia, referenda-se Ferdinand de Saussure como o responsável pela sua inauguração; segundo ele, a então denominada lingüística deveria ser uma ciência estudada à parte. A importância do trabalho de Saussure foi a influência da comunicação por sinais e símbolos, além da escrita no processo de desenvolvimento das organizações (empresas, grupos, instituições). Antes de seus estudos, só era dada importância à palavra e esta dominava no mundo.
Segundo os pesquisadores estruturalistas, a atividade humana é carregada de significados, como a conseqüência do sistema de linguagem que operamos. Representa uma abordagem de pensamento que vê a sociedade e sua cultura formada pelo ambiente ou estruturas de costumes, línguas, comportamentos, economias, dentre outros fatores.
As críticas ao estruturalismo foram feitas a partir do momento em que os estudos consideraram apenas a observação do fenômeno no momento, e não sob o desenrolar histórico, associado ao comportamento.
Parece difícil entender, mas vamos pensar em uma tribo indígena: se avaliarmos o comportamento dos índios na atualidade, observaremos que alguns usam roupas, utilizam cosméticos, e têm hábitos alimentares diferentes de seus antepassados. O fato de observarmos hoje esse processo não significa que o comportamento dos índios foi sempre esse; é preciso considerar que a tribo evoluiu, em função de novas relações com a sociedade, incorporando na tribo padrões, linguagens e sinais que inexistiam.
TRANSIÇÃO DA TEORIA DA BUROCRACIA PARA E TEORIA ESTRUTURALISTA 
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas perde forças após tentativa do estudo humanístico, envolvendo a participação do homem na organização. Por um lado, combateu a Teoria Clássica, a qual tinha por propósito o aumento da produtividade por movimentos repetitivos; por outro, inseriu a importância do estudo do comportamento nas relações humanas. A Teoria Estruturalista significou um desdobramento entre a Teoria da Burocracia e uma aproximação à Teoria das Relações Humanas.
Os estruturalistas exploram a abordagem de estudos organizacionais de modo amplo, considerando aspectos burocráticos (Teoria da Burocracia) e humanos (Teoria das Relações Humanas), inserindo ainda nesse contexto a influência do ambiente interno e externo, que podem interferir no funcionamento da organização. Trata-se de uma múltipla abordagem, enriquecendo as Teorias anteriores, envolvendo:
· A organização formal como a organização informal;
· As recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas;
· Os diferentes níveis hierárquicos de uma organização;
· Os diferentes tipos de organizações;
· A análise dentro da organização ou entre organizações.
A Teoria Estruturalista inaugura os estudos a respeito do ambiente, dentro do conceito de que as organizações são sistemas abertos em constante interação com seu contexto externo. Até então, a teoria administrativa estava focada apenas nos estudos dos aspectos internos da organização, como um sistema fechado.
Analisar uma organização não é algo simples. Há a necessidade de se explorar a relação desta com sistemas internos e externos, dadas ao poder das influências de inovação e mudanças, causando conflitos e tensões positivas e negativas.
A tentativa de conciliação e integração dos conceitosclássicos e humanísticos, ampliando a abordagem no contexto ambiental (fatores internos e externos que interferem na organização), subsidia o avanço da busca da compreensão das organizações para uma abordagem sistêmica.
O estruturalismo está voltado para o estudo e a busca da compreensão do todo, e para a interdependência das partes que o compõem.
CONCEITO DE SOCIEDADE PARA OS ESTRUTURALISTAS 
Na abordagem estruturalista, de modo bem simplista, o homem depende das indústrias que retroalimentam suas condições de sobrevivência no ambiente (alimentação, saúde, educação, transporte).
O estruturalismo fez uso do estudo das interações entre os grupos – pressuposto da Teoria das Relações Humanas – para o das interações entre as organizações sociais. As organizações e os grupos sociais, na visão dos estruturalistas, interagem da mesma forma.
Historicamente, vale ressaltar, que as organizações se desenvolveram em um processo composto por quatro etapas, segundo Chiavenato.
1. Etapa da natureza. É a etapa inicial, na qual os fatores naturais – ou seja, os elementos da natureza – constituíam a base única de subsistência da Humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa da história da civilização.
2. Etapa do trabalho. A partir da natureza, surge um fator perturbador que inicia verdadeira revolução no desenvolvimento da Humanidade: o trabalho. Os elementos da natureza passam a ser transformados por meio do trabalho, que conquista rapidamente o primeiro plano entre os elementos que concorrem para a vida da Humanidade. O trabalho passa a condicionar as formas de organização da sociedade.
3. Etapa do capital. É a terceira etapa, na qual o capital prepondera sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social.
4. Etapa da organização. A natureza, o trabalho e o capital se submetem à organização. A organização, sob uma forma rudimentar, já existia desde os primórdios da evolução humana, do mesmo modo que o capital existira antes da fase capitalista; pois, desde quando surgiram os instrumentos de trabalho, o capital estava ali presente. O predomínio da organização revelou o seu caráter independente em relação à natureza, ao trabalho e ao capital, utilizando-se deles para alcançar seus objetivos.
1. A sociedade também passou por importantes mudanças que subsidiaram o pensamento de época, tais como:
2. O Universalismo da Idade Média voltado à predominância do espiritualismo;
3. O liberalismo econômico e social do século 18 e 19, predominando o desenvolvimento do capitalismo;
4. O socialismo, impulsionando o desenvolvimento desenfreado do capitalismo para o compartilhamento social;
5. Sociedade de Organizações, predominando os agrupamentos por escalas produtivas e de serviços;
6. Mundo digital, caracterizado pela abrupta mudança dos padrões e ações físicas para os aspectos virtuais e sistêmicos.
Enfim, a sociedade é um conjunto de interações impactadas diretamente, à medida que se acentua o desenvolvimento e as interações organizacionais.
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
A abordagem comportamental teve início após desdobramentos da Teoria das Relações Humanas. Somente a partir de 1950 discutem-se conceitos, nos Estados Unidos, associados a uma nova visão da teoria administrativa baseada no comportamento humano nas organizações.
A abordagem comportamental – também chamada behaviorista, em função de sua associação aos estudos do comportamento na psicologia – busca novas soluções mais democráticas, humanas e flexíveis para os desafios organizacionais.
Na abordagem estruturalista, a influência era do comportamento do ambiente interferindo no grupo; já na abordagem comportamental, a influência vai do indivíduo e suas inter-relações com o meio.
O comportamento pode ser resumido na maneira pela qual um indivíduo ou uma organização age ou reage em suas interações com o seu meio ambiente, e em resposta aos estímulos recebidos.
Os estudos comportamentais trouxeram à teoria administrativa algumas questões e conclusões a respeito da natureza e das características do ser humano, segundo Chiavenato, tais como:
· O homem desenvolve relacionamentos cooperativos e interdependentes que o levam a viver em grupos ou em organizações sociais e conviver com outras pessoas.
· O homem tem a capacidade de organizar suas percepções, permitindo uma organização cognitiva particular no seu conteúdo, mas comum a todas as pessoas quanto à sua estrutura;
· O homem tem capacidade de articular a linguagem com o raciocínio abstrato, ou seja, o homem tem capacidade de abstração da realidade e de comunicação com as outras pessoas.
· O homem é um animal dotado de aptidão para aprender, isto é, de mudar seu comportamento e atitudes em direção a padrões cada vez mais elevados, complexos e eficazes;
· O comportamento humano é orientado para objetivos. Os objetivos individuais são complexos e mutáveis. Daí a importância dos objetivos humanos básicos, a fim de compreender claramente o comportamento das pessoas.
· O homem caracteriza-se por um padrão dual de comportamento: pode tanto cooperar como competir com os outros. Coopera quando seus objetivos individuais precisam ser alcançados por meio do esforço comum coletivo. Compete quando seus objetivos são disputados e pretendidos por outros. A cooperação e o conflito tomam-se parte virtual de todos os aspectos da vida humana.
Na abordagem comportamental, a estrutura organizacional eleva o foco nos processos organizacionais e no comportamento das pessoas na organização. Predomina a ênfase nas pessoas – inaugurada com a Teoria das Relações Humanas –, mas dentro de um contexto organizacional que lhe serve de meio ambiente mais próximo.
TEORIA COMPORTAMENTALISTA 
A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração faz uma abordagem ou centraliza seus estudos no comportamento dos colaboradores. O foco é a busca da compreensão dos fatores de liderança e a motivação que descrevem ou justificam os papéis desenvolvidos pelos colaboradores no desempenho de suas tarefas ou atividades organizacionais.
Neste momento, a Teoria da Administração se desprende de normas e procedimentos pré-determinados propostos pelas Teorias Clássicas e Burocráticas. Alguns pesquisadores se destacam, como: Abraham Maslow, Frederick Herzberg e Douglas McGregor.
Vale ressaltar que as organizações contemporâneas dão total ênfase à motivação e à liderança, dado haver um consenso de que o comportamento humano é fator indispensável à produtividade e efetividade das organizações, ou seja, quanto mais motivado, participativo e satisfeito estiver o colaborador, melhor será a produção e a entrega de seu trabalho ou tarefa.
TEORIA X e Y
Douglas Mc Gregor, em suas pesquisas, organizou o comportamento sob duas visões: a primeira, da Teoria X, sob a ótica mecanicista; e a segunda, a Teoria Y, sob a ótica do comportamento humano mais contemporâneo.
TEORIA X
Baseia-se em convicções de pensamento dos seres humanos, em que suas características se fundamentam, segundo Chiavenato.
· As pessoas são preguiçosas por natureza: elas evitam o trabalho ou trabalham o mínimo possível, em troca de recompensas salariais ou materiais.
· Falta-lhes ambição: não gostam de assumir responsabilidades e preferem ser dirigidas e sentir-se seguras nessa dependência. O homem é basicamente egocêntrico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos objetivos da organização.
· A sua própria natureza leva-as a resistir às mudanças, pois procuram sua segurança e pretendem não assumir riscos que as ponham em perigo.
· A sua dependência torna-as incapazes de autocontrole e autodisciplina: elas precisam ser dirigidas e controladas pela administração.
Esse tipo de comportamento reflete um estilo de administração duro, rígido e autocrático, exigindo controle e monitoramento constante. Essa teoria se subsidia nos pressupostos da Administração Científica e Burocrática na qual há ausência de iniciativa e relacionamento do colaborador.
TEORIA Y
 Teoria Y baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos, a respeito da naturezahumana, a saber:
· O trabalho voluntariamente desempenhado é uma fonte de satisfação e recompensa, já quando evitado pelo colaborador é uma fonte de punição.
· As pessoas não são resistentes às necessidades organizacionais: elas podem tornar-se assim como resultado de sua experiência negativa em outras empresas.
· As pessoas naturalmente são motivadas, têm potencial de desenvolvimento e adotam padrões de comportamento, tendo capacidade para assumir responsabilidades.
· A capacidade criativa e inovadora na solução de problemas é compartilhada, envolvendo os colaboradores de modo participativo.
O estilo da Teoria Y é aberto, dinâmico e democrático, por meio do qual administrar cria oportunidades, apóia o desenvolvimento e remove obstáculos; ao contrario da Teoria X, que estimula ações burocráticas com autocontrole, sem qualquer liberdade de expressão e participação.
TEORIAS DAS DECISÕES 
Herbert Simon fundamentou seus estudos com base na concepção de que as organizações são permeadas por decisões tomadas por seus indivíduos. Neste sistema, cada pessoa participa racionalmente e conscientemente tomando decisões a respeito de comportamentos.
A decisão é um processo de análise e escolhas frente a uma variedade de ações atreladas, envolvendo os seguintes elementos:
· Tomador de decisão: a pessoa que faz a escolha;
· Objetivos que se pretende alcançar com as ações;
· Preferências tidas como critérios de escolhas;
· Estratégia representando o curso da ação analisando os recursos disponíveis;
· Situação voltada aos aspectos que podem interferir no cumprimento da estratégia;
· Resultado tido como conseqüência da estratégia.
Há algumas etapas diagnósticas para a identificação da necessidade de decisão, indicando o curso normal a ser seguido, tais como:
· Percepção do problema;
· Análise e estudo da questão;
· Identificação de objetivos;
· Busca de possíveis soluções;
· Escolha de uma alternativa;
· Acompanhamento da efetividade (tempo e qualidade) da solução;
· Avaliação ou redefinição de trajeto.
Um bom exemplo da sistemática da Teoria das Decisões é o funcionamento das Centrais de Atendimento Telefônico (Call centers), onde há um roteiro a ser seguido na ação entre o atendente e o cliente, cumprindo o caminho ou trilha determinada no documento. Esse caminho determina opções com possibilidades de continuidade afirmativas ou negativas até a finalização do atendimento.
ABORDAGENS HUMANISTICAS E A TEORRIA DA RELÇÕES HUMANAS 
Há uma mudança na perspectiva da Teoria Administrativa, transferindo a ênfase da tarefa (impulsionada pela Administração Científica) e da estrutura organizacional (pela Teoria Clássica) para a ênfase nas pessoas que trabalham ou que participam nas organizações.
A antiga preocupação com tempos e movimentos – busca incessante de soluções mecânicas para o aumento da produção – é questionada por meio de pesquisadores que provam a influência do fator humano no processo produtivo, antes não observado pelas Abordagens Clássicas das Teorias Administrativas.
Há, então, a promoção de uma mudança de aspectos técnicos e formais para psicológicos e sociais.
Na década de 1930, alguns pesquisadores americanos iniciaram um movimento voltado à psicologia do trabalho, analisando a adaptação do trabalhador ao ambiente de trabalho. O foco era entender as características exigidas para o desenvolvimento de tarefas por meio de testes psicológicos.
O foco, neste momento, são estudos de temas predominantes, como a personalidade do trabalhador e do gerente, a motivação e os incentivos do trabalho, a liderança, as comunicações e as relações interpessoais e sociais, dentro da organização.
O país tido como berço da Abordagem Humanística foi os Estados Unidos, em função de seu sistema democrático de governo – absorvido na Europa apenas após o final da Segunda Guerra Mundial.
A Teoria das Relações Humanas (ou Escola Humanística da Administração) surge nos Estados Unidos, após a Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932, em Chicago.
Ela foi desenvolvida pelo pesquisador Elton Mayo e colaboradores, em reação e oposição à Teoria Clássica da Administração.
A Teoria das Relações Humanas tem suas origens a partir:
· Da necessidade de humanizar e democratizar a Administração;
· Do desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, bem como sua crescente influência intelectual;
· Das idéias de humanismo na Administração.
Nessa fase, inicia-se um discurso que se fundamenta na importância dos fatores que interferem na motivação, ações de liderança, linguagens organizacionais, dinâmica de grupo frente aos conceitos clássicos que eram voltados à autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização.
Há uma discussão acadêmica voltada aos conceitos de felicidade humana, emergindo o homo economicus e o homem social que, de modo simplista, é a mudança do homem econômico para o homem social.
O comportamento do homem social se fundamenta:
· Na compreensão com sentimentos, desejos e temores;
· Na motivação das pessoas, suas satisfações e grupos sociais com que interagem;
· no comportamento do grupo que segue o perfil do supervisor com algum grau de influência, obtendo lealdade, aumento da produtividade e compromissos com os objetivos da organização.
LIDERANÇA 
A Teoria Clássica não deu foco à liderança, tratando o supervisor apenas como um controlador de execução de tarefas cujo objetivo era cobrar a produção. Já a Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Enquanto a Teoria Clássica focava na autoridade do chefe e hierarquia dos supervisores, a Teoria de Hawthorne demonstrou a existência de líderes informais, que orientavam processos (normas), mantendo controle do grupo e, conseqüentemente, sendo referência de atuação.
Na abordagem Humanística, a liderança:
· É um fenômeno de influência pessoal que ocorre por meio de comunicação em busca de objetivos específicos;
· Decorre dos relacionamentos entre as pessoas em uma determinada estrutura social;
· Não está associada a traços pessoais de personalidade;
· Envolve conceitos como poder e autoridade, abrangendo maneiras pelas quais se provocam mudanças no comportamento. O poder é a capacidade de influenciar pessoas de modo natural e não impositivo;
· É um processo de redução da incerteza de um grupo;
· É um processo contínuo de escolha que permite que a empresa caminhe em direção à sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas.
· Toma ações que implicam na assistência e orientação (que defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus problemas) para que se alcance de objetivos;
· Reduz incertezas do grupo, dado que o líder é um tomador de decisões ou aquele que ajuda o grupo a tomar decisões adequadas;
· É representada por um líder e subordinados, atendendo as necessidades existentes, em uma determinada situação, consistindo em uma relação entre um indivíduo e um grupo.
COMUNICAÇÃO 
É a troca de informações entre pessoas, constitui um dos processos fundamentais da experiência humana e da organização social. A comunicação tem várias abordagens (basicamente verbal, escrita, por sinais e símbolos) e canais (e-mail, fax, telefone, quadro de avisos etc.).
A falha no processo de comunicação interfere diretamente nas ações das organizações e, para evitar esse tipo de problema, os lideres precisam ter atenção para:
· Assegurar a participação de todos os colaboradores na solução de problemas;
· Ser claro e objetivo no alinhamento das ações, de modo que haja compreensão do que fazer e de como será feito o trabalho;
· Promover atitudes e encontros para esclarecimento de dúvidas.
DINÂMICA DE GRUPO 
A Escola da Dinâmica de Grupo, por meio de pesquisas e proposições de Kurt Lewin, definiu que o comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do indivíduo estão relacionados aos seus grupos.
De modo simples, voltamos ao exemplo da tribo indígena – que legitima, reconhece e respeita seus integrantes, por meio de comportamentos, atitudes, crenças e valores.
Osautores humanistas afirmam que a sobrevivência da civilização depende da capacidade de relacionamentos humanos que, juntos, promovem energia para o uso construtivo da sociedade.
A diversidade atualmente é tema imprescindível para que os comportamentos das pessoas e suas relações sejam mudados ou ressaltados, de modo que se aceitem e se respeitem reciprocamente, qualquer que seja a etnia, a religião, a política ou a nacionalidade.
De acordo com essa proposta comportamental de auxílio mútuo em busca da construção da sociedade,
praticar relações humanas significa mais do que estabelecer e/ou manter contatos com outros indivíduos. Significa estar condicionado nessas relações por uma atitude, um estado de espírito, ou uma maneira de ver as coisas, que permita compreender as pessoas, respeitando sua personalidade, que sem dúvida é diferente da nossa.
A dinâmica de grupo passou por uma fase de aplicação fora do ambiente de trabalho (década de 1980) e, atualmente, já se integra ao desenvolvimento de atividades rotineiras de muitas organizações, principalmente as de tecnologia. Dessa forma, identificado um ponto de dúvida em relação a uma atividade, grupos inseridos nesse contexto se reúnem em busca da melhor solução. Vale ressaltar que na Google (empresa de tecnologia) boa parte das reuniões são realizadas em locais despojados, como restaurantes e cafés. Todo o processo de agendamento é eletrônico e, dependendo da vontade do grupo, o encontro é presencial – em locais dessa natureza – ou são realizadas conversas por meio de aplicativos virtuais (Skype, telechamadas por vídeos).

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