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FUNÇÃO II (UAM)

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1 – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
• Tem como principal função promover as trocas gasosas entre o O2 e o CO2, na termorregulação, proteção 
ambiental contra poeira, gases, agentes agressores e da temperatura externa, atua no metabolismo de 
substâncias endógenas e exógenas, na olfação, fonação, no equilíbrio ácido-base e na perda de H2O 
ANATOMIA: 
1 - PORÇÃO CONDUTORA 
• Atua apenas na CONDUÇÃO DO AR (não ocorre troca gasosa) 
• Tem a função de umedecer, filtrar e ajustar a temperatura 
• O ar entra na CAVIDADE NASAL através das NARINAS, logo o ar é encaminhado para a FARINGE, que é uma 
estrutura comum tanto para o ar como para o alimento, o ar é encaminhado para a laringe e o alimento para 
o esôfago, na LARINGE contém quatro cartilagens, no sistema respiratório a mais importante é a EPIGLOTE 
pois ela atua na proteção de entrada de alimentos no trato respiratório, na laringe também é onde se 
encontram as CORDAS VOCAIS (importante para a fonação), no caminho o ar segue para a TRAQUEIA, 
grande estrutura tubular composta por ANEIS CARTILAGINOSOS que conduzem o ar para dentro do tórax 
até se bifurcarem na CARINA, dando origem aos BRÔNQUIOS 
CÉLULAS: 
 
EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO CILIADO DE CÉLULAS CALICIFORMES 
• Produzem muco 
• Atuam na proteção da via umedecendo e 
aquecendo o ar e retendo e expelindo 
sujidades 
 
 
2 - PORÇÃO RESPIRATÓRIA 
• Atua na HEMATOSE (permite a troca passiva de gases entre a atmosfera e o sangue) 
• A troca de gases é feita por DIFUSÃO PASSIVA (↓ pressão de O2 e ↑ pressão de CO2) 
• A PLEURA é uma membrana LISA e SEROSA, contendo a PLEURA VISCERAL que cobre a superfície dos 
pulmões e a PLEURA PARIETAL que cobre o mediastino, o diafragma e a parede torácica 
• Os PULMÕES são subdivididos em LÓBULOS PULMONARES, os pulmões contêm a ÁRVORE BRÔNQUICA, as 
ramificações das vias aéreas dos brônquios primários até os terminais. A zona respiratória dos pulmões é a 
região contendo os ALVÉOLOS, que são pequenos sacos com paredes finas onde ocorre a hematose, 
incluindo também os BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS. O O2 e o CO2 passam entre os alvéolos e os 
CAPILARES PULMONARES por DIFUSÃO PASSIVA através da MEMBRANA RESPIRATÓRIA (camada fina) 
 
 
 
 
 FUNÇÃO II 
 
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA: 
• É processada mediante a três atividades distintas mas coordenadas, a VENTILAÇÃO é dada através da qual o 
ar atmosférico chega aos alvéolos, a PERFUSÃO é o processo pelo qual o sangue venoso procedente do 
coração chega aos capilares dos alvéolos e a DIFUSÃO é o processo em que o oxigênio do ar contido nos 
alvéolos passa para o sangue ao mesmo tempo em que o gás carbônico contido no sangue passa para os 
alvéolos 
 
MECANISMO DA TROCA GASOSA: 
• A troca de moléculas gasosas se processa através da PAREDE ALVEOLAR, do LÍQUIDO INTERSTICIAL contido 
nos espaços entre os alvéolos e os capilares, da PAREDE DO CAPILAR, do PLASMA SANGUÍNEOS e da 
MEMBRANA DOS GLÓBULOS VERMELHOS 
• Os alvéolos são a unidade funcional da respiração, constituindo-se de uma bolsa de tecido pulmonar, 
contendo ar e envolvida por capilares 
• Através da MEMBRANA ALVÉOLO-CAPILAR o sangue recebe o oxigênio, cede o gás carbônico e prossegue 
pela outra extremidade do capilar em direção às vênulas e veias pulmonares onde, já oxigenado, vai ao átrio 
esquerdo e ao ventrículo esquerdo, para ser bombeado por todo o organismo 
 
CÉLULAS DO SEPTO INTERALVEOLAR: 
 
 
 
 
 
PNEUMÓCITOS I 
• Células pavimentosas que formam uma camada 
de revestimentos quase contínuo na parede 
alveolar 
• Núcleo achatado, citoplasma extenso e ligadas 
à desmossomos (impedem o extravasamento 
do fluído extracelular para a luz dos alvéolos) 
com poros alveolares 
• São células do tipo permanente e são muito 
susceptíveis a lesões 
• Responsáveis pela troca gasosa nos alvéolos 
pulmonares 
 
 
 
 
 
 
 
PNEUMÓCITOS II 
• Células arredondadas encontradas entre os 
pneumócitos tipo I 
• São menos frequentes, com núcleo esférico e 
citoplasma vacuolizado e com microvilos na 
superfície 
• Possui CORPOS LAMELARES que produzem 
surfactante que é liberado por exocitose 
• Produzem SURFACTANTE ALVEOLAR, 
substância que é responsável por reduzir a 
tensão superficial da água no interior do 
alvéolo, facilitando as trocas gasosas 
• São responsáveis pela manutenção e reparo do 
epitélio alveolar após dano e atua na 
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO 
 
MACRÓFAGOS LIVRES 
• Conhecida como “células da poeira” 
• Responsável pela defesa e reciclagem do 
surfactante e na remoção do surfactante 
oxidado (Dipalmitoil-fosfatidicolina) 
 
 
1.2 – VENTILAÇÃO E CIRCULAÇÃO PULMONAR 
VENTILAÇÃO 
• É a renovação do ar contido na porção condutora da via respiratória de modo espontâneo e por ação dos 
músculos respiratórios, músculos intercostais e sobretudo o diafragma, isso ocorre no ato da inspiração e 
expiração 
TIPOS DE VENTILAÇÃO: 
1 - NÃO DIRECIONAL 
• O meio flui passando pela superfície de troca em um padrão imprevisível (tegumentar) 
2 - UNIDIRECIONAL 
• O meio respiratório entra na câmara por um ponto e sai por outro (aves) 
3 - BIDIRECIONAL 
• O meio respiratório entra e sai da câmara pelo mesmo local (mamíferos) 
CIRCULAÇÃO 
CIRCULAÇÃO PULMONAR 
• É quando o sangue é bombeado para os pulmões e retorna rico em oxigênio de volta ao coração. Inicia-se no 
VENTRÍCULO DIREITO (DÉBITO) e termina no átrio esquerdo do coração 
• O sangue desoxigenado entra no ventrículo direito e é bombeado para as artérias pulmonares dirigindo-se 
para os pulmões, percorrendo as arteríolas e capilares pulmonares onde ocorre a hematose. O sangue 
oxigenado passa para as vênulas pulmonares e para a veias pulmonares e retorna para o coração entrando 
no átrio esquerdo 
CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA 
• Circulação que fornece nutrientes aos tecidos da árvore tranqueobrônquica e aquece e umidifica o ar 
inspirado, mas não participa da hematose 
• É um ramo da CIRCULAÇÃO SISTÊMICA que atua no suprimento para as vias aéreas e estruturas do pulmão 
 
1.3 – RESPIRAÇÃO 
• A respiração inclui dois processos, a RESPIRAÇÃO EXTERNA, que a absorção do O2 e remoção do CO2 do 
organismo como um todo e a RESPIRAÇÃO INTERNA, que o intercâmbio gasoso entre as células e seu meio 
líquido 
• O sistema respiratório nos vertebrados é formado pelo órgão de trocas gasosas (PULMÃO) e pela bomba 
que ventila os pulmões. Esta bomba consiste da parede torácica e dos MÚSCULOS DA CAVIDADE TORÁCICA 
(diafragmático e intercostais). Estes músculos são controlados pelo centro respiratório (BULBO CENTRAL) 
 
RESPIRAÇÃO NAS AVES 
• As aves NÃO POSSUEM DIAFRAGAMA, o pulmão é rígido e tem como função realizar a troca gasosa. Os 
SACOS AÉREOS atuam na movimentação do ar pela diferença de pressão. Na INSPIRAÇÃO aumenta-se o 
volume corporal e diminui a pressão dos sacos aéreos em relação à atmosfera, na EXPIRAÇÃO diminui-se o 
volume corporal e aumenta a pressão nos sacos aéreos, fazendo com que o ar seja forçado a sair. As aves 
possuem o FLUXO CONTÍNUO e UNIDIRECIONAL (o que aumenta a eficiência da respiração) 
 
 AR → SACOS ÁREOS POSTERIORES → PULMÃO → SACOS AÉREOS ANTERIORES → AMBIENTE 
 
SUSCETIBILIDADE DAS AVES À INFECÇÃO POR AMÔNIA 
• A falta do m. diafragmático dificulta no ato da expiração ou para eliminar corpos estranhos inalados. O 
mecanismo de defesa das aves é feito por CÍLIOS que atuam na retenção e expulsão de corpos estranhos. 
Altos níveis de amônia fazem com que ocorra a PARALISAÇÃO DESSES CÍLIOS e até sua DESTRUIÇÃO 
impossibilitando a retirada de corpos estranho 
VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR À HIPÓXIA 
• A hipóxia alveolar leva à contração de pequenos ramos das artérias pulmonares. Provavelmente é um efeito 
direto da pressão reduzida de O2 na musculatura lisa 
• A baixa pressão de O2 diminui o fluxo para os alvéolos poucos ventilados, redistribuindo para regiões mais 
ventiladas. Essas respostas funcionam com hipóxia localizada ou generalizada em consequências de altas 
altitudesou doenças pulmonares. Essa resposta fisiológica é melhor em bovinos e suínos 
EXERCÍCIO x CIRCULAÇÃO PULMONAR 
• Ocorre a necessidade de O2 EXTRA. A adaptação cardiorrespiratória ao exercício físico corresponde às vias 
áreas que alteram seu funcionamento de forma a garantirem uma maior entrada de O2 para os pulmões e 
uma maior eliminação de CO2 na expiração, potencializando a frequência respiratória e as trocas 
gasosas nos alvéolos pulmonares. Ocorre ainda, o aumento do débito cardíaco (de 6 a 8x mais), 
dilatação dos vasos sanguíneos pulmonares, diminuição da resistência vascular pulmonar e um 
menor tempo para oxigenação (1/3) 
 
1.4 – RESPIRAÇÃO E TROCA GASOSA 
• O TRANSPORTE DE O2 está a cargo de HEMOGLOBINA (DESOXIHEMOGLOBINA), proteína presente nas 
HEMÁCIAS. Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 moléculas de gás oxigênio, formando a OXI-
HEMOGLOBINA 
• Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas 
hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico é liberado para o ar (HEMATOSE) 
• Nos tecidos ocorre um processe inverso, o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo 
LÍQUIDO TISSULAR, atingindo as células. A maior parte do TRANSPORTE DE CO2 ( cerca 70%) liberado no 
líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ÁCIDO CARBÔNICO (H2CO3), que logo 
se dissocia e dá origem a íons H+ e HCO3- (bicarbonato), difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde 
ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos 
associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina, o restante dissolve-se no plasma 
TRANSPORTE E ASSOCIAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OXIGÊNIO GÁS CARBÔNICO 
2% dissolvidos 7% dissolvidos 
98% ligados à Hb 23% ligados à Hb 
 --------------- 70% convertidos em HCO3- 
REAÇÃO DA HEMOGLOBINA: 
 Hb + O2 ↔ HbO2 
 REAÇÃO DO CO2: 
 H2O + CO2 ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- 
1.5 – PRESSÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
• A entrada de ar nos pulmões são dependentes de 4 tipos de forças, a PRESSÃO ATMOSFÉRICA (PA) que 
tenta impedir a expansão da caixa torácica, a PRESSÃO INTRA-ALVEOLAR (PI) que em razão a sua conexão 
com o meio externo é igual à pressão atmosférica quando as vias aéreas estão abertas e não há fluxo de ar 
entrando ou saindo do pulmão, essa pressão tende a distender os pulmões, a ELASTICIDADE DO TÓRAX (ET), 
que decorrente da estrutura da caixa torácica tende a expandir o tórax e a ELÁSTICIDADE PULMONAR (EP), 
que possui as fibras pulmonares elásticas que tendem a retrair o pulmão 
• Com as vias aéreas abertas e sem fluxo de ar entrando e saindo dos pulmões, estas forças ESTÃO EM 
EQUILÍBRIO, de tal forma que elas se anulam. O EQUILÍBRIO É ALTERADO a favor da expansão do tórax 
mediante as contrações do músculo da caixa torácica, o que aumenta o diâmetro dela. Rompido o equilíbrio 
das forças, o pulmão se distende e o ar é inspirado. Cessada as contrações musculares esta energia 
acumulada nas fibras elásticas rompem o sistema de forças da retração pulmonar e o ar é expirado 
• A INSPIRAÇÃO É UM PROCESSO ATIVO, por envolver trabalho muscular e consequentemente gasto 
energético e a EXPIRAÇÃO (NÃO FORÇADA) É PASSIVA, sem gasto energético, pois é decorrente da retração 
das fibras elásticas pulmonares 
 
TIPOS DE PRESSÕES: 
1 - PRESSÃO INTRAPLEURAL 
• Pressão existente entre a pleura parietal e visceral. É uma pressão SEMPRE NEGATIVA pois existe uma 
drenagem constante do líquido intersticial pelos ductos linfáticos. É sempre menor em relação a pressão 
intrapulmonar 
2 - MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS 
• Atuam expandindo a caixa torácica, e juntam expandem também os pulmões, causando uma pressão 
negativa em seu interior (o que causa a entrada de ar) 
• O M. DIAFRAGMÁTICO expande em sentido caudal, os M. INTERCOSTAIS EXTERNOS expandem em sentido 
ventral e os M. ESTERNOCLEIDOMASTOIDE expandem também no sentido ventral 
3 - MÚSCULOS EXPIRATÓRIOS 
• São os M. ABDOMINAIS (antagonistas do m. diafragmático) e os M. INTERCOSTAIS INTERNOS 
3 - PRESSÃO ALVEOLAR 
• É a pressão interna do pulmão, no momento de repouso, ou seja, não se inspira e nem expira a pressão 
alveolar. A pressão alveolar é igualada à pressão atmosférica 
4 - PRESSÃO INTRAPULMONAR 
• É a pressão resultando entre a pressão intrapleural e alveolar, sendo ela quem controla a quantidade de ar 
que entra ou sai do pulmão. Quanto maior a pressão intrapulmonar maior a quantidade de ar que entra nos 
pulmões 
 
RELAÇÃO DA PRESSAO DE SANGUE ARTERIAL E VENOSO 
 SANGUE ARTERIAL SANGUE VENOSO 
• pO2 = 100 mmHg • pO2 = 40 mmHg 
• pCO2 = 40 mmHg • pCO2 = 45 mmHg 
 
 
 
 
PRESSÕES DA EXPIRAÇÃO E INSPIRAÇÃO 
1 - FINAL DA EXPIRAÇÃO 
• Relaxamento pulmonar (processo passivo) 
• Momento de equilíbrio entre a pressão intrapulmonar e atmosférica 
• Pressão intrapleural negativa (sempre negativa,) 
 PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL 
• 760 mmHg • 760 mmHg • 758 mmHg 
 
2 - COMEÇO DA INSPIRAÇÃO 
• Ocorre a contração dos músculos respiratórios (processo ativo) 
• A pressão intrapulmonar fica negativa em relação a pressão atmosférica. A entrada de ar nos pulmões só é 
possível quando ocorre essa diferença de pressão 
• A pressão intrapleural torna-se mais negativa 
 PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL 
• 759 mmHg • 760 mmHg • 756 mmHg 
 
3 - FINAL DA INSPIRAÇÃO 
• A pressão intrapulmonar volta a se igualar à pressão atmosférica 
• A pressão intrapleural está relacionada a força de expansão da caixa torácica, no final da inspiração, 
momento que há total expansão dos pulmões, a pressão intrapleural torna-se ainda mais negativa 
 PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL 
• 760 mmHg • 760 mmHg • 754 mmHg 
 
4 - INÍCIO DA EXPIRAÇÃO 
• Momento de relaxamento e de diminuição da caixa torácica 
• A pressão intrapulmonar fica positiva em relação a pressão atmosférica 
• A pressão intrapleural torna-se menos negativa 
 PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL 
• 761 mmHg • 760 mmHg • 756 mmHg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 – TRABALHO RESPIRATÓRIO 
• É a quantidade de energia necessária para ventilar os pulmões. O trabalho respiratório é dependente de três 
fatores para garantir a quantidade de energia normal ao organismo 
1 - PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO E DA PAREDE TORÁCICA 
• O pulmão tem a tendência natural ao colapso devido à presença de fibras elásticas em sua composição. Uma 
característica que ajudam na sua capacidade de expansão é COMPLACÊNCIA PULMONAR, realizada pelas 
fibras elásticas e pela TENSÃO SUPERFICIAL dos líquidos alveolares, capacitando o aumento de volume 
pulmonar quando há variação de pressão 
2 - RESISTÊNCIA DO AR NAS PASSAGENS 
• Superar a resistências das vias aéreas durantes o movimento de ar nos pulmões. É a energia gasta na 
mobilização dos gases no trato 
3 - VISCOSIDADE TECIDUAL 
• É a resistência não-elástica do tecido. É energia gasta no deslocamento e rearranjo de moléculas no pulmão 
e caixa torácica a fim de adaptá-las à novas dimensões 
FATORES QUE DIFICULTAM O TRABALHO RESPIRATÓRIO: 
• A FIBROSE dificulta diretamente o trabalho respiratório por alterar a complacência pulmonar (dificulta e 
diminui o grau de distensão pulmonar), outro fator é o ENFISEMA, que altera a elasticidade pulmonar, 
diminuindo o seu grau de retorno 
 
1.7 – CONTROLE RESPIRATÓRIO 
• Responsável por ajustar a ventilação às necessidades do corpo, de modo que as pressões parciais de O2 e 
CO2 no sangue arterial pouco se alterem, mesmo durante em exercícios 
• A atividade dos neurônios motores medulares que inervam os músculos respiratórios é controlada pelo SNC. 
Os CENTROSDE CONTROLE DA RESPIRAÇÃO localizam-se no BULBO (MEDULA OBLONGA) e na PONTE, na 
secção acima da ponte a ventilação não se altera, na secção abaixo do bulbo a ventilação cessa. 
• Os NEURÔNIOS DA PONTE influenciam a frequência respiratória e a profundidade da respiração. O centro 
de controle do RITMO DA RESPIRAÇÃO fica no bulbo, o padrão normal da ventilação depende da 
comunicação entre a ponte e o bulbo 
CENTROS DA RESPIRAÇÃO: 
 CENTRO PNEUMOTÁXICO GRUPO RESPIRATÓRIO 
 DORSAL (GRD) 
 GRUPO RESPIRATÓRIO 
 VENTRAL (GRV) 
 CENTRO APNÊUSTICO 
• INVOLUNTÁRIO 
• ↓ o potencial de 
ação do nervo 
frênico, limitando 
assim a expansão 
pulmonar e 
regulando a 
frequência 
respiratória 
LESÕES: 
• ↑ da profundidade 
da respiração 
• ↓ da frequência 
respiratória 
• INVOLUNTÁRIO 
• INSPIRAÇÃO (↑) E 
EXPIRAÇÃO 
• Envia impulsos aos 
MÚSCULOS 
INSPIRATÓRIOS 
(diafragma e 
intercostais) 
• Controla o ritmo 
básico da respiração 
• 
• INVOLINTÁRIO 
• INPIRAÇÃO E 
EXPIRAÇÃO 
• Envia impulsos aos 
músculos inspiratórios 
e expiratórios 
• Neurônios ativados 
especialmente na 
inspiração e expiração 
forçada 
• VOLUNTÁRIO 
• Envia sinais para o 
CRD da medula para 
retardar a inibição 
do estímulo 
inspiratório 
fornecido pelo 
centro 
pneumotáxico 
• Controla a 
profundidade da 
respiração e provoca 
o suspiro e apneia 
 
ESTÍMULOS DO CENTRO RESPIRATÓRIO: 
1 – QUIMIORRECEPTORES 
 QUIMIORRECEPTORES CENTRAIS QUIMIORRECEPTORES PERIFÉRICOS 
• Respondem a mudanças de íons de H+ a partir das 
alterações de concentração de CO2 
• Atua principalmente no controle da ACIDOSE 
• A barreira hematoencefálica não permite a passagem 
de íons H+ ou de HCO3 para o SNC, porém o LCR 
conduz o CO2 dissolvido que estimula os vasos 
sanguíneos cerebrais a liberar íons H+ e estimular tais 
quimiorreceptores para que haja resposta reflexa à 
acidose (hiperventilação) 
• Formações nervosas altamente vascularizadas localiza 
no exterior de grandes artérias 
• Estão subdivididos em CAROTÍDEOS (a. carótida) e 
AÓRTICOS (a. aorta) 
• São sensíveis às variações de pO2, pCO2 e pH no 
sangue arterial, e quando há variações, esses 
receptores mandam impulsos ao centro respiratório 
para alterações na contração torácica, frequência 
respiratória e padrão respiratório 
 
 
2 – MECANORRECEPTORES PULMONARES 
 RECEPTORES DE IRRITAÇÃO RECEPTORES DO NARIZ E VIAS AÉREAS SUPERIORES 
• Receptores subendoteliais localizados na traqueia, 
brônquios e bronquíolos 
• Destinam-se a detecção de pequenas deformações na 
superfície das vias aéreas e em alterações de 
hematose, são estimulados por corpos estranhos, 
como gases, vapores irritantes e histamina, quando 
estimulados produzem tosse ou broncostrição reflexa 
• No nariz, faringe e laringe há receptores que 
respondem à estimulação mecânica e química, são 
uma extensão dos receptores de irritação, causam 
tosse, espirros e broncoconstrição 
 
 
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 
• A ACIDOSE RESPIRATÓRIA é uma elevação na concentração de CO2, esse aumento reduz a relação entre 
bicarbonato/CO2, fazendo cair o pH. Sempre que a concentração de CO2 aumenta, há um aumento de 
bicarbonato por conta da dissociação do ácido carbônico produzido. Mas neste caso, a relação de 
bicarbonato/CO2 diminui. Caso a acidose respiratória continue, o rim entra em ação retendo bicarbonato, 
fazendo a concentração de CO2 voltar ao normal. Na ACIDOSE METABÓLICA há o aumento da produção de 
ácidos pelo organismo, fazendo cair a relação de bicarbonato/CO2 e o pH aumenta pelo acúmulo de 
cetoácidos de diabetes descompensadas ou de ácido láctico pela falta de O2 nos tecidos. Em ambos os casos, 
a compensação é feita pelos pulmões, que pela HIPERVENTILAÇÃO, passa a eliminar maior quantidade de 
CO2, fazendo retornar os valores normais de bicarbonato/CO2 
• Na ALCALOSE RESPIRATÓRIA há uma diminuição na concentração de CO2, o que leva a relação de 
bicarbonato/CO2 diminuir, aumentando o pH, a diminuição de CO2 pode ser causada por hiperventilação 
alveolar. A compensação também é feita pelos rins 
 
 
 
 
 
 
 
1.8 – VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES 
• A todo momento, os pulmões estão submetidos a pressões externas e internas para que o ar possa entrar e 
sair, e assim manter as trocas gasosas entre o ar, o ambiente e os pulmões. Este movimento que permite 
que o ar entre e saia dos pulmões é denominado VENTILAÇÃO PULMONAR e compreende duas fases, a 
INSPIRAÇÃO que é a entrada de ar nos pulmões e a EXPIRAÇÃO que é sua saída de ar dos pulmões. Quando 
o animal realiza uma inspiração seguida de uma expiração tem-se um CICLO RESPIRATÓRIO, que deve ser 
contínuo durante toda a vida do indivíduo 
• A quantidade de ciclos respiratórios que o animal faz em 1 minuto é chamada de FREQUÊNCIA 
RESPIRATÓRIA (FR). Sendo assim, os volumes de ar que entram e saem dos pulmões são extremamente 
variáveis de acordo com a idade, sexo, atividade física ou doença do animal 
VOLUMES PULMONARES: 
1 - VOLUME TOTAL (VT) 
• Volume de ar que entra e sai das vias respiratórias e alvéolos em certo tempo 
2 - VOLUME POR MINUTO (VE) 
• Volume de ar que entra e sai das vias respiratórias e alvéolos durante um ciclo respiratório (1mim) 
 
 
3 - VOLUME CORRENTE (VC) 
• Volume total de AR MOVIMENTADO em um único ciclo respiratório 
• É a soma das vias condutoras + respiratórias 
 
4 - VENTILAÇÃO ALVEOLAR (VA) 
• Volume disponível para a troca gasosa 
 
 
5 – VOLUME ALVEOLAR POR MINUTO 
• É o volume alveolar vezes a frequência respiratória 
 
 
6 - VOLUME DO ESPAÇO MORTO (Vem) 
• ESPAÇO MORTO é o ar que é inalado pelo corpo durante a respiração, mas que não participa das trocas 
gasosas no organismo. A região do espaço morto é compreendida da traqueia até os bronquíolos terminais 
• Volume das vias aéreas condutoras + volume dos alvéolos não-perfundido 
• Parte do VC ventila o espaço morto 
 
 
 
 
VE = FR x VC 
VA = VC - Vem 
 VA x FR 
2 – SISTEMA URINÁRIO 
• Tem como principal função a manutenção da homeostase pelo BALANÇO HIDRICO e ELETROLÍTICO (Na+, K+, 
Mg2+, Cl-, HCO3-, Ca2+ e HPO42-), pela REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE (excreção de radicais livres, 
ácidos e na conservação de bases), na EXCREÇÃO DE RESÍDUOS METABÓLICOS (uréia, creatinina e ácido 
úrico), na REGULAÇÃO DA HEMODINÂMICA RENAL E SISTÊMICA (ação hipertensor e hipotensor), na 
PARTICIPAÇÃO NA FORMAÇÃO DOS GLÓBULOS VERMELHOS (produção de eritropoetina), na 
PARTICIPAÇÃO DA REGULAÇÃO DO METABOLISMO ÓSSEO DE CÁLCIO E FÓSFORO (metabolismo da 
vitamina D) e na GLICONEOGÊNESE 
ANATOMIA: 
• São compostos por DOIS RINS, que se localizam entre o peritônio e a parede da cavidade abdominal, 
chamado de ESPAÇO RETROPERITONIAL, o rim direito é mais cranial que o esquerdo, DOIS URETERES, que 
são tubos condutores da urina até a bexiga, a propulsão da urina é feito por peristaltismo de contração 
involuntária, pela BEXIGA URINÁRIA, que é um órgão muscular elástico responsável pelo armazenamento da 
urina e, por fim, a URETRA, tudo muscular de controle voluntário que atua no transporte da urina, da bexiga 
ao exterior 
• Os RINS são glândulas de consistência firme que variam de acordo com a espécie, nos carnívoros e em 
pequenos ruminantes, o rim é de formato RUNIFORME (aspecto de feijão), nos suínos correspondem a uma 
versão mais ACHATADA, nos equinos possuem forma de CORAÇÃO e nos bovinos são muito diferenciados 
pois apresentam uma superfície sulcada e é delimitado por LÓBULOS 
 
ANATOMIA EXTERNA: 
• Superfície lisa e convexa. O parênquima renal fica incluído numa cápsula fibrosa chamada de CÁPSULA 
RENAL, que atua pela resistência à capacidade de expansão 
ANATOMIA INTERNA: 
• É dividido em duas camadas, o CÓRTEX RENAL, que é uma camada mais externa e pálida e na MEDULA 
RENAL, uma camada amis interna e escura. O córtex renal emite projeções para a medula denominadasCOLUNAS RENAIS, separando porções cônicas da medula chamada de PIRÂMIDES, essas tem a sua base 
voltada para o córtex, os ápices das pirâmides são chamados de PAPILAS RENAIS, pelas papilas renais que 
desembocam os DUCTOS COLETORES DE URINA, atingindo a PELVE RENAL, que é uma extremidade dilatada 
do ureter dividida em CÁLICES (MAIORES e MENORES) 
• A vascularização renal é proveniente de A. AÓRTA, que se divide na A. RENAL, se ramificando em artérias de 
menor calibre até chegarem nas VEIAS RENAIS 
 
CIRCULAÇÃO RENAL 
• O sangue renal é proveniente da a. Aorta que se ramifica na a. Renal, se ramificando ainda em a. 
segmentares, a. interlobares, a. arqueadas, arteríolas interlobulares, até chegar na ARTERÍOLA AFERENTE, 
canal de entrada do sangue no corpúsculo renal, o sangue sai do corpúsculo renal através da ARTERÍOLA 
EFERENTE, indo para os capilares peritubulares até chegar a v. Renal 
INERVAÇÃO RENAL 
• Inervação SIMPÁTICA, sua ativação libera norepinefrina, responsável pela vasoconstrição, pela reabsorção 
tubular de sódio e pela estimulação da secreção de renina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 – NÉFRON 
• A unidade funcional do rim é o NÉFRON, responsável pela filtração, reabsorção, secreção e excreção. Os 
néfrons recebem 25% do DC e não apresentam regeneração, a quantidade e tipo de néfrons variam de 
acordo com a espécie 
• O néfron é composto pelo CORPÚSCULO RENAL e pelos TÚBULOS RENAIS 
TIPOS DE NÉFRON 
• É a variação do tamanho da Alça de Henle 
 CORTICAIS JUSTAMEDULARES 
• ↑ REABSORÇÃO 
• O glomérulo está na periferia e na região média 
do córtex 
• ↑ FILTRAÇÃO 
• O glomérulo está na região cortical próximo à 
medula. A Alça de Henle é maior 
• São mais efetivos em desenvolver e manter o 
gradiente osmótico 
• Presente nos FELINOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
• É o primeiro de TRÊS PROCESSOS RENAIS BÁSICOS para a FORMAÇÃO DA URINA. O PRIMEIRO PASSO é a 
ULTRAFILTRAÇÃO DO PLASMA SANGUÍNEO dos capilares glomerulares até o interior da Cápsula de 
Bowman, processo esse que acontece de forma passiva por conta do DC fornecido, resultando na formação 
do FILTRADO GLOMERULAR (URINA PRIMITIVA), a seguir, o filtrado glomerular passa pela REABSORÇÃO E 
SECREÇÃO TUBULAR que conduzem à obtenção da urina definitiva 
 
CAMINHO DA FORMAÇÃO DA URINA: 
CORPÚSCULO RENAL (Glomérulo + Cápsula de Bowman) → TÚBULOS RENAIS (TCP + Alça de Henle + TCD) → DUCTO 
COLETOR → PAPILAS RENAIS → URETER → BEXIGA 
 
CÁLCULO DO VOLUME URINÁRIO: 
 
 
 
 
BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 
1° PASSAGEM: ENDOTÉLIO 
• ENDOTÉLIO DOS CAPILARES GLOMERULARES FENESTRADOS cuja a superfície é carregada NEGATIVAMENTE 
pelos POROS que impedem a passagem de proteínas 
2° PASSAGEM: MEMBRANA BASAL 
• É a MEMBRANA BASAL GLOMERULAR, é uma trama de colágeno tipo IV e fibrilas proteoglicanas que 
impede a passagem de proteínas de peso molecular superior e na filtração de água e pequenos solutos além 
de servir como barreira seletiva pelo fator de estar também carregada negativamente. Atua como fator de 
SUSTENTAÇÃO (confere resistência) 
3° PASSAGEM: EPITÉLIO (PODÓCITOS) 
• Constituem a camada visceral (folhete interno) da cápsula de Bowman, repleta de carga negativa que 
também limita a passagem de proteína pela sua carga e tamanho. Atua na síntese e secreção de hormônios 
• LESÃO NOS PODÓCITOS: macromoléculas passando pela urina (PROTEINÚRIA) 
 
 
FATORES QUE AFETAM A FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 
1 – PRESSÃO HIDROSTÁTICA NO ESPAÇO E BOWMAN 
• A intensidade da filtração glomerular é inversamente proporcional à pressão hidrostática no espaço de 
Bowman, por exemplo, a filtração diminui no caso de haver uma obstrução do ureter devido ao aumento da 
pressão no fluído da cápsula de Bowman 
2 – PRESSÃO HIDROSTÁTICA NOS CAPILARES GLOMERULARES 
• Uma variação na pressão hidrostática dos capilares glomerulares influencia diretamente a intensidade da 
filtração, estando dependente do fluxo sanguíneo renal e pela resistência das arteríolas 
• FLUXO SANGUÍNEO RENAL: a intensidade de filtração glomerular é diretamente proporcional ao fluxo 
sanguíneo renal, ou seja, se este aumentar, o fluxo do plasma para o glomérulo aumenta, o que leva a um 
aumento da pressão intraglomerular e consequentemente ao aumento da filtração 
• RESISTÊNCIA DAS ARTERÍOLAS: a vasoconstrição da aa. AFERENTE provoca uma diminuição da pressão 
intraglomerular, e deste modo, uma diminuição da filtração. Por outro lado, a vasoconstrição da aa. 
EFERENTE provoca o efeito inverso, ou seja, um aumento da pressão intraglomerular e um aumento da 
filtração 
3 – ESTIMULAÇÃO SIMPÁTIVA RENAL 
• O SN Simpático estimula a constrição da aa. Eferente 
4 – AUMENTO DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS (HIPERPROTEINEMIA) 
• Em caso de desidratação, ocorre o aumento da taxa de proteínas plasmáticas no sangue, esse aumento de 
proteínas faz com que a intensidade de filtração glomerular diminua 
5 – VARIAÇÕES NA PRESSÃO ARTERIAL 
• Em HIPOTENSÃO, ocorre a diminuição do volume sanguíneo, consequentemente, diminuindo a taxa de 
filtração glomerular, ao contrário na HIPERTESÃO, onde há o aumento do volume sanguíneo, aumentando 
assim, a taxa da filtração glomerular 
VOL. URINÁRIO EXCRETADO = FILTRAÇÃO - REABSORÇÃO + SECREÇÃO 
DETERMINANTES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 
• Para a filtração glomerular ocorrer, a pressão hidrostática deve ser sempre maior que a pressão oncótica e a 
pressão do espaço de Bowman 
• Outras determinantes: característica da membrana do capilar glomerular, fatores hemodinâmicos (fluxo 
sanguíneo renal, pressão hidrostática e oncótica, pressão exercida no corpúsculo renal e o diâmetro das 
arteríolas aferente e eferente), além da área disponível para filtração (pode estar lesionada por fibrose, 
diminuindo a área). A TFG deve ser sempre mantida 
 
CÁLCULO DA FILTRAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO DE FILTRAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS 
1 – CREATININA 
• Produto da degradação da FOSFOCREATININA (creatinina fosforilada) no MÚSCULO, e é geralmente 
produzida em uma taxa praticamente constante no corpo animal, estando proporcionalmente relacionada à 
massa muscular, quanto maior a massa muscular, maior é a taxa de produção. A creatinina é usada como 
medição da TFG e da função renal 
2 – UREIA 
• Produto originado do METABOLISMO DE PROTEÍNAS (NITROGÊNIO), a degradação das proteínas gera 
amônia, a amônia é uma substância muito tóxica às células, que deve ser eliminada rapidamente do 
organismo, os animais terrestres eliminam a amônia após sua excreção por CONVERSÃO HEPÁTICA, 
transformando-se em UREIA, substância essa muito solúvel em água e não tóxica às células 
3 – AMINOÁCIDOS E GLICOSE 
• São reabsorvidos nos túbulos proximais 
4 – OUTRAS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E FÁRMACOS 
• Via de excreção 
 
 
 
 
 
 PRESSÃO HIDROSTÁTICA / PRESSÃO ONCÓTICA / PRESSÃO EXERCIDA NO CORPÚSCULO GLOMERULAR 
FILTRAÇÃO = P. HIDROSTÁTICA - P. ONCÓTICA - P. ESPAÇO DE BOWMAN 
MANUTENÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
• A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TGF) é a medida da depuração de uma substância que é filtrada 
livremente pelos glomérulos e não sofre absorção ou secreção tubular, sendo comumente utilizada como 
medida padrão da avaliação da FUNÇÃO RENAL 
AUTO-REGULAÇÃO RENAL: 
• Conjunto de mecanismos intrínsecos ao rim que mantém o fluxo sanguíneo renal (FSR) e TFG 
• Quando ocorre a ↓ diminuição da TFG as células da mácula-densa detectam pouca reabsorção de íons de 
sódio e água, dessa forma é encaminhado um estímulo para as células justa-glomerulares que estão 
localizadas na arteríola aferente para que ocorra a sua dilatação, aumentando assim a pressão hidrostática 
dos capilares glomerulares pelo aumento da TFG 
 
 
 
 
 
 
 
1 – CONTROLE INTRÍNSECO 
REFLEXO MIOGÊNICO 
• Quando a PAM aumenta, ocorre a dilatação da aa. Aferente, para manter a TFG nos seus padrõesnormais, 
ocorre a CONTRAÇÃO DA AA. AFERENTE 
FEEDBACK TUBULAR GLOMERULAR 
• As aa. Aferentes respondem de acordo com a CONCENTRAÇÃO DE Na+ nos túbulos renais detectados pela 
MÁCULA DENSA 
2 – APARELHO JUSTA-GLOMERULAR 
CÉLULAS JUSTA-GLOMERULARES 
• São encontradas nas aa. Aferentes dos glomérulos renais, essas células contêm GRÂNULOS SECRETÓRIOS DE 
RENINA, sendo liberado após estímulo da mácula densa 
• PAM: formação de RENINA para o aumento de pressão pela conversão de angiotensinogênio em 
angiotensina I 
CÉLULAS MESANGIAIS 
• É o espaço entre a mácula densa e as aa. AF e EF + o espaço entre os capilares glomerulares (REGIÃO 
MESANGIAL) 
• CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO: contração das aa. Eferentes e Aferentes 
• SUPORTE: suporte estrutural ao glomérulo 
• FAGÓCITOS 
MÁCULA DENSA 
• Segmento lateral do ramo espesso ascendente da alça de Henle e o começo do túbulo contorcido distal, 
passa próximo ao glomérulo entre as aa AF e EF 
• A PRÓ-RENINA e a RENINA estão armazenadas na mácula densa, que é sensível a ↓ DA CONCENTRAÇÃO DE 
Na+, sendo esse o estímulo necessário para a libertação de renina pelas CÉLULAS JUSTA-GLOMERULARES 
SISTEMA TUBULAR 
• São responsáveis pela REABSORÇÃO TUBULAR que ocorre através do EPITÉLIO TUBULAR, pelo LÍQUIDO 
INTERTICIAL e pelo CAPILAR PERITUBULAR 
1 – CORPÚSCULO RENAL (CÁPSULA DE BOWMAN) 
• Esfera oca composta de CÉLULAS EPITELIAIS, é preenchido por vasos sanguíneos (GLOMÉRULO). É 
penetrado por duas arteríolas, a AA. AFERENTE leva sangue para os capilares do glomérulo e a AA. 
EFERENTE drena o sangue. Composto também pelas CÉLULAS MESANGIAIS 
• O GLOMÉRULO é o local de filtração, é o local onde a maioria das substâncias excretadas entram no néfron 
• ESPAÇO DE BOWMAN: é o espaço dentro da cápsula de Bowman que não é ocupado pelos capilares e nem 
pelas células mesangiais, é nele que o líquido flui dos capilares glomerulares antes de penetrar na primeira 
porção do túbulo 
• BARREIRA DE FILTRAÇÃO: possibilita a filtração de grandes volumes de líquido dos capilares para dentro do 
espaço de Bowman, porém impedindo a filtração de proteínas plasmáticas grandes 
2 – TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL (TCP) 
• É o primeiro segmento, ele drena o líquido da cápsula de Bowman. Altamente permeável (transporte 
paraceular entre junções oclusivas), é formado por um EPITÉLIO PREGUEADO DE MICROVILOSIDADES - 
BORDA EM ESCOVA. ISOSMÓTICO 
• É responsável pela maioria da ↑↑↑ REABSORÇÃO (cerca de 2/3 da água filtrada, do sódio e do cloreto), ele 
reabsorve todas as moléculas orgânicas úteis que o organismo conserva, como a glicose e os aminoácidos, 
reabsorve também íons de potássio, fosfato, cálcio, hidrogênio e bicarbonato e de vitaminas 
• Trata-se também de um local de SECREÇÃO SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS, que são produtos de degradação 
metabólica, como o ácido úrico, creatinina, oxalato, urato e catecolaminas 
3 – ALÇA DE HENLE 
• Os ramos descendentes e ascendentes delgados são compostos de membranas finas e sem bordas em 
escova, possui poucas mitocôndrias e baixos níveis de atividade metabólica 
 RAMO DESCENDENTE DELGADO RAMO ASCENDENTE DELGADO RAMO ASCENDENTE ESPESSA 
• ↑↑ REABSORÇÃO de H2O 
(altamente permeável) 
• IMPERMEÁVEL A H2O 
• REABSORÇÃO: Na+, Cl-, K+, 
Mg2+ e Ca 
• Concentração da urina 
• SECREÇÃO: H+ 
• Bomba de Na/K ATPase 
• IMPERMEÁVEL A H2O 
• REABSORÇÃO: Na+, Cl-, K+, 
Mg2+ e Ca 
• Concentração da urina 
• SECREÇÃO: H+ 
• HIPOSMÓTICO 
• Bomba de Na/K ATPase 
 
4 – TÚBULO CONTORCIDO DISTAL (TCD) 
• Sua porção inicial é formado pela mácula densa (aparelho justa-glomerular) 
• REABSORÇÃO IGUAL À ALÇA DE HENLE: Na+, Cl-, K+, Mg2+ e Ca 
• Praticamente impermeável à água, é capaz de diluir o líquido tubular. Via neuro-hormonal (ALDOSTERONA) 
• SECREÇÃO: K+ e H+ 
5 – TÚBULO COLETOR 
• Importante na determinação do débito urinário de água e de solutos 
• A permeabilidade é controlada pelo ADH e os transportadores de ureia ajudam a manter a osmolaridade 
• REABSORÇÃO: <5% de H2O, Na+, Cl- e HCO3- 
• SECREÇÃO: H+ (equilíbrio ácido-base) 
 
 
 
 
 
 
 
FALHA NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
1 – AZOTEMIA 
• Elevação plasmática dos níveis de COMPOSTOS NITROGÊNADOS (ureia, ácido úrico, creatinina e proteínas), 
essa condição é causada por uma TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR INSUFICIENTE 
TIPOS DE AZOTEMIA: 
 PRÉ-RENAL RENAL PÓS-RENAL 
• Antes de chegar ao rim 
• CAUSA 1: excesso de 
proteínas ou aumento do 
metabolismo proteico 
• CAUSA 2: anemia ou 
hipovolemia 
• Doença renal aguda ou crônica 
• CAUSAS: lesão renal 
(insuficiência renal, necrose 
tubular aguda ou 
glomerulonefrite) 
• CAUSA 1: aumento 
desproporcional da ureia em 
relação a creatinina 
• CAUSA 2: obstruções do trato 
urinário ou ruptura de bexiga 
 
UREMIA ou SÍNDROME URÊMICA 
• Conjunto de sinais/sintomas resultantes dos efeitos tóxicos pelo acúmulo de toxinas urêmicas no sangue, 
geralmente em decorrência de perda na função renal 
• Manifestações clínicas da azotemia 
OSTEODISTROFIA RENAL 
• Aumento da reabsorção óssea para a manutenção dos níveis de cálcio circulante 
• Reabsorção de ossos: crânio, longos e chatos 
 
 
 
 
 
 
2.2 – HORMÔNIOS RENAIS 
1 – RENINA 
• A renina está armazenada nos GRÂNULOS DE RENINA, esses grânulos estão localizados em células 
especializadas das AA. AF e EF (CÉLULAS JUSTA-GLOMERULARES). Essas células são inervadas pelo SN 
SIMPÁTICO 
RENINA x SN SIMPÁTICO 
• O TCD contata as células JG e a inervação neural influenciam na liberação da renina pelas células JG. A 
estimulação simpática dos rins resulta na liberação da renina da mesma forma que os altos níveis de 
epinefrina. A renina é liberada em função da sensibilidade das células pela diminuição do contato do TCD 
causada pela estimulação simpática (↓ fluxo sanguíneo) 
RENINA x ↓ PRESSÃO 
• Quando o volume do filtrado do TCD é pequeno, também há estimulação das células JG, havendo então a 
liberação da renina. Atuam na MANUTENÇÃO DA VOLEMIA E NA RETENÇÃO DO SÓDIO 
• A renina promove a quebra da alfa2-globulina, que circula no sangue formando a angiotensina I, a qual é 
convertida pela ECA, gerando a angiotensina II na circulação pulmonar 
 
2 – ERITROPOETINA (EPO) 
• Glicoproteína produzida em situações de hipóxia renal. É produzida pelas células epiteliais do TCP (90%) e 
pelo fígado (10%). Sua função é a regulação da ERITROPOIESE (produção de eritrócitos) atuando na medula 
 
3 – VITAMINA D 
A etapa inicial de síntese de vitamina D se inicia na epiderme, onde está armazenada em sua substância 
precursora (7-DHC). Para que o processo de ativação da vitamina D ocorra, é preciso que o animal receba luz 
solar diretamente (radiação UVB), a radiação faz com que ocorra a quebra fotolítica de ligações de carbono, 
gerando a pré-vitamina D3, assim são transportadas via sangue até chegarem ao fígado. No fígado, as 
vitaminas D2 e D3 sofrem hidroxilação, dando origem a vitamina D ou calcidiol. 
VITAMINA D x CÁLCIO 
• O intestino e os rins atuam no metabolismo osteomineral de cálcio e fósforo. Nos rins, atua no TCD 
promovendo a reabsorção de cálcio nos túbulos e no TGI. O PTH atua na quebra de cálcio em nível ósseo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – SISTEMA DIGESTÓRIO 
• É o sistema responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções 
do organismo, atua na captação, secreção, motilidade, digestão, absorção e no armazenamento 
REGULAÇÃO E ESTÍMULOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 FASE CEFÁLICA (CEREBRAL) FASE GÁSTRICA FASE INTESTINAL 
• Odor, lembrança, horário, 
hábitos e paladar 
• Estímulos de vias reflexas 
longas, curtas e hormonais 
• Estímulos de vias reflexas 
longas, curtas e hormonais 
 
VARIAÇÕES ANATÔMICAS 
CLASSIFICAÇÃO: • Carnívoro, herbívoro ou onívoro 
TIPO DE DIGESTÃO: • Monogástrico, ruminante ou fermentadores pós-gástricos3.1 – CAVIDADE ORAL 
• Local onde é recebido o alimento e ocorre o início do processo de digestão química e física, ocorre a redução 
do tamanho das partículas de alimento. O alimento é misturado à saliva (INSALIVAÇÃO) para formação do 
BOLO ALIMENTAR 
• ESTRUTURAS: palato, dentes, língua e glândulas salivares 
 
1 – PREENSÃO 
 CARNÍVOROS BOVINOS EQUINOS AVES 
• 6 incisivos usado para a 
preensão 
• 2 caninos para perfuração 
• 8 pré-molares e 4 molares 
em cima e 6 em baixo para 
mastigação 
• Língua como órgão 
preensor 
• Pulvino dental (pinça) 
• Lábio superior 
altamente móvel 
• Dentes incisivos para 
cortar gramíneas 
• Preenche o 
bico com água 
e ergue a 
cabeça 
 
2 – MASTIGAÇÃO 
• Necessário para a LUBRIFICAÇÃO do alimento através do muco salivar, para a MISTURA do alimento à saliva 
e para a TRITURAÇÃO MECANICA do alimento para que possa ser deglutido mais rapidamente e misturado 
às secreções digestivas 
PROCESSO MASTIGATÓRIO 
• Córtex cerebral (área sensorial do paladar e olfato) → Núcleo motor trigêmeo → mm. Abaixadores da 
mandíbula → abertura da boca para entrada do alimento → mm. Elevadores da mandíbula → sequência 
rítmica pelo tronco encefálico → mastigação 
3 – GLÂNDULAS SALIVARES 
• Facilita os processos de mistura, mastigação e deglutição. Ajuda a manter os dentes e a boca limpa, 
reduzindo o crescimento bacteriano 
• COMPOSIÇÃO DA SALIVA: muco, amilase salivar e água 
• PRINCIPAIS GLÂNDULAS: parótida, zigomática, mandibulares e sublinguais 
 
4 – LÍNGUA 
• Órgão muscular que movimenta o alimento dentro da cavidade e desloca o mesmo para o esôfago, auxilia na 
trituração, deglutição, mastigação, fala e defesa. A superfície da língua é mais grossa e composta por papilas, 
o paladar é feito por quimiorreceptores 
• MOVIMENTAÇÃO DA LÍNGUA: MM. EXTRÍNSECOS (eleva, abaixa, recolhe e protrai) e MM. INTRÍNSECOS 
(alongam, encurtam, enrolam e desenrolam o seu ápice e achatam e arredondam a sua superfície) 
• INVERVAÇÃO: INVERVAÇÃO MOTORA (hipoglosso) e INERVAÇÃO SENSORIAL (5° par de nervos cranianos: 
trigêmeo) 
 
3.2 – OROFARINGE 
• Via comum para a passagem do alimento e do ar 
1 – DEGLUTIÇÃO 
• Abertura do palato mole e fechamento da glote 
FASES DA DEGLUTIÇÃO: 
 FASE ORAL FASE FARÍNGEA FASE ESOFÁGICA 
• VOLUNTÁRIA 
• Prepara o alimento para que 
seja deglutido de forma segura 
pela mastigação 
• Ocorre o SINCRONISMO DE 
ESTRUTURAS: mm. Da 
mastigação, lábios e língua 
• Incisão → trituração → 
pulverização 
• INVOLUNTÁRIA 
• Faringe → esôfago 
• O palato mole é empurrado para 
cima, fechando a parte nasal da 
faringe e impedindo o refluxo do 
alimento 
• ARCOS PALATOFARÍNGEOS se 
aproximam para impedir a 
passagem de alimentos grandes 
• INVOLUNTÁRIA 
• Esôfago → estômago 
• PERISTALSE PRIMÁRIA 
• PERISTALSE SECUNDÁRIA 
 
2 – ESÔFAGO 
• Canal que conduz o alimento até o estômago. É um conduto musculoso de contrações involuntárias 
controlada pelo SN autônomo, suas contrações através das ondas peristálticas automáticas fazem com que 
bolo alimentar chegue rapidamente ao estômago 
• A ONDA PERISTÁLTICA AUTOMÁTICA além de levar o bolo até o estômago, reduz o risco de refluxo 
gastroesofágico, impedindo a reentrada de material alimentar para a faringe. A CONTRAÇÃO TÔNICA DO M. 
CROCOFARÍNGEO: impede também a reentrada do material alimentar na faringe 
• O processo de peristaltismo movimenta o bolo através do esôfago e termina quando a comida passa pela 
junção gastroesofágica. O esfíncter é fechado tonicamente no repouso e aberto durante a deglutição, 
vômito ou eructação 
FASE ESOFÁGICA: 
• 1/3 ESÔFAGO: controle n. VAGO e GLOSSOFARÍNGEO (m. EE) 
• 2/3 ESÔFAGO: controle AUTONÔMICO (m.Liso) 
 PERISTASE PRIMÁRIA PERISTALSE SECUNDÁRIA 
• Onda de contração iniciada na faringe que se 
propaga para o esôfago (duração de 10s) 
• Distensão do esôfago que ocorre quando nem 
todo o alimento do esôfago foi removido na 
peristalse primária 
• Ocorre até que todo o esôfago seja esvaziado 
 
 
3.3 – ESTÔMAGO 
• Armazena grandes quantidades de alimentos até que ele possa ser processado 
• Mistura o alimento com as secreções gástricas formando uma mistura semilíquida (QUIMO) 
• Controla o fluxo do quimo para o ID a uma vazão compatível com a absorção e digestão pelo ID 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ESTÔMAGO: 
 CÃES, GATOS, SUÍNOS E EQUINOS RUMINANTES AVES 
• Estômago químico • Pré-estômagos 
• ABOMASO: 
estômago químico 
• PROVENTRÍCULO: estômago químico 
• MOELA: estômago mecânico 
 
HISTOLOGIA: 
• EPITÉLIO DE REVESTIMENTO SIMPLES PRISMÁTICO PRODUTOR DE MUCO 
• SUPERFÍCIE DO ESTÔMAGO: forma invaginada (FOSSETAS GÁSTRICAS), no fundo dessas fossetas abrem-se 
glândulas (glândulas fúndicas, cárdicas e pilóricas) 
• MUSCULAR: m. Liso 
• SEROSA 
 
1 – MOTILIDADE GÁSTRICA 
• Permite que alimentos ingeridos sejam transportados durante um período de tempo adequado para que os 
nutrientes do lúmen sejam digeridos e absorvidos 
• As principais funções da motilidade gástrica é propelir o alimento ao longo do TGI, na degradação mecânica 
do alimento e na mistura do alimento com as secreções gastrointestinais 
FUNÇÃO: 
• Armazenamento, mistura e trituração do alimento pela propulsão peristáltica e regulação da velocidade de 
esvaziamento 
• Ocorre a mistura do bolo alimentar com as secreções gástricas, através das ondas peristálticas do corpo para 
o antro, essas ondas promovem o relaxamento do piloro que permite a passagem de pequenas quantidades 
de quimo para o duodeno, entretanto, ela se contrai rapidamente, induzindo uma onda peristáltica do antro 
para o corpo, gerando a trituração do alimento (SÍSTOLE ANTRAL) 
 
A MOTILIDADE GÁSTRICA É DEPENDENTE DE: 
• Das fases encefálica, gástrica e intestinal 
• Do esvaziamento gástrico 
• SN simpático diminui a motilidade (CCK, peptídeo inibidor gástrico, enterogastrona e secretina) 
• SN parassimpático aumenta a motilidade e as secreções 
 
 
 
 
2 – ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
• Permitir um esvaziamento regulado dos conteúdos gástricos a uma velocidade consistente com a capacidade 
de processamento do quimo pelo duodeno 
• A função de esvaziamento se dá por contrações intensas para que haja a expulsão do alimento do estômago, 
a maior parte das contrações estomacais são fracas, intensificando-se apenas no momento de evacuação 
• O esvaziamento do estômago se dá no momento que o alimento chega ao duodeno, ativando o REFLEXO 
ENTEROGÁSTRICO, fazendo com que o esfíncter pilórico se feche, evitando a passagem do suco gástrico 
para o duodeno, enquanto é aumentada a produção deste para a digestão alimentar 
• Evitar o refluxo dos conteúdos duodenais 
• PILORO: bomba pilórica 
FATORES GÁSTRICOS: 
• Liberação de gastrina, o que aumenta a produção do suco gástrico e estimula a ação da bomba pilórica 
FATORES DUODENAIS: 
• Reflexos enterogástricos: quando o alimento sai do estômago começam as ondas peristálticas no intestino e 
liberações hormonais, como a CKK 
REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: 
 ESTIMULAM INIBEM 
• Volume gástrico • Reflexos nervosos enterogástricos 
duodenais 
• Hormônio gastrina • Gordura e CKK 
• Motilidade • Secretina e peptídeo inibidor 
gástrico (GIP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – MOVIMENTOS GÁSTRICOS DE MISTURA 
• O deslocamento do alimento do reservatório para o antro propicia a mistura e simultaneamente, o 
esvaziamento gástrico 
• CONTRAÇÕES FÍSICAS ocorre quando há muito alimento no estômago, causa maior mistura no alimento 
• As CONTRAÇÕES TÔNICAS e PERISTÁLTICAS na região do corpo gástrico fazem com que parte do conteúdo 
seja deslocado para o antro (são contrações mais fortes) 
• Líquidos e pequenas partículas saem doestômago mais rapidamente do que partículas grandes (função 
peneira) 
FUNÇÃO PENEIRA: 
 FASE DE PROPULSÃO FASE DE ESVAZIAMNETO FASE DE RETROPULSÃO 
• Fluxo rápido de líquidos e 
de pequenas partículas em 
suspensão e fluxo mais 
lento para grandes 
partículas no antro 
• Esvaziamento de líquidos e 
pequenas partículas 
enquanto grandes 
partículas são retidas no 
antro terminal 
• CANAL GÁSTRICO 
• Retropulsão de grandes 
partículas (MOAGEM) e 
esvaziamento do antro 
terminal 
• CANAL PILÓRICO 
 
 
 
 
 
4 – SECREÇÕES ESTOMACAIS 
 
CÉLULA MUCOSA DO COLO 
• MUCO 
• Age neutralizando a pepsina, protegendo a parede do estômago 
• Revestimento protetor alcalino 
 
CÉLULA DA SUPERFÍCIE 
• MUCO 
• Age neutralizando a pepsina, protegendo a parede do estômago 
• Revestimento protetor alcalino 
CÉLULA PARIETAL (OXÍNTICAS) • HCl- e FATOR INTRÍNSECO ( ajuda na absorção de B12 e peptídeos) 
CÉLULA ENTEROCROMAFIM • HISTAMINA E SEROTONINA 
• São estimuladas pela célula G 
• Auxiliam na produção de HCl a partir da liberação de histamina 
 
CÉLULA PRINCIPAL 
• PEPSINOGÊNIO: enzima digestiva do estômago, sendo ativada pelo suco 
gástrico, atua na degradação proteica 
• LIPASE: enzimas que atuam sobre lipídeos (ácidos graxos e glicerol), atua 
apenas no ID 
 
CÉLULA D 
• SOMASTOTININA 
• ↓ As secreções do TGI (ex: inibe HCl) 
• Inibe a insulina e glucagon 
• ↓ a ação secretória exócrina do pâncreas 
CÉLULA INTERSTICIAL DE CAJAL • Serve como “marcapasso” que desencadeia a CONTRAÇÃO DOS 
INTESTINOS, desencadeiam ondas lentas (3 ondas/min) 
 
 
 
 
MECANISMO INTRACELULAR PARA SECREÇÃO DE HCl: 
• No estômago a secreção de HCl é feita através do ESTÍMULO DA CÉLULA PARIETAL, presente apenas na 
porção do corpo e fundo gástrico, pelo controle neural e hormonal 
 
 
 
 
 
 GASTRINA HISTAMINA ACETILCOLINA 
• Estimula a secreção de ácidos 
pelas CÉL. PARIETAL 
• ↑ Indiretamente a secreção 
de pepsinogênio e estimula o 
fluxo sanguíneo e a motilidade 
gástrica 
• O conteúdo gástrico rico em 
AA e pequenos peptídeos 
atuam diretamente sobre as 
células gástricas 
• As células parietais são 
estimuladas pela histamina que 
atuam sobre os RECEPTORES H2 
• Estes receptores respondem a 
quantidades inferiores à 
concentrações limiares que atuam 
sobre os receptores de H2 nos 
vasos 
• A histamina provém dos 
MASTÓCITOS 
• Liberada por NEURÔNIOS 
• Estimula RECEPTORES 
MUSCARÍNICOS específicos 
presentes nas células 
parietais e nas células que 
contêm histamina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMO PARA A ESTIMULAÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA DE ÁCIDO: 
 FASE CEFÁLICA FASE GÁSTRICA FASE INTESTINAL 
ESTÍMULO: 
• Mastigação, deglutição, 
paladar e cheiro do alimento 
SECREÇÃO DE HCl: 
• NERVO VAGO: impulsos 
vagais excitam os neurônios 
secretomotores entéricos 
para as CÉL. PARIETAIS, G e 
ENTEROCROMAFINS 
ESTÍMULO: 
• Distensão gástrica 
• Peptídeos e AA no lúmen 
SECREÇÃO DE HCl: 
• REFLEXOS LOCAIS E VAGAIS: 
estimulam as CÉL. PARIETAIS e a 
LIBERAÇÃO DE HISTAMINA e 
GASTRINA 
• Peptídeos e AA liberam gastrina 
das cél. G do estômago 
ESTÍMULO: 
• Produtos da digestão de 
proteínas no duodeno 
• Distensão do duodeno 
• AA e peptídeos no sangue 
SECREÇÃO DE HCL: 
• Liberação de gastrina das cél. 
G no intestino 
• Reflexos entéricos e 
vagovagais para as células de 
enterocromoafins, G e 
parietais 
• Liberação de GRP intestinal e 
de gastrina das cél. G no 
estômago 
 
RELAXAMENTO GÁSTRICO: 
 RECEPTIVO/CEFÁLICA ADAPTATIVO/GÁSTRICO FEEDBACK/INTESTINAL 
• Ocorre para se preparar para 
a chegada do alimento no 
estômago 
• Ocorre para caber mais alimento 
no estômago 
• Ocorre pois não pode sair 
grandes volumes do estômago 
e, com isso ocorre o 
relaxamento estomacal para 
que seguro o resto de 
alimento no estômago, 
continuando a mistura e, 
assim, indo de pouco em 
pouco para o intestino 
 
3.4 – MOTILIDADE DO ESTÔMAGO E ÊMESE 
• Localiza-se no TRONCO ENCEFÁLICO, recebem informações do córtex, do n. vago, do sistema vestibular, 
límbico e do ZQD. 
• Relaxamento muscular do estômago → fechamento do piloro → expansão da caixa torácica e fechamento da 
glote → abertura do esfíncter esofágico superior → relaxamento do esfíncter esofágico inferior → contração 
da musculatura abdominal 
1 – ALTERAÇÕES VESTIBULARES 
• Causa geralmente, por cinetose, são estímulos vindos dos CANAIS SEMICIRCULARES que são transmitidos 
pelo VIII par de nervos cranianos e induzem o vômito pela úvula e cerebelo 
2 – CÓRTEX CEREBRAL 
• Causado por estímulos VISUAIS e AUDITIVOS 
3 – SISTEMA LÍMBICO 
• Induz o vômito a partir de EMOÇÕES, como de medo ou ansiedade 
4 – ZONA DEFLAGADORA DE QUIMIORRECEPTORES (ZQD) 
• Área da medula oblonga, localizada no 4° ventrículo e está fora da barreira hematoencefálica, fazendo parte 
do próprio centro do vômito. Recebe estímulos de DROGAS E HORMÔNIOS TRANSMITIDOS PELO SANGUE 
induzindo o vômito por meio de neurotransmissores: acetilcolina, dopamina, histamina, substância P e 
seratonina 
• Cão = D2 e H1 gato = α1 
5 – AFERENTES PERIFÉRICOS 
• Induz o vômito a partir de LESÕES E ESTÍMULOS na faringe, esôfago, estômago, intestino e rins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.5 – INTESTINO DELGADO 
• A principal parte da digestão e absorção ocorre no ID, sua estrutura é especialmente adaptada para essa 
função, fornecendo grande área de superfície de contato, sendo ainda, muito aumentando pelas pregas 
circulares, vilosidades e microvilosidades 
HISTOLOGIA: 
• MUCOSA: apresenta VILOSIDADES INTESTINAIS, são projeções alongadas em direção ao lúmen e é revestida 
por um EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES, com CÉL. ABSORTIVAS E COLUNARES (CRIPTAS DE LIEBERKUHN) 
• SUBMUCOSA: TECIDO CONJUNTIVO DENSO, apresenta glândulas (GLÂN. DE BRUNNER) que secretam muco 
alcalino 
• MUSCULAR: m. Liso 
• SEROSA: TECDO CONJUNTIVO recoberta por EPITÉLIO PAVIMENTOSO SIMPLES 
 
MOTILIDADE DO INTESTINO DELGADO: 
 CONTRAÇÃO SEGMENTAR CONTRAÇÃO PERISTÁLTICA 
• Fragmentação do quimo (2-3 vezes/min) 
• REPETITIVO 
• Mistura o quimo, coloca o quimo em contato 
com a superfície de absorção e as secreções 
digestivas 
• AUMENTA O CONTATO À SUPERFÍCIE 
• A frequência das ondas é proporcional às ondas 
estomacais (ondas lentas) 
• Atropina diminui a atividade de ondas pelo SNE 
• Propela o quimo (5 min a 2-4h) 
• UNIDIRECIONAL (estimulação mecânica) 
• Aumenta a pós-refeição pela chegada do quimo 
ao duodeno (reflexo gastroentérico) 
• Hormônios estimulantes: gastrina, CCK, insulina 
e serotionina 
• Hormônios inibitórios: secretina e glucagon 
 
FENÔMENOS MOTORES: 
• Feito pelo arranjo de CÉL. M. LISAS 
• M. EXTERNA (LONGITUDINAL) + M. INTERNA (CIRCULAR) 
• O quimo é dividido em pedaços para que ocorra o aumento da superfície de contato, alternando o tipo de 
contração segmentar 
 
 
 
 
 
 
 
VÁLVULA ÍLEO-CECAL: 
• Bloqueia o quimo por várias horas até a próxima refeição (reflexo gastroileal) 
• Impede o fluxo retrógado do conteúdo fecal do cólon para o ID 
• O esfíncter ileocecal diminui a velocidade do esvaziamento do conteúdo ileal para o ceco exceto 
imediatamente após uma refeição 
 
3.6 – INTESTINO GROSSO 
• Função de absorver água e eletrólitos, responsabilidade essa, da metade mais proximal, e pela realização, 
armazenamento e expulsão da matéria fecal, função da metade mais distal 
HISTOLOGIA: 
• MUCOSA: ausência de vilosidades, as criptas de Lieberkhum são bem desenvolvidas e abundância de céluas 
caliciformes 
• SUBMUCOSA: tecido conjuntivo 
• MUSCULAR: circular interna e longitudinal externa + presença do plexo mioentérico de Auerbach 
• SEROSA: vasos sanguíneos 
FUNÇÕES DO CÓLON: 
• Absorção de água e eletrólitos 
• Formaçãoe armazenamento do bolo fecal 
MOTILIDADE DO INTESTINO GROSSO: 
 CONTRAÇÃO SEGMENTAR PROPULSÃO ABORAL 
• HOMEGENEIZAÇÃO DOS ALIMENTOS 
• Ocorre a mistura dos alimentos nas secreções 
do IG (MISTURA DAS FEZES) 
• Deslocamento do bolo alimentar 
• PROPELIR AS FEZES (1-3x/dia) 
 
DIARREIA: ID x IG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.7 – FÍGADO E VIAS BILIARES 
• Armazenamento de sangue 
• Metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas 
• Biotransformação de fármacos (fase 1 e 2) 
• Produção de proteína (albumina, globulina e fibrinogênio são as principais), além de produzir todos os 
fatores de coagulação e as proteínas do sistema complemento 
• Armazenamento de glicose (glicogênio) 
• Pré-ativação da vitamina D 
• Armazenamento de ferro (ferritina) 
• Armazenamento de vitaminas (principalmente as lipossolúveis) 
• Produção de bile e de colesterol 
• Produção de IGF-1 (somastomedina), hormônio do crescimento que é estimulado pelo GH 
HISTOLOGIA 
• Está estrategicamente situado no sistema circulatório recendo um SUPRIMENTO SANGUÍNEO DUPLO: 20% 
do seu fluxo é rico em O2 e provém da a. hepática, enquanto que o restante de 80% é rico em nutrientes e 
provém da v. porta. Esta particularidade permite ao fígado controlar as substâncias que são absorvidas em 
todo o intestino e determinar quais delas vão entrar, e como vão entrar na circulação sistêmica 
• Os HEPATÓCITOS são as células mais importantes do fígado, constituem cerca de 2/3 de sua massa. Entre os 
CORDÕES DE HEPATÓCITOS estão os SINUSÓIDES VASCULARES revestidos por CÉL. ENDOTELIAIS 
FENESTRADAS e descontínuas que desmarcam o ESPAÇO DE DISSE, para dentro do qual se projetam 
abundantes microvilosidades da membrana basolateral do hepatócito, estando assim, em contato direto 
com o sangue arterial e venoso portal. A MEMBRANA APICAL DOS HEPATÓCITOS com diferentes canais e 
transportadores em relação à membrana basal é responsável pela formação dos CANALÍCULOS BILIARES 
através da formação de sulcos entre hepatócitos adjacentes. Estes canalículos biliares se fundem para 
formar os DÚCTOS BILIARES (CANAIS DE HERING) e depois a nível das zonas portais ductos biliares, já 
revestidos por células epiteliais ou COLANGIÓCITOS permitem a EXCREÇÃO DA BILE 
• No espaço de Disse, existem ainda as CÉL. DE KUPFFER que é um acúmulo de macrófagos que atuam na 
fagocitose hepática e a CÉL. DE ITO ou ESTRELADAS que são reservas de substâncias lipídicas, atuando 
também na fibrose hepática patológica 
LÓBULOS HEPÁTICOS 
• O fígado é organizado estruturalmente em LÓBULOS com áreas portais na periferia e as veias centrais no 
centro de cada lóbulo, enquanto que, funcionalmente, ele é organizado em ÁCINOS com o fluxo sanguíneo 
podendo ser portal ou arterial, podendo ainda entrar nos ácinos pelas ÁREAS DE PORTAIS 
• O ÁCINO HEPÁTICO é a unidade funcional do fígado, compreende a massa de parênquima dependente de 
suprimento sanguíneo através do trato porta. As células estão dispostas em ZONAS CONCÊNTRICAS que 
cercam os vasos aferentes terminais 
• ZONA 1 (PERIPORTAL): é a mais próxima ao espaço porta, é a primeira a receber sangue com alto teor de 
oxigênio, insulina e glucagon, tem alta taxa metabólica e é a última a sofrer necrose e a primeira a mostrar 
sinais de regeneração 
• ZONA 2 (MEIOLOBULAR): recebe sangue com o conteúdo intermediário de oxigênio 
• ZONA 3 (CENTROLOBULAR): é a mais próxima das veias hepáticas terminais, recebe o sangue por último, 
nesta zona, estão muitas das enzimas que participam da biotransformação (NADPH e citocromo P450) 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DA BILE 
• A bile é formada na MEMBRANA BASOLATEREAL dos hepatócitos e secretadas na sua forma modificada 
através da MEMBRANA APICAL 
• A BILE é uma secreção do TGI essencial para a digestão e absorção lipídica 
• A secreção da bile ocorre ativamente nos hepatócitos, secretando SAIS BILIARES, COLESTEROL, 
FOSFOLIPÍDEOS e PIGMENTOS BILIARES e muitas outras substâncias à caminho dos canalículos biliares, a 
secreção é passiva e atrai água e íons, os ductos biliares não são apenas utilizados como transporte da bile, 
mas também para a secreção de bicarbonato, um dos fatores essenciais para essa excreção é feita pela 
enzima SECRETINA, CCK, VIP e GLICAGINA. No intervalo entre as refeições, cerca de metade da bile 
secretada é direcionada para a VESÍCULA BILIAR, onde a bile é armazenada 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL 
• TESTE DE FUNÇÃO: albumina, proteínas totais, tempo de protrombina e estudos dos fatores de coagulação. 
Para saber o problema hepático, tem que fazer também a dosagem renal 
• TESTE DE LESÃO (AST/TGO e ALT/TGP): paciente com cirrose pode ter esses marcadores diminuídos, 
podendo ser bom pela diminuição da inflamação ou ruim, pela falta de células para degradar 
• TESTE DE LESÃO DO DUCTO BILIAR (GAMA-GT e FOSFATASE ALCALINA): eles aumentam pois estão na 
borda da célula ductal, e com isso, aumenta a quantidade dessas enzimas para controle de inflamação 
 
3.8 – PÂNCREAS 
• O pâncreas possui duas funções, a EXÓCRINA (80%) e a ENDÓCRINA (ILHOTAS DE LANGERHANS 20%) 
PÂNCREAS EXÓCRINO 
• Região repleta de CÉL. ACINARES ZIGOGÊNIOS que produzem enzimas como: TRIPSINOGÊNIO (proteína), 
QUIMIOTRIPSINOGÊNIO, PROCARBOXIPEPTIDADE, AMILASE PACREÁTICA (carboidratos) e LIPASE 
PANCREÁTICA (lipídeos) 
• A estimulação da célula pancreática para a liberação de ZIMÔGENOS na luz do ácino é a CCK e a Ach 
• O epitélio dos ductos é CÚBICO SIMPLES, que produz e também libera bicarbonato e cloreto de sódio pela 
ANIDRASE CARBÔNICA, ela atua no enxague do ducto para assim ser jogado ao duodeno, essas células são 
estimuladas pela SECRETINA, produzida pela CÉLULA S, apenas quando chega algo ácido no duodeno. Já 
quando chega algo gorduroso ou proteico a célula é estimulada a produzir CKK 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.9 – DIGESTÃO FERMENTATIVA 
RUMINAÇÃO 
• Processo metabólico fermentativo. A ruminação é a regurgitação repetida e a remastigação dos alimentos, o 
processo consiste no retorno do bolo alimentar do rúmen para a boca, onde é remastigado, na presença de 
maior quantidade de saliva, e posteriormente deglutido novamente 
• A ruminação depende de CONTRAÇÕES CÍCLICAS DO RÚMEN E DO RETÍCULO, as quais conduzem o 
alimento até o esfíncter cárdico, que relaxa também ciclicamente a força de passagem para o esôfago, no 
qual movimentos antiperistálticos levam o alimento regurgitado até a boca 
• PROCESSO DE TAMPÃO: favorece o pH alcalino em função da microbiota 
PRÉ-ESTÔMAGOS: 
 RÚMEN RETÍCULO OMASO 
• Reservatório e câmara 
fermentativa 
• Responsável pela contração 
que leva a regurgitação 
• Responsável pela absorção 
de água, minerais e pela 
redução de partículas 
 
ESTÔMAGO VERDADEIRO (QUÍMICO): 
 ABOMASO 
• Secreta produtos através de glândulas, 
como pepsina e pepsinogênio, 
hormônios (gastrina), HCl e água 
 
VANTAGENS x DESVANTAGENS DA RUMINAÇÃO: 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
• Consumo de dietas FIBROSAS 
• Trânsito lento 
• CELULOSE como principal carboidrato 
• Produção de vitaminas (complexo B) 
• Proteína metabolizável pela massa microbiana 
(AGV) 
• Perda de energia na fermentação (calor e 
metano) 
• Modificações de proteínas de alta qualidade 
• Mastigação excessiva 
• Controle constante de pH 
• Não toleram alterações drásticas na dieta 
• ALCALOSE METABÓLICA: êmese 
• ACIDOSE METABÓLICA: diarreia ou 
diarrea/êmese 
 
FERMENTAÇÃO: 
• Processo químico realizado na ausência de O2, que consiste na síntese de ATP sem o ciclo de Krebs 
(respiração celular). É uma atividade metabólica feita por microrganismos, os SUBSTRATOS MOLECULARES 
são HIDROLISADOS enzimaticamente, nos herbívoros encontram-se os METABÓLITOS BACTERIANOS 
• PRODUTOS DA FERMENTAÇÃO:AGV (90% da energia dos ruminantes), podendo ser de ácido acético, 
propiônico ou butírico, etanol, massa microbiana e calor 
FERMENTAÇÃO x pH IDEIAL 
• PROZOÁRIOS E BACTÉRIAS 1° e 2°: pH de 6.2 
• BACTÉRIAS AMILOLÍTICAS: pH de 5.5 
• LACTOBACILOS: pH mais baixo 
• OBS: alterações na dieta alteram os microrganismos dominantes 
 
PROCESSOS FERMENTATIVOS DOS MICRORGANISMOS: 
• O fluxo de ingestão lento mantém as populações de microrganismos constante 
• BACTÉRIAS: maioria anaeróbicas restritas (28 espécies) 
• PROTOZOÁRIOS: estão em menor quantidade, mas a massa crítica é igual a de bactérias, esses protozoários 
são de maioria ciliada e uma pequena parte flagelada, também sendo anaeróbicos restritos 
DISTRIBUIÇÃO DO CONTEÚDO RUMINAL: 
• PARTÍCULAS FIBROSAS SOBRENADANTES: grande quantidade de microrganismos 
• FRAÇÃO LÍQUIDA SOBRENADANTE: saliva e produtos da fermentação 
• MATERIAL LÍQUIDO: retículo e saco cranial e ventral do rúmen 
• MATÉRIA NA SUPERFÍCIE DA LUZ DO RETÍCULO-RÚMEN: troca de líquido para o sangue 
 
 
 
 
 
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS E CARBOIDRATOS NÃO-ESTRUTURAIS 
 RUMINANTES HERBÍVOROS NÃO-RUMINANTES 
• PROTEÍNA E CHO: rúmen (fermentação) 
• Ocorre uma RECICLAGEM CONTÍNUA de 
proteína de microrganismo mortos do 
SOBRENADANTE FIBROSO 
• A proteína verdadeira pode ou não ser 
degradada 
• PROTEÍNA: estômago e ID 
• CHO ESTRUTURAL: ceco 
 
MOTILIDADE RUMINAL 
• É controlado pelo CENTRO GÁSTRICO - MEDULA OBLONGA, é uma série de sequencias de contrações 
cíclicas mediadas pelo n. VAGO 
• É utilizado mecanorreceptores presentes na cavidade oral, reticulares e ruminais 
• INIBIÇÃO DA MOTILIDADE: ocorre por distensões exageradas nos estômagos ou por alterações de pH 
• MOTILIDADE: ciclo primário → ciclo secundário (eructação) → ruminação → fechamento da goteira 
esofágica 
GOTEIRA ESOFÁGICA 
• É uma invaginação da parede do retículo, ela conecta a cárdia ao orifício reticulomasal, é importante pois o 
leite atravessa o omaso e chega ao abomaso por esse mecanismo 
• ESTÍMULO PARA O FECHAMENTO: reflexo de sucção, presença de líquido na faringe e leite no rúmen 
(fermentação inadequada) 
 
 
 
 
 
4 – SISTEMA ENDÓCRINO 
• Regula e controla junto ao SN todas as funções do organismo, é responsável pela coordenação e regulação 
de processos fisiológicos por meio de HORMÔNIOS, estes estão envolvidos no CONTROLE DO 
METABOLISMO CORPORAL 
 
TIPOS DE METABOLISMO: 
 ENERGÉTICO ELETROLÍTICO CRESCIMENTO REPRODUTOR 
• Insulina 
• Glucagon 
• Cortisol 
• Adrenalina 
• T3 e T4 
• Gh 
• Hormônio 
paratireoideano 
• Angiotensina 
• Renina 
• Calcitonina 
• T3 e T4 
• Insulina 
• Gh 
• Estrógeno 
• Andrógeno 
• Androgênio 
• Progesterona 
• LH 
• FSH 
• Prolactina 
• Ocitocina 
 
 
 
4.1 – HORMÔNIOS 
• As GLÂNDULAS ENDÓCRINAS secretam hormônios, essas substâncias são lançadas na corrente sanguínea, 
atingindo células de diversos tecidos do organismo. Os hormônios podem estimular ou inibir as funções 
metabólicas. Cada hormônio atua sobre alguma célula específica (CÉLULA-ALVO) por receptores específicos 
de mecanismo CHAVE-FECHADURA, essa ligação entre o hormônio e seu receptor GERA UMA ATIVIDADE 
CELULAR. Os hormônios não ficam armazenados, eles são liberados conforme vão sendo sintetizados 
 
TIPOS DE HORMÔNIOS: 
1 – PROTEÍNAS E PEPTÍDEOS 
• Derivados de AMINOÁCIDOS e são HIDROFÍLICOS 
• Todos os importantes hormônios endócrinos remanescentes são proteínas, peptídeos ou derivados 
imediatos destes. São secretados pela HIPÓFISE ANTERIOR e POSTERIOR, PÂNCREAS e PARATIREOIDE. São 
sintetizados inicialmente em CÉLULAS DE AA de acordo com o RNAm transcrito, são sintetizados nos 
RIBOSSOMOS como PRÉ-PRÓ-HORMÔNIOS (hormônios peptídeos precursores), são então levados ao RER, 
onde ocorre a alteração de sua estrututura para a formação do PRÓ-HORMÔNIO, esses são levados ao 
APARELHO DE GOLGI e lá se encontram em sua FORMA ATIVA, sendo armazenados em suas VESÍCULAS 
SECRETORAS 
• TIPOS: HIPOTALÂMICOS (TRH, CRH, GH-RH, GnRH), ADENO-HIPOFISÁRIOS (GH, TSH, ACTH, prolactina, LH e 
FSH), NEURO-HIPOFISÁRIO (ADH e ocitocina), CALCITOCINA, PARATORMÔNIO (PTH), PANCREÁTICO 
(insulina e glucagon) e FATORES ENDOTELIAIS (endotelina) 
• O TRANSPORTE dos hormônios proteicos são feitos em sua forma DISSOLVIDA (livres) 
 
 
 
 
 
 
2 – AMINAS 
• Derivados da TIROSINA, em que os HORMÔNIO TIREOIDEANOS (T3 e T4) são LIPOFÍLICOS de TRANSPORTE 
PLASMÁTICO ASSOCIADO À PROTEÍNAS LIGADORAS, podendo ser ESPECÍFICAS (globulinas) ou 
INESPECÍFICAS (albumina) e as CATECOLAMINAS (produzidas pela adrenal, como a epinefrina e a 
norepinefrina) são HIDROFÍLICOS de TRANSPORTE PLASMÁTICO NA SUA FORMA DISSOLVIDA (livre) 
• As aminas são pequenas e atravessam bem a membrana plasmática, atuando no núcleo 
 
3 – ESTEROIDES 
• Derivados do COLESTEROL e são LIPOSSOLÚVEIS 
• São sintetizados a partir do colesterol, nos TESTÍCULO (testosterona), nos OVÁRIOS (estrogênio e 
progesterona) na GLÂNDULA ADRENAL (cortisol e aldosterona) e na PLACENTA estrogênio e progesterona) 
esses hormônios são lipofílicos e entram facilmente na membrana plasmática, se difundindo ao 
CITOPLASMA das células-alvo e migrando ao NÚCLEO até chegarem no DNA promovendo a SÍNTESE 
PROTEICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICA FÍSICO-QUÍMICO DOS HORMÔNIOS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINALIZAÇÃO CELULAR: 
 AUTÓCRINO PARÁCRINO ENDÓCRINO 
• Atua na MESMA CÉLULA que 
o secreta 
• Atua na CÉLULA ADJACENTE 
à célula secretória 
• Atua À DISTÂNCIA, sendo 
liberada na corrente sanguínea 
 
4.2 – EIXO HIPOTALÁMO-HIPOFISÁRIO 
• Interface entre o SNC e o SISTEMA ENDÓCRINO, atuando no controle da função de várias glândulas 
endócrinas e de vários processos fisiológicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPÓFISE (GLÂNDULA PITUITÁRIA) 
• A HIPÓFISE é formado por duas glândulas distintas: ADENO-HIPÓFISE e NEURO-HIPÓFISE 
 ADENO-HIPÓFISE (HIPÓFISE ANTERIOR) NEURO-HIPÓFISE (HIPÓFISE POSTERIOR) 
• Origem de CÉLULAS EPITELIAIS 
• É derivado do ECTODERMA ORAL e é composto 
de EPITÉLIO GLÂNDULAR 
• Através da conexão vascular da hipófise 
anterior com o hipotálamo, o hipotálamo 
integra SINAIS ESTIMULATÓRIOS e 
INIBIDTÓRIOS CENTRAIS e PERIFÉRICOS para 
os cinco tipos fenotipicamente distintos de 
células da hipófise 
 
HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS: deslocam-se para a 
hipófise (via vascular ou neural) 
HORMÔNIOS ESPECÍFICOS: para cada hormônio 
hipofisário 
 
HORMÔNIOS: 
• GhRH → GH (hormônio do crescimento) 
• PROLACTINA 
• GnRH → FSH (folículo estimulante) 
• GnRH → LH 
• TRH → TSH (T3 e T4) 
• CRH → ACTH (adrenocorticotrófico) 
• ENDORFINAS 
• Origem NERVOSA 
• É conectado ao hipotálamo através do 
INFUNDÍBULO (é uma ampliação do hipotálamo) 
• NEURÔNIOS SECRETADORES 
• São sintetizados por NEURÔNIOS 
HIPOTALÂMICOS e empacotados em VESÍCULAS 
SECRETORAS e transportados por fibras nervosas 
para a neuro-hipófise, sendo liberados por 
EXOCITOSE após um estímulo 
 
HORMÔNIOS: 
• OCITOCINA (núcleo paraventricular do 
hipotálamo) 
• ADH ou VASOPRESSINA (núcleos supra-ópticos 
(NOS) e paraventricular (NPV) do hipotálamo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA PORTA-HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO 
• As artérias para a hipófise são as ARTÉRIAS HIPOFISÁRIAS SUPERIORES, ramos da carótida interna. A 
suplência sanguínea da parte distal é feita sobretudo através de veias de um SISTEMA PORTA, o sangue dos 
capilares da parte tuberal e adjacências da haste drena para as veias, que descem para o infundíbulo e 
terminam em numerosos capilares sinusoidais da parte distal 
• O SISTEMA PORTA é constituído por pequenos vasos comuns à extremidade inferior do hipotálamo e da 
hipófise anterior, unidos através do infundíbulo 
CARACTERÍSTICAS: 
• Os hormônios hipotalâmicos podemser entregues à hipófise anterior diretamente e em altas concentrações 
• Os hormônios hipotalâmicos não aparecem na circulação sistêmica em altas concentrações 
• VASOS PORTAIS CURTOS - são evidências de fluxo retrógado (FEEDBACK NEGATIVO) 
• HORMÔNIOS TRÓFICOS: têm como tecido alvo uma glândula endócrina, tem a função de provocar a 
secreção de outros hormônios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3 – GLÂNDULA TIREOIDE 
• Estrutura de dois lobos localizadas no pescoço, em frente à traqueia e, produz hormônios, principalmente o 
TRIIODOTIRONINA (T3) e TIROXINA (T4) que são responsáveis por estimularem o metabolismo e afetam o 
aumento e a taxa funcional de muitos outros sistemas do organismo 
• Ela atua em função de órgãos importantes como como o coração, cérebro, fígado e rins e interfere também 
no crescimento e no desenvolvimento dos filhotes, na regulação dos ciclos estrais, fertilidade, peso, 
memória, humor e controle emocional 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA: 
• A tireoide é uma GLÂNDULA FOLICULAR, constituída pelos folículos tireoidianos formados por EPITÉLIO 
SIMPLES DE CÉLULAS FOLICULARES CUBÓIDES produtoras de hormônios tireoidianos. Entre os folículos 
estão presentes as CÉLULAS PARAFOLICULARES 
 
FOLÍCULOS 
• Cada folículo consiste numa camada de CÉLULAS FOLICULARES 
CÚBICAS que envolvem um lúmen cheio de COLÓIDE, seu 
tamanho aumenta durante a estimulação folicular 
 
CÉLULAS FOLICULARES 
• Derivam da ENDODERME 
• Armazenam uma forma intermédia do seu produto de secreção 
(TIREOGLUBULINA) extracelularmente no colóide 
 
 
CÉLULAS PARAFOLICULARES (CÉLULA C) 
• Encontram-se dispersas entre as células foliculares ou em 
agregados entre folículos. Função oposta do PTH 
• Segregam o hormônio peptídico CALCITONINA em resposta à 
elevação sérica de cálcio, a calcitonina diminui o cálcio sérico 
através da estimulação da captação de cálcio pelas células e 
pelo aumento da deposição de cálcio no osso 
 
COLÓIDE 
• É a RESERVA DE SECREÇÃO, contém a TIREOGLUBULINA 
• No colóide, o iodo está sob a forma de T3 e T4 ligados à uma 
globulina (componentes da tireoglobulina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNTESE DE T3 e T4 
• A síntese do hormônio tireoidiano depende basicamente de um suprimento adequado e IODO na DIETA e do 
ESTÍMULO DO TSH HIPOFISÁRIO. O TSH promove um processo PROTEOLÍTICO que resulta no lançamento de 
IODOTIRONINAS na corrente sanguínea, no sangue o hormônio tireoidiano circula ligado a uma proteína 
transportadora (TRH → TSH → T3 e T4) 
• A síntese de T3 e T4 ocorre nas CÉLULAS FOLÍCULARES DA TIREOIDE e no COLÓIDE FOLICULAR, a síntese é 
dependente da TIROGLOBULINA (TGB), a produção da tiroglobulina é feita a partir da transcrição do seu 
RNAm, sendo encaminhado ao ribossomo no citoplasma da célula para ai ser traduzido e decodificado em 
tiroglobulina, nesse processo, a tiroglobulina é armazenada em vesículas e encaminhadas ao colóide. Os 
hormônios tireoidianos são iodatos, dependendo então, da INCORPORAÇÃO DO IODO NA TIROGLOBULINA, 
para que isso aconteça, o iodo proveniente da circulação sanguínea é co-transportado de forma ativa para 
dentro da célula folicular, dentro da célula folicular, o iodo é transportado via PENDRINA para dentro do 
colóide para então ser incorporado na tiroglobulina, o iodo proveniente da circulação sanguínea está em seu 
estado aniônico (I-), para que ele seja incorporado na tiroglobulina, esse iodo precisa ser oxidado, ocorrendo 
a OXIDAÇÃO DO IODO por uma PEROXIDASE, o deixando catiônico (I2), agora com o iodo em sua forma 
catiônica, o iodo pode IODAR TIROSINAS da tiroglobulina, quando o iodo se acopla à tiroglobulina acaba se 
formando a tirosina, essa tirosina pode conter 4 ou 3 iodos, agora com a tirosina formada (tiroglobulina + 
tirosina) a molécula da tiroglobulina sofre ENDOCITOSE para dentro da célula folicular, dentro da célula 
ocorre a INCORPORAÇÃO DE LISOSSOMOS para que ocorra a degradação da tiroglobulina, degradando a 
molécula de tiroglobulina, sobrando apenas a tirosina, contendo as moléculas de iodo, podendo ser a 
TRIIODOTIROSINA (T3) ou a TIROXINA (T4), sendo então liberadas para fora da célula folicular para que 
possam exercer suas respectivas funções 
COMO SÃO PRODUZIDOS: 
• A SÍNTESE DE TIREOGLUBILINA: síntese proteica a partir do AMINOÁCIDO TIROSINA captado pela borda 
basal da célula 
• GLICLOSILAÇÃO: CAPTAÇÃO DE IODETO circulante pela borda basal e transporte ativo até o lúmen, no qual 
é ativado 
• IODAÇÃO DA TIREOGLOBULINA: combinação do iodo com a tireoglobulina que só ocorre no lúmen folicular 
• CAPTAÇÃO DO COLÓIDE: processo feito por PINOCITOSE através da borda apical da célula 
• DIGESTÃO DAS GOTÍCULAS DE COLÓIDE POR LISOSSOMOS: essa digestão acaba liberando triiodotirosina 
(T3) e tetraiodotirosina (T4 ou tiroxina), que acabam ultrapassando a membrana basal da célula e chegam ao 
capilar sanguíneo 
• CORRENTE SANGUÍNEA: o T3 e o T4 unem-se a proteínas plasmáticas e são lentamente liberados para os 
tecidos, esses hormônios tireoidianos se ligam novamente a proteínas intracelulares (ativando receptores 
intracelulares), sendo utilizados por dias e semanas 
 
 
 
T3 E T4 NA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
• A porcentagem de produção de T4 é maior do que T3 (4T4 : 1T3), porém a eficiência de T3 é maior do que a 
do T4 por conta do tipo de receptor nuclear existente no organismo. T3 É A FORMA MAIS ATIVA 
• O transporte dos hormônios tireoidianos é feito pela TBG - GLOBULINA DE LIGAÇÃO DA TIROXINA 
(LIPOSSOLUBILIDADE). Quando são liberados para a circulação sanguínea são imediatamente ligados a 
proteínas de transporte específico 
• ↑↑↑ TBG (globulina de ligação de tiroxina), ↑↑ TRASTIRETINA (pré-albumina) e ↑ ALBUMINA 
T3 • ↓ solubilidade 
T4 • 9x mais na circulação sanguínea 
 
CONVERSÃO PERIFÉRICA DE T4 PARA T3 
• O T4 é a forma inativa do hormônio tireoidiano, ele deve ser convertido em T3 antes para que o organismo 
porra utiliza-lo. Mais de 90% do hormônio produzido é o T4 
• Após a formação de MIT e DIT, ocorre a condensação também oxidativa destas iodotirosinas, mediada por 
uma molécula de peroxidase, ocorrendo dentro da molécula de tiroglobulina, gerando T3 e T4. Na superfície 
da molécula de tiroglobulina, a enzima de conjugação é capaz de unir duas moléculas de DIT (formando uma 
molécula de T4), pode eventualmente, unir uma molécula de DIT e uma de MIT (formando uma molécula de 
T3). São formadas mais moléculas de DIT do que MIT, sendo mais provável a formação de T4 do que T3 e, 
por isso a maior liberação de tiroxina do que triiodotirosina 
ENZIMAS: 
IODOTIRONINAS DEIODINASES 
• Os hormônios tireoidianos têm um efeito direto sobre as desiodases, regulando a ação dessas enzimas de 
maneira TECIDO-ESPECÍFICA 
• A iodotirosina deiodinase libera iodo, para reuso, a partir de tirosinas iodinadas, catalisando a liberação de 
iodo diretamente dos hormônios tireoidianos. São proteínas de membrana dependente de selênio-cistéina 
 
 
TIPO I e II 
• Esses dois tipos de enzimas catalisam a reação de 5’ 
DESIODODAÇÃO do T4, promovendo a formação do T3 
(hormônio ativo) 
• TIPO I: principal fonte de T3 circulante no plasma, está 
presente no fígado, rim e na tireoide. É inibia em jejum intenso 
• TIPO II: presente no m. cardíaco, m. EE e na tireoide 
 TIPO III • Converte o T4 em T3 INATIVO. Essas enzimas retiram um iodo 
específico da molécula, inativando-o 
 
CONTROLE E LIBERAÇÃO HORMONAL 
• O TSH é estimulado pelo TRH, o TRH é um tripeptídeo distribuído por toda a área do hipotálamo, estando 
sensível a estímulos como o frio e lactação. A síntese e a secreção de do TSH são influências pelos hormônios 
tireoidinaos (feedback negativo) e pelo TRH (feedback positivo) 
 
 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: 
• ↑ Da taxa metabólica basal (produção calórica em repouso) 
• ↑ O2 nos tecidos 
• ↑ Receptores β-adrenérgicos (epinefrina/norepinefrina), causando inotropismo e conotropismo positivo

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