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ATIVIDADE DIREITO CIVIL IV

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ATIVIDADE DIREITO CIVIL IV –30/09/2020- PROF. JEAN ROMMY JÚNIOR.
JOSÉ DIOGO TAVARES DE LIMA LEITE		RA: 201802146482
	
1) CASO CONCRETO 
Verônica é proprietária de uma casa em bairro estritamente residencial na cidade de João Pessoa (PB). Verificando as possibilidades de negócio a mesma observa que estão chegando as festas juninas, como Verônica precisa urgentemente de dinheiro resolve montar uma fábrica de fogos de artifício em sua casa, para tanto recebe meia tonelada de pólvora e outros itens para a produção dos fogos. Archie, seu vizinho, testemunha a entrega destes itens, imediatamente ele a questiona sobre os riscos desta atividade. Verônica de forma calma e serena responde que a propriedade da casa é dela e assim ela pode fazer o que bem quiser em seu imóvel. 
Por ser dono a pessoa pode fazer o que bem entender no imóvel? Explique.
Não, o direito de propriedade não é mais interpretado como direito absoluto e ilimitado, pois na legislação brasileira são encontradas várias restrições, inclusive na carta maior a Constituição Federal.As limitações decorrem dos códigos e leis(civil, mineração, meio ambiente, florestal), no código civil em seu artigo 1228, o parágrafo único estabelece series de restrições ao exercício de propriedade, visando a garantir o principio da função social o qual está totalmente atrelado no conceito no direito de propriedade definido como o poder jurídico da pessoa usar, gozar, dispor do bem, em sua plenitude dentro dos limites estabelecidos em lei, assim como reivindica-lo, caso alguém o detenha injustamente. 
2) Qual a diferença entre o modo originário de aquisição da propriedade e o modo derivado? Exemplifique.
São dois modos que trata em duas formas das quatroestabelecidas no código civil (usucapião – art. 1238 a 1244 / registro do título – art. 1245 a 1247/ acessão – art. 1238 1259 e direito hereditário – art. 1784).
Modo derivado –da aquisição pelo registro do título translativo de propriedade.
A aquisição derivada é aquela pela qual a autonomia das partes faz com que a propriedade seja transferida de uma pessoa para outra exigindo, a legislação, certas formalidades e solenidades.Na aquisição derivada a análise pelo Registrador será mais ampla, tanto no aspecto formal, como material; sendo neste caso possível exigir o recolhimento dos impostos, a análise do conteúdo para a qualificação das partes e exata extensão da propriedade, etc.
Modo originário – da aquisição pela acessão.
A aquisição originária decorre de um fato jurídico que permite a aquisição da propriedade sem qualquer ônus ou gravame. O que se analisa são os requisitos legais para a obtenção de uma propriedade sem a necessidade da autonomia privada, por isso, de ser um fato jurídico, como ocorre com a usucapião, aluvião, avulsão, dentre outros, o que justifica a autonomia e independência. Por decorrer de um fato jurídico, não haverá que se mencionar em recolhimento de impostos; exigência de retificação de área; eventuais gravames na matrícula originária não acompanharão a matrícula nova aberta em virtude de tal aquisição
3) Maria Lúcia , ao usucapir um imóvel urbano há mais de cinco anos, afirma que tem direito na posse, pois está amparada pelo princípio da FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. 
Explique os fundamentos jurídicos deste princípio.
A conceituação do direito de propriedade evoluiu através dos tempos, deixando-o de ser apenas condicionado à individualidade do proprietário. Não pode esse direito ser exercido de maneira absoluta, egoística, mas, sim, com o objetivo de atender não apenas aos interesses do proprietário, como também de toda a coletividade. Por essa razão, é sustentada a existência de interesses não-proprietários, que devem ser considerados e respeitados. Esse princípio, cabe ser frisado, impõe ao proprietário não apenas a obrigação de se abster, de não violar uma regra, mas também de fazer, isto é, utilizar a coisa em conformidade com os anseios coletivos. Porém, a função social, embora ambicionada por toda a coletividade, deve ser efetivada de forma imperativa apenas pelo Estado, por intermédio do instituto da desapropriação. É inconcebível que particulares busquem, com invasões, dar a determinado imóvel a função social.
4) Jonas, proprietário de terreno adquirido de Lauro por meio de escritura de compra e venda registrada em 2016,propõe ação reivindicatória em face de Geraldo, no mesmo ano, alegando que este ocupa o imóvel injustamente. Geraldo, em contestação, alega que, em 2014, comprou e pagou o preço do imóvel a Estevão, procurador em causa própria constituído por Lauro, obtendo deste um recibo de aquisição do bem, além do que tem conduta consentânea com a função social da propriedade. 
Observando a situação narrada, quem é o atual proprietário do bem e sob qual fundamento, e qual a modalidade de aquisição (modo originário ou derivado)? Indique o dispositivo legal que fundamente sua resposta.
Jonas é o proprietário do imóvel, pois há registro em cartório da compra e venda em seu nome, e seu direito de propriedade e válido por força de lei conforme o art. 1245, CC, que menciona a transferência mediante o registro do título translativo no registro de imóveis, sendo o modo derivado da aquisição. Vale ressalvar que a ação reivindicatória pleiteada por Jonas em face de Geraldo está correta, pois o direito de reaver o bem e uma das principais características do direito de propriedade.

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