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1690335546apostila_historia_vr_2023

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HISTÓRIA 
@vestibularesumido
Capítulos de História do Brasil 
1. EXPANSÃO MARÍTIMA…………………………………………………………..……………PÁG. 4 
2. AMÉRICA ESPANHOLA……………………………………………………………………….PÁG. 5 
3. AMÉRICA INGLESA…………………………………………………………………………….PÁG. 6 
4. POVOS AFRICANOS……………………………………………………………………..……PÁG. 7 
5. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL NO BRASIL…………………………..PÁG. 8 
6. BRASIL COLÔNIA: ECONOMIA AÇUCAREIRA…………………………………..…PÁG. 9 
7. BRASIL COLÔNIA: ATIVIDADES ECONÔMICAS COMPLEMENTARES….…PÁG. 10 
8. BRASIL COLÔNIA: INVASÕES ESTRANGEIRAS I……………………………...…..PÁG. 11 
9. BRASIL COLÔNIA: INVASÕES ESTRANGEIRAS II………………………………….PÁG. 12 
10. BRASIL COLÔNIA: BANDEIRANTISMO, MINERAÇÃO E PERÍODO 
POMBALINO…………………………………………………………………………..….……….PÁG. 13 
11. REBELIÕES NATIVISTAS E SEPARATISTAS………………………………..……….….PÁG. 14 
12. PERÍODO JOANINO E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL………………………….….PÁG. 15 
13. BRASIL IMPÉRIO: PRIMEIRO REINADO………………………………………..……….PÁG. 16 
14. BRASIL IMPÉRIO: PERÍODO REGENCIAL…………………………………..………….PÁG. 17 
15. BASES POLÍTICAS DO BRASIL IMPÉRIO………………………………………………..PÁG. 18 
16. GRUPOS SOCIAIS EM CONFLITO NO BRASIL IMPÉRIO……………………......PÁG. 19 
17. REPÚBLICA PROVISÓRIA E DA ESPADA…………………………………….……….…PÁG. 20 
18. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: CAFÉ, INDÚSTRIA E MOVIMENTO 
OPERÁRIO………………………………………………………………………………….……....PÁG. 21 
19. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: ESTRUTURAS POLÍTICAS E SOCIAIS……….….PÁG. 22 
20. ERA VARGAS………………………………………………………………………..……....…….PÁG. 23 
2
@vestibularesumido
21. PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: CARISMA, 
CONCESSÕES E CONTROLE 
POLÍTICO……………………………………………………………………………….………..….PÁG. 24 
22.PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: PROSPERIDADE 
E CONFLITOS NO PALCO POLÍTICO………………………………………………....….PÁG. 25 
23.REGIME MILITAR: DEMOCRACIA SITIADA, 
LIBERDADES VIGIADAS………………………………………………………………..…...….PÁG. 26 
24.REGIME MILITAR: A LUTA PELA CONQUISTA DE DIREITOS………………..……PÁG. 27 
25.NOVA REPÚBLICA………………………………………………………………..…………..….PÁG. 28 
3
@vestibularesumido
4
EXPANSÃO MARÍTIMA 
Expansão Marítima • Interação entre os continentes, traços 
culturais e econômicos distintos. 
• PioneirismoPortuguês: 
1. Posição geográfica 
2. Espírito aventureiro 
3. Ceticismo português 
4. Técnicas de marear 
- Objetivos: o espírito cruzadístico de 
Portugal,a 
busca pelo reino de Preste João (rei cristão e 
detentor de riquezas jamais vistas), a busca 
pelo ouro na África (guiné e “especiarias”). 
• As Grandes Navegações seria uma 
extensão do projeto de Reconquista, já 
que a ampliação territorial assinalava a 
força da fé católica e a reafirmação do 
poder político dos Estados Ibéricos. 
• Guerra de Reconquista: expulsão dos 
árabes da Península Ibérica. A luta contra os 
mouros marcou o surgimento dos estados 
de Portugal e Espanha, além da expansão 
católica por meio da conversão dos povos 
islâmicos. 
• A Revolução de Avis foi fundamental para 
o processo expansionista português, tendo 
em vista a ligação da nova dinastia com a 
atividade naval de cabotagem (navegação 
costeira). 
• A etapa inicial do expansionismo 
ocorreu em 1415 por meio da conquista 
de Ceuta, cidade da Espanha situada na 
margem africana desembocada pelo 
Estreito de Gibraltar. Em Ceuta, havia a 
oportunidade de um rápido 
enriquecimento, além do controle das 
atividades mercantis da região. 
• Os lusos fundava mas feitorias, 
entrepostos comerciais que serviam para o 
abastecimento de novas embarcações. 
 
• Em 1498, Vasco da Gama alcançou Calicute 
(atual Índia) e garantiu o acesso às primeiras 
especiarias asiáticas. 
• Em1500,PedroÁlvaresCabralchegano litoral 
brasileiro. 
• A falta de empenho das outras coroas 
europeias para a expansão marítima se 
justificava pelas questões internas e 
externas, que tinham o intuito de 
promover a consolidação dos estados; 
além de França e Inglaterra estarem na 
guerra dos Cem Anos e Espanha nos 
últimos estágios da Guerra de 
Reconquista. 
 
@vestibularesumido
5
• Contato entre europeus e pré- colombianos que 
apresentaram vários níveis de desenvolvimento. 
• Entre as comunidades indígenas destaca- se os maias e 
astecas, que ocupavam a mesoamérica e os incas, que, 
ocuparam a região dos Andes. 
• Os Astecas ocupavam o México em torno do Lago 
Texcoco, possuíam uma sociedade hierarquizada, 
religião politeísta, agricultura e metalurgia bem 
complexas. Além disso, desenvolveram a escrita 
pictória e não utilizavam moeda. O império dos astecas 
é o Tenhochtilán. 
• Os Incas ocupavam a Cordilheira dos Andes, 
destacando atualmente Cuzco e Machu Picchu. A 
sociedade era estratificada, e a agricultura era feita 
a partir da construção de terraços nas áreas de 
encosta (devido ao traçado montanhoso da região). 
O artesanato destacava nessa comunidade. 
• Os Maias ocupavam a Península de Yukatán e não 
constituíram um império centralizado, mas sim, 
estruturas políticas autônomas. Na agricultura 
desenvolviam a coivara, no qual constituía em 
colocar fogo para acelerar o processo de nutrientes 
no solo. Os maias eram politeístas e desenvolveram 
a escrita hieroglífica. 
• A criação do sistema de capitulações, por parte 
europeia, permitia o direito de exploração das novas 
regiões. Dentro das obrigações dos primeiros 
exploradores, ficava importante o encargo do 
pagamento do quinto (20% de toda riqueza saqueada 
dos nativos). Caso conseguisse, tornaria um 
adelantado, que comandava as regiões dominadas na 
luta de Reconquista. O primeiro adenlantado foi 
Cristovão Colombo. Hernán Cortez (conquistou o 
império asteca) e Francisco Pizarro (conquistou o 
império inca) também foram adelantados. • Fatores que possibilitaram o sucesso dos espanhóis: 
superioridade bélica, uso da cavalaria, crenças e 
presságios. • O domínio espanhol foi marcado pela imposição dos 
elementos socioculturais europeus, com destaque para 
a fé católica. • Após a descoberta de jazidas de prata na região, a Coroa 
Espanhola optou por assumir um controle maior na 
região, retirando os poderes concedidos aos 
adenlantados (direito de ocupar e explorar a terra). Por 
isso, foi criada a Casa de Contratação - recolhimento 
tributário; Conselho das Índias - política, audiência e 
divisão do território em vice reinos e capitanias; os 
cabildos detinham o poder local. 
 
• Sociedade: chapetones, criollos, indígenas 
e africanos. • A economia se deu pela exploração dos 
indígenas pelo sistema de mita e 
encomienda. 
• O sistema de mita era um trabalho forçado 
(servidão) imposto durante o tempo entre a 
semeadura e a colheita; os camponeses eram 
obrigados a construir caminhos, pontes e 
obras de irrigação. Pagamento: parte da 
população realizava. 
• O sistema de encomienda foi um trabalho 
imposto compulsoriamente ao indígena 
(todos obrigados). Pagamento: catequese. 
• Chapetones: os espanhóis-funções 
administrativas; 
• Criollos: descendentes de espanhóis nascidos 
na América - funções regionais. 
 
AMÉRICA ESPANHOLA 
@vestibularesumido
6
• Na Idade Moderna, a Inglaterra não 
apresentou condições favoráveis ao 
processo colonizador do novo mundo, o 
advento da Guerra dos Cem Anos e os 
conflitos religiosos inviabilizaram um 
projeto colonizador efetivo na América. No 
entanto, esse cenário desfavorável não 
impediu os esforços da Dinastia Tudor em 
patrocinar incursões no continente 
encontrado. Então, a partir de 1603, o rei 
Jaime I (primeiro monarca da Dinastia 
Stuart), iniciou o projeto visando promover a 
ocupação de terras americanas. 
• A ocupação da América pela Inglaterra se deu 
pela Companhia de Londres, Companhia de 
Plymouth e pelos britânicos que vivenciavam 
uma série de distúrbios políticos e religiosos na 
Inglaterra. 
• Os puritanos que seguiam à doutrina cristã, 
não oficial religião inglesa, por isso vítimas 
do radicalismo religioso, encontraram no 
Novo Mundo a possibilidade de professar a 
sua fé semas perseguições que ocorriam na 
metrópole. 
• A modalidade de trabalho presente nas colônias 
inglesas, era baseada em troca: os camponeses 
ganhavam subsistência durante 7 anos em 
troca de sua mão de obra. 
• A ocupação colonial intensificou-se como 
avanço do século XVII, devido a presença de 
milhares de escravos negros oriundos da 
África. Nesse processo, populações 
indígenas foram expulsas do seu território 
em um movimento que levou ao extermínio 
de várias comunidades nativas. 
• As Colônias do Sul caracterizaram-se pelo 
trabalho escravo negro, utilizado nas 
fazendas que cultivavam tabaco, arroz, 
algodão e anileira. Virgínia e Geórgia se 
enquadravam nessa situação de colônia. 
• As Colônias do Centro possuíam planícies 
férteis e com uma pluviosidade regular, a região 
foi favorável às atividades agrícolas, mas com 
predomínio da pequena propriedade. O 
território caracterizou-se pelo desenvolvimento 
de manufaturas e comercializava-se milho, trigo, 
centeio e aveia. 
AMÉRICA INGLESA
• As Colônias do Norte eram notadamente 
marcadas pela presença dos refugiados religiosos 
puritanos. A atividade econômica nessa região se 
baseava no comércio triangular (entre a nova 
Inglaterra, Antilhas e África). Visando a esse 
comércio, nas Colônias do Norte produziam-se 
peixe salgado, madeira e cereais, que eram 
enviados às Antilhas trocados por rum e melaço. 
Em seguida, os colonos ingleses retornavam 
ao norte e produziam mais rum com a matéria-
prima obtida, trocando a bebida por cativos da 
região da África. Por fim, com os navios 
repletos de escravos, os colonos retornavam 
às Antilhas ou às Colônias do Sul, bons 
mercados para a mão de obra negra obtida 
com o comércio triangular. 
 
• Os sistemas administrativos presentes nas 
colônias ibéricas eram o self- government 
(autogoverno), controladas de modo efetivo 
pelo poder metropolitano. Além disso, a 
negligência salutar se fazia presente, era 
definida pelo “abandono” e pouca 
interferência, adotada pelo rei da Inglaterra 
quando as Treze Colônias queriam a 
independência. 
• A emancipação das Treze Colônias em 1776 
pode ser entendida como uma resposta dos 
colonos ingleses ao esforço infrutífero da 
metrópole de controlar tais regiões. 
• São características das colônias de 
povoamento: pequena propriedade familiar, 
manufaturas, policultura, autonomia econômica e 
mão de obra livre. 
@vestibularesumido
7
• “Uma ponte chamada atlântico”: 
os africanos asseguraram a 
profunda integração entre os dois 
lados do atlântico, introduzindo 
elementos culturais, sociais e 
religiosos aos territórios que 
ocupavam. 
• A forte colonização europeia em 
alguns países da África influenciou 
diretamente a sua economia. 
• A geografia do continente africano 
permite a divisão de duas regiões 
opostas, a África Setentrional e a 
Subsaariana, separado por uma faixa 
limítrofe denominada Sahel. 
• A África Setentrional abriga países 
com traços semelhantes aos povos 
do Oriente Médio. A África 
Subsaariana concentra a maior parte 
da população negra daquela região. 
 
 
• África possui uma grande riqueza cultural, 
que reflete na sua diversidade étnica, entre 
os vários povos africanos, destacam- se: 
bantos - grupo mais numeroso do 
continente, pigmeus - pele negra e 
pequena estatura, sudaneses - habitam as 
savanas, nilotas - pele negra e pequena 
estatura, koikoi e berberes. 
• Devido ao advento das práticas 
comerciais e ao comércio de escravos 
representaram a base para a 
associação de continentes. 
• O Reino de Gana, Reino de Mali e o 
Império de Songhai fizeram parte da 
história da África. 
• Em algumas sociedades africanas, o papel 
da mulher (cultura matrilinear) era relevante 
no processo político e administrativo. Na 
cultura Iorubá, acreditavam que a mulher que 
se tornava mãe adquiria poderes divinos. • A arte, a produção de cerâmicas, máscaras 
africanas e narrativas fazem parte da 
cultura africana. 
• A cultura Iorubá é atualmente no Brasil 
considerada patrimônio cultural pela 
Unesco. 
POVOS AFRICANOS
@vestibularesumido
8
• A chegada dos portugueses foi tratada 
pela maioria dos grupos locais, com 
relativa resistência e em alguns casos 
com enfrentamento armado. 
• Tal encontro de culturas possibilitou, além 
da violência e do extermínio das 
populações indígenas, a integração de 
hábitos alimentares e culturais, bem como 
a apropriação de palavras do vocabulário 
nativo. 
• Em 1501 e 1503, a Coroa Portuguesa 
enviou duas expedições ao Brasil com o 
objetivo de reconhecer a costa brasileira 
e dimensionar a potencialidade da região. 
• Inicia-se a exploração do pau-brasil, 
que foi encontrado de maneira 
abundante na região da mata atlântica, 
da faixa do Rio Grande do Norte até o 
Rio de Janeiro. O pau-brasil era 
amplamente utilizado na Europa, desde 
a Idade Média, como base para a 
tintura de tecidos, principalmente em 
tons vermelhos. 
• O interesse pela madeira fez com que a 
Coroa Portuguesa estabelecesse o 
estanco, monopólio real. O primeiro 
explorador do recurso na colônia foi o 
cristão-novo Fernando de Noronha. 
• A extração do pau-brasil contava como 
trabalho indígena por meio do 
escambo, sistema de trocas. 
• A extração do pau-brasil atraiu 
navegantes de outros países, com 
destaque para os franceses. A 
presença estrangeira na costa da 
América portuguesa exigiu medidas de 
segurança por parte da Coroa. 
• O monarca português João III 
(1502-1557) concorreu para a mudança 
da postura lusitana para as terras da 
América, logo, houve a queda do lucro 
do do comércio de especiarias em 
consequência do aumento da oferta no 
mercado europeu. 
• Martin Afonso de Souza fundou a vila de São Vicente, na 
região litoral de São Paulo. Depois, Martin Afonso retornou a 
Portugal, sendo notificado da implantação do sistema de 
capitanias hereditárias para a exploração da América 
Portuguesa. Para tanto, o estado utilizou- se dos recursos de 
comerciantes do reino, que receberam faixas de terras 
perpendiculares ao tratado de Tordesilhas até a área 
litorânea. Esses eram denominados de capitães 
donatários, Martim Afonso recebeu duas das quinzes 
capitanias distribuídas pelo monarca João III. Além da 
carta de doação (documento que garantia o direito de 
posse da capitania), os donatários recebiam o Foral 
(documento responsável por determinar direitos e 
deveres). Assim, o capitão donatário poderia distribuir 
sesmarias (lotes de terra), escravizar os nativos, fundar 
vilas, explorar a terra e conduzir a administração da 
capitania. 
• A concentração fundiária no Brasil não se explica pelas 
capitanias, mas sim pelo sistema de sesmarias, devido à 
amplitude territorial existente na colônia. 
• A fragilidade do sistema de capitanias hereditárias se 
deu pela resistência indígena do desinteresse pelo 
território, da distância e da falta de capital; apenas duas 
capitanias apresentaram sucesso: São Vicente (Martim 
Afonso) e Pernambuco (Duarte Coelho). 
• A capitania de São Vicente dedicou a produção de 
cachaça, melaço (cana-de-açucar) e tabaco 
destinadoaotráficonegreiro,possuíasolofértil; e os 
comerciantes portugueses compravam esses produtos 
em troca de escravos (comércio triangular). Já a capitania 
de Pernambuco possuía condições climáticas favoráveis 
para produção; solo de massapê - fértil; posição 
geográfica favorável e formação de grandes latifúndios. 
• Objetivos das capitanias hereditárias: povoar, produzir e 
proteger (“3P”). 
• A fragilidade do sistema de capitanias e a permanência das 
inclusões de outros países levaram a Coroa Portuguesa a 
instituir o Governo-Geral. Tomé de Souza foi o primeiro 
governador-geral, funda a capital, Salvador (escolhido por 
causa da topografia) e leva a Companhia de Jesus (responsável 
por expandir a fé). 
• O Governo Geral continha: garantia do monopólio do 
pau-brasil à coroa; fiscalizar e auxiliar as capitanias, 
atentando o interesse do governo; facilitar a instalação de 
engenhos; povoar; fundar vilas; defender a terra econtrolar a relação entre os indígenas e os colonos. 
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA 
COLONIAL DO BRASIL
@vestibularesumido
9
• As primeiras mudas de cana-de-
açucar chegaram por meio do 
donatário Martim Afonso de Souza. 
A opção pela cana se deu por causa 
do clima favorável e pela 
disponibilidadedeterracomsoloprop
ício. As áreas produtoras de maior 
destaque no Brasil foram a Bahia e o 
Pernambuco, além da capitania de 
São Vicente. 
• A sociedade do engenho 
apresentada uma gigantesca 
propriedade fundiária obtida por 
meio da doação de sesmarias. O 
engenho contava com a moenda 
(extrair o caldo de cana),casadas 
caldeiras (fornalhas que 
transformavam a cana em melaço), 
casa de purgar (espaço de 
descanso). Essa produção originava 
os “pães de açúcar” e era enviada a 
Portugal.Aestruturadoengenhoaind
a contava com a Casa-Grande e a 
Senzala. A Casa-Grande era local de 
descanso e convivência dos 
senhores e a Senzala era onde os 
escravos ficavam. A casa-grande e a 
senzala, em sua relação antagônica, 
simbolizavam a hierarquização 
social colonial. Tal estrutura social 
era hierárquica e controlada pelo 
senhor de engenho, já as forças 
produtivas ficavam a cargo dos 
escravos, compostos de indígenas e 
negros importados da África. 
• Os mestres do açúcar, os 
comerciantes, os religiosos, os 
capitães do mato e muitas outras que 
intensificaram a dinâmica social do 
período. 
• O indígena será usado como escravo 
nas regiões em que o escravo africano 
for de difícil acesso ou for muito caro, 
mais para frente, provocará a Revolta 
de Beckman no Maranhão, em que 
possuía como grito de guerra “mata, 
mata, jesuíta”. 
• Ainda hoje, é possível afirmar que a cana é um produto 
importante para a economia brasileira, afinal, produtos 
extraídos da cana, como o álcool e o açúcar, possuem 
relevância na balança comercial brasileira. 
• A escravidão representou a base da economia brasileira até o 
final do século XIX, décadas após o processo de Independência. 
• Os protestos de parte da Igreja Católica e a mortandade 
generalizada dos nativos fez com que a mão de obra indígena 
fosse substituída pela escrava negra nas lavouras açucareiras. 
• Como vários reinos africanos já praticavam a escravidão, 
principalmente dos prisioneiros de guerra, os europeus se 
apropriam dessa atividade, transformando-a em um lucrativo 
comércio internacional.Assim, colocavam os africanos em 
tumbeiros (embarcações desumanas) e eram trazidos ao Brasil. 
• Os negros que vieram para a América Portuguesa 
pertencia aos bantos (região do Congo, Angola e Moçambique) 
e sudaneses (Nigéria, Daomé e Costa do Marfim). 
• A resistência a escravidão foi dada de diversas maneiras, 
como revoltas, suicídios, conspirações e fugas para os 
quilombos. Entre as organizações quilombolas destaca-se 
o Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, 
atual estado de Alagoas. No final do século XVII, esse 
quilombo passou a ser conduzido por Zumbi, apesar da 
longa resistência, Palmares acabou sendo destruído pela 
ação bandeirante. Então, Zumbi foi morto e degolado, 
sendo sua cabeça exposta na cidade de Recife. 
• Os escravos eram divididos: escravos domésticos, 
escravos que trabalhavam no canavial e escravos de ganho 
(mínima renda que poderiam vir a comprar a carta de 
alforria). 
 
BRASIL COLÔNIA: ECONOMIA 
AÇUCAREIRA
@vestibularesumido
10
• Importância da pecuária: contribuiu para a 
formação do mercado interno e para o 
progresso material da colônia, visto que os 
lucros obtidos com a comercialização da 
produção foram incorporados ao Brasil. Além 
disso, foi importante na formação do espaço 
geográfico do país, uma vez que promoveu o 
povoamento gradual e contínuo de uma vasta 
região. A presença da mão de obra livre era 
bastante comum nessa atividade, o que 
permitia uma relativa ascensão social. 
• O faturamento por meio da exploraçãodo 
couro chegou a ser destaque nas 
exportações brasileiras durante o período 
colonial. 
• As drogas do sertão eram os alimentos e as 
plantas medicinais extraídas da atual região 
amazônica ou introduzidas pelos colonizadores, 
como cravo, castanha, canela, cacau, guaraná, 
entre outros. Essa atividade valia-se da mão de 
obra indígena recrutada pelos jesuítas. E a 
extração desses produtos se vinculada ao 
interesse europeu pelas folhas exóticas do Novo 
Mundo. 
• O tabaco, planta típica da América, era muito 
utilizado pelos indígenas. Com a chegada dos 
portugueses, o cultivo de tabaco se transformou 
em uma importante atividade econômica. 
• E o algodão, desenvolveu sua atividade 
produtora em meio à crise aurífera. 
 
•
A mineração, a pecuária e as drogas do sertão foram as 
principais atividades que atenderam o ideal mercantilista 
do estado lusitano. 
• A pecuária foi introduzida pelo governador Tomé de 
Souza com o objetivo de suprir a alimentação dos 
colonos na cidade de Salvador. O gado bovino também 
contribuiu para a força motriz dos engenhos, sendo 
utilizado como meio de transporte, além de garantir leite, 
manteiga e carne. 
• Como as terras férteis eram destinadas às atividades 
da cana-de-açucar, a pastagem de gado foi se 
interiorizando. As margens do rio São Francisco se 
transformaram em espaço ideal para a fundação de 
fazendas de gado, passando inclusive a ser 
conhecido como o rio dos currais. 
 
• No Sul, a pecuária foi introduzida pelos jesuítas, que 
utilizavam os animais para a subsistência nas missões. A 
destruição das missões, feita pelos paulistas a fim de 
conseguir escravos, provocou o surgimento do gado 
selvagem, que se espalhou com facilidade pela região em 
virtude da abundância de pastagem natural que as áreas do 
RS forneciam. A consolidação da pecuária no Sul ocorreu 
apenas quando inibiu a atividade de mineração na região 
das Minas Gerais. Nesse contexto, formou-se a atividade 
do tropeiro, responsável pelas tropas de peões que 
capturavam e comercializavam os animais nas diversas 
regiões do Brasil. Além disso, essa região apresentava 
condições favoráveis para o desenvolvimento do gado, 
como o revelo suave, o clima ameno, numerosos rios e 
uma vegetação rasteira para a pastagem. As estâncias 
(fazendas de criação) foram incentivadas pela Coroa 
Portuguesa. 
BRASIL COLÔNIA: 
ATIVIDADES ECONÔMICAS 
@vestibularesumido
11
• A França Equinocial foi formada no início do século XVIII, 
quando Portugal esteve sob domínio espanhol, o que permitiu a 
invasão francesa novamente no território. O objetivo francês era 
fundar uma vila que garantisse a criação de uma estrutura para a 
invasão do vice-reino do Peru, principal reino fornecedor de 
metais preciosos da Espanha na América. A nova empreitada 
teve curta duração, uma vez que foram expulsos pelos luso- 
espanhóis. Ahegemoniaespanholasedeudevidoa “Invencível 
Armada”, termo dado pelos ingleses no século XVI para designar 
a esquadra reunida pelo rei espanhol Filipe II para invadir a 
Inglaterra; a Espanha controlava os países baixos, e ainda 
dominava o reino português por meio da União Ibérica. 
• A União Ibérica(Portugal+Espanha) era comandada pelo 
governo espanhol, pois a idade avançada de D. Henrique e a 
ausência de um herdeiro fizeram a confirmação das 
pretensões espanholas. E até, segundo as tradições, a 
morte do rei português provocou tal canção dos 
portugueses: “que viva Dom Henrique no inferno muitos 
anos por deixar Portugal nas mãos dos castelhanos 
(espanhóis)”. • A posse do rei de Portugal pela Espanha, veio acompanhada 
pela manutenção da integridade territorial do reino português 
por meio do Juramento de Tomar (foi um conjunto de leis e 
regras, no qual, favorecia a Espanha, haja vista, que Portugal, 
ficaria dependente de Filipe II, no que tange a respeito da 
economia e da política). 
• Esse controle da Espanha sobre o Portugal acabou por 
consolidar o mito do sebastianismo, ou seja, a esperança da 
sociedade portuguesa no retorno do jovem monarca que 
desaparecera no norte da África. 
• Atritos entre Espanha e Holanda: Filipe II queria imporo culto 
católico à religião dos países baixos, o que contribuiu para que a 
Holanda declarasse sua independência 1581. Além disso, a 
guerra dos Trinta Anos influenciou ambos os países, quando no 
final da guerra, Espanha reconheceria definitivamente a 
separação da região. Com a independência holandesa, os 
espanhóis iniciaram um claro boicote às práticas 
holandesas, prejudicando a economia dos países baixos. A 
solução para essa situação foi a fundação de companhias 
comerciais para tentativa de tomar áreas até então 
controladas pela Espanha, uma delas foi a Companhia das 
Índias Orientais, e mais tarde, Companhia das Índias 
Ocidentais, que seria responsável pela invasão do nordeste 
brasileiro, área também controlada pela Espanha em 
virtude da União Ibérica. Logo, caberia à Companhia das 
índias Ocidentais organizar a ocupação do Brasil parar e tomar o 
lucrativo comércio de açúcar e recuperar investimentos 
anteriormente realizados na região. 
• A relação entre franceses e 
indígenas se deu pela prática do 
escambo, a fim da exploração do 
pau-brasil. Na medida em que essa 
presença estrangeira se mostrava 
incomodada, o Império Português se 
dispôs a promover a ocupação 
territorial, utilizando, para isso, o 
sistema de capitanias hereditárias. 
Apesar do empenho luso de impedir 
a entrada de outros povos, os 
franceses acabaram por fundar uma 
comunidade na região da Baía de 
Guanabara por volta do ano de 1555. 
Era a chamada França Antártica. •
• A França Antárticas se fundou na 
Baía de Guanaraba, pois na França 
ocorria guerras de religião (católicos 
x protestantes) e até gerou um 
episódio conhecido como Noite de 
São Bartolomeu, quando três mil 
protestantes foram massacrados 
após uma fracassada tentativa de 
pacificação entre as duas religiões 
por meio do casamento entre a 
católica Vagois e o protestante 
Henrique de Navarra. Logo, um dos 
reflexos desses atritos religiosos foi 
a opção de um grupo de calvinistas 
em migrar para as áreas americanas 
com o objetivo de professar sua fé e 
fugir de tais conflitos. A opção pela 
América Portuguesa se 
fundamentou no contato dos 
franceses com a região devido ao 
comércio de pau- brasil. O fracasso 
da França Antártica se explica por 
fatores internos e externos, alguns 
franceses foram expulsos por causa 
de seu radicalismo religioso. E, 
somavam- se a esse fato os ataques 
empreendidos pelas tropas 
portuguesas lideradas por Estácio 
de Sá, sobrinho do governador- 
geral Mem de Sá. Estácio de Sá 
aproveitou o sucesso militar e 
fundou a vila de São Sebastião no RJ. 
BRASIL COLÔNIA: INVASÕES 
ESTRANGEIRAS I
@vestibularesumido
12
• Foram duas tentativas de o cupaçãodo Brasil Colonial por parte dos holandeses. A primeira em Salvador 
que não obteve sucesso. E a segunda na capitania de Pernambuco, optado por causa do rico comércio de 
açúcar existente, com destaque para as cidades de Olinda e Recife. Os holandeses se fixaram na porção 
mais rica da colônia portuguesa e caberia a eles fortalecerem as atividades produtivas, para isso, foi 
nomeado o conde Maurício de Nassau, que passou a administrar tal área. 
• Maurício de Nassau construiu teatros, zoológicos, observatório astronômico e obras de embelezamento 
arquitetônico que transformaram Recife em uma das principais cidades da América portuguesa. Além disso, 
retomou a atividade canavieira por meio de empréstimos aos senhores de engenho, estabeleceu a liberdade de 
culto, favorecendo a vinda de judeus e protestantes para a sua colônia e ainda, permitiu a criação de imagens por 
parte dos pintores. Além da difusão de forma mais clara e realista da fauna e flora do Novo Mundo. 
• Lembrando que, para isso, a Companhia das Índias Ocidentais (WIC), utilizava a venda de ações para 
interessados em patrocinar a invasão das áreas de domínio espanhol, a qual foi considerada a primeira 
empresa de capital aberto. 
BRASIL COLÔNIA: INVASÕES 
ESTRANGEIRAS II
@vestibularesumido
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• Bandeirantes: a construção do 
mito - ideia de coragem, de 
espírito civilizador e missionário 
soma-se ao desejo de incluir a 
figura do bandeirante à presença 
portuguesa no interior da colônia. 
• Mineração: minas de ouro e 
diamante. A consequência 
limitada dessa situação foi a 
ampliação do fluxo migratório. 
Impostos: 
1. Quinto: 20% do ouro extraído 
pelo minerador 
2. Casas de Fundição: facilitar e 
registrar a tributação 
3. Capitação: caracterizada pela 
cobrança de 17 gramas de ouro 
por cada cabeça de escravo 
4. Finta: consistia na arrecadação 
anual mínima de 100 arrobas de 
ouro 
5. Derrama: cobrança de 
impostos atrasados e confisco de 
ouro até atingir a meta 
estabelecida pela finta 
6. Impostos de Entrada: 
imposto para a circulação de 
mercadorias 
• Pode-se notar que a colônia 
iniciava o lento processo de 
integração territorial. 
• Período Pombalino: o estado 
português passou por uma 
série de reformas realizadas 
pelo então Ministro Rei José I, o 
chamado Marquês de Pombal. 
- centralização por meio da 
extinção do sistema de capitanias 
hereditárias 
- expulsão dos jesuítas 
- criação do subsídio literário 
- proibição da escravidão 
indígena 
- criação de companhias de 
comércio - maior controle fiscal 
das atividades 
mineradoras 
• A interiorização da colônia: a 
princípio, a ocupação da faixa 
litorânea facilitava o 
escoamento de mercadorias 
como o pau- brasil e a cana-de-
açucar. Depois, a vila teve de 
buscar alternativas 
econômicas para a sua 
sobrevivência, desenvolvendo 
as bandeiras, atividade 
extremamente importante 
para o processo de 
interiorização da colônia 
portuguesa. 
• Bandeira de Apresamento: 
tinham o intuito de capturar 
indígenas para serem 
escravizados. Assim, os paulistas 
partiram em expedições pelo 
interior da colônia na intenção de 
aprisionar os gentios e vendê- los. 
• Bandeiras de Prospecção: 
busca de metais preciosos; a 
necessidade de revitalização 
econômica do estado português 
após a dominação espanhola e a 
crise da economia açucareira 
foram fatores determinantes para 
essa situação. Vale dizer que a 
atuação dos bandeirantes 
contribuiu para a delimitação das 
atuais fronteiras brasileiras. 
• Monções: expedições que 
utilizavam as vias fluviais para o 
processo de deslocamento. O 
nome monções se origina dos 
ventos que colaboravam para 
trazer as caravelas portuguesas 
para a costa da colônia 
americana. 
• Outra atividade vinculado aos 
bandeirantes foi o sertanismo de 
contrato, que consistia na 
contratação dos bandeirantes 
com o intuito de capturar 
escravos fugidos ou mesmo de 
destruir quilombos. 
BRASIL COLÔNIA: 
BANDEIRANTISMO, MINERAÇÃO E 
PERÍODO POMBALINO
• Pombal reiterou medidas 
mercantilistas, essa negação 
das práticas liberais 
justificava-se pelo anseio de 
fortalecer o Reino Português, 
por meio da acumulação de 
capital. 
• Fronteiras: separação das 
possessões portuguesas e 
espanholas. A mudança mais 
impactante foi a assinatura do 
Tratado de Madrid, em 1750. 
• Princípio de Uti Possidetis: as 
fronteiras seriam tratadas 
conforme a ocupação territorial 
realizada até a metade do 
século XVIII, fortalecendo o 
espaço de domínio lusitano na 
América. 
 
@vestibularesumido
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• As rebeliões nativistas reagiam contra as posturas 
metropolitanas que estivessem desagradando setores 
da sociedade em certa época e local, porém sem o 
esforço emancipatório típico das rebeliões separatistas . 
• Rebeliões Nativistas: 
1. Revolta de Beckman (Maranhão, 1684): as críticas à 
legislação régia partiam de inúmeras áreas coloniais, 
entre as quais se destacam as regiões de São Paulo e 
Maranhão, locais nos quais houveram conflitos entre 
colonos e jesuítas por causa da escravização dos 
nativos. Enquantoosreligiososestabeleciamas missas 
que evangelizavam os índios, os colonos queriam utilizá-
los nas fazendas como mão de obra cativa. 
2. Guerra dos Emboabas (Minas Gerais, 1708-1709): 
a presença cada vez maior de portugueses desagradou 
aos paulistas, responsáveis pela descoberta do ouro, 
que enxergavam oslusitanos como invasores do rico 
território conquistado com muito esforço. Os paulistas 
reivindicavam o direito exclusivo de exploração da 
região, tratando com desdém os estrangeiros, 
chamados de modo pejorativo, de emboabas, já que 
estavam sempre de botas, com panos enrolados nos 
pés, lembrando uma ave da região, que tinha os pés 
emplumados, conhecido pelo mesmo nome. 
3. Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710): 
representou uma consequência da decadência da 
produção açucareira da região de Olinda, desde o início 
da concorrência holandesa nas Antilhas. O conflito 
assumiu também uma postura antilusitana, visto que a 
maioria dos habitantes de Olinda nasceram no Brasil, e 
os comerciantes de Recife eram portugueses. 
4. Revolta de Filipe dos Santos ou Revolta de Vila 
Rica (Minas Gerais, 1720): ocorreu devido à rigidez 
metropolitana na elaboração de instrumentos eficazes 
para a cobrança tributária. 
• Rebeliões Separatistas: 
1. Inconfidência Mineira (Minas Gerais, 1789): 
informados do processo de independência dos Estados 
Unidos, ocorrido no ano de 1776, esses membros da elite 
começaram a planejar uma possível ação semelhante 
na colônia portuguesa, numa nítida reação desta contra 
os abusos metropolitanos. Entre os objetivos, foi citada a 
separação apenas da capitania de Minas Gerais, seria 
criada uma universidade em Vila Rica e a capital da nova 
nação teria sede na cidade de São João Del Rey. Silvério 
dos Reis, membro participante da inconfidência, 
resolveu entregar uma lista de traidores em troca do 
perdão de sua dívida com a Coroa Portuguesa. Apenas 
Tiradentes 
 
assumiu sua participação e foi mantido a 
condenação à morte por enforcamento, a sua 
cabeça foi exposta na praça central de Vila 
Rica. 
2. Conjuração Carioca (Rio de Janeiro, 
1794): também inspirada pelas ideias do 
Iluminismo, foi acusado de conspirar contra a 
religião e o governo português. 
3. Conjuração Baiana ou Revolta dos 
Alfaiates (Bahia, 1798): com uma carga 
tributária elevada recaindo sobre uma 
população pobre, as ideias de liberdade 
começaram a se ampliar cada vez mais. As 
notícias da Revolução Francesa, junto com as 
ideias iluministas, percorriam cada vez mais o 
círculo da população baiana. Entre as 
primeiras ideias defendidas pelo motim, 
encontra-se o fim da escravidão, o 
aumento do salário para os soldados e a 
formação de um governo republicano, 
além do desejo de emancipação frente à 
Coroa Portuguesa. 
4. Revolução Pernambucana 
(Pernambuco, 1817): tem sua origem no 
aumento considerável dos impostos 
estabelecidos por Dom João VI. Essa 
excessiva tributação visava manter os 
exorbitantes gastos da família real, que se 
encontrava no Brasil, após a fuga de Portugal 
devido à invasão napoleônica. 
• Considerações gerais: tanto as revoltas 
nativistas quanto as revoltas separatistas não 
conseguiram promover a ruptura das 
estruturas coloniais entre Brasil e Portugal. 
REBELIÕES NATIVISTAS E 
SEPARATISTAS 
@vestibularesumido
15
• Com o objetivo de fortalecer as 
atividades comerciais da França, 
Napoleão proibiu as nações do 
continente europeu de realizarem 
quaisquer atividades comerciais 
com a Inglaterra, inimiga 
histórica. Esse fato ocorrido no 
ano de 1806, ficou conhecido 
como Bloqueio Continental. 
• Abertura dos Portos(1808): 
decretado por D. João VI, 
estabelecia a liberação do 
comércio colonial a qualquer 
nação amiga de Portugal, 
beneficiando diretamente a 
Inglaterra, que passou a vender 
seus produtos à numerosa corte 
sediada no Brasil. 
• A medida de 1808 significou o 
início do processo de 
independência da principal colônia 
portuguesa, já que o controle 
econômico da metrópole havia se 
encerrado; a presença da corte no 
Brasil, além de redefinir a condição 
colonial brasileira, deu início à criação 
de um sentimento de nacionalidade. 
• A presença da corte portuguesa 
no Brasil exigiu a transformação 
do Rio de Janeiro, mediante o 
reordenamento do espaço 
urbano, em uma cidade capaz de 
se adequar a uma elite europeia 
saudosa do Velho Mundo. Além 
disso, Dom João fundou a Casa da 
Moeda, o Banco do Brasil e a 
Faculdade de Medicina na Bahia. • Em 1815, o Brasil recebeu o 
título de Reino Unido de 
Portugal e Algarves, 
fundamental para garantir a 
presença portuguesa no 
Congresso de Viena. Para o 
Brasil, a elevação representou 
mais um passo rumo à 
emancipação e ao rompimento 
da condição de colônia. 
• Enquanto o Brasil via a mudança de 
sua face com certas liberdades e 
realizações promovidas por D. João 
VI, Portugal enfrentava uma grave 
crise. 
 
• Revolução do Porto: associação liberal responsável por organizar 
uma 
revolução. 
• A pressão exercida pelos lusos do reino e a possibilidade da 
perda do trono levaram D. João VI a retomar a Portugal no ano de 
1821, deixando o Brasil sob controle de seu filho, D. Pedro, 
chegando a orientar o jovem príncipe quanto à possibilidade de 
promover a emancipação do Brasil, evitando que a antiga colônia 
caísse nas mãos dos revolucionários. 
• Temendo a ação das cortes portuguesas, grupos da elite brasileira 
começaram a discutir a urgência de um processo de independência. 
As cortes portuguesas exigiam o retorno do príncipe regente à 
metrópole, já que sua presença no Brasil dificultaria o processo 
recolonizador. Assim, o partido brasileiro realizou um abaixo-assinado 
pedindo a permanência de D. Pedro, no Brasil, ao receber o 
documento, o príncipe ficaria, o que ficou conhecido como “Dia do 
Fico”. • Conferiu a Dom Pedro otítulode defensor perpétuo do Brasil, e 
em 7 de setembro de 1822, D. Pedro declarou o Brasil 
independente de Portugal. 
• Após sangrentas batalhas,o país foi pacificado; foram 
eliminadas as forças resistentes ao novo governo brasileiro: o 
Império de D. Pedro I. 
 
PERÍODO JOANINO E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
@vestibularesumido
16
• O Brasil foi governado por Dom Pedro primeiro, caracterizado por 
forte instabilidade político-econômica, sendo encerrado no ato de 
sua abdicação. Como o filho do imperador, D. Pedro II, era muito 
novo para ascender ao trono, ocorreu uma fase de transição entre 
dois imperadores, conhecida como Regência. • Portugal aceitou a separação da ex-colônia, mediante as 
seguintes condições: deveria ser concedido a D. João VI o 
título de imperador honorário do Brasil e o pagamento de 
uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas ao 
governo português. O Brasil aceitou os termos do acordo, 
tendo de recorrer à Inglaterra para conseguir um 
empréstimo de tal valor. • A assembleia constituinte era um projeto que possuía forte 
caráter liberal, fortalecia o poder legislativo, tornava o 
papel do imperador apenas decorativo e retirava de D. 
Pedro I a força absoluta na administração pública. Além 
disso, esse projeto não era democrata, delegando o direito 
a voto para os latifundiários detentores de certa 
quantidade de mandioca, esse projeto constitucional ficou 
conhecido como “Constituição da Mandioca”. 
• não aceitando a limitação ao seu poder, Dom Pedro I ordenou o 
fechamento da Assembleia Legislativa e a prisão de inúmeros 
deputados, esse episódio ficou conhecido como “Noite da 
Agonia”. 
• desse modo, a Constituição da mandioca nunca foi colocada em 
prática, e se fazia necessário um novo projeto constitucional, que 
acabou sendo organizada de acordo com os interesses de D. 
Pedro I, legalizando suas tendências centralizadoras. 
• Constituição de 1824: Estabeleceu voto sem censitário, criou o 
poder moderador e a religião católica foi considerada religião 
oficial (apesar de liberdade de culto). • Confederação do Equador: os políticos da região declararam 
uma República Independente do Nordeste, conhecida como 
Confederação do Equador, devido à localização geográfica das 
províncias. O movimento teve grande participação popular, que 
exigia reformas sociais como a abolição do tráfico negreiro. 
Entre as consequências da Confederação do Equador, destaca-
se o aumento da dívida externa brasileira. 
• Doisproblemas externos complicaram ainda mais a situação 
de D. Pedro I, aumentando a oposição ao seu governo - a 
Guerra de Cisplatina e a intervenção a favor de sua filha em 
Portugal. 
• Abdicação: com a situação econômica e política conturbada, a 
balança comercial desfavorável, a falta de um produto de grande 
expressividade para a exportação e uma política externa completamente desastrosa, D. Pedro I 
enfrentava diariamente a oposição do partido brasileiro e a crítica de vários jornais adversários. 
D. Pedro I que, não resistindo à pressão sofrida, abdicou do trono brasileiro, dando o direito de 
posse a seu filho, D. Pedro II ("Dom Pedrinho”), de 5 anos de idade. 
 
BRASIL IMPÉRIO: PRIMEIRO REINADO
@vestibularesumido
17
• Período em que o recente país começava a ser 
governado pelos próprios brasileiros. Marcado por 
dois momentos distintos: “O Avanço Liberal” e o 
“Regresso Conservador”. O período regencial 
também foi marcado por uma grande instabilidade 
política. 
• Avanço Liberal: 
1. Regência Trina Provisória: medidas - ministério 
de brasileiros, anistia à presos políticos, 
nacionalização do exército, suspensão do poder 
moderador e supremacia do legislativo. 
2. Regência Trina Permanente: ministro da justiça 
- Padre Diogo Feijó; facções políticas - liberais 
exaltados, liberais moderados e restauradores; 
criação da Guarda Nacional (responsável por um 
enfraquecimento do exército brasileiro); Ato 
Adicional de 1834 (visando o fortalecimento do 
poder local). 
- Liberais exaltados: partilhavam de vários 
projetos para o Brasil variando da redução do 
poder central até a sua total extinção. 
- Liberais moderados: buscavam estabelecer 
reformas que aproximassem o império 
brasileiro de uma estrutura federalista. 
- Restauradores: defensores de uma monarquia 
forte e centralizadora, desejavam o retorno de Pedro 
I ao Brasil. 
3. Regência Una de Padre Feijó: criação do partido 
progressista, crise com a Igreja Católica - 
condenação à ordem religiosa e abolição do 
celibato. 
• Regresso Conservador: período em que a elite 
buscou freiar as transformações do Brasil visando à 
manutenção da ordem aristocrática. 
 1. Regencia Una de Araújo Lima: 
conservadorismo - centralismo político. 
• Golpe da Maioridade: foi criado pelos liberais o 
Clube da Maioridade, que desejava antecipar a 
ascensão de D. Pedro II e colocar fim nos 
conflitos existentes. Dom Pedro II assumiu o 
controle do país com apenas 14 anos de idade. 
• Rebeliões Regenciais: apresentava uma postura 
regional de resistência às determinações do 
Governo Central. 
2. Revolta dos Malês: marcou a resistência escrava 
no Brasil, tal luta se dava por meio dos quilombos, 
das revoltas locais e das fugas. 
3. Cabanagem: insatisfação frente ao autoritarismo 
do governador da província do Grão-Pará, Lobo de 
Souza. 
4. Sabinada: insatisfação baiana gerada a partir da 
convocação promovida pelo governo regencial para 
que a população se alistasse nas forças de combate 
ao movimento da Farroupilha no Sul do país. 
5. Balaiada: reivindicar melhorias sociais e 
econômicas para os excluídos. 
 
6. Guerra dos Farrapos: luta pela redução dos 
impostos (do charque). A luta pela reintegração 
do Sul ao Brasil foi intensa. O barão de Caxias, 
após o conflito recebeu o título de “Pacificador 
do Império”. 
BRASIL IMPÉRIO: PERÍODO REGENCIAL 
@vestibularesumido
18
• Política do Segundo Reinado: disputa pelo poder entre liberais e conservadores. O novo processo eleitoral 
promoveu a vitória dos conservadores por meio dos métodos das “Eleições do Cacete” (uso da repressão, 
provocando a insatisfação dos liberais, pois perderam o controle do gabinete e a maioria do Parlamento). O reflexo 
imediato foi a eclosão de várias revoltas nas províncias de SP e MG. 
• Revolta Praieira(Pernambuco,1848-1850): os liberais vão exigir voto livre e universal (fim do voto 
censitário), liberdade de imprensa, extinção do Poder Moderador, introdução do federalismo e da 
República no Brasil e reforma no Poder Judiciário. 
• Ministro da Conciliação(1850): haveria um representante liberal e um representante moderador para discussão 
dos casos. • Economia: nos primeiros anos do Império apresentou sinais de retração, endividamento e a ausência de uma 
economia autossustentável. A mudança do quadro econômico veio durante o Segundo Reinando por meio da 
entrada do país no mercado de exportação de um produto primário, o café. A produção do café ocorria no 
Vale do Paraíba, e mais tarde, no Oeste Paulista. Socialmente, a riqueza oriunda do café foi responsável 
pela projeção política dos fazendeiros do Sudeste, chamados de barões do café. 
BASES POLÍTICAS DO BRASIL IMPÉRIO
@vestibularesumido
 
19
3. Questão militar: expressão de posicionamentos e 
República Presidencialista Centralizadora - positivismo. 
4. Questão republicana: o movimento republicano 
teve uma forte influência do pensamento positivista 
(estruturado na crença inabalável na ciência e razão). 
• O Golpe Republicano: os republicanos aproveitaram 
a instabilidade para divulgar um boato de que D. Pedro II 
realizaria uma repressão contra os militares que fossem 
a favor da República. Deodoro da Fonseca foi 
convencido pelos republicanos de que ele representaria 
melhor o grupo de insatisfeitos contra o regime. Assim, 
Deodoro proclamou a República em 15 de 
novembro de 1889, informando a D. Pedro II que ele 
deveria se retirar do Brasil. 
GRUPOS SOCIAIS EM CONFLITO NO 
BRASIL IMPÉRIO 
@vestibularesumido
 
20
• A transição do 
Império para 
República no 
Brasil foi 
caracterizada 
por um difícil 
período de 
instabilidade 
politica e 
econômica. 
• Governo 
Provisório: curto 
período de 
organização das 
instituições 
brasileiras após o 
Golpe 
Republicano. 
Houve o 
banimento da 
família real, proclamação de um regime republicano e federativo e separação da Igreja do Estado (formação de 
um Estado Laico) e instituição do casamento civil. • Política do Encilhamento: Rui Barbosa lançou um projeto econômico que objetivava o 
desenvolvimento industrial e o aumento de recursos financeiros circulantes para solucionar a baixa 
quantidade de dinheiro em um período em que a mão de obra passou a ser assalariada. Porém, obteve 
elevada inflação, desvalorização da moeda brasileira e a alta do custo de vida. Assim, teve como nome 
pejorativo o “encilhamento.” 
• Constituição de 1891: esse documento foi fortemente influenciado pela constituição liberal 
estadunidense, afirmando o direito a igualdade, liberdade e propriedade privada. O voto era restrito aos 
brasileiros maiores de 21 anos, excluindo mendigos, soldados, analfabetos e religiosos e era voto aberto. 
• República da Espada: o curto governo de Deodoro da Fonseca foi caracterizado pelo 
autoritarismo do presidente e pelos reflexos econômicos do Encilhamento. A Marinha Brasileira 
deu início às Revoltas da Armada, exigindo a restauração da ordem democrática no país. Entre as 
correntes conflitantes, destacam-se três grupos: 
1. Positivistas: defensores do positivismo e do papel centralizador 
2. Jacobinos: projetavam uma pátria com o ideal de participação popular 
3. Liberal: queriam a garantia da manutenção da propriedade e da liberdade individual, inspirados na 
república estadunidense. 
REPÚBLICA PROVISÓRIA E DA ESPADA
@vestibularesumido
21
• Encerrada a República da Espada, a 
sociedade brasileira exerceu, pela primeira 
vez, o direito de voto para a Presidência da 
República, elegendo Prudente de Morais, 
representante dos cafeicultores do sudeste. 
• Economia: buscando solucionar a crise das 
consequências, o presidente Campo Sales 
iniciou um acordo econômico externo, 
denominado Funding Loan. O acordo tratou-se 
de uma renegociação da dívida brasileira e da 
entrada de um novo montante monetário de 10 
milhões de libras. Apesar das dificuldades de 
uma política recessiva, o Funding Loan 
conseguiu reduzir os desastrosos efeitos do 
Encilhamento. 
• Convênio de Taubaté(1906): realização de 
empréstimos no exterior para compraremas 
sacas de café excedentes, valorizando 
artificialmente o produto com a criação de 
estoques reguladores, ao mesmo tempo que 
buscariam desestimular a expansão da produção 
no interior do pais. 
 
• Indústria: os principais setores da indústria 
eram os bens de consumo não duráveis, como 
tecidos e alimentos, que despendiam menor 
investimento de capital e menor sofisticação 
tecnológica. Uma das consequências do 
desenvolvimento industrial foi a formação do 
Movimento Operário no Brasil. A luta operária 
centrava-se no combate às péssimas 
condições de trabalho do operariado do país e 
o sindicato servia como instrumento de luta 
por melhorar as condições de trabalho, ao 
mesmo tempo que cumpria o papel de núcleo 
autônomo de desafio da ordem imposta pelo 
Estado. 
• Greve geral de 1917: o grande instante do 
movimento operário; momento que 
intensificou-se a luta por melhores salários, 
redução do trabalho noturno, abolição das 
multas e regulamentação do trabalho 
feminino. 
 
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: CAFÉ, 
INDÚSTRIA E MOVIMENTO OPERÁRIO
@vestibularesumido
22
• Apesar de muitos exercerem o direito de voto, 
submetidos ao controle dos chamados 
coronéis, esses camponeses tinham como 
prioridades a subsistência e os poucos 
elementos de integração social, como a religião 
e o direito ao voto. 
• A formação da classe média ocorreu na 
Primeira República, tal estrato social, 
identificado com os valores urbanos e mais 
afeito aos espaços educacionais, iniciou um 
lento processo de desafio a ordem vigente, 
buscando romper com o domínio dos 
chamados coronéis na política brasileira. • Devido ao desenvolvimento da lavoura 
cafeeira e às atividades urbanas, houve a 
intensificação das imigrações. O fluxo 
imigratório para o Brasil ocorreu 
regularmente durante toda a República 
Velha. 
 
• Movimentos sociais da República Velha: 
tanto no campo quanto na cidade, foram 
reflexos de uma estrutura social 
caracterizada pela contração de renda e 
pela injustiça. 
1. Revoltas no campo: 
- Arraial de Canudos: Antônio Conselheiro e 
seus seguidores estavam insatisfeitos com a 
pobreza do Nordeste, então criaram a cidade de 
Canudos; os fazendeiros que lá estavam 
começaram um conflito; 
- Contestado: Paraná x Santa Catarina; está 
associado à condição de pobreza da população 
rural, que teve suas terras tomadas no projeto 
de construção de uma ferrovia estadunidense. 
- Cangaço: devido a precariedade do 
campo, desigualdade social e pelo domínio 
econômico e político dos latifundiários; 
denota um caráter de protesto social. 
2. Revoltas urbanas: 
- Revolta da Vacina: devido a capital da República 
ser marcada pela desordem urbana, sem 
planejamento de ocupação e várias doenças 
contagiosas, como a febre amarela, a varíola e a 
peste. 
- Revolta da Chibata: castigo físico aos marinheiros 
com açoites de chibata; eles revoltaram-se e 
tomaram a embarcação, chegando a matar alguns 
de seus oficiais. 
• Política da República Velha: contava com o voto de 
cabresto; o sucesso desse sistema era garantido em 
virtude da pobreza de parcela da sociedade brasileira 
e da ausência de um sistema público impessoal. 
Também houve a República do Café com Leite, o 
poder de São Paulo e Minas Gerais. 
• As articulações da política do Café com Leite já 
davam sinais de crise nos anos de 1920. Outros 
eventos também engrossaram o coro dos 
insatisfeitos e acabaram por derrubar esse 
modelo político na Revolução de 1930. 
• A Revolução de 1930: a deposição do presidente 
Washington Luís por uma junta militar e a posse de 
Getúlio Vargas no chamado Governo Provisório 
colocavam fim à República Velha, enfraquecendo as 
oligarquias que dominaram o Brasil durante as 
primeiras décadas da República. 
 
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: 
ESTRUTURAS POLÍTICAS E SOCIAIS
@vestibularesumido
23
• Governo Provisório (1930-1934): 
• Buscou conciliar os interesses oligárquicos com 
as novas propostas defendidas pela Aliança 
Liberal. 
• Apesar da proteção ao setor cafeeiro, o governo 
buscou criar condições para que o país construísse 
um parque industrial mais autônomo e forte. 
• Houve também a aproximação do proletariado urbano 
por meio da elaboração de uma Legislação Trabalhista. 
• Foram instituídos o voto secreto, o voto feminino e 
a criação da Justiça Eleitoral. • Movimento Constitucionalista Paulista de 1932: 
paulistas x Vargas; houve a convocação de uma 
Assembleia Constituinte Paulista para a 
formulação de uma nova Constituição. 
• Governo Constitucional (1934-1937): 
• Constituição de 1934: novidade - direitos 
trabalhistas; 
• Houve a formação de duas organizações 
políticas no Brasil, a Aliança Nacional Libertadora 
(extrema esquerda, camponeses e operários 
comandados por Júlio Prestes; Intentona 
Comunista) e a Ação Integralista Brasileira 
(comandados por Plínio Salgado, extrema direita, 
queriam uma ditadura com Vargas no poder). 
Getúlio com medo do comunismo, escreve junto 
com os integralistas, o Plano Cohen (“falso plano”) 
para dar um golpe de Estado. Inicia-se o estado de 
sítio, ditatorial, o Estado Novo. 
 
 
• Estado Novo (1937-1945): 
• Constituição de 1937 / “A Polaca” - 
apresentava a centralização do poder nas 
mãos do executivo, proibia o direito de 
greve e cabia ao Estado o controle da 
censura e a possibilidade de fechar 
entidades e autorizar prisões em nome 
da ordem. 
• A imprensa, DIP (Departamento de 
Imprensa e Propaganda), serviu como 
órgão regulador do setor ao promover o 
culto ao Getúlio, utilizando os encontros de 
trabalhadores em estádios e os espaços 
escolares para divulgar uma imagem 
perfeita e carismática do presidente. 
• Houve nesse período a Consolidação 
das Leis Trabalhistas (CLT), que 
incorporava as conquistas do operariado 
durante toda a Era Vargas. 
• Getúlio investiu nas indústrias de base, 
criando a Companhia Siderúrgica de 
Volta Redonda (1941) e a Companhia 
Vale do Rio Doce (1942). No decorrer da 
década de 1940, algumas 
manifestações contrárias voltaram a 
surgir. Em 1945, Vargas lançou uma 
reforma constitucional que garantia a 
reabertura dos partidos políticos (PTB, 
PSD, UDN, PCB, etc). 
• A sociedade brasileira viu surgir o 
“Movimento Queremista”, incentivado pelo 
PTB e pelo PCB, o chamado Queremismo 
lutava pela possibilidade da permanência 
de Getúlio no poder; “queremos Getúlio”. 
• Tremendo a manutenção de uma 
estrutura governamental ditatorial, os 
militares, fortalecidos socialmente com 
a bem-sucedida campanha na Segunda 
Guerra, exigiram o fim do governo de 
Vargas, ao cercarem a sede do Governo 
Federal. 
ERA VARGAS
@vestibularesumido
24
PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: 
CARISMA, CONCESSÕES E CONTROLE 
POLÍTICO
• Governo Vargas(1951-1954): 
• O retorno de Getúlio Vargas no poder foi pautado no populismo, 
caracterizado pela 
manipulação das massas por uma liderança carismática. 
• O nacionalismo, principal característica de seu governo, ficou 
explícito na campanha “O Petróleo é Nosso”, onde Vargas criaria uma 
empresa estatal para a extração e refino do petróleo no Brasil. 
• A situação política do presidente Vargas se mostrava frágil, inclusive 
entre as massas urbanas. 
• Movimentos operários que exigiam melhores condições devida para 
a classe trabalhadora provocaram instabilidade social e temor das 
classes dirigentes. •A pressão política foi intensa, o que levou ao suicídio de Vargas em 
1954. 
 
 • Governo Eurico Gaspar 
Dutra (1946-1950): 
• Constituição de 
1946(Democrática e Liberal) - 
constava a divisão de 
poderes, a liberdade de 
expressão, o 
pluripartidarismo e a 
manutenção de uma 
legislação trabalhista que 
garantia o direito de greve e 
mantinha o sindicato sob o 
controle do governo. 
• A política econômica seguiu a 
linha liberal e a abertura para as 
importações. 
• O governo lançava o plano 
SALTE(saúde, alimentação, 
transporte e energia). 
• Dutra foi marcado pelo 
progresso na interação dos 
Estados, destaca-se a ONU 
(Organização das Nações 
Unidas) e a OEA (Organização 
dos Estados Americanos).@vestibularesumido
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PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: 
PROSPERIDADE E CONFLITOS NO PALCO 
POLÍTICO
• Governo Juscelino Kubitschek 
(1956-1961): • Mostrou-se estável, essa estabilidade se 
explica pelo ambiente de crescimento 
econômico, acrescido de uma forte 
sustentação política no Congresso. 
• Plano de metas/“50 anos em 5”:tinha 
como objetivo principal acelerar a 
acumulação de recursos financeiros do 
país; abrangeria os setores de energia, 
transporte, alimentação, indústrias de 
base e educação. 
• O governo Juscelino priorizou a ampliação 
da malha rodoviária brasileira; a abertura de 
rodovias veio acompanhada da atração de 
empresas estrangeiras automobilísticas 
para o Brasil. 
• Chamado de nacional-desenvolvimento, 
o modelo de Juscelino garantiu o 
crescimento do país a um elevado custo 
de dependência e dívidas externas. 
• A construção de Brasília foi um marco no 
processo de interiorização territorial no país 
e representou uma consequente melhora 
na distribuição demográfica. 
 
• Governo Jânio Quadros (1961): 
• Pautou seu projeto eleitoral no combate à corrupção, 
utilizava a vassoura (“varre, varre, 
vassourinha”) como símbolo que varreria esse mal do 
país, e em sua imagem carismática, 
capaz de atrair a atenção e o voto do eleitorado. 
• Houve a proibição do biquíni, do jogo do bicho e 
da briga do galo. 
• A opção por uma política externa independente 
também foi responsável pelo aumento da 
pressão sobre o presidente. 
 
• Governo João Goulart / Jango (1961-1964): 
• Goulart causava desconforto aos setores 
conservadores brasileiros devido à intensificação de 
uma política externa independente. 
• Visava a redução da inflação e o projeto das 
Reformas de Base, que abrangia as reformas 
agrária, tributária, financeira e administrativa, isso foi seu 
instrumento político. 
 
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26
REGIME MILITAR: DEMOCRACIA SITIADA, 
LIBERDADES VIGIADAS
• Governo Castelo Branco (1964-1967): 
• O novo regime político brasileiro, 
centralizado nas ações dos militares, foi 
fundado por meio do Golpe de 31 de março 
de 1964. 
• Decretando o chamado AI-1 (Ato Institucional 
1), a junta buscava criar condições ideais para a 
reorganização do país segundo os moldes da 
direita nacional. 
• O pensamento do presidente era 
compartilhado por um grupo de militares 
classificados como “castelistas”, em alusão 
à faculdade francesa. 
• No âmbito econômico, foi criado o Plano de 
Ação Econômica de Governo (PAEG). 
• O AI-2 determinava eleições indiretas para 
a presidência, poderes para o executivo e o 
poder de fechar qualquer órgão do 
Legislativo, além de determinar a extinção 
de vasta quantidade de partidos existentes 
no Brasil. 
• A restrição partidária significou mais um golpe 
na capacidade de debate político da sociedade 
brasileira. • O AI-3 instituí as eleições indiretas também 
para governadores e prefeitos das principais 
cidades. 
• O AI-4 reabriu o Congresso. 
• Fechamento do Regime: 
AI-5: fechamento do Congresso Nacional, 
intervenção federal em estados e municípios, 
fim do habeas corpus para crimes políticos, 
direito do presidente de decretar estado de 
sítio sem autorização do Congresso, censura e 
controle da produção cultural. Com o AI-5 
ficou clara a ordem de abusos e violências 
contra a sociedade. 
 
• Governo Costa e Silva (1967-1969): • A posse de 
Costa e Silva era um sinal contrário à promessa 
de uma rápida intervenção e do retorno à 
normalidade. • Carlos Lacerda, antigo aliado dos 
militares, João Goulart e Juscelino Kubitscheck 
criaram a chamada Frente Ampla, uma aliança de 
políticos de várias correntes contra o Regime 
Militar. 
 
• Movimentos Culturais: 
O engajamento cultural de esquerda representou um 
foco de resistência ao regime durante os primeiros anos 
da Ditadura. Os criadores doTropicalismo se destacaram 
pela capacidade de experimentar e de mesclar o 
moderno e o tradicional. 
Principais: Caetano Veloso e Gilberto Gil. 
 
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27
REGIME MILITAR: A LUTA PELA 
CONQUISTA DE DIREITOS
• Governo Médici(1969-1974): 
• Utilizando os poderes obtidos por meio do 
AI-5, o governo Médici assumiu a face mais 
implacável da Ditadura. Os militares criaram uma 
extensa rede de repressão. 
• A economia brasileira apresentou uma substancial 
expansão no governo Médici. 
• Esse período passou a ser chamado de milagre 
brasileiro, pois nele a economia brasileira 
apresentou um elevado índice de crescimento 
anual. 
• O milagre esteve associado ao fácil fluxo de 
capital internacional naquele período. 
• Governo Geisel (1974-1979): 
• Abertura “lenta, gradual e segura”, entre as 
ações de Geisel para a abertura do regime, podem-
se destacar o fim da censura, em 1975, e o 
cancelamento do AI-5. 
• Em conjunto como cenário de retração 
econômica mundial, em especial após a crise 
do petróleo em 1973, interferiu nas 
exportações, tornando os países, como o Brasil, 
incapazes de arcar com as dívidas contraídas 
internacionalmente e levando a um quadro de 
progressivo colapso econômico. • Esse governo lançou II PND(PlanoNacional de 
Desenvolvimento), que buscava criar alternativas 
para o setor energético, no contexto adverso da 
crise do petróleo. 
Governo Figueiredo (1979-1985): 
O novo presidente da República manteve a política de 
distensão projetada por Geisel. Promove a Lei da Anistia, 
garante o perdão para os responsáveis por 
crimes políticos no país. 
Em 1979, o governo iniciou uma mudança na estrutura 
partidária do país, encerrando o sistema bipartidário e 
permitindo a formação de novos partidos. 
Em 1982, foram realizadas eleições diretas para 
governador no país - “Diretas Já”. 
 
@vestibularesumido
28
NOVA REPÚBLICA
• Governo José Sarney (1985-1990): 
• Plano Cruzado, o objetivo era reduzir a 
inflação sem gerar recessão econômica, 
ele estabeleceu o congelamento de 
salários e a criação do gatilho salarial; • Constituição de 1988. 
 
• Governo Collor (1990-1992): 
• Plano Collor, seguiu alguns 
fundamentos 
do Plano Cruzado, o novo plano repetiu 
a forma de modificação da moeda, que 
retornou ao cruzeiro, estabeleceu o 
congelamento dos preços e impediu o 
deslocamento dos recursos de conta 
corrente para consumo. 
• Importações, privatizações, redução dos 
gastos públicos eram tratadas como 
regras para a modernização do país. 
IMPEACHMENT: no final de 1991, o 
presidente Collor recebeu várias 
denúncias de corrupção em seu governo; 
protesto de jovens estudantes - “Caras 
Pintadas”. 
• Governo Itamar Franco (1992-1994): 
• A necessidade de combater a inflação e 
de 
gerar crescimento econômico tornou 
conta dos 
meses iniciais do governo. 
• Esse apoio possibilitou a entrada de 
FHC, 
sociólogo e acadêmico, na direção do 
Ministério da Fazenda, criando um novo 
plano para combater a inflação - o 
Plano Real. 
• O sucesso do plano só foi possível 
pelo controle dos gastos públicos e 
privados e a um crescimento da 
economia nacional, que permitia uma 
boa arrecadação pelo governo 
brasileiro. 
 
• Governo Fernando Henrique Cardoso-FHC (1995-2002): • Foi marcado pelo esforço governamental em manter o 
controle da inflação por meio da defesa dos fundamentos 
do Plano Real. 
• FHC criou diversos programas destinados ao 
desenvolvimento das ONG’s, viabilizando o afastamento de 
compromisso e do papel do Estado na área social. 
• FHC enfrentou uma grave crise no setor energético, 
fruto das reduzidas chuvas do período e de uma 
indefinida e ineficaz política pública/privada para o 
setor. 
• Governo Lula (2003-2010): 
• Buscou a garantia da estabilidade econômica por meio da 
elevação da taxa de juros, impedindo uma subida elevação dos 
preços em um cenário de transição política. 
• Identificado com os setores populares, o governo Lula, 
implantou projetos de caráter social, como a Fome Zero e o 
Bolsa Família. • O impacto desses programas foi notado por meio de um 
relativo avanço social. 
• Congressistas de vários partidos foram acusados de 
receberdo governo uma mesada (“o mensalão”) para 
que determinadas medidas fossem aprovadas. 
• Governo Dilma (2011-2016): 
• A força da popularidade do presidente 
Lula e o intenso crescimento econômico do país foram 
fundamentais para a vitória da candidata Dilma Roussef. 
• A popularidade da presidenta diminuiu devido aos 
escândalos de corrupção, ao abalo na economia e à crise de 
governabilidade. 
IMPEACHMENT de Dilma: a principal acusação foi a prática 
das chamadas “pedaladas fiscais”. 
@vestibularesumido
CAPÍTULOS DE HISTÓRIA GERAL 
26. GRÉCIA I ……………………………………………………………………………….….….….PÁG. 31 
27. GRÉCIA II ……………………………………………………………………….……..……..….PÁG. 32 
28. ROMA ……..……………………………………………………………………….……………..PÁG. 33 
29. FORMAÇÃO, APOGEU E CRISE DO SISTEMA FEUDAL………………….….…PÁG. 34 
30. ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS……………………………….….….PÁG. 35 
31. ABSOLUTISMO ………………………………………………………………………..……….PÁG. 36 
32.MERCANTILISMO ……………………………………………………………………….…….PÁG. 37 
33. RENASCIMENTO ……………………………………………………………………….……..PÁG. 38 
34. REFORMA E CONTRARREFORMA…………………………….…………………….….PÁG. 39 
35. REVOLUÇÃO INGLESA ……………………………………………………………………..PÁG. 40 
36. ILUMINISMO …………………………………………………………………………………….PÁG. 41 
37. REVOLUÇÃO AMERICANA …………………………………………………………….,….PÁG. 42 
38. REVOLUÇÃO FRANCESA …………………………………………………………………..PÁG. 43 
39. PERÍODO NAPOLEÔNICO E CONGRESSO DE VIENA ………………………….PÁG. 44 
40. REVOLUÇÕES LIBERAIS …………………………………………………………………….PÁG. 45 
41. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E MOVIMENTO OPERÁRIO…………………………..PÁG. 46 
42. INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA ESPANHOLA E DO HAITI …………………….PÁG. 47 
43. IDEAIS SOCIAIS E POLÍTICAS DO SÉCULO XIX……………………………………PÁG. 48 
44. UNIFICAÇÃO ITALIANA, ALEMÃ E COMUNA DE PARIS ………………………..PÁG. 49 
45. ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XIX……………………………………………………PÁG. 50 
29
@vestibularesumido
46. IMPERIALISMO ……………………………………………………………………….………….PÁG. 51 
47. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ……………………………………………………….…….PÁG. 52 
48. REVOLUÇÃO RUSSA…………………………………………………………………….….….PÁG. 53 
49. CRISE DE 1929…………………………………………………………………………………….PÁG. 54 
50. NAZIFASCISMO ……………………………………………………………………….…….…..PÁG. 55 
51. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL………………………………………………………...…...PÁG. 56 
52. GUERRA FRIA ………………………………………………………………………………….….PÁG. 57 
53. ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XX………………………………………….…………..PÁG. 58 
54. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA ………………………………………….………..PÁG. 59 
55. AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XX………………………………………………………..PÁG. 60 
56.NOVA ORDEM MUNDIAL …………………………………………………………….………..PÁG. 61 
30
@vestibularesumido
31
 A antiguidade é o período mais extenso 
da história, seu início é marcado pela 
invenção da escrita e seu fim pela 
queda do Império Romano do Ocidente 
• A civilização grega se formou no sul da 
Península Balcânica, ao sudeste da Europa, 
entre os mares Egeu e Jônico 
• Essa região foi ocupada 
primeiramente pelos cretenses, depois 
pelos aqueus (população micênica), 
dórios, eólios e jônios (população indo-
europeia) 
• A localização geográfica e o solo pouco 
fértil fizeram com que o comércio se 
tornasse a principal atividade desses 
grupos 
• A expansão comercial grega levou a 
colonização de diversos territórios, 
região conhecida como Magna Grécia 
• A população cretense realizava trocas in 
natura (sem moeda) e possuía indústrias 
de construção naval e também vários 
templos - estrutura palaciana 
• Na população micênica havia 
discursos figurativos, como a mitologia, 
indústria bélica e naval, além de tintas e 
vocábulos 
• Os dórios possuíam superioridade bélica 
e eram guerreiros 
• Jônios e eólios ampliaram o contato com 
a Ásia Menor 
• Internamente, a sociedade se baseava 
nos genos, comunidades agrícolas 
autossuficientes, tomando-as como 
sociedades gentílicas • A história da Grécia é dividida em 
cinco períodos: pré-homérico, 
homérico, arcaico, clássico e 
helenístico 
 
 
2. Período Arcaico: é marcado pelo 
aparecimento da língua grega e da pólis 
(cidade estado), surgimento da 
propriedade privada, da moeda padrão e 
dos estaleiros. O escravismo é evidente no 
período arcaico. Atenas e Esparta são as 
duas principais polis da Grécia Antiga. 
• Atenas: 
- economia: pecuarista, agricultora e 
monetária 
- polis controlada pelos nobres 
denominados aristóis (oligarquia 
aristocrática); “Basileu” era o rei - direito era 
oral, denominado consuetudinário 
- após uma grave crise social em 
Atenas, foi 
necessário a criação de uma ordem 
jurídica 
- o legislador Drácon criou as primeiras 
leis escritas, reafirmando o poder dos 
nobres, eupátridas 
- o legislador Sólon acabou com a 
escravidão por dívidas e propôs uma 
divisão censitária na sociedade 
- houve o surgimento das tiranias 
- o governador Clístenes levou adiante as 
ideias de Sólon e implementou medidas 
para a consolidação da democracia 
- democracia ateniense: direta (sem 
representantes), acontecia na Ágora, 
os cidadãos eram apenas homens, 
filhos de pais e mães atenienses, 
maiores de 18 anos; excluíam 
mulheres, estrangeiros e escravos 
- na democracia ateniense, os pobres 
tinham o mesmo poder de decisão que os 
ricos 
- sociedade ateniense: cidadãos, 
metecos e escravos; os estrangeiros 
(metecos) não possuíam direitos 
políticos
GRÉCIA I
@vestibularesumido
32
• Esparta: 
- apresentava terras férteis 
- se desenvolveu na Península do 
Peloponeso 
- oligarquia aristocrática 
- sua preocupação fundamental era 
formar 
cidadãos guerreiros 
- a religião e o exército ficaram a 
cargo de dois reis - diarquia - a sociedade se dividia em 
espartanos, periecos e hilotas, o 
casamento entre periecos e 
espartanos era proibido 
 
3. Período Clássico: iniciou-se 
quando a democracia ateniense 
estava em seu apogeu, no governo 
de Péricles. O século V a.c. é 
conhecido como Século de Ouro de 
Atenas ou século de Péricles. 
- As Guerras Médicas ou Persas 
foram uma série de batalhas durante o 
século V a.c. Para criar resistência, 
foi notado entre as cidades gregas 
uma Liga de Delos, onde 
arrecadava impostos com o intuito 
do fortalecimento do Exército 
Grego. Os gregos obtiveram a 
vitória, dada pela união das póleis. 
Após isso, o imperialismo 
ateniense tornou-se evidente e 
Atenas fez com que Esparta fosse 
sua submissa. 
- A Guerra do Peloponeso se deu entre Atenas e Esparta, as 
demais cidades gregas não aceitaram o domínio ateniense e 
Esparta se juntou com as demais criando a Liga do Peloponeso. 
Confirmou-se a vitória dos Espartanos, mas enfraqueceu 
todo o território grego, permitindo assim, a invasão dos 
macedônios no século IV a.c. 
 
4. Período Helenístico: define-se pela expansão territorial e 
cultural da Grécia pelo Oriente. O principal responsável por essa 
expansão foi Alexandre, O Grande, imperador da Macedônia, que 
havia conquistado a região da Grécia. Com a morte de 
Alexandre, o império macedônio se desintegrou, porém, 
mantiveram suas instituições e parte de sua cultura. 
Cultura dos gregos: região politeísta, teatro grego (comédia e 
tragédia) e arquitetura jônica, dórica e coríntia. 
 
GRÉCIA II
@vestibularesumido
33
3. Império: 
- o novo imperador (Augusto/Otávio) tenta solucionar os graves problemas sociais, com o seu sucesso, o 
governo dele fica conhecido como Pax Romana (Paz Romana) 
- criação da política do pão e circo: distribuição de trigo e promoção de espetáculos para as classes mais 
pobres da plebe 
- após a morte do imperador, a estabilidade do império ainda foi mantida 
- em 96 d.c. inicia-se a Crise do Império Romano, devido a grande extensão territorial, aumento do preço 
de escravos e dos preços dos produtos internos 
- na tentativa de solucionar a crise escravista, foi instituído o colonato (aumento da produtividade no campo); 
em troca, os camponeses tinham estabilidade e segurança 
- Anarquia Militar: intervenção direta do estado na vida social. Nesse período, o Império fazia restrições ao 
cristianismo 
- Imperador Constantino: criou a nova capital do império -> Constantinopla e concedeu liberdade de 
culto aos cristãos -> Édito de Milão 
- Teodósio:proibiu manifestações pagãs e dividiu o Império em Ocidente (com sede em Roma) e Oriente 
(com sede em Constantinopla) 
- O Império Romano do Oriente ou Bizantino, perdurou até o fim da Idade Média, já a parte Ocidental 
encontrou o seu fim cerca de mil anos antes. 
ROMA
@vestibularesumido
34
• A Idade Média se inicia na queda do Império 
Romano do ocidente em 476 d.c. e vai até o 
século XV. É dividido em Alta Idade Média (V-
IX) e Baixa Idade Média (X-XV).A Idade Média 
só se encerrará com a chegada da Revolução 
industrial e da Revolução Francesa quando 
ocorrem a consolidação do capitalismo e a 
crise do Antigo Regime. 
• “Idade das Trevas”: surgiu durante a Idade 
Moderna, com a crescente valorização dos ideais 
humanistas no contexto do Renascimento. 
1. Alta Idade Média: foi marcada pela combinação 
de instituições de origem romana e dos reinos 
germânicos, chamados de bárbaros pelos romanos; 
também pela expansão da fome e das epidemias. 
- francos: a importância deles está vinculada à 
consolidação do cristianismo na Europa Ocidental e 
à generalização das relações de suserania e 
vassalagem. O suserano, faz a prestação de 
serviços militares por tempo determinado e o 
vassalo, recebia o feudo e devia lealdade ao senhor 
- a nobreza franca e a igreja recebiam faixas de 
terra e, em troca, juravam fidelidade ao 
imperador 
- o feudalismo começa a surgir na Europa. A política 
feudal foi caracterizada pela 
fragmentaçãodopoderemmeioà nobreza proprietária 
de terras 
- em seu feudo, o senhor feudal poderia aplicar 
justiça, proteção e a fiscalização. 
 
2. Baixa Idade Média: a economia feudal entre os 
séculos IX e X passa por um período de retração e 
estagnação. As produções agrícolas, artesanais 
e comerciais foram reduzidas, principalmente, 
em razão do retrocesso demográfico percebido 
no período. A produção volta da para subsistência 
e os constantes conflitos provocaram a diminuição 
das transações comerciais e do uso da moeda, mas 
sem causar o seu desaparecimento. A partir do 
século XI, observa-se o aumento da produção e 
consequente crescimento populacional, o que 
promoveu a expansão dos feudos. • Os servos possuíam várias obrigações: corveia, 
censo, mão-morta, banalidades, talha, 
champart e o dízimo. 
• A expansão do feudalismo o levou para a 
desarticulação desse mesmo mundo e para a 
formação dos Estados Modernos. 
• Expansão Comercial e Urbana: o crescimento 
demográfico provocou a revitalização urbana e 
comercial. Na medida em que o excedente 
agrícola era ampliado, realizavam-se trocas cada 
vez mais frequentes dentro dos feudos, 
dinamização essa que passou a alimentar o 
espaço urbano. Nesse contexto, novas técnicas 
de produção foram aperfeiçoadas, colaborando 
para que houvesse nítido avanço comercial. 
A revitalização da moeda acompanhou a 
expansão comercial. 
Não é correto, desse modo, associar o crescimento 
da cidade ao declínio dos feudos, visto que os 
feudos, inicialmente, colaboraram para sustentar a 
expansão urbana mediante o abastecimento 
agrícola. 
• Cruzadas: foram expedições militares e religiosas 
que tinham como intuito a conquista da Terra Santa, 
em especial da cidade sagrada de Jerusalém, além 
da contenção do avanço mulçumano sobre a 
região do Império Bizantino. 
• Crise do feudalismo: o século XIV foi marcado 
pela Peste, Fome e Guerra; houveram vários 
impactos ambientais, como fome generalizada, 
exploração agrícola, destruição de áreas 
florestais e o arroteamento. 
FORMAÇÃO, APOGEU E 
CRISE DO SISTEMA 
@vestibularesumido
35
• A nobreza viu-se diante da crise do mundo feudal, com severas dificuldades de controlar as rebeliões 
camponesas, manter suas rendas e reafirmar seu poder político. 
• As alterações pelas quais a nobreza passava possibilitaram a formação de uma conjuntura favorável à 
centralização político-administrativa sob a forma de um Estado unificado. 
Organização dos Estados Nacionais 
 • O estado moderno, foi um novo arranjo político que garantiu a manutenção da 
estrutura social aristocrática e estamental forjada ao longo da ameaça do poder nobre. 
• A nobreza, viu-se obrigada a abrir mão de 
seu poder militar, transferindo-o para o Estado, afinal, somente com monopólio da força, o Estado poderia 
garantir a submissão das classes que se levantavam contra o poder dos nobres. 
• Visto que tanto a nobreza quanto a nascente burguesia tinham interesse na centralização monárquica. • Os estados modernos caracterizavam-se pela centralização do poder nas mãos dos monarcas 
europeus e pela redução dos poderes locais. 
• É importante lembrar, no entanto, que o crescente poder dos reis impôs limites ao domínio universal da Igreja, 
que se manifestava desde a Idade Média. 
ORGANIZAÇÃO DOS 
ESTADOS NACIONAIS
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• A sociedade do Antigo Regime: a nobreza e o 
clero estavam isentos do pagamento de 
impostos e possuíam regalias, como o 
recebimento de pensões e a ocupação de altos 
cargos públicos. Os demais segmentos sociais, 
como camponeses, trabalhadores urbanos e 
a burguesia, eram responsáveis pelo sustento 
do Estado e dos grupos privilegiados. 
• Na França: foi onde a monarquia absolutista 
atingiu o seu auge. Durante a Dinastia dos 
Bourbon, o poder político se concentrou nas 
mãos dos reis até atingir seu ponto máximo 
no reinado de Luís XIV (1643-1715), que foi 
proclamado Rei Sol. A Noite de São 
Bartolomeu, em 1572, foi um episódio, na 
repressão ao protestantismo, engendrado 
pelos reis franceses, que eram católicos. 
• Na Inglaterra: a Reforma Protestante 
permitiu o enriquecimento do Estado por meio 
do confisco de terras e bens do clero católico, 
além de estabelecer o rei como chefe supremo 
da nova Igreja, Anglicana de Henrique VIII. • Na Espanha: a consolidação do poder nas 
mãos dos reis espanhóis só foi possível 
após o movimento de Reconquista, 
processo pelo qual os mouros foram 
expulsos da Península Ibérica. Nesse 
contexto, a atuação da Inquisição, sob o 
controle dos reis espanhóis, foi 
fundamental para o fortalecimento do 
poder monárquico. 
• Em Portugal: o absolutismo português teria 
atingido o seu auge durante o reinado de D. 
João V. E a atuação do Tribunal da Inquisição 
também fortaleceu os monarcas ao defender 
a unidade religiosa de Portugal. • Teorias de Poder: argumentavam a favor de 
um poder forte e centralizado nas diversas 
regiões do continente. Alguns deles: Nicolau 
Maquiavel, Thomas Hobbes, Jean Bodin e 
Jacques Bossuet. 
- Nicolau Maquiavel escreveu “O Príncipe”, e 
nesta obra, o autor concentra nas maneiras em 
que o governante possui de alcançar o poder e 
em como mantê-lo. Determinava “virtú" como um 
tipo de ação racional e planejada e “fortuna" 
como, o príncipe deveria estar preparado para o 
imprevisível, o acaso. Para ele, a ação politica não 
deve estar vinculada aos valores morais e 
religiosos. Maquiavel afirma, portanto, que em 
certas ocasiões, a prática daquilo que é 
considerado mau é necessária, por mais que essa 
postura nem sempre seja a correta. 
 
- Thomas Hobbes escreveu “O Leviatã”,em 
que argumenta a respeito da necessidade 
de se estabelecer um poder forte para que 
a ordem e a paz sejam garantidas. Sua 
teoria se baseia na noção de contrato, logo, 
os homens aceitam sair de um estado pré-
social, o estado de natureza; “o homem é 
lobo do homem”. Ao abrir mão de parte de 
sua liberdade, transferindo a um poder maior, 
os homens afastavam o medo e a 
possibilidade da morte violenta. 
 
 
ABSOLUTISMO 
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• É o conjunto de práticas econômicas 
dos Estados europeus. 
• A crença na intervenção do Estado na 
economia era um dos fundamentos do 
mercantilismo. Tais medidas visavam, 
principalmente, à acumulação de 
metais preciosos e à consequente 
sustentação dos Estados. 
• A principal intenção dessas práticas era 
garantir uma balança comercial favorável 
aos países da Europa. 
• Para garantir o sucesso na 
acumulação de riquezas, era 
necessário que houvesse a 
regulamentação do comércio

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