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C816f Cornett, Marcia Millon.
Finanças [recurso eletrônico] / Marcia Millon Cornett,
Troy A. Adair Jr., John Nofsinger ; tradução: R. Brian Taylor ;
; revisão Almir Ferreira de Sousa, Elizabeth Krauter. – Dados 
eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
Editado também como livro impresso em 2013.
ISBN 978-85-8055-215-7
1. Administração financeira. 2. Finanças. I. Adair, Troy 
A. Jr. II. Nofsinger, John. III. Título.
CDU 658.15
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
Iniciais_eletronico.indd iiIniciais_eletronico.indd ii 17/04/2013 18:45:3517/04/2013 18:45:35
 Capítulo 1 | Introdução à administração financeira 3
introdução à 
administração financeira
Você sabia: O que as finanças acarretam? Como a adminis‑tração de finanças funciona 
no mundo dos negócios? Por que você 
poderá se beneficiar ao estudar os 
princípios financeiros? Este capítulo é 
ideal para obter as respostas para es‑
sas perguntas.
Finanças são, em grande parte, o 
estudo de como avaliar todos os tipos 
de coisas, como as ações, os paga‑
mentos que faltam em uma hipoteca, a 
compra de uma empresa inteira e a 
decisão pessoal de se aposentar cedo. 
Neste texto, voltaremos nossa aten‑
ção principalmente a uma área espe‑
cífica das finanças, a administração 
financeira, a qual tende a se concen‑
trar na avaliação das coisas do ponto 
de vista de uma empresa. 
A administração financeira é decidi‑
damente importante para o sucesso de 
qualquer organização* e, por todo o tex‑
to, terá destaque a descrição dos con‑
ceitos financeiros ‑chave para as finan‑
ças corporativas. No entanto, muitas 
das ferramentas e técnicas que apren‑
deremos para saber lidar com a admi‑
nistração financeira de uma empresa 
são largamente aplicáveis a tipos mais 
 objetivos de 
APRENDIZAGEM
OA1.1 Definir as subáreas de finanças e 
seus papéis na administração 
financeira corporativa.
OA1.2 Mostrar como e por que as 
finanças estão no coração das 
decisões de negócios.
OA1.3 Aplicar finanças em sua vida 
pessoal.
OA1.4 Comparar e contrastar as 
vantagens e desvantagens das 
três formas de organização de 
negócios mais comuns nos 
Estados Unidos.
OA1.5 Diferenciar entre as metas 
apropriadas e inapropriadas dos 
administradores financeiros.
OA1.6 Identificar o principal 
relacionamento de agência da 
empresa e discutir por que os 
relacionamentos de agência 
podem criar conflitos.
OA1.7 Incorporar a ética na 
administração financeira.
OA1.8 Descrever os relacionamentos 
complexos e necessários entre 
empresas, instituições 
financeiras e mercados 
financeiros.
* N. de R.T.: Optou-se por adotar os termos “empresa”, “corporação” e “organização” alterna-
damente nesta publicação, já que compreendem, em maior ou menor grau, o sentido de orga-
nismo econômico, civil ou comercial, constituído para explorar um ramo de negócio e oferecer 
ao mercado produtos e/ou serviços.
01_cap 01_Cornett.indd 3 16/01/2013 17:38:04
4 Finanças
amplos de dificuldades financeiras, como as decisões finan‑
ceiras pessoais.
Em finanças, chamamos o recebimento e pagamento de 
dinheiro de fluxo de caixa, e começaremos nossa discussão 
com uma representação gráfica dos fluxos de caixa de finan‑
ças, utilizada para ajudar a explicar o que são finanças e como 
demonstrar seus diferentes aspectos.
O restante deste capítulo será dedicado à discussão de 
variáveis ambientais importantes que impactarão signifi-
cativamente as decisões financeiras da empresa, incluindo 
a forma de organização dos negócios, o relacionamento 
de agência entre os administradores e os proprietários da 
empresa e as considerações éticas na aplicação das finanças.
FINANÇAS NOS NEGÓCIOS 
E NA VIDA
Sua percepção do que são finanças pode ter sido negativa-
mente distorcida pelo entretenimento da cultura pop. A 
maioria dos filmes mostra os profissionais financeiros 
como pessoas gananciosas e sem ética [veja, por exemplo, os 
filmes Trocando as Bolas (1983), Wall Street (1987), Selva-
gens em Wall Street (1993), Rogue Trader (1998) e O primeiro 
milhão (2000)]. Embora esses personagens ofereçam um 
bom entretenimento, tais representações não refletem a 
verdade sobre os profissionais de finanças e suas contribui-
ções para a sociedade.
A aplicação bem -sucedida das teorias financeiras ajuda o 
dinheiro a fluir de indivíduos que querem melhorar seu 
futuro financeiro para as empresas que querem expandir a 
escala ou o escopo de suas operações. Essa troca leva à 
expansão da economia e mais oportunidades de emprego 
para as pessoas em todos os níveis da sociedade. Assim, 
duas coisas grandes resultam desse processo simples: a eco-
nomia será mais produtiva agora, e a riqueza dos indivíduos 
crescerá no futuro.
Nesta seção, desenvolveremos uma descrição abrangente 
de finanças, suas subáreas e as decisões relevantes que os 
profissionais em cada subárea devem tomar. Como vere-
mos, todas as subáreas compartilham um conjunto comum 
de ideias e ferramentas aplicativas.
O que são finanças?
Para visualizar o que são finanças, considere segmen-
tar todos os participantes em uma economia ao longo 
de duas dimensões. A primeira é a disponibilidade de 
dinheiro “extra” (isto é, dinheiro acima e além de suas 
necessidades atuais de gastos) para investimento. A 
segunda é a habilidade para desenvolver ideias de negó-
cios economicamente viáveis. A divisão de pessoas ao 
longo dessas duas dimensões resultará na distribuição 
dos participantes em quatro tipos, como mostra a 
Figura 1.1. É claro que, com o passar do tempo, as pes-
soas se movimentam de um grupo para outro.
pontos de vista
APLICAÇÃO NOS NEGÓCIOS
Caleb trabalhou duro para criar e expandir seu quiosque 
de sucos em um shopping. Finalmente, aperfeiçoou seus 
produtos e acredita que oferece a combinação correta de 
sucos e alimentos. Como resultado, o quiosque se mostra 
rentável com boa margem de lucro. Agora, Caleb gostaria 
de abrir mais quiosques nos shopping centers por todo o 
estado, e, talvez, por todo o país.
Ele sabe que precisa de mais dinheiro para expandir, com‑
prar mais equipamentos, ter mais estoque e contratar e 
treinar mais pessoas. Como Caleb pode conseguir o capi‑
tal de que precisa?
Participantes em nossa economia hipotéticaF I G U R A 
NENHUM DINHEIRO 
EXTRA
DINHEIRO EXTRA
Nenhuma ideia 
de negócios 
economicamente viável
Tipo 1: Nenhum 
dinheiro e nenhuma 
ideia
Tipo 2: Dinheiro, 
mas não ideias
Ideias de negócios 
economicamente 
viáveis
Tipo 3: Nenhum 
dinheiro, mas ideias
Tipo 4: Dinheiro 
e ideias
As pessoas do Tipo 1 realmente não têm uma participa-
ção direta nos mercados financeiros, como fornecedores 
de capital ou como tomadores de capital, embora provavel-
mente tenham um papel indireto em oferecer mão de obra 
ou consumir produtos de empresas financeiras. Nossa dis-
cussão sobre finanças se concentrará apenas nos partici-
pantes que têm um papel direto, de forma que podemos 
deixar à parte os participantes do Tipo 1.
As pessoas do Tipo 4 usarão as ferramentas para avaliar 
suas próprias ideias, escolher aquelas que têm mais poten-
cial e criar empresas que as implementam de maneira mais 
eficiente. No entanto, os indivíduos do Tipo 4 não precisam 
dos mercados financeiros porque são autofinanciados, de 
forma que as ferramentas financeiras que usam e os tipos 
de decisões que tomam serão muito bem focados. Portanto, 
nossa discussão não estarávoltada às pessoas do Tipo 4.
As instituições financeiras e os mercados financeiros 
melhoram a economia ao autorizar as pessoas dos Tipos 2 e 3 
a se engajarem em uma troca mutuamente vantajosa: as do 
Tipo 2 temporariamente emprestarão seu dinheiro para as 
do Tipo 3, as quais o colocam em suas boas ideias de negó-
cios. Na maioria das economias desenvolvidas, os partici-
pantes do Tipo 2 são normalmente investidores indivi-
duais – assim como você provavelmente o será pelo resto de 
sua vida. Cada um de nós individualmente pode não ter 
01_cap 01_Cornett.indd 4 16/01/2013 17:38:04
 Capítulo 1 | Introdução à administração financeira 5
muito dinheiro extra, mas, ao agregarmos nossos fundos 
disponíveis, podemos levantar quantias significativas. Os 
participantes do Tipo 3 podem ser indivíduos com ideias 
inovadoras, mas são frequentemente corporações ou outros 
tipos de empresas com departamentos de pesquisa e desen-
volvimento (P&D) dedicados a novas ideias.
Obviamente, os investidores e as empresas se ajudam 
mutuamente. Se os investidores emprestam seu capital 
“extra” para elas, como mostrado na Figura 1.2, as empresas 
então podem usar esse capital para financiar os projetos de 
É claro que nem todo o dinheiro voltará para os investido-
res. Na realidade, as fontes de fricção surgirão nesse sistema, 
as quais reduzirão a quantia de capital que retornará para os 
investidores. Duas fontes primárias de fricção serão os lucros 
retidos (que você pode intuitivamente considerar como fun-
dos retidos pela empresa para sustentar as operações em 
andamento) e os impostos. A Figura 1.4 mostra uma análise 
dos fluxos de caixa resultantes com os lucros retidos e os 
pagamentos de impostos associados. Embora seja simplista, 
apresenta uma explicação geral das finanças como um todo e 
de suas principais subáreas.
Por exemplo, os indivíduos devem avaliar quais oportu-
nidades de investimento são corretas para suas necessida-
des e sua tolerância ao risco; as instituições financeiras e os 
mercados financeiros devem distribuir de maneira eficiente 
APLICAÇÃO PESSOAL
Dagmar está bastante interessada em investir parte de seu di‑
nheiro. No entanto, ouviu falar de várias corporações nas quais 
os investidores perderam tudo: nos últimos anos, ela soube, 
por exemplo, que a Enron (2001), a WorldCom (2002) e a Delta 
Airlines (2005) pediram falência e que os acionistas dessas 
empresas perderam todos os seus investimentos.
Muitos dos acionistas que perderam dinheiro eram funcioná‑
rios dessas empresas, nas quais haviam investido em suas 
ações parte de suas economias para a aposentadoria. Ela se 
pergunta qual garantia terá, como investidora, contra a perda 
de seu dinheiro.
OS PROJETOS ECONOMICAMENTE 
BEM -SUCEDIDOS PAGARÃO DE VOLTA O DINHEIRO 
(MAIS OS LUCROS) PARA OS INVESTIDORES
 FINANÇAS Maneiras pelas quais as pessoas e as 
organizações captam e alocam capital, usam os recursos 
financeiros e responsabilizam -se pelos riscos envolvidos.
 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Processo e análise para 
tomar decisões financeiras em seu contexto de negócios.
 MERCADOS FINANCEIROS Locais e processos que facilitam o 
comércio de ativos financeiros entre os investidores.
 INVESTIDORES Aqueles que compram valores mobiliários ou 
outros ativos na esperança de obter um retorno e ganhar mais 
dinheiro de volta no futuro.
 LUCROS RETIDOS Porção dos lucros da empresa que é 
mantida por ela no lugar de ser distribuída para os acionistas 
como dividendos em dinheiro.
Retorno do capital para os investidores F I G U R A 
Fluxo de capital de investidores 
para empresas
F I G U R A 
Pessoas com 
ideias, mas sem 
dinheiro suficiente
(empresas)
Pessoas com 
dinheiro, mas 
sem ideias/tempo
(investidores)
expansão. Os projetos economicamente bem -sucedidos 
pagarão de volta o dinheiro (mais os lucros) para os investi-
dores, como mostrado na Figura 1.3. A empresa expandiu 
seus negócios, empregou mais funcionários e criou um 
futuro promissor para si mesma. Nesse meio tempo, os 
investidores aumentaram sua própria riqueza.
Pessoas com 
ideias, mas sem 
dinheiro suficiente
(empresas)
Projetos
Pessoas com 
dinheiro, mas 
sem ideias/tempo
(investidores)
Pagamento
de cupons,
dividendos e
 recompra
de ações
Pagamento
de cupons,
dividendos e
 recompra
01_cap 01_Cornett.indd 5 16/01/2013 17:38:05
6 Finanças
o capital; e as empresas devem avaliar seus projetos poten-
ciais e sabiamente decidir quais projetos financiar, qual 
tipo de capital usar e quanto capital retornar para os inves-
tidores. Todas essas decisões tratam do fluxo de caixa 
básico das finanças mostrado na Figura 1.4, mas sob pon-
tos de vista diferentes.
Subáreas de finanças
Suponha que examinemos um conjunto de fluxos de caixa do 
ponto de vista do investidor, como mostrado na Figura 1.5. 
As setas vermelhas indo e partindo da perspectiva do investi-
dor (representada pela caixa com contorno azul) representam 
as preocupações do estudo de investimentos, uma subárea 
de finanças que envolve métodos e técnicas para tomar as 
decisões apropriadas sobre quais tipos de valores mobiliários 
possuir (por exemplo, obrigações versus ações), quais valores 
mobiliários das empresas comprar e como remunerar o 
investidor na forma que ele deseja (por exemplo, o momento 
oportuno e a certeza dos fluxos de caixa prometidos). 
A próxima grande subárea de finanças, administração 
financeira, examina as decisões da empresa em adquirir e 
utilizar o caixa recebido dos investidores ou de lucros reti-
dos, como mostrado na Figura 1.6. O texto estará concen-
trado principalmente nesta área financeira, e veremos que a 
administração financeira envolve decisões sobre:
 • Como organizar a empresa de forma a atrair capital.
 • Como o capital deveria ser captado (obrigações versus ações).
 • Quais projetos financiar.
 • Quanto capital reter na empresa para as operações em andamento e 
novos projetos.
 • Como minimizar a tributação.
 • Como fazer para remunerar os provedores de capital.
Todas essas decisões estão bastante interligadas e nos próxi-
mos capítulos discutiremos cada uma delas em mais detalhes.
Outra grande subárea de finanças, exibida na Figura 1.7, 
abrange as instituições financeiras e os mercados fi-
nanceiros que facilitam o fluxo de capital entre os investi-
dores e as empresas. Inicialmente, ela envolve a empresa ao 
captar capital e, em seguida, o comércio dos valores mobi-
liários dos investidores. Além disso, abrange a função das 
instituições financeiras, como bancos e administradores de 
fundos de pensão, e as dinâmicas das taxas de juros.
Por último, à medida que o mundo se transformou em 
uma economia global, as finanças se tornaram muito mais 
inovadoras e sensíveis às mudanças nos países. Como 
mostra a Figura 1.8, os investidores, as empresas, as opera-
ções comerciais e os mercados de capital podem estar todos 
InvestimentosF I G U R A 
Empresas
Projetos
Lucros
retidos
Investimentos
Impostos
Investidores
Lucros
retidos
Impostos
Pessoas com 
ideias, mas sem 
dinheiro suficiente
(empresas)
Projetos
Pessoas com 
dinheiro, mas 
sem ideias/tempo
(investidores)
Pagamento
de cupons,
dividendos e
 recompra
de ações
Fluxos de caixas completos de finançasF I G U R A 
A tolerância ao risco varia entre os indivíduos.
01_cap 01_Cornett.indd 6 16/01/2013 17:38:07
 Capítulo 1 | Introdução à administração financeira 7
Administração financeiraF I G U R A 
Empresas
Projetos
Investidores
Administração
financeira
Impostos
Lucros
retidos
À medida que o mundo se transformou em uma 
economia global, as finanças se tornaram muito mais 
inovadoras e sensíveis às mudanças nos países.
Aplicação e teoria para 
as decisões financeiras
A aplicação da teoria de finanças às decisões reais exige que 
percebamos que os fluxos de caixa não são instantâneos 
nem garantidos – os f luxos de caixa futuros são incertos 
em termos de momento e tamanho, e nos referimos a esta 
incerteza como risco. Os investidoresexperimentam os 
riscos sobre o retorno de seu capital, já as empresas, no 
financiamento e na operação de seus projetos comerciais. A 
maioria das decisões financeiras compara as recompensas 
de uma decisão aos riscos que ela envolve.
A comparação entre as recompensas e os riscos envolve a 
avaliação do valor de hoje dos fluxos de caixa que esperamos 
receber no futuro. Por exemplo, o preço de um ativo finan-
ceiro, como uma ação ou uma obrigação, deve depender 
dos fluxos de caixa que você espera receber daquele ativo no 
futuro. Uma ação, a qual se espera que entregará fluxos de 
caixa altos no futuro, será mais valiosa hoje do que uma 
ação da qual se espera fluxos de caixa baixos no futuro. É 
claro que os investidores gostariam de comprar ações cujos 
preços de mercado fossem atualmente mais baixos do que 
seus valores reais. Eles querem comprar ações em liquida-
ção! Do mesmo modo, a meta de uma empresa é encontrar 
projetos que darão mais valor do que seus custos.
Apesar do número enorme de histórias sobre investidores 
que ganharam muito dinheiro na bolsa de valores, na reali-
dade, é mais provável que uma empresa encontre projetos de 
 INVESTIMENTO Análise e processo para escolher valores 
mobiliários e outros ativos para compra.
 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E MERCADOS FINANCEIROS 
Organizações que facilitam o fluxo de capital entre investidores 
e empresas.
 FINANÇAS INTERNACIONAIS Uso da teoria de finanças em 
um ambiente empresarial global.
 RISCO Potencial impacto negativo futuro para o valor e/ou fluxos 
de caixa. É, muitas vezes, discutido em termos de probabilidade 
de prejuízo e a magnitude esperada desse prejuízo.
 ATIVO FINANCEIRO Termo geral para valores mobiliários 
como ações, obrigações e outros ativos que representam 
propriedade de fluxo de caixa.
Instituições financeiras e mercados 
financeiros
F I G U R A 
Projetos
Instituições
financeiras e
mercados 
financeiros
Lucros
retidos
Impostos
InvestidoresEmpresas
localizados em países diferentes. A adaptação a este ambiente 
requer o estudo de finanças internacionais, cujas deci-
sões, até recentemente, eram consideradas uma aplicação 
direta das outras três subáreas financeiras. Mas a experiên-
cia tem mostrado que a incerteza sobre as taxas de câmbio 
futuras, o risco político e as leis comerciais que mudam 
entre os países adicionam complexidade suficiente a essas 
decisões para que sejam garantidas, considerando as finan-
ças internacionais como uma subárea por conta própria.
01_cap 01_Cornett.indd 7 16/01/2013 17:38:07
8 Finanças
“barganha” do que os investidores encontrarem ações com 
preços baixos. Isso acontece porque os projetos de negócios 
envolvem ativos reais, sendo negociados nos mercados 
reais, nos quais algum tipo de poder de monopólio, conhe-
cimento especial e experiência possam provavelmente fazer 
tais projetos valerem mais do que custam. Os investidores, 
no entanto, negociam os ativos financeiros em mercados 
financeiros, em que os ativos provavelmente valerão, na 
média, exatamente o que custam. 
O método para relacionar os fluxos de caixa esperados a 
um valor presente é chamado de valor do dinheiro no 
tempo (VDT). Uma vez que os fluxos de caixa de um projeto 
comercial ou um investimento provavelmente serão incertos, 
o analista de VDT deve explicar o momento e o nível de risco 
dos fluxos de caixa. 
FUNÇÃO FINANCEIRA
Na maioria das empresas, a função financeira normalmente 
está mais proximamente relacionada com a função contá-
bil. De maneira nua e crua, o trabalho do contador é ficar 
de olho no que aconteceu no passado com o dinheiro da 
empresa, enquanto o trabalho de finanças usa esses núme-
ros históricos com informações correntes para determinar 
o que pode acontecer agora e no futuro com o dinheiro da 
empresa. Os resultados das decisões financeiras aparecerão 
nas demonstrações contábeis, dessa forma, esta associação 
próxima faz sentido. Mesmo assim, a contabilidade tende a 
focar o passado e caracterizá -lo, ao passo que finanças evi-
denciam o presente e o futuro.
Administrador financeiro
O administrador financeiro de mais alto nível na empresa é 
geralmente o vice -presidente financeiro, ou CFO (Chief 
Financial Officer). Tanto o tesoureiro da empresa quanto o 
controller se reportam ao CFO. O tesoureiro normalmente é 
responsável por: 
 • Administrar o caixa e o crédito.
 • Emitir e recomprar os valores mobiliários financeiros, como ações e 
obrigações.
 • Decidir como e quanto gastar o capital para os projetos novos e os existentes.
 • Fazer hedge (reduzir os potenciais riscos financeiros da empresa) contra 
mudanças nas taxas de câmbio estrangeiro e nas taxas de juros. 
Em grandes corporações, esse profissional também super-
visiona outras áreas, como a compra de seguros ou a 
administração dos investimentos em fundos de pensão da 
empresa. O controller tem o papel de controlar as funções 
contábeis, geralmente administrando os impostos, a conta-
bilidade de custos, a contabilidade financeira e as funções 
de processamento de dados.
Finanças em outras funções 
da empresa
Embora os cargos de CFO e de tesoureiro tendam a ser as 
posições relacionadas às finanças mais visíveis na organiza-
ção, as finanças afetam a administração de muitas manei-
ras que não estão relacionadas a tais posições, relativamente 
altas, no organograma. As finanças permeiam toda a orga-
nização de negócios, proporcionando diretrizes tanto para 
as decisões estratégicas quanto para as decisões diárias da 
empresa e coletando informações para controle e feedback 
sobre as decisões financeiras.
Os administradores operacionais usam finanças diaria-
mente para determinar quantas horas extras de mão de obra 
usar, ou para realizar análises de custo -benefício quando 
consideram novas linhas de produção ou métodos. Para os 
administradores de marketing, servem para avaliar a eficácia 
 ATIVOS REAIS 
Propriedades 
físicas 
como ouro, 
maquinário, 
equipamentos e 
imóveis.
 MERCADOS 
REAIS Locais 
e processos 
que facilitam 
o comércio de 
ativos reais.
 VALOR DO 
DINHEIRO NO 
TEMPO (VDT) 
Teoria e aplicação 
de avaliação 
de fluxos de 
caixa em vários 
períodos no 
tempo.
 Finanças internacionaisF I G U R A 
Empresas
£
Projetos
¥
Investidores
US$
pausa!
1.1 Quais são as 
principais subáreas 
de finanças e como 
interagem?
01_cap 01_Cornett.indd 8 16/01/2013 17:38:11
 Capítulo 1 | Introdução à administração financeira 9
de custo ao fazer follow -up das pesquisas de marketing. Os 
administradores de recursos humanos usam finanças para 
avaliar os custos da empresa para os vários pacotes de benefí-
cios para os funcionários. Não importa onde você trabalha 
na empresa, as finanças o ajudam a fazer seu trabalho melhor.
Finanças em sua vida pessoal
Finanças também podem ajudá -lo a tomar decisões financei-
ras em sua vida pessoal. Considere essas situações comuns 
que você provavelmente enfrentará em sua vida:
 • Tomar empréstimo para comprar um carro novo.
 • Refinanciar a hipoteca de sua casa a uma taxa de juros mais baixa. 
 • Fazer pagamentos de cartões de crédito ou empréstimos estudantis.
 • Economizar para a aposentadoria.
Depois que aprender sobre finanças, você realizará melhor 
cada uma dessas tarefas. Mudanças recentes por toda nossa 
economia e no ambiente de negócios dos Estados Unidos dei-
xaram o conhecimento de finanças ainda mais valioso do que 
antes. Por exemplo, a maioria das empresas trocou a provisão 
de planos com benefícios definidos para os funcionários 
ao oferecer planos de contribuição definida (como os 
planos 401(k)**: plano de previdência de contribuição defi-
nido, patrocinado pelos empregadores corporativos) e planos 
autofinanciados, como as contas de aposentadoria indi-
viduais (IRAs – Individual Retirement Accounts). As 
mudanças tributárias no início dos anos 1980 tornaram essa 
troca mais ou menos inevitável. Parece que cada um de nós 
terá que garantir fundos adequados para a própria aposenta-
doria – muito maisdo que as gerações anteriores.
 • Quem controla a empresa?
 • Quem é o proprietário da empresa?
 • Quais são os riscos dos proprietários?
 • Qual acesso ao capital existe?
 • Quais são as ramificações tributárias?
Recentemente, as pequenas empresas adotaram estruturas 
híbridas, que captam os benefícios de várias formas orga-
nizacionais e que discutiremos após apresentarmos os tipos 
mais comuns e tradicionais de organizações de negócios.
Propriedades individuais
A propriedade individual representa, de longe, o tipo 
mais comum de negócio nos Estados Unidos.1 Uma pro-
priedade individual é definida como qualquer empresa de 
propriedade de um único indivíduo.2 Talvez essas empresas 
sejam tão populares porque é relativamente fácil abri -las, e 
estão sujeitas a uma carga regulatória e de documentos 
muito mais leve do que as outras formas de empresas. O 
proprietário, ou o proprietário individual, da empresa tem 
controle total sobre as suas atividades, recebe todos os seus 
lucros e é o único responsável por todo o seu prejuízo.
A maior desvantagem que os proprietários individuais 
encontram em relação a outras formas organizacionais é 
que eles têm responsabilidade ilimitada pelas dívidas e 
ações de suas empresas. Os ativos pessoais do proprietário 
podem ser confiscados se a empresa for processada, já que a 
lei não distingue entre os ativos do negócio e os ativos pes-
soais do proprietário. A renda da empresa é adicionada à 
renda pes soal do proprietário e é tributada pelo governo na 
sua declaração de rendimento de pessoa física. Por último, 
1 De acordo com o IRS’ SOI Tax Stats – Integrated Business Data 
para 2002, 71,59% de todas as empresas nos Estados Unidos eram de 
proprietários individuais. 
2 No entanto, se você é o único membro de uma sociedade por ações 
de responsabilidade limitada (LLC, discutida adiante), não será um 
proprietário individual se decidir tratar a LLC como uma corporação. 
pausa!
1.2 Como a aplicação de finanças 
melhora suas decisões 
profissionais e pessoais?
 PLANO COM BENEFÍCIOS DEFINIDOS Plano de 
aposentadoria no qual o empregador reserva o dinheiro 
para os benefícios de aposentadoria dos funcionários.
 PLANO DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA Plano de 
aposentadoria no qual o funcionário contribui com dinheiro 
e direciona seus investimentos. A quantia de benefícios na 
aposentadoria está diretamente relacionada ao valor da 
contribuição e ao sucesso do investimento.
 CONTAS DE APOSENTADORIA INDIVIDUAIS (IRAs – 
INDIVIDUAL RETIREMENT ACCOUNTS) Programa de 
aposentadoria autofinanciado.
 401(k) Plano de previdência definido, patrocinado pelos 
empregadores corporativos.
 PROPRIEDADE INDIVIDUAL Entidade comercial que não é 
legalmente separada de seu proprietário.
 RESPONSABILIDADE ILIMITADA Situação na qual os 
ativos pessoais de uma pessoa estão em risco devido à 
responsabilidade comercial.
** N. de R.T.: No Brasil, esses planos são conhecidos como planos de 
previdência fechada.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO 
COMERCIAL
Nos Estados Unidos, as pessoas estruturam os negócios de 
várias maneiras, sendo o principal fator motivador o 
número de proprietários. Tradicionalmente, são proprietá-
rios individuais, parceiros e corporações que operam os 
negócios. Podemos apresentar as vantagens e desvantagens 
de cada forma de organização a partir de várias dimensões, 
dentre as quais, usaremos: 
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
	Capa
	Ficha Catalográfica
	Introdução à Administração Financeira
	Finanças nos negócios e na vida
	O que são finanças?
	Aplicação nos negócios
	Aplicação pessoal
	Subáreas de finanças
	Aplicação e teoria para as decisões financeiras
	Função Financeira
	Administrador financeiro
	Finanças em outras funções da empresa
	Finanças em sua vida pessoal
	Formas de Organização Comercial
	Acesse na íntegra

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