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INFECÇÕES PERINATAIS Aquelas que podem atravessar a placenta e levar a um dano fetal intraútero, peri ou pós parto Importantes causas de morbimortalidade fetal e neonatal TRIAGEM Deveria ocorrer no período pré concepcional MS recomenta que seja solicitado: toxoplasmose, sífilis, HIV e hepatite B SÍFILIS · Treponema Pallidum · Contato direto com as lesões durante a relação sexual ou parto (a transmissão vertical ocorre em até 80% dos casos) Tratamento: Penicilina benzatina é a única com eficácia comprovada para o tto da sífilis na gestação Em caso de alergia, deve ser realizada dessensibilização. Na impossibilidade, utilizar eritromicina 500mg (1cp VO 6/6hr por 14 dias ou 30 dias) Sempre trata como terciária – 3 doses de 2,4 milhóes de UI IM ZIKA VÍRUS Picadas de mosquitos fêmeas iinfectados com Aedes Aegypti, via sexual, transfusão sanguínea e transplacentária Assintomática ou presença de erupção maculopapular, febre baixa, astenia, prurido, artralgia, cefaleia retroorbitária, mialgia, conjuntivite, hiperemia conjutival e edema de extremidades · Microcefalia · Calcificações periventriculares · Ventriculomegalias CORONAVÍRUS Transmitido por gotículas respiratórias Febre baixa, tosse, dispneia, anosmia, dor de garganta, mialgia, calafrios, cefaleia, rinorreia, náuseas, vômitos e diarreia · Prematuridade · RPMO · CIVD Diagnóstico é feito pelo RT PCR presente nas amostras da nasofaringe (3° ap 7° dia de início dos sintomas) TC de tórax tem um achado muito característico com lesões em vidro fosco Tto de acordo com a gravidade dos sintomas Prevenção: distanciamento social, uso de máscara, lavagem vigorosa das mãos RUBÉOLA Contato direto com secreções da nasofaringe Erupções maculopapulares puntiformes e rosadas que se iniciam no rosto e se estendem caudalmente, febre baixa, linfadenopatia, conjuntivite leve, manchas no palato mole, tireoidite aguda e artralgia. · Aborto · Defeitos congênitos · Prematuridade · Natimorto Síndrome da rubéola congênita: · Catarata congênita · Defict auditivo · Cardiopatia Diagnóstico por anticorpo igM e igG Tto com uso de sintomáticos CITOMEGALOVÍRUS Contato com secreções contaminadas Risco de infecção é menor no início da gestação, porém costuma ser mais grave Pode apresentar febre, mal estar, mialgia, linfadenopatia cervical e lesões maculopapulares · Placentomegalia · Placentite · Calcificações periventriculares Sequela mais comum: perda auditiva ou neurossensorial detectada ao nascimento ou na infância Diagnóstico: igG e igM Infecção fetal: alterações USG, PCR do líquido amniótico, RNM Valaciclovir e imunoglobulina HERPES HSV1 lesões orolabiais, HSV2 lesões genitais A transmissão ocorre no parto por contato direto com o vírus presente nas lesões em 85% das pacientes infectadas Complicações: · Aborto · Anomalias congênitas · Prematuridade · RCIU (restrição ao crescimento intra-uterino) É assintomática/ úlceras genitais dolorodas, prurido, disúria, febre, linfadenopatia inguinal e cefaleia. Tríade da infecção congênita: 1. Vesículas, ulcerações ou cicatrizes pele 2. Lesões oculares 3. Manifestações graves do SNC Diagnóstico: · Clínico · Confirmar com PCR · Cultura · Teste direto de anticorpos fluorescentes ou sorologia Tratamento: · Aciclovir 400mg (01 cp VO de 8/8hr por 7-10 dias) Via de parto deve ser cesárea se as lesões genitais estiverem ativas ou houverem sintomas prodrômicos. TOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii – protozoário intracelular obrigatório e capaz de infectar diversas células do hospedeiro Três formas: · Esporozoíto · Taquizoíto (fase aguda) · Bradizoíto Transmissão: · Via oral (água e alimentos contaminados) · Congênita Quadro clínico: · Doença autolimitada · Assintomática em imunocompetentes · Astenia · Mialgia · Linfadenopatia occipital e/ou cervical Transmissão vertical: · A infecção primária é por via transplacentária · O risco de transmissão aumenta quanto maior a idade gestacional · Quanto menor a idade gestacional, menor o acometimento fetal · Mulheres imunodeprimidas, a infecção primária adquirida antes da gravidez · Infecção no começo da gravides é menor, mas se transmitir, maior gravidade · Período de 10 a 24 semanas é considerado de maior riso · TV ocorre principalmente na fase aguda da doença, com parasitemia materna · Taquizoítos infectam e se multiplicam na placenta, chegando à circulação fetal · Outra forma de transmissão seria a reativação da doença em gestantes com infecção crônica pelo toxoplasma e imunossuprimidas Principais alterações fetais: - é recomendado que após ainfecção a mulher espere 6 meses para engravidar · Ventriculomegalia · Microcefalia · Calcificações intracranianas · Hepatoesplenomegalia · Ascite · Catarata · Hidropsia · Surdez · Cegueira · Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor · Recomendado após infecção a mulher esperar 6 meses para engravidar. Diagnóstico: · 1ª consulta de pré natal: pesquisa de anticorpos específicos IgG e IgM contra T. gondii; · IgM: manifestam-se duas semanas após a infecção. Fase aguda · IgG: atingem o pico de 6-8 semanas após a infecção e passam a diminuir nos dois anos seguintes, mas permanecem posoitivos · Teste de avides IgG até 16 semanas de gestação · Alta avidez: infecção crônica (>4 meses) · Baixa avidez: provável infecção recente · Casos suspeitos: titulação seriada de IgG sequenciais em 3 semanas (permite a contagem do número de microorganismos de amostras com concentrações muito elevadas) · Aumento de duas vezes ou mais no título de IgG: sugere infecção recente Diagnóstico da infecção fetal: · Amniocentese: pesquisa de DNA do toxoplasma no líquido amniótico pela PCR · Após 18 semanas da gestação e decorridas 4 semanas da infecção materna, nos casos de soroconversão, para reduzir a taxa de resultados falsos-negativos. · Doença aguda IG >32 semanas: não realizar procedimento · USG obstétrico mensal: calcificações intracerebrais, ventriculomegalia, microcefalia, hepatoesplenomegalia e CIUR. Manejo da toxoplasmose na gravidez: Tratamento: · Espiramicina 500mg, 2cp de 8/8 (para reduzir a transmissão fetal – profilaxia secundária. Só reduz o risco de transmissão materno-fetal) · Se for confirmada infecção fetal, faz esquema tríplice até o parto) Sulfadiazina 3g/dia (2cp de 500mg 8/8hr) Pirimetamina 50mg/dia (1cp de 25mg 12/12hr) Ácido folínico 15mg/dia (1cp de 15mg ao dia) 2ª escolha 3ª escolha 4ª escolha Fansidar (sulfadoxina 500mg +pirimetamina 25mg) + Ácido folínico Dose do Fansidar: 2 cp 1x semana Sulfametoxazol 400mg + Trimetoprim 80mg. 2cp 12/12hr ou apresentação reforçada sulfametoxazol 800mg + Trimetoprim 160mg. 1cp 12/12hr + Espiramicina 500mg. 2cp de 8/8h Azitromicina 250mg/dia + Pirimetamina 25mg. 50mg 1x/dia + ácodp folínico · Se pirimetamina ou sulfadiazina não estiverem disponíveis:
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