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Peças Processuais OAB 2ª Fase - PENAL

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A Polícia Civil do Estado X, em razão do alto índice de furto de automóveis em determinada cidade, elaborou o seguinte plano: um “veículo-isca” foi estacionado na região mais perigosa da cidade. Em seu motor, foi instalado um dispositivo para o corte do combustível à distância. No momento em que alguém tentasse subtraí-lo, o motor seria desligado e policiais efetuariam a prisão em flagrante do ladrão. Em determinado dia, João, conhecido por furtar veículos, ao se deparar com o “veículo-isca”, sem saber do plano dos policiais, não pensou duas vezes: usou uma chave-falsa para entrar no automóvel e deu partida no motor. Todavia, conseguiu dirigir alguns poucos metros, pois o combustível foi cortado e policiais o prenderam em flagrante pelo crime de furto qualificado. Em seguida, João foi encaminhado à autoridade policial, que lavrou auto de prisão em flagrante. Como advogado de João, elabore a peça cabível, diversa de habeas corpus, em seu favor.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ... DO ESTADO X 
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE: (Nº)
JOÃO, já devidamente qualificado nos autos de prisão em flagrante, vem por seu advogado abaixo assinado, requerer o 
RELAXAMENTO DE PRISÃO
 conforme dispõe os artigos 5º, LXV da Constituição Federal e 310, I do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS
João foi preso pela suposta prática do crime de furto qualificado, em razão de um plano elaborado pela Polícia Civil do Estado X, plano este que consistiu em um “veículo-isca” estacionado em determinada região, preteritamente programado para parar devido ao corte de combustível causado por um dispositivo e culminou na prisão de João. Ele foi então encaminhado à autoridade policial e esta lavrou o presente auto de prisão em flagrante.
DO DIREITO
Conforme exposto, estamos diante de um vício, trata-se cristalinamente de um Flagrante preparado, onde o requerente foi induzido/instigado a praticar o delito pelos policiais envolvidos no “plano”, há claramente uma ilegalidade nesta prisão. Ante o exposto na Súmula 145 do STF, não há crime quando há preparação por parte da polícia para que o ato ilícito seja praticado. Ademais, tal ação torna o ato impossível, pois o conjunto de circunstâncias previamente preparadas elimina totalmente a possibilidade da produção do resultado, com fulcro no artigo 17 do CP. 
DO PEDIDO
Perante o exposto, vem à presença de Vossa Excelência requerer o relaxamento da prisão em flagrante, em razão de sua explícita ilegalidade e por oportuno a expedição imediata do alvará de soltura.
Local, Data
ADVOGADO
OAB
Patrick, nascido em 04/06/1960, tio de Natália, jovem de 18 anos, estava na varanda de sua casa em Araruama, em 05/03/2017, no interior do Estado do Rio de Janeiro, quando vê o namorado de sua sobrinha, Lauro, agredindo-a de maneira violenta, em razão de ciúmes. 
 
Verificando o risco que sua sobrinha corria com a agressão, Patrick gritou com Lauro, que não parou de agredi-la. Patrick não tinha outra forma de intervir, porque estava com uma perna enfaixada devido a um acidente de trânsito. 
 
Ao ver que as agressões não cessavam, foi até o interior de sua residência e pegou uma arma de fogo, de uso permitido, que mantinha no imóvel, devidamente registrada, tendo ele autorização para tanto. Com intenção de causar lesão corporal que garantisse a debilidade permanente de membro de Lauro, apertou o gatilho para efetuar disparo na direção de sua perna. Por circunstâncias alheias à vontade de Patrick, a arma não funcionou, mas o barulho da arma de fogo causou temor em Lauro, que empreendeu fuga e compareceu à Delegacia para narrar a conduta de Patrick. 
Após meses de investigações, com oitiva dos envolvidos e das testemunhas presenciais do fato, quais sejam, Natália, Maria e José, estes dois últimos sendo vizinhos que conversavam no portão da residência, o inquérito foi concluído, e o Ministério Público ofereceu denúncia, perante o juízo competente, em face de Patrick como incurso nas sanções penais do Art. 129, § 1º, inciso III, c/c. o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. Juntamente com a denúncia, vieram as principais peças que constavam do inquérito, inclusive a Folha de Antecedentes Criminais, na qual constava outra anotação por ação penal em curso pela suposta prática do crime do Art. 168 do Código Penal, bem como o laudo de exame pericial na arma de Patrick apreendida, o qual concluiu pela total incapacidade de efetuar disparos. 
 
Em busca do cumprimento do mandado de citação, o oficial de justiça comparece à residência de Patrick e verifica que o imóvel se encontrava trancado. Apenas em razão desse único comparecimento no dia 26/02/2018, certifica que o réu estava se ocultando para não ser citado e realiza, no dia seguinte, citação por hora certa, juntando o resultado do mandado de citação e intimação para defesa aos autos no mesmo dia. Maria, vizinha que presenciou a conduta do oficial de justiça, se assusta e liga para o advogado de Patrick, informando o ocorrido e esclarecendo que ele se encontra trabalhando e ficará embarcado por 15 dias. O advogado entra em contato com Patrick por email e este apenas consegue encaminhar uma procuração para adoção das medidas cabíveis, fazendo uma pequena síntese do ocorrido por escrito. 
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade do advogado de Patrick, a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do prazo.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ARARUAMA – RIO DE JANEIRO
PROCESSO Nº:....
PATRICK, devidamente qualificado nos autos da Ação Penal acima, vem respeitosamente, por meio de seu advogado abaixo assinado, perante Vossa Excelência, apresentar 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
 com fulcro no artigo 396-A do Código de Processo Penal, pelos motivos fáticos e de direitos a seguir expostos:
DOS FATOS
O denunciado efetuou disparo de arma de fogo contra o autor com o objetivo de cessar agressão deste em face de Natália, sua sobrinha, pois, diante da tentativa frustrada de fazer com que Lauro parasse as agressões não teve alternativa, senão utilizar deste meio, que era o possível no momento. No entanto, a arma não funcionou. Patrick foi denunciado pela suposta prática dos crimes previstos no artigo 129, § 1º, inciso III, e artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal. Todavia, os fatos narrados na denúncia não são verdadeiros, portanto, passa a expor o que abaixo segue.
PRELIMINARMENTE 
Requer o denunciado desde logo o reconhecimento da nulidade do ato citatório, conforme prevê o Código de Processo Penal em seu artigo 564, inciso III, “e”. Além disso, houve violação no que concerne ao artigo 362 do Código de Processo Penal, pois a citação por hora certa só será admitida na hipótese em que o réu se oculta para não receber a citação, o que não é o caso, Patrick não se ocultou e não havia nenhum indício concreto sobre isso, sua residência se encontrava fechada, pois Patrick trabalha embarcado e se ausentou por 15 dias apenas por esta razão. Ademais, o oficial de justiça compareceu e uma única oportunidade. Portanto, não foram preenchidos os requisitos do mencionado dispositivo.
DO DIREITO
Do Crime Impossível: Ante o exposto, a arma utilizada pelo autor foi considerada pela perícia totalmente incapaz (absoluta ineficácia do meio) de efetuar disparos, portanto, esta circunstância ainda que alheia a vontade de Patrick, impediu a consumação do delito, tornando-o impossível conforme prevê o artigo 17 do Código Penal, desse modo não há o que se falar em punição da tentativa. A integridade física de Lauro em momento algum foi posta em risco, portanto, há atipicidade da conduta.
Da Legítima Defesa de Terceiros: Apenas uma razão levou Patrick a querer lesionar Lauro, garantir a integridade física e resguardar o direito de sua sobrinha que sofria injusta agressão.O denunciado ainda utilizou o único meio capaz de impedir tal agressão, visto que ele estava debilitado em razão de um acidente, o que caracteriza legítima defesa de outrem, conforme dispõe o artigo 25 do Código Penal.
DO PEDIDO
Requer:
- A nulidade da citação nos termos do artigo 564, inciso III, “e”;
- Absolvição sumária do denunciado em virtude da atipicidade da conduta prevista no artigo 17 do Código Penal, conforme prevê o artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal;
- Absolvição sumária em face da legítima defesa de terceiro, prevista nos artigos 23, inciso II e 25 do Código Penal conforme dispõe artigo 397, inciso I do Código de Processo Penal;
- A oitiva das testemunhas arroladas a seguir:
Rol de Testemunhas:
1- Natália 
2- Maria
3- José
Araruama, 9 de março de 2018
ADVOGADO
OAB

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