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DETERMINANTES CLASSIFICATÓRIOS E OPERACIONALIZAÇÃO DA UNIDADE Enf. Esp. Maria Raiane Conceito de Cirurgia ● Termo usado tradicionalmente para descrever procedimentos (chamados procedimentos cirúrgicos) que envolvem o corte ou a sutura manual de tecidos para tratar doenças, lesões ou deformidades. ● Todas as formas de cirurgia são consideradas “procedimentos invasivos”. ● Envolve o corte dos tecidos corporais ou fechamento de uma ferida aberta. ● Serve para investigar, tratar uma condição patológica, ajudar a melhorar a função corporal ou a aparência. Classificação das fases cirúrgicas ● Pré‑operatória ● Intraoperatória (ou transoperatória) ● Pós‑operatória Fase pré‑operatória 1. Dividida em pré‑operatório mediato e pré‑operatório imediato. 2. Começa quando a decisão para proceder à intervenção cirúrgica é tomada; 3. Termina com a transferência do paciente para a mesa da sala de cirurgia. NOTA-SE… Que a fase está cada vez mais curta, objetivando a redução de custos e o tempo da internação hospitalar (IH). MEDIATO IMEDIATO ● Inicia no momento da indicação cirúrgica; ● Paciente submetido a exames que auxiliam a confirmação do diagnóstico; ● Termina 24h antes do seu início. ● 24h antes de iniciar o procedimento cirúrgico; ● ´´Internação``; ● Momento de preparar o cliente para o ato cirúrgico. É nessa fase que será efetuado todo o preparo necessário para o paciente ser encaminhado ao CC de forma segura! INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM (PRÉ-OPERATÓRIO) ● Realizar a visita pré-operatória – histórico de enfermagem; ● Termo de consentimento informado*; ● Preparar o paciente psicologicamente para a cirurgia; ● Realizar a educação pré-operatória do paciente e familiar/acompanhante; ● Fornecer informações gerais sobre a cirurgia; ● Fornecer informações sobre a rotina pós-operatória e cuidados pós-operatórios; ● Checar uso de medicação pré-operatória e administrar sn; ● Verificar sinais vitais; ● Realizar preparo físico do paciente. *Processo onde uma pessoa dá permissão ou recusa submeter-se a um procedimento VISITA PRÉ-OPERATÓRIA - PROCESSO DE ENFERMAGEM HISTÓRICO DE ENFERMAGEM Avaliação da saúde emocional Doenças preexistentes e Hábitos (tabagismo e etilismo) Antecedentes medicamentosos (possibilidade de suspender ou reajustar posologia) Avaliação dos exames laboratoriais Queixa principal - atual Alergia (registrar na 1ª pág. do prontuário) Identificação das necessidades do paciente (Determinar o grau de apoio familiar) Cirurgias anteriores (tipo, grau de desconforto e de incapacidade que provocou, se houve complicação) Conhecimento sobre a cirurgia por parte do paciente e familiares/cuidador PREPARO FÍSICO DO CLIENTE PARA O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: ✓ Jejum de 6 a 8h ✓Preparação da área cirúrgica: ❖ Banho de chuveiro com sabonete antisséptico no dia da cirurgia. ❖ Tricotomia da área cirúrgica: ▪ O mais próximo possível do momento da cirurgia; ▪ Preferível o uso de tricotomizadores elétricos. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM (PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO) ● Verificar o conteúdo do prontuário e checar todas as informações coletadas durante a visita pré-operatória; ● Checar se o paciente se mantém em dieta zero; ● Verificar/avaliar os sinais vitais; ● Checar higienização/banho; ● Retirar adornos e próteses e garantir a guarda devida; ● Retirar maquiagens e esmalte das unhas; ● Orientar quanto ao esvaziamento da bexiga; ● Vestir o paciente com vestimentas adequadas (camisola aberta cirúrgica, gorro e propé descartável); ● Retirar roupas íntimas; ● Administrar medicamento pré-anestésico sn (imediatamente antes de ser levado à SO). Intraoperatória 1. É nessa fase que ocorre o ato cirúrgico; 2. Começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia; 3. Termina com a admissão na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). Pós‑operatória 1. Começa com a admissão do paciente à SRPA; 2. Termina com uma avaliação de acompanhamento no ambiente clínico ou domiciliar. IMEDIATO MEDIATO Nas primeiras 24 horas após o procedimento cirúrgico Se inicia depois das primeiras 24 horas até a alta do cliente Classificação do tratamento cirúrgico 1. QUANTO AO FINALIDADE TRATAMENTO CIRÚRGICO: ● Curativa: tem por objetivo corrigir a causa da doença, melhorando a qualidade de vida do cliente. Muitas vezes é necessário a retirada parcial ou total do órgão. Ex: apendicectomia. ● ● Paliativa: buscar uma alternativa para aliviar o problema. NÃO TEM CURA. Ex: gastrojejunoanastomose sem remoção do tumor. ❖ Diagnóstica: exploração cirúrgica para confirmação diagnóstica (retirada de material para histopatológico). Ex: laparotomia exploradora. ❖ ❖ Plástica: é aquela que tem como objetivo a estética/reparação e visa modificação no corpo. Ex: rinoplastia. ❖ ❖ Videolaparoscópica: permite cirurgias monitoradas, onde o objetivo é causar o mínimo de trauma possível reduzindo a incisão e o tempo de hospitalização do paciente. 2. QUANTO AO MOMENTO OPERATÓRIO: A realização da cirurgia é determinada em detrimento das condições clínicas do paciente Emergência: exige intervenção cirúrgica imediata. Ex: hemorragia. Urgência: o estado clínico do paciente é grave e exige a intervenção cirúrgica, mas podem‑se aguardar algumas horas (24-48 horas). Ex: cálculo renal. Eletiva: são aquelas que embora sejam necessárias, podem ser programadas pelo paciente para determinada data e horário, pois não apresenta perigo. Ex: Hérnia simples. Necessária: precisa fazer a cirurgia em semanas ou meses. Ex: catarata. Opcional: são as de livre vontade do indivíduo (Ex: plástica estética, como a mamoplastia). 3. QUANTO AO PORTE CIRÚRGICO (TEMPO DE DURAÇÃO): ● Porte I: de até 2 horas. Ex: rinoplastia. ● Porte II: de 2 a 4 horas. Ex: gastrectomia. ● Porte III: de 4 a 6 horas. Ex: craniotomia. ● Porte IV: duração acima de 6 horas. Ex: transplante de fígado. 4. QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO: ❖ ❖ LIMPAS: Realizadas em tecidos estéreis, na ausência de processo infeccioso. Não há penetração no trato digestivo, respiratório e urinário. (Ex: mamoplastia). ❖ POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: São realizadas em tecido colonizado por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos difíceis de descontaminar; Ocorre penetração do trato digestivo, respiratório ou urinário. (Ex: gastrectomia). ❖ CONTAMINADA Realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante. (Ex: cirurgia de reto e ânus). ❖ INFECTADA Procedimento realizado em qualquer tecido ou órgão em que há processo infeccioso e/ou tecido necrótico; Há secreção purulenta. (Ex:apendicectomia supurada). 5. QUANTO AO RISCO CARDIOLÓGICO : ● Pequeno porte: olho e superficial na mama. ● Médio porte: ortopedia e renal. ● Grande porte: vasculares e transplante pulmonar. Está relacionado com a perda de fluido e sangue durante a cirurgia
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