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HISTÓRIA @vestibularesumido Capítulos de História do Brasil 1. EXPANSÃO MARÍTIMA…………………………………………………………..……………PÁG. 4 2. AMÉRICA ESPANHOLA……………………………………………………………………….PÁG. 5 3. AMÉRICA INGLESA…………………………………………………………………………….PÁG. 6 4. POVOS AFRICANOS……………………………………………………………………..……PÁG. 7 5. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL NO BRASIL…………………………..PÁG. 8 6. BRASIL COLÔNIA: ECONOMIA AÇUCAREIRA…………………………………..…PÁG. 9 7. BRASIL COLÔNIA: ATIVIDADES ECONÔMICAS COMPLEMENTARES….…PÁG. 10 8. BRASIL COLÔNIA: INVASÕES ESTRANGEIRAS I……………………………...…..PÁG. 11 9. BRASIL COLÔNIA: INVASÕES ESTRANGEIRAS II………………………………….PÁG. 12 10. BRASIL COLÔNIA: BANDEIRANTISMO, MINERAÇÃO E PERÍODO POMBALINO…………………………………………………………………………..….……….PÁG. 13 11. REBELIÕES NATIVISTAS E SEPARATISTAS………………………………..……….….PÁG. 14 12. PERÍODO JOANINO E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL………………………….….PÁG. 15 13. BRASIL IMPÉRIO: PRIMEIRO REINADO………………………………………..……….PÁG. 16 14. BRASIL IMPÉRIO: PERÍODO REGENCIAL…………………………………..………….PÁG. 17 15. BASES POLÍTICAS DO BRASIL IMPÉRIO………………………………………………..PÁG. 18 16. GRUPOS SOCIAIS EM CONFLITO NO BRASIL IMPÉRIO……………………......PÁG. 19 17. REPÚBLICA PROVISÓRIA E DA ESPADA…………………………………….……….…PÁG. 20 18. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: CAFÉ, INDÚSTRIA E MOVIMENTO OPERÁRIO………………………………………………………………………………….……....PÁG. 21 19. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: ESTRUTURAS POLÍTICAS E SOCIAIS……….….PÁG. 22 20. ERA VARGAS………………………………………………………………………..……....…….PÁG. 23 2 @vestibularesumido 21. PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: CARISMA, CONCESSÕES E CONTROLE POLÍTICO……………………………………………………………………………….………..….PÁG. 24 22.PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: PROSPERIDADE E CONFLITOS NO PALCO POLÍTICO………………………………………………....….PÁG. 25 23.REGIME MILITAR: DEMOCRACIA SITIADA, LIBERDADES VIGIADAS………………………………………………………………..…...….PÁG. 26 24.REGIME MILITAR: A LUTA PELA CONQUISTA DE DIREITOS………………..……PÁG. 27 25.NOVA REPÚBLICA………………………………………………………………..…………..….PÁG. 28 3 @vestibularesumido 4 EXPANSÃO MARÍTIMA Expansão Marítima • Interação entre os continentes, traços culturais e econômicos distintos. • PioneirismoPortuguês: 1. Posição geográfica 2. Espírito aventureiro 3. Ceticismo português 4. Técnicas de marear - Objetivos: o espírito cruzadístico de Portugal,a busca pelo reino de Preste João (rei cristão e detentor de riquezas jamais vistas), a busca pelo ouro na África (guiné e “especiarias”). • As Grandes Navegações seria uma extensão do projeto de Reconquista, já que a ampliação territorial assinalava a força da fé católica e a reafirmação do poder político dos Estados Ibéricos. • Guerra de Reconquista: expulsão dos árabes da Península Ibérica. A luta contra os mouros marcou o surgimento dos estados de Portugal e Espanha, além da expansão católica por meio da conversão dos povos islâmicos. • A Revolução de Avis foi fundamental para o processo expansionista português, tendo em vista a ligação da nova dinastia com a atividade naval de cabotagem (navegação costeira). • A etapa inicial do expansionismo ocorreu em 1415 por meio da conquista de Ceuta, cidade da Espanha situada na margem africana desembocada pelo Estreito de Gibraltar. Em Ceuta, havia a oportunidade de um rápido enriquecimento, além do controle das atividades mercantis da região. • Os lusos fundava mas feitorias, entrepostos comerciais que serviam para o abastecimento de novas embarcações. • Em 1498, Vasco da Gama alcançou Calicute (atual Índia) e garantiu o acesso às primeiras especiarias asiáticas. • Em1500,PedroÁlvaresCabralchegano litoral brasileiro. • A falta de empenho das outras coroas europeias para a expansão marítima se justificava pelas questões internas e externas, que tinham o intuito de promover a consolidação dos estados; além de França e Inglaterra estarem na guerra dos Cem Anos e Espanha nos últimos estágios da Guerra de Reconquista. @vestibularesumido 5 • Contato entre europeus e pré- colombianos que apresentaram vários níveis de desenvolvimento. • Entre as comunidades indígenas destaca- se os maias e astecas, que ocupavam a mesoamérica e os incas, que, ocuparam a região dos Andes. • Os Astecas ocupavam o México em torno do Lago Texcoco, possuíam uma sociedade hierarquizada, religião politeísta, agricultura e metalurgia bem complexas. Além disso, desenvolveram a escrita pictória e não utilizavam moeda. O império dos astecas é o Tenhochtilán. • Os Incas ocupavam a Cordilheira dos Andes, destacando atualmente Cuzco e Machu Picchu. A sociedade era estratificada, e a agricultura era feita a partir da construção de terraços nas áreas de encosta (devido ao traçado montanhoso da região). O artesanato destacava nessa comunidade. • Os Maias ocupavam a Península de Yukatán e não constituíram um império centralizado, mas sim, estruturas políticas autônomas. Na agricultura desenvolviam a coivara, no qual constituía em colocar fogo para acelerar o processo de nutrientes no solo. Os maias eram politeístas e desenvolveram a escrita hieroglífica. • A criação do sistema de capitulações, por parte europeia, permitia o direito de exploração das novas regiões. Dentro das obrigações dos primeiros exploradores, ficava importante o encargo do pagamento do quinto (20% de toda riqueza saqueada dos nativos). Caso conseguisse, tornaria um adelantado, que comandava as regiões dominadas na luta de Reconquista. O primeiro adenlantado foi Cristovão Colombo. Hernán Cortez (conquistou o império asteca) e Francisco Pizarro (conquistou o império inca) também foram adelantados. • Fatores que possibilitaram o sucesso dos espanhóis: superioridade bélica, uso da cavalaria, crenças e presságios. • O domínio espanhol foi marcado pela imposição dos elementos socioculturais europeus, com destaque para a fé católica. • Após a descoberta de jazidas de prata na região, a Coroa Espanhola optou por assumir um controle maior na região, retirando os poderes concedidos aos adenlantados (direito de ocupar e explorar a terra). Por isso, foi criada a Casa de Contratação - recolhimento tributário; Conselho das Índias - política, audiência e divisão do território em vice reinos e capitanias; os cabildos detinham o poder local. • Sociedade: chapetones, criollos, indígenas e africanos. • A economia se deu pela exploração dos indígenas pelo sistema de mita e encomienda. • O sistema de mita era um trabalho forçado (servidão) imposto durante o tempo entre a semeadura e a colheita; os camponeses eram obrigados a construir caminhos, pontes e obras de irrigação. Pagamento: parte da população realizava. • O sistema de encomienda foi um trabalho imposto compulsoriamente ao indígena (todos obrigados). Pagamento: catequese. • Chapetones: os espanhóis-funções administrativas; • Criollos: descendentes de espanhóis nascidos na América - funções regionais. AMÉRICA ESPANHOLA @vestibularesumido 6 • Na Idade Moderna, a Inglaterra não apresentou condições favoráveis ao processo colonizador do novo mundo, o advento da Guerra dos Cem Anos e os conflitos religiosos inviabilizaram um projeto colonizador efetivo na América. No entanto, esse cenário desfavorável não impediu os esforços da Dinastia Tudor em patrocinar incursões no continente encontrado. Então, a partir de 1603, o rei Jaime I (primeiro monarca da Dinastia Stuart), iniciou o projeto visando promover a ocupação de terras americanas. • A ocupação da América pela Inglaterra se deu pela Companhia de Londres, Companhia de Plymouth e pelos britânicos que vivenciavam uma série de distúrbios políticos e religiosos na Inglaterra. • Os puritanos que seguiam à doutrina cristã, não oficial religião inglesa, por isso vítimas do radicalismo religioso, encontraram no Novo Mundo a possibilidade de professar a sua fé semas perseguições que ocorriam na metrópole. • A modalidade de trabalho presente nas colônias inglesas, era baseada em troca: os camponeses ganhavam subsistência durante 7 anos em troca de sua mão de obra. • A ocupação colonial intensificou-se como avanço do século XVII, devido a presença de milhares de escravos negros oriundos da África. Nesse processo, populações indígenas foram expulsas do seu território em um movimento que levou ao extermínio de várias comunidades nativas. • As Colônias do Sul caracterizaram-se pelo trabalho escravo negro, utilizado nas fazendas que cultivavam tabaco, arroz, algodão e anileira. Virgínia e Geórgia se enquadravam nessa situação de colônia. • As Colônias do Centro possuíam planícies férteis e com uma pluviosidade regular, a região foi favorável às atividades agrícolas, mas com predomínio da pequena propriedade. O território caracterizou-se pelo desenvolvimento de manufaturas e comercializava-se milho, trigo, centeio e aveia. AMÉRICA INGLESA • As Colônias do Norte eram notadamente marcadas pela presença dos refugiados religiosos puritanos. A atividade econômica nessa região se baseava no comércio triangular (entre a nova Inglaterra, Antilhas e África). Visando a esse comércio, nas Colônias do Norte produziam-se peixe salgado, madeira e cereais, que eram enviados às Antilhas trocados por rum e melaço. Em seguida, os colonos ingleses retornavam ao norte e produziam mais rum com a matéria- prima obtida, trocando a bebida por cativos da região da África. Por fim, com os navios repletos de escravos, os colonos retornavam às Antilhas ou às Colônias do Sul, bons mercados para a mão de obra negra obtida com o comércio triangular. • Os sistemas administrativos presentes nas colônias ibéricas eram o self- government (autogoverno), controladas de modo efetivo pelo poder metropolitano. Além disso, a negligência salutar se fazia presente, era definida pelo “abandono” e pouca interferência, adotada pelo rei da Inglaterra quando as Treze Colônias queriam a independência. • A emancipação das Treze Colônias em 1776 pode ser entendida como uma resposta dos colonos ingleses ao esforço infrutífero da metrópole de controlar tais regiões. • São características das colônias de povoamento: pequena propriedade familiar, manufaturas, policultura, autonomia econômica e mão de obra livre. @vestibularesumido 7 • “Uma ponte chamada atlântico”: os africanos asseguraram a profunda integração entre os dois lados do atlântico, introduzindo elementos culturais, sociais e religiosos aos territórios que ocupavam. • A forte colonização europeia em alguns países da África influenciou diretamente a sua economia. • A geografia do continente africano permite a divisão de duas regiões opostas, a África Setentrional e a Subsaariana, separado por uma faixa limítrofe denominada Sahel. • A África Setentrional abriga países com traços semelhantes aos povos do Oriente Médio. A África Subsaariana concentra a maior parte da população negra daquela região. • África possui uma grande riqueza cultural, que reflete na sua diversidade étnica, entre os vários povos africanos, destacam- se: bantos - grupo mais numeroso do continente, pigmeus - pele negra e pequena estatura, sudaneses - habitam as savanas, nilotas - pele negra e pequena estatura, koikoi e berberes. • Devido ao advento das práticas comerciais e ao comércio de escravos representaram a base para a associação de continentes. • O Reino de Gana, Reino de Mali e o Império de Songhai fizeram parte da história da África. • Em algumas sociedades africanas, o papel da mulher (cultura matrilinear) era relevante no processo político e administrativo. Na cultura Iorubá, acreditavam que a mulher que se tornava mãe adquiria poderes divinos. • A arte, a produção de cerâmicas, máscaras africanas e narrativas fazem parte da cultura africana. • A cultura Iorubá é atualmente no Brasil considerada patrimônio cultural pela Unesco. POVOS AFRICANOS @vestibularesumido 8 • A chegada dos portugueses foi tratada pela maioria dos grupos locais, com relativa resistência e em alguns casos com enfrentamento armado. • Tal encontro de culturas possibilitou, além da violência e do extermínio das populações indígenas, a integração de hábitos alimentares e culturais, bem como a apropriação de palavras do vocabulário nativo. • Em 1501 e 1503, a Coroa Portuguesa enviou duas expedições ao Brasil com o objetivo de reconhecer a costa brasileira e dimensionar a potencialidade da região. • Inicia-se a exploração do pau-brasil, que foi encontrado de maneira abundante na região da mata atlântica, da faixa do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. O pau-brasil era amplamente utilizado na Europa, desde a Idade Média, como base para a tintura de tecidos, principalmente em tons vermelhos. • O interesse pela madeira fez com que a Coroa Portuguesa estabelecesse o estanco, monopólio real. O primeiro explorador do recurso na colônia foi o cristão-novo Fernando de Noronha. • A extração do pau-brasil contava como trabalho indígena por meio do escambo, sistema de trocas. • A extração do pau-brasil atraiu navegantes de outros países, com destaque para os franceses. A presença estrangeira na costa da América portuguesa exigiu medidas de segurança por parte da Coroa. • O monarca português João III (1502-1557) concorreu para a mudança da postura lusitana para as terras da América, logo, houve a queda do lucro do do comércio de especiarias em consequência do aumento da oferta no mercado europeu. • Martin Afonso de Souza fundou a vila de São Vicente, na região litoral de São Paulo. Depois, Martin Afonso retornou a Portugal, sendo notificado da implantação do sistema de capitanias hereditárias para a exploração da América Portuguesa. Para tanto, o estado utilizou- se dos recursos de comerciantes do reino, que receberam faixas de terras perpendiculares ao tratado de Tordesilhas até a área litorânea. Esses eram denominados de capitães donatários, Martim Afonso recebeu duas das quinzes capitanias distribuídas pelo monarca João III. Além da carta de doação (documento que garantia o direito de posse da capitania), os donatários recebiam o Foral (documento responsável por determinar direitos e deveres). Assim, o capitão donatário poderia distribuir sesmarias (lotes de terra), escravizar os nativos, fundar vilas, explorar a terra e conduzir a administração da capitania. • A concentração fundiária no Brasil não se explica pelas capitanias, mas sim pelo sistema de sesmarias, devido à amplitude territorial existente na colônia. • A fragilidade do sistema de capitanias hereditárias se deu pela resistência indígena do desinteresse pelo território, da distância e da falta de capital; apenas duas capitanias apresentaram sucesso: São Vicente (Martim Afonso) e Pernambuco (Duarte Coelho). • A capitania de São Vicente dedicou a produção de cachaça, melaço (cana-de-açucar) e tabaco destinadoaotráficonegreiro,possuíasolofértil; e os comerciantes portugueses compravam esses produtos em troca de escravos (comércio triangular). Já a capitania de Pernambuco possuía condições climáticas favoráveis para produção; solo de massapê - fértil; posição geográfica favorável e formação de grandes latifúndios. • Objetivos das capitanias hereditárias: povoar, produzir e proteger (“3P”). • A fragilidade do sistema de capitanias e a permanência das inclusões de outros países levaram a Coroa Portuguesa a instituir o Governo-Geral. Tomé de Souza foi o primeiro governador-geral, funda a capital, Salvador (escolhido por causa da topografia) e leva a Companhia de Jesus (responsável por expandir a fé). • O Governo Geral continha: garantia do monopólio do pau-brasil à coroa; fiscalizar e auxiliar as capitanias, atentando o interesse do governo; facilitar a instalação de engenhos; povoar; fundar vilas; defender a terra econtrolar a relação entre os indígenas e os colonos. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL DO BRASIL @vestibularesumido 9 • As primeiras mudas de cana-de- açucar chegaram por meio do donatário Martim Afonso de Souza. A opção pela cana se deu por causa do clima favorável e pela disponibilidadedeterracomsoloprop ício. As áreas produtoras de maior destaque no Brasil foram a Bahia e o Pernambuco, além da capitania de São Vicente. • A sociedade do engenho apresentada uma gigantesca propriedade fundiária obtida por meio da doação de sesmarias. O engenho contava com a moenda (extrair o caldo de cana),casadas caldeiras (fornalhas que transformavam a cana em melaço), casa de purgar (espaço de descanso). Essa produção originava os “pães de açúcar” e era enviada a Portugal.Aestruturadoengenhoaind a contava com a Casa-Grande e a Senzala. A Casa-Grande era local de descanso e convivência dos senhores e a Senzala era onde os escravos ficavam. A casa-grande e a senzala, em sua relação antagônica, simbolizavam a hierarquização social colonial. Tal estrutura social era hierárquica e controlada pelo senhor de engenho, já as forças produtivas ficavam a cargo dos escravos, compostos de indígenas e negros importados da África. • Os mestres do açúcar, os comerciantes, os religiosos, os capitães do mato e muitas outras que intensificaram a dinâmica social do período. • O indígena será usado como escravo nas regiões em que o escravo africano for de difícil acesso ou for muito caro, mais para frente, provocará a Revolta de Beckman no Maranhão, em que possuía como grito de guerra “mata, mata, jesuíta”. • Ainda hoje, é possível afirmar que a cana é um produto importante para a economia brasileira, afinal, produtos extraídos da cana, como o álcool e o açúcar, possuem relevância na balança comercial brasileira. • A escravidão representou a base da economia brasileira até o final do século XIX, décadas após o processo de Independência. • Os protestos de parte da Igreja Católica e a mortandade generalizada dos nativos fez com que a mão de obra indígena fosse substituída pela escrava negra nas lavouras açucareiras. • Como vários reinos africanos já praticavam a escravidão, principalmente dos prisioneiros de guerra, os europeus se apropriam dessa atividade, transformando-a em um lucrativo comércio internacional.Assim, colocavam os africanos em tumbeiros (embarcações desumanas) e eram trazidos ao Brasil. • Os negros que vieram para a América Portuguesa pertencia aos bantos (região do Congo, Angola e Moçambique) e sudaneses (Nigéria, Daomé e Costa do Marfim). • A resistência a escravidão foi dada de diversas maneiras, como revoltas, suicídios, conspirações e fugas para os quilombos. Entre as organizações quilombolas destaca-se o Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. No final do século XVII, esse quilombo passou a ser conduzido por Zumbi, apesar da longa resistência, Palmares acabou sendo destruído pela ação bandeirante. Então, Zumbi foi morto e degolado, sendo sua cabeça exposta na cidade de Recife. • Os escravos eram divididos: escravos domésticos, escravos que trabalhavam no canavial e escravos de ganho (mínima renda que poderiam vir a comprar a carta de alforria). BRASIL COLÔNIA: ECONOMIA AÇUCAREIRA @vestibularesumido 10 • Importância da pecuária: contribuiu para a formação do mercado interno e para o progresso material da colônia, visto que os lucros obtidos com a comercialização da produção foram incorporados ao Brasil. Além disso, foi importante na formação do espaço geográfico do país, uma vez que promoveu o povoamento gradual e contínuo de uma vasta região. A presença da mão de obra livre era bastante comum nessa atividade, o que permitia uma relativa ascensão social. • O faturamento por meio da exploraçãodo couro chegou a ser destaque nas exportações brasileiras durante o período colonial. • As drogas do sertão eram os alimentos e as plantas medicinais extraídas da atual região amazônica ou introduzidas pelos colonizadores, como cravo, castanha, canela, cacau, guaraná, entre outros. Essa atividade valia-se da mão de obra indígena recrutada pelos jesuítas. E a extração desses produtos se vinculada ao interesse europeu pelas folhas exóticas do Novo Mundo. • O tabaco, planta típica da América, era muito utilizado pelos indígenas. Com a chegada dos portugueses, o cultivo de tabaco se transformou em uma importante atividade econômica. • E o algodão, desenvolveu sua atividade produtora em meio à crise aurífera. • A mineração, a pecuária e as drogas do sertão foram as principais atividades que atenderam o ideal mercantilista do estado lusitano. • A pecuária foi introduzida pelo governador Tomé de Souza com o objetivo de suprir a alimentação dos colonos na cidade de Salvador. O gado bovino também contribuiu para a força motriz dos engenhos, sendo utilizado como meio de transporte, além de garantir leite, manteiga e carne. • Como as terras férteis eram destinadas às atividades da cana-de-açucar, a pastagem de gado foi se interiorizando. As margens do rio São Francisco se transformaram em espaço ideal para a fundação de fazendas de gado, passando inclusive a ser conhecido como o rio dos currais. • No Sul, a pecuária foi introduzida pelos jesuítas, que utilizavam os animais para a subsistência nas missões. A destruição das missões, feita pelos paulistas a fim de conseguir escravos, provocou o surgimento do gado selvagem, que se espalhou com facilidade pela região em virtude da abundância de pastagem natural que as áreas do RS forneciam. A consolidação da pecuária no Sul ocorreu apenas quando inibiu a atividade de mineração na região das Minas Gerais. Nesse contexto, formou-se a atividade do tropeiro, responsável pelas tropas de peões que capturavam e comercializavam os animais nas diversas regiões do Brasil. Além disso, essa região apresentava condições favoráveis para o desenvolvimento do gado, como o revelo suave, o clima ameno, numerosos rios e uma vegetação rasteira para a pastagem. As estâncias (fazendas de criação) foram incentivadas pela Coroa Portuguesa. BRASIL COLÔNIA: ATIVIDADES ECONÔMICAS @vestibularesumido 11 • A França Equinocial foi formada no início do século XVIII, quando Portugal esteve sob domínio espanhol, o que permitiu a invasão francesa novamente no território. O objetivo francês era fundar uma vila que garantisse a criação de uma estrutura para a invasão do vice-reino do Peru, principal reino fornecedor de metais preciosos da Espanha na América. A nova empreitada teve curta duração, uma vez que foram expulsos pelos luso- espanhóis. Ahegemoniaespanholasedeudevidoa “Invencível Armada”, termo dado pelos ingleses no século XVI para designar a esquadra reunida pelo rei espanhol Filipe II para invadir a Inglaterra; a Espanha controlava os países baixos, e ainda dominava o reino português por meio da União Ibérica. • A União Ibérica(Portugal+Espanha) era comandada pelo governo espanhol, pois a idade avançada de D. Henrique e a ausência de um herdeiro fizeram a confirmação das pretensões espanholas. E até, segundo as tradições, a morte do rei português provocou tal canção dos portugueses: “que viva Dom Henrique no inferno muitos anos por deixar Portugal nas mãos dos castelhanos (espanhóis)”. • A posse do rei de Portugal pela Espanha, veio acompanhada pela manutenção da integridade territorial do reino português por meio do Juramento de Tomar (foi um conjunto de leis e regras, no qual, favorecia a Espanha, haja vista, que Portugal, ficaria dependente de Filipe II, no que tange a respeito da economia e da política). • Esse controle da Espanha sobre o Portugal acabou por consolidar o mito do sebastianismo, ou seja, a esperança da sociedade portuguesa no retorno do jovem monarca que desaparecera no norte da África. • Atritos entre Espanha e Holanda: Filipe II queria imporo culto católico à religião dos países baixos, o que contribuiu para que a Holanda declarasse sua independência 1581. Além disso, a guerra dos Trinta Anos influenciou ambos os países, quando no final da guerra, Espanha reconheceria definitivamente a separação da região. Com a independência holandesa, os espanhóis iniciaram um claro boicote às práticas holandesas, prejudicando a economia dos países baixos. A solução para essa situação foi a fundação de companhias comerciais para tentativa de tomar áreas até então controladas pela Espanha, uma delas foi a Companhia das Índias Orientais, e mais tarde, Companhia das Índias Ocidentais, que seria responsável pela invasão do nordeste brasileiro, área também controlada pela Espanha em virtude da União Ibérica. Logo, caberia à Companhia das índias Ocidentais organizar a ocupação do Brasil parar e tomar o lucrativo comércio de açúcar e recuperar investimentos anteriormente realizados na região. • A relação entre franceses e indígenas se deu pela prática do escambo, a fim da exploração do pau-brasil. Na medida em que essa presença estrangeira se mostrava incomodada, o Império Português se dispôs a promover a ocupação territorial, utilizando, para isso, o sistema de capitanias hereditárias. Apesar do empenho luso de impedir a entrada de outros povos, os franceses acabaram por fundar uma comunidade na região da Baía de Guanabara por volta do ano de 1555. Era a chamada França Antártica. • • A França Antárticas se fundou na Baía de Guanaraba, pois na França ocorria guerras de religião (católicos x protestantes) e até gerou um episódio conhecido como Noite de São Bartolomeu, quando três mil protestantes foram massacrados após uma fracassada tentativa de pacificação entre as duas religiões por meio do casamento entre a católica Vagois e o protestante Henrique de Navarra. Logo, um dos reflexos desses atritos religiosos foi a opção de um grupo de calvinistas em migrar para as áreas americanas com o objetivo de professar sua fé e fugir de tais conflitos. A opção pela América Portuguesa se fundamentou no contato dos franceses com a região devido ao comércio de pau- brasil. O fracasso da França Antártica se explica por fatores internos e externos, alguns franceses foram expulsos por causa de seu radicalismo religioso. E, somavam- se a esse fato os ataques empreendidos pelas tropas portuguesas lideradas por Estácio de Sá, sobrinho do governador- geral Mem de Sá. Estácio de Sá aproveitou o sucesso militar e fundou a vila de São Sebastião no RJ. BRASIL COLÔNIA: INVASÕES ESTRANGEIRAS I @vestibularesumido 12 • Foram duas tentativas de o cupaçãodo Brasil Colonial por parte dos holandeses. A primeira em Salvador que não obteve sucesso. E a segunda na capitania de Pernambuco, optado por causa do rico comércio de açúcar existente, com destaque para as cidades de Olinda e Recife. Os holandeses se fixaram na porção mais rica da colônia portuguesa e caberia a eles fortalecerem as atividades produtivas, para isso, foi nomeado o conde Maurício de Nassau, que passou a administrar tal área. • Maurício de Nassau construiu teatros, zoológicos, observatório astronômico e obras de embelezamento arquitetônico que transformaram Recife em uma das principais cidades da América portuguesa. Além disso, retomou a atividade canavieira por meio de empréstimos aos senhores de engenho, estabeleceu a liberdade de culto, favorecendo a vinda de judeus e protestantes para a sua colônia e ainda, permitiu a criação de imagens por parte dos pintores. Além da difusão de forma mais clara e realista da fauna e flora do Novo Mundo. • Lembrando que, para isso, a Companhia das Índias Ocidentais (WIC), utilizava a venda de ações para interessados em patrocinar a invasão das áreas de domínio espanhol, a qual foi considerada a primeira empresa de capital aberto. BRASIL COLÔNIA: INVASÕES ESTRANGEIRAS II @vestibularesumido 13 • Bandeirantes: a construção do mito - ideia de coragem, de espírito civilizador e missionário soma-se ao desejo de incluir a figura do bandeirante à presença portuguesa no interior da colônia. • Mineração: minas de ouro e diamante. A consequência limitada dessa situação foi a ampliação do fluxo migratório. Impostos: 1. Quinto: 20% do ouro extraído pelo minerador 2. Casas de Fundição: facilitar e registrar a tributação 3. Capitação: caracterizada pela cobrança de 17 gramas de ouro por cada cabeça de escravo 4. Finta: consistia na arrecadação anual mínima de 100 arrobas de ouro 5. Derrama: cobrança de impostos atrasados e confisco de ouro até atingir a meta estabelecida pela finta 6. Impostos de Entrada: imposto para a circulação de mercadorias • Pode-se notar que a colônia iniciava o lento processo de integração territorial. • Período Pombalino: o estado português passou por uma série de reformas realizadas pelo então Ministro Rei José I, o chamado Marquês de Pombal. - centralização por meio da extinção do sistema de capitanias hereditárias - expulsão dos jesuítas - criação do subsídio literário - proibição da escravidão indígena - criação de companhias de comércio - maior controle fiscal das atividades mineradoras • A interiorização da colônia: a princípio, a ocupação da faixa litorânea facilitava o escoamento de mercadorias como o pau- brasil e a cana-de- açucar. Depois, a vila teve de buscar alternativas econômicas para a sua sobrevivência, desenvolvendo as bandeiras, atividade extremamente importante para o processo de interiorização da colônia portuguesa. • Bandeira de Apresamento: tinham o intuito de capturar indígenas para serem escravizados. Assim, os paulistas partiram em expedições pelo interior da colônia na intenção de aprisionar os gentios e vendê- los. • Bandeiras de Prospecção: busca de metais preciosos; a necessidade de revitalização econômica do estado português após a dominação espanhola e a crise da economia açucareira foram fatores determinantes para essa situação. Vale dizer que a atuação dos bandeirantes contribuiu para a delimitação das atuais fronteiras brasileiras. • Monções: expedições que utilizavam as vias fluviais para o processo de deslocamento. O nome monções se origina dos ventos que colaboravam para trazer as caravelas portuguesas para a costa da colônia americana. • Outra atividade vinculado aos bandeirantes foi o sertanismo de contrato, que consistia na contratação dos bandeirantes com o intuito de capturar escravos fugidos ou mesmo de destruir quilombos. BRASIL COLÔNIA: BANDEIRANTISMO, MINERAÇÃO E PERÍODO POMBALINO • Pombal reiterou medidas mercantilistas, essa negação das práticas liberais justificava-se pelo anseio de fortalecer o Reino Português, por meio da acumulação de capital. • Fronteiras: separação das possessões portuguesas e espanholas. A mudança mais impactante foi a assinatura do Tratado de Madrid, em 1750. • Princípio de Uti Possidetis: as fronteiras seriam tratadas conforme a ocupação territorial realizada até a metade do século XVIII, fortalecendo o espaço de domínio lusitano na América. @vestibularesumido 14 • As rebeliões nativistas reagiam contra as posturas metropolitanas que estivessem desagradando setores da sociedade em certa época e local, porém sem o esforço emancipatório típico das rebeliões separatistas . • Rebeliões Nativistas: 1. Revolta de Beckman (Maranhão, 1684): as críticas à legislação régia partiam de inúmeras áreas coloniais, entre as quais se destacam as regiões de São Paulo e Maranhão, locais nos quais houveram conflitos entre colonos e jesuítas por causa da escravização dos nativos. Enquantoosreligiososestabeleciamas missas que evangelizavam os índios, os colonos queriam utilizá- los nas fazendas como mão de obra cativa. 2. Guerra dos Emboabas (Minas Gerais, 1708-1709): a presença cada vez maior de portugueses desagradou aos paulistas, responsáveis pela descoberta do ouro, que enxergavam oslusitanos como invasores do rico território conquistado com muito esforço. Os paulistas reivindicavam o direito exclusivo de exploração da região, tratando com desdém os estrangeiros, chamados de modo pejorativo, de emboabas, já que estavam sempre de botas, com panos enrolados nos pés, lembrando uma ave da região, que tinha os pés emplumados, conhecido pelo mesmo nome. 3. Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710): representou uma consequência da decadência da produção açucareira da região de Olinda, desde o início da concorrência holandesa nas Antilhas. O conflito assumiu também uma postura antilusitana, visto que a maioria dos habitantes de Olinda nasceram no Brasil, e os comerciantes de Recife eram portugueses. 4. Revolta de Filipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica (Minas Gerais, 1720): ocorreu devido à rigidez metropolitana na elaboração de instrumentos eficazes para a cobrança tributária. • Rebeliões Separatistas: 1. Inconfidência Mineira (Minas Gerais, 1789): informados do processo de independência dos Estados Unidos, ocorrido no ano de 1776, esses membros da elite começaram a planejar uma possível ação semelhante na colônia portuguesa, numa nítida reação desta contra os abusos metropolitanos. Entre os objetivos, foi citada a separação apenas da capitania de Minas Gerais, seria criada uma universidade em Vila Rica e a capital da nova nação teria sede na cidade de São João Del Rey. Silvério dos Reis, membro participante da inconfidência, resolveu entregar uma lista de traidores em troca do perdão de sua dívida com a Coroa Portuguesa. Apenas Tiradentes assumiu sua participação e foi mantido a condenação à morte por enforcamento, a sua cabeça foi exposta na praça central de Vila Rica. 2. Conjuração Carioca (Rio de Janeiro, 1794): também inspirada pelas ideias do Iluminismo, foi acusado de conspirar contra a religião e o governo português. 3. Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates (Bahia, 1798): com uma carga tributária elevada recaindo sobre uma população pobre, as ideias de liberdade começaram a se ampliar cada vez mais. As notícias da Revolução Francesa, junto com as ideias iluministas, percorriam cada vez mais o círculo da população baiana. Entre as primeiras ideias defendidas pelo motim, encontra-se o fim da escravidão, o aumento do salário para os soldados e a formação de um governo republicano, além do desejo de emancipação frente à Coroa Portuguesa. 4. Revolução Pernambucana (Pernambuco, 1817): tem sua origem no aumento considerável dos impostos estabelecidos por Dom João VI. Essa excessiva tributação visava manter os exorbitantes gastos da família real, que se encontrava no Brasil, após a fuga de Portugal devido à invasão napoleônica. • Considerações gerais: tanto as revoltas nativistas quanto as revoltas separatistas não conseguiram promover a ruptura das estruturas coloniais entre Brasil e Portugal. REBELIÕES NATIVISTAS E SEPARATISTAS @vestibularesumido 15 • Com o objetivo de fortalecer as atividades comerciais da França, Napoleão proibiu as nações do continente europeu de realizarem quaisquer atividades comerciais com a Inglaterra, inimiga histórica. Esse fato ocorrido no ano de 1806, ficou conhecido como Bloqueio Continental. • Abertura dos Portos(1808): decretado por D. João VI, estabelecia a liberação do comércio colonial a qualquer nação amiga de Portugal, beneficiando diretamente a Inglaterra, que passou a vender seus produtos à numerosa corte sediada no Brasil. • A medida de 1808 significou o início do processo de independência da principal colônia portuguesa, já que o controle econômico da metrópole havia se encerrado; a presença da corte no Brasil, além de redefinir a condição colonial brasileira, deu início à criação de um sentimento de nacionalidade. • A presença da corte portuguesa no Brasil exigiu a transformação do Rio de Janeiro, mediante o reordenamento do espaço urbano, em uma cidade capaz de se adequar a uma elite europeia saudosa do Velho Mundo. Além disso, Dom João fundou a Casa da Moeda, o Banco do Brasil e a Faculdade de Medicina na Bahia. • Em 1815, o Brasil recebeu o título de Reino Unido de Portugal e Algarves, fundamental para garantir a presença portuguesa no Congresso de Viena. Para o Brasil, a elevação representou mais um passo rumo à emancipação e ao rompimento da condição de colônia. • Enquanto o Brasil via a mudança de sua face com certas liberdades e realizações promovidas por D. João VI, Portugal enfrentava uma grave crise. • Revolução do Porto: associação liberal responsável por organizar uma revolução. • A pressão exercida pelos lusos do reino e a possibilidade da perda do trono levaram D. João VI a retomar a Portugal no ano de 1821, deixando o Brasil sob controle de seu filho, D. Pedro, chegando a orientar o jovem príncipe quanto à possibilidade de promover a emancipação do Brasil, evitando que a antiga colônia caísse nas mãos dos revolucionários. • Temendo a ação das cortes portuguesas, grupos da elite brasileira começaram a discutir a urgência de um processo de independência. As cortes portuguesas exigiam o retorno do príncipe regente à metrópole, já que sua presença no Brasil dificultaria o processo recolonizador. Assim, o partido brasileiro realizou um abaixo-assinado pedindo a permanência de D. Pedro, no Brasil, ao receber o documento, o príncipe ficaria, o que ficou conhecido como “Dia do Fico”. • Conferiu a Dom Pedro otítulode defensor perpétuo do Brasil, e em 7 de setembro de 1822, D. Pedro declarou o Brasil independente de Portugal. • Após sangrentas batalhas,o país foi pacificado; foram eliminadas as forças resistentes ao novo governo brasileiro: o Império de D. Pedro I. PERÍODO JOANINO E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL @vestibularesumido 16 • O Brasil foi governado por Dom Pedro primeiro, caracterizado por forte instabilidade político-econômica, sendo encerrado no ato de sua abdicação. Como o filho do imperador, D. Pedro II, era muito novo para ascender ao trono, ocorreu uma fase de transição entre dois imperadores, conhecida como Regência. • Portugal aceitou a separação da ex-colônia, mediante as seguintes condições: deveria ser concedido a D. João VI o título de imperador honorário do Brasil e o pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas ao governo português. O Brasil aceitou os termos do acordo, tendo de recorrer à Inglaterra para conseguir um empréstimo de tal valor. • A assembleia constituinte era um projeto que possuía forte caráter liberal, fortalecia o poder legislativo, tornava o papel do imperador apenas decorativo e retirava de D. Pedro I a força absoluta na administração pública. Além disso, esse projeto não era democrata, delegando o direito a voto para os latifundiários detentores de certa quantidade de mandioca, esse projeto constitucional ficou conhecido como “Constituição da Mandioca”. • não aceitando a limitação ao seu poder, Dom Pedro I ordenou o fechamento da Assembleia Legislativa e a prisão de inúmeros deputados, esse episódio ficou conhecido como “Noite da Agonia”. • desse modo, a Constituição da mandioca nunca foi colocada em prática, e se fazia necessário um novo projeto constitucional, que acabou sendo organizada de acordo com os interesses de D. Pedro I, legalizando suas tendências centralizadoras. • Constituição de 1824: Estabeleceu voto sem censitário, criou o poder moderador e a religião católica foi considerada religião oficial (apesar de liberdade de culto). • Confederação do Equador: os políticos da região declararam uma República Independente do Nordeste, conhecida como Confederação do Equador, devido à localização geográfica das províncias. O movimento teve grande participação popular, que exigia reformas sociais como a abolição do tráfico negreiro. Entre as consequências da Confederação do Equador, destaca- se o aumento da dívida externa brasileira. • Doisproblemas externos complicaram ainda mais a situação de D. Pedro I, aumentando a oposição ao seu governo - a Guerra de Cisplatina e a intervenção a favor de sua filha em Portugal. • Abdicação: com a situação econômica e política conturbada, a balança comercial desfavorável, a falta de um produto de grande expressividade para a exportação e uma política externa completamente desastrosa, D. Pedro I enfrentava diariamente a oposição do partido brasileiro e a crítica de vários jornais adversários. D. Pedro I que, não resistindo à pressão sofrida, abdicou do trono brasileiro, dando o direito de posse a seu filho, D. Pedro II ("Dom Pedrinho”), de 5 anos de idade. BRASIL IMPÉRIO: PRIMEIRO REINADO @vestibularesumido 17 • Período em que o recente país começava a ser governado pelos próprios brasileiros. Marcado por dois momentos distintos: “O Avanço Liberal” e o “Regresso Conservador”. O período regencial também foi marcado por uma grande instabilidade política. • Avanço Liberal: 1. Regência Trina Provisória: medidas - ministério de brasileiros, anistia à presos políticos, nacionalização do exército, suspensão do poder moderador e supremacia do legislativo. 2. Regência Trina Permanente: ministro da justiça - Padre Diogo Feijó; facções políticas - liberais exaltados, liberais moderados e restauradores; criação da Guarda Nacional (responsável por um enfraquecimento do exército brasileiro); Ato Adicional de 1834 (visando o fortalecimento do poder local). - Liberais exaltados: partilhavam de vários projetos para o Brasil variando da redução do poder central até a sua total extinção. - Liberais moderados: buscavam estabelecer reformas que aproximassem o império brasileiro de uma estrutura federalista. - Restauradores: defensores de uma monarquia forte e centralizadora, desejavam o retorno de Pedro I ao Brasil. 3. Regência Una de Padre Feijó: criação do partido progressista, crise com a Igreja Católica - condenação à ordem religiosa e abolição do celibato. • Regresso Conservador: período em que a elite buscou freiar as transformações do Brasil visando à manutenção da ordem aristocrática. 1. Regencia Una de Araújo Lima: conservadorismo - centralismo político. • Golpe da Maioridade: foi criado pelos liberais o Clube da Maioridade, que desejava antecipar a ascensão de D. Pedro II e colocar fim nos conflitos existentes. Dom Pedro II assumiu o controle do país com apenas 14 anos de idade. • Rebeliões Regenciais: apresentava uma postura regional de resistência às determinações do Governo Central. 2. Revolta dos Malês: marcou a resistência escrava no Brasil, tal luta se dava por meio dos quilombos, das revoltas locais e das fugas. 3. Cabanagem: insatisfação frente ao autoritarismo do governador da província do Grão-Pará, Lobo de Souza. 4. Sabinada: insatisfação baiana gerada a partir da convocação promovida pelo governo regencial para que a população se alistasse nas forças de combate ao movimento da Farroupilha no Sul do país. 5. Balaiada: reivindicar melhorias sociais e econômicas para os excluídos. 6. Guerra dos Farrapos: luta pela redução dos impostos (do charque). A luta pela reintegração do Sul ao Brasil foi intensa. O barão de Caxias, após o conflito recebeu o título de “Pacificador do Império”. BRASIL IMPÉRIO: PERÍODO REGENCIAL @vestibularesumido 18 • Política do Segundo Reinado: disputa pelo poder entre liberais e conservadores. O novo processo eleitoral promoveu a vitória dos conservadores por meio dos métodos das “Eleições do Cacete” (uso da repressão, provocando a insatisfação dos liberais, pois perderam o controle do gabinete e a maioria do Parlamento). O reflexo imediato foi a eclosão de várias revoltas nas províncias de SP e MG. • Revolta Praieira(Pernambuco,1848-1850): os liberais vão exigir voto livre e universal (fim do voto censitário), liberdade de imprensa, extinção do Poder Moderador, introdução do federalismo e da República no Brasil e reforma no Poder Judiciário. • Ministro da Conciliação(1850): haveria um representante liberal e um representante moderador para discussão dos casos. • Economia: nos primeiros anos do Império apresentou sinais de retração, endividamento e a ausência de uma economia autossustentável. A mudança do quadro econômico veio durante o Segundo Reinando por meio da entrada do país no mercado de exportação de um produto primário, o café. A produção do café ocorria no Vale do Paraíba, e mais tarde, no Oeste Paulista. Socialmente, a riqueza oriunda do café foi responsável pela projeção política dos fazendeiros do Sudeste, chamados de barões do café. BASES POLÍTICAS DO BRASIL IMPÉRIO @vestibularesumido 19 3. Questão militar: expressão de posicionamentos e República Presidencialista Centralizadora - positivismo. 4. Questão republicana: o movimento republicano teve uma forte influência do pensamento positivista (estruturado na crença inabalável na ciência e razão). • O Golpe Republicano: os republicanos aproveitaram a instabilidade para divulgar um boato de que D. Pedro II realizaria uma repressão contra os militares que fossem a favor da República. Deodoro da Fonseca foi convencido pelos republicanos de que ele representaria melhor o grupo de insatisfeitos contra o regime. Assim, Deodoro proclamou a República em 15 de novembro de 1889, informando a D. Pedro II que ele deveria se retirar do Brasil. GRUPOS SOCIAIS EM CONFLITO NO BRASIL IMPÉRIO @vestibularesumido 20 • A transição do Império para República no Brasil foi caracterizada por um difícil período de instabilidade politica e econômica. • Governo Provisório: curto período de organização das instituições brasileiras após o Golpe Republicano. Houve o banimento da família real, proclamação de um regime republicano e federativo e separação da Igreja do Estado (formação de um Estado Laico) e instituição do casamento civil. • Política do Encilhamento: Rui Barbosa lançou um projeto econômico que objetivava o desenvolvimento industrial e o aumento de recursos financeiros circulantes para solucionar a baixa quantidade de dinheiro em um período em que a mão de obra passou a ser assalariada. Porém, obteve elevada inflação, desvalorização da moeda brasileira e a alta do custo de vida. Assim, teve como nome pejorativo o “encilhamento.” • Constituição de 1891: esse documento foi fortemente influenciado pela constituição liberal estadunidense, afirmando o direito a igualdade, liberdade e propriedade privada. O voto era restrito aos brasileiros maiores de 21 anos, excluindo mendigos, soldados, analfabetos e religiosos e era voto aberto. • República da Espada: o curto governo de Deodoro da Fonseca foi caracterizado pelo autoritarismo do presidente e pelos reflexos econômicos do Encilhamento. A Marinha Brasileira deu início às Revoltas da Armada, exigindo a restauração da ordem democrática no país. Entre as correntes conflitantes, destacam-se três grupos: 1. Positivistas: defensores do positivismo e do papel centralizador 2. Jacobinos: projetavam uma pátria com o ideal de participação popular 3. Liberal: queriam a garantia da manutenção da propriedade e da liberdade individual, inspirados na república estadunidense. REPÚBLICA PROVISÓRIA E DA ESPADA @vestibularesumido 21 • Encerrada a República da Espada, a sociedade brasileira exerceu, pela primeira vez, o direito de voto para a Presidência da República, elegendo Prudente de Morais, representante dos cafeicultores do sudeste. • Economia: buscando solucionar a crise das consequências, o presidente Campo Sales iniciou um acordo econômico externo, denominado Funding Loan. O acordo tratou-se de uma renegociação da dívida brasileira e da entrada de um novo montante monetário de 10 milhões de libras. Apesar das dificuldades de uma política recessiva, o Funding Loan conseguiu reduzir os desastrosos efeitos do Encilhamento. • Convênio de Taubaté(1906): realização de empréstimos no exterior para compraremas sacas de café excedentes, valorizando artificialmente o produto com a criação de estoques reguladores, ao mesmo tempo que buscariam desestimular a expansão da produção no interior do pais. • Indústria: os principais setores da indústria eram os bens de consumo não duráveis, como tecidos e alimentos, que despendiam menor investimento de capital e menor sofisticação tecnológica. Uma das consequências do desenvolvimento industrial foi a formação do Movimento Operário no Brasil. A luta operária centrava-se no combate às péssimas condições de trabalho do operariado do país e o sindicato servia como instrumento de luta por melhorar as condições de trabalho, ao mesmo tempo que cumpria o papel de núcleo autônomo de desafio da ordem imposta pelo Estado. • Greve geral de 1917: o grande instante do movimento operário; momento que intensificou-se a luta por melhores salários, redução do trabalho noturno, abolição das multas e regulamentação do trabalho feminino. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: CAFÉ, INDÚSTRIA E MOVIMENTO OPERÁRIO @vestibularesumido 22 • Apesar de muitos exercerem o direito de voto, submetidos ao controle dos chamados coronéis, esses camponeses tinham como prioridades a subsistência e os poucos elementos de integração social, como a religião e o direito ao voto. • A formação da classe média ocorreu na Primeira República, tal estrato social, identificado com os valores urbanos e mais afeito aos espaços educacionais, iniciou um lento processo de desafio a ordem vigente, buscando romper com o domínio dos chamados coronéis na política brasileira. • Devido ao desenvolvimento da lavoura cafeeira e às atividades urbanas, houve a intensificação das imigrações. O fluxo imigratório para o Brasil ocorreu regularmente durante toda a República Velha. • Movimentos sociais da República Velha: tanto no campo quanto na cidade, foram reflexos de uma estrutura social caracterizada pela contração de renda e pela injustiça. 1. Revoltas no campo: - Arraial de Canudos: Antônio Conselheiro e seus seguidores estavam insatisfeitos com a pobreza do Nordeste, então criaram a cidade de Canudos; os fazendeiros que lá estavam começaram um conflito; - Contestado: Paraná x Santa Catarina; está associado à condição de pobreza da população rural, que teve suas terras tomadas no projeto de construção de uma ferrovia estadunidense. - Cangaço: devido a precariedade do campo, desigualdade social e pelo domínio econômico e político dos latifundiários; denota um caráter de protesto social. 2. Revoltas urbanas: - Revolta da Vacina: devido a capital da República ser marcada pela desordem urbana, sem planejamento de ocupação e várias doenças contagiosas, como a febre amarela, a varíola e a peste. - Revolta da Chibata: castigo físico aos marinheiros com açoites de chibata; eles revoltaram-se e tomaram a embarcação, chegando a matar alguns de seus oficiais. • Política da República Velha: contava com o voto de cabresto; o sucesso desse sistema era garantido em virtude da pobreza de parcela da sociedade brasileira e da ausência de um sistema público impessoal. Também houve a República do Café com Leite, o poder de São Paulo e Minas Gerais. • As articulações da política do Café com Leite já davam sinais de crise nos anos de 1920. Outros eventos também engrossaram o coro dos insatisfeitos e acabaram por derrubar esse modelo político na Revolução de 1930. • A Revolução de 1930: a deposição do presidente Washington Luís por uma junta militar e a posse de Getúlio Vargas no chamado Governo Provisório colocavam fim à República Velha, enfraquecendo as oligarquias que dominaram o Brasil durante as primeiras décadas da República. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: ESTRUTURAS POLÍTICAS E SOCIAIS @vestibularesumido 23 • Governo Provisório (1930-1934): • Buscou conciliar os interesses oligárquicos com as novas propostas defendidas pela Aliança Liberal. • Apesar da proteção ao setor cafeeiro, o governo buscou criar condições para que o país construísse um parque industrial mais autônomo e forte. • Houve também a aproximação do proletariado urbano por meio da elaboração de uma Legislação Trabalhista. • Foram instituídos o voto secreto, o voto feminino e a criação da Justiça Eleitoral. • Movimento Constitucionalista Paulista de 1932: paulistas x Vargas; houve a convocação de uma Assembleia Constituinte Paulista para a formulação de uma nova Constituição. • Governo Constitucional (1934-1937): • Constituição de 1934: novidade - direitos trabalhistas; • Houve a formação de duas organizações políticas no Brasil, a Aliança Nacional Libertadora (extrema esquerda, camponeses e operários comandados por Júlio Prestes; Intentona Comunista) e a Ação Integralista Brasileira (comandados por Plínio Salgado, extrema direita, queriam uma ditadura com Vargas no poder). Getúlio com medo do comunismo, escreve junto com os integralistas, o Plano Cohen (“falso plano”) para dar um golpe de Estado. Inicia-se o estado de sítio, ditatorial, o Estado Novo. • Estado Novo (1937-1945): • Constituição de 1937 / “A Polaca” - apresentava a centralização do poder nas mãos do executivo, proibia o direito de greve e cabia ao Estado o controle da censura e a possibilidade de fechar entidades e autorizar prisões em nome da ordem. • A imprensa, DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), serviu como órgão regulador do setor ao promover o culto ao Getúlio, utilizando os encontros de trabalhadores em estádios e os espaços escolares para divulgar uma imagem perfeita e carismática do presidente. • Houve nesse período a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que incorporava as conquistas do operariado durante toda a Era Vargas. • Getúlio investiu nas indústrias de base, criando a Companhia Siderúrgica de Volta Redonda (1941) e a Companhia Vale do Rio Doce (1942). No decorrer da década de 1940, algumas manifestações contrárias voltaram a surgir. Em 1945, Vargas lançou uma reforma constitucional que garantia a reabertura dos partidos políticos (PTB, PSD, UDN, PCB, etc). • A sociedade brasileira viu surgir o “Movimento Queremista”, incentivado pelo PTB e pelo PCB, o chamado Queremismo lutava pela possibilidade da permanência de Getúlio no poder; “queremos Getúlio”. • Tremendo a manutenção de uma estrutura governamental ditatorial, os militares, fortalecidos socialmente com a bem-sucedida campanha na Segunda Guerra, exigiram o fim do governo de Vargas, ao cercarem a sede do Governo Federal. ERA VARGAS @vestibularesumido 24 PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: CARISMA, CONCESSÕES E CONTROLE POLÍTICO • Governo Vargas(1951-1954): • O retorno de Getúlio Vargas no poder foi pautado no populismo, caracterizado pela manipulação das massas por uma liderança carismática. • O nacionalismo, principal característica de seu governo, ficou explícito na campanha “O Petróleo é Nosso”, onde Vargas criaria uma empresa estatal para a extração e refino do petróleo no Brasil. • A situação política do presidente Vargas se mostrava frágil, inclusive entre as massas urbanas. • Movimentos operários que exigiam melhores condições devida para a classe trabalhadora provocaram instabilidade social e temor das classes dirigentes. •A pressão política foi intensa, o que levou ao suicídio de Vargas em 1954. • Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1950): • Constituição de 1946(Democrática e Liberal) - constava a divisão de poderes, a liberdade de expressão, o pluripartidarismo e a manutenção de uma legislação trabalhista que garantia o direito de greve e mantinha o sindicato sob o controle do governo. • A política econômica seguiu a linha liberal e a abertura para as importações. • O governo lançava o plano SALTE(saúde, alimentação, transporte e energia). • Dutra foi marcado pelo progresso na interação dos Estados, destaca-se a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OEA (Organização dos Estados Americanos).@vestibularesumido 25 PERÍODO LIBERAL-DEMOCRÁTICO: PROSPERIDADE E CONFLITOS NO PALCO POLÍTICO • Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961): • Mostrou-se estável, essa estabilidade se explica pelo ambiente de crescimento econômico, acrescido de uma forte sustentação política no Congresso. • Plano de metas/“50 anos em 5”:tinha como objetivo principal acelerar a acumulação de recursos financeiros do país; abrangeria os setores de energia, transporte, alimentação, indústrias de base e educação. • O governo Juscelino priorizou a ampliação da malha rodoviária brasileira; a abertura de rodovias veio acompanhada da atração de empresas estrangeiras automobilísticas para o Brasil. • Chamado de nacional-desenvolvimento, o modelo de Juscelino garantiu o crescimento do país a um elevado custo de dependência e dívidas externas. • A construção de Brasília foi um marco no processo de interiorização territorial no país e representou uma consequente melhora na distribuição demográfica. • Governo Jânio Quadros (1961): • Pautou seu projeto eleitoral no combate à corrupção, utilizava a vassoura (“varre, varre, vassourinha”) como símbolo que varreria esse mal do país, e em sua imagem carismática, capaz de atrair a atenção e o voto do eleitorado. • Houve a proibição do biquíni, do jogo do bicho e da briga do galo. • A opção por uma política externa independente também foi responsável pelo aumento da pressão sobre o presidente. • Governo João Goulart / Jango (1961-1964): • Goulart causava desconforto aos setores conservadores brasileiros devido à intensificação de uma política externa independente. • Visava a redução da inflação e o projeto das Reformas de Base, que abrangia as reformas agrária, tributária, financeira e administrativa, isso foi seu instrumento político. @vestibularesumido 26 REGIME MILITAR: DEMOCRACIA SITIADA, LIBERDADES VIGIADAS • Governo Castelo Branco (1964-1967): • O novo regime político brasileiro, centralizado nas ações dos militares, foi fundado por meio do Golpe de 31 de março de 1964. • Decretando o chamado AI-1 (Ato Institucional 1), a junta buscava criar condições ideais para a reorganização do país segundo os moldes da direita nacional. • O pensamento do presidente era compartilhado por um grupo de militares classificados como “castelistas”, em alusão à faculdade francesa. • No âmbito econômico, foi criado o Plano de Ação Econômica de Governo (PAEG). • O AI-2 determinava eleições indiretas para a presidência, poderes para o executivo e o poder de fechar qualquer órgão do Legislativo, além de determinar a extinção de vasta quantidade de partidos existentes no Brasil. • A restrição partidária significou mais um golpe na capacidade de debate político da sociedade brasileira. • O AI-3 instituí as eleições indiretas também para governadores e prefeitos das principais cidades. • O AI-4 reabriu o Congresso. • Fechamento do Regime: AI-5: fechamento do Congresso Nacional, intervenção federal em estados e municípios, fim do habeas corpus para crimes políticos, direito do presidente de decretar estado de sítio sem autorização do Congresso, censura e controle da produção cultural. Com o AI-5 ficou clara a ordem de abusos e violências contra a sociedade. • Governo Costa e Silva (1967-1969): • A posse de Costa e Silva era um sinal contrário à promessa de uma rápida intervenção e do retorno à normalidade. • Carlos Lacerda, antigo aliado dos militares, João Goulart e Juscelino Kubitscheck criaram a chamada Frente Ampla, uma aliança de políticos de várias correntes contra o Regime Militar. • Movimentos Culturais: O engajamento cultural de esquerda representou um foco de resistência ao regime durante os primeiros anos da Ditadura. Os criadores doTropicalismo se destacaram pela capacidade de experimentar e de mesclar o moderno e o tradicional. Principais: Caetano Veloso e Gilberto Gil. @vestibularesumido 27 REGIME MILITAR: A LUTA PELA CONQUISTA DE DIREITOS • Governo Médici(1969-1974): • Utilizando os poderes obtidos por meio do AI-5, o governo Médici assumiu a face mais implacável da Ditadura. Os militares criaram uma extensa rede de repressão. • A economia brasileira apresentou uma substancial expansão no governo Médici. • Esse período passou a ser chamado de milagre brasileiro, pois nele a economia brasileira apresentou um elevado índice de crescimento anual. • O milagre esteve associado ao fácil fluxo de capital internacional naquele período. • Governo Geisel (1974-1979): • Abertura “lenta, gradual e segura”, entre as ações de Geisel para a abertura do regime, podem- se destacar o fim da censura, em 1975, e o cancelamento do AI-5. • Em conjunto como cenário de retração econômica mundial, em especial após a crise do petróleo em 1973, interferiu nas exportações, tornando os países, como o Brasil, incapazes de arcar com as dívidas contraídas internacionalmente e levando a um quadro de progressivo colapso econômico. • Esse governo lançou II PND(PlanoNacional de Desenvolvimento), que buscava criar alternativas para o setor energético, no contexto adverso da crise do petróleo. Governo Figueiredo (1979-1985): O novo presidente da República manteve a política de distensão projetada por Geisel. Promove a Lei da Anistia, garante o perdão para os responsáveis por crimes políticos no país. Em 1979, o governo iniciou uma mudança na estrutura partidária do país, encerrando o sistema bipartidário e permitindo a formação de novos partidos. Em 1982, foram realizadas eleições diretas para governador no país - “Diretas Já”. @vestibularesumido 28 NOVA REPÚBLICA • Governo José Sarney (1985-1990): • Plano Cruzado, o objetivo era reduzir a inflação sem gerar recessão econômica, ele estabeleceu o congelamento de salários e a criação do gatilho salarial; • Constituição de 1988. • Governo Collor (1990-1992): • Plano Collor, seguiu alguns fundamentos do Plano Cruzado, o novo plano repetiu a forma de modificação da moeda, que retornou ao cruzeiro, estabeleceu o congelamento dos preços e impediu o deslocamento dos recursos de conta corrente para consumo. • Importações, privatizações, redução dos gastos públicos eram tratadas como regras para a modernização do país. IMPEACHMENT: no final de 1991, o presidente Collor recebeu várias denúncias de corrupção em seu governo; protesto de jovens estudantes - “Caras Pintadas”. • Governo Itamar Franco (1992-1994): • A necessidade de combater a inflação e de gerar crescimento econômico tornou conta dos meses iniciais do governo. • Esse apoio possibilitou a entrada de FHC, sociólogo e acadêmico, na direção do Ministério da Fazenda, criando um novo plano para combater a inflação - o Plano Real. • O sucesso do plano só foi possível pelo controle dos gastos públicos e privados e a um crescimento da economia nacional, que permitia uma boa arrecadação pelo governo brasileiro. • Governo Fernando Henrique Cardoso-FHC (1995-2002): • Foi marcado pelo esforço governamental em manter o controle da inflação por meio da defesa dos fundamentos do Plano Real. • FHC criou diversos programas destinados ao desenvolvimento das ONG’s, viabilizando o afastamento de compromisso e do papel do Estado na área social. • FHC enfrentou uma grave crise no setor energético, fruto das reduzidas chuvas do período e de uma indefinida e ineficaz política pública/privada para o setor. • Governo Lula (2003-2010): • Buscou a garantia da estabilidade econômica por meio da elevação da taxa de juros, impedindo uma subida elevação dos preços em um cenário de transição política. • Identificado com os setores populares, o governo Lula, implantou projetos de caráter social, como a Fome Zero e o Bolsa Família. • O impacto desses programas foi notado por meio de um relativo avanço social. • Congressistas de vários partidos foram acusados de receberdo governo uma mesada (“o mensalão”) para que determinadas medidas fossem aprovadas. • Governo Dilma (2011-2016): • A força da popularidade do presidente Lula e o intenso crescimento econômico do país foram fundamentais para a vitória da candidata Dilma Roussef. • A popularidade da presidenta diminuiu devido aos escândalos de corrupção, ao abalo na economia e à crise de governabilidade. IMPEACHMENT de Dilma: a principal acusação foi a prática das chamadas “pedaladas fiscais”. @vestibularesumido CAPÍTULOS DE HISTÓRIA GERAL 26. GRÉCIA I ……………………………………………………………………………….….….….PÁG. 31 27. GRÉCIA II ……………………………………………………………………….……..……..….PÁG. 32 28. ROMA ……..……………………………………………………………………….……………..PÁG. 33 29. FORMAÇÃO, APOGEU E CRISE DO SISTEMA FEUDAL………………….….…PÁG. 34 30. ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS……………………………….….….PÁG. 35 31. ABSOLUTISMO ………………………………………………………………………..……….PÁG. 36 32.MERCANTILISMO ……………………………………………………………………….…….PÁG. 37 33. RENASCIMENTO ……………………………………………………………………….……..PÁG. 38 34. REFORMA E CONTRARREFORMA…………………………….…………………….….PÁG. 39 35. REVOLUÇÃO INGLESA ……………………………………………………………………..PÁG. 40 36. ILUMINISMO …………………………………………………………………………………….PÁG. 41 37. REVOLUÇÃO AMERICANA …………………………………………………………….,….PÁG. 42 38. REVOLUÇÃO FRANCESA …………………………………………………………………..PÁG. 43 39. PERÍODO NAPOLEÔNICO E CONGRESSO DE VIENA ………………………….PÁG. 44 40. REVOLUÇÕES LIBERAIS …………………………………………………………………….PÁG. 45 41. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E MOVIMENTO OPERÁRIO…………………………..PÁG. 46 42. INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA ESPANHOLA E DO HAITI …………………….PÁG. 47 43. IDEAIS SOCIAIS E POLÍTICAS DO SÉCULO XIX……………………………………PÁG. 48 44. UNIFICAÇÃO ITALIANA, ALEMÃ E COMUNA DE PARIS ………………………..PÁG. 49 45. ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XIX……………………………………………………PÁG. 50 29 @vestibularesumido 46. IMPERIALISMO ……………………………………………………………………….………….PÁG. 51 47. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ……………………………………………………….…….PÁG. 52 48. REVOLUÇÃO RUSSA…………………………………………………………………….….….PÁG. 53 49. CRISE DE 1929…………………………………………………………………………………….PÁG. 54 50. NAZIFASCISMO ……………………………………………………………………….…….…..PÁG. 55 51. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL………………………………………………………...…...PÁG. 56 52. GUERRA FRIA ………………………………………………………………………………….….PÁG. 57 53. ESTADOS UNIDOS DO SÉCULO XX………………………………………….…………..PÁG. 58 54. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA ………………………………………….………..PÁG. 59 55. AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XX………………………………………………………..PÁG. 60 56.NOVA ORDEM MUNDIAL …………………………………………………………….………..PÁG. 61 30 @vestibularesumido 31 A antiguidade é o período mais extenso da história, seu início é marcado pela invenção da escrita e seu fim pela queda do Império Romano do Ocidente • A civilização grega se formou no sul da Península Balcânica, ao sudeste da Europa, entre os mares Egeu e Jônico • Essa região foi ocupada primeiramente pelos cretenses, depois pelos aqueus (população micênica), dórios, eólios e jônios (população indo- europeia) • A localização geográfica e o solo pouco fértil fizeram com que o comércio se tornasse a principal atividade desses grupos • A expansão comercial grega levou a colonização de diversos territórios, região conhecida como Magna Grécia • A população cretense realizava trocas in natura (sem moeda) e possuía indústrias de construção naval e também vários templos - estrutura palaciana • Na população micênica havia discursos figurativos, como a mitologia, indústria bélica e naval, além de tintas e vocábulos • Os dórios possuíam superioridade bélica e eram guerreiros • Jônios e eólios ampliaram o contato com a Ásia Menor • Internamente, a sociedade se baseava nos genos, comunidades agrícolas autossuficientes, tomando-as como sociedades gentílicas • A história da Grécia é dividida em cinco períodos: pré-homérico, homérico, arcaico, clássico e helenístico 2. Período Arcaico: é marcado pelo aparecimento da língua grega e da pólis (cidade estado), surgimento da propriedade privada, da moeda padrão e dos estaleiros. O escravismo é evidente no período arcaico. Atenas e Esparta são as duas principais polis da Grécia Antiga. • Atenas: - economia: pecuarista, agricultora e monetária - polis controlada pelos nobres denominados aristóis (oligarquia aristocrática); “Basileu” era o rei - direito era oral, denominado consuetudinário - após uma grave crise social em Atenas, foi necessário a criação de uma ordem jurídica - o legislador Drácon criou as primeiras leis escritas, reafirmando o poder dos nobres, eupátridas - o legislador Sólon acabou com a escravidão por dívidas e propôs uma divisão censitária na sociedade - houve o surgimento das tiranias - o governador Clístenes levou adiante as ideias de Sólon e implementou medidas para a consolidação da democracia - democracia ateniense: direta (sem representantes), acontecia na Ágora, os cidadãos eram apenas homens, filhos de pais e mães atenienses, maiores de 18 anos; excluíam mulheres, estrangeiros e escravos - na democracia ateniense, os pobres tinham o mesmo poder de decisão que os ricos - sociedade ateniense: cidadãos, metecos e escravos; os estrangeiros (metecos) não possuíam direitos políticos GRÉCIA I @vestibularesumido 32 • Esparta: - apresentava terras férteis - se desenvolveu na Península do Peloponeso - oligarquia aristocrática - sua preocupação fundamental era formar cidadãos guerreiros - a religião e o exército ficaram a cargo de dois reis - diarquia - a sociedade se dividia em espartanos, periecos e hilotas, o casamento entre periecos e espartanos era proibido 3. Período Clássico: iniciou-se quando a democracia ateniense estava em seu apogeu, no governo de Péricles. O século V a.c. é conhecido como Século de Ouro de Atenas ou século de Péricles. - As Guerras Médicas ou Persas foram uma série de batalhas durante o século V a.c. Para criar resistência, foi notado entre as cidades gregas uma Liga de Delos, onde arrecadava impostos com o intuito do fortalecimento do Exército Grego. Os gregos obtiveram a vitória, dada pela união das póleis. Após isso, o imperialismo ateniense tornou-se evidente e Atenas fez com que Esparta fosse sua submissa. - A Guerra do Peloponeso se deu entre Atenas e Esparta, as demais cidades gregas não aceitaram o domínio ateniense e Esparta se juntou com as demais criando a Liga do Peloponeso. Confirmou-se a vitória dos Espartanos, mas enfraqueceu todo o território grego, permitindo assim, a invasão dos macedônios no século IV a.c. 4. Período Helenístico: define-se pela expansão territorial e cultural da Grécia pelo Oriente. O principal responsável por essa expansão foi Alexandre, O Grande, imperador da Macedônia, que havia conquistado a região da Grécia. Com a morte de Alexandre, o império macedônio se desintegrou, porém, mantiveram suas instituições e parte de sua cultura. Cultura dos gregos: região politeísta, teatro grego (comédia e tragédia) e arquitetura jônica, dórica e coríntia. GRÉCIA II @vestibularesumido 33 3. Império: - o novo imperador (Augusto/Otávio) tenta solucionar os graves problemas sociais, com o seu sucesso, o governo dele fica conhecido como Pax Romana (Paz Romana) - criação da política do pão e circo: distribuição de trigo e promoção de espetáculos para as classes mais pobres da plebe - após a morte do imperador, a estabilidade do império ainda foi mantida - em 96 d.c. inicia-se a Crise do Império Romano, devido a grande extensão territorial, aumento do preço de escravos e dos preços dos produtos internos - na tentativa de solucionar a crise escravista, foi instituído o colonato (aumento da produtividade no campo); em troca, os camponeses tinham estabilidade e segurança - Anarquia Militar: intervenção direta do estado na vida social. Nesse período, o Império fazia restrições ao cristianismo - Imperador Constantino: criou a nova capital do império -> Constantinopla e concedeu liberdade de culto aos cristãos -> Édito de Milão - Teodósio:proibiu manifestações pagãs e dividiu o Império em Ocidente (com sede em Roma) e Oriente (com sede em Constantinopla) - O Império Romano do Oriente ou Bizantino, perdurou até o fim da Idade Média, já a parte Ocidental encontrou o seu fim cerca de mil anos antes. ROMA @vestibularesumido 34 • A Idade Média se inicia na queda do Império Romano do ocidente em 476 d.c. e vai até o século XV. É dividido em Alta Idade Média (V- IX) e Baixa Idade Média (X-XV).A Idade Média só se encerrará com a chegada da Revolução industrial e da Revolução Francesa quando ocorrem a consolidação do capitalismo e a crise do Antigo Regime. • “Idade das Trevas”: surgiu durante a Idade Moderna, com a crescente valorização dos ideais humanistas no contexto do Renascimento. 1. Alta Idade Média: foi marcada pela combinação de instituições de origem romana e dos reinos germânicos, chamados de bárbaros pelos romanos; também pela expansão da fome e das epidemias. - francos: a importância deles está vinculada à consolidação do cristianismo na Europa Ocidental e à generalização das relações de suserania e vassalagem. O suserano, faz a prestação de serviços militares por tempo determinado e o vassalo, recebia o feudo e devia lealdade ao senhor - a nobreza franca e a igreja recebiam faixas de terra e, em troca, juravam fidelidade ao imperador - o feudalismo começa a surgir na Europa. A política feudal foi caracterizada pela fragmentaçãodopoderemmeioà nobreza proprietária de terras - em seu feudo, o senhor feudal poderia aplicar justiça, proteção e a fiscalização. 2. Baixa Idade Média: a economia feudal entre os séculos IX e X passa por um período de retração e estagnação. As produções agrícolas, artesanais e comerciais foram reduzidas, principalmente, em razão do retrocesso demográfico percebido no período. A produção volta da para subsistência e os constantes conflitos provocaram a diminuição das transações comerciais e do uso da moeda, mas sem causar o seu desaparecimento. A partir do século XI, observa-se o aumento da produção e consequente crescimento populacional, o que promoveu a expansão dos feudos. • Os servos possuíam várias obrigações: corveia, censo, mão-morta, banalidades, talha, champart e o dízimo. • A expansão do feudalismo o levou para a desarticulação desse mesmo mundo e para a formação dos Estados Modernos. • Expansão Comercial e Urbana: o crescimento demográfico provocou a revitalização urbana e comercial. Na medida em que o excedente agrícola era ampliado, realizavam-se trocas cada vez mais frequentes dentro dos feudos, dinamização essa que passou a alimentar o espaço urbano. Nesse contexto, novas técnicas de produção foram aperfeiçoadas, colaborando para que houvesse nítido avanço comercial. A revitalização da moeda acompanhou a expansão comercial. Não é correto, desse modo, associar o crescimento da cidade ao declínio dos feudos, visto que os feudos, inicialmente, colaboraram para sustentar a expansão urbana mediante o abastecimento agrícola. • Cruzadas: foram expedições militares e religiosas que tinham como intuito a conquista da Terra Santa, em especial da cidade sagrada de Jerusalém, além da contenção do avanço mulçumano sobre a região do Império Bizantino. • Crise do feudalismo: o século XIV foi marcado pela Peste, Fome e Guerra; houveram vários impactos ambientais, como fome generalizada, exploração agrícola, destruição de áreas florestais e o arroteamento. FORMAÇÃO, APOGEU E CRISE DO SISTEMA @vestibularesumido 35 • A nobreza viu-se diante da crise do mundo feudal, com severas dificuldades de controlar as rebeliões camponesas, manter suas rendas e reafirmar seu poder político. • As alterações pelas quais a nobreza passava possibilitaram a formação de uma conjuntura favorável à centralização político-administrativa sob a forma de um Estado unificado. Organização dos Estados Nacionais • O estado moderno, foi um novo arranjo político que garantiu a manutenção da estrutura social aristocrática e estamental forjada ao longo da ameaça do poder nobre. • A nobreza, viu-se obrigada a abrir mão de seu poder militar, transferindo-o para o Estado, afinal, somente com monopólio da força, o Estado poderia garantir a submissão das classes que se levantavam contra o poder dos nobres. • Visto que tanto a nobreza quanto a nascente burguesia tinham interesse na centralização monárquica. • Os estados modernos caracterizavam-se pela centralização do poder nas mãos dos monarcas europeus e pela redução dos poderes locais. • É importante lembrar, no entanto, que o crescente poder dos reis impôs limites ao domínio universal da Igreja, que se manifestava desde a Idade Média. ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS @vestibularesumido 36 • A sociedade do Antigo Regime: a nobreza e o clero estavam isentos do pagamento de impostos e possuíam regalias, como o recebimento de pensões e a ocupação de altos cargos públicos. Os demais segmentos sociais, como camponeses, trabalhadores urbanos e a burguesia, eram responsáveis pelo sustento do Estado e dos grupos privilegiados. • Na França: foi onde a monarquia absolutista atingiu o seu auge. Durante a Dinastia dos Bourbon, o poder político se concentrou nas mãos dos reis até atingir seu ponto máximo no reinado de Luís XIV (1643-1715), que foi proclamado Rei Sol. A Noite de São Bartolomeu, em 1572, foi um episódio, na repressão ao protestantismo, engendrado pelos reis franceses, que eram católicos. • Na Inglaterra: a Reforma Protestante permitiu o enriquecimento do Estado por meio do confisco de terras e bens do clero católico, além de estabelecer o rei como chefe supremo da nova Igreja, Anglicana de Henrique VIII. • Na Espanha: a consolidação do poder nas mãos dos reis espanhóis só foi possível após o movimento de Reconquista, processo pelo qual os mouros foram expulsos da Península Ibérica. Nesse contexto, a atuação da Inquisição, sob o controle dos reis espanhóis, foi fundamental para o fortalecimento do poder monárquico. • Em Portugal: o absolutismo português teria atingido o seu auge durante o reinado de D. João V. E a atuação do Tribunal da Inquisição também fortaleceu os monarcas ao defender a unidade religiosa de Portugal. • Teorias de Poder: argumentavam a favor de um poder forte e centralizado nas diversas regiões do continente. Alguns deles: Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Jean Bodin e Jacques Bossuet. - Nicolau Maquiavel escreveu “O Príncipe”, e nesta obra, o autor concentra nas maneiras em que o governante possui de alcançar o poder e em como mantê-lo. Determinava “virtú" como um tipo de ação racional e planejada e “fortuna" como, o príncipe deveria estar preparado para o imprevisível, o acaso. Para ele, a ação politica não deve estar vinculada aos valores morais e religiosos. Maquiavel afirma, portanto, que em certas ocasiões, a prática daquilo que é considerado mau é necessária, por mais que essa postura nem sempre seja a correta. - Thomas Hobbes escreveu “O Leviatã”,em que argumenta a respeito da necessidade de se estabelecer um poder forte para que a ordem e a paz sejam garantidas. Sua teoria se baseia na noção de contrato, logo, os homens aceitam sair de um estado pré- social, o estado de natureza; “o homem é lobo do homem”. Ao abrir mão de parte de sua liberdade, transferindo a um poder maior, os homens afastavam o medo e a possibilidade da morte violenta. ABSOLUTISMO @vestibularesumido 37 • É o conjunto de práticas econômicas dos Estados europeus. • A crença na intervenção do Estado na economia era um dos fundamentos do mercantilismo. Tais medidas visavam, principalmente, à acumulação de metais preciosos e à consequente sustentação dos Estados. • A principal intenção dessas práticas era garantir uma balança comercial favorável aos países da Europa. • Para garantir o sucesso na acumulação de riquezas, era necessário que houvesse a regulamentação do comércio
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