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CONSTRUÇÕES ESPECIAIS Mauricio Thomas Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar produtos e materiais de construção inovadores. � Descrever máquinas e equipamentos que otimizam as construções. � Caracterizar os sistemas em painéis cerâmicos e paredes de concreto moldadas in loco. Introdução No atual âmbito da construção civil, a inovação, aliada às novas tecnolo- gias, gera oportunidades para obtenção de benefícios significantes, como aumento de produtividade, redução de custo, aumento de qualidade e confiabilidade de conclusão no prazo planejado, além de ser necessária para sobrevivência das empresas em um mercado cada vez mais compe- titivo. Partindo do contexto histórico vivenciado pela construção civil nas últimas décadas, constata-se que a introdução de inovação tecnológica nos meios de produção acarretou diversos benefícios no setor. Neste capítulo, você vai conhecer produtos e materiais inovadores da construção civil, bem como máquinas e equipamentos que otimizam as obras. Também vai identificar os sistemas em painéis cerâmicos e paredes de concreto que são moldadas in loco. Produtos e materiais inovadores na construção civil Em um mercado competitivo como o da construção civil brasileira, identificar produtos e sistemas construtivos realmente inovadores não é uma tarefa fácil. A cada dia, construtores e projetistas são apresentados a uma grande variedade de soluções criadas para otimizar processos, reduzir custos ou melhorar a qualidade dos projetos de edificações e de infraestrutura. Programa criado pelo governo, o Sistema Nacional de Avaliação Técnica (SiNAT) tem o objetivo de avaliar tecnicamente os produtos ou processos inovadores empregados na construção civil, baseado no conceito de desempe- nho. Esse programa estimula a utilização de inovação tecnológica de forma a aumentar a gama de alternativas tecnológicas para as construções habitacionais e, assim, aumentar a competitividade no setor (BRASIL, 2016). Os índices de desempenho utilizados na avaliação de sistemas construtivos inovadores são: � desempenho estrutural; � resistência ao fogo; � desempenho térmico e acústico; � durabilidade e manutenibilidade. No Brasil, existe uma vasta gama de novos produtos e materiais sendo aplicados e testados nos mais variados canteiros de obras. Você vai ver, a seguir, exemplos das principais inovações dos últimos anos que apresentaram resultados amplamente satisfatórios e que merecem destaque no cenário da construção brasileira. Laje em steel deck É formada basicamente por uma chapa metálica ondulada, conforme se vê na Figura 1, em que a própria fôrma é utilizada como escoramento, por isso também pode ser chamada de laje mista ou colaborante. Para execução correta desse sistema, é necessário o treinamento da mão de obra adequado, pois, por não ser um sistema construtivo convencional, as técnicas de execução não estão amplamente difundidas, o que limita a implantação. Não é recomendado o uso desse sistema em ambientes corrosivos por causa do material da laje (CICHINELLI, 2014). Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos2 Figura 1. Detalhe de laje em steel deck com fôrma de aço incorporada. Fonte: Campos (2001). tela soldada concreto viga suporte mossas fôrma metálica armadura negativa Campos (2001) destaca que, nesse sistema, a fôrma metálica deve suportar as ações permanentes e as sobrecargas durante a etapa inicial da construção, enquanto o concreto ainda não atingiu sua resistência à compressão espe- cificada. Após o procedimento da cura do concreto, ela funciona total ou parcialmente como armadura positiva da laje. Para que esses materiais trabalhem conjuntamente, formando um ele- mento estrutural único, é indispensável alcançar a aderência mecânica entre a chapa de aço e o concreto. Para isso, saliências e reentrâncias, chamadas de mossas, estão presentes na fôrma de aço. É imprescindível, também, o uso de conectores de cisalhamento, os quais realizam a ligação entre a viga de aço e o concreto da laje. Ainda, quando não existe nenhuma restrição quanto ao seu uso, tanto em relação ao local de utilização como ao conhecimento do processo produtivo, esse sistema mostra-se viável por proporcionar redução das etapas de cim- bramento e descimbramento, que resulta na redução do prazo de execução e de execução do forro, que é substituído pela fôrma. Proporciona também a redução da armadura positiva na laje, pois a fôrma colabora com a laje e acaba resistindo aos esforços de tração. 3Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos Campos (2001) ainda salienta que nesse sistema há certa facilidade para a colocação de tubulação elétrica, hidráulica, de comunicação e de ar condi- cionado e fixação de forro suspenso. Porém, pode-se optar por deixar a fôrma metálica galvanizada aparente, apenas com um acabamento de pintura, como mostra a Figura 2. Outro grande benefício é que, após o endurecimento do concreto, a fôrma metálica funciona como armadura total ou parcial da laje e, tão logo seja colocada no lugar, pode atuar como um diafragma efetivo de cisalhamento no plano horizontal. Figura 2. Detalhamento dos vazios do sistema de lajes em steel deck. Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2011). Conector de Cisalhamento Concreto Concreto > 15 m m > 50 m m Vazios Chapa de Aço Viga Metálica (per�l I) A laje em steel deck, mostrada na Figura 3, é utilizada geralmente associada à estrutura metálica, porém, pode ser utilizado em estrutura convencional de concreto armado. As chapas costumam ser fabricadas com comprimento de 12 m e em três espessuras (0,80 mm, 0,90 mm e 1,25 mm) e deve ser especificada no projeto estrutural pelo projetista. Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos4 Figura 3. Exemplo de estrutura de laje em steel deck. Fonte: Evannovostro/Shutterstock.com. As principais vantagens da utilização da laje em steel deck são citadas a seguir: � dispensam o uso de armaduras positivas e de escoramento durante a concretagem; � funcionam como plataforma de trabalho; � atuam como fôrma e armadura da própria laje; � manuseio, descarga e armazenamento feitos de forma simples e rápida; � produto leve, que pode ser manuseado por uma equipe de montadores sem a necessidade de equipamentos especiais; � os canais inferiores da fôrma podem abrigar a passagem de dutos e conduítes. O sistema ainda não conta com normas brasileiras, mas são utilizados como referência os seguintes textos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, 2008, 2013b): 5Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos � NBR 6118 — Projeto de Estrutura de Concreto — Procedimento; � NBR 8800 — Projeto de Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios; � NBR 14323 — Dimensionamento de Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio. Contrapiso flutuante O contrapiso flutuante é um sistema construtivo adotado principalmente para reduzir ruídos de impacto nas edificações, vibrações sonoras resultantes de uma ação de choque físico e atrito de elementos sólidos na superfície do piso. A solução também atenua ruídos aéreos que surgem no ar graças a conversas, músicas, aparelhos eletrônicos, entre outros, mas com menor eficiência em comparação aos ruídos de impacto (CONTRAPISO..., 2010). O sistema consiste em um material resiliente colocado entre a laje e o contrapiso, fazendo com que este último pareça flutuar em relação à estrutura, desvinculado dos elementos de vedação e de alicerce. A principal função do contrapiso flutuante é a de dissociar a ligação direta da laje com o contrapiso, formando uma barreira à transmissão direta do ruído. Para a execução de contrapisos flutuantes é utilizada argamassa à base de cimento e areia, em diferentes proporções estabelecidas em projeto. O contrapiso flutuante é um contrapiso não aderidoà laje de concreto. Em meio aos materiais que podem ser aplicados para promover a não ade- rência como material isolante, cita-se principalmente a membrana isolante termoacústica. Dentre os principais cuidados que se deve ter na implementação de um contrapiso flutuante, pode-se destacar: � a espessura do contrapiso em cada ambiente; � o tipo e as características, como densidade e compressibilidade do isolante acústico; � a armadura de reforço do contrapiso; � os detalhes construtivos, tais como as juntas de movimentação e o posicionamento das armaduras e as características da argamassa. Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos6 A espessura do contrapiso flutuante e as características da armadura geral- mente variam em função das características da camada de separação (isolante) empregada. Quanto maior a compressibilidade, maiores serão os esforços de tração introduzidos no contrapiso em função da maior deformabilidade do conjunto. Inclusive, combater esses esforços é exatamente a função da armadura de reforço presente no contrapiso. O projeto de produção de contrapiso contempla as posições de cada talisca e um pedaço da manta isolante, geralmente de 30 x 30 cm, que deve ser fixado à laje com cola à base PVA (cola branca) para evitar pontes acústicas, conforme mostra a Figura 4 a seguir. Figura 4. Material acústico colado junto à laje. Fonte: Contrapiso... (2010). 7Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos Em cada ambiente, há a necessidade de localizar na laje o ponto mais alto e somar a espessura mínima previamente definida em projeto para determinar o nível geral do contrapiso flutuante, como visto na Figura 5. A espessura mínima da camada de contrapiso deve ser respeitada para garantir funcionalidade do sistema, evitando-se perda de desempenho. Figura 5. Distribuição das taliscas no ambiente a ser utilizado o contrapiso flutuante. Fonte: Contrapiso... (2010). Há uma extensa gama de materiais isolantes (acústicos ou térmicos) que podem ser empregados nesse sistema, uma vez que cada um proporciona dife- rentes níveis de isolamento e desempenho. A espessura e a compressibilidade da manta ou da placa determinam a espessura mínima do contrapiso, bem como a necessidade ou não do emprego de armadura de reforço. Com relação à argamassa, esta deverá ser aplicada em duas camadas, cada uma com espessura de aproximadamente metade da espessura total. Ambas devem ser lançadas tomando-se o cuidado para não danificar o material isolante. Após a aplicação da primeira camada, ela deve ser levemente com- pactada posicionando-se, imediatamente, a armadura, como visto na Figura 6, cortando-a nas posições coincidentes com as taliscas. Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos8 Figura 6. Aplicação de armadura sobre a primeira camada de argamassa. Fonte: Contrapiso... (2010). Após a finalização da execução, o contrapiso deverá ser protegido por lona plástica para evitar a perda excessiva de umidade. Isso proporcionará melhor condição de hidratação do cimento contido na argamassa e, por consequência, melhor desempenho mecânico. Essa proteção deve permanecer por um período mínimo de três dias e o contrapiso deve ser isolado ao tráfego de pessoas ou equipamentos pelo período mínimo de sete dias. Após concluída a execução, devem ser verificadas as características de nivelamento e rugosidade superficial. Em relação ao nivelamento, é comum se estabelecer a tolerância de 2 mm para uma régua de 2,0 m. Outro fator importante é a existência de uma sobra de manta junto ao rodapé (mínimo 10 cm) para permitir a dobra durante a execução do revestimento de parede e garantir que ele não encoste no contrapiso, evitando o comprometimento do desempenho do piso acústico. O artigo da revista Téchne (CONTRAPISO..., 2010) cita que o processo construtivo deve, de uma forma geral, seguir as seguintes etapas: mapeamento dos níveis das lajes; definição da espessura real do contrapiso de cada ambiente; aplicação do material isolante (térmico e/ou acústico); definição da posição das taliscas e de seus respectivos níveis para garantir a espessura; colocação de peça pré-moldada na interface do contrapiso flutuante e o contrapiso ade- 9Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos rido; e aplicação da argamassa, com a execução do acabamento e o controle de qualidade, etapa em que são verificadas as características de nivelamento e rugosidade superficial. Telhado verde com vegetação O telhado verde, também conhecido como cobertura vegetal ou jardim sus- penso, é um sistema construtivo que se caracteriza por uma cobertura vegetal feita com grama ou plantas. É instalado em lajes ou até mesmo sobre telhados convencionais e consiste em camadas de impermeabilização e de drenagem, as quais recebem o solo e a vegetação indicada para o projeto. Além do benefício estético, os telhados verdes funcionam como isolantes térmicos nas coberturas das edificações. Para as grandes cidades, por exemplo, são uma forma de área vegetada que, em larga escala, contribui para melhorar a qualidade do ar e minimizar o efeito das ilhas de calor. A D’Elia (2009) apresenta o telhado verde como uma técnica que consiste no uso de vegetação na cobertura das edificações, como mostra a Figura 7. Figura 7. Exemplo de telhado verde em uma edificação. Fonte: 18042011/Shutterstock.com. Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos10 Os telhados verdes exigem a instalação do sistema em uma cobertura impermeabilizada e a estrutura da edificação deve suportar o sistema dimen- sionado para ela. Normalmente, o ângulo de inclinação da cobertura é baixo ou nulo, pois esse fator determina a forma de drenagem ou a necessidade de barreiras para conter o fluxo de água. Após o preparo da cobertura e a ins- talação das camadas do sistema, deve-se aplicar a terra e plantar as espécies vegetais adequadas. Independentemente do tipo, os sistemas empregados em coberturas verdes podem variar bastante. Em uma aplicação típica, a montagem de um telhado verde pode ser feita diretamente sobre uma laje, aplicando-se todas as camadas na sequência apresentada na Figura 8 a seguir. Figura 8. Componentes de sistema de cobertura verde. Fonte: Corsini (2011). a b c d e 11Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos Onde: a) camada impermeabilizante: normalmente feita com mantas sintéticas, ela protege a laje contra infiltrações; b) camada drenante: serve para drenar a água e também como filtro; pode ser feita de brita, seixos, argila expandida ou com mantas drenantes de poliestireno; c) camada filtrante: serve para reter partículas e pode ser feita com um geotêxtil; d) membrana de proteção contra raízes: serve para controlar o crescimento de raízes da vegetação; e) solo e vegetação. Sempre que implantado o telhado verde, é necessário considerar o sobrepeso dos componentes no projeto estrutural da laje da cobertura. Tal cobertura, apesar de exigir constante manutenção, apresenta como principais vantagens: � melhor conforto térmico e acústico no interior da edificação; � redução do consumo de energia e do escoamento de águas pluviais; � controle do efeito estufa; � cria e preserva habitats; � diminui a ilha de calor. Porém, nas áreas de sustentabilidade, este tipo de sistema vem apresentando várias discussões quando comparados com demais sistemas de sustentabilidade. Algumas desvantagens podem ser citadas: � maior custo de implementação e de manutenção; � sujeito a vazamentos quando mal instalado; � pouco conhecimento de instalação no mercado brasileiro; � necessita de manutenção; � cuidados necessários com o vento e com o fogo; Os telhados verdes podem ser extensivos ou intensivos. Os extensivos costumam ser mais leves, com espessura do substrato de 5 a 15 cm. De ma- nutenção mais baixa, são compostos de espécies vegetais herbáceas e gramí- Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos12 neas. A sobrecarga total da cobertura pode variar de 60 a 150 kgf/m². Jáos intensivos funcionam como jardins suspensos, são coberturas mais pesadas, cuja espessura do substrato fica entre 15 e 50 cm, em que se utilizam plantas gramíneas, arbustivas e arbóreas. Nesse caso, recomenda-se que a sobrecarga considerada se situe entre 180 e 500 kg/m², incluindo o sistema saturado de água (D’ELIA, 2009). O telhado verde ainda não tem norma técnica em vigor. No entanto, há um projeto de norma encaminhado à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que aceitou a sugestão e deve criar uma comissão para a elaboração do texto. Concreto autoadensável (CAA) Lisboa (2004) apresenta o CAA como um concreto com característica de preencher uniformemente os espaços vazios no interior das fôrmas sob ação do seu próprio peso e da sua capacidade de fluxo. A habilidade de se autoadensar é alcançada com o equilíbrio entre alta fluidez, obtida por meio de aditivos superplastificantes de última geração, e moderada viscosidade e coesão entre as partículas do concreto fresco, conseguida com incremento de adição mineral de granulometria fina. O CAA no estado fresco é muito mais sensível às variações de qualidade e uniformidade dos constituintes que o compõem. Em virtude dessa maior sensibilidade, uma proporção precisa dos materiais constituintes é essencial para se obter um CAA com sucesso (GOODIER, 2003). A passagem de concreto convencional para CAA altera os materiais constituintes de quatro componentes (cimento, areia, brita e água) para seis componentes, que são: cimento, filers (pozolânicos e/ou não pozolânicos), areia, brita, água e aditivos (os mais importantes são os superplastificantes e os modificadores de viscosidade). Também chamado de concreto autocompactável, este tipo de concreto não necessita adensamento, pois é produzido com aditivos que garantem a fluidez adequada do material. O que diferencia o CAA do concreto convencional não é a sua capacidade de ser autonivelante, mas as características do concreto no seu estado fresco (MOURA, 2015). A Figura 9 mostra o lançamento de um CAA em uma laje. 13Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos Figura 9. Lançamento de CCA em uma laje. Fonte: Silva (2009). Cavalcanti (2006) lembra que, apesar de o CAA e o concreto convencional conterem os mesmos componentes, são verificadas divergências no com- portamento reológico do CAA em relação ao concreto convencional e suas propriedades no estado fresco, que asseguram a sua alta resistência à segregação e deformabilidade. Entretanto, essas características são alcançadas pelo uso de aditivos, minerais e químicos, diferentemente dos concretos convencionais. Na produção do CAA é indispensável a presença de aditivos, tais como adi- tivos minerais, como a sílica ativa, a cinza volante, a escória de alto-forno, as pozolanas, a cinza da casca-de-arroz, o resíduo de serragem de mármore e granito, dentre outros, e aditivos químicos, como os superplastificantes e os modificadores de viscosidade. As principais características que devem ser apresentadas pelo material são a capacidade de escoar entre obstáculos e preencher os espaços, a habilidade de passar por restrições sem que haja bloqueio e a capacidade de resistir à segregação. Pelas propriedades do CAA no estado fresco, é necessário que a fôrma seja estanque para que não ocorra a perda da nata do cimento. Nesse contexto, o CAA envolve um novo processo de produção e lançamento de concreto, cuja principal característica está na eliminação da vibração (ou sua forma de lançamento e acabamento), de forma a reduzir o custo global do processo de concretagem e aumentar a qualidade do produto final (NUNES, 2001). Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos14 Coutinho (2011) também lembra que, apesar de o preço do m³ do CAA ser maior do que o do concreto vibrado, ele permite ganhos que podem reduzir o custo final da obra, uma vez que o custo de aplicação do CAA é menor, já que há maior rapidez na execução da obra e diminuição da mão de obra, além do fato de que o CAA permite a redução de custos não mensuráveis, como menor índice de acidentes de trabalho e afastamento de trabalhadores, graças às melhores condições de trabalho no canteiro. Os ganhos para o meio ambiente também são importantes, como a dimi- nuição na poluição sonora no entorno das obras, o reaproveitamento de finos que seriam descartados na natureza, além da economia de energia elétrica decorrente da eliminação dos vibradores. O CAA também se caracteriza pelo aumento da velocidade da obra, oca- sionado pela redução de etapas, como: adensamento, eventuais retrabalhos de preenchimento de nichos formados no concreto pelo não preenchimento, por causa da incorporação de ar ou por falhas na concretagem, nivelamento e acabamento. Mostra-se também como uma opção viável na indústria de pré-moldados, pois já utiliza controle tecnológico no concreto (SILVA, 2009). Fôrma metálica Santos (2012) demonstra que a fabricação de fôrma metálica para o uso na estrutura de concreto armado apresenta-se como vantagem, apesar do custo unitário mais elevado em relação ao uso de fôrma de madeira que é superado pela repetitividade, pois gera aumento da velocidade de execução das peças de concreto. A vantagem aumenta se for utilizada em construções com alto grau de repetitividade e ainda melhora a qualidade das peças, apresentando melhor acabamento. Quanto ao número de reutilizações, estima-se que as fôrmas metálicas pos- sam a ser reutilizadas de 40 a 60 vezes, sendo um número bastante expressivo quando comparado ao sistema de fôrmas de madeira, que podem chegar a uma reutilização de apenas 25 vezes, quando bem conservadas (COMO..., 2010). Basicamente, o que define uma fôrma metálica é o material com o qual é produzida, ou seja, tem estrutura e faces de contato totalmente de aço, como mostra a Figura 10. A fôrma totalmente metálica é construída integralmente com aço de alta resistência, pois necessita suportar as pressões geradas pela concretagem e proporcionar qualidade ao acabamento final do concreto. 15Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos Figura 10. Fôrma metálica utilizada na concre- tagem de um pilar. Fonte: Santos (2012). O projeto deve ser seguido à risca também na execução do cimbramento. A instalação das peças costuma ser realizada pela construtora, mas é possível requerer supervisão e assistência técnica por parte do fornecedor. As fôrmas não podem apresentar trincas nas soldas, corrosão, deformação ou empenamento. Após o uso, é preciso limpar imediatamente as peças, retirando resíduos de concreto e argamassa. Ao final de cada concretagem, deve-se realizar checagem criteriosa dos equipamentos, designando profissionais experientes que saibam avaliar a importância dessa tarefa, com o objetivo de assegurar o estado de conservação das peças. A norma NBR 15575 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013a), atual- mente revisada, foi criada em conformidade com modelos internacionais de norma- lização de desempenho. A versão atual compreende seis partes: 1. requisitos gerais; 2. sistemas de estrutura; 3. sistemas de pisos; 4. sistemas de vedações verticais; 5. sistemas de coberturas; Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos16 Máquinas e equipamentos que otimizam as construções Sempre em expansão e crescimento contínuo, o setor da construção civil necessita de planejamentos e equipamentos inovadores a fim de acelerar a conclusão e a entrega das obras no tempo determinado, por exemplo. Com as novas tecnologias implementadas em equipamentos e máquinas, isso já vem se mostrando bem eficiente. As inovações em máquinas, produtos e materiais não só otimizam o tempo de entrega das construções, mas também visam à diminuição de desperdícios no canteiro de obras, obtendo maior êxito na compra dos materiais utilizados em todo o processo de construção. A seguir, você verá algumas máquinas e equipamentos inovadores que vêm dando certo e apresentando resultados satisfatórios no mercadobrasileiro e mundial. Transporte vertical flexibilizado Faria (2014) traz à tona elevadores que inovam em soluções de eficiência energética. Um dos diferenciais são os comandos regenerativos que têm modos de espera e com isso permitem que a energia consumida possa ser enviada imediatamente de volta para a rede elétrica do edifício. Esses comandos fa- zem com que o elevador, quando está operando com cargas leves durante a subida, opere em modo gerador e regenere eletricidade. O motor e a máquina de tração compactos, em sua nova configuração, pesam até 50% a menos que elevadores comuns. Com menor raio de curvatura do elemento de tração, o sistema permite que um motor de menor dimensão possa mover a mesma carga, diminuindo também o consumo de energia do sistema. Os fabricantes afirmam que os modelos chegam a economizar até 50% de energia em comparação a sistemas convencionais. 6. sistemas hidrossanitários. A norma tem como finalidade a orientação geral acerca da norma de desempenho. As principais informações contidas nessa norma são: o conceito de vida útil do projeto, a definição de responsabilidade de cada agente (incorporadores, projetistas, construtores, fornecedores e usuários) e os parâmetros de desempenhos mínimo (compulsório), intermediário e superior 17Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos Outro fator de interesse é que as máquinas dispensam o uso de óleos lubrificantes ou graxas e a iluminação no interior dos elevadores consomem de 50 a 75% menos energia. A revista ainda lembra que, com um dimensionamento criteriosamente planejado, tanto o sistema de tração quanto o painel de controle são acomo- dados em um espaço reduzido na parte superior da própria caixa. Com isso, dispensam a necessidade de construção de casas de máquinas para instalação em edifícios de até 50 pavimentos. Há ainda a possibilidade de se reduzir os custos e prazos de construção da estrutura do edifício em até três semanas. Até o momento, sobretudo, essa tecnologia está disponível apenas para edifícios de até 20 andares. Projetores de argamassa São indicados para transporte e bombeamento de argamassa para aplicação de grauteamento em alvenaria. Existem modelos capazes de atingir o desempenho de até 2 m³ por hora. Além de acelerar o prazo de execução, o equipamento possibilita que a mesma quantidade de serviços seja executada com menos contingente de mão de obra direta e indireta. Faria (2014) também apresenta modelos que são apropriados para bombear argamassa e graute tanto industrializados quanto preparados em obra, desde que contenham traço devidamente aditivado. Além disso, quando acoplados a um compressor a ar, conseguem projetar argamassa por meio de uma pistola e podem, ainda, executar chapisco, reboco e emboço. Ferramentas manuais Abrangem as inovações simples, mas não menos importantes, que são as ferramentas manuais que auxiliam a execução de serviços específicos. No rol das inovações mais simples, lembradas por Moura (2015), podemos citar: � bisnaga para aplicação de argamassa: utilizada no assentamento dos blocos ou na aplicação de argamassa expansiva para encunhamento; � guilhotina para paver: utilizado para realizar o corte de blocos para pavimentação; � rodo tipo float: ferramenta leve destinada a corrigir pequenas falhas no concreto após a concretagem, que é utilizada no sistema de piso; � régua vibratória: ferramenta utilizada no acabamento da superfície do concreto; Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos18 � desempenadeira estreita: utilizada na aplicação de argamassa de assentamento de blocos de furos verticais; � trena digital: traz rapidez na determinação de comprimentos e pos- sibilidade de transferência dos dados via bluetooth, além de ser mais prática em relação à trena metálica. Equipamentos de pequeno porte Moura (2015) também destaca equipamentos ou aparelhos eletrônicos e má- quinas considerados de pequeno porte. Dentre os principais, há: � pintura airless: feita com um pulverizador ou pistola e utiliza equipa- mento que não necessita o uso de ar comprimido, pois a tinta é borrifada em razão da alta pressão dos equipamentos; � scanner: aparelho utilizado para detectar e localizar canos de PVC e de cobre, fios elétricos e madeiras que estejam inseridos na estrutura de concreto, alvenaria ou drywall; � compactador de solo: equipamento utilizado para compactação por meio de percussão e pode ser utilizado em fundações ou em bases para piso. Equipamentos de grande porte Partindo do mesmo sentido dos itens anteriores, você verá a seguir alguns dos equipamentos de grande porte que foram destacados por Moura (2015): � hidrodemolidora: equipamento robotizado para demolição de estrutura de concreto que utiliza a força da água; � hidrofresa: equipamento utilizado na execução de paredes-diafragma em solos de alta resistência. � elevador cremalheira: equipamento utilizado para transporte vertical, que pode ser de pessoas ou materiais. � grua basculante: equipamento para movimentação de materiais que se difere dos outros tipos de grua por causa da projeção de seu contra- peso, que é mais reduzido, facilitando o uso em centros urbanos onde a projeção de lança sobre as ruas é limitada. Vale destacar que você identificou apenas algumas das inovações conside- radas importantes na construção civil. É importante ressaltar que existe, ainda, 19Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos uma enormidade de equipamentos, ferramentas e máquinas que a cada dia buscam trazer inovação e praticidade aos canteiros de obras da construção civil. Sistemas em painéis cerâmicos e paredes de concreto moldadas in loco Painéis cerâmicos Muito presente em processos de construção de países desenvolvidos, os painéis pré-fabricados de elementos cerâmicos têm sido utilizados cada vez mais nas obras, como mostra a Figura 11. A cerâmica que é disposta no centro das placas serve basicamente para dar mais conforto térmico e acústico ao ambiente. Roman (2000) explica que a utilização desses processos visa, ao mesmo tempo, a conservar as vantagens funcionais e estéticas das construções em alvenaria e eliminar os problemas mais sérios desse processo, tais como perda de tempo em razão das condições climáticas desfavoráveis, dificuldade de implementação de métodos de estocagem de materiais e dificuldade de controle de qualidade. Figura 11. Linha de produção de painéis cerâmicos em obra. Fonte: Silva (2009). Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos20 Os processos de pré-fabricação de painéis podem ser total ou parcial. Os painéis de alvenaria convencional produzidos fora do canteiro têm sido propostos e realizados nos casos em que o fator tempo é prioritário. Comu- mente esses procedimentos exercem influência direta nos empreendimentos habitacionais, uma vez que permitem a redução de custos e a manutenção do cronograma físico dentro dos prazos estipulados. No caso de os painéis pré-fabricados serem armados ou protendidos, as vantagens residem na pos- sibilidade de as cargas da construção serem transferidas diretamente para os painéis, reduzindo custos e tempo de construção e diminuindo o número de trabalhadores no canteiro. A pré-fabricação dos painéis é realizada sobre pistas de concreto. Para a conformação das dimensões dos painéis e das aberturas de portas e janelas são utilizadas fôrmas de aço. Os painéis são compostos de duas camadas de concreto armado e enchimento com bloco cerâmico de espessura reduzida; a largura do bloco cerâmico costuma ser de 230 mm e o comprimento de 300 mm. As instalações elétricas (eletrodutos, caixas de luz e quadros de distribuição) e as instalações hidráulicas (tubos e conexões de água fria e água quente, ramais de esgoto de pequenos diâmetros e tubos de ventilação) são embutidas nos painéis. Roman (2000) ainda lista uma série de vantagens que são obtidas com os processos de pré-fabricação dos painéis cerâmicos: � menor custo de construção, tanto parapainéis estruturais quanto para painéis de vedação; � aumento do controle de qualidade associado à maior velocidade de construção e à produção efetiva de elementos simultaneamente; � diminuição de custo e de desperdício pela repetitividade e transparência do processo; � maior efetividade na monitoração do produto com eliminação de desperdício; � possibilidade de uso de sistemas de fixação padronizados para os painéis de alvenaria. Com relação às etapas de produção em fábrica, são seguidos, basicamente, os seguintes passos propostos pela revista Silva (2009): preparação das pistas de concretagem; colocação dos gabaritos metálicos (contorno de painel e vãos); posicionamento dos blocos cerâmicos; posicionamento da armadura; concretagem das nervuras; aplicação de argamassa nas juntas; aplicação de argamassa de revestimento na face do painel; cura do painel; e, por fim, 21Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos içamento e aplicação da argamassa de revestimento na outra face, com o painel na vertical. Já na montagem na obra, são seguidas as seguintes etapas: transporte para a obra; preparação da fundação; colocação dos painéis; solidarização entre pai- néis com solda; colocação das lajes; execução da cobertura; proteção e vedação das juntas entre painéis de parede; retoques; e revestimento final — pintura. Paredes de concreto moldadas in loco É um sistema construtivo composto por paredes estruturais maciças de concreto comum moldadas no local, como mostra a Figura 12, geralmente com espessura de 10 cm, armadas com telas metálicas eletrossoldadas (malha de 10 cm x 10 cm e diâmetro de 4,2 mm) posicionadas no centro das paredes. As lajes são maciças, de concreto armado, também moldadas no local, normalmente com 10 cm de espessura. O sistema construtivo é destinado à construção de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, podendo ser implementado em atmosferas rurais e urbanas. A resistência característica à compressão do concreto, aos 28 dias, é de 25 MPa e a resistência mínima do concreto na desenforma, a 15 horas, é de 1,8 MPa. A consistência especificada para o concreto no slump test é de 22 ± 2 cm (SILVA, 2011). Figura 12. Execução de um pavimento-tipo. Fonte: Silva (2011). Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos22 Com relação às fôrmas, estas são constituídas por chapas de madeira compensada e plastificada (faces da fôrma), reforçadas ou estruturadas com perfis de aço fixados por meio de parafusos passantes nos fusos que definem o distanciamento entre as faces das fôrmas. A execução do travamento interno das peças, a colocação de eletrodutos, caixas elétricas e tubulações hidrossanitárias e o posicionamento das man- gueiras para a passagem de parafusos de travamento são feitos de acordo com o projeto. As tubulações acima de 40 mm de diâmetro são colocadas posteriormente em shafts executados em alvenaria, com a inserção de tela metálica nos encontros entre os shafts e as paredes de concreto. A Figura 13 apresenta um esquema que mostra como é feita a montagem das paredes: Figura 13. Montagem das paredes de concreto. Fonte: Silva (2011). Quadro de madeira pregado na fôrma Reforçõ de borda tela 2 x 10.0 mm c/30 Armadura reforço esquadrias 2 x 8.0 mm c/15 Mangueira para passagem dos parafusos Parafuso travamento Apoio lateral fôrmas Painel lateral fôrmas Tela Q 138 As principais vantagens desse sistema são citadas a seguir. � Agilidade na construção: em razão de as placas serem montadas previamente, todas as estruturas hidráulicas e elétricas podem ser feitas antes da etapa da concretagem. Além disso, o tempo entre a concretagem e o desmolde é de cerca de 15 horas. � Redução de custos: com a agilidade na construção, o custo da obra é reduzido. As fôrmas de sustentação podem ser de plástico, o que viabi- 23Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos liza ainda mais o processo. Ainda, é possível prever com antecedência todos os gastos da obra. � Acabamento simples: não é necessária a utilização de chapisco e reboco para o acabamento das paredes, que pode ser feito diretamente sobre a estrutura, com a aplicação de textura. � Qualidade construtiva: essas paredes oferecem mais qualidade do que os demais sistemas construtivos. As fôrmas de moldagem garantem uma obra em perfeito esquadrejamento. � Isolante: tal sistema produz resultados excelentes de isolamento térmico e acústico, pois o concreto é um isolante melhor em comparação aos tradicionais tijolos de barro. � Sustentabilidade: as paredes de concreto moldadas in loco minimizam os resíduos, diferentemente das construções de alvenaria, nas quais a parede é quebrada para realizar a montagem das partes hidráulica e elétrica. Como desvantagens desse sistema, podemos citar que: � o custo das fôrmas é alto e, por isso, essa tecnologia é usada apenas quando as fôrmas podem ser reaproveitadas em outras unidades; � dificilmente um conjunto de fôrmas pode ser utilizado em mais de um projeto de construção, uma vez que elas são feitas com base em um projeto, tendo as dimensões e os encaixes para sua realização. � o custo de uma eventual reforma é mais alto em razão da resistência das paredes de concreto, que demandam maior trabalho para quebra. Tecnologia aplicada aos sistemas construtivos24 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14323: projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2013b. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: edificações habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013a. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. 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