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Aula 06 - Legislacao Turistica - Direito do Conssumidor - Nocoes Basicass e suas Aplicacoes ao Turismo

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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 6 
 
Noções de Direito do Consumidor 
 
 
 
 
 
 
Anexo: cartilha do consumidor – edição especial: TURISMO – Como prevenir-se de problemas 
nas férias e como exercer seus direitos de consumidor. INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDO E 
DEFESA DAS RELAÇÕES DE CONSUMO. Brasília – Brasil .1ª Edição – Dezembro de 2009 
 
 
 
UNIDADE II 
 
 
A FORMAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL DO TURISMO 
 
A Carta da ONU e o turismo. 
 
A Carta das Nações Unidas, aprovada em 1945, quando analisada sob a perspectiva do 
estudo das atividades turísticas, serviu como embrião para o nascimento do direito do turismo, 
por trazer, em vários artigos, noções que regem implicitamente a sua prática, como promotoras 
da cultura, paz e entendimento humano. 
 A Carta da ONU, por sua vez, também impulsionou estudos aprofundados sobre os 
vários aspectos do turismo, contribuindo para a criação de uma nova ótica, ainda hoje aceita. 
Analisando-a,identificam-se muitas premissas que fundamentam a elaboração de regras e 
normas para várias das disciplinas englobadas no estudo do setor. Direitos trabalhistas e o de ir 
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e vir, questões sobre o preconceito e proteção à criança são alguns dos temas que servem como 
passo inicial para o estabelecimento de conjuntos normativos que protejam o turista e o lado 
público, privado e estatal do turismo. 
No seu Preâmbulo, os princípios a equidade entre as nações, promoção da paz mundial 
e o respeito e observância dos direitos do homem são estabelecidos, apontando para incentivos 
ao desenvolvimento do turismo, o que nos anos seguintes gerou medidas visando também sua 
consolidação, por meio de regras coesas e de planejamento específico sobre o tema. 
 
Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo 
da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indivisíveis à 
humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor 
do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações 
grandes e pequenas, e a estabelecer as condições sob as quais a justiça e o respeito às 
obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional passam a ser 
mantidas, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma 
liberdade ampla. E para tais fins, praticar a tolerância e viver em paz, uns com os outros, 
como bons vizinhos, e unir as nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, 
e a garantir, pela aceitação de princípios e a instituição dos métodos, que a força armada não 
será usada a não ser no interesse comum, a empregar um mecanismo internacional para 
promover o progresso econômico, social de todos os povos. 
Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução desses objetivos. Em vista disso, 
nossos respectivos Governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São 
Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida 
forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, 
uma organização internacional que será conhecida pelo nome de Nações Unidas. 
 
O seu capítulo I tem elementos que servem de suporte para incremento do turismo. O 
artigo 1º estabelece os propósitos e objetivos da ONU: 
 
1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas 
efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer 
ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da 
justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações 
que possam levar a uma perturbação da paz; 2. Desenvolver relações amistosas entre as 
nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de 
autodeterminação dos povos, e tomas outras medidas apropriadas ao fortalecimento da 
paz universal; 3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas 
internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e 
estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem 
distinção de raça, sexo, língua ou religião; 4. Ser um centro destinado a harmonizar a 
ação das nações para a consecução desses objetivos comuns. 
 
 
 
A promoção da paz encontra ajuda valorosa no setor turístico, com a abertura de 
territórios a visitantes internacionais interessados em conhecer outras culturas, pois os próprios 
Estados utilizam-se do marketing turístico para atrair a atenção de outras nações e, com isso, 
conseguir apoio e parcerias estratégicas com outros governos. 
A compreensão e a promoção dos valores éticos comuns à humanidade, num espírito de 
tolerância e de respeito pela diversidade das crenças religiosas, filosóficas e morais, são ao 
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mesmo tempo fundamento e conseqüência de um turismo responsável. Os agentes do 
desenvolvimento e os próprios turistas devem conhecer as tradições e práticas sócio-culturais de 
todos os povos, inclusive a riqueza das minorias e populações autóctones. 
As atividades turísticas devem conduzir-se em harmonia com as especificidades e 
tradições das regiões e países anfitriões, observando as suas leis, usos e costumes. Além disso, 
tanto as comunidades receptoras quanto os agentes profissionais da região devem conhecer e 
respeitar os turistas que os visitam, e informar-se também sobre seus modos de vida, gostos e 
expectativas. A educação e a formação ministradas aos profissionais contribuem para um 
acolhimento hospitaleiro dos turistas. 
A segurança e proteção dos turistas, especialmente a dos estrangeiros, por sua grande 
vulnerabilidade, devem estar garantidas pelas autoridades públicas, da mesma forma que todas 
as informações e instrumentos voltados à sua assistência devem ser transmitidos de maneira 
transparente e objetiva. Atentados, agressões, raptos ou ameaças, visando os turistas ou os 
trabalhadores da área, bem como destruições voluntárias de instalações turísticas ou de 
elementos do patrimônio cultural e natural, têm de ser severamente condenados e reprimidos, 
em conformidade com as legislações nacionais. 
A prática, por turistas, de atos criminosos ou considerados delituosos pelas leis do país 
visitado ou comportamentos que firam os costumes das populações locais precisam ser 
severamente combatidos, como também o tráfico de drogas, armas, antiguidades, espécies 
protegidas, ou produtos e substâncias perigosa ou proibidas pelas legislações nacionais. 
É responsabilidade daquele que visita obter informações, antes mesmo da viagem, sobre 
as características dos países para onde irão, e devem ter consciência dos riscos de saúde e 
segurança inerentes a todo deslocamento para fora do seu meio habitual, e ter um 
comportamento de modo a minimizar os perigos. 
A política da ―boa-vizinhança‖ e o respeito às limitações de cada território e ao ser 
humano como portador de cultura e características próprias são fatores primordiais a serem 
observados nas atividades turísticas, da mesma maneira que o respeito aos direitos humanos e 
às liberdades fundamentais, o apoio e a cooperação internacionais para resolver problemas 
internacionais e auxiliar as nações menos favorecidas são fatores prementes para o 
desenvolvimento do turismo, uma vez que o setor acompanha o progresso ou o atraso de um 
Estado, tendo ainda o potencial de estimular os setores enfraquecidos. 
O capítulo IV ocupa-se da Assembléia Geral da ONU,em cujas atribuições podem ser 
encontradas algumas relações com o turismo. Diz o artigo 13, ―b‖: 
 
A Assembléia Geral iniciará estudos e fará recomendações, destinados a: [...] b) 
promover cooperação internacional nos terrenos econômico, social, cultural, educacional 
e sanitário e favorecer o pleno gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, 
por parte de todos os povos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião. 
 
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Este parágrafo em especial relaciona-se diretamente ao turismo, pois fala sobre esforços 
internacionais no sentido de garantir estrutura, infra-estrutura e respeito aos direitos humanos 
entre as nações. A igualdade entre os seres humanos, a promoção dos direitos humanos e, 
especialmente, os direitos das crianças, idosos, pessoas com necessidades especiais, minorias 
étnicas devem servir como pilar do turismo, por sua característica de tolerância e alteridade. 
A exploração de seres humanos, principalmente sexual, ainda mais se de crianças, vai 
contra os objetivos fundamentais do turismo, sendo sua própria negação. Conforme o direito 
internacional, deve ser rigorosamente combatida com a cooperação de todos os Estados 
envolvidos e sancionada sem concessões pelas legislações nacionais, quer dos países visitados 
ou do de origem daquele que o cometeu, mesmo quando tiver ocorrido no estrangeiro. 
 As viagens por motivo de religião, saúde, educação ou intercâmbio cultural e lingüístico 
são formas interessantes de turismo, e merecem ser encorajadas. Os programas de educação 
devem realçar o valor dos intercâmbios turísticos, dos seus benefícios econômicos, sociais e 
culturais, e também dos seus riscos. 
O capitulo VII fala das medidas que devem ser instituídas pelo Conselho de Segurança e 
pela Assembléia Geral em prol da manutenção da paz. Segundo artigo 41: 
O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de 
forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas decisões e poderá 
convidar os Membros das Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir 
a interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação 
ferroviários, marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer 
espécie e o rompimento das relações diplomáticas. 
 
 
A relação deste artigo com o turismo é evidenciada no momento em que, sendo 
detectada uma ação que ameace a paz ou que possa promover sua ruptura, os membros da 
ONU, caso seja a orientação do Conselho de Segurança, alterem suas relações com a nação 
acusada, que incluem o setor de comunicações, transporte, economia, além do rompimento das 
relações diplomáticas. Na prática, significa que, caso seja determinado pelo Conselho de 
Segurança da ONU, os Estados – membros deverão fechar suas portas para um determinado 
território, afetando, assim, diretamente a atividade turística. 
No capitulo IX, estabelece-se que a ONU promoverá o auxilio necessário para fazer 
valerem os princípios de igualdade, o respeito aos direitos humanos, a observância às 
liberdades fundamentais, favorecendo o desenvolvimento sócio-econômico-cultural das nações. 
Em seu artigo 55: 
Com o fim de criar condições de estabilidade e bem-estar, necessárias às relações 
pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao principio da igualdade 
de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão: a) níveis 
mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento 
econômico e social; b) a solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, 
sanitários e conexos; a cooperação internacional, de caráter cultural e educacional; e c) 
o respeito universal e efetivo a raça, sexo, língua ou religião. 
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O turismo é diretamente afetado por tais questões: em se tratando de trabalho, por 
exemplo, a cooperação internacional pode significar importação de mão-de-obra especializada, o 
que também afeta a cultura, com o intercâmbio de informações entre as nações emissoras e 
receptoras. 
O exercício dos direitos humanos, em si, é o que de mais importante está diretamente 
relacionado com o turismo: o direito de ir e vir, ao descanso e ao lazer. Quanto à não-
discriminação em geral, tais premissas aplicam-se às relações de trabalho e entre os turistas e a 
população local. 
Pela ampla atuação do Conselho Social e Econômico da ONU no setor turístico, vê-se 
que há um contato frutífero entre o turismo e a economia, se vistos sob a ótica unilateral dos 
serviços. Daí se entende por que sua principal organização internacional, a OMT, é uma agência 
especializada da ONU. 
 
 
A OMT e o Código Mundial de Ética do Turismo 
 
O Código Mundial de Ética do Turismo elaborado pela Organização Mundial do Turismo é 
uma referência para o desenvolvimento sustentável e responsável da atividade no âmbito 
mundial. A promulgação do Código Mundial de Ética do Turismo veio para dar credibilidade ao 
setor e garantir a minimização dos impactos negativos do turismo sob o meio ambiente, o 
patrimônio cultural e as sociedades, permitindo assim que sejam aumentados os benefícios para 
os moradores das localidades turísticas. O texto, na íntegra, pode ser visualizado abaixo. 
 
 
 
 
 
CÓDIGO MUNDIAL DE ÉTICA DO TURISMO 
 
Nós, Membros da Organização Mundial do Turismo (OMT), representantes do setor turístico 
mundial, delegados de estados, territórios, empresas, instituições e organismos reunidos na 
Assembléia General em Santiago do Chile no 1º de outubro de 1999, Reafirmando os objetivos 
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enunciados no artigo 3 dos Estatutos da Organização Mundial do Turismo, e conscientes da função 
"central y decisiva" que reconheceu à Organização, a Assembléia Geral das Nações Unidas na 
promoção e no desenvolvimento do turismo com a finalidade de contribuir ao crescimento econômico, a 
compreensão internacional, a paz e a prosperidade dos países, assim como ao respeito universal e 
observação dos diretos humanos e das liberdades fundamentais sem distinção de raça, sexo, língua 
nem religião, 
 
 Profundamente convencidos de que, graças ao contato direto, espontâneo e imediato que permite 
entre homens e mulheres de culturas e formas de vida diferentes, o turismo é una força viva ao serviço 
da paz e um fator de amizade e compreensão entre os povos, 
 
 Atendo-nos aos princípios encaminhados a conciliar com sustentabilidade a proteção do meio 
ambiente, o desenvolvimento econômico e a luta contra a pobreza, que as Nações Unidas formularam, 
no ―Cume sobre a Terra" de Rio de Janeiro em 1992 e que expressaram-se no Programa 21 adotado 
nessa ocasião, 
 
 Tendo presente o rápido e continuo crescimento, tanto passado como previsível, da atividade turística 
originada por motivos de lazer, negócios, cultura, religião ou saúde, seus poderosos efeitos positivos e 
negativos no meio ambiente, na economia e na sociedade dos países emissores e receptores, nas 
comunidades locais e nas populações autóctones, assim como nas relações e nos intercâmbios 
internacionais, 
 
 Movidos peIa vontade de fomentar um turismo responsável e sustentável, ao que todos tenham 
acesso no exercício do direito que corresponde a todas as pessoas de dispor de seu tempo livre para 
fins de lazer e viagens, com o devido respeito as opções de sociedade de todos os povos, 
 
 Porque Persuadidos também de que o setor turístico em seu conjunto se favoreceria 
consideravelmente de desenvolver-se em um conjunto que fomente a economiade mercado, a empresa 
privada e a liberdade de comércio, o que lhe permita otimizar seus efeitos benéficos de criação de 
atividades e empregos. 
 Intimamente Convencidos de que sempre se repetem determinados princípios e se observam certas 
normas, o turismo responsável e sustentável não é de modo algum incompatível com uma maior 
liberação pelas quais se rege o comércio de serviços sob cuja tutela operam as empresas do setor a 
quem cabe conciliar neste campo: economia e ecologia, meio ambiente e desenvolvimento, e abertura 
aos intercâmbios internacionais e proteção das identidades sociais e culturais. 
 
 Considerando que neste processo todos os agentes do desenvolvimento turístico - administrações 
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nacionais, regionais e locais, empresas, associações profissionais, trabalhadores do setor, organizações 
não governamentais e organismos de todo tipo do setor turístico e também as comunidades receptoras, 
os órgãos de imprensa e os próprios interdependentes na valorização individual e social do turismo e 
que a definição dos direitos e deveres de cada um contribuirá para atingir este objetivo. 
 
Interessados tanto quanto a própria Organização Mundial do Turismo desde que em 1977 sua 
Assembléia Geral adotou, em Istambul, a Resolução 364 (XII) para promover uma verdadeira 
colaboração entre os agentes públicos e privados do desenvolvimento turístico, e desejosos de que uma 
organização (associação)e uma cooperação de mesma natureza se entendam de forma aberta e 
equilibrada nas relações entre países emissores e receptores, e entre seus respectivos setores 
turísticos. 
 
 Expressando nossa vontade em dar continuidade às Declarações de Manila de 1980 sobre o turismo 
mundial, e de 1997 sobre os efeitos sociais do turismo, como também à Carta do Turismo e o código do 
Turista adotado em Sofia, em 1985 sob os auspícios da OMT. 
 
 Porque entendendo que esses instrumentos devem completar-se em seu conjunto de princípios 
interdependentes em sua interpretação e explicação aos quais os agentes de negócio turístico terão que 
ajustar sua conduta no começo do século XXI. 
 
 Referindo-nos, para os efeitos do presente instrumento, às definições e classificações aplicáveis aos 
viajantes, e especialmente às noções de "visitantes", "turista", e "turismo" que adotou a Conferência 
Internacional de Otawa, realizada de 24 a 28 de junho de 1991, e que aprovou em 1993 a Comissão de 
Estatutos das Nações Unidas, em seu 27º período de seções. 
 
 Atendo-nos particularmente aos instrumentos que se relacionam à continuação: 
 
 • Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10 de dezembro de 1984, 
• Pacto Internacional de Direitos Econômicos e Culturais, de 16 de dezembro de 1966, 
• Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, de 16 de dezembro de 1966, 
• Convênio de Varsóvia sobre o transporte aéreo, de 12 de outubro de 1929, 
• Convênio Internacional de Chicagosobre a Aviação Civil, de 07 de dezembro de 1944, assim como as 
convenções de Tóquio , Haia e Montreal adotadas em relação aos citados convênios, 
• Convenção sobre as facilidades aduaneiras para o turismo, de 04 de julho de 1954 e protocolo 
associado, 
• Convênio relativo a proteção do patrimônio mundial e cultural de 23 de novembro de 1972, 
• Declaração de Manila sobre o Turismo Mundial, de 10 de outubro de 1980, 
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• Resolução da Sexta Assembléia geral da OMT(Sofia) onde se adaptaram a carta do Turismo e o 
Código do Turista, de 26 de setembro de 1985, 
• Convenção sobre os Direitos das Crianças, de 26 de janeiro de 1990, 
• Resolução da nona Assembléia Geral da OMT ( Buenos Aires) relativa a facilitação das viagens e da 
segurança dos turistas, de 04 de outubro de 1991, 
• Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 13 de junho de 1992, 
• Acordo Geral sobre o Comércio de serviços, de 15 de abril de 1994, 
• Convênio sobre a Diversidade Biológica, de 16 de janeiro de 1995, 
• Resolução da décima primeira Assembléia Geral da OMT ( no Cairo) sobre a prevenção do turismo 
sexual organizado, de 22 de outubro de 1995, 
• Declaração de Estocolmo contra a exploração sexual comercial das crianças, de 28 de agosto de 
1996, 
• Declaração de Manila sobre os Efeitos sociais do Turismo, de 22 de maio de 1997, e 
• Convênios e recomendações adotados pela Organização Internacional do Trabalho em relação aos 
convênios coletivos, a proibição de trabalhos forçados e do trabalho infantil, a defesa dos direitos dos 
povos autóctones, e a igualdade de trato e a não discriminação no trabalho. 
 
 Afirmamos o direito ao turismo e as liberdades de deslocamentos turísticos Expressaram nossa 
vontade de promover um ordenamento turístico mundial eqüitativo, responsável e sustentável, 
em benefício mutuo de todos os setores da sociedade e uma volta da economia internacional 
aberta e liberalizada e Proclamamos solenemente com esse fim os princípios do Código Ético 
Mundial para o Turismo. 
 
 
Artigo 1º 
 
CONTRIBUIÇÃO DO TURISMO PARA O ENTENDIMENTO E RESPEITO MÚTUO ENTRE HOMENS E 
A SOCIEDADES 
 
 1. A compreensão e a promoção dos valores éticos comuns da humanidade, em um espírito de 
tolerância e respeito à diversidade, às crenças religiosas, filosóficas e morais são, por sua vez, o 
fundamento e a conseqüência de um turismo responsável. Os agentes do desenvolvimento turístico e 
os próprios turistas deverão prestar atenção às tradições e práticas sociais e culturais de todos os 
povos, incluindo as minorias nacionais e as populações autóctones, e reconhecerão suas riquezas. 
2. As atividades turísticas se organizarão em harmonia com as peculiaridades e tradições das regiões e 
países receptores, respeitando suas leis e costumes. 
 3. Tanto as comunidades receptoras como os agentes profissionais locais terão que aprender a 
conhecer e respeitar os turistas que os visitam, informar-se sobre sua forma de vida, seus gostos e suas 
expectativas. A educação e a formação que competem aos profissionais contribuirão para uma recepção 
hospitaleira aos turistas. 
 4. As autoridades públicas têm a missão de assegurar a proteção dos turistas e dos visitantes, assim 
como de seus pertences. Ficarão com o encargo de prestar atenção especial aos turistas estrangeiros, 
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devido a sua vulnerabilidade. A finalidade será facilitar a fixação de meios 
de informação, prevenção, proteção, seguro e assistência específicos que correspondam as suas 
necessidades. Os atentados, agressões, seqüestros e ameaças dirigidos contra turistas ou 
trabalhadores do setor turístico, assim como a destruição intencional de instalações turísticas ou de 
elementos do patrimônio cultural e natural devem ser condenados e reprimidos com severidade, 
conforme a legislação nacional respectiva. 
 5. Em seus deslocamentos, os turistas e visitantes deverão evitar todo o ato criminal ou considerado 
delinqüente pelas leis do país que visitam, bem como qualquer comportamento que possa chocar a 
população local, ou ainda, danificar o entorno do lugar. Deverão se abstiverem de qualquer tipo de 
tráfico de drogas, armas, antigüidades, espécies protegidas, produtos e substâncias perigosas e 
proibidas pelo regulamento nacional. 
 6. Os turistas e visitantes têm a responsabilidade de informar-se desde sua saída, sobre as 
características do país que se dispõe a visitar. Mesmo assim serão conscientizados dos riscos de saúde 
e seguros inerentes a todos os deslocamentos fora de seu entorno habitual, e deverão comportar-sede 
forma que diminua estes riscos. 
 
 
Artigo 2 
 
O TURISMO, INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL E COLETIVO 
 
 1. O turismo, que é uma atividade geralmente associada ao descanso, a diversão, ao esporte e ao 
acesso a cultura e a natureza, deve conceber-se e praticar-se como um meio privilegiado de 
desenvolvimento individual e coletivo. Considerando-se a abertura de espírito necessária, é um fator 
insubstituível de auto-educarão, tolerância mútua e aprendizagem das legítimas diferenças entre os 
povos, culturas e suas diversidades. 
 2. As atividades turísticas deverão respeitar a igualdade entre homens e mulheres. Mesmo assim, 
deverão ser promovidos os direitos humanos e em particular, os direitos específicos dos grupos de 
populações mais vulneráveis, especialmente as crianças, maiores de idade, as pessoas incapacitadas, 
as minorias étnicas e os povos autóctones. 
 3. A exploração de seres humanos, em qualquer de suas formas, principalmente a sexual, e em 
particular quando afeta as crianças, fere os objetivos fundamentais do turismo e estabelece uma 
negação de sua essência. Portanto, conforme o direito internacional, deve-se combatê-la sem reservas, 
com a colaboração de todos os Estados interessados, e penalizar os autores destes atos com o rigor 
das legislações nacionais dos países visitados e dos próprios países destes, mesmo quando cometidos 
no exterior. 
 4. Os deslocamentos por motivos de religião, saúde, educação e intercâmbio cultural ou lingüístico, 
constituem formas particularmente interessantes de turismo e merecem promover-se. 
 5. Será favorecida a introdução de programas de estudo, como intercâmbios turísticos, mostrando seus 
benefícios econômicos, sociais e culturais, mas, também, seus riscos. 
 
 
Artigo 3 
 
O TURISMO, FATOR DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 1. Todos os agentes de desenvolvimento turístico têm o dever de proteger o meio ambiente e os 
recursos naturais, com perspectiva de um crescimento econômico constante e sustentável, que seja 
capaz de satisfazer eqüitativamente as necessidades e aspirações das gerações presentes e futuras. 
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2. As autoridades públicas nacionais, regionais e locais favorecerão e incentivarão todas as 
modalidades de desenvolvimento turístico que permitam preservar recursos naturais escassos e 
valiosos, em particular a água e a energia, e evitem no que for possível a produção de resíduos. 
 3. Se procurará distribuir no tempo e no espaço os movimentos de turistas e visitantes, em particular 
por intermédio das férias remuneradas e das férias escolares, e, equilibrar melhor a freqüência com a 
finalidade de reduzir a pressão que exerce a atividade turística no meio ambiente e de aumentar seus 
efeitos benéficos no setor turístico e na economia local. 
 4. Se concederá a infra-estrutura e se programarão as atividades turísticas de forma que se proteja o 
patrimônio natural que constituem os ecossistemas e a diversidade biológica, e que se preservem as 
espécies em perigo da fauna e da flora silvestre. Os agentes do desenvolvimento turístico, e em 
particular os profissionais do setor, devem admitir que se imponham limites à suas atividades quando as 
mesmas sejam exercidas em espaços particularmente vulneráveis: regiões desérticas, polares ou de 
alta montanha, litorâneas, florestas tropicais ou zonas úmidas, que sejam idôneos para a criação de 
parques ou reservas protegidas. 
 5. O turismo de natureza e o ecoturismo se reconhecem como formas de turismo particularmente 
enriquecedoras e valorizadoras, sempre que respeitem o patrimônio natural e a população local e se 
ajustem à capacidade de carga dos lugares turísticos. 
 
 
 
Artigo 4 
 
O TURISMO, FATOR DE APROVEITAMENTO E ENRIQUECIMENTO DO PATRIMÔNIO CULTURAL 
DA HUMANIDADE 
 
 1. Os recursos turísticos pertencem ao patrimônio comum da humanidade. As comunidades, em cujo, 
território se encontram, tem com relação a eles direitos e obrigações particulares. 
 2. As políticas e atividades turísticas se inteirarão a respeito do patrimônio artístico, arqueológico e 
cultural que devem proteger, e transmitir para as gerações futuras. Se concederá atenção particular à 
proteção e à recuperação dos monumentos, santuários e museus, como também dos lugares de 
interesse histórico ou arqueológico, que devem estar amplamente abertos à visitação turística. Se 
estimulará o acesso do público aos bens e monumentos culturais de propriedade particular respeitando 
os direitos de seus proprietários, assim como aos edifícios religiosos sem prejudicar os cultos. 
 3. Os recursos procedentes da visitação dos lugares e monumentos de interesse cultural teriam que ser 
designados preferencialmente, ao menos em parte, à manutenção, proteção, melhoria e ao 
enriquecimento desse patrimônio. 
 4. A atividade turística se organizará de modo que permita a sobrevivência e o progresso da produção 
cultural e artesanal tradicional, assim como, do folclore e que não caminhe para sua normalização e 
empobrecimento. 
 
 
Artigo 5 
 
O TURISMO, ATIVIDADE BENÉFICA PARA OS PAÍSES E AS COMUNIDADES DE DESTINO 
 
 1. As populações e comunidades locais se associarão às atividades turísticas e terão uma participação 
eqüitativa nos benefícios econômicos, sociais e culturais que referem, especialmente na criação direta e 
indireta de emprego que ocasionem. 
 2. As políticas turísticas se organizarão de maneira que contribuam com a melhora do nível de vida da 
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população das regiões visitadas correspondendo as suas necessidades. A concepção urbanística e 
arquitetônica e a forma de exploração das estações e dos meios de hospedagem turístico tenderão para 
sua ótima integração no contexto econômico e social local. De igual importância, se priorizará a 
contratação de mão-de-obra local. 
 3. Se dará atenção particular aos problemas específicos das zonas litorâneas e dos territórios 
peninsulares, assim como das frágeis zonas rurais e de montanha, aonde o turismo representa com 
freqüência uma das poucas oportunidades de desenvolvimento diante do declínio das atividades 
econômicas tradicionais. 
 4. De acordo com a normativa estabelecida pelas autoridades públicas, os profissionais de turismo, e 
em particular os investidores, executarão estudos de impacto de seus projetos de desenvolvimento no 
entorno e nos meios naturais. Igualmente, facilitarão com a máxima transparência e objetividade 
pertinente, toda a informação relativa aos seus programas futuros e suas conseqüências previsíveis, e 
favorecerão o diálogo sobre seu conteúdo com as populações interessadas. 
 
 
 
Artigo 6 
 
OBRIGAÇÕES DOS AGENTES DO DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO 
 
 1. Os agentes profissionais do turismo têm obrigação de facilitar aos turistas uma informação objetiva e 
autêntica sobre lugares de destino e sobre as condições de viajem, recepção e estada. Além disso, 
manterão com absoluta transparência as cláusulas dos contratos que proponham a seus clientes, tanto 
quanto a natureza, ao preço e a qualidade dos serviços, estipulando compensações financeiras no caso 
da ruptura unilateral dos contratos pela não prestação de serviços contratados. 
 2. No que deles dependa e em cooperação com as autoridades públicas, os profissionais do turismo 
terão que se ater com a segurança, prevenção de acidentes, e as condições sanitárias e da higiene dos 
alimentos daqueles que buscam seus serviços. Se preocuparão com a existência de sistemas de 
seguros e de assistência necessária. Além disso, assumirão o compromisso de prestar contas, 
conforme disponha a legislação nacional, e quando for o caso pagar uma indenização eqüitativa pelo 
descumprimentode cláusulas contratuais. 
 3. E quando deles dependa, os profissionais do turismo contribuirão para o pleno desenvolvimento 
cultural e espiritual dos turistas, e permitirão o exercício de suas práticas religiosas durante os 
deslocamentos. 
 4. Em coordenação com os profissionais interessados e suas associações, as autoridades públicas dos 
Estados de origem e dos países de destino, cuidarão pelo estabelecimento de mecanismos necessários 
para a repatriação dos turistas nos casos de descumprimento de contratos pelas empresas 
organizadoras de viagens. 
 5. Os Governos têm o direito - e o dever, - especialmente em casos de crises, de informar aos cidadãos 
das condições difíceis, inclusive dos perigos com que possam se encontrar durante seus deslocamentos 
no estrangeiro. Além disso, é de sua incumbência facilitar essas informações sem prejudicar de forma 
injustificada e nem exagerada o setor turístico dos países receptores e os interesses de seus próprios 
operadores. O conteúdo das eventuais advertências deverá ser previamente discutidos com as 
autoridades dos países de destino e com os profissionais interessados. As recomendações que se 
formulem guardarão estrita proporção com a gravidade das situações reais e se limitarão as zonas 
geográficas onde se haja comprovado a situação de insegurança. Essas recomendações se atenuarão 
ou se anularão quando se permita a volta da normalidade. 
 6. A imprensa, e em particular a imprensa especializada em turismo e os demais meios de 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 17 
 
comunicação, incluindo os modernos meios de comunicação eletrônica, difundirão uma informação 
verdadeira e equilibrada sobre os acontecimentos e as situações que possam influir na freqüência 
turística. Deverão ter o cuidado de divulgar indicações precisas e fiéis aos consumidores dos serviços 
turísticos. Com esse objetivo, desenvolverão e empregarão novas tecnologias de comunicação e 
comércio eletrônico que, igual a imprensa e os demais meios de comunicação não facilitarão de modo 
algum o turismo sexual. 
 
 
Artigo 7 
 
DIREITO AO TURISMO 
 
 1. A possibilidade de acesso direto e pessoal ao descobrimento das riquezas de nosso mundo, 
constituirá um direito aberto por igual a todos os habitantes de nosso planeta. A participação cada vez 
mais difundida no turismo nacional e internacional deve ser entendida como uma das melhores 
expressões possíveis do contínuo crescimento do tempo livre, e a ele não se colocará obstáculo 
nenhum. 
 2. O direito ao turismo para todos, deve ser entendido como conseqüência do direito ao descanso e 
lazer, e em particular a limitação razoável da duração do trabalho e a férias anuais pagas, garantidas no 
art. 24 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e no art. 7 do Tratado Internacional de Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais. 
 3. Com o apoio das autoridades públicas, se desenvolverá o turismo social, em particular associativo, 
que permite o acesso da maioria dos cidadãos ao lazer e a férias. 
 4. Se fomentará (incentivará) e se facilitará o turismo familiar, dos jovens e dos estudantes, das 
pessoas maiores e das portadoras de deficiências. 
 
 
 
 
 
Artigo 8 
 
LIBERDADE DE DESLOCAMENTO TURÍSTICO 
 
 1. De acordo com o direito internacional e as leis nacionais, os turistas e visitantes se beneficiarão da 
liberdade de circular de um país a outro, de acordo com o artigo 13 da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, e poderão ter acesso as zonas de trânsito e zona rural, assim como aos sítios 
turísticos e culturais sem formalidades exageradas e nem discriminações. 
 2. Se reconhece aos turistas e visitantes a permissão de utilizar todos os meios de comunicação 
disponíveis, interiores e exteriores. Se beneficiarão de um acesso rápido e fácil aos serviços 
administrativos, judiciais e sanitários locais, e poderão entrar livremente em contato com as autoridades 
do país do qual são cidadãos conforme os convênios diplomáticos vigentes. 
 3. Os turistas e visitantes gozarão dos mesmos direitos que os cidadãos do país que visitam, no que 
respeita a confidencialidade dos seus dados pessoais, particularmente quando essa informação esteja 
cadastrada em suporte eletrônico. 
 4. Os procedimentos administrativos para ultrapassar as fronteiras estabelecidas pelos países ou por 
acordos internacionais, como os vistos e as formalidades sanitárias e aduaneiras se adaptarão para 
facilitar ao máximo a liberdade das viagens e o acesso da maioria das pessoas ao turismo 
internacional. Se promoverão os acordos entre grupos de países para harmonizar e simplificar esses 
procedimentos. As taxas e encargos específicos que penalizam o setor turístico e diminuem sua 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 18 
 
competitividade, serão eliminados e corrigidos progressivamente. 
 5. Sempre que o permita a situação econômica dos países dos quais os viajantes provem, poderão 
dispor das concessões de divisas convertidas que precisem para seu deslocamento. 
 
 
 
Artigo 9 
 
DIREITO DOS TRABALHADORES E DOS EMPRESÁRIOS DO SETOR TURÍSTICO 
 
 1. Sob a supervisão das administrações de seus países de origem e dos países de destino, serão 
garantidos especialmente os direitos fundamentais dos trabalhadores assalariados e autônomos do 
setor turístico e das atividades afins, levando em consideração a limitação específica vinculada à 
sazonalidade da sua atividade, a diminuição global do seu setor e a flexibilidade que costumam impor a 
natureza do seu trabalho. 
 2. Os trabalhadores assalariados e autônomos do setor turístico e de atividades ligadas ao setor, tem o 
direito e o dever de adquirir uma formação inicial e contínua adequada. Terão assegurados uma 
proteção social suficiente, dando-lhes condições adequadas de trabalho. Será proposto um estatuto 
particular aos trabalhadores estáveis do setor, especialmente com respeito a seguridade social. 
 3. Sempre que demonstre possuir as disposições e qualificações necessárias, se reconhecerá a toda 
pessoa física e jurídica o direito a exercer uma atividade profissional 
no âmbito do turismo, de acordo com a legislação nacional vigente. Se reconhecerá aos empresários e 
investidores, especialmente das médias e pequenas empresas, o livre acesso ao setor turístico com um 
mínimo de restrições legais e administrativas. 
 4. As trocas de experiências que se oferecem aos dirigentes do setor e outros trabalhadores de 
distintos países, sejam assalariados ou não, contribuem para a expansão do setor turístico mundial. Por 
esse motivo se facilitarão as trocas em tudo que for possível, segundo as legislações nacionais e 
convenções internacionais aplicáveis. 
5. As empresas multinacionais do setor turístico, fator insubstituível de solidariedade no 
desenvolvimento e dinamismo nos intercâmbios internacionais, não abusarão da posição dominante que 
podem ocupar. Evitarão converter-se em transmissoras de modelos culturais e sociais que se imponha 
artificialmente as comunidades receptoras. Em troca da liberdade de inversão e operação comercial que 
se deve reconhecer plenamente, haverá de comprometer-se com o desenvolvimento local evitando que 
uma repatriação excessiva de seus benefícios ou a induzir importações que podem reduzir a 
contribuição das economias onde estão estabelecidas. 
 6. A colaboração e o estabelecimento de relações equilibradas entre empresas de países emissores e 
receptores contribuem para o desenvolvimento sustentável do turismo e a uma divisão equilibrada dos 
benefícios de seu crescimento. 
 
 
Artigo 10 
 
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO ÉTICO MUNDIAL PARA O TURISMO 
 
 1. Os agentes públicos e privados do desenvolvimento turístico cooperarão na aplicação dos presentesprincípios e controlarão sua pratica efetiva. 
 2. Os agentes de desenvolvimento turístico reconhecerão o papel das organizações internacionais, em 
primeiro lugar a Organização Mundial do Turismo e as organizações não governamentais competentes 
nos campos da promoção e do desenvolvimento do turismo, da proteção dos direitos humanos, do meio 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 19 
 
ambiente e da saúde, segundo os princípios gerais do direito internacional. 
 3. Os mesmos agentes manifestam sua intenção de submeter os litígios relativos à aplicação ou a 
interpretação do Código Ético Mundial para o Turismo a um terceiro órgão imparcial, denominado 
Comitê de Ética do Turismo para fins de conciliação. 
 
 
Lei Geral do Turismo n.º 11.771/08 
 
 
 
A LEI nº - 11.771 de 17 de Setembro de 2008 dispõem sobre a Política Nacional de 
Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, no desenvolvimento e no 
estímulo ao setor turístico; revoga a Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, sobre atividades 
e serviços turísticos, e condições para o seu funcionamento e fiscalização; o Decreto-Lei nº 
2.294, de 21 de novembro de 1986, relacionado ao exercício e à exploração de atividades e 
serviços turísticos; e dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de 1991, que renomeia a 
Embratur e dá outras providências. 
A Lei estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do 
Governo Federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico e 
disciplina a prestação de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos 
prestadores de serviços turísticos. 
Para os fins desta Lei, considera-se turismo as atividades realizadas por pessoas físicas 
durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior 
a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras. 
Define que cabe ao Ministério do Turismo estabelecer a Política Nacional de Turismo, 
planejar, fomentar, regulamentar, coordenar e fiscalizar a atividade turística, bem como promover 
e divulgar institucionalmente o turismo em âmbito nacional e internacional. 
O poder público atuará, mediante apoio técnico, logístico e financeiro, na consolidação do 
turismo como importante fator de desenvolvimento sustentável, de distribuição de renda, de 
geração de emprego e de conservação do patrimônio natural, cultural e turístico brasileiro. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 20 
 
Lei Geral do Turismo n.º 11.771/08, de 17 de setembro de 2008 
 
LEI No - 11.771, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008 
Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no 
planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico; revoga a Lei no 6.505, de 13 de dezembro 
de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de 
março de 1991; e dá outras providências. O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A. Faço saber que 
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
CAPÍTULO I 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1o Esta Lei estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do 
Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico e disciplina a 
prestação de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos prestadores de serviços 
turísticos. 
Art. 2o Para os fins desta Lei, considera-se turismo as atividades realizadas por pessoas físicas durante 
viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, 
com finalidade de lazer, negócios ou outras. Parágrafo único. As viagens e estadas de que trata o caput 
deste artigo devem gerar movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas públicas, 
constituindo-se instrumento de desenvolvimento econômico e social, promoção e diversidade cultural e 
preservação da biodiversidade. 
Art. 3o Caberá ao Ministério do Turismo estabelecer a Política Nacional de Turismo, planejar, fomentar, 
regulamentar, coordenar e fiscalizar a atividade turística, bem como promover e divulgar 
institucionalmente o turismo em âmbito nacional e internacional. 
Parágrafo único. O poder público atuará, mediante apoio técnico, logístico e financeiro, na consolidação 
do turismo como importante fator de desenvolvimento sustentável, de distribuição de renda, de geração 
de emprego e da conservação do patrimônio natural, cultural e turístico brasileiro. 
 
CAPÍTULO II 
 
DA POLÍTICA, DO PLANO E DO SISTEMA NACIONAL DE TURISMO 
 
Seção I 
 
Da Política Nacional de Turismo 
 
Subseção I 
 
Dos Princípios 
 
Art. 4o A Política Nacional de Turismo é regida por um conjunto de leis e normas, voltadas ao 
planejamento e ordenamento do setor, e por diretrizes, metas e programas definidos no Plano Nacional 
do Turismo - PNT estabelecido pelo Governo Federal. 
Parágrafo único. A Política Nacional de Turismo obedecerá aos princípios constitucionais da livre 
iniciativa, da descentralização, da regionalização e do desenvolvimento econômico-social justo e 
sustentável. 
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GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 21 
 
 
Subseção II 
 
Dos Objetivos 
 
Art. 5o A Política Nacional de Turismo tem por objetivos: 
I - democratizar e propiciar o acesso ao turismo no País a todos os segmentos populacionais, 
contribuindo para a elevação do bem-estar geral; 
II - reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional, promovendo a inclusão social pelo 
crescimento da oferta de trabalho e melhor distribuição de renda; 
III - ampliar os fluxos turísticos, a permanência e o gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros no 
País, mediante a promoção e o apoio ao desenvolvimento do produto turístico brasileiro; 
IV - estimular a criação, a consolidação e a difusão dos produtos e destinos turísticos brasileiros, com 
vistas em atrair turistas nacionais e estrangeiros, diversificando os fluxos entre as unidades da 
Federação e buscando beneficiar, especialmente, as regiões de menor nível de desenvolvimento 
econômico e social; 
V - propiciar o suporte a programas estratégicos de captação e apoio à realização de feiras e 
exposições de negócios, viagens de incentivo, congressos e eventos nacionais e internacionais; 
VI - promover, descentralizar e regionalizar o turismo, estimulando Estados, Distrito Federal e 
Municípios a planejar, em seus territórios, as atividades turísticas de forma sustentável e segura, 
inclusive entre si, com o envolvimento e a efetiva participação das comunidades receptoras nos 
benefícios advindos da atividade econômica; 
VII - criar e implantar empreendimentos destinados às atividades de expressão cultural, de animação 
turística, entretenimento e lazer e de outros atrativos com capacidade de retenção e prolongamento do 
tempo de permanência dos turistas nas localidades; 
VIII - propiciar a prática de turismo sustentável nas áreas naturais, promovendo a atividade como 
veículo de educação e interpretação ambiental e incentivando a adoção de condutas e práticas de 
mínimo impacto compatíveis com a conservação do meio ambiente natural; 
IX - preservar a identidade cultural das comunidades e populações tradicionais eventualmente afetadas 
pela atividade turística; 
X - prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras 
que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais 
envolvidos; 
XI - desenvolver, ordenar e promover os diversos segmentos turísticos; 
XII - implementar o inventário do patrimônioturístico nacional, atualizando-o regularmente; 
XIII - propiciar os recursos necessários para investimentos e aproveitamento do espaço turístico 
nacional de forma a permitir a ampliação, a diversificação, a modernização e a segurança dos 
equipamentos e serviços turísticos, adequando-os às preferências da demanda,e, também, às 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 22 
 
características ambientais e socioeconômicas regionais existentes; 
XIV - aumentar e diversificar linhas de financiamentos para empreendimentos turísticos e para o 
desenvolvimento das pequenas e microempresas do setor pelos bancos e agências de desenvolvimento 
oficiais; 
XV - contribuir para o alcance de política tributária justa e equânime, nas esferas federal, estadual, 
distrital e municipal, para as diversas entidades componentes da cadeia produtiva do turismo; 
XVI - promover a integração do setor privado como agente complementar de financiamento em infra-
estrutura e serviços públicos necessários ao desenvolvimento turístico; 
XVII - propiciar a competitividade do setor por meio da melhoria da qualidade, eficiência e segurança na 
prestação dos serviços, da busca da originalidade e do aumento da produtividade dos agentes públicos 
e empreendedores turísticos privados; 
XVIII - estabelecer padrões e normas de qualidade, eficiência e segurança na prestação de serviços por 
parte dos operadores, empreendimentos e equipamentos turísticos; 
XIX - promover a formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação de recursos humanos 
para a área do turismo, bem como a implementação de políticas que viabilizem a colocação profissional 
no mercado de trabalho; e 
XX - implementar a produção, a sistematização e o intercâmbio de dados estatísticos e informações 
relativas às atividades e aos empreendimentos turísticos instalados no País, integrando as 
universidades e os institutos de pesquisa públicos e privados na análise desses dados, na busca da 
melhoria da qualidade e credibilidade dos relatórios estatísticos sobre o setor turístico brasileiro. 
Parágrafo único. Quando se tratar de unidades de conservação, o turismo será desenvolvido em 
consonância com seus objetivos de criação e com o disposto no plano de manejo da unidade. 
Seção II 
Do Plano Nacional de Turismo – PNT 
Art. 6o O Plano Nacional de Turismo - PNT será elaborado pelo Ministério do Turismo, ouvidos os 
segmentos públicos e privados interessados, inclusive o Conselho Nacional de Turismo, e aprovado 
pelo Presidente da República, com o intuito de promover: 2 ISSN 1677-7042 1 Nº 181, quinta-feira, 18 
de setembro de 2008 
I - a política de crédito para o setor, nela incluídos agentes financeiros, linhas de financiamento e custo 
financeiro; 
II - a boa imagem do produto turístico brasileiro no mercado nacional e internacional; 
III - a vinda de turistas estrangeiros e a movimentação de turistas no mercado interno; 
IV - maior aporte de divisas ao balanço de pagamentos; 
V - a incorporação de segmentos especiais de demanda ao mercado interno, em especial os idosos, os 
jovens e as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, pelo incentivo a programas 
de descontos e facilitação de deslocamentos, hospedagem e fruição dos produtos turísticos em geral e 
campanhas institucionais de promoção; 
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GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 23 
 
VI - a proteção do meio ambiente, da biodiversidade e do patrimônio cultural de interesse turístico; 
VII - a atenuação de passivos socioambientais eventualmente provocados pela atividade turística; 
VIII - o estímulo ao turismo responsável praticado em áreas naturais protegidas ou não; 
IX - a orientação às ações do setor privado, fornecendo aos agentes econômicos subsídios para 
planejar e executar suas atividades; e 
X - a informação da sociedade e do cidadão sobre a importância econômica e social do 
turismo. 
Parágrafo único. O PNT terá suas metas e programas revistos a cada 4 (quatro) anos, em 
consonância com o plano plurianual, ou quando necessário, observado o interesse público, tendo por 
objetivo ordenar as ações do setor público, orientando o esforço do Estado e a utilização dos recursos 
públicos para o desenvolvimento do turismo. 
Art. 7o O Ministério do Turismo, em parceria com outros órgãos e entidades integrantes da 
administração pública, publicará, anualmente, relatórios, estatísticas e balanços, consolidando e 
divulgando dados e informações sobre: 
I - movimento turístico receptivo e emissivo; 
II - atividades turísticas e seus efeitos sobre o balanço de pagamentos; e 
III - efeitos econômicos e sociais advindos da atividade turística. 
Seção III 
Do Sistema Nacional de Turismo 
Subseção I 
Da Organização e Composição 
Art. 8o Fica instituído o Sistema Nacional de Turismo, composto pelos seguintes órgãos e entidades: 
I - Ministério do Turismo; 
II - EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo; 
III - Conselho Nacional de Turismo; e 
IV - Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo. 
§ 1o Poderão ainda integrar o Sistema: 
I - os fóruns e conselhos estaduais de turismo; 
II - os órgãos estaduais de turismo; e 
III - as instâncias de governança macrorregionais, regionais e municipais. 
§ 2o O Ministério do Turismo, Órgão Central do Sistema Nacional de Turismo, no âmbito de sua 
atuação, coordenará os programas de desenvolvimento do turismo, em interação com os demais 
integrantes. 
Subseção II 
Dos Objetivos 
Art. 9o O Sistema Nacional de Turismo tem por objetivo promover o desenvolvimento das atividades 
turísticas, de forma sustentável, pela coordenação e integração das iniciativas oficiais com as do setor 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 24 
 
produtivo, de modo a: 
I - atingir as metas do PNT; 
II - estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em regime de cooperação com os 
órgãos públicos, entidades de classe e associações representativas voltadas à atividade turística; 
III - promover a regionalização do turismo, mediante o incentivo à criação de organismos autônomos e 
de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor, descentralizando a sua gestão; e 
IV - promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no País. 
Parágrafo único. Os órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional de Turismo, observadas as 
respectivas áreas de competência, deverão orientar-se, ainda, no sentido de: 
I - definir os critérios que permitam caracterizar as atividades turísticas e dar homogeneidade à 
terminologia específica do setor; 
II - promover os levantamentos necessários ao inventário da oferta turística nacional e ao estudo de 
demanda turística, nacional e internacional, com vistas em estabelecer parâmetros que orientem a 
elaboração e execução do PNT; 
III - proceder a estudos e diligências voltados à quantificação, caracterização e regulamentação das 
ocupações e atividades, no âmbito gerencial e operacional, do setor turístico e à demanda e oferta de 
pessoal qualificado para o turismo; 
IV - articular, perante os órgãos competentes, a promoção, o planejamento e a execução de obras de 
infra-estrutura, tendo em vista o seu aproveitamento para finalidades turísticas; 
V - promover o intercâmbio com entidades nacionais e internacionais vinculadas direta ou indiretamente 
ao turismo; 
VI - propor o tombamento e a desapropriação por interesse social de bens móveis e imóveis, 
monumentos naturais, sítios ou paisagens cuja conservação seja de interesse público, dado seu valor 
cultural e de potencial turístico; 
VII - propor aos órgãos ambientais competentes a criação de unidades de conservação,considerando 
áreas de grande beleza cênica e interesse turístico; e 
VIII - implantar sinalização turística de caráter informativo, educativo e, quando necessário, restritivo, 
utilizando linguagem visual padronizada nacionalmente, observados os indicadores de sinalização 
turística utilizados pela Organização Mundial de Turismo. 
CAPÍTULO III 
DA COORDENAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE DECISÕES E AÇÕES NO PLANO 
FEDERAL 
Seção Única 
Das Ações, Planos e Programas 
Art. 10. O poder público federal promoverá a racionalização e o desenvolvimento uniforme e orgânico 
da atividade turística, tanto na esfera pública como privada, mediante programas e projetos consoantes 
com a Política Nacional de Turismo e demais políticas públicas pertinentes, mantendo a devida 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 25 
 
conformidade com as metas fixadas no PNT. 
Art. 11. Fica criado o Comitê Interministerial de Facilitação Turística, com a finalidade de compatibilizar 
a execução da Política Nacional de Turismo e a consecução das metas do PNT com as demais políticas 
públicas, de forma que os planos, programas e projetos das diversas áreas do Governo Federal venham 
a incentivar: 
I - a política de crédito e financiamento ao setor; 
II - a adoção de instrumentos tributários de fomento à atividade turística mercantil, tanto no consumo 
como na produção; 
III - o incremento ao turismo pela promoção adequada de tarifas aeroportuárias, em especial a tarifa de 
embarque, preços de passagens, tarifas diferenciadas ou estimuladoras relativas ao transporte turístico; 
IV - as condições para afretamento relativas ao transporte turístico; 
V - a facilitação de exigências, condições e formalidades, estabelecidas para o ingresso, saída e 
permanência de turistas no País, e as respectivas medidas de controle adotadas nos portos, aeroportos 
e postos de fronteira, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos; 
VI - o levantamento de informações quanto à procedência e nacionalidade dos turistas estrangeiros, 
faixa etária, motivo da viagem e permanência estimada no País; 
VII - a metodologia e o cálculo da receita turística contabilizada no balanço de pagamentos das contas 
nacionais; 
VIII - a formação, a capacitação profissional, a qualificação, o treinamento e a reciclagem de mão-de-
obra para o setor turístico e sua colocação no mercado de trabalho; 
IX - o aproveitamento turístico de feiras, exposições de negócios, congressos e simpósios 
internacionais, apoiados logística, técnica ou financeiramente por órgãos governamentais, realizados 
em mercados potencialmente emissores de turistas para a divulgação do Brasil como destino turístico; 
X - o fomento e a viabilização da promoção do turismo, visando à captação de turistas estrangeiros, 
solicitando inclusive o apoio da rede diplomática e consular do Brasil no exterior; 
XI - o tratamento diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno 
porte de turismo; 
XII - a geração de empregos; 
XIII - o estabelecimento de critérios de segurança na utilização de serviços e equipamentos turísticos; e 
XIV - a formação de parcerias interdisciplinares com as entidades da administração pública federal, 
visando ao aproveitamento e ordenamento do patrimônio natural e cultural para fins turísticos. 
Parágrafo único. O Comitê Interministerial de Facilitação Turística, cuja composição, forma de atuação e 
atribuições serão definidas pelo Poder Executivo, será presidido pelo Ministro de Estado do Turismo. 
Art. 12. O Ministério do Turismo poderá buscar, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior, apoio técnico e financeiro para as iniciativas, planos e projetos que visem ao fomento das 
empresas que exerçam atividade econômica relacionada à cadeia produtiva do turismo, com ênfase nas 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 26 
 
Art. 13. O Ministério do Turismo poderá buscar, no Ministério da Educação e no Ministério do Trabalho e 
Emprego, no âmbito de suas respectivas competências, apoio para estimular as unidades da Federação 
emissoras de turistas à implantação de férias escolares diferenciadas, buscando minorar os efeitos da 
sazonalidade turística, caracterizada pelas alta e baixa temporadas. 
Parágrafo único. O Governo Federal, por intermédio do Ministério do Turismo, poderá oferecer 
estímulos e vantagens especiais às unidades da Federação emissoras de turistas em função do 
disposto neste artigo. 
Art. 14. O Ministério do Turismo, diretamente ou por intermédio do Instituto Brasileiro de Turismo - 
EMBRATUR, poderá utilizar, mediante delegação ou convênio, os serviços das representações 
diplomáticas, econômicas e culturais do Brasil no exterior para a execução de suas tarefas de captação 
de turistas, eventos e investidores internacionais para o País e de apoio à promoção e à divulgação de 
informações turísticas nacionais, com vistas na formação de uma rede de promoção internacional do 
produto turístico brasileiro, intercâmbio tecnológico com instituições estrangeiras e à prestação de 
assistência turística aos que dela necessitarem. 
CAPÍTULO IV 
DO FOMENTO À ATIVIDADE TURÍSTICA 
Seção I 
Da Habilitação a Linhas de Crédito Oficiais e ao Fundo Geral de Turismo – 
FUNGETUR 
Art. 15. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos, que 
desenvolverem programas e projetos turísticos poderão receber apoio financeiro do poder público, 
mediante: 
I - cadastro efetuado no Ministério do Turismo, no caso de pessoas de direito privado; e II - participação 
no Sistema Nacional de Turismo, no caso de pessoas de direito público. 
Seção II 
Do Suporte Financeiro às Atividades Turísticas 
Art. 16. O suporte financeiro ao setor turístico será viabilizado por meio dos seguintes mecanismos 
operacionais de canalização de recursos: 
I - da lei orçamentária anual, alocado ao Ministério do Turismo e à Embratur; 
II - do Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR; 
III - de linhas de crédito de bancos e instituições federais; 
IV - de agências de fomento ao desenvolvimento regional; 
V - alocados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; 
VI - de organismos e entidades nacionais e internacionais; e 
VII - da securitização de recebíveis originários de operações de prestação de serviços turísticos, por 
intermédio da utilização de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC e de Fundos de 
Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FICFIDC, observadas as 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 27 
 
normas do Conselho Monetário Nacional - CMN e da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. 
Parágrafo único. O poder público federal poderá viabilizar, ainda, a criação de mecanismos de 
investimentos privados no setor turístico. 
Art. 17. (VETADO) 
Seção III 
Do Fundo Geral de Turismo – FUNGETUR 
Art. 18. O Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR, criado pelo Decreto-Lei no 1.191, de 27 de outubro 
de 1971, alterado pelo Decreto-Lei no 1.439, de 30 de dezembro de 1975, ratificado pela Lei no 8.181, 
de 28 de março de 1991, terá seu funcionamento e condições operacionais regulados em ato do 
Ministro de Estado do Turismo. 
Art. 19. O Fungetur tem por objeto o financiamento, o apoio ou a participação financeira em planos, 
projetos, ações e empreendimentos reconhecidos pelo Ministério do Turismo como de interesse 
turístico, os quais deverão estar abrangidos nos objetivos da Política Nacional de Turismo, bem como 
consoantes com as metas traçadas no PNT, explicitados nesta Lei. 
Parágrafoúnico. As aplicações dos recursos do Fungetur, para fins do disposto neste artigo, serão 
objeto de normas, definições e condições a serem fixadas pelo Ministério do Turismo, em observância à 
legislação em vigor. 
Art. 20. Constituem recursos do Fungetur: 
I - recursos do orçamento geral da União; 
II - contribuições, doações, subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de 
organismos internacionais; 
III - (VETADO); 
IV - devolução de recursos de projetos não iniciados ou interrompidos, com ou sem justa causa; 
V - reembolso das operações de crédito realizadas a título de financiamento reembolsável; 
VI - recebimento de dividendos ou da alienação das participações acionárias do próprio Fundo e da 
Embratur em empreendimentos turísticos; 
VII - resultado das aplicações em títulos públicos federais; 
VIII - quaisquer outros depósitos de pessoas físicas ou jurídicas realizados a seu crédito; 
IX - receitas eventuais e recursos de outras fontes que vierem a ser definidas; e 
X - superávit financeiro de cada exercício. 
Parágrafo único. A operacionalização do Fungetur poderá ser feita por intermédio de agentes 
financeiros. 
CAPÍTULO V 
DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS 
Seção I 
Da Prestação de Serviços Turísticos 
Subseção I 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 28 
 
Do Funcionamento e das Atividades 
Art. 21. Consideram-se prestadores de serviços turísticos, para os fins desta Lei, as sociedades 
empresárias, sociedades simples, os empresários individuais e os serviços sociais autônomos que 
prestem serviços turísticos remunerados e que exerçam as seguintes atividades econômicas 
relacionadas à cadeia produtiva do turismo: 
I - meios de hospedagem; 
II - agências de turismo; 
III - transportadoras turísticas; 
IV - organizadoras de eventos; 
V - parques temáticos; e 
VI - acampamentos turísticos. 
Parágrafo único. Poderão ser cadastradas no Ministério do Turismo, atendidas as condições próprias, 
as sociedades empresárias que prestem os seguintes serviços: 
I - restaurantes, cafeterias, bares e similares; 
II - centros ou locais destinados a convenções e/ou a feiras e a exposições e similares; 
III - parques temáticos aquáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e 
lazer; 
IV - marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva; 
V - casas de espetáculos e equipamentos de animação turística; 
VI - organizadores, promotores e prestadores de serviços de infra-estrutura, locação de equipamentos e 
montadoras de feiras de negócios, exposições e eventos; 
VII - locadoras de veículos para turistas; e 
VIII - prestadores de serviços especializados na realização e promoção das diversas modalidades dos 
segmentos turísticos, inclusive atrações turísticas e empresas de planejamento, bem como a prática de 
suas atividades. 
Art. 22. Os prestadores de serviços turísticos estão obrigados ao cadastro no Ministério do Turismo, na 
forma e nas condições fixadas nesta Lei e na sua regulamentação. 
§ 1o As filiais são igualmente sujeitas ao cadastro no Ministério do Turismo, exceto no caso de estande 
de serviço de agências de turismo instalado em local destinado a abrigar evento de caráter temporário e 
cujo funcionamento se restrinja ao período de sua realização. 
§ 2o O Ministério do Turismo expedirá certificado para cada cadastro deferido, inclusive de filiais, 
correspondente ao objeto das atividades turísticas a serem exercidas. 
§ 3o Somente poderão prestar serviços de turismo a terceiros, ou intermediá-los, os prestadores de 
serviços turísticos referidos neste artigo quando devidamente cadastrados no Ministério do Turismo. 
§ 4o O cadastro terá validade de 2 (dois) anos, contados da data de emissão do certificado. 
§ 5o O disposto neste artigo não se aplica aos serviços de transporte aéreo. 
Subseção II 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 29 
 
Dos Meios de Hospedagem 
Art. 23. Consideram-se meios de hospedagem os empreendimentos ou estabelecimentos, 
independentemente de sua forma de constituição, destinados a prestar serviços de alojamento 
temporário, ofertados em unidades de freqüência individual e de uso exclusivo do hóspede, bem como 
outros serviços necessários aos usuários, denominados de serviços de hospedagem, mediante adoção 
de instrumento contratual, tácito ou expresso, e cobrança de diária. 
§ 1o Os empreendimentos ou estabelecimentos de hospedagem que explorem ou administrem, em 
condomínios residenciais, a prestação de serviços de hospedagem em unidades mobiliadas e 
equipadas, bem como outros serviços oferecidos a hóspedes, estão sujeitos ao cadastro de que trata 
esta Lei e ao seu regulamento. 
§ 2o Considera-se prestação de serviços de hospedagem em tempo compartilhado a administração de 
intercâmbio, entendida como organização e permuta de períodos de ocupação entre cessionários de 
unidades habitacionais de distintos meios de hospedagem. 
§ 3o Não descaracteriza a prestação de serviços de hospedagem a divisão do empreendimento em 
unidades hoteleiras, assim entendida a atribuição de natureza jurídica autônoma às unidades 
habitacionais que o compõem, sob titularidade de diversas pessoas, desde que sua destinação 
funcional seja apenas e exclusivamente a de meio de hospedagem. 
§ 4o Entende-se por diária o preço de hospedagem correspondente à utilização da unidade habitacional 
e dos serviços incluídos, no período de 24 (vinte e quatro) horas, compreendido nos horários fixados 
para entrada e saída de hóspedes. 
Art. 24. Os meios de hospedagem, para obter o cadastramento, devem preencher pelo menos um dos 
seguintes requisitos: 
I - possuir licença de funcionamento, expedida pela autoridade competente, para prestar serviços de 
hospedagem, podendo tal licença objetivar somente partes da edificação; e 
II - no caso dos empreendimentos ou estabelecimentos conhecidos como condomínio hoteleiro, flat, flat-
hotel, hotel-residence, loft, apart-hotel, apart-service condominial, condohotel e similares, possuir licença 
edilícia de construção ou certificado de conclusão de construção, expedidos pela autoridade 
competente, acompanhados dos seguintes documentos: 
a) convenção de condomínio ou memorial de incorporação ou, ainda, instrumento de instituição 
condominial, com previsão de prestação de serviços hoteleiros aos seus usuários, condôminos ou não, 
com oferta de alojamento temporário para hóspedes mediante contrato de hospedagem no sistema 
associativo, também conhecido como pool de locação; 
b) documento ou contrato de formalização de constituição do pool de locação, como sociedade em 
conta de participação, ou outra forma legal de constituição, com a adesão dos proprietários de pelo 
menos 60% (sessenta por cento) das unidades habitacionais à exploração hoteleira do 
empreendimento; 
c) contrato em que esteja formalizada a administração ou exploração, em regime solidário, do 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 30 
 
empreendimento imobiliário como meio de hospedagem de responsabilidade de prestador de serviço 
hoteleiro cadastrado no Ministério do Turismo; 
d) certidão de cumprimento às regras de segurança contra riscos aplicáveis aos estabelecimentos 
comerciais; e 
e) documento comprobatório de enquadramento sindical da categoria na atividade de hotéis, exigível a 
contar da data de eficácia do segundo dissídio coletivo celebrado na vigência desta Lei. 
§ 1o Para a obtenção do cadastro no Ministério do Turismo, os empreendimentos de que trata o inciso II 
do caput deste artigo, caso a licença edilícia de construção tenha sido emitida após a vigência destaLei, 
deverão apresentar, necessariamente, a licença de funcionamento. 
§ 2o O disposto nesta Lei não se aplica aos empreendimentos imobiliários, organizados sob forma de 
condomínio, que contem com instalações e serviços de hotelaria à disposição dos moradores, cujos 
proprietários disponibilizem suas unidades exclusivamente para uso residencial ou para serem utilizadas 
por terceiros, com esta finalidade, por períodos superiores a 90 (noventa) dias, conforme legislação 
específica. 
Art. 25. O Poder Executivo estabelecerá em regulamento: 
I - as definições dos tipos e categorias de classificação e qualificação de empreendimentos e 
estabelecimentos de hospedagem, que poderão ser revistos a qualquer tempo; 
II - os padrões, critérios de qualidade, segurança, conforto e serviços previstos para cada tipo de 
categoria definido; e 
III - os requisitos mínimos relativos a serviços, aspectos construtivos, equipamentos e instalações 
indispensáveis ao deferimento do cadastro dos meios de hospedagem. 
Parágrafo único. A obtenção da classificação conferirá ao empreendimento chancela oficial 
representada por selos, certificados, placas e demais símbolos, o que será objeto de publicidade 
específica em página eletrônica do Ministério do Turismo, disponibilizada na rede mundial de 
computadores. 
Art. 26. Os meios de hospedagem deverão fornecer ao Ministério do Turismo, em periodicidade por ele 
determinada, as seguintes informações: 
I - perfil dos hóspedes recebidos, distinguindo-os por nacionalidade; e 
II - registro quantitativo de hóspedes, taxas de ocupação, permanência média e número de hóspedes 
por unidade habitacional. 
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, os meios de hospedagem utilizarão as informações 
previstas nos impressos Ficha Nacional de Registro de Hóspedes - FNRH e Boletim de Ocupação 
Hoteleira - BOH, na forma em que dispuser o regulamento. 
Subseção III 
Das Agências de Turismo 
Art. 27. Compreende-se por agência de turismo a pessoa jurídica que exerce a atividade econômica de 
intermediação remunerada entre fornecedores e consumidores de serviços turísticos ou os fornece 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 31 
 
diretamente. 
§ 1o São considerados serviços de operação de viagens, excursões e passeios turísticos, a 
organização, contratação e execução de programas, roteiros, itinerários, bem como recepção, 
transferência e a assistência ao turista. 
§ 2o O preço do serviço de intermediação é a comissão recebida dos fornecedores ou o valor que 
agregar ao preço de custo desses fornecedores, facultando-se à agência de turismo cobrar taxa de 
serviço do consumidor pelos serviços prestados. 
§ 3o As atividades de intermediação de agências de turismo compreendem a oferta, a reserva e a venda 
a consumidores de um ou mais dos seguintes serviços turísticos fornecidos por terceiros: 
I - passagens; 
II - acomodações e outros serviços em meios de hospedagem; e 
III - programas educacionais e de aprimoramento profissional. 
§ 4o As atividades complementares das agências de turismo compreendem a intermediação ou 
execução dos seguintes serviços: 
I - obtenção de passaportes, vistos ou qualquer outro documento necessário à realização de viagens; 
II - transporte turístico; 
III - desembaraço de bagagens em viagens e excursões; 
IV - locação de veículos; 
V - obtenção ou venda de ingressos para espetáculos públicos, artísticos, esportivos, culturais e outras 
manifestações públicas; 
VI - representação de empresas transportadoras, de meios de hospedagem e de outras fornecedoras de 
serviços turísticos; 
VII - apoio a feiras, exposições de negócios, congressos, convenções e congêneres; 
VIII - venda ou intermediação remunerada de seguros vinculados a viagens, passeios e excursões e de 
cartões de assistência ao viajante; 
IX - venda de livros, revistas e outros artigos destinados a viajantes; e 
X - acolhimento turístico, consistente na organização de visitas a museus, monumentos históricos e 
outros locais de interesse turístico. 
§ 5o A intermediação prevista no § 2o deste artigo não impede a oferta, reserva e venda direta ao 
público pelos fornecedores dos serviços nele elencados. 
§ 6o ( VETADO) 
§ 7o As agências de turismo que operam diretamente com frota própria deverão atender aos requisitos 
específicos exigidos para o transporte de superfície. 
Subseção IV 
Das Transportadoras Turísticas 
Art. 28. Consideram-se transportadoras turísticas as empresas que tenham por objeto social a 
prestação de serviços de transporte turístico de superfície, caracterizado pelo deslocamento de pessoas 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 32 
 
em veículos e embarcações por vias terrestres e aquáticas, compreendendo as seguintes modalidades: 
I - pacote de viagem: itinerário realizado em âmbito municipal, intermunicipal, interestadual ou 
internacional que incluam, além do transporte, outros serviços turísticos como hospedagem, visita a 
locais turísticos, alimentação e outros; 
II - passeio local: itinerário realizado para visitação a locais de interesse turístico do município ou 
vizinhança, sem incluir pernoite; 
III - traslado: percurso realizado entre as estações terminais de embarque e desembarque de 
passageiros, meios de hospedagem e locais onde se realizem congressos, convenções, feiras, 
exposições de negócios e respectivas programações sociais; e 
IV - especial: ajustado diretamente por entidades civis associativas, sindicais, de classe, desportivas, 
educacionais, culturais, religiosas, recreativas e grupo de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, sem 
objetivo de lucro, com transportadoras turísticas, em âmbito municipal, intermunicipal, interestadual e 
internacional. 
Art. 29. O Ministério do Turismo, ouvidos os demais órgãos competentes sobre a matéria, fixará: 
I - as condições e padrões para a classificação em categorias de conforto e serviços dos veículos 
terrestres e embarcações para o turismo; e 
II - os padrões para a identificação oficial a ser usada na parte externa dos veículos terrestres e 
embarcações referidas no inciso I do caput deste artigo. 
Subseção V 
Das Organizadoras de Eventos 
Art. 30. Compreendem-se por organizadoras de eventos as empresas que têm por objeto social a 
prestação de serviços de gestão, planejamento, organização, promoção, coordenação, 
operacionalização, produção e assessoria de eventos. 
§ 1o As empresas organizadoras de eventos distinguem-se em 2 (duas) categorias: as organizadoras de 
congressos, convenções e congêneres de caráter comercial, técnico científico, esportivo, cultural, 
promocional e social, de interesse profissional, associativo e institucional, e as organizadoras de feiras 
de negócios, exposições e congêneres. 
§ 2o O preço do serviço das empresas organizadoras de eventos é o valor cobrado pelos serviços de 
organização, a comissão recebida pela intermediação na captação de recursos financeiros para a 
realização do evento e a taxa de administração referente à contratação de serviços de terceiros. 
Subseção VI 
Dos Parques Temáticos 
Art. 31. Consideram-se parques temáticos os empreendimentos ou estabelecimentos que tenham por 
objeto social a prestação de serviços e atividades, implantados em local fixo e de forma permanente, 
ambientados tematicamente, considerados de interesse turístico pelo Ministério do Turismo. 
Subseção VII 
Dos Acampamentos Turísticos 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
GUIA DE TURISMO- Legislação Aplicável ao Turismo 33 
 
Art. 32. Consideram-se acampamentos turísticos as áreas especialmente preparadas para a montagem 
de barracas e o estacionamento de reboques habitáveis, ou equipamento similar,

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