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T solium e T saginata _ E granulosus

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aTeníase e Cisticercose / Equinococose e Hidatidosea
Teníase e Cisticercose
❖ Sistemática:
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cestoda
Ordem: Cyclophyllidea
Família: Taeniidae
Gênero: Taenia
Espécies:
Taenia solium - suínos (HI)
Taenia saginata - bovinos (HI)
Echinococcus granulosus -
Comum em rebanhos de ovinos, às vezes, em
contato com cães de pastoreio. É mais comum
na Europa e na Ásia.
Acredita-se que o helminto na teníase
era único, sendo chamado de “tênia solitária”
devido ao grande tamanho em comprimento
que possuem, contudo isso não é verdade. É
possível ter mais de um parasita dessa espécie
no corpo do hospedeiro.
Taenia solium - 4 m de comprimento
(800 a 1000 proglotes)
Taenia saginata - 10 m de comprimento
(+ de 1000 proglotes)
As tênias podem causar também o
quadro de cisticercose, o qual consiste no
parasitismo da fase larvária da Taenia com a
capacidade de se estabelecer em órgãos nobres
como no cérebro, nos músculos e no olho,
podendo gerar efeito deletério nas funções
sensitivas e motoras, por exemplo.
❖ Morfologia:
Formam-se como se fossem “fitas"
através de estruturas chamadas proglotes que
são as responsáveis de constituir seu corpo.
Apresentam 4 ventosas que são capazes de
fixar a tênia no intestino delgado e também o
rostro que é um estrutura que se assemelha a
uma coroa formada por ganchos (somente na
Taenia solium), ambas essas estruturas estão
na região do escólex (cabeça). Logo em
seguida, apresenta-se o colo que é onde se
originam as proglotes (jovens, maduras e
gravídicas - tênias são hermafroditas). O
escólex na Taenia solium é mais globoso e
com rostro, enquanto na Taenia saginata ele é
mais quadrangular e sem rostro. Os ovos
são indistinguíveis entre as duas espécies de
Taenia, dessa forma torna-se necessária a
identificação do parasita que é feita através
dos proglotes. As ramificações uterinas nas
proglotes gravídicas da Taenia solium são
poucos numerosas e saem passivamente
(fezes), enquanto as da Taenia saginata são
mais numerosas e dicotômicas, saindo
ativamente (sem a necessidade de defecação,
podem ser encontrados nas roupas do
hospedeiro pela saída espontânea das
proglotes).
Fase larvária:
Cysticercus cellulosae - Taenia solium
Responsável pelo surgimento da cisticercose.
Cysticercus bovis - Taenia saginata
Não é capaz de produzir cisticercose.
aTeníase e Cisticercose / Equinococose e Hidatidosea
❖ Transmissão:
O consumo de carnes suínas e
bovinas infectadas pela larva do helminto
causam a teníase, com a formação da tênia
adulta no ID. Quando há ingestão de ovos da
Taenia solium é causada a cisticercose. Logo,
o homem trata-se do hospedeiro definitivo,
enquanto os bovinos e os suínos são os
hospedeiros intermediários.
Uma proglote madura gravídica pode
ocasionar uma autoinfeccção interna após um
movimento peristáltico e uma tossida, por
exemplo, mesmo sem o contato com o ovo do
helminto, gerando a cisticercose. A tênia pode
ser encontrada no intestino delgado e o
cisticerco (larva) pode ser encontrada no
tecido cutâneo, muscular, cardíaco, cerebral
e ocular, os dois últimos são as localizações
preferenciais.
Pode ocorrer também a autoinfecção
externa devido à falta de higiene, ocorre que
os ovos localizados próximos à região perianal
são trazidos para regiões passíveis de
contaminação. Pode ocorrer contaminação
também pela entrada de contato direto e pelo
consumo de outros alimentos contaminados
pelos ovos dos parasitos, sendo originários de
outro hospedeiro definitivo - heteroinfecção.
❖ Patogenicidade:
O helminto adulto não causa grandes
ações patogênicas no hospedeiro, o que pode
acontecer é a alteração na produção das
secreções do intestino (diminuição das
secreções digestivas) e do trânsito intestinal
(motricidade). Efeitos clínicos em hospedeiros
parasitados por Taenia saginata têm efeitos
patogênicos mais pronunciados. Pode ser,
muitas vezes, assintomática, contudo também
são relatados casos de dor epigástrica, náuseas,
constipação ou diarreia, prurido anal intenso,
perda de peso, eosinofilia, inapetência em
crianças e dores abdominais. As maiores
complicações são geradas em casos de
parasitas larvários, sobretudo, nos quadros
clínicos de neurocisticercose e de cisticercose
ocular.
❖ Ciclo biológico:
Após cerca de 3 dias da ingestão dos
ovos, eles eclodem liberando as oncosferas
(embriões) que penetram na mucosa intestinal,
atingindo a via hematogênica de onde serão
transportados para os tecidos moles,
propiciando a formação do cisticerco.
Na cisticercose cerebral, o parasito
pode causar compressão mecânica com
deslocamento estrutural e obstrução do líquido
cefalorraquidiano no cérebro, por isso a
cisticercose tem essa maior gravidade se
comparada à teníase. É a apresentação mais
frequente da doença.
Apresenta formas clínicas que
desenvolvem ataques convulsivos nos
hospedeiros, os quais, geralmente, não haviam
manifestado antes esses episódios. O parasita
também ocasiona reações inflamatórias
importantes. Tudo isso pode ocasionar
paralisias, afasias, alterações de sensibilidade e
de comportamento, entre outras coisas.
Além disso, ainda existem formas
hipertensivas (alteração do fluxo do líquor) e
aTeníase e Cisticercose / Equinococose e Hidatidosea
pseudotumorais que contribuem para o
surgimento de hipertensão craniana podendo
gerar hidrocefalia, edemas nas papilas,
cefaléias, vômitos, entre outras coisas. As
complicações graves da doença a nível
neurológico exigem um diagnóstico precoce
para a redução de danos à qualidade de vida do
paciente acometido.
A cisticercose ocular configura-se
inicialmente pela perda da acuidade visual,
podendo ser resultado do deslocamento de
estruturas importantes e comprometimento da
retina, o que pode ocasionar a perda parcial ou
total da visão.
A cisticercose cutâneo-muscular é
mais discreta, geralmente, o cisticerco morre
no local e sofre calcificação, contudo existem
relatos de dor localizada.
❖ Diagnóstico:
Clínico
É difícil, uma vez que a maioria dos
portadores é assintomática, e, mesmo quando
os sintomas existem, são semelhantes a outras
parasitoses intestinais.
Laboratorial
● Exame parasitológico de fezes
Ovos - Parasitado por tênias (inespecífico).
Proglotes com as ramificações uterinas -
Pode ser especificado qual tipo de tênia é
responsável pela parasitose.
Ramos uterinos escassos e robustos:
T. solium
Ramos uterinos abundantes e delgados:
T. saginata (teníase + frequente)
● Método de Graham (fita adesiva)
Imunológicos - Não é rotina!
● ELISA
● Reação de Hemaglutinação
Por imagem
Importante, sobretudo, para o diagnóstico
neurocisticercose.
❖ Tratamento:
Antigamente: Niclosamida
Atualmente:
Praziquantel e Albendazol
Na cisticercose utilizam-se maiores
doses desses medicamentos.
Pode-se realizar tratamento cirúrgico
dependendo do caso a ser tratado.
❖ Profilaxia:
● Não consumir carnes bovinas e suínas
mal-cozidas;
● Instituir um serviço regular de
educação em saúde;
● Tratamento dos casos humanos nas
populações-alvo;
● Estimular a melhoria do sistema de
criação de animais;
● Inspeção rigorosa da carne e
fiscalização dos matadouros.
Equinococose
É mais comum na região sul do Brasil
e na Europa, em que existem grandes criações,
sobretudo de ovinos. Não é muito frequente
em outras partes do nosso país e normalmente
está envolvida com a criação de rebanhos e
frequentemente associada com a presença de
cães nas proximidades desses locais. Tem
como agente etiológico a tênia da espécie
Echinococcus granulosus.
A espécie é bem menor se comparada
às demais estudadas, formada por 3 a 5
proglotes, apresentando até 5 mm. Tem a
morfologia comum de uma tênia com escólex,
colo, estróbilo e ventosas.
Hospedeiro Intermediário - Ovelhas,
cutias, vacas, entre outros (equinococo larval).
Hospedeiro Definitivo - Cães
(equinococo adulto)
Hospedeiro Acidental - Homem
(apresenta como patogenia os cistos hidáticos)
aTeníase e Cisticercose / Equinococose e Hidatidosea
Hidatidose: Configura-se pelo surgimento
do cisto hidático que se origina a partir da
tênia parasita.
Trata-se de uma vesículaprolígera
repleta de líquido hidático (extremamente
imunogênico - pode promover o choque
anafilático se rompido) e de areias hidáticas.
Quando apresenta cerca de 1 cm cúbico, estão
presentes cerca de 40000 escólex na lesão. O
cisto geralmente tem cerca de 5/6cm, quando
chega aos 10 cm pode se tornar necessária a
intervenção cirúrgica para sua remoção.
É formada a partir de três membranas:
adventícia (formada pela reação do tecido do
hospedeiro na presença da tênia), anista (é
secretada pela membrana prolígera - o próprio
parasita, sendo responsável pela defesa do
cisto hidático) e prolígera (associada à
proliferação do parasito).
O habitat do parasito adulto é no
intestino delgado dos cães, os hospedeiros
definitivos da doença. Já os cistos (fase larval),
geralmente, estão presentes no fígado e
pulmão dos hospedeiros intermediários. Há o
costume de alimentar cães com as vísceras
desses hospedeiros intermediários, o que pode
contribuir com o ciclo biológico do parasito. O
homem é o hospedeiro acidental, visto que ao
consumir o ovo da tênia, desenvolve os cistos
hidáticos, sobretudo, no fígado e no pulmão.
❖ Ciclo biológico
O homem é um hospedeiro acidental,
contudo pode-se dizer que o parasito nele se
desenvolve de forma intermediária, uma vez
que não há presença do Echinococcus
granulosus adulto em seu organismo.
❖ Patogenicidade:
Dependendo da quantidade de cistos
hidáticos pode ocorrer a compressão mecânica
de estruturas em órgãos importantes como o
cérebro (alterações motoras / neurológicas e
aumento da pressão intracraniana), fígado
(estase portal e ascite) e pulmão (dispneia). O
rompimento do cisto pode induzir uma
resposta antigênica muito forte, provocando
quadros clínicos de choque anafilático e de
embolia pulmonar, por exemplo. Utiliza-se
antiparasitários (cisticidas) para evitar essa
resposta imunológica, sobretudo, durante as
cirurgias de remoção dos cistos.
❖ Diagnóstico:
Clínico: É um tanto difícil, logo baseia-se,
principalmente, na epidemiologia da área de
atendimento caso suspeito.
Laboratorial:
Parasitológico de fezes: Busca pela presença
de ovos nas fezes caninas. Não é comum em
cães domésticos, geralmente a doença está
associada aos cães de pastoreio e canídeos
selvagens.
Imunológico: (antígeno específico)
Reação sorológica - Imunodifusão do arco 5
Por imagem: (área de opacidade)
Cintilografia / Ecografia / Tomografia /
Ressonância
❖ Tratamento
Praziquantel
Cisto > 10cm e localização importante:
Tratamento cirúrgico
Albendazol também tem uma boa resposta no
tratamento de cistos que não necessitam de
intervenção cirúrgica.
aTeníase e Cisticercose / Equinococose e Hidatidosea
❖ Profilaxia
● Realização do tratamento dos
hospedeiros definitivos, responsáveis
pela liberação dos ovos nas fezes
(cães);
● Incinerar fezes de cães que estejam em
contato com rebanhos;

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