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Gestão Ambiental

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GESTÃO
AMBIENTAL
Diego da Luz Adorna
Análise de impactos 
e riscos ambientais I
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir os conceitos relacionados com os riscos ambientais: perigo, 
risco, gerenciamento de risco.
  Identificar a relação existente entre impacto e risco na gestão 
ambiental.
  Reconhecer a importância das ações de controle e emergência 
nos estudos de riscos ambientais.
Introdução
As atividades humanas resultam em alterações físicas, químicas e bio-
lógicas no meio ambiente. As alterações sofridas pelo meio ambiente 
são denominadas impactos ambientais e podem, ou não, acarretar 
danos ao ambiente.
A análise dos impactos ambientais consiste em estudo indispensável 
para promoção de gestão ambiental adequada, de modo a garan-
tir que os princípios de sustentabilidade sejam atingidos no setor da 
construção civil.
Neste capítulo, você vai aprender os principais conceitos relaciona-
dos à gestão ambiental, os estudos envolvidos na análise de impactos e 
riscos ambientais e a importância das ações de controle e emergência.
Riscos ambientais: contextualização
A humanidade, desde eras primitivas, utiliza os recursos disponíveis no 
meio ambiente, de modo a promover melhorias em suas condições de vida. 
O desenvolvimento tecnológico, intensifi cado a partir da Revolução Indus-
trial, ocorrida no século XVIII, promoveu avanços sociais, econômicos, 
políticos e culturais, resultando em melhorias signifi cativas na qualidade 
de vida da sociedade, como aumento da expectativa de vida, redução da 
mortalidade infantil, redução do mapa da fome, erradicação de doenças, 
entre outros.
Os avanços promovidos pelo desenvolvimento tecnológico levaram ao 
surgimento de novas necessidades no cotidiano da sociedade. Conforme 
afirmam Barsano e Barbosa (2014), a adaptação do homem às condições 
ambientais deixou de ser um modus operandi viável, sendo suprimida pela 
adaptação do ambiente às vontades do homem.
O novo panorama da interação homem versus ambiente resultou no 
aumento do consumo de recursos naturais, de emissão de gases poluentes, 
no descarte inadequado de resíduos, entre outros, promovendo a degradação 
do meio ambiente, conforme observado na Figura 1.
Figura 1. Degradação ambiental em praia.
Fonte: Musleemin Noitubtim/Shutterstock.com.
Análise de impactos e riscos ambientais I2
No Quadro 1, são apresentados alguns exemplos comuns de degradação 
ambiental.
Fonte: Adaptado de Barbosa (2014).
Degradação Descrição
Degradação 
do solo
Erosão e 
desertificação
Uso indiscriminado e abusivo do solo, que 
leva a perda de umidade e desertificação 
do clima.
Contaminação 
do solo
Contaminação por deposição inadequada 
de resíduos industriais, domiciliares ou 
agrícolas.
Poluição das 
águas
Ocasionada, principalmente, pela deposição de resíduos tóxi-
cos na água, configura um dos mais graves tipos de degrada-
ção do ambiente em função do seu caráter imediatista.
Poluição do ar Ocasionada pela emissão de gases poluentes por veículos e in-
dústrias, acarreta prejuízos à saúde, às construções, incidência 
de chuvas ácidas, entre outros. A poluição do ar se caracteriza 
como uma forma de degradação global.
Quadro 1. Tipos comuns de degradação ambiental
Definições e conceitos
No que se refere aos estudos técnicos de gestão ambiental, dois conceitos 
merecem especial destaque: perigos e riscos. Perigo consiste em uma condição, 
ou conjunto de condições, que tem potencial para causar danos às pessoas, 
propriedades e ao meio ambiente, como, por exemplo, incêndios, explosões, 
geração de resíduos e substâncias tóxicas, entre outros.
O risco, por outro lado, está relacionado à frequência ou probabilidade de 
exposição de uma pessoa, propriedade ou meio ambiente a um determinado 
perigo. Em outras palavras, uma situação de perigo só se configura em um 
risco quando existe a exposição de uma pessoa, de uma propriedade ou do 
meio ambiente a essa situação. Observe o exemplo apresentado a seguir.
3Análise de impactos e riscos ambientais I
O amianto consiste em uma fibra mineral natural composta por silicatos hidratados de 
ferro e magnésio. A inalação do pó do amianto pode causar doenças respiratórias e câncer, 
e a disposição inadequada desse material pode contaminar o solo e o lençol freático.
Os materiais compostos por amianto são classificados, portanto, como materiais 
perigosos, pois possuem potencial de provocar danos às pessoas e ao meio ambiente.
O risco de contaminação por este material, por outro lado, varia de acordo com o 
grau de exposição a ele.
A disposição de telhas de amianto em invólucros enterrados no solo, por exemplo, 
oferece maior risco de contaminação do meio ambiente do que o armazenamento 
desses materiais em galpões industriais.
O perigo oferecido pelo material é o mesmo, mas o risco varia de acordo com o 
grau de exposição do meio ambiente a ele. 
O gerenciamento de riscos consiste em um conjunto de análises com o 
objetivo de determinar as fontes de riscos ambientais e as suas consequências 
para o meio ambiente, de modo a permitir que sejam adotadas medidas para re-
duzir ou eliminar os impactos ambientais decorrentes da atividade em questão.
Impactos e riscos na gestão ambiental
As consequências da interação homem versus ambiente são denominadas 
impactos ambientais. O conceito de impactos ambientais é defi nido por meio 
da Resolução CONAMA nº. 01/86, conforme segue: 
Art. 1º. Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, 
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades 
humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II – as atividades sociais e econômicas;
III – a biota;
IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V – a qualidade dos recursos ambientais. (CONSELHO NACIONAL DE 
MEIO AMBIENTE, 1986, documento on-line). 
Análise de impactos e riscos ambientais I4
A Resolução CONAMA nº. 01/86 está disponível, na íntegra, no link a seguir.
https://qrgo.page.link/s7UQZ
Os impactos ambientais, portanto, são alterações do meio ambiente 
decorrentes das atividades humanas. Contudo, a expressão impacto am-
biental não quer dizer, necessariamente, que a alteração ambiental promo-
vida pela atividade humana é danosa ao meio ambiente. Barbosa (2014), 
desse modo, atenta para a diferença entre os termos impacto ambiental 
e dano ambiental.
Os impactos ambientais são identificados por meio de estudo técnico, 
realizado por profissionais habilitados e qualificados, que buscam carac-
terizar o impacto, determinando, entre outros itens, o dano causado ao 
meio ambiente.
O estudo técnico dos impactos ambientais decorrentes de determinada 
atividade consiste em um requisito para promover a sustentabilidade no setor 
da construção civil. A sustentabilidade possui três aspectos fundamentais: 
tecnologia, economia e meio ambiente. Em outras palavras, a sustentabilidade 
busca o desenvolvimento de novas tecnologias economicamente viáveis que 
acarretem impactos reduzidos ao meio ambiente. 
Classificação dos impactos ambientais
Os impactos ambientais podem ser positivos e negativos. Os impactos positivos 
são aqueles relacionados a técnicas de recuperação ambiental, como recupe-
ração de matas ciliares, práticas de proteção do solo ou ações de preservação 
e recuperação da qualidade das águas. Os impactos negativos consistem 
nos danos ambientais, ou seja, nas ações físicas, químicas ou biológicas que 
promovem alterações prejudiciais à saúde e ao bem-estar das pessoas, às 
propriedades e ao meio ambiente.
5Análise de impactos e riscos ambientais I
Os impactos negativos podem ser classificados da forma como você confere 
a seguir.
  Quanto ao modo: os impactos ambientais podem ser diretos ou indire-
tos. Os impactos diretos são aqueles resultantes de uma relação causa/
efeito, enquantoos impactos indiretos são decorrentes do impacto direto. 
Podem ser denominados também como impactos primários (diretos) e 
impactos secundários (indiretos). Exemplo: degradação do ar urbano 
por emissão de gases industriais poluentes (impacto primários) com 
prejuízos à saúde da população (impacto secundário).
  Quanto ao alcance: os impactos ambientais podem ser classificados 
como locais, regionais, nacionais e globais. Exemplos: o vazamento 
de gás tóxico em uma indústria pode ser considerado um impacto 
local, enquanto o vazamento de óleo no mar consiste em um impacto 
ambiental de nível global.
  Quanto ao efeito: os impactos ambientais podem ser imediatos, quando 
as consequências são observadas no instante da ação, ou podem ocorrer a 
médio ou longo prazo. Exemplo: o vazamento de um tanque de armaze-
namento de produtos químicos tóxicos consiste em um impacto imediato, 
enquanto as doenças provenientes da contaminação da água do lençol 
freático por esses produtos consistem em impactos a médio ou longo prazo.
  Quanto à duração: os impactos ambientais podem ser classificados 
em: temporários, permanentes ou cíclicos. Os impactos temporários 
são aqueles cujos efeitos permanecem durante determinado período 
de tempo, como, por exemplo, a poluição sonora proveniente de uma 
obra de engenharia civil. Os impactos permanentes são aqueles em que 
não existe previsão de término dos seus efeitos, como, por exemplo, 
a contaminação de um rio por meio de despejo de produtos tóxicos. 
Os impactos cíclicos, por fim, são aqueles que se repetem durante 
determinados períodos de tempo — por exemplo, o desmatamento de 
regiões agrícolas, durante os períodos de colheita.
  Quanto à reversibilidade: os impactos ambientais podem ser classifica-
dos em reversíveis e irreversíveis. Os impactos reversíveis são aqueles 
cujos danos podem ser contornados em curto ou longo prazo, como, 
por exemplo, o reflorestamento de uma área desmatada. Os impactos 
irreversíveis são aqueles cujos danos não podem ser contornados, como, 
por exemplo, a exploração de recursos minerais.
Análise de impactos e riscos ambientais I6
Processo de gerenciamento de riscos 
ambientais (PGRA)
O processo de gerenciamento de riscos consiste em um estudo multidisciplinar 
que busca analisar os riscos decorrentes do uso de determinada técnica ou 
tecnologia, avaliar o impacto ambiental envolvido e, por fi m, traçar medidas 
que permitam suprimir, mitigar ou transferir os riscos envolvidos.
O processo de gerenciamento de riscos é dividido em duas fases: a primeira 
consiste na análise dos riscos, enquanto a segunda consiste no gerenciamento 
dos riscos propriamente dito.
A etapa de análise dos riscos, de acordo com Aquino, Paletta e Almeida 
(2017), engloba os seguintes procedimentos:
  identificação do perigo;
  quantificação do risco e seus efeitos;
  determinação dos danos, de acordo com as condições de exposição;
  caracterização dos riscos.
O gerenciamento dos riscos, por sua vez, é constituído pelos seguintes 
procedimentos:
  implementação de plano de controle de riscos;
  monitoração do plano de controle de riscos;
  reavaliação periódica do plano de controle de riscos.
O processo de gerenciamento de riscos ambientais faz parte dos estudos 
exigidos pelos órgãos ambientais para emissão do licenciamento ambiental 
de obras de engenharia civil e arquitetura.
A gestão ambiental, por meio dos estudos de impactos ambientais e ge-
renciamento de riscos, busca a adoção de práticas que permitam a satisfação 
de critérios de sustentabilidade.
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) consiste em um instrumento de 
gestão ambiental vinculado à Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº. 
6.938/81).
7Análise de impactos e riscos ambientais I
A Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei nº. 6.938/81, tem por objetivo 
regularizar todas as atividades relacionadas ao meio ambiente e definir diretrizes que 
promovam a preservação, a recuperação e a revitalização do meio ambiente. No link 
a seguir, você terá acesso à Lei nº. 6.938/81 na íntegra.
https://qrgo.page.link/rnakn
A AIA tem o objetivo de explicitar todas as condições ambientais envolvidas 
em um empreendimento, permitir que os impactos negativos sejam evitados 
ou, então, mitigados, otimizar os impactos positivos, proteger os sistemas 
naturais e promover o desenvolvimento sustentável.
Dentre as ferramentas utilizadas na AIA, merecem especial destaque o 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA).
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) consiste em um documento 
multidisciplinar que apresenta os impactos ambientais envolvidos em um 
empreendimento, bem como as soluções utilizadas para o seu controle.
O EIA deve seguir os princípios constantes na Política Nacional do Meio 
Ambiente. A Resolução CONAMA nº. 01/86 estabelece as principais diretrizes 
que devem ser contempladas no EIA:
  contemplação de todas as alternativas tecnológicas e de localização do 
projeto, de modo a identificar as melhores opções e descartar aquelas 
que são inviáveis;
  identificar os impactos envolvidos nas fases de instalação e operação 
do empreendimento;
  definir a área de influência dos impactos ambientais decorrentes do 
empreendimento;
  adequar o empreendimento às normas e políticas públicas ambientais.
A necessidade de EIA é definida por meio dos órgãos ambientais com-
petentes, que determinam os procedimentos e as diretrizes que devem ser 
respeitadas.
Análise de impactos e riscos ambientais I8
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é um dos documentos mais 
importantes gerados por meio do EIA. O RIMA consiste em um resumo do que 
foi exposto no EIA, redigido de forma clara, concisa e objetiva, disponibilizado 
de forma a conferir transparência e permitir o controle social.
O EIA/RIMA é exigido na etapa inicial dos empreendimentos, sendo condi-
cionante para a emissão da licença prévia pelos órgãos ambientais responsáveis.
Ações de controle e emergência
A gestão ambiental, por meio da AIA e do EIA, objetiva a determinação dos 
impactos ambientais decorrentes da implantação, operação e desativação 
de empreendimento e, desse modo, determinar as soluções necessárias para 
reduzir os danos ao meio ambiente.
Recuperação ambiental
A recuperação ambiental consiste em ações que têm por objetivo devolver ao 
ambiente suas características originais. As ações adotadas variam de acordo 
com os impactos ambientais aos quais o ambiente foi submetido e devem 
constar no EIA/RIMA.
A recuperação ambiental da área atingida nem sempre é possível, sendo 
adotadas medidas paliativas de reabilitação, de modo a recuperar a área para 
algum uso diferente do original.
As operações técnicas e administrativas utilizadas na recuperação ambien-
tal devem estar explicitadas no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas 
(PRAD), estabelecido por meio da Instrução Normativa nº. 4 de 13 de abril 
de 2011, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Re-
nováveis (IBAMA) (INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E 
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, 2011). A metodologia por trás da 
elaboração do PRAD incluiu as etapas a seguir.
  Diagnóstico ambiental: consiste na caracterização da área a ser es-
tudada. O diagnóstico ambiental é feito por meio do reconhecimento 
topográfico, das características do solo, relevo, clima e geologia e das 
condições hidrológicas da região. Tem por objetivo fornecer informações 
que permitam a identificação dos riscos físicos, químicos e biológicos 
existentes na referida região.
9Análise de impactos e riscos ambientais I
  Planejamento ambiental: consiste no conjunto de diretrizes adotadas 
com o objetivo de coletar, organizar e analisar os dados obtidos por meio 
do diagnóstico ambiental, de modo a permitir a elaboração do PRAD.
  Implantação: consiste nas medidas mitigadoras a serem adotadas, de 
modo a promover a recuperação total ou parcial da área degradada. Monitoramento: consiste na verificação e análise da eficiência das 
medidas adotadas, de modo a controlar o processo de recuperação 
ambiental e, caso necessário, auxiliar na escolha de medidas alternativas, 
que colaborem com o processo de recuperação.
Medidas mitigadoras
As medidas mitigadoras são ações, ou conjunto de ações, que buscam reduzir 
os danos decorrentes de impactos ambientais oriundos da implantação, manu-
tenção, operação e desativação de empreendimentos. As medidas mitigadoras 
são classifi cadas conforme apresentado no Quadro 2.
Fonte: Adaptado de Barbosa (2014).
Classificação Objetivo
Medida 
mitigadora
Preventiva Minimizar ou eliminar os impactos ambientais 
negativos.
Corretiva Restabelecer a situação anterior à ocorrência 
de um impacto ambiental negativo.
Compensatória Reposição dos bens socioambientais perdi-
dos devido a impactos negativos decorrentes 
de um empreendimento.
Potencializadora Otimização dos impactos positivos decorren-
tes de um empreendimento.
Quadro 2. Classificação das medidas mitigadoras
A seguir, é apresentado exemplo de recuperação de áreas degradadas por 
mineração com uso de medidas mitigadoras compensatória.
Análise de impactos e riscos ambientais I10
A extração de minerais em minas e pedreiras leva à degradação do solo por meio da 
extração das matérias-primas, assim como à degradação dos recursos hídricos, em 
função do uso de produtos químicos no beneficiamento dos minérios. Além disso, 
a escavação de túneis e patamares resulta em alterações na topografia do terreno, 
conforme observado na Figura 2.
Figura 2. Degradação ambiental em uma pedreira.
Fonte: COAST PRODUCTIONS/Shutterstock.com.
O EIA/RIMA de um empreendimento de exploração do solo deve apresentar medidas 
mitigadoras, como, por exemplo, controle da erosão, controle da poluição atmosférica 
e reposição paisagística e florestal.
A reposição paisagística e florestal de pedreiras desativadas consiste em uma medida 
mitigadora compensatória, pois visa compensar os bens ambientais perdidos, sem, 
contudo, restabelecer a situação anterior do ambiente.
Emergências ambientais
No EIA/RIMA, devem ser previstos, também, os impactos ambientais decor-
rentes de eventos acidentais ocasionados por falhas humanas ou por fenômenos 
da natureza, como vulcões, abalos sísmicos, chuvas torrenciais tornados, entre 
outros. Os eventos decorrentes de fenômenos da natureza variam de acordo 
com a região em que o empreendimento está sendo instalado, bem como dos 
riscos envolvidos no empreendimento.
11Análise de impactos e riscos ambientais I
As diretrizes envolvidas na análise de emergências ambientais são definidas 
pelo Decreto nº. 5.098/2004, que dispõe sobre o Plano Nacional de Resposta 
Rápida a Emergências Ambientais.
O Plano Nacional de Resposta Rápida a Emergências Ambientais, instituído pelo Decreto 
nº. 5.098/2004, pode ser acessado na íntegra pelo link a seguir.
https://qrgo.page.link/aVfuq
1. A análise de impactos e riscos ambien-
tais e seu correto gerenciamento é 
essencial para todas as atividades, prin-
cipalmente aquelas com manuseio de 
produtos perigosos. Com respeito ao 
conceito e às características de riscos e 
impactos, marque a alternativa correta.
a) Enquanto impacto significa algo 
negativo que possa ocorrer, risco sig-
nifica mudança, positiva ou negativa.
b) Impacto significa mudança, sempre 
negativa, e tem como objetivo 
minimizar ou eliminar os perigos de 
uma determinada atividade.
c) Risco significa identificar os im-
pactos de uma determinada ativi-
dade, buscando eliminar os perigos.
d) A análise de risco minimiza ou 
elimina os perigos de uma deter-
minada atividade.
e) Perigo refere-se aos impactos, que 
podem ser negativos e positivos.
2. O EIA-RIMA refere-se a __________ 
documento(s) com o objetivo de 
analisar os _____________ que uma 
determinada atividade irá causar 
________________. Das alternativas a 
seguir, qual complementa correta-
mente a sentença colocada?
a) um/riscos/na saúde do trabalhador
b) dois/impactos/no meio ambiente
c) três/impactos/na empresa
d) um/perigos/no meio ambiente
e) dois/riscos/na saúde do trabalhador
3. A avaliação de impactos e riscos 
possuem contextos separados, mas 
não deixam de andar lado a lado no 
processo de licenciamento am-
biental. Avalie as questões colocadas 
e marque as alternativas corretas.
I. O EIA-RIMA é utilizado para a 
avaliação de riscos.
II. A avaliação de riscos é feita 
durante a licença prévia.
III. A avaliação de riscos está asso-
ciada à identificação dos perigos 
de uma determinada atividade.
IV. A avaliação de impactos ocorre 
somente durante a licença de 
operação.
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
Análise de impactos e riscos ambientais I12
AQUINO, A. R.; PALETTA, F. C.; ALMEIDA, J. R. (Org.). Risco ambiental. São Paulo: Blucher, 2017.
BARBOSA, R. P. Avaliação de risco e impacto ambiental. São Paulo: Érica, 2014.
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Gestão ambiental. São Paulo: Érica, 2014.
CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução nº. 01, de 23 de janeiro de 1986. 
Conama, 1986. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legislacao/
CONAMA_RES_CONS_1986_001.pdf. Acesso em: 06 out. 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. 
Instrução Normativa IBAMA nº 04, de 13 de abril de 2011. IBAMA, 2011. Disponível em: 
http://www.ctpconsultoria.com.br/pdf/Instrucao-Normativa-IBAMA-04-de-13-04-2011.
pdf. Acesso em: 06 out. 2019.
Leitura recomendada
BORGA, T.; CAMPOS, R. F. F. Proposta de recuperação de uma área degradada pela 
atividade de extração de basalto no município de Caçador, Santa Catarina. Revista 
Geonorte, v. 8, n. 29, p. 23–37, 2017.
c) Apenas a III.
d) Apenas a I e II.
e) Apenas a III e IV.
4. Como profissional do meio ambiente, 
você é chamado para orientar uma em-
presa a obter a certificação ambiental. A 
primeira etapa é o diagnóstico, e você 
percebe que existe um documento 
técnico de análise de risco com data 
de 5 anos que sistematiza e quantifica 
as informações de identificação dos 
perigos e riscos e apresenta estimativa 
de frequência e consequência, além de 
análise de vulnerabilidade. Diante do 
exposto, você então coloca que:
a) a empresa tem feito o gerencia-
mento correto dos riscos.
b) a empresa precisa adequar a 
análise de riscos apresentada.
c) a empresa precisa realizar um 
EIA/RIMA.
d) a empresa precisa realizar também 
o gerenciamento dos riscos.
e) a empresa possui um SGA exemplar 
e está pronta para a certificação.
5. Uma empresa de transportes de pro-
dutos perigosos está realizando a sua 
análise de riscos. No momento, está 
descrevendo o risco de acidentes, 
relatando a causa e seus efeitos, mas 
pensando no que colocar quanto 
às medidas preventivas ou mesmo 
corretivas. O que você sugere?
I. Uso de protetor auricular
II. Manutenção dos veículos
III. Treinamentos
IV. Uso de capacete de proteção
a) Apenas a I.
b) Apenas II.
c) Apenas a II e III.
d) Apenas a III e IV.
e) Apenas a IV.
13Análise de impactos e riscos ambientais I

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