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No segundo capítulo ele examina as várias concepções de cidadania, ou pelo menos aquelas que eram vigentes à época da mudança de regime. Como ele observa no início da República, na serem se desenvolveram várias concepções de cidadania que nem sempre eram compatíveis entre si. Se houve esperança de início que com a república se expandisse os direitos políticos, que se redefinisse o papel do povo na participação política, ele diz o seguinte, razões ideológicas e as próprias condições sociais do país fizeram com que as expectativas se orientassem em direções distintas e por fim se frustrassem. Ou seja, o setor vitorioso, elite e republicana teve-se estritamente o conceito liberal de cidadania, ou mesmo ficou a quem dele e, na prática, criou obstáculos à democratização. Os positivistas eram defensores da ampliação dos direitos sociais, mas eles negavam os meios de ação política para conquistar esses direitos sociais. O povo deveria ser assistido de forma paternalista pelos governantes. Para aqueles que participavam da política. Eles deveriam ser assistidos pelos grupos dominantes politicamente. Já o anarquismo negava qualquer possibilidade de participação política. Eles negavam a necessidade de qualquer ordem política. E nesse cenário eles não admitiam a ideia de cidadania, a não ser na ideia de uma fraternidade universal. Já os socialistas democráticos, eles eram os únicos a propor ampliação da participação dos direitos políticos e sociais, mas eles faziam isso nas premissas liberais. Enfim, são todos esses grupos que se movimentam politicamente, uma minoria politicativa, na verdade, ou mesmo outros grupos que combatem a ideia de estado, a ideia de política, a ideia de participação, a ideia de cidadania, como a gente viu em relação aos anarquistas, mas a coisa vai muito mais além. O Rio de Janeiro era uma coisa muito mais ampla naquela época. Eles somavam uma grande parte da população que supostamente apenas assistiria às transformações políticas, a participação política de outros grupos.
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