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30/08 Hemodinâmica • Fluxo de sangue no sistema cardiovascular. • As artérias são mais profundas e geralmente são acompanhadas de veias. Velocidade alta do fluxo sanguíneo. • As veias contam com músculos e valvas para ajudar no retorno venoso. • Os capilares são contínuos, fenestrado e sinusóide. Menor velocidade do fluxo sanguíneo, ganhando mais tempo para as trocas. • Velocidade do fluxo sanguíneo – é a velocidade de deslocamento do sangue por tempo (cm/s). • Área do vaso – é o raio do vaso. • Variações no diâmetro do vaso altera a velocidade do fluxo. Ou seja menor o diâmetro maior será o fluxo. • A resistência do vaso impede o fluxo. Isto é vasoconstrição (maior a resistência menor será o fluxo). I. VELOCIDADE E FLUXO • O sangue flui de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão • Débito cardíaco – é o volume de sangue bombeado por um ventrículo por minuto. • Velocidade sanguínea – refere-se à distância percorrida por determinada quantidade de sangue por unidade de tempo e descreve a velocidade com que o sangue, a cada contração do coração, percorre o sistema arterial. II. PRESSÃO • O conceito de pressão em um tubo pode ser simplificado em três componentes: o Pressão lateral – é uma forma de energia potencial produzida pelo estiramento ou expansão de um vaso sanguíneo. o Energia cinética – é o fluxo de sangue iniciado pelos ventrículos quando sofrem contração e forçam o sangue para dentro da artéria pulmonar e aorta. o Forças gravitacionais – são máximas no animal em estação e são exemplificadas pela pressão nas artérias dos membros distantes, que é muito mais alta do que a pressão na aorta devido à gravidade. • A diferença da pressão nos vasos faz o sangue circular. • Pressão sistólica – medida na artéria com o ventrículo em contração. • Pressão diastólica - medida na artéria com o ventrículo relaxado. III. CICLO CARDÍACO • 1ª sístole atrial - valvas abertas para a passagem do sangue aos ventrículos. • 2ª sístole ventricular - valva atrioventricular fechada para impedir o refluxo sanguíneo; valva semilunares (tronco pulmonar e aórtica) abertas para a passagem do sangue; diástole atrial. • Eventos mecânicos e elétricos que ocorrem em um único ciclo. • Ciclo completo de contração (sístole) + relaxamento (diástole) das câmaras cardíacas = um batimento cardíaco. • Barorreceptores – receptores de pressão, percebem a pressão que o fluxo sanguíneo faz nos vasos. 30/08 Eletrofisiologia cardíaca • O potencial de ação cardíaco é o gatilho para a contração cardíaca, a atividade mecânica do coração depende de sua atividade elétrica. • A ativação elétrica ordenada do coração é realizada pela propagação sequencial de potenciais de ação ao longo das estruturas. • O batimento cardíaco começa no nó sinoatrial (SA), com geração espontânea de um potencial de ação. Sendo um marca-passo. • A ativação elétrica dissemina-se a partir do nó SA para o miocárdio atrial direito e através do feixe de Bachmann até o átrio esquerdo. • A ativação das frentes de onda que atravessam o miocárdio atrial finalmente convergem para a única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos, o nó atrioventricular (AV). • Após a sua saída do AV, essas ondas elétricas entram em um sistema de condução especializado, que consiste no feixe de His e nos ramos das células de Purkinje (ramos subendocárdicos). • O sistema His-Purkinje distribui a ativação de maneira rápida e ampla para o miocárdio ventricular. 30/08 I. TIPOS DE CÉLULAS CARDIACAS • Células contráteis – levam a contração, geração de força. São os miócitos, células contrateis presente na maior parte dos tecidos. • Células de condução – propagam rapidamente os sinais elétricos em todo miocárdio. Capacidade de gerar potencial de ação. o Nó SA, nó AV, fibras de Purkinje e feixe de His. II. POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO • Resumindo é a saída de células do repouso. • A propagação de potenciais de ação por todo o coração exige a despolarização de uma célula cardíaca de um estado de repouso para um estado excitado, durante o qual a célula gera um potencial de ação. • Ocorre através da inversão de cargas elétricas das células. • A carga é transportada (troca de íons que entram ou saem) principalmente por cátions Na, K e Ca. • Despolarização – influxo (entrada) de cátions (+) da célula. • Polarização ou repolarização – efluxo (saída) de cátions (+) da célula. Eletrocardiograma • Eletrodos registram as variações das ondas elétricas emitidas pelas contrações do coração. • Átrios despolarizam antes dos ventrículos. • Ventrículos despolarizam em sequência específica. • Átrios repolarizam enquanto os ventrículos se despolarizam. • Ventrículos se repolarizam em sequência específica. • As ondas mostram despolarização ou repolarização de partes do miocárdio. • Frequência cardíaca - número de batimentos cardíacos por minuto. I. ONDA “P” • Representa a despolarização atrial, ou seja, a saída do repouso. • É a sístole (contração) dos átrios. • A duração está relacionada com a velocidade de condução pelos átrios. • A repolarização dos átrios é mascarada pelo complexo QRS. II. COMPLEXO QRS • Representa a despolarização ventricular, ou seja, a sístole dos ventrículos. • Acontece também a repolarização atrial, contudo, é mascarada pela contração ventricular. III. ONDA “T” • Representa a repolarização ventricular, isto é, o relaxamento dos ventrículos (diástole). ❖ Intervalo PR – tempo da despolarização dos átrios até a despolarização inicial dos ventrículos (condução do estímulo pelo nó atrioventricular). 06/09 Fisiologia do sistema cardiovascular I. SISTEMA CARDIOVASCULAR • É um sistema fechado encarregado de diversas funções no corpo: o Distribuição de oxigênio e remoção de CO2; o Distribuição de nutrientes; o Transportar resíduos do metabolismo; o Transporte de eletrólitos e hormônios; o Temperatura corporal; o Transportar células do sistema imune; II. IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA • Quanto maior a taxa de metabolismo em um tecido, maior a necessidade de fluxo sanguíneo. • Isquemia: problemas de perfusão, pouco sangue para as demandas metabólicas. • Isquemia grave persistentes → morte celular (necrose). • Área de necrose isquêmica é chamada de infarto. III. TIPOS DE TRANSPORTE DO SANGUE • Fluxo em massa – grande volume de forma rápida por longas distancias graças às diferenças de pressão. • Contração do coração produz a pressão de perfusão que permite o fluxo. • Difusão – mecanismo como diferentes elementos do sangue se movimentam pela parede dos vasos capilares (do sangue para o líquido intersticial) dependendo da diferença de concentração da substância. IV. PRESSÃO ARTERIAL • Pressão arterial sistólica – pressão de saída do sangue pela aorta. • Pressão arterial diastólica – valor de pressão de saída do sangue pela aorta no momento da ejeção do sangue. • Pressão arterial média – energia potencial para levar o sangue através da circulação sistêmica. • A pressão deve ser medida ao nível do coração, visto que a gravidade aumenta a pressão arterial nos vasos que estão abaixo e diminui nos que estão acima. • Capilares são tão finos que as hemácias passam de um em um. • A velocidade de fluxo de sangue diminui quando entra nas arteríolas e capilares. V. BULHAS OU SONS CARDÍACOS • Sons gerados pela passagem do sangue pelas estruturas cardíacas. • 1ª bulha – fechamento dasvalvas atrioventriculares “TUM”. • 2ª bulha – fechamento da valva aórtica e depois da valva pulmonar “TA”. • 3ª bulha – som rápido do fluxo de sangue do átrio para o ventrículo (não audível). • 4ª bulha – não audível em adultos saudáveis (contração forte do átrio em casos de hipertrofia ventricular). 13/09 Fisiologia do sangue • É um tecido fluido altamente especializado formado por células. • Os vasos do sistema vascular sanguíneo são formados por camadas (túnicas). • O endotélio, faz parte da túnica intima, reveste internamente todos os vasos sanguíneos (epitélio pavimentoso simples). 13/09 I. FUNÇÕES DO SANGUE • Transporte de oxigênio, nutrientes, gás carbônico, metabolitos, hormônios. • Regulação do pH corporal, da temperatura, do conteúdo de água das células. • Proteção contra a perda de sangue (coagulação), defesa contra agentes agressores. II. COMPONENTES DO SANGUE • Porção líquida é composta pelo plasma sanguíneo (55%), matriz liquida. • Porção “sólida” é composta por elementos figurados (45%), células. • Plasma – parte líquida acelular do sangue, que pode ser obtido do sangue coletado cuja coagulação é impedida. o É um líquido complexo que proporciona o meio de troca entre os vasos sanguíneos e as células do corpo. o Composto por água, proteínas, sais, nutrientes e gases. o Quando se deixa coagular o sangue, os fatores da coagulação são efetivamente removidos, e o líquido é conhecido como soro. • Elementos figurados do sangue: o Glóbulos vermelhos ou eritrócitos ou hemácias. o Glóbulos brancos ou leucócitos. o Plaquetas ou trombócitos – fragmentos de megacariócitos vindo da medula óssea. III. HEMATOPOESE • Produção de células sanguíneas. • Principais órgãos que produzem células sanguíneas: o Medula óssea; timo; baço; fígado; estômago e intestinos; rins. • Steam cell (células tronco) – pode originar qualquer célula sanguínea e se diferenciam em linfoides ou mieloides. IV. PLAQUETAS • São produzidas na medula óssea, são fragmentos celulares de membranas da célula precursora (megacariócitos), que participam na hemostasia (coagulação do sangue). • Podem ser chamadas de trombóticos. V. HEMOSTASIA • É a coagulação sanguínea. • Hemostasia primaria – a primeira resposta das plaquetas à ruptura do endotélio e contato com os tecidos subendoteliais consiste em sua adesão ou fixação a essas superfícies. o Vasoconstrição + agregação de plaquetas (tampão primário). o Liberação de tromboplastina e cálcio. • Hemostasia secundária – tromboplastina + cálcio liberados se convertem em protrombina uma proteína inativa produzida no fígado (precisa de K para ser ativada). o Formação de malha fina de fibrina (proteína insolúvel que barra a saída do sangue), forma coágulo. • Fibrinólise – dissolução do tampão de fibrina pela plasmina (o fluxo volta ao normal). o Plasminogênio é ativado com o passar dos dias e é convertido em plasmina. 13/09 VI. GLÓBULOS VERMELHOS • Também chamados de hemácias. São células sanguíneas que carregam hemoglobina. • São responsáveis pelo transporte do oxigênio dos pulmões para os tecidos e pela retirada do gás carbônico para ser eliminado pelos pulmões. • Eritropoiese – é a produção de eritrócitos que ocorre na medula óssea de ossos longos. • Hemoglobina – é o principal componentes das hemácias. o É composta de quatro grupos heme combinados com uma molécula de globina. o Globina – é constituída de quatro cadeias polipeptídicas, contendo, cada uma, um dos grupos heme. o Cada grupo heme contém um átomo de ferro, que se combina frouxamente e de modo reversível com uma molécula de oxigênio. • O ferro presente na hemoglobina é essencial na síntese da hemoglobina e é absorvido nas células epiteliais do intestino. • Anemias: o Verdadeira – absoluta: diminuição real de hemácias. o Falsa – relativa: aumento do volume do plasma. VII. GLÓBULOS BRANCOS • Também chamados de leucócitos. Constituem as células de defesa do nosso organismo contra gentes infecciosos como vírus ou bactérias. • Também nos protege contra substâncias estranhas. Produzido na medula óssea. 13/09 • Se dividem em dois grupos: mononucleares ou polimorfonucleares. • Ainda são classificados em granulócitos (que contêm grânulos no citoplasma) ou agranulócitos (que contêm poucos grânulos ou nenhum no citoplasma). • Neutrófilos – granulócitos responsáveis pela neutralização contra infecção bacteriana com liberação de enzimas; fagocitose de bactérias. • Eosinófilos – granulócitos responsáveis pela neutralização contra infecção de parasitas com liberação de enzimas; modulação da inflamação. • Basófilos – granulócitos mediadores da inflamação com liberação de histamina e outros mediadores. • Linfócitos – agranulócitos o Linfócitos B – produção de anticorpos, mediadores do sistema imunológico. o Linfócitos T – destruição de células infectadas por vírus. • Monócitos – agranulócitos diferenciam- se em macrófagos para realizar fagocitose. 20/09 Fisiologia do sistema respiratório • A respiração é o processo pelo qual os animais obtêm e utilizam o oxigênio e eliminam o dióxido de carbono. • Hipóxia – circunstância onde os tecidos não sejam oxigenados adequadamente, isto é, baixa concentração de oxigênio. • Anóxia – é um estado de privação total do oxigênio dentro dos tecidos ou órgãos. • Principal função é a hematose (troca gasosa). • Funções secundárias: olfação, fonação, aquecimento e condução do ar. • Divisão funcional: porção condutora e porção de troca. • Narinas – aberturas no ápice do nariz, formadas por cartilagem. • Tegumento nasal – tecido que reveste p ápice do nariz, pele ao redor das narinas. São classificadas em planos-extensão. o Plano nasal – carnívoros, ovino e caprino. o Plano rostral – suíno. o Plano nasolabial – bovino. o Plano cutâneo – equino. • Vestíbulo nasal – região que marca a transição entre pele e mucosa nasal. • Glândulas nasais laterais – meato nasal médio → secreção vai para o vestíbulo nasal. o Funções: umectação da cavidade nasal e aquecimento do ar. • Ducto naso-lacrimal. • Seios paranasais – cavidades com ar no interior de ossos do crânio e da face, revestidos por membrana mucosa e comunicam-se com a cavidade nasal. o Funções: proteção térmica, proteção mecânica, leveza e fonação. I. ÓRGÃO VOMERONASAL • Também chamado de órgão de Jacobson, é um órgão olfatório acessório, localizado no assoalho da cavidade nasal. • Possui células sensoriais que detectam moléculas voláteis (feromônios). • Abrem-se no ducto incisivo (nasopalatino) permitindo a comunicação da cavidade oral com a cavidade nasal. 20/09 • Faringe – constitui uma passagem comum para o ar e o alimento. • A abertura da faringe que leva à continuação das vias respiratórias é a laringe, órgão da fonação nos mamíferos. • Divertículo da tuba auditiva – junto a faringe, são duas bolsas nas quais passam estruturas importantes de nervos e vasos. • Glote – é a abertura semelhante a uma fenda entre as cordas vocais e constitui o local de inserção de um tubo endotraqueal para a ventilação assistida e para a administração de anestésicos inalatórios. • Epiglote – placa de cartilagem em formato de folha coberta com membrana mucosa, que se localiza na raiz da língua e se curva passivamente sobre a laringe durante o ato da deglutição, impedindo, assim, a entrada do bolo alimentar na traqueia. II. TRAQUEIA • É a principal passagem para o ar até ospulmões. • Continuação cranial da laringe e divide-se caudalmente para formar os brônquios direito e esquerdo. • A sua parede contém anéis de cartilagem para impedir o colapso da via respiratória. • Dividida em uma porção cervical e outra torácica. III. PULMÕES • São as principais estruturas do sistema respiratório. • Estruturas pareadas, que ocupam todo o espaço do tórax não preenchido por outras estruturas. • Possuem um movimento quase sem atrito no tórax devido à existência da pleura, uma membrana serosa lisa que envolve os dois pulmões. • Pleura visceral – mais profunda, contato com toda a superfície do tecido pulmonar, revestindo os pulmões. Inervada pelo sistema nervoso parassimpático e sem receptores de dor. • Pleura parietal – mais superficial adjacente às paredes das cavidades pulmonares aderindo à parede torácica, mediastino e diafragma, com receptores de dor. • O espaço entre as respectivas camadas da pleura visceral à medida que ascendem pela parede dorsal é conhecido como mediastino. • Árvore brônquica – tubo flexível membranoso e cartilaginoso semelhante à traqueia. IV. ALVÉOLOS • Pequenas bolsas de tecido pulmonar com ar, agrupadas em torno dos bronquíolos respiratórios. • Constituem os principais locais de difusão de gás entre o ar e o sangue. • O sangue com baixa concentração de oxigênio das artérias pulmonares transforma-se em sangue arterial e retorna ao átrio esquerdo pelas veias pulmonares. • Membrana respiratória – cria barreira entre o ar alveolar e o sangue. o Formada por células alveolares pavimentosas, células endoteliais pavimentosas e sua membrana basal compartilhada. 20/09 V. LÍQUIDO SURFACTANTE • Secretado por pneumócitos (célula epitelial dos alvéolos pulmonares). • Reduz a tensão superficial e aumenta a complacência pulmonar tornando seu enchimento mais fácil, isto é, reduz tensão no pulmão para ele não fechar. VI. MÚSCULO LISO • Presente nas paredes das vias aéreas desde a traqueia até os ductos alveolares • Na traqueia → musculo traqueal. • Brônquios e bronquíolos: circunda as vias aeras. • Regula ativamente o diâmetro das vias aéreas em resposta a estímulos neurais. 27/09 Função respiratória • Metabolismo basal – é aquele encontrado no animal em repouso, é uma função do peso corpóreo metabólico. • Espécies menores consomem mais oxigênio por quilograma de peso corpóreo do que as maiores. o Como espécies menores possuem uma maior área de superfície em relação ao peso corporal, elas têm uma maior superfície para perda de calor e menor capacidade de armazenagem de calor, necessitando, então, de maior metabolismo basal para gerar mais calor. • O consumo máximo de oxigênio está diretamente relacionado à massa total da mitocôndria nos músculos esqueléticos. o As espécies atléticas, como cavalo e o cão, possuem maior densidade mitocondrial e, portanto, maior consumo máximo de oxigênio que as espécies menos atléticas de tamanho corporal semelhante como gado e cabras. • As necessidades de troca gasosa variam com o metabolismo e podem aumentar em até 30 vezes durante um exercício extenuante. • Ventilação – é o movimento de gás para dentro e para fora dos pulmões. As necessidades metabólicas de oxigênio requerem que um animal receba certo volume de ar dentro de seus pulmões, especialmente os alvéolos, a cada minuto. o Processo de entrada e saída de ar do sistema respiratório. o Movimentação da caixa torácica. 27/09 o Volume total de ar inspirado por minuto → ventilação minuto (VE). o Volume de cada respiração → volume corrente (VC). o Número de respirações por minuto → frequência respiratória (f). • Perfusão – é a chegada do sangue do coração nos alvéolos. o É o fluxo sanguíneo da circulação disponível para a troca gasosa. o Depende do débito cardíaco (volume bombeado pelo coração em 1 minuto), da frequência cardíaca (número de batimento por minuto) e do volume sanguíneo. • Ventilação / perfusão → troca de gases depende do contínuo movimento do ar alveolar (ventilação) e do sangue (perfusão). o Se perfunde e não ventila não há troca efetiva. o Para que ocorra uma troca gasosa ideal é necessário que o volume de ar que entra no alvéolo seja próximo ao volume de sangue que passa através do pulmão vindo do coração. • Difusão – processo pelo qual ocorre a hematose (troca gasosa). o Oxigênio dos alvéolos passam para o sangue e o gás carbônico do sangue para os alvéolos. o Sangue recebe o oxigênio que vai em direção às vênulas e veias pulmonares que vai para o coração e posteriormente para o organismo. Transporte de gases • Uma pequena quantidade de oxigênio é transportada em solução no plasma, mas a maior parte está combinada com a hemoglobina. • O oxigênio é pouco solúvel em agia, e portanto, no plasma. • Por causa da sua baixa solubilidade, a maioria dos animais necessita de um pigmento carregador de oxigênio para transportar oxigênio suficiente para os tecidos. • Oxiemoglobina (HbO2) – oxigênio ligado a hemoglobina. • Carboxiemoglobina (HbCO2) – gás carbônico ligado a hemoglobina. I. TRANSPORTE DE CO2 • Dissolvido no plasma – apenas 8% • Combinado com a hemoglobina – 11% • Como íon bicarbonato (HCO3) - +- 81% • Transporte como HCO3 – CO2 gerado nos tecidos vai para o plasma venoso eritrócito. o No eritrócito – CO2 + H2O → H2CO3. o O ácido carbônico se dissocia em HCO3 e H+. o O HCO3 sai do eritrócito → pulmões. o Nos pulmões ocorrem as reações inversas – CO2 é expirado. II. EQUILÍBRIO ÁCIDO – BÁSICO • Rins – excretam amônia (ácido) e reabsorve HCO3 (básico). • Soluções tampão do sangue (HCO3) que se encontra em equilíbrio com CO2 (ácido). • Excreção de CO2 – regulação da quantidade de dióxido de carbono que é expirado. • Acidose e alcalose respiratórias – distúrbios pela variação da quantidade de CO2 no sangue sistêmico. • Acidose e alcalose metabólicas – distúrbios pela variação da quantidade de HCO3 no sangue sistêmico. • Acidose respiratória – aumento de Co2. • Alcalose respiratória – perda de Co2 • Acidose metabólica – baixa concentração de HCO3. 27/09 • Alcalose metabólica – alta concentração de HCO3. Fisiologia do sistema digestório • Quebra do alimento em partes menores → utilizado para gerar energia (crescimento ou renovação celular). • Recebe alimentos e degrada-os quimicamente e mecanicamente para absorvê-los e eliminar os resíduos que não foram absorvidos. • Possui tecido nervoso e vasos sanguíneos e linfáticos. I. CANAL ALIMENTAR • Funções gerais: • Lábios e língua – preensão do alimento. • Dentes – mastigação. • Cavidade bucal e faringe – deglutição, atividade muscular. • Esôfago – impele o bolo ao estômago. • Estômago – digestão mecânica e química. • Tubo intestinal – digestão, absorção e eliminação. • Outras funções: • Síntese e secreção de enzimas. • Secreção de suco gástrico. • Metabolização de substâncias nocivas. • Elaboração de metabólitos essenciais. • Absorção seletiva dos nutrientes – células de revestimento de cada órgão. • Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino. II. APREENSÃO DOS ALIMENTOS • Equinos – possui lábios flexíveis e sensíveis, dentes incisivos fortes. • Ruminantes – lábios menos flexíveis, usam a língua. • Equinos e bovinos usam a pressão negativa para beberem água, igual humanos. • Carnívoros precisam levar água para boca, forma de concha com a língua. • Língua – nervo hipoglosso responsável pela apreensão; nervotrigêmeo responsável pela sensação de toque e dor; nervo facial e glossofaríngeo paladar e fibras parassimpáticas até a base dos botões gustativos. III. PAPILAS • Filiformes – exercem funções mecânicas. São queratinizadas em forma de espinhos, curvando-se para trás. • Cônicas – mesma função que as filiformes. Também são queratinizadas. • Fungiformes – em forma de cogumelos, exercem função mecânica e gustativa. • Folheadas – são estruturas em forma de folha. Possuem corpúsculos gustativos, em que glândulas serosas túbulos alveolares ramificados da lâmina própria- submucosa se abrem. • Valadas – são as maiores e menos encontradas. Possuem muitos corpúsculos gustativos em suas paredes laterais, em que glândulas serosas túbulo alveolares ramificadas se abrem. IV. SALIVA • Tem as funções de limpeza, lubrificação e digestão. • Função bioquímica – enzima amiolítica que quebra o amido em maltose. 27/09pp V. APARELHO MASTIGATÓRIO • Função de captura, mastigação e ataque. • Tipos: o Incisivos – preensão; o Caninos – dilaceradores; o Pré-molares – corte; o Molares – trituração. • Composição: o Polpa – suprimento sanguíneo e nervoso. o Dentina – proteção da polpa. o Cemento – fixação do dente. o Esmalte – proteção do dente. 04/10 • Faringe – comum ao sistema respiratório e digestório. VI. DEGLUTIÇÃO • É um reflexo altamente complexo, que transfere a ingesta ou líquidos para o esôfago, enquanto mantém esse material fora do trato respiratório. • O trajeto do fluxo de ar para dentro da traqueia e o trajeto do alimento que entra no esôfago se cruzam na faringe. • A primeira etapa do processo de deglutição é voluntária: o animal utiliza neurônios motores para impelir o bolo alimentar para parte posterior da língua. • Os receptores faríngeos detectam a presença do bolo alimentar, e fibras aferentes dos nervos cranianos transportam essa informação até o bulbo. • A partir desse momento, o reflexo da deglutição torna-se involuntário, o bulbo coordena a parte restante do reflexo da deglutição. • A parte dorsal da língua e o assoalho da boca elevam-se para conduzir o bolo alimentar até a parte caudal da faringe. • O palato mole é elevado dorsalmente para fechar a nasofaringe, impedindo a saída do alimento pelo nariz. • O aparato hioide eleva-se, e a epiglote move-se para baixo para cobrir a abertura da glote. • Os músculos laríngeos contraem-se em torno da glote e impedem a entrada do alimento na traqueia. • Relaxamento do esfíncter (anel muscular) esofágico superior, possibilitando a entrada do bolo alimentar no esôfago. ❖ Bolo alimentar – alimento umedecido pela saliva. ❖ Aparelho hioideo – sistema de osso e musculo que sustentam o pescoço do animal. 04/10 VII. ESÔFAGO • Tubo muscular que se estende da faringe até o estômago. • Os movimentos peristálticos do esôfago permitem que o alimento seja engolido. • Células caliciformes – são células que produzem muco, para facilitar o transporte do bolo pelo esôfago. VIII. ESTÔMAGO • O estômago se interpõe entre o esôfago e o intestino delgado. • É a porção dilatada do sistema digestório. • Órgão oco, muscular responsável por parte da digestão química dos alimentos. • Nos ruminantes a parte digestiva é chamada de abomaso. • Podem ser divididos em estômago unicavitário, com apenas um compartimento, e pluricavitário, com diversos compartimentos. • Unicavitário: o Cárdia – entrada do estômago. o Piloro – saída. Divida em antro pilórico e canal pilórico em direção ao duodeno. o Corpo – parte média maior do estômago. o Fundo gástrico – invaginação cega que emerge acima do corpo e da cárdia. 04/10 ❖ Peritônio – cama de tecido seroso que reveste o interior do abdômen, abrangendo e protegendo todos os órgãos nele contidos. ❖ Mesentério – parte do peritônio que liga o intestino. ❖ Omento – une a curvatura menor do estômago ao fígado e a curvatura maior ao intestino. Digestão gástrica • Digestão é a quebra de macromoléculas em micromoléculas para que haja a absorção. • Diferentes regiões da mucosa e que secretam produtos variados. • Renovação celular - migração das células de camadas mais profundas para o lúmen do estômago. • A mucosa é dividida em fúndica e antral. • Muco - é uma proteção contra HCL e enzimas. Mais viscoso que a água. • Células: o Mucosas superficiais e do colo – muco. o Parietais ou oxínticas - HCL e fator de Castle. o Zimogênicas ou principais - pepsinogênio. o Pilóricas - mucosidade e gastrina. I. ENZIMAS GÁSTRICAS • Pepsina – quando inativa é chamada de pepsinogênio, que são estocados nas células principais até serem secretados no lúmen das glândulas gástricas. o Possui uma ótima atividade em pH 2. o É inativada no duodeno (pH neutro). o Maior secreção com proteína animal - colágeno. • Lipase gástrica - mais ativa em ácidos graxos de cadeia longa. o Possui baixa eficiência na digestão de lipídeo. • Ácido clorídrico (HCL) - acetil-colina (Ach) é liberada pelo nervo vago. o Ativa a gastrina. o Histamina se fixa aos receptores de H2. o Estimula a produção de ácidos. • Gastrina – hormônio que aumenta a secreção de ácidos, a distensão do estomago estimula sua secreção (refeições). • Somatostatina – inibe a liberação dos hormônios e inibe a secreção de ácido pelo estômago. • Fator intrínseco (castle) – faz a absorção da vitamina B12. o Sua falta causa anemia perniciosa. 04/10 II. INTESTINOS • Delgado é divido em: duodeno, jejuno, íleo. Possui uma grande área de superfície de absorção devido as pregas circulares (dobras da mucosa), vilosidade e microvilosidades. • Função – digestão e absorção. • Duodeno – papilas duodenais → bile e suco pancreático. • Jejuno – maior parte da absorção. • Íleo – prega ileocecal, absorção. • Células: o Enterócitos – absorção e passagem de água e pequenas moléculas. o Caliciformes – produzem muco. o Paneth – produzem enzimas antibacterianas. o M – participam da defesa do intestino. • Grosso é dividido em ceco, colón, reto. • Peristaltismo – move o material fecal. • Fezes que ficam no intestino grosso perdem o excesso de água → constipação. • Movimentos rápidos → sem tempo suficiente para reabsorção de água, causa diarreia. 11/10 Glândulas anexas ao trato gastrointestinal I. FÍGADO • Maior glândula desse sistema, recoberto por cápsula de tecido conjuntivo. • É divido em lobos. • Equinos não apresentam vesícula biliar. • A bile é responsável por emulsificar os componentes gordurosos antes da absorção. • A disposição anatômica venoso do trato gastrointestinal garante que todos os produtos da digestão lançados na corrente sanguínea após a absorção passem pelo fígado antes de entrar na circulação. • Funções endócrinas e exócrinas: o Digestão de gorduras. o Armazenamento e liberação de glicose. o Produção de proteínas. o Eliminação de toxinas. o Produção de colesterol. o Armazenamento de vitaminas e minerais. o Regulação da coagulação sanguínea. o Transformar ureia em amônia. o Metabolismo de medicamentos. • Organização histológica: o Formado por hepatócitos com formato poliédrico. o Se agrupam em placas que se anastomosam entre si – lóbulos hepáticos. o Regiões separadas por tecido conjuntivo e vasos, nos cantos do poliedro há espaços-porta. 11/10 • Espaço porta-hepático – local onde passam os principaisvasos do fígado. o Veia porta – rica em nutrientes e baixa concentração de oxigênio. o Artéria hepática – alta concentração de oxigênio. • Dupla circulação – oxigênio e nutrientes. • Ducto colédoco – transporte da bile para o duodeno. II. PÂNCREAS • É uma glândula mista, pois tem funcionamento endócrino e exócrino. • Seu produto exócrino é o suco pancreático (produzido no ácino), que é transportado até o duodeno. Ele contém três enzimas: uma para a redução de proteínas, uma para carboidratos e uma para gorduras. • A parte endócrina produz insulina, glucagon e somatostatina (produzidas nas ilhotas pancreáticas). • As células que compõem o pâncreas não são independentes umas das outras igual as do fígado. • Se localiza na alça formada pelo duodeno, sobre o estomago. • Tem função de regulação do metabolismo: glicose, carboidratos, lipídios e proteínas. • Os ductos biliares e hepáticos se fundem a caminho do duodeno. III. SECREÇÕES INTESTINAIS – DUODENO • Secretina – é um hormônio que aumenta a secreção de bicabornato pancreático e hepático. Diminui a secreção de ácido pelo estômago. o Sua liberação é estimulada pela presença de H+ e ácidos graxos no duodeno. • Colecistoquinia (CCK) – é um hormônio cuja principal ação é estimular o esvaziamento da vesícula biliar e secretar enzimas pancreáticas. o Inibe o esvaziamento gástrico, secretado pelo duodeno e jejuno. • Suco pancreático – antimicrobiano, possui bicabornato que neutraliza a acidez, proteases, lipase e amilase pancreática. o Aumenta o pH do quimo para o intestino delgado ficar alcalino. • Bile – liberado no duodeno para degradação de lipídeos e seus produtos. 11/10 Estômago pluricavitário • Parte aglandular – rúmen, retículo e omaso, responsáveis pela destruição de celulose e formação de ácidos graxos. • Parte glandular – abomaso, realiza as mesmas funções que o estômago propriamente dito. • Ruminação – os bovinos capturam o alimento com a língua que passam pelo esôfago e chegam no rúmen. o No rúmen acontece a fermentação por microrganismos que transformam a celulose em glicose. o Após a fermentação o alimento passa pelo retículo onde o alimento se transforma em bolo alimentar e segue caminho para a boca para ser remastigado. o Após o bolo alimentar ser remastigado volta pelo esôfago e vai para o omaso, onde a água irá ser absorvida e segue para o abomaso, onde ocorre a digestão química e segue para o intestino até ser eliminado. Equino • Herbívoros monogástricos. • A fermentação ocorre no intestino grosso. • O estômago mistura o alimento. o Parte aglandular – fermenta açucares simples. o Porção glandular – fator intrínseco, HCL, pepsinogênio, lipase e muco. o Marcus Plicatus – transição entre porção glandular e a aglandular. • Eles digerem bem gordura. • Por não terem vesícula biliar o fígado produz ativamente. • Sua dieta deve ser alterada de maneira gradual e o açúcar deve ser muito bem controlado. • O intestino grosso realiza a fermentação final. 25/10 Fisiologia do sistema urinário I. FUNÇÕES GERAIS • Eliminação de urina – controle hídrico. • Excreção de substâncias do corpo – equilíbrio de água e eletrólitos no organismo. • Contribui para a manutenção da homeostase. • Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico – água e eletrólitos. • Regulação da osmolaridade e das concentrações e eletrólitos dos líquidos corporais. • Regulação da pressão arterial – excreção de sódio, água e renina. • Regulação do equilíbrio acidobásico – excreção de ácidos e regulação das reservas de tampões dos líquidos corporais. • Gliconeogênese – síntese de glicose a partir de aminoácidos e outros precursores durante o jejum prolongado. • Secreção, metabolismo e excreção de hormônios – secreção de eritropoetina (estima a produção de eritrócitos), produção da forma ativa da vitamina D. • Excreção de produtos de degradação do metabolismo e de substâncias químicas estranhas – ureia, creatinina, ácido úrico, produtos finais da degradação da hemoglobina (bilirrubina), etc. II. COMPONENTES • Consistem em um par de órgãos suspensos da parede dorsal do abdome por uma prega peritoneal e vasos sanguíneos que os irrigam. • Por serem separados da cavidade abdominal pelo seu revestimento de peritônio, são denominados retroperitoneais. • Rins – filtram o sangue e formam a urina. • Ureteres – levam a urina até a bexiga. • Bexiga ou vesícula urinária – reservatório. • Uretra – eliminação da urina. i. RINS • Unilobulares – superfície lisa e uma única papila renal. Em cães, gatos, equinos e pequenos ruminantes. • Multilobulares – com uma superfície lisa e múltiplas papilas. Em suínos e grandes ruminantes. • Envolvido por cápsula renal. • Em seu polo cranial é coberto pela glândula suprarrenal. • A margem medial do rim possui uma depressão (seio renal) que forma o hilo renal, por onde a origem dilatada do ureter deixa o rim e vasos e nervos renais o penetram (pedículo renal). • Sistema renina-angiotensina-aldosterona: controla a hemodinâmica glomerular local, reabsorção de sódio e pressão arterial sistêmica. • Eritropoietina – estimula a medula óssea na produção de eritrócitos. 25/10 • Calcitrol – estimula a absorção intestinal de cálcio e a remodelação óssea, diminui a síntese do hormônio da paratireoide. ii. VASCULARIZAÇÃO • Cada rim é irrigado por uma artéria renal, um ramo da aorta abdominal. • A a. renal se divide em várias artérias interlobares no hilo do rim. Essas artérias seguem as divisões entre os diferentes lobos renais até a união corticomedular, onde elas se ramificam em artérias arqueadas. • As artérias arqueadas se curvam sobre as bases das pirâmides medulares e originam as artérias interlobulares, as quais se irradiam do córtex para irrigar os lóbulos. • O sangue é transportado até cada rim por uma artéria renal, e o sangue venoso sai de cada rim por uma veia renal. III. NÉFRONS • É a unidade funcional do rim. • O rim dos mamíferos possui dois tipos principais de néfrons, identificados pela localização de seus glomérulos (néfrons cortimedulares) e profundidade de penetração das alças de Henle dentro da medula (néfrons justamedulares). • Suas funções básicas são: filtração glomerular, reabsorção de substâncias do fluido tubular para a corrente sanguínea. • Secreção de substâncias da corrente sanguínea para o fluido tubular. i. Componentes do néfron • O glomérulo é o tufo de capilares através dos quais ocorre filtração. • Os capilares glomerulares são cobertos por células epiteliais, e o glomérulo total é envolvido pela cápsula de Bowman, que coleta o filtrado glomerular para o seu transporte através dos túbulos e ductos do néfron. • A arteríola aferente transporta sangue para o glomérulo, enquanto a arteríola eferente leva o sangue do glomérulo. • Os vasos retos são ramos capilares dos capilares peritubulares associados aos néfrons de alça longa. • Após a perfusão dos rins, o sangue retorna à veia cava caudal pelas veias renais. • Sistema de túbulos coletores absorve parte do líquido filtrado nos glomérulos e secretam substâncias, conforme necessidades do organismo. 25/10 ii. Filtração, reabsorção e secreção • Filtração glomerular – líquido filtrado sem proteínas nem elementos celulares. • Reabsorção tubular – substâncias reabsorvidas: água, glicose e sódio. Funções renais I. REABSORÇÃO E ADH • O hormônio antidiurético (ADH), também conhecidocomo vasopressina, aumenta a permeabilidade das células epiteliais dos túbulos e ductos coletores à água. • Se houver necessidade de conservação da água, conforme determinado pela hiperosmolalidade do líquido extracelular, ocorre a secreção de maior quantidade de ADH. I. SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA ALDOSTERONA • As células granulares justaglomerulares da arteríola de cada glomérulo secretam a enzima renina. • A renina converte o angiotensinogênio (produzido no fígado) plasmático em angiotensina I. • Secreção – uma parte dos produtos eliminados pela urina é constituída de substâncias que são secretadas pelas paredes dos túbulos e lançadas no líquido tubular. o Os processos de secreção mais importantes estão relacionados à secreção tubular de íon hidrogênio, potássio e amônia. • A angiotensina I é convertida em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina. O pulmão é o principal órgão que contribui para a conversão, em virtude de sua vascularidade. • Nos rins, a angiotensina II promove a reabsorção de Na+ e a retenção subsequente de água. • A aldosterona estima a reabsorção de Na+ nos ductos coletores corticais e medulares. • Em nível sistêmico, a angiotensina II provoca vasoconstrição arteriolar, o que aumenta a resistência vascular e eleva a pressão arterial sistêmica. • Sua principal função é de regular a pressão arterial a longo prazo. 08/11 Fisiologia do sistema endócrino • Os tecidos endócrinos secretam hormônios, que são transportados na corrente sanguínea para outras células do corpo, onde ajudam a regular o metabolismo e outras funções da célula. • Processos como a digestão, a reprodução, o equilíbrio hidroeletrolítico, o crescimento e o desenvolvimento são regulados e coordenados por hormônios. • As glândulas endócrinas são glândulas desprovidas de ductos – os hormônios são liberados no líquido extracelular e sofrem difusão para corrente sanguínea. • O sistema endócrino atua em conjunto com o sistema nervoso, particularmente o sistema nervoso autônomo, para regular as atividades do organismo. • A ação hormonal sobre as células é mais lenta do que a ação nervosa, porém tende a ser mais persistente, proporcionando estimulação prolongada dos tecidos-alvo. • Ação parácrina – ocorre quando os hormônios são liberados das células endócrinas e sofrem difusão no líquido extracelular para atuar sobre células vizinhas. • Ação autócrina – ocorre quando um hormônio é produzido por determinada célula e atua sobre a própria célula. • Os “hormônios” do sistema imune são denominados citocinas e desempenham um papel importante na regulação das respostas imunes, exercendo efeitos tanto parácrinos locais quando endócrinos sistêmicos. I. PRINCIPAIS GLÂNDULAS • Hipófise – desempenha uma função reguladora importante em todo o sistema endócrino e, por isso, às vezes é chamada de “glândula mestre” do corpo. • Tireoide – os hormônios produzidos pela glândula tireoide controlam a taxa metabólica, o crescimento, a temperatura do corpo, o metabolismo de carboidratos e os níveis de cálcio no corpo. • Paratireoide – as glândulas paratireoides produzem o paratormônio, o qual regula as concentrações séricas de cálcio e fósforo ao regular o metabolismo no interior dos ossos, a absorção do trato gastrointestinal e a excreção da urina. • Suprarrenal – o córtex suprarrenal produz hormônios denominados corticoides, que regulam o equilíbrio mineral e o metabolismo de carboidratos. Os hormônios androgênicos contribuem para a formação dos órgãos genitais masculinos. A medula suprarrenal produz os neurotransmissores adrenalina e noradrenalina. • Pâncreas (Ilhotas pancreáticas) – as células alfas produzem glucagon e as células beta produzem insulina, sendo que ambas afetam o metabolismo dos carboidratos. • Gônadas (ovários e testículos) – produção de progesterona no copo lúteo; produção de andrógenos nos testículos, que são responsáveis pelo amadurecimento dos espermatozoides e desenvolvimento dos órgãos genitais. 08/11 II. CLASSIFICAÇÃO DOS HORMÔNIOS • Neurotransmissores – medeiam a comunicação entre neurônios, ou entre neurônios e células-alvo; as substâncias estão limitadas à distância percorrida e à área da célula influenciada. Transmitido por potencial de ação. • Neuroendócrinos – produzidos por neurônios com funções endócrinas. • Endócrinos – produzidos por glândulas endócrinos e agem nos tecidos alvo. • Citocinas – “hormônios” do sistema imune. i. Classificação química • Peptídicos – composto por aminoácidos, são sintetizados na forma de pré-pró- hormônios e sofrem processamento pós- tradução, sendo armazenados em grânulos secretores antes de sua liberação. São sintetizados no hipotálamo, na hipófise, nas ilhotas pancreáticas, na placenta, na paratireoide e no trato gastrointestinal. • Esteroides – derivam do colesterol e são sintetizados no córtex das suprarrenais, nas gônadas e na placenta. • Aminas – derivados de aminoácidos, são produzidas pela medula adrenal, algumas células nervosas e pela tireoide. III. HORMÔNIOS • Substâncias produzidas pelos órgãos endócrinos e a secreção vai para o sangue. • São reconhecidos como hormônios: o As substâncias produzidas pelos neurônios (vasopressina, ocitocina – hipotálamo). o As substâncias presentes em zonas do cérebro com funções de neurotransmissores – hormônios liberados do hipotálamo (GnRH, TRH, CRH, somatostatina) e alguns hormônios da pituitária (ACTH, beta-endorfinas). o Os sintetizados por células de tecidos e não órgãos endócrinos definidos – CCK→ Colecistoquinia (trato gastrointestinal). o Hormônios produzidos no sangue (ação enzimática) – angiotensina e vitamina D. IV. MECANISMO DE FEEDBACK • Os efeitos dos hormônios são proporcionais às suas concentrações no sangue e, portanto, o controle destas concentrações é um importante aspecto na garantia das funções fisiológicas normais. • O fator primário que influi nas concentrações hormonais no sangue é a taxa de secreção por um órgão em particular. • Os sistemas de controle em alça por feedback se baseiam na monitoração do ponto de controle, em função das concentrações de hormônios para aumentar ou diminuir a secreção de um hormônio por um órgão endócrino. • Feedback negativo – monitoração contínua permite ao sistema contrapor-se a alterações na secreção do hormônio ou manter um ambiente relativamente constante. o Um aumento na secreção do hormônio resulta em diminuição na secreção do hormônio trófico. o Baixa concentração de Ca2 + plasmático → produção de PTH (paratireoide). 08/11 • Sistemas de feedback positivo também existem, embora eles sejam menos comuns do que os sistemas de feedback negativos. o Aumento da glicose sanguínea, estimula a produção de insulina no pâncreas. V. CONTROLE HORMINAL PELO SISTEMA NERVOSO • Padrões endócrinos de secreção podem ocorrer fora do controle de inibição de feedback negativo. • Os padrões hormonais podem variar numa base de aproximadamente 24 horas, um processo referido como um ritmo diurno, ou ritmo circadiano. • Circadiano – é o termo preferido, pois a maioria dos ritmos diurnos tem alguns aspectos de luz, ou a falta de luz, como a principal influência no ritmo. • As variações rítmicas nos padrões hormonais que ocorrem em intervalos mais curtos, frequentemente na amplitude de uma hora, são chamados de ritmos ultradianos. 08/11 VI. PÂNCREAS ENDÓCRINO • Existem células pancreáticas endócrinas que formam pequenos grupos,denominados ilhotas de Langerhans. • São altamente vascularizadas e ricamente inervadas. • A grande maioria das células, em de 70%, consistem em células beta que secretam insulina; 20% são constituídos por células alfa que secretam glucagon. • As células delta compreendem células secretoras de somatostatina e do polipeptídio pancreático, e cada uma representa cerca de 5% das ilhotas. i. Insulina • É um hormônio polipeptídico secretado e armazenado pelas células beta em resposta à hiperglicemia. • A síntese é estimulada por: glicose, aminoácidos e lipídios, glucagon, GH, cortisol, gastrina, gravidez e obesidade. • A epinefrina, que é secretada pela medula adrenal, interrompe a liberação de insulina; isso promove maior concentração de glicose no sangue como parte da resposta de luta ou fuga. • A somatostatina também pode inibir a secreção de insulina. • A insulina promove a captação de glicose do sangue pelos tecidos dependentes de insulina, principalmente o músculo e o tecido adiposo. • O papel da insulina consiste em promover o armazenamento de energia potencial que será usado pelo corpo quando o alimento estiver abundante. Também ajuda a promover o crescimento de muitos tecidos. • Ela promove o acúmulo de triglicerídeos no tecido adiposo, de glicogênio no músculo e no fígado e de reservas de proteínas no musculo. • Promove a captação de aminoácidos necessários para o crescimento. • A resistência insulínica está relacionada a alterações nos receptores. • Diabetes melito – ocorre sempre que houver incapacidade das células beta de produzir insulina ou incapacidade dos tecidos de responder à insulina. • A insulina estimula a síntese de glicogênio. ii. Glucagon • Secretado pelas células alfa do pâncreas. • As células alfas respondem a um declínio do nível de glicemia pela secreção de glucagon. • O principal efeito consiste em normalizar os baixos níveis de glicemia. Seus efeitos são opostos à ação da insulina. • No fígado, o glucagon estimula a glicogenólise, causando a liberação de glicose no sangue. • Estimula a liberação de aminoácidos das células musculares, bem como a glicogenólise no músculo. • Em concentrações muito altas, o glucagon pode estimular alguma atividade lipolítica no tecido adiposo. iii. Somatostatina • É um hormônio peptídico produzido pelas células delta do pâncreas. • É mais bem conhecida pela sua ação de inibição da secreção de GH pela adeno- hipófise. • Inibe a secreção tanto de insulina quanto de glucagon. • No intestino, a somatostatina diminui a secreção de colecistocinina, o que tem efeito de reduzir a secreção pancreática exócrina de enzimas digestivas. 08/11 iv. Peptídeo pancreático • Inibe a secreção de somatostatina. • Inibe a contração da vesícula biliar. • Inibe a ação de enzimas digestivas. • Sua secreção é estimulada pelo jejum, exercícios e hipoglicemia. Fisiologia do Sistema Neuroendócrino • Exerce controle sobre o ritmo de secreção hormonal. • A secreção dos hormônios ao longo das 24 horas não é constante. • A liberação ocorre de forma flutuante e regular. • Sua principal ação é o controle da secreção dos hormônios hipofisários pelo hipotálamo. I. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO • O hipotálamo é uma área do sistema nervoso central que contêm neurônios com alguns dos atributos das células endócrinas. • Trata-se do local onde o sistema nervoso entra em contato com o sistema endócrino. • Existem numerosos núcleos (grupos de neurônios com a mesma função) no hipotálamo, que produzem compostos (neuroendócrinos) que afetam a liberação dos hormônios pela hipófise. • A hipófise é algumas vezes denominada “glândula mestra”, visto que ela produz vários hormônios essenciais e modula as secreções produzidas por várias outras glândulas endócrinas. o É uma glândula singular, também conhecida como pituitária. o Localiza-se em uma depressão do osso esfenoide, denominada sela turca, de modo que ela se encontra diretamente abaixo do hipotálamo. o É dividida em duas partes funcionalmente diferentes: a adeno-hipófise e a neuro-hipófise. • Adeno-hipófise - é um conjunto de células endócrinas que secretam uma variedade de hormônios no sangue. o É subdividida na parte distal (lobo anterior da hipófise) e na parte intermédia (lobo intermediário ou médio da hipófise). o Os principais hormônios secretados pela parte distal incluem o hormônio tiroestimulante, a prolactina, o hormônio do crescimento, o hormônio luteinizante, o hormônio foliculoestimulante e o hormônio adrenocorticotrófico. o As células endócrinas da intermédia produzem o hormônio estimulante dos melanócitos, beta- endorfinas, encefalinas e o peptídeo do lobo intermediário semelhante à corticotropina, o qual é particularmente proeminente e importante nos equinos. 08/11 • Neuro-hipófise – é essencialmente a área onde os axônios das células nervosas localizadas nos núcleos supraóticos e paraventriculares do hipotálamo terminam e secretam seus neurotransmissores no sangue. o Os dois principais neurotransmissores liberados por essas terminações axônicas são a ocitocina (contrações uterinas e expulsão do leite) e o hormônio antidiurético (retenção de água). o Por serem liberadas no sangue, são frequentemente denominados hormônios, porém, para ser mais preciso, são simplesmente neurotransmissores especiais, que são liberados diretamente nas veias hipofisária que desaguam na circulação geral. o Não produzem hormônios. / i. Sistema porta hipotálamo- hipofisário • O hipotálamo e a adeno-hipófise são conectados por um sistema porta. • Um sistema porta refere-se a um sistema de veias que drenam um leito capilar e transportam o sangue para um segundo leito capilar. • O primeiro leito capilar está localizado na porção ventral do hipotálamo. Enquanto o segundo está localizado na adeno- hipófise. • A vantagem do sistema porta hipotálamo- hipofisário é que ele possibilita a estimulação de todas as células da adeno- hipófise sem a necessidade de enviar um axônio para cada célula endócrina individual da hipófise. 08/11 • Evita o problema de diluição dos hormônios de liberação do hipotálamo que ocorreria se fossem secretados na circulação geral, em lugar de sua secreção no sistema porta. • A neuro-hipófise não recebe nenhum sangue desse sistema porta. • Em resumo, o hipotálamo processa a informação aferente proveniente da maioria das áreas do organismo e do cérebro e, em seguida, secreta neuro- hormônios de liberação ou inibidores da adeno-hipófise. Os hormônios adeno- hipofisários são secretados nas veias hipofisárias, que os transportam até circulação sistêmica geral. Em seguida, eles afetam a secreção dos hormônios das glândulas endócrinas secundárias 09/11 Fisiologia da Tireoide • Os dois lobos da glândula tireoide situam- se em cada lado da traqueia, imediatamente abaixo da laringe. • Em algumas espécies, os dois lobos são unidos por uma ponte de tecido tireoidiano (istmo). • O tecido da tireoide consiste em numerosas estruturas semelhantes a sacos, denominados folículos da tireoide, que variam de tamanho. • Cada folículo é revestido por uma camada de epitélio, e essas células sintetizam os hormônios tireoidianos. • O lúmen de cada folículo é preenchido por um líquido viscoso rico em proteína, denominado coloide. • No tecido conjuntivo, entre os folículos da tireoide, encontra se outro conjunto de células endócrinas, denominadas células parafoliculares. Essas células produzem um hormônio denominado tireocalcitonina. • Nos lobos da glândula tireoideou imediatamente fora dos lobos em muitas espécies, são encontradas 2 a 4 glândulas paratireoides que produzem PTH. • As células foliculares da tireoide produzem dois hormônios, que derivam da tirosina iodada, tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3). • A glândula tireoide regula: a utilização de oxigênio e o metabolismo basal; o metabolismo celular; o crescimento e desenvolvimento; ajudam na manutenção da temperatura corporal. I. CONTROLE DA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS • Os neurôniosdentro do hipotálamo produzem um neuro-hormônio tripeptídico, denominado hormônio de liberação da tireotropina (TRH), que entra no sistema porta hipotálamo-hipofisário para estimular as células tireotrópicas da adeno-hipófise a liberar TSH. • O TSH entra no sangue e estimula a secreção dos hormônios tireoidianos pelas células foliculares da glândula tireoide. • O córtex cerebral responde a diversos sinais ambientais externos, como ambientes mais frio, aumentando a secreção de TRH. Além disso, a secreção de TRH também é controlada por sinais ambientais internos. • Entretanto, o regulador mais importante da secreção de TRH é o próprio hormônio tireoidiano. • Quando os níveis de hormônios tireoidianos diminuem, o cérebro detecta essa situação e sinaliza o hipotálamo para secretar TRH. 09/11 • Quando os níveis de T4 e T3 no sangue estão altos o suficiente para o desempenho das funções dos hormônios tireoidianos no cérebro, o hipotálamo interrompe a secreção de TRH. • Os hormônios tireoidianos (T3 e T4) também exercem um efeito de feedback negativo diretamente sobre a adeno- hipófise e causam a redução da secreção de TSH. II. HIPOTIREOIDISMO • Provoca redução geral do metabolismo. • Pode ocorrer em virtude de problemas relacionados com produção de hormônio tireoidiano (deficiência de iodo, tumor ou atrofia das células foliculares da tereoide), incapacidade do hipotálamo de secretar TRH ou incapacidade de secreção de TSH pela adeno-hipófise. III. GLÂNDULAS PARATIREOIDES • A maioria das espécies tem dois pares de glândulas paratireoides. • Um par estálocalizado na porção cranial de cada lobo da tireoide, enquanto o outro par frequentemente é encontrado próximo da parte cranial do timo ou dentro dela. • Apresentam um receptor sensor de cálcio em sua superfície, que na realidade é um receptor acoplado à proteína G. o Ele inicia a fusão da vesícula de armazenamento de PTH com a membrana celular, e o PTH é liberado na corrente sanguínea. i. Ações principais que o paratormônio desempenha • Estimula o rim a reabsorver o cálcio do filtrado glomerular. • O PTH liga-se a seus receptores nos osteócitos e estimula essas células a bombear cálcio dos líquidos dentro dos canalículos ósseos para o líquido extracelular. • Libera cálcio dos ossos e devolve para a corrente sanguínea. • Aumenta a atividade dos osteoclastos. ii. Calcitonina da tireoide • As células parafoliculares ou células C da tireoide secretam um hormônio denominado calcitonina. • É secretado em resposta a níveis sanguíneos elevados de cálcio. 09/11 • A calcitonina liga-se a receptores nos túbulos renais e inibe a reabsorção tubular renal de cálcio. Isso possibilita a excreção de maiores quantidades de cálcio na urina, com consequente redução dos níveis sanguíneos de cálcio. • Também se liga a receptores presentes nas células osteoclásticas e inibe a atividade de reabsorção óssea pelos osteoclastos, reduzindo a liberação de cálcio e de fosforo do osso. IV. EIXO HIPÓFISE-ADRENAL • As duas glândulas adrenais estão localizadas abaixo do peritônio, cranialmente a cada rim. • Cada glândula apresenta duas camadas distintas: o córtex adrenal e a medula adrenal. i. Córtex adrenal • Pode ser divido em três zonas, e cada uma delas está envolvida na secreção de um hormônio diferente. • Zona mais externa é denominada zona glomerulosa – produz hormônios denominados mineralocorticoides, que ajudam a regular o equilíbrio eletrolítico no animal. o O principal hormônio produzido é a aldosterona, faz com que os rins retenham sódio e aumente a pressão arterial, também faz com que os rins excretem potássio. • Zona intermediária é conhecida como zona fasciculada – produz glicocorticoides, que são importantes no metabolismo da glicose e na resposta ao estresse. o O principal hormônio produzido é o cortisol, ajuda o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue. o Glicocorticoides – diminui o sono e aumenta a vigília. • Zona mais interna é denominada zona reticular e produz alguns glicocorticoides, porém é singular visto que ela também secreta androgênios. o Os principais androgênios produzidos são a desidroepiandrosterona (DHEA) e androstenediona. Esses androgênios não são ativos, na estimulação dos atributos sexuais, entretanto, podem circular para vários tecidos, como o adiposo, e sofrer conversão em testosterona. o Além disso, podem ser convertidos em estrogênios, os esteroides sexuais femininos. • Todos os hormônios produzidos pelo córtex adrenal são sintetizados a partir do colesterol. ii. Medula adrenal • É essencialmente um gânglio pós- sináptico do sistema nervoso simpático, que secreta neurotransmissor no sangue. • A principal catecolamina sintetizada por esses neurônios pós-sinápticos é a epinefrina. • Ocorre também produção de uma quantidade igual ou menor de norepinefrina. 09/11 V. GÔNADAS • São glândulas endócrinas sua função é de garantir o desenvolvimento e a maturação das células germinativas masculinas e femininas. • Testículos – espermatozoide e testosterona. • Ovários – ovócitos, estrógeno e progesterona. i. Testículos • São formados na cavidade abdominal durante o desenvolvimento fetal e descem para o escroto até o 8º mês de vida intrauterina. • As células de Leydig e Sertoli são responsáveis por produzir hormônios nos testículos. • A produção de testosterona pelas células de Leydig é controlada pela gonadotrofina conhecida como hormônio de estimulação das células intersticiais ou ICSH. • Níveis baixos de testosterona podem aumentar a secreção de LH pela hipófise anterior. O aumento da secreção levas as células de Leydig a secretar testosterona. • Hormônio foliculoestimulante – é secretado pela hipófise anterior e estimula a produção de uma proteína de ligação dos androgênios pelas células de Sertoli. o Essa proteína é secretada dentro do lúmen dos túbulos seminíferos e liga-se à testosterona e a outros androgênios para estabilizar suas concentrações e assegurar quantidades suficientes para a espermatogênese. • As células de Sertoli secretam nutrientes para a diferenciação das espermátides em espermatozoides maduros. • Além da sua atividade espermatogênica a testosterona desempenha outras funções como: o Ativação da libido, atividade secretória das glândulas sexuais acessórias e as características corporais gerais associadas aos machos. ii. Ovários • As funções reprodutivas da fêmea incluem a produção de ovócitos, o fornecimento de um ambiente apropriado ao crescimento e a nutrição do feto que se desenvolve depois da fecundação de um ovócito maduro por um espermatozoide, a realização do parto e nascimento no tempo certo e a manutenção da função nutricional durante a lactação. • Estrogênios – os principais nos mamíferos são estradiol e a estrona. A principal função dos estrogênios é estimular a proliferação celular e o crescimento dos tecidos relacionados com a reprodução. • Progesterona – é um hormôniosexual esteroide produzido pelo corpo lúteo (CL) do ovário, pela placenta e pelo córtex adrenal. Suas principais funções são: o Promover a proliferação das glândulas endometriais; o Estimular a atividade secretória do oviduto e das glândulas endometriais para fornecer nutrientes ao embrião em desenvolvimento, antes da implantação; o Estimular a proliferação lobuloalveolar da glândula mamária; o Impedir a contração do útero durante a gestação; o Regular a secreção das gonadotrofinas. 09/11 • Gonadotrofinas – o hormônio foliculoestimulante e o hormônio luteinizante são conhecidos coletivamente como gonadotrofinas por causa de suas funções de estimular células dentro dos ovários e dos testículos. o FSH e o LH são secretados pelas células presentes dentro da hipófise anterior. o FSH – estimular o crescimento dos folículos. o LH – é importante para o processo ovulatório e a luteinização da granulosa (elemento essencial na formação do CL). o A secreção de FSH e LH pela hipófise anterior é controlada por um hormônio de liberação originado do hipotálamo. O sistema circulatório envolvido é conhecido como sistema porta hipofisário. Os capilares hipotalâmicos recebem uma secreção das células sensíveis do hipotálamo, que é conhecida como hormônio de liberação das gonadotrofinas (GnRH). o Esse hormônio é secretado em resposta aos níveis baixos de LH ou FSH e estimula a secreção de um destes hormônios. 22/11 Introdução a anatomia do Sistema Nervoso • O sistema nervoso é responsável pela interação de estímulo e resposta entre o ambiente e o organismo e pela regulação e coordenação de outros sistemas corporais. • Atuem em conjunto com os sistemas endócrinos, imune e órgãos sensoriais, e também é controlado por eles. • Uma alteração no ambiente propicia um estímulo que é reconhecido pelo órgão receptor adequado, o estímulo provocado causa uma reação no órgão efetor. o Ex.: estímulos nervosos desencadeia a liberação de hormônios. • Ele pode ser divido em: o Sistema nervoso central – que consiste em encéfalo e medula. o Sistema nervoso periférico – comporto de nervos espinais e cranianos. o Sistema autônomo ou visceral – que se refere às funções relacionadas aos órgãos internos, como as frequências cardíacas e respiratórias. Este último inclui os sistemas nervosos simpático e parassimpático. o Sistema nervoso autônomo, em geral, não está sob controle voluntario, porém sua ação é controlada pelo hipotálamo. I. CÉLULAS DO TECIDO NERVOSO • Os neurônios e a neuroglia constituem as duas categorias de células do sistema nervoso. • Os neurônios compartilham certas características celulares universais com todas as outras células do corpo; entretanto, exibem certas características singulares que os separam das outras células. 22/11 • As células da neuroglia constituem as células mais abundantes do tecido nervoso, preenchendo essencialmente todos os espaços no sistema nervoso não ocupados por neurônios e vasos sanguíneos. o Fornece suporte estrutural, metabólico e protetor para os neurônios. i. Neurônios • O corpo celular do neurônio (também designado como pericárdio) contém organelas encontradas em outras células. o Responsável pela recepção de estímulos – contato sináptico. • A área do corpo celular onde se origina o axônio é o cone de implantação do axônio. Também é designado como zona de gatilho ou disparo, visto que os potenciais de ação são gerados nesse local. • Cada neurônio possui um axônio; que frequentemente se ramificam a certa distância do corpo celular, formando sinapse com outros neurônios, células musculares ou glândulas. • Os prolongamentos neuronais remanescentes são os dendritos principais locais de recepção de impulsos provenientes de outros neurônios. • Os axônios mielinizados (envolvidos por bainha de mielina) conduzem os impulsos muito mais rapidamente do que os axônios não mielinizados. ii. Neuroglia • As células de Schwann constituem a única neuroglia do SNP. • A neuroglia do SNC é constituída por oligodendrócitos, células ependimárias, micróglia e astrócitos. • As células de Schwann sustentam os axônios do SNP, que se dispõem lado a lado ao longo do axônio, formando um internó de bainha de mielina. o A junção de cada internó é no nó de Ranvier. • Os oligodendrócitos possuem prolongamentos celulares, que se estendem até os axônios adjacentes, formando bainhas de mielina. Estão envolvidos na mielinização da maioria dos axônios acelerando a velocidade condução do impulso nervoso. • Um axônio e sua bainha de mielina juntos formam uma fibra nervosa. • A micróglia são os macrófagos do SNC, que atuam como primeira linha de defesa contra lesão ou infecção tecidual. • Os astrócitos fornecem suporte estrutural e metabólico para os neurônios. • As células ependimárias revestem as cavidades cerebrais (ventrículos) e o canal da medula espinal, transportam água, íons e proteínas, produzindo o líquido cerebrospinal, que ajuda no sistema imune. II. MENINGES • O sistema nervoso central é envolvido por membranas de tecido mole, denominadas meninges, as quais podem ser diferenciadas em três camadas distintas. • O conjunto da membrana aracnoide com a pia-máter é denominado leptomeninge, porque elas são relativamente delicadas. 22/11 • A dura-máter é a camada mais superficial, seguida pela membrana aracnoide e pela pia-máter, que é a membrana mais profunda. • São intensamente inervadas e bastante sensíveis à dor. i. Dura-máter • Espinal – é separada do periósteo que reveste o canal vertebral pelo espaço epidural. • Anestesia raquidiana realizada na última lombar e 1ª sacral. • Encefálica – está fusionada com o periósteo interno do osso craniano. Além de revestir a cavidade, forma divisórias que se projetam para o interior. ii. Aracnoide-máter • Uma camada que se continua com a dura- máter e outra com a pia-máter. • Entre a aracnoide e pia-máter há o espaço subaracnóideo contendo o líquido cerebrospinal. • Cisternas – usadas para a extração de líquido cerebrospinal. A mais profunda é a magna entre o atlas e o crânio. iii. Pia-máter • É intensamente inervada e sua irrigação abundante da origem a vários vasos sanguíneos que se projetam no tecido neural. iv. Líquido cerebrospinal • Consistem em 99% de água e é secretado pelo plexo coroide dentro dos ventrículos. • Protege o SNC contra choques, funciona como um amortecedor químico. • Transporta nutrientes e detritos – função linfática. III. DIVISÃO ANATÔMICA DO ENCÉFALO • O encéfalo é o órgão de controle do corpo e responsável pela regulação, pela coordenação e pela integração do restante do sistema nervoso. • Pode ser divido em: o Cérebro; o Tronco encefálico; o Cerebelo; i. Telencéfalo • Consistem em hemisférios cerebrais pares, separados pela fissura longitudinal cerebral. • A face dos hemisférios possui faixas proeminentes denominadas giros, separadas por sulcos. 22/11 • Cada hemisfério é composto por substância cinzenta superficial, denominada córtex ou pálio, substância branca cerebral subjacente e acúmulos profundos de substância cinzenta, chamadas de modo geral de núcleos basais. ii. Sistema límbico • Conjunto de estruturas encefálicas envolvidas no comportamento emocional. • Compõe-se de elementos corticais e subcorticais. • Parte cortical - compreende estruturas telencefálicas interconectadas nas faces medial e basal dos hemisférios (giro do cíngulo, o lobo piriforme e o hipocampo). • Parte subcortical – inclui componentesdo diencéfalo, mesencéfalo e o corpo amigdaloide. • O sistema recebe impulsos olfativos do lobo piriforme, o qual dá início à maioria das atividades motoras viscerais, mas também desencadeia comportamento emocional, como medo, agressão e prazer aparente. • Influencia fortemente a sede, a fome e o comportamento sexual, e está intimamente relacionado à formação reticular. iii. Diencéfalo • É divido em: o Epitálamo; o Tálamo; o Metatálamo; o Hipotálamo; • Epitálamo - compreende a epífise que é uma glândula endócrina que secreta melatonina e outros compostos que afetam a atividade sexual. • Tálamo – tálamo dorsal é composto por um grande nº de núcleos, através dos quais é enviado o estímulo para o córtex cerebral, incluindo informações sensoriais de tratos aferentes exceto órgãos olfativos. o Subtálamo – contém núcleos que atuam como estações de redistribuição na via motora. • Hipotálamo – controla a hipófise, seu papel é fundamental para o comportamento, incluindo a alimentação, e regula a temperatura do corpo e o SNA. iv. Cerebelo • As funções do cerebelo se referem ao equilíbrio e à coordenação dos músculos esqueléticos com relação a postura e locomoção. • O lobo caudal controla a função motora, o lobo rostral recebe as informações proprioceptivas. 22/11 IV. MEDULA • Seguimento cervical, torácico, lombar, sacral e coccígeo. i. Raízes nervosas • Raízes motoras emissoras – fibras nervosas eferentes que saem das raízes ventrais da substância cinzenta. • Estímulos nervosos para musculo esquelético; estímulos sensoriais ao SNC por raízes dorsais dos nervos espinais. 29/11 Fisiologia do Sistema Nervoso • Possui duas categorias de células: os neurônios – dão origem aos nervos; e a neuroglia – células que simplesmente mantem os neurônios unidos entre si. • As sinapses constituem a base das complexas redes neuronais destinadas ao processamento da informação. • Pode ser classificado em dois sistemas: o Sistema nervoso central – composto pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinal. É a unidade de processamento central de todo o sistema nervoso. o Sistema nervoso periférico – é constituído pelos, gânglios e por receptores sensoriais. I. FUNÇÃO DO NEURÔNIO • Os neurônios funcionam ao estabelecer uma comunicação mediada por meios elétricos e químicos. • A excitabilidade dos neurônios e a sua capacidade de propagar sinais elétricos constituem uma das características mais proeminentes do sistema nervoso. • O potencial de membrana relativamente estático das células inativas é o potencial de repouso da membrana. Reflete a permeabilidade iônica seletiva da membrana plasmática, mantida a custa do metabolismo basal continuo. • Quando um neurônio recebe sinais excitatórios ou inibitórios, a membrana neuronal gera potenciais graduados de membrana excitatórios ou inibitórios. • Quando o estímulo preenche critérios específicos, a membrana neuronal sofre uma inversão dinâmica do potencial de membrana, conhecido como potencial de ação. • A membrana neuronal é formada por uma bicamada lipídica, não é permeável a moléculas que apresentam cargas e à maioria das moléculas polares, como açucares e aminoácidos. • As moléculas sem carga são transportadas passivamente através da membrana, de acordo com o gradiente de concentração do soluto. • O transporte ativo necessita de proteínas carregadoras específicas e de energia metabólica, como a hidrólise do ATP. II. POTENCIAL DE AÇÃO • Alteração rápida de carga elétrica. • Neurônios e células musculares tem potencial de repouso que pode alterado drasticamente gerando um potencial de ação. • Um potencial de ação é uma breve reversão do potencial da membrana quando a permeabilidade da membrana ao K+ e ao Na+ aumenta após a ativação dos canais Na+ e K+ regulados por voltagem. 29/11 III. SINAPSES • A sinapse é um local especial para contato, onde um neurônio se comunica com outros. • A transferência de sinais de um neurônio para outro por meio de sinapses é denominada transmissão sináptica. • Também ocorre entre neurônios motores e seus tecidos-alvos i. Sinapse elétrica • Os canais iônicos conectam o citoplasma das células pré-sináptica e pós-sináptica em uma junção comunicante, possibilitando o fluxo passivo da corrente iônica através dos poros da junção comunicante de um neurônio para outro. • Despolarização rápida e drástica no potencial de membrana axonal → interior da célula mais positivo do que o exterior. • Repolarização – potencial de membrana volta a cair seguindo para o potencial de repouso. • São raras e exclusivamente interneuronais. • Ajudam a sincronizar a atividade. • Ex.: músculo cardíaco – células ativadas ao mesmo tempo → contração coordenada. ii. Sinapse química • Não possui junções comunicantes. • Existe um espaço estreito, denominado fenda sináptica, entre a membrana pré- sináptica e a membrana pós-sináptica. • O terminal pré-sináptico contém numerosas vesículas sinápticas repletas de neurotransmissor, e a membrana pós- sináptica possui receptores para esse neurotransmissor específico. • A comunicação depende neurotransmissores. 29/11 iii. Liberação e ação dos neurotransmissores • Um potencial de ação na célula pré- sináptica faz a abertura de canais iônicos; entra íon positivo na célula. • Este íon faz a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. • O neurotransmissor passa pela fenda se liga a receptores na membrana pós- sináptica e causa variação do potencial de membrana na célula pós-sináptica. iv. Componentes das sinapses químicas • Elementos pré-sinápticos – armazena e libera o neurotransmissor das vesículas sinápticas por exocitose. • Elementos pós-sinápticos – com receptores específicos para o neurotransmissor. • Fenda sináptica 0 separa as duas membranas sinápticas. • Neuroefetuadoras – entre neurônio e célula muscular ou entre neurônio e glândulas → esses contatos são chamados de junções neuroefetuadoras ou viscerais. IV. NEUROTRANSMISSORES • São compostos químicos liberados pelo neurônio pré-sináptico excitando ou inibindo a membrana pós-sináptica. • São armazenados em vesículas sinápticas. • Acetilcolina (ACh) – é o principal neurotransmissor nas sinapses neuromusculares; movimentos dos músculos ocorre pela liberação da acetilcolina dos neurônios para as fibras musculares. • Serotonina (5HT) – em altos níveis aumenta o estado de vigília e também atua na vasoconstrição. • Dopamina (DA) – controle motor. • Noradrenalina (NA) – mediador dos batimentos cardíacos. Atenção e alerta. • Ácido Gama Amino Butírico (GABA) – induzem potenciais pós-sinápticos inibitórios por meio de sua ligação a canais de Cl- que desencadeiam o influxo de íons Cl-. Coordenação dos movimentos. • Glutamato – é excitatórios e fornece energia. Aumenta dor, alteração da memória, relação com a glicemia. 29/11 Sistema Nervoso Motor • Os neurônios motores são classificados em superiores e inferiores com base em sua localização e nos tecidos que eles inervam. I. NEURÔNIOS MOTORES SUPERIORES • São responsáveis pelo controle dos músculos voluntários, pela regulação do tônus muscular e pela manutenção da postura contra a gravidade. • Não inervam diretamente os músculos esqueléticos, mas exercem sua influência nos neurônios motores inferiores por meio de seus tratos motores descendentes. II. NEURÔNIOS MOTORES INFERIORES • Estão localizados nos núcleos motores cranianos e espinais.
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