Prévia do material em texto
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional em prédios, pontes, guindastes, navios, torres, veículos entre outras aplicações. As deformações são apresentadas no eixo horizontal e as tensões no eixo vertical. As características da curva serão discutidas identificando-se quatro regiões do comportamento do material dependendo da deformação nele provocada e considerando o diagrama tensão-deformação convencional do ponto O ao ponto F. Comportamento Elástico – ocorre quando as deformações estão na região elástica. O diagrama começa com uma linha reta de origem em O ao ponto A, de modo que a tensão e a deformação são proporcionais. O ponto A é chamado de limite de proporcionalidade e a inclinação da reta é chamada de módulo de elasticidade. Se a tensão excede ligeiramente o limite de proporcionalidade o material ainda pode responder elasticamente até o limite de elasticidade ponto B. Para o aço o limite de elasticidade é muito próximo do limite de proporcionalidade. Escoamento – com um aumento da tensão além do limite de elasticidade, a curva fica horizontal (trecho C- D), pois um alongamento do corpo ocorre sem um aumento notável da força de tração. Esse fenômeno é conhecido como escoamento e a tensão que provoca escoamento é chamada tensão limite de escoamento ou ponto de escoamento (σE). Na região entre C e D o material fica perfeitamente plástico, ou seja, ele se deforma sem um aumento da carga aplicada e faz com que ele se deforma permanentemente. Endurecimento por deformação – após o escoamento o aço começa a recuperação, passando por mudanças em sua estrutura cristalina, resultando em um aumento da resistência do material para mais deformação. O alongamento do corpo de prova na região D-E exige um aumento na carga de tração o que resulta em uma curva que cresce continuamente, mas que se torna mais plana até que alcança a tensão máxima denominada limite de resistência (σLRT ou σr) ou tensão normal última. Estricção – Ao atingir o limite de resistência, a área da seção transversal começa a diminuir em uma região localizada do corpo de prova. Forma-se gradualmente uma estricção ou contração (empescoçamento) nessa região à medida que o corpo se alonga. Como a área da seção transversal está decrescendo continuamente, a área menor pode suportar apenas carga decrescentes, portanto o diagrama curva-se para baixo até que o corpo de prova quebre com a tensão de ruptura (σrup). 6.2.2. Diagrama tensão-deformação real (ou verdadeiro) Quando esse diagrama é construído, adquire o formato mostrado pela curva do ponto O até o ponto G, na figura 6.1. Observe que os diagramas convencional e real são praticamente coincidentes quando a deformação é pequena, até o ponto D. As diferenças começam a aparecer na faixa de endurecimento por deformação, em que a intensidade da deformação torna-se mais significativa. Mecânica – Resistência dos Materiais 50