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Resumo NP2 - Psicologia Sócio-Interacionista - Base para Estudo

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Impresso por Katia Mafra, E-mail katiamourams@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2023, 17:27:55
 
1 Gabriela Gomes – Resumo NP2 PSI– 
RESUMO NP2 
PSICOLOGIA SÓCIO-INTERACIONISTA 
 
HENRY WALLON (1879-1972) 
A teoria de Wallon, apoiada no materialismo histórico-
dialé�co, buscava entender o indivíduo em sua 
totalidade e quais relações dão origem a ela. O seu 
método de estudo era a análise gené�ca compara�va 
mul�dimensional, em que ele uniu a psicologia e a 
gené�ca pata entender os fenômenos e suas origens, 
de modo que comparava crianças normais e 
patológicas, crianças normais com idades iguais e 
diferentes, adultos atuais com os primi�vos, crianças 
normais com adultos normais, estabelecendo 
semelhanças e divergências entre elas. É 
mul�dimensional porque ele analisava diversas 
dimensões: orgânica, social e neuro�siológica. 
Para Wallon, a pessoa está con�nuamente em 
processo. Transformações acontecem e podem ser 
observadas do início ao �m da vida do indivíduo. 
Internamente para cada pessoa, esse processo é um 
jogo entre os conjuntos motor, afe�vo e cogni�vo. Esse 
jogo acontece devido a interação do organismo com o 
meio, que com suas par�cularidades, dá mais destaque 
a um do que outro. É aí que se dá a importância da 
cultura. 
Além disso, Wallon nutriu grande interesse por uma 
educação para o e o , e por ter atuado pensar fazer
pedagogicamente, teve acesso privilegiado a uma 
criança contextualizada. Para ele, a educação deve ser 
capaz de integrar tanto a esfera quanto a social 
individual. Ele veri�ca também uma dicotomia, porque 
ao mesmo tempo que o ensino tradicional não é a 
melhor alterna�va, já que forma alunos passivos 
através da autoridade, o movimento escolanovista 
inverte essa lógica a tal ponto que defende a condução 
do ensino pelos próprios interesses da criança, 
anulando qualquer �po de sistema�zação. A escola 
tradicional ignora completamente o individualismo, 
enquanto a Escola Nova é individualista demais. 
A pedagogia walloniana não tem como foco a 
transmissão de conteúdo, mas a valorização da 
expressividade do sujeito. O movimento da escola 
deveria alternar a predominância entre a dimensão 
subje�va e a obje�va da criança. 
A CRIANÇA NORMAL E A 
PATOLÓGICA 
Passamos por diversos con�itos durante a vida. Quando 
algum con�ito fica congelado e não conseguimos 
resolver, é aí que surgem as psicopatologias. Na criança 
normal, o con�ito é vivido e superado. A criança normal 
se revela na criança patológica, pois a criança patológica 
é aquela que não venceu o con�ito. 
O QUE É APRENDER PARA WALLON? 
É quando conhecemos algo novo, superamos o 
sincre�smo (estado de imperícia inicial quando ainda –
não temos a habilidade de realizar algo). A passagem de 
um estágio para o outro não é uma con�nuidade, pois 
acontecem trocas em diferentes níveis, então a 
evolução é nada mais que um rompimento. 
 
LEIS REGULADORAS 
São as leis que norteiam as fases do desenvolvimento 
descritas por Wallon. 
ALTERNÂNCIA FUNCIONAL 
É a alternância de direção entre os estágios, o 
movimento predominante é para o conhecimento de si 
(direção centrípeta) ou para o conhecimento do mundo 
exterior (direção centrífuga). 
 
Centrípeta Centrífuga 
* Impulsivo-Emocional 
* Personalismo 
* Puberdade e 
Adolescência 
* Sensório-Motor e Proje�vo 
* Categorial 
ALTERNÂNCIA DA PREDOMINÂNCIA 
A cada estágio há a predominância de algum conjunto 
funcional, seja o motor, afe�vo ou cogni�vo. O 
amadurecimento de um interfere no amadurecimento 
de outro. 
 
Motor Afe�vo Cogni�vo 
* Impulsivo-
Emocional 
* Personalismo 
* Puberdade e 
Adolescência 
* Sensório-Motor 
e Proje�vo 
* Categorial 
INTEGRAÇÃO FUNCIONAL 
Essa lei descreve a relação entre os estágios como 
hierarquizada, devido aos conjuntos funcionais 
presentes em cada um. Os primeiros estágios são 
conjuntos mais simples, com a�vidades mais primi�vas 
que serão integradas aos conjuntos mais complexos 
posteriormente. 
 
OS CONJUNTOS FUNCION AIS 
A direção que deve seguir nosso raciocínio é a de que 
há que estão vinculadas entre si, e suas três dimensões 
interações em constante movimento: a cogni�va, 
afe�va e motora. 
Todos os conjuntos funcionais se revelam, de início, de 
forma sincré�ca. Isto é, reagem como um todo, 
indiferente aos es�mulos internos e externos. Aos 
poucos eles passarão a se diferenciar e responder de 
forma mais precisa às intenções da criança e àquilo que 
o meio exige. São essas transformações que 
demonstram a passagem do sincre�smo para a 
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autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2023, 17:27:55
 
2 Gabriela Gomes – Resumo NP2 PSI– 
diferenciação, marcando qualquer processo de 
desenvolvimento. 
Há ainda um 4º conjunto funcional que Wallon chamou 
de , que ao mesmo tempo que garante a pessoa
integração entre os três anteriores, é também resultado 
dela. Pessoa é integração, não tem como considerar que 
seja composta por partes separadas e autônomas. A 
pessoa emerge da relação entre os conjuntos funcionais 
e de seus fatores determinantes orgânicos e sociais. É –
daí que surge a pessoa individual e única. 
 
“Desenvolver-se é ser capaz de responder com reações 
cada vez mais específicas a situações cada vez mais 
variadas.” 
DIMENSÃO MOTORA 
Vai de uma movimentação global do corpo para 
a�vidades cada vez mais especí�cas, controladas e 
adaptadas ao meio. A criança vai percebendo as 
relações entre a função de cada parte do corpo e os 
objetos que a rodeiam. Envolve equilíbrio diante da 
gravidade, organização motora (manipulação das 
coisas) e expressão corporal. 
DIMENSÃO COGNITIVA 
Trata-se de um recurso de apreensão de conhecimento. 
A nossa intelectualidade, o que nos difere das outras 
espécies: pensamento, linguagem, aprendizado, 
tomada de decisão, resolução de problemas, atenção. 
DIMENSÃO AFETIVA 
Essa dimensão tem origem nas sensibilidades internas 
da criança. Afe�vidade refere-se aos processos 
psíquicos que acompanham as manifestações orgânicas 
da emoção. É um processo corporal centrípeto e há 3 
canais de entrada que nos produzem prazer e 
desprazer: 
Interocep�vo – sensações viscerais; 
Proprioceprivo – sensações musculares; 
Exterocep�vo – sensibilidade que vem do exterior com 
os 5 sen�dos. 
 
As sensações de interocepção e propriocepção são 
responsáveis pela a�vidade generalizada do organismo, 
que junto a exterocepção, vai se transformando em 
expressões afe�vas cada vez mais especí�cas como 
medo e alegria, então as variações musculares vão 
indicando situações de bem-estar e mal-estar. 
EMOÇÃO 
Dura pouco, é intensa; predomínio da a�vação 
�siológica. 
SENTIMENTO 
É a representação cogni�va da emoção, o que 
possibilita a análise e nome do que estamos sen�ndo, 
diminuindo sua intensidade. 
PAIXÃO 
É o autocontrole cogni�vo sobre as emoções, uma 
forma de camu�á-las e extravagar depois. 
 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO 
Há dois fatores que determinam os estágios do 
desenvolvimento: o e o orgânico social, já que 
organismo e meio são um par indissociável. Se o meio 
for favorável, poderá impulsionar o desenvolvimento 
do indivíduo, mas este é um processo de vir-a-ser 
inacabável. Entre um estágio e outro há crises geradas 
pela negação das a�vidades anteriores e as novas 
demandas que estão por vir, e a solução signi�ca a 
passagem qualita�va da interação do organismo frente 
às exigências do meio, o que se traduz na transição de 
um estágio para o próximo. 
 
“Será no mergulho do organismo em dada cultura, em 
determinada época, que se desenvolverão as 
caracterís�cas de cada estágio.” 
 
Fase Idade (anos) 
Impulsivo Emocional 0-1 
Sensório-Motor e Proje�vo 1-3 
Personalismo 3-6 
Categorial 6-11 
Puberdade e Adolescência 11 em dianteCada estágio é preparado pelas a�vidades do anterior e 
desenvolve a�vidades que prepararão o próximo. A 
criança age de acordo com os recursos que cada fase 
dispõe. 
IMPULSIVO EMOCIONAL 
No início da vida do bebê, ele é totalmente inapto a 
sobreviver sozinho, essa é a chamada imperícia, que 
demonstra a dependência do seu meio social. Suas 
reações de bem-estar e mal-estar se manifestarão 
através de descargas motoras indiferenciadas. Isso cria 
reciprocidade entre o bebê e o adulto, que aprenderá a 
se adequar à sua comunicação e assim poderá 
responder de acordo com as necessidades dele. 
Wallon considera que somos essencialmente sociais 
porque de início não existe o e o , o que existe eu outro
é uma progressão em a�rmar a própria iden�dade e 
expulsar esse outro dela, fazendo a diferenciação. Mas 
esse período é caracterizado pela indiferenciação, ou 
seja, o bebê extrai do mundo exterior o signi�cado as eeeee
respostas às suas necessidades. 
Além disso, embora a fase impulsiva seja voltada para o 
aspecto motor, o como um todo é estágio 
predominantemente afe�vo, já que se trata da 
construção do eu. 
0-3 meses impulsiva:– predomínio de a�vidades 
que visam a exploração do próprio corpo (direção 
centrípeta); sensibilidade interocep�va e 
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3 Gabriela Gomes – Resumo NP2 PSI– 
propriocep�va; dimensão predominante; ainda motora 
é uma a�vidade não estruturada, com movimentos 
re�exos e impulsivos, principalmente aqueles que 
garantem a aproximação do outro para sa�sfazer suas 
necessidades, o que passa a ser um instrumento de 
expressão dos estados de bem-estar e mal-estar. O 
movimento puramente impulsivo só tem a função de 
diminuir estados de tensão. 
O bebê não tem mais suas necessidades atendidas 
automa�camente como dentro da barriga da mãe, 
então acontece a simbiose �siológica, que é justamente 
a necessidade de um adulto sa�sfazer suas 
necessidades fisiológicas, como a alimentação. A 
simbiose afe�va é quando entre o bebê e o adulto é 
estabelecida uma relação de par�ndo do comunicação
bebê, e sa�sfação da necessidade, que parte do adulto. 
O impulso motor do bebê provoca uma reação no 
adulto. 
3-12 meses emocional: – fase predominantemente 
afe�va, pois as descargas motoras passam a ser um 
meio de expressão, o que torna possível reconhecer 
padrões emocionais, como alegria, medo e raiva, 
iniciando o processo de discriminação de formas de se 
comunicar através do corpo. Gestos, a�tudes e 
vocalizações são cada vez mais especí�cas, uma 
linguagem primi�va começa a se formar. Sensibilidades 
interocep�va, propriocep�va e exterocep�va 
presentes. Aqui, o “afe�vo” signi�ca “afetar o outro”, 
em que o bebê contagia o adulto para o atendimento 
de uma necessidade. Essas trocas possibilitam que o 
bebê estabeleça associações e aprenda a interpretar o 
meio, mostrando os primeiros sinais de cognição. 
A�vidades circulares se fazem presente, anunciando o 
estágio seguinte, e são uma série de a�vidades 
repe��vas que se traduzem em movimentos 
inicialmente casuais que mais tarde acabam sendo 
emi�dos com intencionalidade, levando a criança a 
inves�gar a conexão entre esses movimentos e os 
efeitos que causam no meio. 
Aprendizagem: “o que eu sou? ”
Recurso: fusão com o outro 
SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO 
Caracterizado por um maior interesse pelo mundo 
externo, as a�vidades seguem uma direção centrífuga 
para o conhecimento do espaço físico através do 
agarrar, segurar, apontar, sentar, andar, contando com 
apoio da fala acompanhada por gestos. Inicia-se o 
processo de discriminação de objetos e de aquisição da 
ap�dão . É uma fase intelectual de dimensão simbólica
cogni�va, marcada pela construção da realidade. Os 
movimentos de preensão, a percepção e a linguagem 
são re�nados, e sua a�vidade se torna cada vez mais 
planejada e organizada. A criança desenvolve uma 
inteligência prá�ca. A marcha e a linguagem ingressam-
na no mundo dos símbolos, mas seu pensamento ainda 
precisa do auxílio de gestos para que ela consiga 
exteriorizá-lo. 
Na etapa proje�va, a criança passa a não mais precisar 
tanto do concreto, se manifestando em histórias de faz 
de conta, o que abre caminhos para a representação, 
porque serve de suporte para que através da ação 
motora, ela dê forma ao pensamento. O ato motor se 
transforma em um ato de pensamento. A imitação é um 
movimento proje�vo que contribui com a expressão 
mental, em que a criança reproduz modelos das 
pessoas próximas, e mais tarde, esse exercício fará com 
que ela se dis�ngue desses modelos. O simulacro, outro 
movimento proje�vo, é um salto qualita�vo da 
imitação, porque se antes a criança precisava de um 
modelo base e era dependente da ação do outro, agora 
ela já é capaz de imitar cenas e acontecimentos, 
desprendendo-se do outro. Esse é o início da 
organização de seu pensamen , em que ela encontra to
a representação para um objeto, e um signo para a 
representação. 
Aprendizagem: “eu sou diferente dos objetos” 
Recurso: contato com diferentes espaços e situações 
PERSONALISMO 
A principal caracterís�ca é o início do processo de 
discriminação entre eu e o outro, marcado pelo uso de 
expressões como “eu, meu, não”. Aqui ocorre a 
diferenciação do eu psíquico. Essa fase está voltada 
para o si mesmo, para o enriquecimento da 
personalidade, seguindo então uma direção centrípeta, 
é o início da consciência de si. A criança já sabe o que 
deve ser e o que não deve, então dissimula sen�mentos 
e a�tudes desaprováveis. 
A construção da própria subje�vidade ocorre por meio 
das a�vidades de oposição, sedução e imitação; 
dimensão afe�va mais presente. 
Oposição: busca da a�rmação de si e do seu ponto de 
vista, a criança confronta, contradiz as pessoas, 
experimentando sua independência; 
Sedução: “idade da graça”, a criança tem necessidade 
de ser admirada, de sen�r que agrada os outros, pois só 
assim conseguirá se admirar também; exuberância 
motora; aparecimento do ciúme; 
Imitação: personagens são criados a par�r das pessoas 
que a criança admira e deseja ser, surge a necessidade 
de autossubs�tuir os outros. 
Nessa fase, a a�vidade da criança se caracteriza pela 
inércia mental, ou seja, ela é absorvida por suas 
ocupações do momento e não tem poder sobre elas. É 
o es�mulo que controla o sujeito. 
Aprendizagem: “eu sou diferente dos outros” 
Recurso: oportunidades variadas de convivência com 
outras pessoas 
CATEGORIAL 
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4 Gabriela Gomes – Resumo NP2 PSI– 
A diferenciação entre eu e o outro proporcionada pelo 
estágio anterior, dá condição para a exploração mental 
do mundo �sico por meio de a�vidades de 
agrupamentos, seriação, categorização em vários níveis 
de abstração até chegar no pensamento categorial, o 
que marca uma direção e a predominância centrífuga
cogni�va. O papel da cultura é de máxima importância, 
porque o indivíduo se apoia em diferenciações já feitas 
por ela, e palavras, imagens e signos servem de 
referência. 
Agora a criança percebe a existência de coisas que 
independem do eu, então ao perder um brinquedo, por 
exemplo, saberá que poderá encontrá-lo depois. As 
caracterís�cas de seu comportamento são 
determinadas principalmente pelo desenvolvimento 
intelectual. 
A atenção e maturação dos sistemas de discriminação e 
inibição, mantêm a criança concentrada em algo por 
mais tempo que antes. O início das prá�cas sociais e 
pertencimento de grupos determina a formação desua 
personalidade; o meio em que vive é molde para sua 
pessoa; e a escola exige a par�cipação em relações 
diversi�cadas em que ela exercita diferent papéis, o es
que contribui com sua individualidade. 
O pensamento pré-categorial, junto ao categorial, irão 
caracterizar a inteligência . discursiva
6- -categorial:9 – pré o ponto de par�da da 
inteligência discursiva é o , que sustenta o par
pensamento sincré�co desta fase. É a primeira forma 
de organização intelectual. Um elemento sempre terá 
outro em oposição, a criança não consegue ver 
unidades, e conforme ela vai aprendendo sobre os 
objetos, pessoas e acontecimentos, isso tudo se liga de 
maneira desconexa. Os pares se formam por 
aproximações sonoras, por oposição ou por sen�do. A 
criança não é capaz de separar qualidade e objeto, 
então não consegue ainda separar a cor vermelha das 
coisas vermelhas, portanto tudo o que é vermelho é 
morango, por exemplo; ela só vai considerar que um 
carro de brinquedo seja um carro de brinquedo porque 
ele tem . A é falha, porque portas atribuição de causa 
porta é uma categoria que outros objetos compar�lham 
também. 
9-11 – categorial: ocorre a redução do sincre�smo e a 
formação de categorias intelectuais que ordenam a 
realidade, então é uma fase que exige discriminação. 
Surge a noção de tempo, espaço e causa. Ainda não 
ocorre a abstração, mas já é um caminho entre o 
concreto e as ideias. Aqui acaba o pensamento por 
pares e emerge o pensamento que opera por um 
sistema de relações. 
Aprendizagem: “o que é o mundo? ”
Recurso: variedade de a�vidades, aceitar a imperícia 
da criança e levar em conta o que ela já sabe 
PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA 
Se no estágio anterior, entre a criança e o mundo exis�a 
um estado de equilíbrio, agora instala-se a crise da 
puberdade, que afeta a vida da criança em todas as três 
dimensões. A transformação corporal acompanha a 
transformação psíquica. Em relação ao corpo, as 
diferenças entre o feminino e o masculino se acentuam. 
O jovem adquire a posse da função reprodutora e 
expressa seus sen�mentos com o corpo todo através de 
risadas, conversas com tom de voz elevado e 
ges�culações exageradas. 
A dimensão afe�va retorna, bem como a direção 
centrípeta da exploração de si mesmo como uma 
iden�dade autônoma, então ele tem a necessidade, 
novamente, de se apropriar do seu próprio corpo que 
se transformou tão rapidamente, e que ele já não o 
reconhece mais. O signo do espelho é uma forte 
caracterís�ca: nessa fase ocorrem muitas mudanças 
�siológicas e �sicas que acabam evidenciando grandes 
transformações corporais, e por essa razão os jovens 
tendem através do espelho a examinar e observar essas 
transformações para que desta forma possam se 
apropriar novamente do seu corpo. Essa sensibilidade à 
imagem corporal pode levá-los a se sen�r 
desvalorizados devido a obesidade, uso de óculos ou 
aparelho dentário, seios muito grandes ou muito 
pequenos, etc. 
A orientação centrípeta retorna porque surge a 
necessidade de reorganização do esquema corporal, e 
a função afe�va é responsável pela construção da 
pessoa e sua iden�dade, que ocupará o primeiro plano. 
A ambivalência de a�tudes e sen�mentos também é 
marcante (o desejo de possuir o outro e ao mesmo 
tempo sacri�car-se por ele. O jovem quer encontrar o 
ser ideal, o complemento da sua própria pessoa). Já no 
comportamento exterior, essa ambivalência se 
manifesta pela vaidade, desejo de atenção do outro. 
Tudo é mo�vo para “uma tempestade”. 
Sobre as relações sociais, ao mesmo tempo que o jovem 
precisa se relacionar e se enturmar com um grupo de 
interesses e desejos semelhantes, ele também precisa 
se perceber como diferente, por isso ele tende a se 
misturar e a transitar para vários grupos, o que 
possibilita o aparecimento da personalidade através das 
diferenciações iden��cações e das com seus pares. 
Há o domínio de categorias cogni�vas com maior nível 
de abstração e o fortalecimento do pensamento 
categorial. O jovem ultrapassa o mundo concreto e 
parte para o mundo abstrato. Dis�ngue o possível do 
real, cria possibilidades, formula hipóteses e as 
con�rma no mundo das ideias. 
Essa fase é marcada por fortes argumentações 
conquistadas pelo estágio anterior, confrontos e 
ques�onamentos, oposição aos adultos no sen�do de ir 
contra todo �po de controle imposto ao jovem, que 
cobra igualdade de direitos e respeito recíproco. 
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5 Gabriela Gomes – Resumo NP2 PSI– 
Aprendizagem: “quem sou eu? Quais os meus valores? 
Quem serei no futuro? ”
Recurso: permi�r a oposição ao outro; construção da 
própria iden�dade 
 
REFERÊNCIAS 
MAHONEY, Abigail Alvarenga; ALMEIDA, Laurinda 
 Ramalho de (org.). Henri Henri Henri Henri Henri WWWWWallonallonallonallonallon. . . . . PsiPsiPsiPsiPsicolcolcolcolcologiogiogiogiogia a a a a e e e e e 
eduedueduedueducaçcaçcaçcaçcação.ão.ão.ão.ão. São Paulo. Edições Loyola, 2011.

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