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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL GRAZIELA REIS DE SOUZA Alunos: André da Luz Tarliane Zacarias Miranda INFECÇÃO URINÁRIA MASCULINO As infecções do trato urinário (ITU) estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, particularmente em crianças, adultos jovens e mulheres sexualmente ativas, sendo apenas menos frequente que as do trato respiratório. No meio hospitalar s.o as mais frequentes entre as infecções nosocomiais em todo o mundo, sendo considerada a principal causa de bacteremia por Gram negativos. INTRODUÇÃO Zacarias CONCEITO: Multiplicação bacteriana em qualquer segmento do aparelho urinário, ou seja, é a presença de microorganismos nas vias urinárias, habitualmente, bactérias, seja na bexiga, próstata, sistema coletor ou rins. O trato urinário passa a ser o local mais comum de infecções bacterianas sérias Zacarias AGENTE ETIOLOGICO E. coli ocorre em mais de 80% das ITU em meninas e em menos de 40% das ITU em meninos. Proteus sp é mais freqüente em meninos e está associada a presença de fiomose e contaminação pelo esmegma. Pode ser causa de calculose, pois sintetiza uréase, que metaboliza uréia em CO2 e amônia, alcalinizando a urina e formando cálculos, embora a presença de calculo coraliforme é mais freqüente no sexo feminino Zacarias EPIDEMIOLOGIA GERAL Segunda infecção mais freqüente na população em geral; Primeira causa de infecção em hospital e em instituições para idosos (40%); ITUs são as ih mais frequentes e 80% são relacionadas a cateter 12-16% dos pacientes internados vão apresentar itu –rc em algum momento da internação; Risco diario de itu varia de 3-7% em pacientes internados sondados Zacarias INCIDÊNCIA: No sexo masculino após a 5ª e 6ª década de vida, devido a problemas da próstata. A menor incidência de ITU, no sexo masculino, deve-se a fatores anatômicos: uretra mais longa, atividade bactericida do fluido prostático e ambiente periuretral mais úmido. No sexo feminino, além da uretra mais curta, há, também, maior proximidade do ânus com a uretra e o vestíbulo vaginal, o que possibillita a colonização destes por enterobactérias que, habitualmente, causam ITU. Zacarias CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E GENITAL MASCULINO Baixa (Cistite): urgência miccional, polaciúria e disúria (não complicada) Alta (Pielonefrite): mesmas queixas, e febre, dor lombar, calafrios e tremores. (não complicada) Complicada: aparelho urinário com alterações estruturais ou funcionais, infecção crônica, corpos estranhos,cateteres. ITU complicada com ou sem pielonefrite Urosépsis. Uretrite: A uretrite sintomática é caracterizada por algúria e corrimento purulento. Prostatite, epididimite, orquite Zacarias ITUs EM PACIENTES COM SVD 100% de prevalência de bacteriúria Maior incidência de P. aeruginosa, Enterococos e Estafilococos Microbiota polimicrobiana é comum Maior resistência bacteriana Devem ser tratadas somente as ITUs sintomáticas Troca de cateter: recomendada se houver sintomas com nova coleta de urina antes da antibioticoterapia Profilaxia: não recomendada Zacarias DIAGNÓSTICO: O QUE CONSIDERAR NA HISTÓRIA Número de ITUs por ano? Tratamentos anteriores e duração. Investigação realizada ? Atividade sexual: Frequencia? Parceiro:troca? Múltiplos? Quanto tempo apos a relação apareceram os sintomas? Hospitalizações prévias? Patologia nefro-urológica prévia? Litiase? Métodos de higiene íntima? Uso de duchas,\banho imersão? Presença de DM, Imusupressão? Instrumentação genito urinária prévia/cateter vesical? TARLIANE DIAGNOSTICO CLÍNICO Sintomas classicos nem sempre estão presentes Atenção especial para os pacientes mais velhos Atenção para os casos de bacteriuria assintomatica: >50% das pacientes e > 35% dos pacientes acima de 80 anos. Atenção para os pacientes sondados: 2/3 dos casos suspeitos não tinham infecçao. TARLIANE DIAGNÓSTICO CLÍNICO: ITU RELACIONADA A CATETER VESICAL Sinais e sintomas Febre, calafrios, alterações do estado mental, mal-estar, letargia ou com qualquer outra causa identificada;dor no flanco; hematúria aguda, desconforto pélvico; e naqueles cujos cateteres foram removidos,disúria, urgência ou micção frequente ou dor suprapúbica. Pacientes com lesão de medular: aumento da espasticidade, Disreflexia autonômica, ou sensação de mal-estar. Ausência de outros focos infecciosos > 103 ufc/ml bactéria – 1 agente Cateter vesical retirado até 48h. TARLIANE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Urina tipo 1 Urocultura e antibiograma Esterase leucocitária = Sugere piúria Nitrito = produto da redução bacteriana e sugere presença de bactéria Gram-negativa Quando comparado com cultura urina: Sensibilidade de 71% Especificidade de 83% Urocultura: É o exame que confirma a ITU. Confiabilidade depende da coleta adequada. Bacteriúria microbiologicamente significativa = Contagem de colônias = 105 UFC/ml ADNA EXAMES DE IMAGEM Exames De Diagnóstico Por Imagem Indicação de exames de imagem em ITU Febre persistente após 72 h de terapia Infecção por germes resistentes ou incomuns História de cálculo Obstrução Insuficiência Renal Diabetes Mellitus ITU recorrente ITU de repetição Homens ADNA ULTRASSONOGRAFIA Indicação: Diagnóstico confirmado Freqüência: 1 vez no início do tratamento; Se alterado, repetir ao final do tratamento. Descarta hidronefrose e abscessos renais Avalia tamanho renal Pode evidenciar pielonefrite aguda Detecta 30% das cicatrizes renais (diferença dos rins > 1 cm) Detecta apenas 40% dos casos EXAMES DE IMAGEM ADNA TRATAMENTO: A escolha do antimicrobiano mais adequado baseia-se no antibiograma e na observação da resposta ao tratamento com antibióticos empírico e na ocorrência de recorrência ou re-infecção. Limite de resistencia variando entre 10-25% (20%) para que um ATM possa ser utilizado rotineiramente em ITU Brasil = ampicilina e SMT-TMP já superaram tal R (>50%) Brasil = 5-10% das E. coli R as quinolonas ANDRE OBJETIVOS DO TRATAMENTO Eliminar a infecção aguda Prevenir a urosepsis Reduzir chance de dano renal Quanto mais precoce, menos lesão ANDRE Quinolonas = maior concentração no aparelho urinário Norfloxacina 400 mgVO 12/12 h Ciprofloxacina 250 mgVO 12/12 h (cistite) Ciprofloxacina 500 mgVO 12/12 h Levofloxacina 500 mgVO 1x/dia Moxifloxacina = não aprovada para ITU Alternativas: Cefalexina 500 mg VO de 6/6 h Nitrofurantoína 100 mg VO de 6/6 h Fosfomicina 3 g VO dose única TRATAMENTO: ANDRE MEDIDAS PREVENTIVAS Apesar de alguns fatores contribuírem para o surgimento da infecção urinária, é possível prevenir o problema com algumas medidas. Beber muita água: De forma que a urina saia de forma límpida; Urinar depois da relação sexual; Não segurar urina por muito tempo: Caso este seja um problema recorrente, procurar um urologista para investigar outros fatores que possam estar relacionados a infecção urinária de repetição ANDRE As infecções do trato urinário representam um problema de saúde grave, em parte devido à sua ocorrência frequente. As evidências clínicas e experimentais sustentam que a subida de microrganismos pela uretra é a via mais comum que conduz a infecções do trato urinário, principalmente organismos de origem entérica Siga corretamente as orientações médicas, o que deve resultar em sucesso do tratamento e o restabelecimento pleno do paciente. É muito importante comparecer ao retorno marcado para acompanhamento da infecção urinária que, se não bem tratada, pode evoluir com insuficiência renal. CONSIDERAÇÕES FINAIS ADNA REFERENCIAS