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CASO CONCRETO CIVIL IV

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE GOIÁS 
Bacharelado em Direito 
Direito Civil IV 
Ma. Eva Cristina Franco Rosa dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 01 
 
 
 
 
 
FLÁVIA ALVES DA SILVA 
MARIANE RODRIGUES DE SOUZA 
MARISETE COSTA BARBOSA VILELA 
NIUSMAR DE SOUZA BRITO JUNIOR 
RICARDO GOMES VIEIRA 
ROSEMEIRE CAMARA DOS SANTOS 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2021 
 
FLAVIA ALVES DA SILVA 
MARIANE RODRIGUES DE SOUZA 
MARISETE COSTA BARBOSA VILELA 
NIUSMAR DE SOUZA BRITO JUNIOR 
RICARDO GOMES VIEIRA 
ROSEMEIRE CAMARA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 01 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho realizado no 6° período do curso de 
bacharelado em Direito, da Faculdade Estácio de 
Sá de Goiás, referente à disciplina de Civil IV 
como requisito para compor a nota de AV1. 
Orientadora: Ma. Eva Cristina Franco Rosa dos 
Santos 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2021 
 
 
1 CASO CONCRETO 
 
Wade Wilson alugou um apartamento de propriedade de Peter Parker em Belém (PA). 
O contrato de locação previu: valor e pagamento do aluguel, dever de cuidados com o 
bem, as taxas de condomínio serem de responsabilidade de Wade Wilson (locatário) e 
que a duração do contrato é de 03 anos. Assim durante todo o lapso contratual o 
locatário cumpriu o contrato, pagando em dia o aluguel e o valor da taxa de 
condomínio, bem como manteve o devido cuidado com o bem. Véspera da data de 
devolução do apartamento Peter Parker recebeu comunicação do município de Belém 
informando que havia débito de 2 anos nos valores referente ao IPTU do apartamento. 
Com fulcro no informado responda: Peter Parker pode cobrar os valores referentes ao 
IPTU de Wade Wilson, vez que este era responsável pelo imóvel durante o período? 
Explique. 
 
1.1 RESPOSTA 
No caso em evidência, podemos dizer que o Sr. Peter Parker não pode cobrar 
esses valores ao seu inquilino o Sr. Wade Wilson. Pois, conforme explicitado não 
existiu uma cláusula específica para que dissesse ou especificasse que o Sr. Wade 
Wilson teria a obrigação de cumprir com esses valores referidos ao valor de IPTU do 
imóvel apresentado em questão. Visto que o Sr. Wade Wilson, cumpriu legalmente com 
o contrato apresentado, pagando em dia os valores do aluguel juntamente com o valor 
do condomínio, pois era o que está previsto dentro do contrato que assim firmaram 
ambos. 
Deve-se ressaltar que o IPTU trata-se de uma obrigação propter rem. O artigo 
32 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966) dispõe que: 
 
O imposto, de competência dos 
Municípios, sobre a propriedade predial 
e territorial urbana tem como fato 
gerador a propriedade, o domínio útil ou 
a posse de bem imóvel por natureza ou 
por acessão física, como definido na lei 
civil, localizado na zona urbana do 
Município. 
 
 Desta forma, a competência e o sujeito ativo do IPTU é o Município, para a 
instituição do imposto. Os sujeitos passivos do IPTU são as pessoas físicas ou jurídicas 
que tem a titularidade do direito inerente à propriedade ou bem adquirido. Onde pode se 
destacar que o proprietário, o titular de posse de domínio ou até mesmo o possuidor 
(que exerce posse da propriedade, a qual se reside), ambos tem a obrigação de cumprir 
com o pagamento do tributo relacionado ao IPTU. Como fato gerador deste imposto de 
competência interposto para pagamento ao Município, podemos ressaltar a propriedade, 
o domínio útil ou a posse do imóvel, que esteja na zona urbana ou dentro do Município. 
 
Dessa maneira, o fato gerador do IPTU é imposto na forma de propriedade, 
domínio útil ou a posse do imóvel, ou seja, a partir do momento em que uma pessoa 
adquire ou toma posse de um imóvel, mediante a compra do mesmo, fica estipulado o 
pagamento deste imposto, dentro legislação a pagar o IPTU. De forma mais explicativa 
o IPTU é um fato gerador, que se norteia por dois elementos, sendo eles espacial ou 
temporal, sendo que o primeiro refere-se ao território urbano do Município em que se 
reside, e o segundo é a cobrança que se acontece todos os anos para o pagamento deste 
imposto. 
Para Tartuce (2012), obrigações de propter rem são denominadas como 
obrigações hibridas, ou ambulatórias, esse direito mantém-se entre os direitos 
patrimoniais e os direitos reais, alcançando a coisa aonde ela esteja, desta forma, ela tem 
um caráter hibrido por não decorrer da vontade do titular, mas ainda sim decorrer da 
coisa. Já para Diniz (2012) nos instrui que tal obrigação surge no momento em que o 
titular do direito real é obrigado, devido a sua condição, a satisfazer certa prestação. O 
CC 2002, ela traz uma explicação mais abrangente e de fácil compressão sobre como e 
abordada essa obrigação de propter rem, dentro de seu artigo 1.345, que nos fala da 
seguinte forma: “O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em 
relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios”. 
 Para que se acabe a obrigação faz-se necessário a desvinculação da titularidade 
da coisa. No artigo 22 da Lei n° 8.245 de 18 de outubro de 1991, inciso VIII, “O 
locador é obrigado a pagar os impostos e taxas, e ainda o prêmio de seguro 
complementar contra fogo, que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo 
disposição expressa em contrário no contrato”. Isso significa que se o dono do imóvel 
quiser, ele pode adicionar uma cláusula no contrato de locação informando que o 
inquilino deverá pagar o IPTU junto às outras despesas, como o aluguel e o 
condomínio, por exemplo, indicando também a forma de pagamento, seja ela paga em 
acréscimo ao aluguel ou pelo próprio carnê de IPTU se assim preferir o inquilino que 
residirá na propriedade. 
Todavia, no caso do Sr. Peter Parker e o Sr. Wade Wilson, não houve nenhuma 
cláusula que especificasse que o locatário devesse cumprir com esses débitos anuais ou, 
nem ao menos, foi estipulado dentro do contrato firmado por ambos, a obrigação de 
pagar tais créditos tributários que está sendo cobrado ao proprietário do imóvel. Visto 
que, o inquilino deve ficar livre de qualquer cobrança indevida da parte do Sr. Peter 
Parker, por não ter sido estipulado o pagamento no contrato da relação locatícia firmado 
anteriormente. 
Conclui-se então, que terá o proprietário que responder pelo total do IPTU que 
deixou de ser pago junto à prefeitura, sendo este o titular do domínio útil, ou seu 
possuidor a qualquer título, conforme, preceitua o art. 34 do CTN. Além do mais, o 
inquilino cumpriu perfeitamente com todas as suas obrigações que foram estipuladas no 
contrato. Dentre elas: o pagamento em dia do montante referente ao aluguel, a taxa de 
condomínio estipulada, e também, zelando pelo bem alugado. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
SABBAG, Eduardo. CódigoTributário Nacional Comentado. 2 ed. Ver., atual e ampl. 
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO,2018. 
 
TARTUCE, Flavio. Manual de direito civil: volume único. 2ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2012. 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito das coisas. 27ed. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11733038/inciso-viii-do-artigo-22-da-lei-n-8245-
de-18-de-outubro-de-1991acessado em 19/04/2021 ás 11:15 
 
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Art.+1345+do+C%C3%B3digo+Civil acessado 
em 18/04/2021 ás 10:17 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm acessado 
em 18/04/2021 ás 08:45

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