ATIVIDADE AVALIATIVA SOBRE OS TEXTOS ESTUDADOS E APRESENTADOS - regina coele

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS 
Centro de Ciências Humanas - CCH 
Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais 
 Acadêmica: Jennyfer Fernandes Rodrigues e Laiane Alves Ferreira 
 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA SOBRE OS TEXTOS ESTUDADOS E APRESENTADOS 
 
De acordo com os textos estudados e debatidos durante as aulas o presente resumo 
traz informações importantes acerca da formação de professores. O primeiro autor ao qual 
será abordado é o José Contreras que define a autonomia docente como não apenas uma 
qualidade profissional mais sim uma qualidade de fenômeno educativo. Como forma de 
estruturar a proposta sobre a autonomia docente o autor apresenta alguns conceitos que 
são interessantes de serem estudados tanto por professores como por pesquisadores, 
conceitos estes que são: proletarização da docência; profissionalismo e a 
profissionalidade; obrigação moral, competência profissional e compromisso com a 
comunidade; define os professores em diferentes modelos como o especialista técnico, o 
professor reflexivo ou o intelectual crítico. Cada conceito é apresentado de forma 
detalhada para que possam esclarecer assuntos importantes para o professor ou 
pesquisador. 
Contreras no decorrer de seu texto aborda sobre a racionalidade técnica sendo a 
maior critica apresentada no livro pois aborda o docente como apenas aquele que executa 
o ensino, dando a entender que o mesmo não concebe o ensino apenas o repassa, o que 
demonstra que a docência seria considerada apenas um especialista técnico criando assim 
uma autonomia ilusória. Para Contreras ser professor é bem mais do que apenas 
conhecimentos técnicos e externos. De acordo com o autor cabe ao professor saber sobre 
as suas motivações, deliberações, juízos e também seus valores onde o educador buscará 
então a conscientização do que é ser professor com autonomia. 
Outro autor que iremos retratar é Henry Giroux quando defende a formação dos 
professores na perspectiva de intelectuais transformadores, sendo esta característica útil 
de diversas maneiras. De acordo com o autor é possível através desta perspectiva que os 
professores sejam vistos como pessoas livres e com uma dedicação especial aos valores 
do intelecto e ao fomento da capacidade crítica dos jovens; o professor consiga ver acerca 
de suas metas, do seu modo de ensino levantando assim informações de como ensinar; 
entender sobre a valorização de desempenho de suas funções; poder educar os alunos para
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serem cidadãos ativos e críticos. São apresentadas diversas perspectivas importantes para 
que os professores se tornem intelectuais transformadores. 
 Os objetivos da formação de professores em intelectuais transformadores são o 
de promover mudanças através de suas manifestações contra as injustiças em diversos 
setores como econômico, social e politicas e também de passar seus conhecimentos aos 
cidadãos para que possam ter a coragem para lutar pelos seus objetivos. 
Freire enumera uma sequência de saberes indispensáveis a prática educativa. 
Afirma que o ensino demanda: criticidade, estética e ética, humildade, respeito aos 
saberes dos educandos, de estarmos aberto às indagações, às curiosidades dos educandos 
e etc. 
Ensinar, para Freire, demanda respeito à autonomia do ser do educando. O 
respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um benefício que 
podemos ou não dar uns aos outros. 
 “Precisamente porque éticos podemos desrespeitar a rigorosidade da ética, por 
isso é imprescindível deixar claro que a possibilidade do desvio ético não pode receber 
outra designação senão a de transgressão. “FREIRE, 2002, p. 59). Isto é um imperativo 
ético e qualquer desvio nesse sentido é uma transgressão. 
Ensinar, portanto, exige respeito a curiosidade ao gosto estético do educando, á 
sua inquietude, linguagem e as suas diferenças. O professor não pode eximir-se de seu 
dever de propor limites á liberdade do aluno nem de ensiná-lo. 
De acordo com Freire um dos principais aspectos da relação professor-aluno é a 
humildade pois é necessário que o docente aprenda a lidar com as diferenças, cultivar a 
humildade e a tolerância, afim de manter respeito do professor ao educando, e mostra-se 
também o indivíduo do processo educacional, não como um mero depositador de saberes, 
mas sim como quem também aprende no exercício de ensinar. Além disso, deve 
compreender que a luta pelos seus direitos é um momento de suma importância enquanto 
pratica ética. 
A temática da diversidade do saber dos docentes concretiza a ideia da natureza 
social do saber no qual os diversos saberes e o saber fazer dos docentes não se origina 
neles mesmos e nem em seu trabalho cotidiano, mas sim em uma origem social. De acordo 
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com Tardif os saberes dos professores são um conjunto de saberes provenientes de fontes 
variadas dos livros didáticos, dos programas escolares, dos conteúdos a serem ensinados, 
da experiencia) 
Tardif apresenta os quatro saberes que constroem a profissão docente: os saberes 
da formação profissional (das ciências da educação e da ideologia pedagógica), os saberes 
disciplinares, os saberes curriculares e os saberes experienciais. 
Saberes da formação profissional são aqueles adquiridos na formação inicial ou 
continuada dos professores, saberes que são baseados nas ciências e na erudição, são 
transmitidos aos professores durante a formação. Os conhecimentos pedagógicos 
relacionados as técnicas e métodos também fazem parte dos saberes profissionais. 
Saberes disciplinares: são relacionados aos diversos campos do conhecimento, 
oriundos das disciplinas oferecidas pelas instituições formadoras e emergem da tradição 
cultural e dos grupos sociais produtores de saberes, ou seja, tem como foco o conteúdo 
da disciplina. 
Saberes curriculares: são saberes prescritos que deverão ser abordados na pratica 
docente os objetivos, conteúdos e métodos. A instituição escolar, por sua vez, categoriza 
e apresenta os saberes sociais selecionados como modelos da cultura e de formação. 
Saberes experenciais são desenvolvidos pelos próprios professores no exercício 
da sua prática, baseados em seu trabalho cotidiano e no conhecimento do seu meio. Esses 
saberes incorporam-se à experiência individual e coletiva sob a forma de habitus e de 
habilidades (de saber-fazer e saber-ser). 
Ainda acerca dos saberes docentes, Tardif caracteriza como plural e 
heterogêneo, pois o professor em sua prática precisa dispor de conhecimento pedagógico, 
do programa, dos conteúdos e também das habilidades para lidar com as situações do 
cotidiano. 
Por tanto saber ensinar não se restringe ao fato de o docente conhecer a matéria, 
os conteúdos, os programas e transmiti-los aos educandos, mas sim saber ensinar exige 
levar em consideração o conhecimento do aluno, sua realidade e também os conteúdos 
escolares, assim possibilitando o desenvolvimento de sujeitos conscientes e críticos