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Impresso por Katia Mafra, E-mail katiamourams@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 18/09/2023, 17:52:31 1 Gabriela Gomes – Resumo NP1 PSI COMP– RESUMO NP1 PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL AS CAUSAS DO COMPORTAMENTO Tendemos a dizer que se vem depois da uma coisa outra, então essa causou a que que veio antes veio depois. Ex: se alguém nos perguntar porque fomos grossos com uma pessoa, responderemos "porque �quei irritado". Mas como pode, um fato mental (irritação) causar um fato �sico (grosseria)? E já que o mental causa o �sico, como mudar o mental, já que para acessá-lo, é preciso mudar o �sico? Muitas vezes presumimos o que o outro está só porque está se como sen�ndo comportando nós. E não podemos antecipar o que uma pessoa fará, só observando seus sen�mentos ou sistema nervoso. A psicologia não soube superar o desa�o de responder a esses ques�onamentos, por isso ou ignorou-o ou passou a bola para outras áreas do conhecimento, como a �siologia e neurologia. ESTRUTURALISMO E DESENVOLVIMENTISMO A par�r disso, surge então a estratégia de descrever o que as pessoas fazem, e não mais explicar o que leva elas a se comportarem assim. Piaget, por exemplo, não se ocupou em porquê as crianças se explicar o comportavam de determinada forma em cada estádio do desenvolvimento, apenas descreveu o comportamento delas. Muitos teóricos passaram a fazer uso da observação direta, registros, ques�onários, mas negligenciaram o que levava tais comportamentos. BEHAVIORISMO Watson acabou colocando o behaviorismo como alvo de muitas crí�cas, porque foi exagerado em determinadas explicações, não se ocupou em prová-las e acabou sendo chamado de "vendido". O behaviorismo metodológico dizia que a introspeção não poderia ser uma prá�ca cien��ca porque não permi�a a observação por consenso e nem a mensuração, ou seja, era algo mental. Enquanto o mentalismo man�nha a atenção desviada de acontecimentos externos, o behaviorismo metodológico ocupou-se exclusivamente de eventos externos antecedentes ao comportamento, desviando- se da possibilidade de introspecção. Já Skinner, se dedicou a realizar estudos que desmis��cassem a versão que as pessoas criaram dessa ciência, estudando então o behaviorismo , em radical que o objeto de estudo era o comportamento e que os eventos dentro e fora da pele eram considerados �sicos. Diferente de Watson, Skinner aceitou a introspecção como método cien��co, mas agrupou todos os eventos como �sicos, porque os acontecimentos de dentro da pele não são inobserváveis, ele simplesmente ques�onou a natureza do que estava sendo observado e a �dedignidade das observações. Estudou tanto eventos públicos quanto privados, e esse úl�mo era produto das três histórias (�logené�ca, ontogené�ca e cultural), dizendo que o comportamento se manifesta com a entre elas. Nesse caso, diferente do interação mentalismo, não exis�a "o que vem antes" e "o que vem depois". Para o behaviorismo radical, as causas do comportamento estão no ambiente, principalmente o social, já que nossos sistemas recebem os es�mulos de fora, então como psicólogos, devemos sim estudar o que se passa dentro da pele. “O que é sen�do ou introspec�vamente observado não é nenhum mundo imaterial da consciência, da mente ou da vida mental, mas o próprio corpo do observador” = tudo é comportamento. FIM DA AULA (18/08) O MUNDO DENTRO DA PE LE A própria pessoa é a única capaz de estabelecer contato com seu mundo interior, mas nem por isso Skinner desconsiderou a importância dessa fonte de informação. Nós respondemos ao corpo com três sistemas nervosos, o introcep�vo, propriocep�vo e exterocep�vo. INTROCEPTIVO Transmite a es�mulação de órgãos, as glândulas e seus canais, e os vasos sanguíneos. PROPRIOCEPTIVO Transmite a es�mulação dos músculos, ar�culações e tendões do esqueleto e de outros órgãos envolvidos na manutenção da postura e na execução de movimentos. EXTEROCEPTIVO Desempenha papel importante para a observação privada, está envolvido com o ouvir, ver, degustar, cheirar e sen�r o mundo externo a nós. Esses três sistemas passaram a desempenhar outra função após o surgimento do comportamento verbal. Perguntas como "você está com fome?", "tem dor de cabeça?", "o que é que está fazendo?", suscitam respostas que são úteis para a previsão e preparação daquilo que uma pessoa irá fazer e proporcionam informação acerca de um mundo situado além do alcance de outras pessoas. O RELATO DE SENTIMEN TO Os relatos do mundo privado são pistas para o comportamento passado, presente e futuro. Nós Impresso por Katia Mafra, E-mail katiamourams@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 18/09/2023, 17:52:31 2 Gabriela Gomes – Resumo NP1 PSI COMP– aprendemos nomear as nossas emoções e esse autoconhecimento é de origem social, só quando o mundo privado de alguém passa a ser importante para as outras pessoas é que ela passa a possuir conhecimento sobre si, pois ao verbalizar é reforçada pelo ouvinte. A gente a fome, mas sente aprendemos a chama-la assim. A comunidade verbal, com o advento da linguagem, passou a usar eventos públicos para explicar os privados, nos dando acesso ao mundo dentro da pele. Ex: “parece que eu ganhei 1 milhão de reais!” – para explicar o sen�mento de felicidade. COMPORTAMENTO USUAL Pede uma informação que é pública, mas que no momento quem perguntou não tem acesso a ela (se no caso ela es�ver no escuro ou por telefone, por exemplo). Ex: “o que você está fazendo?”. COMPORTAMENTO PROVÁV EL Indica algo que tem grande probabilidade de acontecer. Ex: “provavelmente vou”. COMPORTAMENTO PERCEPTIVO A resposta pode ser conferida por quem perguntou. Ex: “você tá vendo aquilo?”, “aquilo o quê?”, “aquele homem de azul, subindo a escada”. COMPORTAMENTO PASSADO Respostas a acontecimentos que já aconteceram. Ex: “com o que você sonhou ontem?”, “com o fulano”. Talvez não nos lembremos de acontecimentos da infância porque à época, não sabíamos descrevê-los, mas uma descrição é o melhor meio de nos assegurarmos de que o comportamento poderá ser descrito mais tarde. COMPORTAMENTO ENCOBERTO Relatos sobre o mundo dentro da pele não são su�cientes, mas dão pistas, indicam as causas do comportamento, as con�ngências atuais e preveem o futuro. Ex: “em que você está pensando?”. COMPORTAMENTO FUTURO O comportamento ainda não aconteceu. Ex: “o que você vai fazer?” TRADUÇÕES MÚLTIPLAS As condições relevantes para o comportamento são relatadas de acordo com as circunstâncias em que foram adquiridas, e isto signi�ca que uma expressão pode ser traduzida de várias maneiras. Ex: “estou com fome” pode signi�car que eu não como há muito tempo, que eu estou com tanta fome que chega a doer, que eu estava com mais fome do que pensava, que eu sinto vontade de comer, etc. FIM DA AULA (23/08) A PUNIÇÃO E SEUS EFEITOS Sidman deu importância ao papel da no cultura desenvolvimento do comportamento. Punição diminui a probabilidade de um comportamento ocorrer; ela não funciona, mas mesmo assim nós a u�lizamos em diversas situações. Punimos pessoas baseados na crença de que as levaremos a agir diferentemente, queremos colocar um �m à conduta indesejável. O princípio, "a jus�ça prevalecerá", nos faz sen�r seguros já que sabemos que a punição será aplicada a pessoas que se comportam mal. A punição, embora claramente efe�va no do controle comportamento, tem sérias desvantagens, e que nós precisamos de outras alternativas a ela. Punição não funciona porque não ensina novo comportamento,não dá alterna�vas ao comportamento punido, apenas o suprime POSITIVA Acrescenta es�mulos aversivos no ambiente. Ex: ultrapassar o sinal, levar multa e não ultrapassar mais. NEGATIVA Re�ra es�mulos reforçadores do ambiente. fazer Ex: coisa errada e perde a mesada do mês. FIM DA AULA (30/08) REFORÇO POSITIVO PUNIÇÃO X Rato pressão à barra = alimento Rato pressão à barra + = choque alimento Quando duas consequências (reforçador posi�vo ou punição) são colocadas em compe�ção, uma tendendo a manter o comportamento, e a outra a suprimi-lo, aquela que representar maior ganho para o sujeito é a que condicionará seu comportamento. Ex: é estabelecida uma linha de base em que o rato pressiona a barra para receber alimento; depois, junto ao alimento ele recebe um choque. Por alguns momentos, o comportamento de pressão à barra irá suprimir, mas logo voltará a acontecer, porque a consequência de receber o alimento tem maior signi�cado comportamental do que recebe o choque. O es�mulo punidor perde sua efe�vidade como um agente coerci�vo quando colocado em compe�ção com um reforçador poderoso. Eventos dolorosos moderados tendem a perder a efe�vidade puni�va quando o reforço posi�vo é forte, o organismo passa a tolerar a punição para ter acesso ao reforço. Um comportamento inadequado persis�rá, mesmo com a punição, porque também será reforçado. Impresso por Katia Mafra, E-mail katiamourams@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 18/09/2023, 17:52:31 3 Gabriela Gomes – Resumo NP1 PSI COMP– Ex: quando pais batem nos �lhos por fazerem birra e depois mimam com brinquedo. Além disso, o comportamento inadequado impede o indivíduo de tentar se comportar de qualquer outra maneira. Ex: no exemplo acima, a criança não se comportará de outra forma que não a birra, pois a birra por si só dá a ela acesso ao reforçador (brinquedo). TRANSFORMANDO SOFRIMENTO EM REFORÇADOR POSITIVO O rato recebe o choque e alimento. No início, o choque pode impedi-lo de pressionar a barra, mas devido a fome ele volta a pressioná-la. Ao aumentarmos gradualmente a intensidade do choque, em pequenos passos, o rato con�nuará a pressionar a barra, que até o choque se torne tão forte a ponto de derrubá-lo. Por �m, o animal termina pressionando a barra e sempre recebendo um choque intenso imediatamente antes de comer. Ao interromper alimento e choque, o rato pressionará a barra e nada acontecerá, passando a pressioná-la raramente. Depois de um tempo, ao reintroduzir o choque quando ele pressiona a barra sem o alimento, o animal voltará a pressioná-la repe�damente. O choque se tornou um reforço posi�vo. SUPRESSÃO TEMPORÁRIA DO COMPORTAMENTO PUNIDO Também é possível aprender um modo novo de se obter reforçadores, aproveitando a brecha temporária de supressão de comportamento. No exemplo acima, quando o rato para temporariamente de pressionar a barra, poderíamos pendurar uma corrente no teto da caixa; toda vez que ele puxa a corrente obtém alimento, mas não recebe o choque. É possível fazer um paralelo à vida de crimes. Se um presidiário recebesse a opção de “puxar uma corrente” para ter acesso a um reforçador posi�vo, então obviamente não voltaria a ser um criminoso, já que encontrou um meio diferente de obter o mesmo reforçador (a�vidades recrea�vas para obter dinheiro, por exemplo, ao invés de tra�car). FORMAS DE USAR A PUNIÇÃO 1- Administrando punições muito fortes; 2- Tendo habilidade para aplicar punições para suaves interromper um comportamento, aproveitando essa brecha temporal para ensinar um modo alterna�vo de se comportar. ALTERNATIVA À PUNIÇÃO Reforçar comportamentos alterna�vos para fazer com que os puni�vos deixem de ocorrer. não reforçar as Ex: birras, mas sim os comportamentos desejáveis da criança. EFEITOS COLATERAIS DA PUNIÇÃO Os efeitos colaterais da punição frequentemente têm signi�cação comportamental consideravelmente maior que os esperados "efeitos principais", como parar de fazer birra, porque dependendo da intensidade da punição, a criança não só vai parar de fazer birra, mas passará a ter medo até da presença de quem a bateu, por exemplo. “Quem aplica o choque, torna se o choque.”- Punição condicionada; Fuga; Esquiva; Eliciação de sen�mentos nega�vos; Contracontrole. PUNIDORES NATURAIS Qualquer es�mulação excessiva, incomum, dolorosa, ou perigosa que sirva como um punidor. Sua habilidade em parar comportamento em curso geralmente não depende de qualquer outra circunstância, eles punem por si só. PUNIDORES CONDICIONADOS Sua habilidade para nos fazer parar de fazer algo é condicional a outras circunstâncias, que de início são neutras, mas pareadas com algum fator puni�vo, passam a ser puni�vas também. Ex: a palavra “não”, de tanto ser ouvida por uma criança vinda de seus pais, pode se tornar aversiva em outros momentos. O PAPEL DO AMBIENTE Se vamos ou não obter nossos reforçadores e punidores depende do ambiente �sico e social presente. Aprendemos quais situações levam a quais con�ngências de reforçamento e punição; em determinado ambiente, agimos ou deixamos de agir de acordo com a probabilidade de que ganharemos ou sofreremos as consequências. Se um elemento situacional sinaliza a disponibilidade de um reforçador, é provável que realizemos o ato; se ele sinaliza punição, é provável que façamos alguma outra coisa. FIM DA AULA (06/09) ANÁLISE DE CONTINGÊNCIAS Iden��car o comportamento e as consequências; alterar as consequências; ver se o comportamento muda. É importante porque às vezes um comportamento tem alta frequência, mas não por reforço posi�vo, e sim nega�vo. Por isso é preciso analisar. Impresso por Katia Mafra, E-mail katiamourams@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 18/09/2023, 17:52:31 4 Gabriela Gomes – Resumo NP1 PSI COMP– REFORÇO NEGATIVO, FUGA E ESQUIVA Quando encontramos um reforçador nega�vo fazemos tudo que podemos para o desligarmos, para escapar dele. Se o encontramos novamente, faremos o que funcionou antes. Reforçadores nega�vos e punidores, portanto, são os mesmos eventos funcionando de maneiras diferentes. Podemos fazer choques desaparecerem — reforçamento nega�vo; ou podemos tomar choques punição. — Reforçamento nega�vo torna uma ação mais provável, punição torna uma ação menos provável. Tanto o reforçamento posi�vo quanto o nega�vo ensinam comportamento, a diferença entre eles é que o nega�vo limita o repertório comportamental, deixando o indivíduo com medo de explorar, em alerta, sempre esperando alguma novidade temerosa. Nosso ambiente passa a sinalizar a iminência de cada �po de choque e a iminência da necessidade de fugir. Assim como na punição condicionada, o controle por reforçamento nega�vo também tornará o ambiente coerci�vo. FUGA Na fuga, primeiro somos punidos (contato com o es�mulo aversivo) para depois nos comportarmos sob reforço nega�vo. Precisamos obrigatoriamente ter vivenciado algo ruim para fugir. A fuga é automa�camente mais reforçadora que a esquiva, porque ela nos controla mais efe�vamente; assim que entramos em contato com o es�mulo aversivo, vamos fugir. fumante não se esquiva do câncer, ele foge Ex: quando “já é tarde”. Uma esquiva atrasada tem menos controle sobre nós. ESQUIVA Uma vez punidos, faremos o possível para evitar que aconteça novamente. Uma esquiva bem-sucedida é uma consequência secundária de fugas já experienciadas. Para que esperar o choque quando podemos evitá- ou adiá-lo?lo Não precisamos necessariamente ter estado em contato com algo ruim, pois a esquiva também ensina por modelo (não é preciso ser atropelado para saberque machuca e assim evitar atravessar a rua com o farol vermelho). Além disso, a esquiva é mais adapta�va que a fuga, pois faz mais sen�do impedir um choque do que escapar depois que ele tenha começado. As causas da esquiva não estão no futuro, estão no passado (não aprendemos nos esquivar sem antes experienciar punição) e no presente (quando a esquiva se mostra efe�va). A esquiva não é facilmente percebida por outros. O comportamento de uma criança que não quer ir à escola para se esquivar de bullying não será compreendido, de início, pelos pais. Mitos: expecta�vas futuras e medo não são causas da esquiva. Nós não nos esquivamos porque “criamos expecta�vas sobre o futuro”, e sim porque já �vemos experiências ruins, e não é do medo de uma por causa situação que nos esquivamos, o medo é só um efeito colateral do ambiente coerci�vo que estamos tentando evitar. Para mudar o comportamento de esquiva, é preciso mudar as con�ngências A RELAÇÃO ENTRE PUNIÇÃO E REFORÇO NEGATIVO “É provável que nos mantenhamos fazendo qualquer coisa que remova a cara feia do chefe reforçamento — nega�vo; também é provável que paremos de fazer qualquer coisa que faça a cara feia reaparecer — punição.” Quanto mais reforço nega�vo, menos punição. Isso porque, se sabemos o que causa a punição, passamos a nos comportar para evitá-la. FIM DA AULA (13/09) ALTERNATIVAS À COERÇÃO O sucesso imediatamente visível da coerção muitas vezes parece jus��car seu uso, mas os efeitos colaterais não-pretendidos, que algumas vezes aparecem muito tempo depois, anulam o sucesso imediato. Os efeitos colaterais podem con�nuar a produzir problemas muito depois das causas iniciais terem desaparecido. A alterna�va ao controle coerci�vo não é o não-controle. Isso é uma ilusão, porque o reforçamento posi�vo também é uma forma de controle, diferente da que coerção, não tem efeitos colaterais nega�vo Mas é s. importante lembrar que para ter controle sobre o comportamento, é preciso conhecer as in�uências sobre ele. REFORÇAMENTO POSITIVO Uma maneira de impedir que as pessoas façam algo sem puni-las é oferecer-lhes reforçadores posi�vos por fazerem alguma outra coisa, fortalecendo as ações desejáveis que subs�tuirão a indesejável. O reforçamento posi�vo realmente controla comportamento a coerção. Mas ele pode tanto quanto nos ensinar novas formas de agir ou manter aquilo que já aprendemos, sem criar os subprodutos �picos da coerção violência, agressão, opressão, depressão, — autodestruição e destruição dos demais, etc. EM CASA Ser pai e mãe é uma novidade que não vem com manual de instrução, então de início, a prioridade dos pais diante de uma criança que grita e chora para ter as coisas, é sa�sfazer suas necessidades. A punição pode Impresso por Katia Mafra, E-mail katiamourams@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 18/09/2023, 17:52:31 5 Gabriela Gomes – Resumo NP1 PSI COMP– dar paz aos pais às custas dos inevitáveis efeitos — colaterais mas não oferece à criança qualquer — caminho alterna�vo de ação. Famílias que reagem oferecendo a oportunidade de reforço posi�vo, constroem crianças felizes e competentes, e raramente recorrem à punição. Por outro lado, é preciso saber fazer uso do reforçamento posi�vo, porque pais nunca dão se exceto quando os filhos se comportam mal, o resultado será mau comportamento con�nuo. A distribuição de reforçadores independentemente daquilo que a criança faz, ensinará a criança que qualquer coisa funciona. Pais atentos aprenderão a reconhecer sinais de problemas iminentes, e o segredo é estabelecer con�ngências realistas que a criança possa enfrentar. OUTRAS INSTITUIÇÕES Em escolas especiais, hospitais psiquiátricos e ins�tuições correcionais é esperado que o de�ciente, o louco e o criminoso se mantenham fora de circulação. São depósitos para os socialmente desajustados, e a coerção torna-se a técnica preferida para fazer os internos "se comportarem". Em presídios que diziam fazer uso do reforçamento posi�vo, na verdade faziam uso da privação e fuga/esquiva gerada por ela (ao colocar um preso na solitária e libertá-lo sobre condições de bom comportamento, por exemplo). Outra forma de controle u�lizada é o �me-out, a re�rada de reforçadores posi�vos, que também é uma prá�ca coerci�va equivalente a aplicação de um choque, mas que só funciona se de fato a pessoa estava sendo reforçada posi�vamente antes. Um ensino efe�vo tornará desnecessário punir o indivíduo por seu comportamento. Nas prisões, o controle coerci�vo não deixa alterna�va para o infrator que carece de certas habilidades socialmente desejáveis, não ensina no período de reclusão uma forma diferente de se comportar, e nem desperta no indivíduo a vontade de fazê-lo. Se as prisões oferecessem preparo e novos meios de sobrevivência para o preso, o número de infratores reincidentes diminuiria e consequentemente, a necessidade de novas prisões também. O con�namento como oportunidade de aprendizado é muito mal visto, e isso se origina da falsa noção de que o ensino somente pode ser realizado por meio da coerção. A POLÍCIA Salvo exceções, a polícia é totalmente coerci�va. Como ela se torna cada vez mais coerci�va, a população está começando a encará-la menos como um disposi�vo de proteção do que como choques e sinais de choque. O público começa a esquecer que necessita da polícia como proteção; a polícia começa a esquecer que deve ser protetora. Como alterna�va, poderia se possível dividir as demandas policiais, para que policiais que cuidassem do trânsito, por exemplo, só cuidassem do trânsito e não houvesse a necessidade de armas. Os uniformes da polícia poderiam até mesmo variar, dependendo da atribuição em curso: o público rapidamente aprenderia seus signi�cados e o que esperar de cada um. Além disso, o desarmamento policial deveria começar com o desarmamento dos demais cidadãos. LEMBRETE “Os reforçadores nega�vos fortalecem quaisquer ações que os O único aspecto façam cessar ou desaparecer. bené�co que ele nos proporciona sen�mento de é um alívio; alguma coisa ruim cessou ou foi-se embora. Os reforçadores posi�vos fortalecem quaisquer ações que os tenham produzido. Nos deixa com algo que desejamos, ou em condição de fazer ou obter algo vantajoso, com comportamentos e recursos que nos ocupam produ�vamente e com sen�mentos que não são de alívio, mas de sa�sfação.” FIM DA AULA ( /09) 20
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