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FÍSICA 12729866671 1 / 74 @vestibularesumido Capítulos de Física 1. INTRODUÇÃO A CINEMÁTICA ESCALAR E MOVIMENTO UNIFORME…………PÁG 5 2. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO E MOVIMENTO VERTICAL…...…..PÁG 7 3. INTRODUÇÃO A CINEMÁTICA VETORIAL…………………………………………….…..PÁG 10 4. LANÇAMENTO HORIZONTAL E LANÇAMENTO OBLÍQUO…………………….…..PÁG 11 5. MOVIMENTO CIRCULAR……………………………………….…………………..……….…..PÁG 14 6. FORÇAS DE ATRITO……………………………………………….……………….………….…..PÁG 17 7. APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON………………………………………….……….…..PÁG 18 8. DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR………………………………………………….PÁG 20 9. TRABALHO, POTÊNCIA E RENDIMENTO…………………………………………………. PÁG 22 10. ENERGIA MECÂNICA………………………………………………………….………………… PÁG 23 11. TEOREMAS DE TORRICELLI E STEVIN……………………………………………..…….. PÁG 24 12. TEOREMAS DE PASCAL E ARQUIMEDES………………………………………..….…… PÁG 25 13. LEIS DE KEPLER….……………………………….……………………………….…………..…… PÁG 26 14. LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL…………………………………….……….…….….……PÁG 27 15. EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTERNOS………………………………………………….…. PÁG 28 16. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO………………………………………..……PÁG 30 17. TERMOMETRIA…………………………………………………………..…………………..……..PÁG 31 18. DILATOMETRIA…………………………………………………………..………………..………..PÁG 32 19. PROPAGAÇÃO DE CALOR………………………………………………………………………PÁG 34 20.CALORIMETRIA………………………………………..………..……………………..…………..PÁG 35 2 12729866671 2 / 74 @vestibularesumido 21. GASES……………………………………………………..……………………………..…….….…….PÁG 36 22. 1° LEI DA TERMODINÂMICA…………………………………………………..…………….…..PÁG 37 23. 2° LEI DA TERMODINÂMICA……………………………..…………………………….…..…..PÁG 38 24.FUNDAMENTOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA……………………………………………….PÁG 40 25.REFLEXO DA LUZ E ESPELHOS PLANOS…………………………..…….…..………….….PÁG 41 26.ESPELHOS ESFÉRICOS…………………………..………………………………………..………PÁG 42 27. REFRAÇÃO DA LUZ……………………………..………………………………………….……….PÁG 46 28. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)…………………………..………………...PÁG 47 29. INTRODUÇÃO À ONDULATÓRIA…………………………..………………………..…………PÁG 48 30. DIFRAÇÃO E INTERFERÊNCIA DE ONDAS…………………………..……………….……PÁG 49 31. ELETRIZAÇÃO……………………………..……………………………………………….…….….. PÁG 50 32.FORÇA ELÉTRICA…………………………..…………………………………………..…..……… PÁG 52 33.CAMPO ELÉTRICO……………………………..………………………………………...……….. PÁG 53 34. CONDUTORES……………………………..…………………………………….………....………PÁG 55 35.CORRENTE ELÉTRICA……………………………..……………………………………..…..…. PÁG. 56 36.ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES…………………………..………………………..…..……..PÁG 59 37. RESISTORES NO DIA A DIA……………………………..………………………………..……..PÁG 61 38.INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS…………………………..…………….……..PÁG 62 39.GERADORES, RECEPTORES E ASSOCIAÇÕES…………………………..………………PÁG 63 40.CAMPO MAGNÉTICO…………………………..…………………………………..……..………PÁG 67 41. CARGAS EM MOVIMENTO EM CAMPO MAGNÉTICO………………………………..PÁG 68 3 12729866671 3 / 74 @vestibularesumido 42.FORÇA MAGNÉTICA SOBRE FIOS……………………..……………………………..……. PÁG 70 4 12729866671 4 / 74 @vestibularesumido 5 INTRODUÇÃO A CINEMÁTICA ESCALAR E MOVIMENTO O que é cinemática? A cinemática estuda o movimento dos corpos, indicando o deslocamento, a velocidade e a aceleração em cada instante. Porém, neste ramo da Física, não são consideradas a massa dos corpos nem as forças que são aplicadas sobre eles. É possível, com base na cinemática, calcular a velocidade de um carro numa pista de corrida, saber quanto tempo falta para a chegada de um avião ao seu destino, identificar a aceleração média de um corredor durante um trajeto, entre outros exemplos. A cinemática se divide em duas frentes: cinemática escalar e cinemática vetorial. A seguir, vamos conhecer as particularidades de cinemática escalar. Cinemática escalar A cinemática escalar é, geralmente, a primeira a ser aprendida, pois trata de movimentos que acontecem sem a necessidade de estimar a direção e o sentido. Em vista dessas condições, os cálculos se tornam mais simples. Os conceitos que compreendem essa parte da cinemática são: • espaço;• deslocamento escalar;• velocidade média escalar;• velocidade escalar instantânea;• aceleração média escalar;• aceleração escalar instantânea;• aceleração escalar constante;• movimento acelerado;• movimento retardado;• movimento uniforme;• gráficos representativos dos movimentos. Nesse sentido, a cinemática se preocupa em saber a velocidade média de um carro ou em quanto tempo dois ciclistas vão se encontrar, por exemplo. A partir de agora, nas próximas seções do artigo, vamos focar no estudo de cinemática escalar. Você aprenderá os conceitos e também as fórmulas para aplicar os cálculos. Cinemática: espaço Considere um corpo se movendo, como um carro, por exemplo. Ele se desloca em uma trajetória conhecida e sua posição inicial está indicada, a qual é definida como ‘O’. Digamos que ele se moveu de ‘O’ até o ponto ‘V’. Dessa forma, a trajetória entre o ponto de partida e o ponto onde o carro se encontra é conhecida como ‘espaço (S)’. O ponto ‘0’ é denominado de origem dos espaços e o ‘espaço S’ é igual a zero. Nos demais pontos da trajetória, o espaço será positivo ou negativo, dependendo da orientação adotada para ela. A orientação adotada para o percurso chama-se ‘sentido da trajetória‘. De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de medida do espaço é o metro (m). Cinemática: deslocamento Considere novamente o veículo do exemplo anterior. Se ele parte do ponto ‘S’ (posição de origem ou inicial) e, depois de um determinado período, chega ao ponto ‘S0’ (posição final), a variação do espaço, ou o deslocamento escalar (ΔS), no intervalo de tempo, é dado da seguinte maneira: ΔS = S – S0 Dessa forma, quando o carro se move no sentido da trajetória, o deslocamento escalar vai ser maior 12729866671 5 / 74 @vestibularesumido 6 que zero, pois a posição final é maior que a inicial. Porém, se o carro trafega no sentido oposto ao da trajetória, o deslocamento escalar vai ser menor que zero, pois a posição final é menor que a inicial. Velocidade escalar média Esse elemento indica a variação média do deslocamento em um certo intervalo de tempo (Δt). Por exemplo, se um cavalo começa a correr em ‘t1’ e só para em ‘t2’, o deslocamento do animal dividido pelo intervalo de tempo (t2 – t1) vai resultar na velocidade escalar média. Dessa forma, temos que: vm = ΔS/Δt Pelo SI, as unidades são: • vm: metro por segundo (m/s);• ΔS: metro (m);• Δt: segundo (s). Vamos praticar com um exemplo? Acompanhe: Um atleta percorre 5.000m em 20 minutos. Qual é a velocidade escalar média no trajeto em m/s? Resolução: O problema nos dá o deslocamento escalar e o intervalo de tempo. A partir disso, para a resolução, basta substituir os valores na fórmula e fazer o cálculo: Obs: Os exercícios dos vestibulares irão exigir um conhecimento bastante sólido sobre as conversões de Unidades de medida! Logo, fique atento no que o exercício quer que você responda, se ele quiser como resposta a velocidade escalar média em km/h ou m/s você deverá converter as unidades de medida se for preciso. Nesse exercício como ele pediu a velocidade em m/s você deverá transformar apenas os minutos em segundos e colocar na fórmula abaixo, já que a distância já está em metros! E pronto. 12729866671 6 / 74 @vestibularesumido 7 Movimento uniformemente variado (MUV) trata-se de um movimento no qual a mudança de velocidade, chamada de aceleração, ocorre a uma taxa constante. O movimento uniformemente variado é um caso particular do movimento variado. Neste, a velocidade apenas varia, enquanto naquele a velocidade varia de maneira constante, isto é, sua magnitude sofre acréscimos ou reduções iguais, a cada segundo. I n t r o d u ç ã o s o b r e o m o v i m e n t o uniformemente variado Quando algum móvel desenvolve um movimento uniformemente variado, a sua velocidade aumentará ou diminuiráde forma constante, a cada segundo. Quando essa velocidade aumenta, dizemos que o seu movimento é acelerado; quando diminui, dizemos que seu movimento é retardado. O movimento uniformemente variado pode ser descrito por meio de funções horárias, similares àquelas usadas para o movimento uniforme, sendo mais gerais. Além disso, para resolver alguns exercícios relacionados a esse tipo de movimento, é necessário compreender o significado por trás dos gráficos de posição e velocidade. Por isso, vamos estudar as diferentes funções horárias do MUV bem como as suas respectivas representações gráficas Primeiramente, trataremos da função horária da velocidade, que também pode ser escrita no formato da fórmula usada para o cálculo da aceleração média, confira: A fórmula expõe que a velocidade de um corpo/móvel varia de forma linear com a sua aceleração. Logo, por exemplo, se o móvel possui uma aceleração de 10m/s , isso significa que a velocidade deste móvel aumentará 10m/s a cada segundo. Preste bastante atenção nos gráficos de MUV e os seus respectivos eixos, pois através de uma leitura correta do gráfico você pode ganhar tempo e resolver questões desse estilo de modo fácil, entenda: Primeiro passo a fazer ao se deparar com questões de gráficos, seja qual for, é olhar seus respectivos eixos(unidades) e ter bastante atenção onde as linhas estão começando (se estão iniciando juntas{no caso do gráfico a cima}, ou se estão começando separadas). A partir disso, observa-se que é um gráfico velocidade sobre tempo. Bem como, sabe-se que os dois móveis partem do repouso (Vzero = 0). E passam a ter uma aceleração constante! No primeiro segundo, depara-se que o móvel correspondente de linha azul (Móvel A) está com um velocidade maior que o móvel correspondente de linha vermelha (Móvel B). Logo, o Móvel A possui aceleração MAIOR que o Móvel B. DICA: Portanto, quanto maior o ângulo de inclinação da 2 MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO E MOVIMENTO VERTICAL 12729866671 7 / 74 @vestibularesumido 8 da reta, maior será a aceleração do corpo/móvel em questão! Aprofundando ainda mais… Percebe-se que pelo gráfico que o Móvel A depois de 1s está em uma velocidade de 4m/s. Logo, sua aceleração é 4m/s . Já o Móvel B, após 1s ele se encontra em uma velocidade de 2m/s. Portanto sua aceleração é de 2m/s . Jogando esses dados na fórmula: Além da função horária da velocidade, o MUV utiliza funções horárias da posição. Estas são funções de segundo grau, uma vez que o deslocamento de um móvel em MUV é proporcional ao intervalo de tempo elevado ao quadrado. Confira agora as equações da posição e do deslocamento para o MUV: Com base nisso, vamos mostrar como são os gráficos de movimento uniformemente variado para os casos acelerado, em vermelho, e retardado, em azul, partindo de uma velocidade inicial não nula: 2 2 Analisando esse gráfico, é possível perceber que, para o movimento acelerado, em vermelho, a concavidade da parábola é voltada para cima, uma vez que sua aceleração é positiva, enquanto para o movimento retardado, em azul, a concavidade da parábola é voltada para baixo, em razão de sua aceleração apresentar sentido contrário à sua velocidade inicial. As funções horárias que foram utilizadas para formar os gráficos, representadas pelas curvas vermelha e azul respectivamente, bem como os seus valores de posição, velocidade inicial e aceleração são mostrados a seguir: Equação de Torricelli A equação de Torricelli é bastante útil quando precisamos resolver algum problema relacionado ao movimento uniformemente variado e não sabemos em qual intervalo de tempo ele ocorreu. Essa equação pode ser facilmente obtida com base nas funções horárias da posição e da velocidade. Confira como é a fórmula da equação de Torricelli: Movimento vertical O movimento vertical resumidamente irá cair no seu vestibular duas situações, e você terá que saber lhe dar com elas. A primeira: Os vestibulares sempre cobram dizendo que uma pessoa/objeto vai cair em “queda livre” isso significa que esse objeto/pessoa OBRIGATORIAMENTE terá velocidade inicial igual a ZERO. A segunda: Eles pode cobrar dizendo que um objeto será arremessado/lançado para cima e fazer diversas perguntas como: tempo de duração, qual altura máxima atingida. Nesse estilo de questão, quando o objeto/corpo é lançado, ele obrigatoriamente possui velocidade inicial DIFERENTE de zero. 12729866671 8 / 74 @vestibularesumido 9 Para calcular sua altura máxima, você terá que perceber que TODO objeto lançado verticalmente, quando estiver em sua altura máxima, ele terá OBRIGATORIAMENTE velocidade igual a zero. 12729866671 9 / 74 @vestibularesumido 10 Cinemática vetorial A cinemática vetorial, a direção e o sentido do movimento são considerados e, portanto, é preciso fazer uso dos vetores. Eles são os responsáveis por orientar os movimentos. Em relação aos conceitos aprendidos, estes são, basicamente, os mesmos que os da cinemática escalar. Porém, os cálculos apresentam certas variações, já que incluem o deslocamento vetorial. O que é vetor? Uma grandeza escalar é representada por um número acompanhado de uma unidade, por exemplo 12 kg. Já uma grandeza vetorial é representada por um vetor: módulo, direção e sentido, associado a um segmento de reta orientado. Um vetor é representado por meio de uma flecha traçada em escala, a fim de representar o valor do módulo, a direção e o sentido. Assim, grandezas como velocidade (v), aceleração (a) e força (F), são escritas com uma flecha sobre cada letra que as caracterizam. Operações com vetores Os vetores têm sua própria forma de serem somados e subtraídos, pois depende de como dois vetores estão posicionados. Por isso, vamos ver essas particularidades. Soma de vetores Quando dois vetores estão na mesma direção (em paralelo), realizar a soma ou a subtração é simples. Se estão no mesmo sentido, soma-se, mas se estão em sentidos opostos, subtrai-se. O valor encontrado da soma ou subtração de dois ou mais vetores é chamado de resultante. Caso os vetores estejam em direções diferentes e, por isso, não se combinem para realizar a soma ou a subtração, usa-se a regra do paralelogramo. A regra do paralelogramo diz que é preciso construir um paralelogramo com os dois vetores existentes, de forma que eles fiquem em lados adjacentes. Para isso, junte o início dos dois vetores, formando um ângulo de 90º entre eles. Agora, é preciso traçar duas linhas, partindo das duas pontas dos vetores (onde estão as flechas), fazendo com que elas se encontrem e finalize o desenho do paralelogramo. Por fim, é preciso desenhar uma linha que parte do início dos dois vetores e que termina no encontro das duas linhas traçadas. Dessa forma, essa linha em diagonal do paralelogramo será a resultante. Se analisarmos o paralelogramo, podemos perceber que há a formação de dois triângulos retângulos. Para calcular o módulo do vetor resultante é preciso utilizar o Teorema de Pitágoras: Cinemática vetorial: fórmulas A seguir, confira as principais fórmulas da cinemática vetorial: • teorema de Pitágoras: a² = b² + c²;• velocidade vetorial média: Vm = Δd/ Δt;• aceleração vetorial média: am = Δv/ Δt. a2 + b2 = c2 INTRODUÇÃO A CINEMÁTICA VETORIAL 12729866671 10 / 74 @vestibularesumido 11 Já para a parte vertical, temos: y = (g . t²)/2 y = y0 + v0 + (g . t²)/2 Exemplo: (CEFET) Uma bola de pingue-pongue rola sobre uma mesa com velocidade constante de 2m/s. Após sair da mesa, cai, atingindo o chão a uma distância de 0,80m dos pés da mesa. Adote g= 10 m/s, despreze a resistência do ar e determine: a) a altura da mesa. b) o tempo gasto para atingir o solo. O lançamento horizontal possui características específicas, como: - Todo lançamento horizontal seu movimento é uniforme; Imagineuma bomba sendo lançada de um avião, e caindo em direção ao chão. Como você acha que vai ser sua trajetória, reta ou curvilínea? Se você respondeu a segunda opção, você acertou! Na física como é calculado tempo, distância percorrida, velocidade e aceleração em situações como essa? Portanto sabemos que: T o d o o b j e t o l a n ç a d o horizontalmente, seja ele uma bola sobre uma mesa, uma bomba de um avião ou a flecha de um arco, realiza uma trajetória curvilínea. Isso porque há duas componentes atuando sobre o objeto, a horizontal (MU) e a vertical (queda livre). Como são duas componentes a serem analisadas em um lançamento horizontal, há fórmulas utilizadas para a componente horizontal (x) e para a vertical (y). Para a parte horizontal, temos: x = x0 + v0 . t x = v . t Informações do exercícios: É muito importante ter uma boa organização nesse momento dividindo os eixos em horizontal(MU) e vertical. Logo: no eixo horizontal sabemos que a aceleração é constante. Também sabemos a distância horizontal percorrida, haja vista que foi dito no exercício que a bola de ping pong quando encostou no chão estava a uma distância de 0,80m do pé da mesa. Por fim, o exercício deu a velocidade que a bolinha saiu da mesa, que foi de 2m/s (velocidade constante) Com isso já podemos calcular o tempo do lançamento horizontal: Vm= Δs/Δt. Que foi de 0,4s. Esse tempo vai ser bastante útil para descobrirmos a altura da mesa. Informações do eixo Vertical: velocidade inicial igual a zero, aceleração é a gravidade e, por fim, o tempo gasto para a bo l inha chegar ao chão, que fo i de 0,4s( informação que acabamos de calcular). LANÇAMENTO HORIZONTAL E LANÇAMENTO OBLÍQUO 12729866671 11 / 74 @vestibularesumido 12 Utilizando a fórmula conhecida como sorverão: Chegamos que Δy= 10.(0,4) /2 Δy = 0,8m Logo: a altura da mesa é 80cm. Lançamento oblíquo O lançamento oblíquo acontece quando um objeto é lançado na diagonal. Esse tipo de lançamento também une dois movimentos: um que acontece na horizontal e outro na vertical, como no lançamento horizontal. Porém, o objeto arremessado forma um ângulo (θ) entre 0º e 90º com a superfície. No eixo horizontal (x), não há aceleração, sendo assim, tudo ocorre sob as condições do Movimento Uniforme (MU). Já no eixo vertical (y), temos a aceleração da gravidade, fazendo com que haja o Movimento Uniformemente Variado (MUV). Vamos analisar o exemplo de um jogador de golfe que deu uma tacada numa bola. Ao fazer isso, a bola vai realizar uma trajetória em forma de parábola, algo característico do movimento oblíquo. Isso acontece porque a bola sai com um certo ângulo (θ) e com uma velocidade inicial (v0), decomposta nos eixos x e y. Com o passar do tempo, a velocidade do eixo y começa a diminuir por conta da ação da aceleração da gravidade, que está em sentido contrário ao da trajetória, até que atinge zero. Esse é o ponto em que a bola está em sua altura máxima em relação à superfície. Após isso, a velocidade começa a aumentar, por conta da aceleração da gravidade, que agora está no mesmo sentido da trajetória, até que chega ao chão. Já no eixo x, a velocidade não muda em nenhum momento e não tem nenhum tipo de aceleração. 2 Abaixo, seguem as fórmulas utilizadas no lançamento oblíquo: Na horizontal: x = x0 + vx . t Na vertical: y = y0 + v0y . t + (g . t²)/2 vy = v0y + g . t vy² = v0y² + 2 . g . Δy Vamos ver um exemplo: (UCS 2012) Uma noiva, após a celebração do casamento, tinha de jogar o buquê para as convidadas. Como havia muitas ex-namoradas do noivo, ela fazia questão de que sua melhor amiga o pegasse. Antes de se virar de costas, para fazer o arremesso do buquê, a noiva, que possuía conhecimento sobre movimento balístico, calculou a que distância aproximada a amiga estava dela: 5,7 m. Então ela jogou o buquê, tomando o cuidado para que a direção de lançamento fizesse um ângulo de 60° com a horizontal. Se o tempo que o buquê levou para atingir a altura máxima foi de 0,7 s, qual o valor aproximado da velocidade dele ao sair da mão da noiva? (Despreze o atrito com o ar, considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2 , cos 60°=0,5 e sen 60°=0,87). Informações do exercício: Δx: 5,7m, t:0,7s (para chegar até a altura máxima), ângulo de 60° com a horizontal. 12729866671 12 / 74 @vestibularesumido 13 Vy= Vyo + a.t 0= Vyo -10.0,7 Vyo= 7m/s Sen60° = CO/H H=Vbuquê= 7/0,87 > Vbuquê= 8m/s 12729866671 13 / 74 @vestibularesumido 14 Deslocamento angular Representado por Δφ (delta phi), o deslocamento angular define a posição angular final e inicial da trajetória. Onde, Δ φ : d e s l o c a m e n t o a n g u l a r ( r a d ) , ΔS: diferença entre a posição final e a posição inicial (m), R: raio da circunferência (m). Velocidade Angular Média A velocidade angular média, representada pela letra grega ômega (ω), indica o deslocamento angular pelo intervalo de tempo do movimento na trajetória. Onde, ωm: velocidade angular média (rad/s) Δφ: deslocamento angular (rad) Δt. intervalo de tempo do movimento (s) Como o movimento é constante , a velocidade instantânea é sempre igual à média. Importa referir que a velocidade tangencial é perpendicular à aceleração que, neste caso, é centrípeta. Isso porque ela aponta sempre para o centro da trajetória e é não nula. A velocidade angular se relaciona com a frequência por: O movimento circular (MC) é aquele realizado por um corpo numa trajetória circular ou curvilínea. Há grandezas importantes que devem ser c o n s i d e r a d a s n a re a l i z a ç ã o d e s s e movimento, como o período e a frequência. O período, medido em segundos, é o intervalo de tempo para completar um ciclo. A frequência, medida em hertz, determina quantas vezes a rotação acontece por unidade de tempo. O período T e a frequência f se relacionam por: Também é comum estudar o movimento circular como MCU (movimento circular uniforme) e MCUV (movimento circular uniformemente variado). Movimento Circular Uniforme O movimento circular uniforme (MCU) ocorre quando um corpo descreve uma trajetória curvilínea com velocidade constante. Por exemplo, as pás do ventilador, as lâminas do liquidificador ou a roda gigante no parque de diversões após estarem em regime estacionário. A rotação do planeta Terra é um bom exemplo de MCU. Isto implica que no MCU não há aceleração angular e tangencial, visto que a aceleração é a variação da velocidade. A única aceleração no MCU é a centrípeta. Posição angular Representada pela letra grega phi (φ), a posição angular descreve o arco de um t re c h o d a t ra j e t ó ri a i n d i c a d a p o r determinado ângulo. Onde, φ: posição angular (rad) S: posição (m) R: raio da circunferência (m) MOVIMENTO CIRCULAR 12729866671 14 / 74 @vestibularesumido 15 Aceleração Centrípeta A aceleração centrípeta ocorre nos corpos que realizam uma trajetória circular ou curvilínea, calculada pela seguinte expressão: Onde, Ac: aceleração centrípeta (m/s2) V: velocidade (m/s) R: raio da trajetória circular (m) Força Centrípeta A força centrípeta está presente nos movimentos circulares, calculada através da fórmula da Segunda Lei de Newton (Princípio da dinâmica): Onde, Fc: força centrípeta (N) m: massa (Kg) ac: aceleração centrípeta (m/s2) Função horária angular do MCU A função horária determina a posição de um móvel na trajetória, após o movimento ter se iniciado, em algum instante de tempo. Por isso, a posição em um instante qualquer depende da posição inicial. Também, depende da velocidade angular e de quanto se passou desde o início da contagem. A posição inicial e a velocidade angular são constantes. Exemplo: Pedro foi presenteado com um ventilador que, 20s após ser ligado, atinge uma frequência de 300rpm em um movimento uniformemente acelerado.Pedro e seu espírito científico se perguntou qual seria o número de voltas efetuadas pelas pás do ventilador durante esse intervalo de tempo. Usando seus conhecimentos de Física, ele encontrou a) 300 voltas b) 900 voltas c) 18 000 voltas d) 50 voltas e) 6 000 voltas Resposta: W = 2π.f > W = 2.π.300/60 > W = 10π rad/s a=v/t = 10π/20 > a=π/2 Precisamos ver quanto o ventilador percorreu nesse intervalo de tempo. E para isso, utilizamos o sorvetão do movimento circular! 2π equivale a 1 volta. 100π equivale a x voltas > X= 50voltas. Dica: Sabemos que nem tudo no vestibular precisamos fazer de maneira criteriosa para acertar todas as questões. Quem é aprovado rapidamente aprende a jogar com malícia! Uma Maneira rápida de resolver este exercício por exclusão é: 12729866671 15 / 74 @vestibularesumido 16 O exercício disse que a frequência do ventilador após 20s que foi ligado chegou a 300rpm. Logo, por uma simples regra de três, de cabeça sabemos que SE o ventilador tivesse um movimento circular uniforme, ou seja: sem variar a velocidade, ele teria dado 100 voltas em 20 segundos. Como chegamos nesse valor: Se ele faz 300 rotações a cada 60 segundos, em 20 segundo ele teria feito 100 rotações (o máximo estimado para este intervalo de tempo) Por essa lógica, você teria que marcar uma alternativa menor que 100 rotações, haja vista que o ventilador começou com velocidade zero, o que significa que ele demorou a chegar na frequência que colocamos de parâmetro. Portanto, você marcaria 50 rotações, alternativa D. Nesses estilos de questões, certo jogo de cintura muitas vezes pode ser o maior diferencial! Com apenas 30s de resolução você mataria a questão. :) 12729866671 16 / 74 @vestibularesumido 17 Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este se deslocaria sem parar. Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será totalmente livre de atrito. Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando. É isto que caracteriza a força de atrito: • Se opõe ao movimento;• Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);• É proporcional à força normal de cada corpo;• Trans forma a energ i a cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio. A força de atrito é calculada pela seguinte relação: Onde: μ : c o e fi c i e n t e d e a t r i t o (adimensional) N: Força normal (N) Atrito Estático e Dinâmico Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando. Isto acontece pois existem dois tipo de atrito: o estático e o dinâmico. Atrito Estático É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos. A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo. Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: . Então: Atrito Dinâmico É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos. Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico. A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente de atrito cinético: Então: FORÇAS DE ATRITO 12729866671 17 / 74 @vestibularesumido 18 Algumas pessoas vêm a esse mundo para marcá-lo de forma positiva e deixam um legado que transcende gerações. Esse é o caso de Isaac Newton (1643-1727), um estudioso inglês de diversas áreas, mas que obteve grande destaque no campo das ciências exatas. Newton foi um dos nomes mais marcantes da Física e é sobre essa matéria que conversaremos neste artigo. Além da Lei da Gravitação Universal, ele também contribuiu para a disciplina com a criação de três outras importantes leis, sobre as quais discutiremos a seguir! Lei da Inércia A primeira lei sobre qual falaremos — e que é considerada uma das mais importantes para a prova de Física no Enem — é a Lei da Inércia. A Lei da Inércia nos diz que um corpo, independentemente de qual seja, tende a permanecer imóvel ou em movimento até que uma força seja exercida sobre ele. Outra característica importante aqui é a sua relação com a massa. Quanto mais pesado um corpo, mais ele tem essa tendência de continuar em inércia. Ou seja: à medida que se aumenta a massa do objeto (e não o peso, lembre-se disso!), a força necessária para tirá-lo da inércia também cresce. Para isso, basta pensar na dificuldade que temos de movimentar uma cadeira que está parada. Agora, pense na força que você precisa para fazer para que um carro parado mova-se um milímetro sequer. Bem diferente, não é? Nessa Lei, temos a aplicação de tudo o que foi visto como conceito na 1ª Lei de Newton. Ou seja, aqui, são aplicados os aprendizados de que precisamos exercer uma força proporcional à massa para colocar um determinado corpo em movimento. Aqui, entramos em contato com outro conceito importantíssimo: a força peso (P = m.g). Essa força tem tudo a ver com a gravidade, outra especialidade de Isaac Newton. Observe que, muitas vezes, para chegarmos ao cálculo da 2ª Lei, precisamos antes determinar a força peso, que é calculada como o produto da massa pela gravidade do planeta em que o corpo se encontra. Ah, um ponto importante! Nessa lei, a resultante nunca é igual a zero e a velocidade não é constante, ok? Tenha sempre isso em mente na hora de resolver os exercícios. Exemplos e aplicações da 2ª Lei de Newton Além das aplicações vistas na 1ª Lei, que têm bastante relação com o que vemos também na 2ª, um exemplo prático e facilmente observado aqui é a situação de uma corrida. Imagine que muitas pessoas estão competindo, mas duas delas brigam pelo primeiro lugar. A pessoa A tem uma massa de 50 kg, enquanto a B, 70 kg. À primeira vista, podemos pensar que a pessoa A corre muito mais, não é mesmo? Ela é mais leve e, portanto, mais veloz. Isso, no entanto, depende muito. É aí que entra a 2ª Lei! APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON 12729866671 18 / 74 @vestibularesumido 19 O vencedor da corr ida não dependerá exclusivamente da massa dos corpos envolvidos. Afinal, a velocidade aqui não é constante. Por isso, vencerá aquele que tiver uma maior aceleração e, claro, conseguir mantê-la ao longo do percurso. Ação e Reação A 3ª Lei de Newton é uma velha conhecida dos ditados populares e também da prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias no Enem. Você provavelmente já ouviu falar sobre ela quando alguém diz que “toda ação tem a sua reação”. Newton nos disse, aqui, que “para toda ação, surge uma reação de mesma intensidade, mesma direção e com sentido oposto”. Esse conceito é um dos mais facilmente observados em nosso dia a dia, mas também tem implicações muito importantes e que são comumente ignoradas. Por exemplo: você sabia que nos mantemos firmes ao chão por conta de uma ação da 3ª Lei? E ela está relacionada à força da gravidade porque, ao mesmo tempo em que a Terra nos puxa em direção ao seu centro — aquele ponto extremamente denso e de massa muito grande —, o planeta também é puxado por nós. Essa ação e reação que nos mantém junto ao chão, e não flutuando por aí. Lembrando que a aceleração das ações e reações serão diferentes. É só imaginar o que acontece quando uma criança colide com um adulto. O adulto não se moverá tanto para trás, enquanto a criancinha, provavelmente sim. Outrasforças ta mbém estão envo lv idas nesse processo, como o peso, a gravidade, o atrito e muito mais. A fórmula da Lei de Ação e Reação é: FA,B = – FB,A, sendo FA,B = força exercida do corpo A no corpo B e FB,A = força exercida do corpo B no corpo A. Fique atento ao sinal negativo! Ele sinaliza a inversão de sentidos proposta por Newton. Exemplos e aplicações da 3ª Lei de Newton Agora, que tal vermos alguns exemplos da Lei de Ação e Reação que vão além da colisão entre corpos (ainda que esse seja um clássico nos vestibulares)? • hélice do helicóptero: o helicóptero é mantido no ar por uma série de fatores, entre eles o fato de empurrar o ar para baixo com as hélices e receber uma força igual, mas contrária, do ar para cima, se mantendo estável. Isso também é válido para o bater de asas das aves; • ato de sentar em uma cadeira: quando sentamos, exercemos uma força sobre a cadeira e ela nos devolve uma força na mesma intensidade. É isso que nos mantém sentados;• decolagem: na hora de decolar, os objetos (como os foguetes) utilizam a propulsão para ganhar velocidade. Isso também está relacionado com a 3ª Lei de Newton. 12729866671 19 / 74 @vestibularesumido 20 A figura acima mostra a trajetória de um móvel que executa um movimento circular uniforme, ou seja, com velocidade tangencial (v) constante. Caso sua velocidade apresente aceleração ou desaceleração constante, o movimento e x e c u t a d o p o r e s s e c o r p o é circular uniformemente variado. Movimento circular uniforme (MCU) No movimento circular uniforme (MCU), a velocidade tangencial com a qual o móvel desloca- se permanece constante e pode ser escrita como a divisão entre o deslocamento (ΔS) e o intervalo de tempo do movimento (Δt): v – velocidade média ΔS – deslocamento Δt – intervalo de tempo O deslocamento (ΔS) sofrido pelo móvel é d a d o pelo comprimento da circunferência de ra io R e é calculado por meio da expressão: Além disso, chamamos de período (T) o tempo n e c e s s á r i o p a r a q u e o m ó v e l complete uma volta em torno de seu eixo de rotação. Podemos, assim, reescrever a equação da velocidade para o MCU da seguinte forma: R – raio da circunferência T – período Chamamos de velocidade angular (ω) a variação do ângulo θ formado entre o raio e seus eixos horizontal e vertical. Observe a figura abaixo: DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR O movimento circular é um tipo de movimento em que um objeto se desloca em uma trajetória circular, mantendo sempre a mesma distância em relação a um ponto fixo, chamado centro. Este tipo de movimento é observado em diversos fenômenos da natureza, como a órbita dos planetas ao redor do sol, o movimento de pêndulos e o funcionamento de roda-gigantes. Para compreender o movimento circular, é necessário entender alguns conceitos importantes, como a velocidade angular, a aceleração centrípeta, a força centrípeta e o momento angular. A velocidade angular é a variação da posição angular de um objeto em relação ao tempo. Em outras palavras, é a rapidez com que o objeto percorre a trajetória circular. É representada pela letra grega ômega (ω) e é medida em radianos por segundo.12729866671 20 / 74 @vestibularesumido 21 ω – velocidade angular A velocidade angular média pode ser calculada, portanto, por meio do deslocamento angular de uma vo l t a comple ta (2π em radianos ) d iv ido pelo período (T) dessa volta. Além disso, devemos lembrar que período (T) e frequência (f) de rotação são grandezas inversas. Há, portanto, mais de uma forma de calcularmos a velocidade angular de um movimento circular: f - frequência De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade utilizada para calcularmos a velocidade angular é o radianos por segundo (rad/s). Lembre- se: • 1 radiano é o ângulo cujo arco (ΔS) tem comprimento igual ao raio (R) da sua circunferência. • Uma volta completa em torno de uma circunferência equivale a 360º ou 2π radianos. Caso saibamos a frequência de rotação de um móvel e queiramos determinar seu período, ou vice-versa, podemos usar a identidade apresentada abaixo: A frequência é o inverso do período, e vice-versa. A unidade de frequência no SI é o hertz (Hz), que é equivalente à unidade s-1 (unidade que mede a q u a n t i d a d e d e o s c i l a ç õ e s o u r o t a ç õ e s completadas a cada segundo). Outra unidade comumente usada para frequência é o rpm (rotações por minuto). Para convertermos essas unidades basta lembrarmos que 1 Hz = 60 rpm. A força centrípeta é a força resultante que atua sobre o objeto, sempre apontando para o centro da trajetória circular. É responsável por manter o objeto em sua trajetória e é calculada pela fórmula F = m*a_c, onde m é a massa do objeto e a_c é a aceleração centrípeta. O momento angular é uma grandeza vetorial que indica a quantidade de movimento angular que um objeto possui em relação a um ponto fixo. É calculado pelo produto da massa do objeto, sua velocidade angular e o raio da trajetória circular. Algumas aplicações práticas do movimento circular incluem o funcionamento de motores de combustão interna, em que pistões e bielas se movem em trajetórias circulares, e a produção de energia elétrica em usinas hidrelétricas, em que turbinas giram em torno de eixos centrais. Em resumo, o movimento circular é um fenômeno comum na natureza, que pode ser explicado por meio de conceitos como velocidade angular, aceleração centrípeta, força centrípeta e momento angular. Seu entendimento é essencial para a compreensão de diversos processos da física e para a resolução de problemas práticos em diversas áreas. 12729866671 21 / 74 @vestibularesumido 22 O trabalho, a potência e o rendimento são conceitos fundamentais em física que têm aplicação em diversas áreas, como a mecânica, a eletricidade e a termodinâmica. O trabalho é a transferência de energia de um sistema para outro. É definido como o produto da força aplicada em um objeto pela distância percorrida pelo objeto na direção da força. Assim, o trabalho é dado pela fórmula W = Fdcos(θ), onde W é o trabalho, F é a força, d é a distância percorrida e θ é o ângulo entre a direção da força e a direção do movimento. A potência é a medida da taxa de transferência de energia. É definida como a quantidade de trabalho realizado em uma unidade de tempo. Assim, a potência é dada pela fórmula P = W/t, onde P é a potência, W é o trabalho e t é o tempo. O rendimento é a medida de eficiência de um processo que envolve trabalho e energia. É definido como a razão entre a energia útil obtida e a energia total consumida. Assim, o rendimento é dado pela fórmula η = E_out / E_in, onde η é o rendimento, E_out é a energia útil obtida e E_in é a energia total consumida. Algumas aplicações práticas desses conceitos incluem o trabalho realizado por um motor em um veículo, a potência gerada por uma usina elétrica e o rendimento de um motor de combustão interna. Exemplo de trabalho: Uma pessoa empurra um objeto com uma força de 50N ao longo de uma distância de 5 metros, em uma direção paralela à força aplicada. O trabalho realizado é de W = Fdcos(θ) = 50.5.cos(0) = 250 J. Exemplo de potência: Um motor realiza um trabalho de 5000 J em 10 segundos. A potência gerada é de P = W/t = 5000/10 = 500 W. Exemplo de rendimento: Uma máquina térmica consome 1000 J de energia térmica e produz 250 J de trabalho útil. O rendimento da máquina é dado por η = E_out / E_in = 250/1000 = 0,25 ou 25%. Isso significa que 75% da energia térmica consumida não é utilizada para produzir trabalho útil e é dissipada na forma de calor. Em resumo, o trabalho, a potência e o rendimento são conceitos fundamentais em física que têm aplicação em diversas áreas da ciência e tecnologia. O entendimento desses conceitos é essencial para a resolução de problemaspráticos e para o desenvolvimento de tecnologias eficientes e sustentáveis. Em questões de gráfico sobre trabalho, fique atento a unidades dos eixos, se tiver F(N) e d(m) a área é igual o trabalho. TRABALHO, POTÊNCIA E RENDIMENTO 12729866671 22 / 74 @vestibularesumido 23 A energia mecânica é a energia que um objeto possui devido ao seu movimento e à sua posição em relação a um referencial. Ela é a soma da energia cinética e da energia potencial de um sistema. A energia cinética é a energia associada ao movimento do objeto, enquanto a energia potencial é a energia associada à posição do objeto em relação a uma referência. Fórmula da Energia mecânica: Fórmula de energia cinética A fórmula da energia cinética depende da massa do corpo, em kg, e da velocidade do corpo, em m/s, mas também pode ser escrita em termos da quantidade de movimento, como mostramos a seguir: EC – energia cinética m – massa v – velocidade p – quantidade de movimento ENERGIA MECÂNICA Fórmula de energia potencial gravitacional A energia potencial gravitacional é aquela contida em corpos que tenham alguma altura em relação à Terra, em razão da gravidade. A fórmula da energia potencial gravitacional é mostrada a seguir: EpG = mgh A energia mecânica no sistema conservativo é igual em todos os pontos. EPG – energia potencial gravitacional m – massa g – aceleração da gravidade h – altura Fórmula da energia potencial elástica A energia potencial elástica surge quando deformamos algum corpo elástico, como uma tira de borracha, por exemplo. Essa forma de energia depende da deformação, ou seja, do aumento sofrido pelo corpo, mas também da constante elástica k. A energia mecânica no sistema conservativo é igual em todos os pontos. k – constante elástica (N/m) x – deformação (m) 12729866671 23 / 74 @vestibularesumido 24 Os teoremas de Torricelli e Stevin são importantes conceitos em física que descrevem a relação entre a pressão, a área e a velocidade dos fluidos em movimento. O teorema de Torricelli estabelece que a velocidade de saída de um fluido em um orifício é igual à velocidade que o fluido adquiriria se caísse livremente na mesma altura. Em outras palavras, a velocidade de um fluido em um orifício é dada por V = √(2gh), onde V é a velocidade do fluido, g é a aceleração da gravidade e h é a altura do fluido em relação ao orifício. O teorema de Stevin, por sua vez, estabelece que a pressão em um fluido em repouso é a mesma em todas as direções e é diretamente proporcional à altura da coluna de fluido acima do ponto de referência. Isso significa que a pressão em um fluido é dada por P = ρgh, onde P é a pressão, ρ é a densidade do fluido, g é a aceleração da gravidade e h é a altura da coluna de fluido. Esses teoremas são aplicados em diversas situações práticas, como no cálculo da velocidade da água em uma torneira, a pressão em um tanque de armazenamento de líquidos, ou até mesmo em sistemas de irrigação. Exemplo de aplicação do teorema de Torricelli: Uma torneira com um orifício de área A = 2 cm² é aberta e a água é expelida verticalmente para cima. A altura do nível da água é h = 10 cm em relação ao orifício. Qual é a velocidade da água saindo do orifício? Usando o teorema de Torricelli, temos V = √(2gh) = √(2 * 9,8 * 0,1) ≈ 1,4 m/s. Exemplo de aplicação do teorema de Stevin: Um tanque de água tem uma altura de 3 metros. Qual é a pressão na base do tanque? Usando o teorema de Stevin, a pressão é dada por P = ρgh = 1000 * 9,8 * 3 ≈ 29,4 kPa. Em resumo, os teoremas de Torricelli e Stevin são conceitos importantes em física que descrevem a relação entre a pressão, a área e a velocidade dos fluidos em movimento. Esses conceitos têm diversas aplicações práticas e são essenciais para o entendimento de sistemas hidráulicos e pneumáticos. TEOREMA DE TORRICELLI E STEVIN 12729866671 24 / 74 @vestibularesumido 25 O s t e o r e m a s d e P a s c a l e Arquimedes são importantes conceitos em física que descrevem a pressão exercida por fluidos em repouso e em movimento. O teorema de Pascal estabelece que a pressão aplicada a um fluido em um ponto qualquer é transmitida integralmente e igualmente a todos os pontos do fluido. Isso significa que a pressão em um fluido é a mesma em todos os pontos, desde que o fluido esteja em repouso. O teorema de Arquimedes, por sua vez, estabelece que um objeto imerso em um fluido sofre uma força de empuxo igual ao peso do fluido deslocado pelo objeto. Em outras palavras, o empuxo é igual ao peso do fluido deslocado pelo objeto. Isso ocorre porque o fluido exerce uma pressão maior na parte inferior do objeto do que na parte superior, criando uma força de empuxo que age na direção oposta à gravidade. Esses teoremas são aplicados em diversas situações práticas, como no cálculo da pressão exercida por um fluido em um determinado ponto, ou no cálculo do empuxo exercido por um objeto imerso em um fluido. Exemplo de aplicação do teorema de Pascal: Uma prensa hidráulica tem um pistão com uma área de seção transversal de 10 cm². A pressão exercida sobre o pistão é de 100 N/cm². Qual é a força exercida pelo pistão? Usando o teorema de Pascal, a força exercida pelo pistão é dada por F = P * A = 100 * 10 = 1000 N. Exemplo de aplicação do teorema de Arquimedes: Um cubo de aço com densidade de 7800 kg/m³ tem um volume de 0,5 m³. Qual é o empuxo exercido pela água em um tanque em que o cubo está imerso? Para calcular o empuxo exercido pela água no cubo de aço, usamos o teorema de Arquimedes, que estabelece que o empuxo é igual ao peso do fluido deslocado pelo objeto. A densidade da água é de aproximadamente 1000 kg/m³. Portanto, o peso do volume de água deslocado pelo cubo de aço é dado por: Peso = densidade x volume x gravidade Peso = 1000 x 0,5 x 9,8 Peso = 4900 N Assim, o empuxo exercido pela água no cubo de aço é igual a 4900 N. TEOREMA DE PASCAL E ARQUIMEDES 12729866671 25 / 74 @vestibularesumido 26 As leis de Kepler são três leis que descrevem o movimento dos planetas em torno do Sol. Elas foram descobertas pelo astrônomo alemão Johannes Kepler no século XVII e representam uma das m a i o r e s c o n t r i b u i ç õ e s p a r a a compreensão do movimento planetário. As três leis de Kepler são: Primeira lei de Kepler (lei das órbitas): Todos os planetas se movem em órbitas elípticas em torno do Sol, com o Sol ocupando um dos focos da elipse. Segunda lei de Kepler (lei das áreas): A linha que conecta o planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais. Isso significa que os planetas se movem mais rapidamente quando estão mais próximos do Sol e mais lentamente quando estão mais distantes. Terceira lei de Kepler (lei dos períodos): O quadrado do período orbital de um planeta é proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol. Em outras palavras, quanto mais distante um planeta estiver do Sol, mais tempo ele levará para completar uma órbita completa. Exemplo de aplicação das leis de Kepler: A Terra leva aproximadamente 365 dias para completar uma órbita em torno do Sol. Qual é a distância média da Terra ao Sol? Usando a terceira lei de Kepler, podemos escrever: T² ∝ a³ onde T é o período orbital da Terra e a é a distância média da Terra ao Sol. Substituindo os valores conhecidos, temos: (365 dias)² ∝ a³ ou a³ = (365 dias)² a³ = 133225 dias² a ≈ 149,6 milhões de km Assim, a distância média da Terra ao Sol é de aproximadamente 149,6 milhões de km, de acordo com as leis de Kepler. LEIS DE KEPLER 12729866671 26 / 74 @vestibularesumido 27 As leis da gravitação universal foram formuladas por Isaac Newton no século XVII e descrevem a força que age entre duas massas devido à sua atração gravitacional. As três leis da gravitação universal são: Primeira lei da gravitação:Todos os objetos no universo atraem uns aos outros com uma força proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles. Segunda lei da gravitação: A força da gravidade que age sobre um objeto é diretamente proporcional à sua massa e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre ele e o objeto que o atrai. Terceira lei da gravitação: A força de atração gravitacional entre dois objetos é igual em magnitude e oposta em direção. Essas leis são fundamentais para a compreensão da física do universo e da mecânica celeste, incluindo a órbita dos planetas, satélites artificiais e corpos celestes. Exemplo de aplicação das leis da gravitação universal: Qual é a força gravitacional entre dois corpos com massas de 100 kg e 150 kg, separados por uma distância de 2 metros? Usando a primeira lei da gravitação universal de Newton, podemos calcular a força gravitacional entre os dois corpos: F = G x (m1 x m2) / d² onde: - F é a força gravitacional entre os corpos - G é a constante gravitacional (G = 6,67 x 10^-11 N.m²/kg²) - m1 e m2 são as massas dos corpos (em kg) - d é a distância entre os centros de massa dos corpos (em metros) Substituindo os valores dados, temos: F = 6,67 x 10^-11 x (100 x 150) / 2² F = 1,25 x 10^-7 N Portanto, a força gravitacional entre os dois corpos é de 1,25 x 10^-7 N. É importante notar que a força é extremamente pequena, o que mostra que a gravitação é uma força re lat ivamente fraca em c o m p a r a ç ã o c o m o u t r a s f o r ç a s fundamentais da natureza. LEIS DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 12729866671 27 / 74 @vestibularesumido 28 O e q u i l í b r i o d e c o r p o s externos é um conce i to importante da f ís ica que descreve a condição em que um corpo está em repouso ou movimento retilíneo uniforme sem que haja aceleração resultante sobre ele. Isso significa que todas as forças que atuam sobre o corpo se equilibram. Existem dois tipos de equilíbrio de corpos externos: o equilíbrio estático e o equilíbrio dinâmico. Equilíbrio estático: Quando um objeto está em repouso e todas as forças que atuam sobre ele se equilibram, ele está em equilíbrio estático. Isso significa que a força resultante (soma vetorial das forças) sobre o objeto é zero. Um exemplo de equilíbrio estático é uma mesa em repouso sobre o chão. Equilíbrio dinâmico: Quando um ob jeto es tá se movendo com velocidade constante e todas as forças que atuam sobre ele se equilibram, ele está em equilíbrio dinâmico. Isso significa que a força resultante sobre o objeto é zero e não há aceleração resultante. Um exemplo de equilíbrio dinâmico é um avião voando em linha reta a uma velocidade constante. Além disso, existe o princípio de ação e reação, que descreve que toda ação tem uma reação igual e oposta. Esse princípio é importante para entender o equilíbrio de corpos externos. Exemplo de apl icação do equilíbrio de corpos externos: Para determinar a força de atrito, precisamos primeiro verificar se o bloco está em equilíbrio estático. Isso significa que a soma vetorial das forças atuando sobre o bloco deve ser igual a zero. As forças atuando no bloco são a força aplicada horizontalmente (20 N) e a força normal exercida pela mesa sobre o bloco (igual ao peso do bloco, ou seja, 5 x 9,81 = 49,05 N). Portanto, a força resultante é: FR = 20 N - 49,05 N = -29,05 N Como a força resultante não é zero, o bloco não está em equilíbrio estático. Para que o bloco permaneça em repouso, é necessária uma força de atrito igual e oposta à força aplicada, que deve equilibrar a força resultante. A força de atrito é dada por: Fat = μ x N Onde μ é o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a mesa, e N é a força normal exercida pela mesa sobre o bloco. Como o bloco está em repouso, sabemos que a força de atrito deve ser igual à força aplicada, ou seja: EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTERNOS 12729866671 28 / 74 @vestibularesumido 29 Fat = Fa Substituindo na equação de força de atrito, temos: μ x N = 20 N Para encontrar a força normal, podemos usar a equação de equilíbrio estático: ΣFy = 0 N - P = 0 N = P N = 5 x 9,81 = 49,05 N Substituindo na equação de força de atrito, temos: μ x 49,05 N = 20 N μ = 20 N / 49,05 N μ = 0,407 Portanto, a força de atrito entre o bloco e a mesa é de: Fat = μ x N = 0,407 x 49,05 N = 19,94 N 12729866671 29 / 74 @vestibularesumido 30 O capítulo de Física sobre impulso e quantidade de movimento trata da relação entre a força aplicada sobre um objeto e a variação de sua quantidade de movimento. A quantidade de movimento de um objeto é dada pelo produto de sua massa pela sua velocidade: p = m * v. Já o impulso é definido como a integral da força em relação ao tempo: J = ∫ F dt. A partir da Segunda Lei de Newton, podemos relacionar a força com a variação da quantidade de movimento: F = ∆p/∆t. Isso significa que, se uma força for aplicada a um objeto durante um intervalo de tempo, a quantidade de movimento do objeto será alterada. Alguns exemplos de aplicação desses conceitos são: Quando um jogador de futebol chuta a bola, ele aplica uma força sobre ela durante um intervalo de tempo, o que gera uma variação na quantidade de movimento da bola. Durante uma colisão entre dois carros, a quantidade de movimento total do sistema é conservada, mesmo que haja uma variação na quantidade de movimento de cada carro. Quando um astronauta está flutuando no espaço e empurra uma ferramenta, ele se move na direção oposta com uma velocidade proporcional à massa da ferramenta e à força aplicada. Em resumo, o capítulo de impulso e quantidade de movimento apresenta conceitos fundamentais da dinâmica, que são aplicáveis em diversas situações cotidianas e em áreas como a engenharia e a física espacial. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 12729866671 30 / 74 @vestibularesumido 31 O capítulo de Termometria na Física é responsável por estudar a temperatura e suas escalas de medida. A temperatura é uma grandeza física que está presente em nosso cotidiano, sendo medida por meio de instrumentos chamados termômetros. As escalas de temperatura mais utilizadas são a Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin. A escala Celsius é baseada no ponto de fusão e de ebulição da água, sendo que o ponto de fusão é 0°C e o ponto de ebulição é 100°C. A escala Fahrenheit é utilizada principalmente nos Estados Unidos e é baseada em pontos d e r e f e r ê n c i a c o m o o p o n t o d e congelamento da água, que é 32°F, e o ponto de ebulição, que é 212°F. A escala Kelvin é utilizada em estudos científicos, principalmente em Física e Química, e é baseada na temperatura absoluta, sendo que o zero absoluto corresponde a -273,15°C. Algumas das principais aplicações da Termometria são: Controle da temperatura em processos industriais, como em cozinhas industriais, fábricas de alimentos, cervejarias, entre outros. Monitoramento de condições ambientais, como em estações meteorológicas, que registram a temperatura e a umidade do ar. Estudos de física e química, onde a temperatura é uma variável importante em processos físicos e químicos, como a dilatação dos corpos, mudanças de fase da matéria, entre outros. Em resumo, o capítulo de Termometria apresenta conceitos fundamentais para a compreensão da temperatura e suas escalas de medida, bem como aplicações p r á t i c a s e m d i v e r s a s á r e a s d o conhecimento. TERMOMETRIA 12729866671 31 / 74 @vestibularesumido 32 O capítulo de Dilatometria na Física é responsável por estudar a dilatação dos corpos, que é o aumento ou diminuição do tamanho dos mesmos quando submetidos a variações de temperatura. Esse estudo é importante em diversas áreas do conhecimento, como a engenharia civil, a indústria automobilística e a produçãode materiais. Existem três tipos de dilatação: a dilatação linear, a dilatação superficial e a dilatação volumétrica. A dilatação linear ocorre em corpos que possuem uma dimensão predominante, como um fio ou uma barra, e é expressa pela variação no comprimento do corpo. A dilatação superficial ocorre em corpos que possuem uma área predominante, como uma placa ou um bloco, e é expressa pela variação na área da superfície do corpo. A dilatação volumétrica ocorre em corpos que possuem três dimensões, como um cubo ou uma esfera, e é expressa pela variação no volume do corpo. A dilatação dos corpos pode ser medida por meio de instrumentos chamados dilatômetros, que são capazes de registrar a variação de comprimento, área ou volume dos corpos em função da temperatura. Algumas das principais aplicações da Dilatometria são: Controle de dilatação em materiais de construção, como o concreto e o aço, para evitar danos estruturais em construções. Projeto de sistemas de dilatação em pontes e estruturas de grande porte, para permitir a dilatação dos materiais sem causar danos à estrutura. Fabricação de peças de precisão em indústrias automobilísticas e aeronáuticas, onde a dilatação dos materiais pode afetar a qualidade e a segurança dos produtos. Em resumo, o capítulo de Dilatometria apresenta conceitos importantes para a compreensão da dilatação dos corpos e suas aplicações em diversas áreas do conhecimento. Exemplo de dilatação linear: Dessa forma, a barra sofre uma dilatação linear ΔL que pode ser calculada pela diferença entre L e L0 quando sofreu uma variação na sua temperatura (ΔT) calculada entre T e T0. Assim, temos: ΔL= L0 .α .ΔT ou L= L0 (1+ α.ΔT) α = constante da dilatação linear Exemplo de dilatação superficial: A dilatação superficial é calculada pela expressão: ΔA = A0. β . ΔT β = constante de dilatação superficial β = 2α Exemplo de dilatação volumétrica em líquidos: DILATOMETRIA 12729866671 32 / 74 @vestibularesumido 33 Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não possuem forma própria: eles adquirem a forma do recipiente que os contém. Isso porque as ligações moleculares dos líquidos são menos intensas do que nos sólidos e eles possuem maior liberdade de movimento. Sendo assim, não faz sentido calcular a dilatação linear e a superficial de substâncias líquidas, mas é muito útil conhecer a sua dilatação volumétrica. O cálculo da dilatação volumétrica dos líquidos é feito de forma semelhante ao dos sólidos e utiliza a mesma equação. Porém, o coeficiente de dilatação volumétrica dos líquidos é maior do que o dos sólidos, por isso os líquidos dilatam-se mais. Se o líquido está contido em um recipiente, quando ele for aquecido, haverá dilatação do recipiente e do líquido. Considere a situação: Um recipiente cilíndrico feito de plástico foi aquecido e a água que havia nele transbordou. A q u a n t i d a d e d e á g u a d e r r a m a d a corresponde à dilatação aparente, pois o recipiente também se dilatou com o aumento de temperatura. Para sabermos a dilatação real sofrida pela água, devemos considerar também a dilatação do recipiente. Sendo assim, a dilatação real de um líquido é calculada a partir da equação: Δvlíq = Δvap + Δvrec. As dilatações da equação anterior são calculadas pelas fórmulas: Δvlíq = V0 . γlíq . ΔT Δvap = V0 . γap . ΔT Δvrec. = V0 . γrec . ΔT Substituindo na equação anterior, teremos a expressão: V0 . γlíq . ΔT = V0 . γap . ΔT + V0 . γrec . ΔT Sendo o volume inicial e a variação de temperatura iguais e estando eles presentes em todas as parcelas da equação, podemos simplificá-la para obter a relação entre os três coeficientes de dilatação: γlíq = γap + γrec Exemplo de dilatação volumétrica em sólidos: Na ilustração podemos ver que um corpo, com volume inicial V0 e temperatura T0, é submetido a uma fonte de calor, recebendo energia térmica. Essa energia causa variação da temperatura ΔT, e o corpo aumenta sua temperatura para T, elevando também o volume para V. A dilatação volumétrica ΔV é calculada pela fórmula: ΔV = V0 . γ . ΔT O γ é o c o e fi c i e n t e d e d i l a t a ç ã o volumétrica, que possui valor específico para cada substância. Ele corresponde ao triplo do coeficiente de dilatação linear α da mesma substância: γ = 3α A variação do volume, ou dilatação volumétrica, também pode ser calculada pela diferença entre o volume final e o volume inicial do corpo: ΔV = V – V0 Essa equação pode ser relacionada com a equação anterior e utilizada para calcular o volume final da substância: ΔV = V0 . γ . ΔT -----------> ΔV = V – V0 V – V0 = V0 . γ . ΔT V = V0 + V0 . γ . ΔT V = V0 (1 + γ . ΔT) 12729866671 33 / 74 @vestibularesumido 34 O capítulo de Propagação de Calor na Física estuda a transferência de calor entre corpos que se encontram em diferentes temperaturas. O calor pode ser transferido de três maneiras: condução, convecção e radiação. A condução térmica ocorre quando há transferência de calor em um material sólido ou em um meio estacionário. Por exemplo, quando uma barra metálica é aquecida em uma extremidade, o calor se propaga através da condução térmica até a outra extremidade. A convecção térmica ocorre quando há transferência de calor por meio de um fluido (líquido ou gás) em movimento. Por exemplo, quando a água é aquecida em uma panela, o calor é transferido por convecção térmica, já que a água aquecida sobe e é substituída por água fria na parte inferior da panela. A radiação térmica ocorre quando há transferência de calor por meio de ondas eletromagnéticas, como a luz visível e o infravermelho. Por exemplo, o Sol aquece a Terra por meio da radiação térmica. A propagação de calor é importante em diversas áreas do conhecimento, como na engenharia de materiais, na climatização de ambientes, no design de sistemas de refrigeração e no estudo de fenômenos naturais, como o aquecimento global. Algumas das principais aplicações da Propagação de Calor são: Isolamento térmico em construções, para evitar perdas de calor no inverno e ganhos de calor no verão. Projeto de sistemas de refrigeração em indústrias, para manter a temperatura adequada de produtos perecíveis, como alimentos e medicamentos. Estudo de fenômenos naturais, como a propagação do calor na atmosfera terrestre e os efeitos do aquecimento global. Exemplos mais cobrados nos vestibulares: Importante saber diferenciar onde e como ocorre a propagação de calor. PROPAGAÇÃO DE CALOR 12729866671 34 / 74 @vestibularesumido 35 Calorimetria é a área da Física que estuda as trocas de calor entre corpos e suas consequências . É importante para entender processos de aquecimento, resfriamento e equilíbrio térmico. A unidade de medida de calor é o joule (J) ou, mais comumente, a caloria (cal). A capacidade térmica (C) é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um corpo em 1°C, e é medida em J/°C ou cal/°C. A Lei da Conservação de Energia afirma que a quantidade total de energia em um sistema isolado permanece constante. Na calorimetria, isso significa que a quantidade de calor que entra em um corpo é igual à quantidade de calor que sai, ou seja, a soma das trocas de calor é zero. A fórmula básica da calorimetria é: Q = m x C x ΔT Onde Q é a quantidade de calor trocada, m é a massa do corpo, C é sua capacidade térmica e ΔT é a variação de temperatura. Exemplo: Um bloco de ferro de 500 g é aquecido de 20°C a 60°C. Qual é a quantidade de calor necessária? Q = 0,5 kg x 450 J/kg·°C x (60°C - 20°C) Q = 9000 J Além d isso, é poss íve l ca lcu la r a quantidade de calor necessária para mudar o estado físico de uma substância, utilizando a seguinte fórmula: Q = m x L Onde Q é a quantidade de calor trocada, m é a massa do corpo e L é o calor latente, que varia de acordo com o estado físico da substância.Exemplo: Quantidade de calor necessária para derreter 100 g de gelo a 0°C. Q = 0,1 kg x 334 J/g Q = 33,4 J Por fim, a lei de resfriamento de Newton é utilizada para calcular a variação de temperatura de um corpo em contato com um meio externo. Ela afirma que a taxa de resfriamento de um corpo é proporcional à diferença de temperatura entre o corpo e o meio externo. Exemplo: Um café a 90°C é deixado em um ambiente a 20°C. Após 5 minutos, sua temperatura é de 65°C. Qual será sua temperatura após 10 minutos? ΔT/Δt = k(T - T0) (90 - 20)/(5 x 60) = k(90 - 20) k = 0,0075 (65 - 20)/(5 x 60) = 0,0075 x (65 - T0) T0 = 46,6°C CALORIMETRIA 12729866671 35 / 74 @vestibularesumido 36 O capítulo de física sobre gases a b o r d a a s l e i s q u e r e g e m o comportamento desses elementos em diferentes condições. As leis dos gases ideais são a base desse estudo, e elas estabelecem que a pressão, o volume e a temperatura de um gás estão diretamente relacionados. Além disso, essas leis também estabelecem que a energia cinética média das moléculas de um gás está relacionada com sua temperatura. As leis dos gases ideais são representadas pelas seguintes equações: Lei de Boyle-Mariotte: PV = constante (à temperatura = constante isotérmica); Lei de Charles: V/T = constante (à pressão constante = isobárica); Lei de Gay-Lussac: P/T = constante (à volume constante = isocórica ou isovolumétrica); Lei geral dos gases: PV/T = constante. Essas leis têm aplicações práticas em diversas áreas, como na engenharia e na medicina, por exemplo. Um exemplo de aplicação é a análise do comportamento dos gases em um compressor, onde é possível controlar a pressão, a temperatura e o volume para garantir que o processo seja eficiente. Outra aplicação prática é o uso de gases em terapias respiratórias, como a oxigenoterapia. Nesse caso, é necessário controlar a pressão e o fluxo do gás para garantir a eficácia do tratamento. O estudo dos gases também inclui o conceito de lei dos gases reais, que considera as interações entre as moléculas dos gases. Além disso, a teoria cinética dos gases estabelece que a energia cinética das moléculas de um gás é proporcional à sua temperatura absoluta. Exemplo: Da equação de Clapeyron, podemos escrever: (para o estado 1) (para o estado 2) Como na transformação a quantidade de gás não variou (n1 = n2), podemos igualar o quociente dos dois estados e obter a lei geral dos gases perfeitos. Ficamos, então, com: GASES 12729866671 36 / 74 @vestibularesumido 37 A 1ª lei da termodinâmica é conhecida como o princípio da conservação de energia aplicado à termodinâmica. Essa lei afirma que a energia total de um sistema termodinâmico é constante, ou seja, a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. Em outras palavras, quando um sistema recebe ou perde energia, essa energia deve ser convertida em outras formas de energia, como trabalho ou calor. A variação da energia interna de um sistema é dada pela diferença entre o calor recebido e o trabalho realizado pelo sistema. Um exemplo prático da aplicação da 1ª lei da termodinâmica é o funcionamento de um motor a combustão interna. Nesse caso, a energia química contida no combustível é transformada em energia térmica durante a combustão. Essa energia térmica é então convertida em energia mecânica no pistão, que movimenta o motor e realiza trabalho. Outro exemplo é o funcionamento de uma geladeira. Nesse caso, a energia elétrica é utilizada para retirar calor do interior da geladeira e expulsá-lo para o ambiente externo. Isso permite que a temperatura dentro da geladeira seja reduzida, mantendo os alimentos conservados. 1° LEI DA TERMODINÂMICA ΔU é a variação da energia interna, medida em calorias (cal) ou Joules (J) Q é a medida do calor, nas unidades de calorias (cal) ou Joules (J) T é o trabalho, também medido calorias (cal) ou Joules (J) 12729866671 37 / 74 @vestibularesumido 38 A 2ª lei da termodinâmica afirma que é impossível transformar integralmente calor em trabalho sem que haja uma diminuição da entropia do sistema. Ou seja, sempre que uma máquina térmica transforma calor em trabalho, uma parte da energia térmica é dissipada para o meio ambiente como calor residual, o que aumenta a entropia do sistema. Essa lei também estabelece a direção do fluxo de calor, que é sempre do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura. Além disso, afirma que nenhum processo termodinâmico pode ter uma eficiência de 100%, ou seja, sempre haverá perda de energia térmica para o meio ambiente. Um exemplo prático da aplicação da 2ª lei da termodinâmica é o funcionamento de um motor a combustão interna. Nesse caso, parte da energia térmica gerada durante a combustão é perdida para o meio ambiente, o que reduz a eficiência do motor. Outro exemplo é a transformação de energia elétrica em energia térmica em uma resistência elétrica. Nesse caso, a energia elétrica é utilizada para aquecer a resistência, gerando calor. Como parte da energia elétrica é dissipada para o meio ambiente como calor residual, a eficiência dessa transformação é sempre inferior a 100%. Conservação da Energia em Máquinas Térmicas Podemos nos utilizar do princípio da conservação da energia para relacionar o calor recebido (Q₁), o calor rejeitado (Q₂) e o trabalho útil (τ) gerado por uma máquina térmica da seguinte maneira: Ou seja, o trabalho útil gerado por uma máquina térmica é equivalente à quantidade de calor recebida menos a quantidade de calor rejeitada. O rendimento (η) nos diz o quanto um dispositivo é eficiente em transformar calor em trabalho útil. Na teoria, esse índice pode variar entre 0 e 1. Nesse sentido, 1 é para um dispositivo que converte em trabalho 100% do calor recebido e 0 para um dispositivo incapaz de gerar trabalho. No entanto, aprendemos que nenhuma máquina térmica é capaz de converter calor integralmente em trabalho. Por isso, podemos concluir que não existe e nem existirá máquina térmica com rendimento igual a 1. De forma geral, o rendimento (η) de uma máquina térmica equivale à razão entre o trabalho útil (τ) gerado e o calor (Q₁) recebido da fonte quente: Substituindo o trabalho da fórmula acima pela expressão dada anteriormente (τ = |Q₁| - |Q₂|), encontramos uma segunda fórmula para o cálculo do rendimento: 2° LEI DA TERMODINÂMICA 12729866671 38 / 74 @vestibularesumido 39 Ciclo de Carnot Na prática, o rendimento de uma máquina térmica pode depender de diversas variáveis. Podemos citar, dentre elas, a tecnologia utilizada em sua construção e o fluido que opera em seu interior. Além disso temos, principalmente, as transformações termodinâmicas pelas quais esse fluido passa e a temperatura em que se encontram as fontes fria e quente. Em 1824, o jovem engenheiro francês Nicolas Léonard Sadi Carnot (1796-1832) propôs uma máquina térmica teórica ideal, ou seja, uma máquina que teria o maior rendimento possível, dadas as temperaturas das fontes. Para tal, essa máquina deveria seguir um ciclo termodinâmico específico: o chamado ciclo de Carnot. Para um gás ideal, o ciclo de Carnot é composto de duas transformações isotérmicas e duas transformações adiabáticas. Observe na imagem abaixo a representação desse ciclo em um gráfico de pressão (P) por volume (V): Um fato interessante é que, nesse ciclo, os calores trocados com as fontes e as temperaturas absolutas (temperaturas medidas em kelvin) dessas fontes possuem uma relação de proporcionalidade: Dessa forma, podemos ca lcu la r o rendimento de uma máquina que segue o ciclo de Carnot sabendo apenas as temperaturas de suas fontes: 12729866671 39 / 74 @vestibularesumido 40 A óptica geométrica é uma área da física que estuda a propagação da luz em meioshomogêneos e isotrópicos, o u s e j a , m e i o s e m q u e a s propriedades da luz não variam com a direção. Ela não leva em consideração a natureza ondulatória da luz, mas sim o comportamento da luz como um raio, que se propaga em linha reta em meios homogêneos e isotrópicos. Nessa área da física, são estudados conceitos como reflexão, refração, formação de imagens e lentes, entre outros. Algumas aplicações práticas da óptica geométrica incluem a fabricação de lentes, telescópios, microscópios, entre outros equipamentos ópticos. Um exemplo simples de reflexão é o espelho plano, que reflete a luz que incide sobre sua superfície de forma que o ângulo de incidência seja igual ao ângulo de reflexão, conforme a Lei da Reflexão. Já na refração, um exemplo é a luz que passa através de um prisma, sofrendo desvio em sua trajetória devido à mudança de velocidade da luz ao passar de um meio para outro com índices de refração diferentes. Outro conceito importante na óptica geométrica é a formação de imagens, que pode ser estudada através da análise de sistemas ópticos, como lentes e espelhos. A formação de uma imagem nesses sistemas depende da posição do objeto em relação ao sistema e das características ópticas do próprio sistema. Em resumo, a óptica geométrica é uma área da física que estuda a propagação da luz em meios homogêneos e isotrópicos, através de conceitos como reflexão, refração, formação de imagens e sistemas ópticos. Suas aplicações são diversas, desde a fabricação de equipamentos ópticos até a compreensão de fenômenos naturais. Exemplos dos feixes de luz: FUNDAMENTOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA 12729866671 40 / 74 @vestibularesumido 41 O estudo dos reflexos da luz em espelhos planos é um tópico i m p o r t a n t e e m ó p t i c a geométrica. Um espelho plano é uma superfície plana e lisa que reflete a luz de acordo com a lei da reflexão, que afirma que o ângulo de incidência da luz é igual ao ângulo de reflexão. O s p r i n c i p a i s c o n c e i t o s a b o rd a d o s n e s t e c a p í t u lo i n c l u e m o p o n t o f o c a l , a distância focal e a imagem formada por um espelho plano. O ponto focal é o ponto onde os raios paralelos de luz que incidem no espelho plano se convergem após a reflexão. A distância focal é a distância entre o ponto focal e o espelho plano. A imagem formada por um espelho plano pode ser real ou v ir tual , dependendo da posição do objeto em relação ao espelho. Uma imagem real é formada quando os raios de luz se cruzam em um ponto real, enquanto uma imagem virtual é formada quando os raios de luz parecem se cruzar em um ponto atrás do espelho. Alguns exemplos comuns de reflexão de luz em espelhos planos incluem espelhos de parede, espelhos de maquiagem e espelhos retrovisores de automóveis. A compreensão dos reflexos da l u z e m e s p e l h o s p l a n o s é essencial para muitas aplicações práticas, incluindo o projeto de espelhos ópticos para telescópios e microscópios, o design de sistemas de iluminação e a fabricação de espelhos para fins Vamos supor que temos um espelho plano e um objeto a uma distância de 30 cm do espelho. Queremos determinar a posição e a altura da imagem formada pelo espelho. Utilizamos a equação dos espelhos planos: 1/d0 + 1/di = 1/f Onde: d0 é a distância do objeto ao espelho; di é a distância da imagem ao espelho; f é a distância focal do espelho, que, no caso de um espelho plano, é infinita. Podemos simplificar a equação para: 1/d0 + 1/di = 0 Dado que f é infinito. Substituindo os valores conhecidos: 1/0,30 + 1/di = 0 Multiplicando por 0,30 * di: di - 0,30 = 0 di = 0,30 m Portanto, a imagem é formada a 30 cm atrás do espelho, na mesma posição do objeto. Para determinar a altura da imagem, usamos a relação de s e m e l h a n ç a d e triângulos: h0/d0 = hi/di Onde: h0 é a altura do objeto; h i é a a l tura da imagem. S u b s t i t u i n d o o s valores conhecidos: h0/0,30 = hi/0,30 Mult ip l icando por 0,30: h0 = hi Portanto, a altura da imagem é igual à altura do objeto REFLEXOS DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS 12729866671 41 / 74 @vestibularesumido 42 Espelhos esféricos são superfícies curvas que refletem a luz de forma diferente de espelhos planos. Eles são divididos em dois tipos: côncavos e convexos. Espelhos côncavos convergem a luz, o que significa que a luz refletida converge em um ponto focal, enquanto os espelhos convexos divergem a luz, o que significa que a luz refletida se espalha para fora. A imagem formada por um espelho esférico pode ser real ou virtual, direita ou invertida, dependendo da posição do objeto em relação ao espelho. A posição da imagem também pode ser calculada usando a equação dos espelhos esféricos: 1/f = 1/p + 1/q Onde f é a distância focal, p é a distância do objeto ao espelho e q é a distância da imagem ao espelho. Por exemplo, suponha que um objeto é colocado a 10 cm de distância de um espelho côncavo com uma distância focal de 20 cm. Usando a equação dos espelhos esféricos, podemos calcular a posição da imagem: 1/20 = 1/10 + 1/q Simplificando, temos: 1/q = 1/20 - 1/10 1/q = 1/20 q = 20 cm Portanto, a imagem está localizada a 20 cm do espelho e é real e invertida. Outro exemplo é um objeto colocado a 20 cm de distância de um espelho convexo com uma distância focal de 10 cm. Usando a equação dos espelhos esféricos, podemos calcular a posição da imagem: 1/10 = 1/20 + 1/q Simplificando, temos: 1/q = 1/10 - 1/20 1/q = 1/20 q = 20 cm Neste caso, a imagem está localizada a 20 cm do espelho e é virtual e direita. Diferentes posições do objeto resultam em imagens de diferentes tamanhos e de diferentes distâncias. Fique atento, pois isso é muito cobrado nos vestibulares! Mas antes de diferenciar tudo isso é importante saber elementos básicos de todo espelho esférico, seja côncavo ou convexo. Os elementos geométricos dos espelhos esféricos são bastante úteis para o seu estudo analítico, por meio da óptica geométrica. Independente dos formatos do espelho esférico (côncavo ou convexo), esses elementos são iguais para ambos. Vértice (V) O vértice marca a região central dos espelhos esféricos. É sobre esse ponto que traçamos o eixo principal (ou eixo de simetria) do espelho. Qualquer raio de luz que incida sobre o vértice de um espelho esférico é refletido com o mesmo ângulo de incidência, do mesmo modo que um espelho plano o faria. ESPELHOS ESFÉRICOS 12729866671 42 / 74 @vestibularesumido 43 Centro de curvatura (C) O centro de curvatura dos espelhos esféricos é o ponto médio da calota esférica que dá origem ao espelho, portanto, é igual ao raio dessa esfera. Qualquer raio de luz que incida sobre o centro de curvatura de um espelho esférico deve ser refletido sobre si mesmo, de modo que os raios de luz incidente e refletido percorram o mesmo caminho. Raio de curvatura (R) O raio de curvatura mede a distância entre o vértice do espelho e o seu centro decurvatura, é denotado pela letra R e é comumente medido em metros. Foco (F) O foco é o ponto em que raios de luz paralelos convergem após serem refletidos por um espelho côncavo. No caso dos espelhos convexos, os raios de luz refletidos divergem de sua superfície e, por isso, são os prolongamentos dos raios de luz que se cruzam, em um ponto localizado “atrás” da superfície desses espelhos. Por esse motivo, dizemos que o foco dos espelhos convexos é virtual, enquanto o foco dos espelhos côncavos é real. Dica: Todo raio que chega paralelo vai em direção ao foco do espelho! Portanto, os dois raios vermelhos da imagem estão chegando paralelo, e são refletidos em direção do foco. Logo, o cruzamento dos dois raios (ponto vermelho na imagem) representa OBRIGATORIAMENTE o ponto focal deste espelho. :) Este é exemplo de um espelho convexo em
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