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CASO SIMULADO 02 (ESTÁGIO OBRIGATÓRIO)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA 
DA COMARCA DE PONTE SERRADA – SC 
 
 
 
 
PATRICK FABONATTO, nascido em 04/06/1960, já qualificado nos autos em 
epigrafe, por seu advogado infra-assinado, vêm respeitosamente a presença de Vossa 
Excelência, apresentar RESPOSTA A ACUSAÇÃO, com fulcro no art. 396 do Código 
Penal, pelos motivos que passa a expor: 
 
I - DOS FATOS 
 
Ocorre que o réu foi denunciado como incurso nas sanções dos artigos 129, §1º, 
inciso III, c/c. o art. 14, inciso II ambos do Código Penal, em decorrência de que no dia 
05/03/2017 encontrava-se na varanda de sua casa em Ponte Serrada, momento em que 
vislumbrou o namorado de sua sobrinha Natália de 18 anos agredindo-a de maneira 
violenta em razão de ciúmes. 
Verificando o risco que sua sobrinha corria com a agressão, Patrick gritou com 
Lauro, que não parou de agredi-la. Patrick não tinha outra forma de intervir, porque estava 
com uma perna enfaixada devido a um acidente de trânsito. Ao ver que as agressões não 
cessavam, foi até o interior de sua residência e pegou uma arma de fogo, de uso permitido, 
que mantinha no imóvel, devidamente registrada, tendo ele autorização para tanto. Com 
intenção de causar lesão corporal que garantisse a debilidade permanente de membro de 
Lauro, apertou o gatilho para efetuar disparo na direção de sua perna. Por circunstâncias 
alheias à vontade de Patrick, a arma não funcionou, mas o barulho da arma de fogo causou 
temor em Lauro, que empreendeu fuga e compareceu à Delegacia para narrar a conduta 
de Patrick. 
O Promotor de justiça ofereceu denúncia, perante o juízo competente, em face de 
Patrick como incurso nas sanções penais do Art. 129, § 1º, inciso III, c/c. o Art. 14, inciso 
II, ambos do Código Penal, tendo o MM. Juiz recebido a denúncia, determinou a citação 
do réu Patrick, para oferecer defesa, tendo o mesmo sido citado em 27 de fevereiro de 
2018. 
 
II - DO DIREITO 
 
a) Em preliminar, nulidade da citação. 
Trata-se de citação por hora certa, com fulcro no artigo 362, na hipótese de o réu 
estar se ocultando para não ser citado, devendo tal informação ser devidamente 
certificada pelo oficial de justiça, contudo não havia nem um indício concreto de que o 
acusado estaria se ocultando para não ser citado. A residência de Patrick encontrava-se 
fechada porque ele estava trabalhando em embarcação, sendo prematura a conclusão do 
oficial de justiça apenas com base em um ÚNICO COMPARECIMENTO na residência 
do réu ao qual pretendia citar. 
Dessa forma, a citação é inválida e causou prejuízo ao exercício do direito de 
defesa do réu, tendo em vista que não conseguiu conversar devidamente com seu 
advogado sobre os fatos antes de apresentar resposta à acusação. 
Requer absolvição sumária, tendo em vista que o fato evidentemente não constitui 
infração penal e ocorreu causa manifesta de exclusão da ilicitude, conforme artigo 17 do 
Código Penal, pois não se pune a tentativa quando há ineficácia absoluta do meio ou por 
absoluta impropriedade do objeto, pois é impossível consumar-se o delito. 
Ocorre que aquela arma era totalmente incapaz de efetuar disparos, conforme 
consta no laudo pericial acostado, logo houve ineficácia absoluta do meio utilizado, 
impedindo a punição da tentativa. O reconhecimento do crime impossível gera a 
atipicidade da conduta e, consequentemente, cabível a absolvição sumária pelo fato 
evidentemente não constituir crime. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer que: 
A) Absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, I e III do Código de 
Processo Penal; 
B) Nulidade da citação com fulcro no artigo 362 do Código de Processo Penal; 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento 
Xaxim-SC 09 de março de 2020 
 
_______________________________________ 
 Advogado 
OAB/SC 00.000 
 
 
Rol de testemunhas: 
FULANO, residente no município de Exemplo (EX) 
BELTRANO, residente no município de Exemplo (EX) 
CICLANO, residente no município de Exemplo (EX)

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