Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal Fluminense (UFF) – 06 de outubro de 2022 Curso de Administração Pública Disciplina: Organização, Processos e Tomada de decisão Polo: Paracambi Aluna: Pamela de Andrade Matrícula: 19213110101 AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA - AD2 / RESENHA DA UNIDADE 5 A unidade tem objetivo identificar as etapas históricas do processo decisório na gestão pública. Comparando a tomada de decisão nos ambientes públicos e privado e identificar os papéis profissionais relacionados à gestão pública no processo decisório. O autor dá continuidade trazendo informações quanto às dimensões da decisão no setor público, tendo em vista o período de grandes transformações embalado por reformulações ideológicas, globalização, formação de blocos econômicos, busca da qualidade total, muita informação e a velocidade das mudanças vivenciadas pelo mundo atual. As décadas de 1950 e 1960 trouxeram um direcionamento das estruturas públicas como insumos ao desenvolvimento industrial baseado na estratégia de fomento que, na época, mostrou-se adequado e ajudou a formar um parque industrial diversificado e até mesmo sofisticado em algumas áreas. Com o aumento da complexidade da sociedade e da máquina estatal, houve uma enorme proliferação de estatais e participação do Estado na economia, aumentando a dificuldade de coordenação e controle no setor público, camuflado pela ilusão da prosperidade causada pelo “milagre econômico brasileiro”, ocorrido entre 1968 e 1974. A década de 1970 começou a mostrar alguns sintomas da perda de coerência do modelo, com a distância entre os tomadores de decisão (governo) e seus eventuais beneficiários (povo). A década de 1980 foi marcada pela explosão de mudanças sociais, políticas, econômicas e tecnológicas, reforçadas pela nova conjuntura mundial, com uma sociedade mais informada e politizada cobrando com mais clareza suas necessidades e expectativas, evidenciando ainda mais a lentidão e ineficiência da Administração Pública propensa a crescer e com diminuta capacidade de apresentar resultados, numa nítida realidade de inflação e recessão. Em 1938 foi criação o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), órgão com objetivo de aprofundar a reforma administrativa, destinada a organizar e a racionalizar o serviço público no país. Entre suas atribuições, estavam previstas elaboração da proposta de orçamento e a fiscalização orçamentária, que só aconteceu no princípio de 1945. A década de 1990 evidenciou a necessidade urgente de rever o modelo de Administração Pública brasileiro, que tinha pela frente três grandes desafios: o desenvolvimento autossustentado e soberano da nação; a garantia da governabilidade; e a efetividade dos órgãos públicos. As organizações públicas são intrinsecamente diferentes das organização privadas, pois suas finalidades são sociais; as consequências das decisões estratégicas da esfera pública são de longo prazo e muitas das vezes irreversíveis; tais decisões não podem ser programadas, são únicas e variam de organização para organização, contendo diferenças fundamentais em termos de: sistemas de valores e julgamentos administrativos adotados; pressões políticas recebidas; habilidades decisórias de seus dirigentes; recursos de que dispõem; e competências técnicas e motivação de seus servidores. As decisões estratégicas tomada pelos órgãos públicos têm consequências de longo prazo, dificilmente reversíveis. Seu processo de identificação de missão e objetivo envolvem valores sociais e opções de desenvolvimento que afetam toda a sociedade. Essas decisões não podem ser programadas, são únicas e variam de organização para organização. O processo decisório precisa ser amplamente discutido, negociado e aceito diminuindo assim possíveis riscos de perda da legitimidade do governo. Na Administração Pública, as decisões operacionais ficam dependentes dos poderes superiores (Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas da União, entre outros órgãos públicos). Assim como a organização é um sistema, o processo decisório também é, cada ação influencia o todo. Consequentemente melhorando as etapas iniciais, podemos considerar que todo o processo tende a ser bem conduzido. Destacamos que as informações são essenciais para a tomada de decisão e para a resolução dos problemas, proporcionando assim aos decisores melhores chances de acertar na escolha. Por conta da dimensão e complexidade, a Administração Pública não consegue dar o suporte necessário para os seus usuários, precisando se reestruturar em alguns de seus segmentos. Uma organização reflete o desempenho das pessoas que incorporam, porém, dentro da organização pública não se tem uma gestão de pessoas adequada, sendo comum a distribuição de cargos públicos privilegiando pessoas de alto escalão. A unidade nos mostra ainda que, o gestor muitas das vezes faz mau uso dos recursos, a descontinuidade administrativa que conduz o governo a uma gestão mais lenta, a lentidão da administração pública em relação a modernização, sendo um desafio constante para o administrador público resgatar a dignidade, trazendo critérios e acabando com a ociosidade, privilégios e impunidade. No setor privado, o empresário vive uma conjuntura globalizada, competitiva, de volumosa informação e grande inovação tecnológica. levando o executivo, tomador de decisão, a entender o mercado em que sua organização atua; aproveitar ao máximo as tecnologias dos processos industriais, comerciais e organizacionais; e conseguir eficiência nos processos e eficácia nos objetivos. A administração e a tecnologia dentro de uma organização têm sido determinantes para o atendimento das necessidades sociais, sendo necessário a importância do processo decisório nas organizações, implementando os processos administrativos e inovação tecnológico. Referências: PRÉVE, Altamiro Damian. Organização, processos e tomada de decisão / Altamiro Damian Préve, Gilberto de Oliveira Moritz, Maurício Fernandes Pereira. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2010. 147-174p.
Compartilhar