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1 – SISTEMA RESPIRATÓRIO • Tem como principal função promover as trocas gasosas entre o O2 e o CO2, na termorregulação, proteção ambiental contra poeira, gases, agentes agressores e da temperatura externa, atua no metabolismo de substâncias endógenas e exógenas, na olfação, fonação, no equilíbrio ácido-base e na perda de H2O ANATOMIA: 1 - PORÇÃO CONDUTORA • Atua apenas na CONDUÇÃO DO AR (não ocorre troca gasosa) • Tem a função de umedecer, filtrar e ajustar a temperatura • O ar entra na CAVIDADE NASAL através das NARINAS, logo o ar é encaminhado para a FARINGE, que é uma estrutura comum tanto para o ar como para o alimento, o ar é encaminhado para a laringe e o alimento para o esôfago, na LARINGE contém quatro cartilagens, no sistema respiratório a mais importante é a EPIGLOTE pois ela atua na proteção de entrada de alimentos no trato respiratório, na laringe também é onde se encontram as CORDAS VOCAIS (importante para a fonação), no caminho o ar segue para a TRAQUEIA, grande estrutura tubular composta por ANEIS CARTILAGINOSOS que conduzem o ar para dentro do tórax até se bifurcarem na CARINA, dando origem aos BRÔNQUIOS CÉLULAS: EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO CILIADO DE CÉLULAS CALICIFORMES • Produzem muco • Atuam na proteção da via umedecendo e aquecendo o ar e retendo e expelindo sujidades 2 - PORÇÃO RESPIRATÓRIA • Atua na HEMATOSE (permite a troca passiva de gases entre a atmosfera e o sangue) • A troca de gases é feita por DIFUSÃO PASSIVA (↓ pressão de O2 e ↑ pressão de CO2) • A PLEURA é uma membrana LISA e SEROSA, contendo a PLEURA VISCERAL que cobre a superfície dos pulmões e a PLEURA PARIETAL que cobre o mediastino, o diafragma e a parede torácica • Os PULMÕES são subdivididos em LÓBULOS PULMONARES, os pulmões contêm a ÁRVORE BRÔNQUICA, as ramificações das vias aéreas dos brônquios primários até os terminais. A zona respiratória dos pulmões é a região contendo os ALVÉOLOS, que são pequenos sacos com paredes finas onde ocorre a hematose, incluindo também os BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS. O O2 e o CO2 passam entre os alvéolos e os CAPILARES PULMONARES por DIFUSÃO PASSIVA através da MEMBRANA RESPIRATÓRIA (camada fina) FUNÇÃO II FUNÇÃO RESPIRATÓRIA: • É processada mediante a três atividades distintas mas coordenadas, a VENTILAÇÃO é dada através da qual o ar atmosférico chega aos alvéolos, a PERFUSÃO é o processo pelo qual o sangue venoso procedente do coração chega aos capilares dos alvéolos e a DIFUSÃO é o processo em que o oxigênio do ar contido nos alvéolos passa para o sangue ao mesmo tempo em que o gás carbônico contido no sangue passa para os alvéolos MECANISMO DA TROCA GASOSA: • A troca de moléculas gasosas se processa através da PAREDE ALVEOLAR, do LÍQUIDO INTERSTICIAL contido nos espaços entre os alvéolos e os capilares, da PAREDE DO CAPILAR, do PLASMA SANGUÍNEOS e da MEMBRANA DOS GLÓBULOS VERMELHOS • Os alvéolos são a unidade funcional da respiração, constituindo-se de uma bolsa de tecido pulmonar, contendo ar e envolvida por capilares • Através da MEMBRANA ALVÉOLO-CAPILAR o sangue recebe o oxigênio, cede o gás carbônico e prossegue pela outra extremidade do capilar em direção às vênulas e veias pulmonares onde, já oxigenado, vai ao átrio esquerdo e ao ventrículo esquerdo, para ser bombeado por todo o organismo CÉLULAS DO SEPTO INTERALVEOLAR: PNEUMÓCITOS I • Células pavimentosas que formam uma camada de revestimentos quase contínuo na parede alveolar • Núcleo achatado, citoplasma extenso e ligadas à desmossomos (impedem o extravasamento do fluído extracelular para a luz dos alvéolos) com poros alveolares • São células do tipo permanente e são muito susceptíveis a lesões • Responsáveis pela troca gasosa nos alvéolos pulmonares PNEUMÓCITOS II • Células arredondadas encontradas entre os pneumócitos tipo I • São menos frequentes, com núcleo esférico e citoplasma vacuolizado e com microvilos na superfície • Possui CORPOS LAMELARES que produzem surfactante que é liberado por exocitose • Produzem SURFACTANTE ALVEOLAR, substância que é responsável por reduzir a tensão superficial da água no interior do alvéolo, facilitando as trocas gasosas • São responsáveis pela manutenção e reparo do epitélio alveolar após dano e atua na SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO MACRÓFAGOS LIVRES • Conhecida como “células da poeira” • Responsável pela defesa e reciclagem do surfactante e na remoção do surfactante oxidado (Dipalmitoil-fosfatidicolina) 1.2 – VENTILAÇÃO E CIRCULAÇÃO PULMONAR VENTILAÇÃO • É a renovação do ar contido na porção condutora da via respiratória de modo espontâneo e por ação dos músculos respiratórios, músculos intercostais e sobretudo o diafragma, isso ocorre no ato da inspiração e expiração TIPOS DE VENTILAÇÃO: 1 - NÃO DIRECIONAL • O meio flui passando pela superfície de troca em um padrão imprevisível (tegumentar) 2 - UNIDIRECIONAL • O meio respiratório entra na câmara por um ponto e sai por outro (aves) 3 - BIDIRECIONAL • O meio respiratório entra e sai da câmara pelo mesmo local (mamíferos) CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO PULMONAR • É quando o sangue é bombeado para os pulmões e retorna rico em oxigênio de volta ao coração. Inicia-se no VENTRÍCULO DIREITO (DÉBITO) e termina no átrio esquerdo do coração • O sangue desoxigenado entra no ventrículo direito e é bombeado para as artérias pulmonares dirigindo-se para os pulmões, percorrendo as arteríolas e capilares pulmonares onde ocorre a hematose. O sangue oxigenado passa para as vênulas pulmonares e para a veias pulmonares e retorna para o coração entrando no átrio esquerdo CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA • Circulação que fornece nutrientes aos tecidos da árvore tranqueobrônquica e aquece e umidifica o ar inspirado, mas não participa da hematose • É um ramo da CIRCULAÇÃO SISTÊMICA que atua no suprimento para as vias aéreas e estruturas do pulmão 1.3 – RESPIRAÇÃO • A respiração inclui dois processos, a RESPIRAÇÃO EXTERNA, que a absorção do O2 e remoção do CO2 do organismo como um todo e a RESPIRAÇÃO INTERNA, que o intercâmbio gasoso entre as células e seu meio líquido • O sistema respiratório nos vertebrados é formado pelo órgão de trocas gasosas (PULMÃO) e pela bomba que ventila os pulmões. Esta bomba consiste da parede torácica e dos MÚSCULOS DA CAVIDADE TORÁCICA (diafragmático e intercostais). Estes músculos são controlados pelo centro respiratório (BULBO CENTRAL) RESPIRAÇÃO NAS AVES • As aves NÃO POSSUEM DIAFRAGAMA, o pulmão é rígido e tem como função realizar a troca gasosa. Os SACOS AÉREOS atuam na movimentação do ar pela diferença de pressão. Na INSPIRAÇÃO aumenta-se o volume corporal e diminui a pressão dos sacos aéreos em relação à atmosfera, na EXPIRAÇÃO diminui-se o volume corporal e aumenta a pressão nos sacos aéreos, fazendo com que o ar seja forçado a sair. As aves possuem o FLUXO CONTÍNUO e UNIDIRECIONAL (o que aumenta a eficiência da respiração) AR → SACOS ÁREOS POSTERIORES → PULMÃO → SACOS AÉREOS ANTERIORES → AMBIENTE SUSCETIBILIDADE DAS AVES À INFECÇÃO POR AMÔNIA • A falta do m. diafragmático dificulta no ato da expiração ou para eliminar corpos estranhos inalados. O mecanismo de defesa das aves é feito por CÍLIOS que atuam na retenção e expulsão de corpos estranhos. Altos níveis de amônia fazem com que ocorra a PARALISAÇÃO DESSES CÍLIOS e até sua DESTRUIÇÃO impossibilitando a retirada de corpos estranho VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR À HIPÓXIA • A hipóxia alveolar leva à contração de pequenos ramos das artérias pulmonares. Provavelmente é um efeito direto da pressão reduzida de O2 na musculatura lisa • A baixa pressão de O2 diminui o fluxo para os alvéolos poucos ventilados, redistribuindo para regiões mais ventiladas. Essas respostas funcionam com hipóxia localizada ou generalizada em consequências de altas altitudesou doenças pulmonares. Essa resposta fisiológica é melhor em bovinos e suínos EXERCÍCIO x CIRCULAÇÃO PULMONAR • Ocorre a necessidade de O2 EXTRA. A adaptação cardiorrespiratória ao exercício físico corresponde às vias áreas que alteram seu funcionamento de forma a garantirem uma maior entrada de O2 para os pulmões e uma maior eliminação de CO2 na expiração, potencializando a frequência respiratória e as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares. Ocorre ainda, o aumento do débito cardíaco (de 6 a 8x mais), dilatação dos vasos sanguíneos pulmonares, diminuição da resistência vascular pulmonar e um menor tempo para oxigenação (1/3) 1.4 – RESPIRAÇÃO E TROCA GASOSA • O TRANSPORTE DE O2 está a cargo de HEMOGLOBINA (DESOXIHEMOGLOBINA), proteína presente nas HEMÁCIAS. Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 moléculas de gás oxigênio, formando a OXI- HEMOGLOBINA • Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico é liberado para o ar (HEMATOSE) • Nos tecidos ocorre um processe inverso, o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo LÍQUIDO TISSULAR, atingindo as células. A maior parte do TRANSPORTE DE CO2 ( cerca 70%) liberado no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ÁCIDO CARBÔNICO (H2CO3), que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e HCO3- (bicarbonato), difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina, o restante dissolve-se no plasma TRANSPORTE E ASSOCIAÇÕES: OXIGÊNIO GÁS CARBÔNICO 2% dissolvidos 7% dissolvidos 98% ligados à Hb 23% ligados à Hb --------------- 70% convertidos em HCO3- REAÇÃO DA HEMOGLOBINA: Hb + O2 ↔ HbO2 REAÇÃO DO CO2: H2O + CO2 ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- 1.5 – PRESSÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO • A entrada de ar nos pulmões são dependentes de 4 tipos de forças, a PRESSÃO ATMOSFÉRICA (PA) que tenta impedir a expansão da caixa torácica, a PRESSÃO INTRA-ALVEOLAR (PI) que em razão a sua conexão com o meio externo é igual à pressão atmosférica quando as vias aéreas estão abertas e não há fluxo de ar entrando ou saindo do pulmão, essa pressão tende a distender os pulmões, a ELASTICIDADE DO TÓRAX (ET), que decorrente da estrutura da caixa torácica tende a expandir o tórax e a ELÁSTICIDADE PULMONAR (EP), que possui as fibras pulmonares elásticas que tendem a retrair o pulmão • Com as vias aéreas abertas e sem fluxo de ar entrando e saindo dos pulmões, estas forças ESTÃO EM EQUILÍBRIO, de tal forma que elas se anulam. O EQUILÍBRIO É ALTERADO a favor da expansão do tórax mediante as contrações do músculo da caixa torácica, o que aumenta o diâmetro dela. Rompido o equilíbrio das forças, o pulmão se distende e o ar é inspirado. Cessada as contrações musculares esta energia acumulada nas fibras elásticas rompem o sistema de forças da retração pulmonar e o ar é expirado • A INSPIRAÇÃO É UM PROCESSO ATIVO, por envolver trabalho muscular e consequentemente gasto energético e a EXPIRAÇÃO (NÃO FORÇADA) É PASSIVA, sem gasto energético, pois é decorrente da retração das fibras elásticas pulmonares TIPOS DE PRESSÕES: 1 - PRESSÃO INTRAPLEURAL • Pressão existente entre a pleura parietal e visceral. É uma pressão SEMPRE NEGATIVA pois existe uma drenagem constante do líquido intersticial pelos ductos linfáticos. É sempre menor em relação a pressão intrapulmonar 2 - MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS • Atuam expandindo a caixa torácica, e juntam expandem também os pulmões, causando uma pressão negativa em seu interior (o que causa a entrada de ar) • O M. DIAFRAGMÁTICO expande em sentido caudal, os M. INTERCOSTAIS EXTERNOS expandem em sentido ventral e os M. ESTERNOCLEIDOMASTOIDE expandem também no sentido ventral 3 - MÚSCULOS EXPIRATÓRIOS • São os M. ABDOMINAIS (antagonistas do m. diafragmático) e os M. INTERCOSTAIS INTERNOS 3 - PRESSÃO ALVEOLAR • É a pressão interna do pulmão, no momento de repouso, ou seja, não se inspira e nem expira a pressão alveolar. A pressão alveolar é igualada à pressão atmosférica 4 - PRESSÃO INTRAPULMONAR • É a pressão resultando entre a pressão intrapleural e alveolar, sendo ela quem controla a quantidade de ar que entra ou sai do pulmão. Quanto maior a pressão intrapulmonar maior a quantidade de ar que entra nos pulmões RELAÇÃO DA PRESSAO DE SANGUE ARTERIAL E VENOSO SANGUE ARTERIAL SANGUE VENOSO • pO2 = 100 mmHg • pO2 = 40 mmHg • pCO2 = 40 mmHg • pCO2 = 45 mmHg PRESSÕES DA EXPIRAÇÃO E INSPIRAÇÃO 1 - FINAL DA EXPIRAÇÃO • Relaxamento pulmonar (processo passivo) • Momento de equilíbrio entre a pressão intrapulmonar e atmosférica • Pressão intrapleural negativa (sempre negativa,) PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL • 760 mmHg • 760 mmHg • 758 mmHg 2 - COMEÇO DA INSPIRAÇÃO • Ocorre a contração dos músculos respiratórios (processo ativo) • A pressão intrapulmonar fica negativa em relação a pressão atmosférica. A entrada de ar nos pulmões só é possível quando ocorre essa diferença de pressão • A pressão intrapleural torna-se mais negativa PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL • 759 mmHg • 760 mmHg • 756 mmHg 3 - FINAL DA INSPIRAÇÃO • A pressão intrapulmonar volta a se igualar à pressão atmosférica • A pressão intrapleural está relacionada a força de expansão da caixa torácica, no final da inspiração, momento que há total expansão dos pulmões, a pressão intrapleural torna-se ainda mais negativa PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL • 760 mmHg • 760 mmHg • 754 mmHg 4 - INÍCIO DA EXPIRAÇÃO • Momento de relaxamento e de diminuição da caixa torácica • A pressão intrapulmonar fica positiva em relação a pressão atmosférica • A pressão intrapleural torna-se menos negativa PRESSÃO INTRAPULMONAR PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO INTRAPLEURAL • 761 mmHg • 760 mmHg • 756 mmHg 1.6 – TRABALHO RESPIRATÓRIO • É a quantidade de energia necessária para ventilar os pulmões. O trabalho respiratório é dependente de três fatores para garantir a quantidade de energia normal ao organismo 1 - PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO E DA PAREDE TORÁCICA • O pulmão tem a tendência natural ao colapso devido à presença de fibras elásticas em sua composição. Uma característica que ajudam na sua capacidade de expansão é COMPLACÊNCIA PULMONAR, realizada pelas fibras elásticas e pela TENSÃO SUPERFICIAL dos líquidos alveolares, capacitando o aumento de volume pulmonar quando há variação de pressão 2 - RESISTÊNCIA DO AR NAS PASSAGENS • Superar a resistências das vias aéreas durantes o movimento de ar nos pulmões. É a energia gasta na mobilização dos gases no trato 3 - VISCOSIDADE TECIDUAL • É a resistência não-elástica do tecido. É energia gasta no deslocamento e rearranjo de moléculas no pulmão e caixa torácica a fim de adaptá-las à novas dimensões FATORES QUE DIFICULTAM O TRABALHO RESPIRATÓRIO: • A FIBROSE dificulta diretamente o trabalho respiratório por alterar a complacência pulmonar (dificulta e diminui o grau de distensão pulmonar), outro fator é o ENFISEMA, que altera a elasticidade pulmonar, diminuindo o seu grau de retorno 1.7 – CONTROLE RESPIRATÓRIO • Responsável por ajustar a ventilação às necessidades do corpo, de modo que as pressões parciais de O2 e CO2 no sangue arterial pouco se alterem, mesmo durante em exercícios • A atividade dos neurônios motores medulares que inervam os músculos respiratórios é controlada pelo SNC. Os CENTROSDE CONTROLE DA RESPIRAÇÃO localizam-se no BULBO (MEDULA OBLONGA) e na PONTE, na secção acima da ponte a ventilação não se altera, na secção abaixo do bulbo a ventilação cessa. • Os NEURÔNIOS DA PONTE influenciam a frequência respiratória e a profundidade da respiração. O centro de controle do RITMO DA RESPIRAÇÃO fica no bulbo, o padrão normal da ventilação depende da comunicação entre a ponte e o bulbo CENTROS DA RESPIRAÇÃO: CENTRO PNEUMOTÁXICO GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL (GRD) GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL (GRV) CENTRO APNÊUSTICO • INVOLUNTÁRIO • ↓ o potencial de ação do nervo frênico, limitando assim a expansão pulmonar e regulando a frequência respiratória LESÕES: • ↑ da profundidade da respiração • ↓ da frequência respiratória • INVOLUNTÁRIO • INSPIRAÇÃO (↑) E EXPIRAÇÃO • Envia impulsos aos MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS (diafragma e intercostais) • Controla o ritmo básico da respiração • • INVOLINTÁRIO • INPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO • Envia impulsos aos músculos inspiratórios e expiratórios • Neurônios ativados especialmente na inspiração e expiração forçada • VOLUNTÁRIO • Envia sinais para o CRD da medula para retardar a inibição do estímulo inspiratório fornecido pelo centro pneumotáxico • Controla a profundidade da respiração e provoca o suspiro e apneia ESTÍMULOS DO CENTRO RESPIRATÓRIO: 1 – QUIMIORRECEPTORES QUIMIORRECEPTORES CENTRAIS QUIMIORRECEPTORES PERIFÉRICOS • Respondem a mudanças de íons de H+ a partir das alterações de concentração de CO2 • Atua principalmente no controle da ACIDOSE • A barreira hematoencefálica não permite a passagem de íons H+ ou de HCO3 para o SNC, porém o LCR conduz o CO2 dissolvido que estimula os vasos sanguíneos cerebrais a liberar íons H+ e estimular tais quimiorreceptores para que haja resposta reflexa à acidose (hiperventilação) • Formações nervosas altamente vascularizadas localiza no exterior de grandes artérias • Estão subdivididos em CAROTÍDEOS (a. carótida) e AÓRTICOS (a. aorta) • São sensíveis às variações de pO2, pCO2 e pH no sangue arterial, e quando há variações, esses receptores mandam impulsos ao centro respiratório para alterações na contração torácica, frequência respiratória e padrão respiratório 2 – MECANORRECEPTORES PULMONARES RECEPTORES DE IRRITAÇÃO RECEPTORES DO NARIZ E VIAS AÉREAS SUPERIORES • Receptores subendoteliais localizados na traqueia, brônquios e bronquíolos • Destinam-se a detecção de pequenas deformações na superfície das vias aéreas e em alterações de hematose, são estimulados por corpos estranhos, como gases, vapores irritantes e histamina, quando estimulados produzem tosse ou broncostrição reflexa • No nariz, faringe e laringe há receptores que respondem à estimulação mecânica e química, são uma extensão dos receptores de irritação, causam tosse, espirros e broncoconstrição EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE • A ACIDOSE RESPIRATÓRIA é uma elevação na concentração de CO2, esse aumento reduz a relação entre bicarbonato/CO2, fazendo cair o pH. Sempre que a concentração de CO2 aumenta, há um aumento de bicarbonato por conta da dissociação do ácido carbônico produzido. Mas neste caso, a relação de bicarbonato/CO2 diminui. Caso a acidose respiratória continue, o rim entra em ação retendo bicarbonato, fazendo a concentração de CO2 voltar ao normal. Na ACIDOSE METABÓLICA há o aumento da produção de ácidos pelo organismo, fazendo cair a relação de bicarbonato/CO2 e o pH aumenta pelo acúmulo de cetoácidos de diabetes descompensadas ou de ácido láctico pela falta de O2 nos tecidos. Em ambos os casos, a compensação é feita pelos pulmões, que pela HIPERVENTILAÇÃO, passa a eliminar maior quantidade de CO2, fazendo retornar os valores normais de bicarbonato/CO2 • Na ALCALOSE RESPIRATÓRIA há uma diminuição na concentração de CO2, o que leva a relação de bicarbonato/CO2 diminuir, aumentando o pH, a diminuição de CO2 pode ser causada por hiperventilação alveolar. A compensação também é feita pelos rins 1.8 – VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES • A todo momento, os pulmões estão submetidos a pressões externas e internas para que o ar possa entrar e sair, e assim manter as trocas gasosas entre o ar, o ambiente e os pulmões. Este movimento que permite que o ar entre e saia dos pulmões é denominado VENTILAÇÃO PULMONAR e compreende duas fases, a INSPIRAÇÃO que é a entrada de ar nos pulmões e a EXPIRAÇÃO que é sua saída de ar dos pulmões. Quando o animal realiza uma inspiração seguida de uma expiração tem-se um CICLO RESPIRATÓRIO, que deve ser contínuo durante toda a vida do indivíduo • A quantidade de ciclos respiratórios que o animal faz em 1 minuto é chamada de FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR). Sendo assim, os volumes de ar que entram e saem dos pulmões são extremamente variáveis de acordo com a idade, sexo, atividade física ou doença do animal VOLUMES PULMONARES: 1 - VOLUME TOTAL (VT) • Volume de ar que entra e sai das vias respiratórias e alvéolos em certo tempo 2 - VOLUME POR MINUTO (VE) • Volume de ar que entra e sai das vias respiratórias e alvéolos durante um ciclo respiratório (1mim) 3 - VOLUME CORRENTE (VC) • Volume total de AR MOVIMENTADO em um único ciclo respiratório • É a soma das vias condutoras + respiratórias 4 - VENTILAÇÃO ALVEOLAR (VA) • Volume disponível para a troca gasosa 5 – VOLUME ALVEOLAR POR MINUTO • É o volume alveolar vezes a frequência respiratória 6 - VOLUME DO ESPAÇO MORTO (Vem) • ESPAÇO MORTO é o ar que é inalado pelo corpo durante a respiração, mas que não participa das trocas gasosas no organismo. A região do espaço morto é compreendida da traqueia até os bronquíolos terminais • Volume das vias aéreas condutoras + volume dos alvéolos não-perfundido • Parte do VC ventila o espaço morto VE = FR x VC VA = VC - Vem VA x FR 2 – SISTEMA URINÁRIO • Tem como principal função a manutenção da homeostase pelo BALANÇO HIDRICO e ELETROLÍTICO (Na+, K+, Mg2+, Cl-, HCO3-, Ca2+ e HPO42-), pela REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE (excreção de radicais livres, ácidos e na conservação de bases), na EXCREÇÃO DE RESÍDUOS METABÓLICOS (uréia, creatinina e ácido úrico), na REGULAÇÃO DA HEMODINÂMICA RENAL E SISTÊMICA (ação hipertensor e hipotensor), na PARTICIPAÇÃO NA FORMAÇÃO DOS GLÓBULOS VERMELHOS (produção de eritropoetina), na PARTICIPAÇÃO DA REGULAÇÃO DO METABOLISMO ÓSSEO DE CÁLCIO E FÓSFORO (metabolismo da vitamina D) e na GLICONEOGÊNESE ANATOMIA: • São compostos por DOIS RINS, que se localizam entre o peritônio e a parede da cavidade abdominal, chamado de ESPAÇO RETROPERITONIAL, o rim direito é mais cranial que o esquerdo, DOIS URETERES, que são tubos condutores da urina até a bexiga, a propulsão da urina é feito por peristaltismo de contração involuntária, pela BEXIGA URINÁRIA, que é um órgão muscular elástico responsável pelo armazenamento da urina e, por fim, a URETRA, tudo muscular de controle voluntário que atua no transporte da urina, da bexiga ao exterior • Os RINS são glândulas de consistência firme que variam de acordo com a espécie, nos carnívoros e em pequenos ruminantes, o rim é de formato RUNIFORME (aspecto de feijão), nos suínos correspondem a uma versão mais ACHATADA, nos equinos possuem forma de CORAÇÃO e nos bovinos são muito diferenciados pois apresentam uma superfície sulcada e é delimitado por LÓBULOS ANATOMIA EXTERNA: • Superfície lisa e convexa. O parênquima renal fica incluído numa cápsula fibrosa chamada de CÁPSULA RENAL, que atua pela resistência à capacidade de expansão ANATOMIA INTERNA: • É dividido em duas camadas, o CÓRTEX RENAL, que é uma camada mais externa e pálida e na MEDULA RENAL, uma camada amis interna e escura. O córtex renal emite projeções para a medula denominadasCOLUNAS RENAIS, separando porções cônicas da medula chamada de PIRÂMIDES, essas tem a sua base voltada para o córtex, os ápices das pirâmides são chamados de PAPILAS RENAIS, pelas papilas renais que desembocam os DUCTOS COLETORES DE URINA, atingindo a PELVE RENAL, que é uma extremidade dilatada do ureter dividida em CÁLICES (MAIORES e MENORES) • A vascularização renal é proveniente de A. AÓRTA, que se divide na A. RENAL, se ramificando em artérias de menor calibre até chegarem nas VEIAS RENAIS CIRCULAÇÃO RENAL • O sangue renal é proveniente da a. Aorta que se ramifica na a. Renal, se ramificando ainda em a. segmentares, a. interlobares, a. arqueadas, arteríolas interlobulares, até chegar na ARTERÍOLA AFERENTE, canal de entrada do sangue no corpúsculo renal, o sangue sai do corpúsculo renal através da ARTERÍOLA EFERENTE, indo para os capilares peritubulares até chegar a v. Renal INERVAÇÃO RENAL • Inervação SIMPÁTICA, sua ativação libera norepinefrina, responsável pela vasoconstrição, pela reabsorção tubular de sódio e pela estimulação da secreção de renina 2.1 – NÉFRON • A unidade funcional do rim é o NÉFRON, responsável pela filtração, reabsorção, secreção e excreção. Os néfrons recebem 25% do DC e não apresentam regeneração, a quantidade e tipo de néfrons variam de acordo com a espécie • O néfron é composto pelo CORPÚSCULO RENAL e pelos TÚBULOS RENAIS TIPOS DE NÉFRON • É a variação do tamanho da Alça de Henle CORTICAIS JUSTAMEDULARES • ↑ REABSORÇÃO • O glomérulo está na periferia e na região média do córtex • ↑ FILTRAÇÃO • O glomérulo está na região cortical próximo à medula. A Alça de Henle é maior • São mais efetivos em desenvolver e manter o gradiente osmótico • Presente nos FELINOS FILTRAÇÃO GLOMERULAR • É o primeiro de TRÊS PROCESSOS RENAIS BÁSICOS para a FORMAÇÃO DA URINA. O PRIMEIRO PASSO é a ULTRAFILTRAÇÃO DO PLASMA SANGUÍNEO dos capilares glomerulares até o interior da Cápsula de Bowman, processo esse que acontece de forma passiva por conta do DC fornecido, resultando na formação do FILTRADO GLOMERULAR (URINA PRIMITIVA), a seguir, o filtrado glomerular passa pela REABSORÇÃO E SECREÇÃO TUBULAR que conduzem à obtenção da urina definitiva CAMINHO DA FORMAÇÃO DA URINA: CORPÚSCULO RENAL (Glomérulo + Cápsula de Bowman) → TÚBULOS RENAIS (TCP + Alça de Henle + TCD) → DUCTO COLETOR → PAPILAS RENAIS → URETER → BEXIGA CÁLCULO DO VOLUME URINÁRIO: BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 1° PASSAGEM: ENDOTÉLIO • ENDOTÉLIO DOS CAPILARES GLOMERULARES FENESTRADOS cuja a superfície é carregada NEGATIVAMENTE pelos POROS que impedem a passagem de proteínas 2° PASSAGEM: MEMBRANA BASAL • É a MEMBRANA BASAL GLOMERULAR, é uma trama de colágeno tipo IV e fibrilas proteoglicanas que impede a passagem de proteínas de peso molecular superior e na filtração de água e pequenos solutos além de servir como barreira seletiva pelo fator de estar também carregada negativamente. Atua como fator de SUSTENTAÇÃO (confere resistência) 3° PASSAGEM: EPITÉLIO (PODÓCITOS) • Constituem a camada visceral (folhete interno) da cápsula de Bowman, repleta de carga negativa que também limita a passagem de proteína pela sua carga e tamanho. Atua na síntese e secreção de hormônios • LESÃO NOS PODÓCITOS: macromoléculas passando pela urina (PROTEINÚRIA) FATORES QUE AFETAM A FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 1 – PRESSÃO HIDROSTÁTICA NO ESPAÇO E BOWMAN • A intensidade da filtração glomerular é inversamente proporcional à pressão hidrostática no espaço de Bowman, por exemplo, a filtração diminui no caso de haver uma obstrução do ureter devido ao aumento da pressão no fluído da cápsula de Bowman 2 – PRESSÃO HIDROSTÁTICA NOS CAPILARES GLOMERULARES • Uma variação na pressão hidrostática dos capilares glomerulares influencia diretamente a intensidade da filtração, estando dependente do fluxo sanguíneo renal e pela resistência das arteríolas • FLUXO SANGUÍNEO RENAL: a intensidade de filtração glomerular é diretamente proporcional ao fluxo sanguíneo renal, ou seja, se este aumentar, o fluxo do plasma para o glomérulo aumenta, o que leva a um aumento da pressão intraglomerular e consequentemente ao aumento da filtração • RESISTÊNCIA DAS ARTERÍOLAS: a vasoconstrição da aa. AFERENTE provoca uma diminuição da pressão intraglomerular, e deste modo, uma diminuição da filtração. Por outro lado, a vasoconstrição da aa. EFERENTE provoca o efeito inverso, ou seja, um aumento da pressão intraglomerular e um aumento da filtração 3 – ESTIMULAÇÃO SIMPÁTIVA RENAL • O SN Simpático estimula a constrição da aa. Eferente 4 – AUMENTO DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS (HIPERPROTEINEMIA) • Em caso de desidratação, ocorre o aumento da taxa de proteínas plasmáticas no sangue, esse aumento de proteínas faz com que a intensidade de filtração glomerular diminua 5 – VARIAÇÕES NA PRESSÃO ARTERIAL • Em HIPOTENSÃO, ocorre a diminuição do volume sanguíneo, consequentemente, diminuindo a taxa de filtração glomerular, ao contrário na HIPERTESÃO, onde há o aumento do volume sanguíneo, aumentando assim, a taxa da filtração glomerular VOL. URINÁRIO EXCRETADO = FILTRAÇÃO - REABSORÇÃO + SECREÇÃO DETERMINANTES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR: • Para a filtração glomerular ocorrer, a pressão hidrostática deve ser sempre maior que a pressão oncótica e a pressão do espaço de Bowman • Outras determinantes: característica da membrana do capilar glomerular, fatores hemodinâmicos (fluxo sanguíneo renal, pressão hidrostática e oncótica, pressão exercida no corpúsculo renal e o diâmetro das arteríolas aferente e eferente), além da área disponível para filtração (pode estar lesionada por fibrose, diminuindo a área). A TFG deve ser sempre mantida CÁLCULO DA FILTRAÇÃO: PROCESSO DE FILTRAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS 1 – CREATININA • Produto da degradação da FOSFOCREATININA (creatinina fosforilada) no MÚSCULO, e é geralmente produzida em uma taxa praticamente constante no corpo animal, estando proporcionalmente relacionada à massa muscular, quanto maior a massa muscular, maior é a taxa de produção. A creatinina é usada como medição da TFG e da função renal 2 – UREIA • Produto originado do METABOLISMO DE PROTEÍNAS (NITROGÊNIO), a degradação das proteínas gera amônia, a amônia é uma substância muito tóxica às células, que deve ser eliminada rapidamente do organismo, os animais terrestres eliminam a amônia após sua excreção por CONVERSÃO HEPÁTICA, transformando-se em UREIA, substância essa muito solúvel em água e não tóxica às células 3 – AMINOÁCIDOS E GLICOSE • São reabsorvidos nos túbulos proximais 4 – OUTRAS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E FÁRMACOS • Via de excreção PRESSÃO HIDROSTÁTICA / PRESSÃO ONCÓTICA / PRESSÃO EXERCIDA NO CORPÚSCULO GLOMERULAR FILTRAÇÃO = P. HIDROSTÁTICA - P. ONCÓTICA - P. ESPAÇO DE BOWMAN MANUTENÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR • A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TGF) é a medida da depuração de uma substância que é filtrada livremente pelos glomérulos e não sofre absorção ou secreção tubular, sendo comumente utilizada como medida padrão da avaliação da FUNÇÃO RENAL AUTO-REGULAÇÃO RENAL: • Conjunto de mecanismos intrínsecos ao rim que mantém o fluxo sanguíneo renal (FSR) e TFG • Quando ocorre a ↓ diminuição da TFG as células da mácula-densa detectam pouca reabsorção de íons de sódio e água, dessa forma é encaminhado um estímulo para as células justa-glomerulares que estão localizadas na arteríola aferente para que ocorra a sua dilatação, aumentando assim a pressão hidrostática dos capilares glomerulares pelo aumento da TFG 1 – CONTROLE INTRÍNSECO REFLEXO MIOGÊNICO • Quando a PAM aumenta, ocorre a dilatação da aa. Aferente, para manter a TFG nos seus padrõesnormais, ocorre a CONTRAÇÃO DA AA. AFERENTE FEEDBACK TUBULAR GLOMERULAR • As aa. Aferentes respondem de acordo com a CONCENTRAÇÃO DE Na+ nos túbulos renais detectados pela MÁCULA DENSA 2 – APARELHO JUSTA-GLOMERULAR CÉLULAS JUSTA-GLOMERULARES • São encontradas nas aa. Aferentes dos glomérulos renais, essas células contêm GRÂNULOS SECRETÓRIOS DE RENINA, sendo liberado após estímulo da mácula densa • PAM: formação de RENINA para o aumento de pressão pela conversão de angiotensinogênio em angiotensina I CÉLULAS MESANGIAIS • É o espaço entre a mácula densa e as aa. AF e EF + o espaço entre os capilares glomerulares (REGIÃO MESANGIAL) • CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO: contração das aa. Eferentes e Aferentes • SUPORTE: suporte estrutural ao glomérulo • FAGÓCITOS MÁCULA DENSA • Segmento lateral do ramo espesso ascendente da alça de Henle e o começo do túbulo contorcido distal, passa próximo ao glomérulo entre as aa AF e EF • A PRÓ-RENINA e a RENINA estão armazenadas na mácula densa, que é sensível a ↓ DA CONCENTRAÇÃO DE Na+, sendo esse o estímulo necessário para a libertação de renina pelas CÉLULAS JUSTA-GLOMERULARES SISTEMA TUBULAR • São responsáveis pela REABSORÇÃO TUBULAR que ocorre através do EPITÉLIO TUBULAR, pelo LÍQUIDO INTERTICIAL e pelo CAPILAR PERITUBULAR 1 – CORPÚSCULO RENAL (CÁPSULA DE BOWMAN) • Esfera oca composta de CÉLULAS EPITELIAIS, é preenchido por vasos sanguíneos (GLOMÉRULO). É penetrado por duas arteríolas, a AA. AFERENTE leva sangue para os capilares do glomérulo e a AA. EFERENTE drena o sangue. Composto também pelas CÉLULAS MESANGIAIS • O GLOMÉRULO é o local de filtração, é o local onde a maioria das substâncias excretadas entram no néfron • ESPAÇO DE BOWMAN: é o espaço dentro da cápsula de Bowman que não é ocupado pelos capilares e nem pelas células mesangiais, é nele que o líquido flui dos capilares glomerulares antes de penetrar na primeira porção do túbulo • BARREIRA DE FILTRAÇÃO: possibilita a filtração de grandes volumes de líquido dos capilares para dentro do espaço de Bowman, porém impedindo a filtração de proteínas plasmáticas grandes 2 – TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL (TCP) • É o primeiro segmento, ele drena o líquido da cápsula de Bowman. Altamente permeável (transporte paraceular entre junções oclusivas), é formado por um EPITÉLIO PREGUEADO DE MICROVILOSIDADES - BORDA EM ESCOVA. ISOSMÓTICO • É responsável pela maioria da ↑↑↑ REABSORÇÃO (cerca de 2/3 da água filtrada, do sódio e do cloreto), ele reabsorve todas as moléculas orgânicas úteis que o organismo conserva, como a glicose e os aminoácidos, reabsorve também íons de potássio, fosfato, cálcio, hidrogênio e bicarbonato e de vitaminas • Trata-se também de um local de SECREÇÃO SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS, que são produtos de degradação metabólica, como o ácido úrico, creatinina, oxalato, urato e catecolaminas 3 – ALÇA DE HENLE • Os ramos descendentes e ascendentes delgados são compostos de membranas finas e sem bordas em escova, possui poucas mitocôndrias e baixos níveis de atividade metabólica RAMO DESCENDENTE DELGADO RAMO ASCENDENTE DELGADO RAMO ASCENDENTE ESPESSA • ↑↑ REABSORÇÃO de H2O (altamente permeável) • IMPERMEÁVEL A H2O • REABSORÇÃO: Na+, Cl-, K+, Mg2+ e Ca • Concentração da urina • SECREÇÃO: H+ • Bomba de Na/K ATPase • IMPERMEÁVEL A H2O • REABSORÇÃO: Na+, Cl-, K+, Mg2+ e Ca • Concentração da urina • SECREÇÃO: H+ • HIPOSMÓTICO • Bomba de Na/K ATPase 4 – TÚBULO CONTORCIDO DISTAL (TCD) • Sua porção inicial é formado pela mácula densa (aparelho justa-glomerular) • REABSORÇÃO IGUAL À ALÇA DE HENLE: Na+, Cl-, K+, Mg2+ e Ca • Praticamente impermeável à água, é capaz de diluir o líquido tubular. Via neuro-hormonal (ALDOSTERONA) • SECREÇÃO: K+ e H+ 5 – TÚBULO COLETOR • Importante na determinação do débito urinário de água e de solutos • A permeabilidade é controlada pelo ADH e os transportadores de ureia ajudam a manter a osmolaridade • REABSORÇÃO: <5% de H2O, Na+, Cl- e HCO3- • SECREÇÃO: H+ (equilíbrio ácido-base) FALHA NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR 1 – AZOTEMIA • Elevação plasmática dos níveis de COMPOSTOS NITROGÊNADOS (ureia, ácido úrico, creatinina e proteínas), essa condição é causada por uma TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR INSUFICIENTE TIPOS DE AZOTEMIA: PRÉ-RENAL RENAL PÓS-RENAL • Antes de chegar ao rim • CAUSA 1: excesso de proteínas ou aumento do metabolismo proteico • CAUSA 2: anemia ou hipovolemia • Doença renal aguda ou crônica • CAUSAS: lesão renal (insuficiência renal, necrose tubular aguda ou glomerulonefrite) • CAUSA 1: aumento desproporcional da ureia em relação a creatinina • CAUSA 2: obstruções do trato urinário ou ruptura de bexiga UREMIA ou SÍNDROME URÊMICA • Conjunto de sinais/sintomas resultantes dos efeitos tóxicos pelo acúmulo de toxinas urêmicas no sangue, geralmente em decorrência de perda na função renal • Manifestações clínicas da azotemia OSTEODISTROFIA RENAL • Aumento da reabsorção óssea para a manutenção dos níveis de cálcio circulante • Reabsorção de ossos: crânio, longos e chatos 2.2 – HORMÔNIOS RENAIS 1 – RENINA • A renina está armazenada nos GRÂNULOS DE RENINA, esses grânulos estão localizados em células especializadas das AA. AF e EF (CÉLULAS JUSTA-GLOMERULARES). Essas células são inervadas pelo SN SIMPÁTICO RENINA x SN SIMPÁTICO • O TCD contata as células JG e a inervação neural influenciam na liberação da renina pelas células JG. A estimulação simpática dos rins resulta na liberação da renina da mesma forma que os altos níveis de epinefrina. A renina é liberada em função da sensibilidade das células pela diminuição do contato do TCD causada pela estimulação simpática (↓ fluxo sanguíneo) RENINA x ↓ PRESSÃO • Quando o volume do filtrado do TCD é pequeno, também há estimulação das células JG, havendo então a liberação da renina. Atuam na MANUTENÇÃO DA VOLEMIA E NA RETENÇÃO DO SÓDIO • A renina promove a quebra da alfa2-globulina, que circula no sangue formando a angiotensina I, a qual é convertida pela ECA, gerando a angiotensina II na circulação pulmonar 2 – ERITROPOETINA (EPO) • Glicoproteína produzida em situações de hipóxia renal. É produzida pelas células epiteliais do TCP (90%) e pelo fígado (10%). Sua função é a regulação da ERITROPOIESE (produção de eritrócitos) atuando na medula 3 – VITAMINA D A etapa inicial de síntese de vitamina D se inicia na epiderme, onde está armazenada em sua substância precursora (7-DHC). Para que o processo de ativação da vitamina D ocorra, é preciso que o animal receba luz solar diretamente (radiação UVB), a radiação faz com que ocorra a quebra fotolítica de ligações de carbono, gerando a pré-vitamina D3, assim são transportadas via sangue até chegarem ao fígado. No fígado, as vitaminas D2 e D3 sofrem hidroxilação, dando origem a vitamina D ou calcidiol. VITAMINA D x CÁLCIO • O intestino e os rins atuam no metabolismo osteomineral de cálcio e fósforo. Nos rins, atua no TCD promovendo a reabsorção de cálcio nos túbulos e no TGI. O PTH atua na quebra de cálcio em nível ósseo 3 – SISTEMA DIGESTÓRIO • É o sistema responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, atua na captação, secreção, motilidade, digestão, absorção e no armazenamento REGULAÇÃO E ESTÍMULOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO FASE CEFÁLICA (CEREBRAL) FASE GÁSTRICA FASE INTESTINAL • Odor, lembrança, horário, hábitos e paladar • Estímulos de vias reflexas longas, curtas e hormonais • Estímulos de vias reflexas longas, curtas e hormonais VARIAÇÕES ANATÔMICAS CLASSIFICAÇÃO: • Carnívoro, herbívoro ou onívoro TIPO DE DIGESTÃO: • Monogástrico, ruminante ou fermentadores pós-gástricos3.1 – CAVIDADE ORAL • Local onde é recebido o alimento e ocorre o início do processo de digestão química e física, ocorre a redução do tamanho das partículas de alimento. O alimento é misturado à saliva (INSALIVAÇÃO) para formação do BOLO ALIMENTAR • ESTRUTURAS: palato, dentes, língua e glândulas salivares 1 – PREENSÃO CARNÍVOROS BOVINOS EQUINOS AVES • 6 incisivos usado para a preensão • 2 caninos para perfuração • 8 pré-molares e 4 molares em cima e 6 em baixo para mastigação • Língua como órgão preensor • Pulvino dental (pinça) • Lábio superior altamente móvel • Dentes incisivos para cortar gramíneas • Preenche o bico com água e ergue a cabeça 2 – MASTIGAÇÃO • Necessário para a LUBRIFICAÇÃO do alimento através do muco salivar, para a MISTURA do alimento à saliva e para a TRITURAÇÃO MECANICA do alimento para que possa ser deglutido mais rapidamente e misturado às secreções digestivas PROCESSO MASTIGATÓRIO • Córtex cerebral (área sensorial do paladar e olfato) → Núcleo motor trigêmeo → mm. Abaixadores da mandíbula → abertura da boca para entrada do alimento → mm. Elevadores da mandíbula → sequência rítmica pelo tronco encefálico → mastigação 3 – GLÂNDULAS SALIVARES • Facilita os processos de mistura, mastigação e deglutição. Ajuda a manter os dentes e a boca limpa, reduzindo o crescimento bacteriano • COMPOSIÇÃO DA SALIVA: muco, amilase salivar e água • PRINCIPAIS GLÂNDULAS: parótida, zigomática, mandibulares e sublinguais 4 – LÍNGUA • Órgão muscular que movimenta o alimento dentro da cavidade e desloca o mesmo para o esôfago, auxilia na trituração, deglutição, mastigação, fala e defesa. A superfície da língua é mais grossa e composta por papilas, o paladar é feito por quimiorreceptores • MOVIMENTAÇÃO DA LÍNGUA: MM. EXTRÍNSECOS (eleva, abaixa, recolhe e protrai) e MM. INTRÍNSECOS (alongam, encurtam, enrolam e desenrolam o seu ápice e achatam e arredondam a sua superfície) • INVERVAÇÃO: INVERVAÇÃO MOTORA (hipoglosso) e INERVAÇÃO SENSORIAL (5° par de nervos cranianos: trigêmeo) 3.2 – OROFARINGE • Via comum para a passagem do alimento e do ar 1 – DEGLUTIÇÃO • Abertura do palato mole e fechamento da glote FASES DA DEGLUTIÇÃO: FASE ORAL FASE FARÍNGEA FASE ESOFÁGICA • VOLUNTÁRIA • Prepara o alimento para que seja deglutido de forma segura pela mastigação • Ocorre o SINCRONISMO DE ESTRUTURAS: mm. Da mastigação, lábios e língua • Incisão → trituração → pulverização • INVOLUNTÁRIA • Faringe → esôfago • O palato mole é empurrado para cima, fechando a parte nasal da faringe e impedindo o refluxo do alimento • ARCOS PALATOFARÍNGEOS se aproximam para impedir a passagem de alimentos grandes • INVOLUNTÁRIA • Esôfago → estômago • PERISTALSE PRIMÁRIA • PERISTALSE SECUNDÁRIA 2 – ESÔFAGO • Canal que conduz o alimento até o estômago. É um conduto musculoso de contrações involuntárias controlada pelo SN autônomo, suas contrações através das ondas peristálticas automáticas fazem com que bolo alimentar chegue rapidamente ao estômago • A ONDA PERISTÁLTICA AUTOMÁTICA além de levar o bolo até o estômago, reduz o risco de refluxo gastroesofágico, impedindo a reentrada de material alimentar para a faringe. A CONTRAÇÃO TÔNICA DO M. CROCOFARÍNGEO: impede também a reentrada do material alimentar na faringe • O processo de peristaltismo movimenta o bolo através do esôfago e termina quando a comida passa pela junção gastroesofágica. O esfíncter é fechado tonicamente no repouso e aberto durante a deglutição, vômito ou eructação FASE ESOFÁGICA: • 1/3 ESÔFAGO: controle n. VAGO e GLOSSOFARÍNGEO (m. EE) • 2/3 ESÔFAGO: controle AUTONÔMICO (m.Liso) PERISTASE PRIMÁRIA PERISTALSE SECUNDÁRIA • Onda de contração iniciada na faringe que se propaga para o esôfago (duração de 10s) • Distensão do esôfago que ocorre quando nem todo o alimento do esôfago foi removido na peristalse primária • Ocorre até que todo o esôfago seja esvaziado 3.3 – ESTÔMAGO • Armazena grandes quantidades de alimentos até que ele possa ser processado • Mistura o alimento com as secreções gástricas formando uma mistura semilíquida (QUIMO) • Controla o fluxo do quimo para o ID a uma vazão compatível com a absorção e digestão pelo ID TIPOS DE ESTÔMAGO: CÃES, GATOS, SUÍNOS E EQUINOS RUMINANTES AVES • Estômago químico • Pré-estômagos • ABOMASO: estômago químico • PROVENTRÍCULO: estômago químico • MOELA: estômago mecânico HISTOLOGIA: • EPITÉLIO DE REVESTIMENTO SIMPLES PRISMÁTICO PRODUTOR DE MUCO • SUPERFÍCIE DO ESTÔMAGO: forma invaginada (FOSSETAS GÁSTRICAS), no fundo dessas fossetas abrem-se glândulas (glândulas fúndicas, cárdicas e pilóricas) • MUSCULAR: m. Liso • SEROSA 1 – MOTILIDADE GÁSTRICA • Permite que alimentos ingeridos sejam transportados durante um período de tempo adequado para que os nutrientes do lúmen sejam digeridos e absorvidos • As principais funções da motilidade gástrica é propelir o alimento ao longo do TGI, na degradação mecânica do alimento e na mistura do alimento com as secreções gastrointestinais FUNÇÃO: • Armazenamento, mistura e trituração do alimento pela propulsão peristáltica e regulação da velocidade de esvaziamento • Ocorre a mistura do bolo alimentar com as secreções gástricas, através das ondas peristálticas do corpo para o antro, essas ondas promovem o relaxamento do piloro que permite a passagem de pequenas quantidades de quimo para o duodeno, entretanto, ela se contrai rapidamente, induzindo uma onda peristáltica do antro para o corpo, gerando a trituração do alimento (SÍSTOLE ANTRAL) A MOTILIDADE GÁSTRICA É DEPENDENTE DE: • Das fases encefálica, gástrica e intestinal • Do esvaziamento gástrico • SN simpático diminui a motilidade (CCK, peptídeo inibidor gástrico, enterogastrona e secretina) • SN parassimpático aumenta a motilidade e as secreções 2 – ESVAZIAMENTO GÁSTRICO • Permitir um esvaziamento regulado dos conteúdos gástricos a uma velocidade consistente com a capacidade de processamento do quimo pelo duodeno • A função de esvaziamento se dá por contrações intensas para que haja a expulsão do alimento do estômago, a maior parte das contrações estomacais são fracas, intensificando-se apenas no momento de evacuação • O esvaziamento do estômago se dá no momento que o alimento chega ao duodeno, ativando o REFLEXO ENTEROGÁSTRICO, fazendo com que o esfíncter pilórico se feche, evitando a passagem do suco gástrico para o duodeno, enquanto é aumentada a produção deste para a digestão alimentar • Evitar o refluxo dos conteúdos duodenais • PILORO: bomba pilórica FATORES GÁSTRICOS: • Liberação de gastrina, o que aumenta a produção do suco gástrico e estimula a ação da bomba pilórica FATORES DUODENAIS: • Reflexos enterogástricos: quando o alimento sai do estômago começam as ondas peristálticas no intestino e liberações hormonais, como a CKK REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: ESTIMULAM INIBEM • Volume gástrico • Reflexos nervosos enterogástricos duodenais • Hormônio gastrina • Gordura e CKK • Motilidade • Secretina e peptídeo inibidor gástrico (GIP) 3 – MOVIMENTOS GÁSTRICOS DE MISTURA • O deslocamento do alimento do reservatório para o antro propicia a mistura e simultaneamente, o esvaziamento gástrico • CONTRAÇÕES FÍSICAS ocorre quando há muito alimento no estômago, causa maior mistura no alimento • As CONTRAÇÕES TÔNICAS e PERISTÁLTICAS na região do corpo gástrico fazem com que parte do conteúdo seja deslocado para o antro (são contrações mais fortes) • Líquidos e pequenas partículas saem doestômago mais rapidamente do que partículas grandes (função peneira) FUNÇÃO PENEIRA: FASE DE PROPULSÃO FASE DE ESVAZIAMNETO FASE DE RETROPULSÃO • Fluxo rápido de líquidos e de pequenas partículas em suspensão e fluxo mais lento para grandes partículas no antro • Esvaziamento de líquidos e pequenas partículas enquanto grandes partículas são retidas no antro terminal • CANAL GÁSTRICO • Retropulsão de grandes partículas (MOAGEM) e esvaziamento do antro terminal • CANAL PILÓRICO 4 – SECREÇÕES ESTOMACAIS CÉLULA MUCOSA DO COLO • MUCO • Age neutralizando a pepsina, protegendo a parede do estômago • Revestimento protetor alcalino CÉLULA DA SUPERFÍCIE • MUCO • Age neutralizando a pepsina, protegendo a parede do estômago • Revestimento protetor alcalino CÉLULA PARIETAL (OXÍNTICAS) • HCl- e FATOR INTRÍNSECO ( ajuda na absorção de B12 e peptídeos) CÉLULA ENTEROCROMAFIM • HISTAMINA E SEROTONINA • São estimuladas pela célula G • Auxiliam na produção de HCl a partir da liberação de histamina CÉLULA PRINCIPAL • PEPSINOGÊNIO: enzima digestiva do estômago, sendo ativada pelo suco gástrico, atua na degradação proteica • LIPASE: enzimas que atuam sobre lipídeos (ácidos graxos e glicerol), atua apenas no ID CÉLULA D • SOMASTOTININA • ↓ As secreções do TGI (ex: inibe HCl) • Inibe a insulina e glucagon • ↓ a ação secretória exócrina do pâncreas CÉLULA INTERSTICIAL DE CAJAL • Serve como “marcapasso” que desencadeia a CONTRAÇÃO DOS INTESTINOS, desencadeiam ondas lentas (3 ondas/min) MECANISMO INTRACELULAR PARA SECREÇÃO DE HCl: • No estômago a secreção de HCl é feita através do ESTÍMULO DA CÉLULA PARIETAL, presente apenas na porção do corpo e fundo gástrico, pelo controle neural e hormonal GASTRINA HISTAMINA ACETILCOLINA • Estimula a secreção de ácidos pelas CÉL. PARIETAL • ↑ Indiretamente a secreção de pepsinogênio e estimula o fluxo sanguíneo e a motilidade gástrica • O conteúdo gástrico rico em AA e pequenos peptídeos atuam diretamente sobre as células gástricas • As células parietais são estimuladas pela histamina que atuam sobre os RECEPTORES H2 • Estes receptores respondem a quantidades inferiores à concentrações limiares que atuam sobre os receptores de H2 nos vasos • A histamina provém dos MASTÓCITOS • Liberada por NEURÔNIOS • Estimula RECEPTORES MUSCARÍNICOS específicos presentes nas células parietais e nas células que contêm histamina MECANISMO PARA A ESTIMULAÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA DE ÁCIDO: FASE CEFÁLICA FASE GÁSTRICA FASE INTESTINAL ESTÍMULO: • Mastigação, deglutição, paladar e cheiro do alimento SECREÇÃO DE HCl: • NERVO VAGO: impulsos vagais excitam os neurônios secretomotores entéricos para as CÉL. PARIETAIS, G e ENTEROCROMAFINS ESTÍMULO: • Distensão gástrica • Peptídeos e AA no lúmen SECREÇÃO DE HCl: • REFLEXOS LOCAIS E VAGAIS: estimulam as CÉL. PARIETAIS e a LIBERAÇÃO DE HISTAMINA e GASTRINA • Peptídeos e AA liberam gastrina das cél. G do estômago ESTÍMULO: • Produtos da digestão de proteínas no duodeno • Distensão do duodeno • AA e peptídeos no sangue SECREÇÃO DE HCL: • Liberação de gastrina das cél. G no intestino • Reflexos entéricos e vagovagais para as células de enterocromoafins, G e parietais • Liberação de GRP intestinal e de gastrina das cél. G no estômago RELAXAMENTO GÁSTRICO: RECEPTIVO/CEFÁLICA ADAPTATIVO/GÁSTRICO FEEDBACK/INTESTINAL • Ocorre para se preparar para a chegada do alimento no estômago • Ocorre para caber mais alimento no estômago • Ocorre pois não pode sair grandes volumes do estômago e, com isso ocorre o relaxamento estomacal para que seguro o resto de alimento no estômago, continuando a mistura e, assim, indo de pouco em pouco para o intestino 3.4 – MOTILIDADE DO ESTÔMAGO E ÊMESE • Localiza-se no TRONCO ENCEFÁLICO, recebem informações do córtex, do n. vago, do sistema vestibular, límbico e do ZQD. • Relaxamento muscular do estômago → fechamento do piloro → expansão da caixa torácica e fechamento da glote → abertura do esfíncter esofágico superior → relaxamento do esfíncter esofágico inferior → contração da musculatura abdominal 1 – ALTERAÇÕES VESTIBULARES • Causa geralmente, por cinetose, são estímulos vindos dos CANAIS SEMICIRCULARES que são transmitidos pelo VIII par de nervos cranianos e induzem o vômito pela úvula e cerebelo 2 – CÓRTEX CEREBRAL • Causado por estímulos VISUAIS e AUDITIVOS 3 – SISTEMA LÍMBICO • Induz o vômito a partir de EMOÇÕES, como de medo ou ansiedade 4 – ZONA DEFLAGADORA DE QUIMIORRECEPTORES (ZQD) • Área da medula oblonga, localizada no 4° ventrículo e está fora da barreira hematoencefálica, fazendo parte do próprio centro do vômito. Recebe estímulos de DROGAS E HORMÔNIOS TRANSMITIDOS PELO SANGUE induzindo o vômito por meio de neurotransmissores: acetilcolina, dopamina, histamina, substância P e seratonina • Cão = D2 e H1 gato = α1 5 – AFERENTES PERIFÉRICOS • Induz o vômito a partir de LESÕES E ESTÍMULOS na faringe, esôfago, estômago, intestino e rins 3.5 – INTESTINO DELGADO • A principal parte da digestão e absorção ocorre no ID, sua estrutura é especialmente adaptada para essa função, fornecendo grande área de superfície de contato, sendo ainda, muito aumentando pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades HISTOLOGIA: • MUCOSA: apresenta VILOSIDADES INTESTINAIS, são projeções alongadas em direção ao lúmen e é revestida por um EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES, com CÉL. ABSORTIVAS E COLUNARES (CRIPTAS DE LIEBERKUHN) • SUBMUCOSA: TECIDO CONJUNTIVO DENSO, apresenta glândulas (GLÂN. DE BRUNNER) que secretam muco alcalino • MUSCULAR: m. Liso • SEROSA: TECDO CONJUNTIVO recoberta por EPITÉLIO PAVIMENTOSO SIMPLES MOTILIDADE DO INTESTINO DELGADO: CONTRAÇÃO SEGMENTAR CONTRAÇÃO PERISTÁLTICA • Fragmentação do quimo (2-3 vezes/min) • REPETITIVO • Mistura o quimo, coloca o quimo em contato com a superfície de absorção e as secreções digestivas • AUMENTA O CONTATO À SUPERFÍCIE • A frequência das ondas é proporcional às ondas estomacais (ondas lentas) • Atropina diminui a atividade de ondas pelo SNE • Propela o quimo (5 min a 2-4h) • UNIDIRECIONAL (estimulação mecânica) • Aumenta a pós-refeição pela chegada do quimo ao duodeno (reflexo gastroentérico) • Hormônios estimulantes: gastrina, CCK, insulina e serotionina • Hormônios inibitórios: secretina e glucagon FENÔMENOS MOTORES: • Feito pelo arranjo de CÉL. M. LISAS • M. EXTERNA (LONGITUDINAL) + M. INTERNA (CIRCULAR) • O quimo é dividido em pedaços para que ocorra o aumento da superfície de contato, alternando o tipo de contração segmentar VÁLVULA ÍLEO-CECAL: • Bloqueia o quimo por várias horas até a próxima refeição (reflexo gastroileal) • Impede o fluxo retrógado do conteúdo fecal do cólon para o ID • O esfíncter ileocecal diminui a velocidade do esvaziamento do conteúdo ileal para o ceco exceto imediatamente após uma refeição 3.6 – INTESTINO GROSSO • Função de absorver água e eletrólitos, responsabilidade essa, da metade mais proximal, e pela realização, armazenamento e expulsão da matéria fecal, função da metade mais distal HISTOLOGIA: • MUCOSA: ausência de vilosidades, as criptas de Lieberkhum são bem desenvolvidas e abundância de céluas caliciformes • SUBMUCOSA: tecido conjuntivo • MUSCULAR: circular interna e longitudinal externa + presença do plexo mioentérico de Auerbach • SEROSA: vasos sanguíneos FUNÇÕES DO CÓLON: • Absorção de água e eletrólitos • Formaçãoe armazenamento do bolo fecal MOTILIDADE DO INTESTINO GROSSO: CONTRAÇÃO SEGMENTAR PROPULSÃO ABORAL • HOMEGENEIZAÇÃO DOS ALIMENTOS • Ocorre a mistura dos alimentos nas secreções do IG (MISTURA DAS FEZES) • Deslocamento do bolo alimentar • PROPELIR AS FEZES (1-3x/dia) DIARREIA: ID x IG 3.7 – FÍGADO E VIAS BILIARES • Armazenamento de sangue • Metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas • Biotransformação de fármacos (fase 1 e 2) • Produção de proteína (albumina, globulina e fibrinogênio são as principais), além de produzir todos os fatores de coagulação e as proteínas do sistema complemento • Armazenamento de glicose (glicogênio) • Pré-ativação da vitamina D • Armazenamento de ferro (ferritina) • Armazenamento de vitaminas (principalmente as lipossolúveis) • Produção de bile e de colesterol • Produção de IGF-1 (somastomedina), hormônio do crescimento que é estimulado pelo GH HISTOLOGIA • Está estrategicamente situado no sistema circulatório recendo um SUPRIMENTO SANGUÍNEO DUPLO: 20% do seu fluxo é rico em O2 e provém da a. hepática, enquanto que o restante de 80% é rico em nutrientes e provém da v. porta. Esta particularidade permite ao fígado controlar as substâncias que são absorvidas em todo o intestino e determinar quais delas vão entrar, e como vão entrar na circulação sistêmica • Os HEPATÓCITOS são as células mais importantes do fígado, constituem cerca de 2/3 de sua massa. Entre os CORDÕES DE HEPATÓCITOS estão os SINUSÓIDES VASCULARES revestidos por CÉL. ENDOTELIAIS FENESTRADAS e descontínuas que desmarcam o ESPAÇO DE DISSE, para dentro do qual se projetam abundantes microvilosidades da membrana basolateral do hepatócito, estando assim, em contato direto com o sangue arterial e venoso portal. A MEMBRANA APICAL DOS HEPATÓCITOS com diferentes canais e transportadores em relação à membrana basal é responsável pela formação dos CANALÍCULOS BILIARES através da formação de sulcos entre hepatócitos adjacentes. Estes canalículos biliares se fundem para formar os DÚCTOS BILIARES (CANAIS DE HERING) e depois a nível das zonas portais ductos biliares, já revestidos por células epiteliais ou COLANGIÓCITOS permitem a EXCREÇÃO DA BILE • No espaço de Disse, existem ainda as CÉL. DE KUPFFER que é um acúmulo de macrófagos que atuam na fagocitose hepática e a CÉL. DE ITO ou ESTRELADAS que são reservas de substâncias lipídicas, atuando também na fibrose hepática patológica LÓBULOS HEPÁTICOS • O fígado é organizado estruturalmente em LÓBULOS com áreas portais na periferia e as veias centrais no centro de cada lóbulo, enquanto que, funcionalmente, ele é organizado em ÁCINOS com o fluxo sanguíneo podendo ser portal ou arterial, podendo ainda entrar nos ácinos pelas ÁREAS DE PORTAIS • O ÁCINO HEPÁTICO é a unidade funcional do fígado, compreende a massa de parênquima dependente de suprimento sanguíneo através do trato porta. As células estão dispostas em ZONAS CONCÊNTRICAS que cercam os vasos aferentes terminais • ZONA 1 (PERIPORTAL): é a mais próxima ao espaço porta, é a primeira a receber sangue com alto teor de oxigênio, insulina e glucagon, tem alta taxa metabólica e é a última a sofrer necrose e a primeira a mostrar sinais de regeneração • ZONA 2 (MEIOLOBULAR): recebe sangue com o conteúdo intermediário de oxigênio • ZONA 3 (CENTROLOBULAR): é a mais próxima das veias hepáticas terminais, recebe o sangue por último, nesta zona, estão muitas das enzimas que participam da biotransformação (NADPH e citocromo P450) FORMAÇÃO DA BILE • A bile é formada na MEMBRANA BASOLATEREAL dos hepatócitos e secretadas na sua forma modificada através da MEMBRANA APICAL • A BILE é uma secreção do TGI essencial para a digestão e absorção lipídica • A secreção da bile ocorre ativamente nos hepatócitos, secretando SAIS BILIARES, COLESTEROL, FOSFOLIPÍDEOS e PIGMENTOS BILIARES e muitas outras substâncias à caminho dos canalículos biliares, a secreção é passiva e atrai água e íons, os ductos biliares não são apenas utilizados como transporte da bile, mas também para a secreção de bicarbonato, um dos fatores essenciais para essa excreção é feita pela enzima SECRETINA, CCK, VIP e GLICAGINA. No intervalo entre as refeições, cerca de metade da bile secretada é direcionada para a VESÍCULA BILIAR, onde a bile é armazenada AVALIAÇÃO LABORATORIAL • TESTE DE FUNÇÃO: albumina, proteínas totais, tempo de protrombina e estudos dos fatores de coagulação. Para saber o problema hepático, tem que fazer também a dosagem renal • TESTE DE LESÃO (AST/TGO e ALT/TGP): paciente com cirrose pode ter esses marcadores diminuídos, podendo ser bom pela diminuição da inflamação ou ruim, pela falta de células para degradar • TESTE DE LESÃO DO DUCTO BILIAR (GAMA-GT e FOSFATASE ALCALINA): eles aumentam pois estão na borda da célula ductal, e com isso, aumenta a quantidade dessas enzimas para controle de inflamação 3.8 – PÂNCREAS • O pâncreas possui duas funções, a EXÓCRINA (80%) e a ENDÓCRINA (ILHOTAS DE LANGERHANS 20%) PÂNCREAS EXÓCRINO • Região repleta de CÉL. ACINARES ZIGOGÊNIOS que produzem enzimas como: TRIPSINOGÊNIO (proteína), QUIMIOTRIPSINOGÊNIO, PROCARBOXIPEPTIDADE, AMILASE PACREÁTICA (carboidratos) e LIPASE PANCREÁTICA (lipídeos) • A estimulação da célula pancreática para a liberação de ZIMÔGENOS na luz do ácino é a CCK e a Ach • O epitélio dos ductos é CÚBICO SIMPLES, que produz e também libera bicarbonato e cloreto de sódio pela ANIDRASE CARBÔNICA, ela atua no enxague do ducto para assim ser jogado ao duodeno, essas células são estimuladas pela SECRETINA, produzida pela CÉLULA S, apenas quando chega algo ácido no duodeno. Já quando chega algo gorduroso ou proteico a célula é estimulada a produzir CKK 3.9 – DIGESTÃO FERMENTATIVA RUMINAÇÃO • Processo metabólico fermentativo. A ruminação é a regurgitação repetida e a remastigação dos alimentos, o processo consiste no retorno do bolo alimentar do rúmen para a boca, onde é remastigado, na presença de maior quantidade de saliva, e posteriormente deglutido novamente • A ruminação depende de CONTRAÇÕES CÍCLICAS DO RÚMEN E DO RETÍCULO, as quais conduzem o alimento até o esfíncter cárdico, que relaxa também ciclicamente a força de passagem para o esôfago, no qual movimentos antiperistálticos levam o alimento regurgitado até a boca • PROCESSO DE TAMPÃO: favorece o pH alcalino em função da microbiota PRÉ-ESTÔMAGOS: RÚMEN RETÍCULO OMASO • Reservatório e câmara fermentativa • Responsável pela contração que leva a regurgitação • Responsável pela absorção de água, minerais e pela redução de partículas ESTÔMAGO VERDADEIRO (QUÍMICO): ABOMASO • Secreta produtos através de glândulas, como pepsina e pepsinogênio, hormônios (gastrina), HCl e água VANTAGENS x DESVANTAGENS DA RUMINAÇÃO: VANTAGENS DESVANTAGENS • Consumo de dietas FIBROSAS • Trânsito lento • CELULOSE como principal carboidrato • Produção de vitaminas (complexo B) • Proteína metabolizável pela massa microbiana (AGV) • Perda de energia na fermentação (calor e metano) • Modificações de proteínas de alta qualidade • Mastigação excessiva • Controle constante de pH • Não toleram alterações drásticas na dieta • ALCALOSE METABÓLICA: êmese • ACIDOSE METABÓLICA: diarreia ou diarrea/êmese FERMENTAÇÃO: • Processo químico realizado na ausência de O2, que consiste na síntese de ATP sem o ciclo de Krebs (respiração celular). É uma atividade metabólica feita por microrganismos, os SUBSTRATOS MOLECULARES são HIDROLISADOS enzimaticamente, nos herbívoros encontram-se os METABÓLITOS BACTERIANOS • PRODUTOS DA FERMENTAÇÃO:AGV (90% da energia dos ruminantes), podendo ser de ácido acético, propiônico ou butírico, etanol, massa microbiana e calor FERMENTAÇÃO x pH IDEIAL • PROZOÁRIOS E BACTÉRIAS 1° e 2°: pH de 6.2 • BACTÉRIAS AMILOLÍTICAS: pH de 5.5 • LACTOBACILOS: pH mais baixo • OBS: alterações na dieta alteram os microrganismos dominantes PROCESSOS FERMENTATIVOS DOS MICRORGANISMOS: • O fluxo de ingestão lento mantém as populações de microrganismos constante • BACTÉRIAS: maioria anaeróbicas restritas (28 espécies) • PROTOZOÁRIOS: estão em menor quantidade, mas a massa crítica é igual a de bactérias, esses protozoários são de maioria ciliada e uma pequena parte flagelada, também sendo anaeróbicos restritos DISTRIBUIÇÃO DO CONTEÚDO RUMINAL: • PARTÍCULAS FIBROSAS SOBRENADANTES: grande quantidade de microrganismos • FRAÇÃO LÍQUIDA SOBRENADANTE: saliva e produtos da fermentação • MATERIAL LÍQUIDO: retículo e saco cranial e ventral do rúmen • MATÉRIA NA SUPERFÍCIE DA LUZ DO RETÍCULO-RÚMEN: troca de líquido para o sangue DIGESTÃO DE PROTEÍNAS E CARBOIDRATOS NÃO-ESTRUTURAIS RUMINANTES HERBÍVOROS NÃO-RUMINANTES • PROTEÍNA E CHO: rúmen (fermentação) • Ocorre uma RECICLAGEM CONTÍNUA de proteína de microrganismo mortos do SOBRENADANTE FIBROSO • A proteína verdadeira pode ou não ser degradada • PROTEÍNA: estômago e ID • CHO ESTRUTURAL: ceco MOTILIDADE RUMINAL • É controlado pelo CENTRO GÁSTRICO - MEDULA OBLONGA, é uma série de sequencias de contrações cíclicas mediadas pelo n. VAGO • É utilizado mecanorreceptores presentes na cavidade oral, reticulares e ruminais • INIBIÇÃO DA MOTILIDADE: ocorre por distensões exageradas nos estômagos ou por alterações de pH • MOTILIDADE: ciclo primário → ciclo secundário (eructação) → ruminação → fechamento da goteira esofágica GOTEIRA ESOFÁGICA • É uma invaginação da parede do retículo, ela conecta a cárdia ao orifício reticulomasal, é importante pois o leite atravessa o omaso e chega ao abomaso por esse mecanismo • ESTÍMULO PARA O FECHAMENTO: reflexo de sucção, presença de líquido na faringe e leite no rúmen (fermentação inadequada) 4 – SISTEMA ENDÓCRINO • Regula e controla junto ao SN todas as funções do organismo, é responsável pela coordenação e regulação de processos fisiológicos por meio de HORMÔNIOS, estes estão envolvidos no CONTROLE DO METABOLISMO CORPORAL TIPOS DE METABOLISMO: ENERGÉTICO ELETROLÍTICO CRESCIMENTO REPRODUTOR • Insulina • Glucagon • Cortisol • Adrenalina • T3 e T4 • Gh • Hormônio paratireoideano • Angiotensina • Renina • Calcitonina • T3 e T4 • Insulina • Gh • Estrógeno • Andrógeno • Androgênio • Progesterona • LH • FSH • Prolactina • Ocitocina 4.1 – HORMÔNIOS • As GLÂNDULAS ENDÓCRINAS secretam hormônios, essas substâncias são lançadas na corrente sanguínea, atingindo células de diversos tecidos do organismo. Os hormônios podem estimular ou inibir as funções metabólicas. Cada hormônio atua sobre alguma célula específica (CÉLULA-ALVO) por receptores específicos de mecanismo CHAVE-FECHADURA, essa ligação entre o hormônio e seu receptor GERA UMA ATIVIDADE CELULAR. Os hormônios não ficam armazenados, eles são liberados conforme vão sendo sintetizados TIPOS DE HORMÔNIOS: 1 – PROTEÍNAS E PEPTÍDEOS • Derivados de AMINOÁCIDOS e são HIDROFÍLICOS • Todos os importantes hormônios endócrinos remanescentes são proteínas, peptídeos ou derivados imediatos destes. São secretados pela HIPÓFISE ANTERIOR e POSTERIOR, PÂNCREAS e PARATIREOIDE. São sintetizados inicialmente em CÉLULAS DE AA de acordo com o RNAm transcrito, são sintetizados nos RIBOSSOMOS como PRÉ-PRÓ-HORMÔNIOS (hormônios peptídeos precursores), são então levados ao RER, onde ocorre a alteração de sua estrututura para a formação do PRÓ-HORMÔNIO, esses são levados ao APARELHO DE GOLGI e lá se encontram em sua FORMA ATIVA, sendo armazenados em suas VESÍCULAS SECRETORAS • TIPOS: HIPOTALÂMICOS (TRH, CRH, GH-RH, GnRH), ADENO-HIPOFISÁRIOS (GH, TSH, ACTH, prolactina, LH e FSH), NEURO-HIPOFISÁRIO (ADH e ocitocina), CALCITOCINA, PARATORMÔNIO (PTH), PANCREÁTICO (insulina e glucagon) e FATORES ENDOTELIAIS (endotelina) • O TRANSPORTE dos hormônios proteicos são feitos em sua forma DISSOLVIDA (livres) 2 – AMINAS • Derivados da TIROSINA, em que os HORMÔNIO TIREOIDEANOS (T3 e T4) são LIPOFÍLICOS de TRANSPORTE PLASMÁTICO ASSOCIADO À PROTEÍNAS LIGADORAS, podendo ser ESPECÍFICAS (globulinas) ou INESPECÍFICAS (albumina) e as CATECOLAMINAS (produzidas pela adrenal, como a epinefrina e a norepinefrina) são HIDROFÍLICOS de TRANSPORTE PLASMÁTICO NA SUA FORMA DISSOLVIDA (livre) • As aminas são pequenas e atravessam bem a membrana plasmática, atuando no núcleo 3 – ESTEROIDES • Derivados do COLESTEROL e são LIPOSSOLÚVEIS • São sintetizados a partir do colesterol, nos TESTÍCULO (testosterona), nos OVÁRIOS (estrogênio e progesterona) na GLÂNDULA ADRENAL (cortisol e aldosterona) e na PLACENTA estrogênio e progesterona) esses hormônios são lipofílicos e entram facilmente na membrana plasmática, se difundindo ao CITOPLASMA das células-alvo e migrando ao NÚCLEO até chegarem no DNA promovendo a SÍNTESE PROTEICA CARACTERÍSTICA FÍSICO-QUÍMICO DOS HORMÔNIOS: SINALIZAÇÃO CELULAR: AUTÓCRINO PARÁCRINO ENDÓCRINO • Atua na MESMA CÉLULA que o secreta • Atua na CÉLULA ADJACENTE à célula secretória • Atua À DISTÂNCIA, sendo liberada na corrente sanguínea 4.2 – EIXO HIPOTALÁMO-HIPOFISÁRIO • Interface entre o SNC e o SISTEMA ENDÓCRINO, atuando no controle da função de várias glândulas endócrinas e de vários processos fisiológicos HIPÓFISE (GLÂNDULA PITUITÁRIA) • A HIPÓFISE é formado por duas glândulas distintas: ADENO-HIPÓFISE e NEURO-HIPÓFISE ADENO-HIPÓFISE (HIPÓFISE ANTERIOR) NEURO-HIPÓFISE (HIPÓFISE POSTERIOR) • Origem de CÉLULAS EPITELIAIS • É derivado do ECTODERMA ORAL e é composto de EPITÉLIO GLÂNDULAR • Através da conexão vascular da hipófise anterior com o hipotálamo, o hipotálamo integra SINAIS ESTIMULATÓRIOS e INIBIDTÓRIOS CENTRAIS e PERIFÉRICOS para os cinco tipos fenotipicamente distintos de células da hipófise HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS: deslocam-se para a hipófise (via vascular ou neural) HORMÔNIOS ESPECÍFICOS: para cada hormônio hipofisário HORMÔNIOS: • GhRH → GH (hormônio do crescimento) • PROLACTINA • GnRH → FSH (folículo estimulante) • GnRH → LH • TRH → TSH (T3 e T4) • CRH → ACTH (adrenocorticotrófico) • ENDORFINAS • Origem NERVOSA • É conectado ao hipotálamo através do INFUNDÍBULO (é uma ampliação do hipotálamo) • NEURÔNIOS SECRETADORES • São sintetizados por NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS e empacotados em VESÍCULAS SECRETORAS e transportados por fibras nervosas para a neuro-hipófise, sendo liberados por EXOCITOSE após um estímulo HORMÔNIOS: • OCITOCINA (núcleo paraventricular do hipotálamo) • ADH ou VASOPRESSINA (núcleos supra-ópticos (NOS) e paraventricular (NPV) do hipotálamo SISTEMA PORTA-HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO • As artérias para a hipófise são as ARTÉRIAS HIPOFISÁRIAS SUPERIORES, ramos da carótida interna. A suplência sanguínea da parte distal é feita sobretudo através de veias de um SISTEMA PORTA, o sangue dos capilares da parte tuberal e adjacências da haste drena para as veias, que descem para o infundíbulo e terminam em numerosos capilares sinusoidais da parte distal • O SISTEMA PORTA é constituído por pequenos vasos comuns à extremidade inferior do hipotálamo e da hipófise anterior, unidos através do infundíbulo CARACTERÍSTICAS: • Os hormônios hipotalâmicos podemser entregues à hipófise anterior diretamente e em altas concentrações • Os hormônios hipotalâmicos não aparecem na circulação sistêmica em altas concentrações • VASOS PORTAIS CURTOS - são evidências de fluxo retrógado (FEEDBACK NEGATIVO) • HORMÔNIOS TRÓFICOS: têm como tecido alvo uma glândula endócrina, tem a função de provocar a secreção de outros hormônios 4.3 – GLÂNDULA TIREOIDE • Estrutura de dois lobos localizadas no pescoço, em frente à traqueia e, produz hormônios, principalmente o TRIIODOTIRONINA (T3) e TIROXINA (T4) que são responsáveis por estimularem o metabolismo e afetam o aumento e a taxa funcional de muitos outros sistemas do organismo • Ela atua em função de órgãos importantes como como o coração, cérebro, fígado e rins e interfere também no crescimento e no desenvolvimento dos filhotes, na regulação dos ciclos estrais, fertilidade, peso, memória, humor e controle emocional HISTOLOGIA: • A tireoide é uma GLÂNDULA FOLICULAR, constituída pelos folículos tireoidianos formados por EPITÉLIO SIMPLES DE CÉLULAS FOLICULARES CUBÓIDES produtoras de hormônios tireoidianos. Entre os folículos estão presentes as CÉLULAS PARAFOLICULARES FOLÍCULOS • Cada folículo consiste numa camada de CÉLULAS FOLICULARES CÚBICAS que envolvem um lúmen cheio de COLÓIDE, seu tamanho aumenta durante a estimulação folicular CÉLULAS FOLICULARES • Derivam da ENDODERME • Armazenam uma forma intermédia do seu produto de secreção (TIREOGLUBULINA) extracelularmente no colóide CÉLULAS PARAFOLICULARES (CÉLULA C) • Encontram-se dispersas entre as células foliculares ou em agregados entre folículos. Função oposta do PTH • Segregam o hormônio peptídico CALCITONINA em resposta à elevação sérica de cálcio, a calcitonina diminui o cálcio sérico através da estimulação da captação de cálcio pelas células e pelo aumento da deposição de cálcio no osso COLÓIDE • É a RESERVA DE SECREÇÃO, contém a TIREOGLUBULINA • No colóide, o iodo está sob a forma de T3 e T4 ligados à uma globulina (componentes da tireoglobulina) SÍNTESE DE T3 e T4 • A síntese do hormônio tireoidiano depende basicamente de um suprimento adequado e IODO na DIETA e do ESTÍMULO DO TSH HIPOFISÁRIO. O TSH promove um processo PROTEOLÍTICO que resulta no lançamento de IODOTIRONINAS na corrente sanguínea, no sangue o hormônio tireoidiano circula ligado a uma proteína transportadora (TRH → TSH → T3 e T4) • A síntese de T3 e T4 ocorre nas CÉLULAS FOLÍCULARES DA TIREOIDE e no COLÓIDE FOLICULAR, a síntese é dependente da TIROGLOBULINA (TGB), a produção da tiroglobulina é feita a partir da transcrição do seu RNAm, sendo encaminhado ao ribossomo no citoplasma da célula para ai ser traduzido e decodificado em tiroglobulina, nesse processo, a tiroglobulina é armazenada em vesículas e encaminhadas ao colóide. Os hormônios tireoidianos são iodatos, dependendo então, da INCORPORAÇÃO DO IODO NA TIROGLOBULINA, para que isso aconteça, o iodo proveniente da circulação sanguínea é co-transportado de forma ativa para dentro da célula folicular, dentro da célula folicular, o iodo é transportado via PENDRINA para dentro do colóide para então ser incorporado na tiroglobulina, o iodo proveniente da circulação sanguínea está em seu estado aniônico (I-), para que ele seja incorporado na tiroglobulina, esse iodo precisa ser oxidado, ocorrendo a OXIDAÇÃO DO IODO por uma PEROXIDASE, o deixando catiônico (I2), agora com o iodo em sua forma catiônica, o iodo pode IODAR TIROSINAS da tiroglobulina, quando o iodo se acopla à tiroglobulina acaba se formando a tirosina, essa tirosina pode conter 4 ou 3 iodos, agora com a tirosina formada (tiroglobulina + tirosina) a molécula da tiroglobulina sofre ENDOCITOSE para dentro da célula folicular, dentro da célula ocorre a INCORPORAÇÃO DE LISOSSOMOS para que ocorra a degradação da tiroglobulina, degradando a molécula de tiroglobulina, sobrando apenas a tirosina, contendo as moléculas de iodo, podendo ser a TRIIODOTIROSINA (T3) ou a TIROXINA (T4), sendo então liberadas para fora da célula folicular para que possam exercer suas respectivas funções COMO SÃO PRODUZIDOS: • A SÍNTESE DE TIREOGLUBILINA: síntese proteica a partir do AMINOÁCIDO TIROSINA captado pela borda basal da célula • GLICLOSILAÇÃO: CAPTAÇÃO DE IODETO circulante pela borda basal e transporte ativo até o lúmen, no qual é ativado • IODAÇÃO DA TIREOGLOBULINA: combinação do iodo com a tireoglobulina que só ocorre no lúmen folicular • CAPTAÇÃO DO COLÓIDE: processo feito por PINOCITOSE através da borda apical da célula • DIGESTÃO DAS GOTÍCULAS DE COLÓIDE POR LISOSSOMOS: essa digestão acaba liberando triiodotirosina (T3) e tetraiodotirosina (T4 ou tiroxina), que acabam ultrapassando a membrana basal da célula e chegam ao capilar sanguíneo • CORRENTE SANGUÍNEA: o T3 e o T4 unem-se a proteínas plasmáticas e são lentamente liberados para os tecidos, esses hormônios tireoidianos se ligam novamente a proteínas intracelulares (ativando receptores intracelulares), sendo utilizados por dias e semanas T3 E T4 NA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA • A porcentagem de produção de T4 é maior do que T3 (4T4 : 1T3), porém a eficiência de T3 é maior do que a do T4 por conta do tipo de receptor nuclear existente no organismo. T3 É A FORMA MAIS ATIVA • O transporte dos hormônios tireoidianos é feito pela TBG - GLOBULINA DE LIGAÇÃO DA TIROXINA (LIPOSSOLUBILIDADE). Quando são liberados para a circulação sanguínea são imediatamente ligados a proteínas de transporte específico • ↑↑↑ TBG (globulina de ligação de tiroxina), ↑↑ TRASTIRETINA (pré-albumina) e ↑ ALBUMINA T3 • ↓ solubilidade T4 • 9x mais na circulação sanguínea CONVERSÃO PERIFÉRICA DE T4 PARA T3 • O T4 é a forma inativa do hormônio tireoidiano, ele deve ser convertido em T3 antes para que o organismo porra utiliza-lo. Mais de 90% do hormônio produzido é o T4 • Após a formação de MIT e DIT, ocorre a condensação também oxidativa destas iodotirosinas, mediada por uma molécula de peroxidase, ocorrendo dentro da molécula de tiroglobulina, gerando T3 e T4. Na superfície da molécula de tiroglobulina, a enzima de conjugação é capaz de unir duas moléculas de DIT (formando uma molécula de T4), pode eventualmente, unir uma molécula de DIT e uma de MIT (formando uma molécula de T3). São formadas mais moléculas de DIT do que MIT, sendo mais provável a formação de T4 do que T3 e, por isso a maior liberação de tiroxina do que triiodotirosina ENZIMAS: IODOTIRONINAS DEIODINASES • Os hormônios tireoidianos têm um efeito direto sobre as desiodases, regulando a ação dessas enzimas de maneira TECIDO-ESPECÍFICA • A iodotirosina deiodinase libera iodo, para reuso, a partir de tirosinas iodinadas, catalisando a liberação de iodo diretamente dos hormônios tireoidianos. São proteínas de membrana dependente de selênio-cistéina TIPO I e II • Esses dois tipos de enzimas catalisam a reação de 5’ DESIODODAÇÃO do T4, promovendo a formação do T3 (hormônio ativo) • TIPO I: principal fonte de T3 circulante no plasma, está presente no fígado, rim e na tireoide. É inibia em jejum intenso • TIPO II: presente no m. cardíaco, m. EE e na tireoide TIPO III • Converte o T4 em T3 INATIVO. Essas enzimas retiram um iodo específico da molécula, inativando-o CONTROLE E LIBERAÇÃO HORMONAL • O TSH é estimulado pelo TRH, o TRH é um tripeptídeo distribuído por toda a área do hipotálamo, estando sensível a estímulos como o frio e lactação. A síntese e a secreção de do TSH são influências pelos hormônios tireoidinaos (feedback negativo) e pelo TRH (feedback positivo) PRINCIPAIS FUNÇÕES DO HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: • ↑ Da taxa metabólica basal (produção calórica em repouso) • ↑ O2 nos tecidos • ↑ Receptores β-adrenérgicos (epinefrina/norepinefrina), causando inotropismo e conotropismo positivo
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