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TRABALHO COOMBS

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Centro de Educação Profissional Graziela reis de Souza
Professora: Sônia Balieiro 
Disciplina: Análises Hematológicas II
Macapá-AP
2015
Centro de Educação Profissional Graziela reis de Souza
Professora: Sônia Balieiro 
Disciplina: Análises Hematológicas II
Alunos: Ananda Yasmine
Lizandra Leal
Nielson Benjamim
Paulo Zagalo
Tarliane Teles
INTRODUÇÃO 
As imunoglobulinas, como outras proteínas, podem ser imunogênicas quando utilizadas para imunizar indivíduos de outras espécies. A maioria das anti-imunoglobulinas geradas desta maneira reconhecem as regiões conservadas de todos anticorpos de mesma classe. Os anticorpos anti-imunoglobulinas foram inicialmente desenvolvidos por Robin Coombs para estudar a anemia hemolítica do recém nascido e o teste para esta doença é denominado de Teste de Coombs.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO TESTE DE COOMBS EM MULHERES GESTANTES?
Anticorpos maternos da classe IgG podem atravessar a placenta e lesar as hemácias fetais. A doença hemolítica do recém-nascido é observada com mais frequência quando existe incompatibilidade materno-fetal quanto ao antígeno D. Assim, mulheres Rh negativas, cujos filhos são Rh positivos, podem ser imunizadas pelas células fetais, por ocasião do parto. Geralmente este primeiro filho não sofrerá ação dos anticorpos maternos, mas um segundo filho poderá ser prejudicado. Os anticorpos maternos, entrando na circulação fetal através da placenta, fixam-se às hemácias e causa destruição destas células. Para compensar a anemia resultante, a medula fetal responde excessivamente, assim como outros órgãos hematopoiéticos. Como conseqüência evidencia-se eritroblastose, anemia e hepato-esplenomegalia.
TESTE DE COOMBS DIRETO: 
Neste teste anticorpos maternos que atravessaram a placenta podem ser detectados ligados nas hemácias Rh positivas do bebê. Para isso as hemácias do bebê são coletadas, lavadas para remoção de anticorpos não ligados, e simplesmente incubadas com anti-imunoglobulina humana. O teste é denominado de Coombs Direto, pois a aglutinação presente vai indicar a presença dos anticorpos anti-Rh ligados nas hemácias do bebê.
PROCEDIMENTO:
-Em um tubo de ensaio adicionar 100 L de hemácias do recém-nascido a ser testado, que já foram previamente lavadas para remoção de possíveis anticorpos não ligados;
-Adicionar em seguida 100L de anti-IgG humana (soro de Coombs);
-Centrifugar o tubo a 1.000rpm por 2 minutos à temperatura ambiente;
-Para visualizar com maior precisão se houve aglutinação, derramar o sangue centrifugado em uma lâmina de microscópio.
RESULTADO: 
Se aglutinar é sinal que o bebê já tinha anticorpos anti-D maternos da classe IgG que atravessaram a placenta e se ligaram às suas hemácias promovendo sua lise e fagocitose e haverá necessidade de transfusão sanguínea. Se não aglutinar, é porque não houve passagem de anticorpos maternos anti-D através da placenta.
TESTE DE COOMBS INDIRETO:
 Este teste é para se detectar a presença de anticorpos anti-Rh não aglutinantes no soro dos indivíduos Rh negativos. Neste teste o soro é inicialmente incubado com hemácias do tipo “O Rh positivas”, que se ligarão caso os anticorpos anti-D estejam presentes. Utilizam-se hemácias do tipo O para evitar a ligação cruzada de antígenos A ou B cujos anticorpos também podem estar presentes no soro testado (por exemplo, se o indivíduo Rh negativo for do tipo sanguíneo O). Depois deste passo, as hemácias são lavadas para retirar os anticorpos não ligantes e, em seguida incubadas com anti-imunoglobulina. Este passo levará à aglutinação das hemácias indicando a positividade do ensaio. Este mesmo ensaio é feito para determinar a presença do antígeno Du.
PROCEDIMENTO:
-Em um tubo de ensaio adicionar 100 L de soro da paciente Rh negativo a ser testado,
-Adicionar em seguida 100 L de hemácias O Rh positivas;
-Incubar por 5 minutos a temperatura ambiente;
-Encher o tubo com aproximadamente 2,0mL de solução salina para retirar excesso de anticorpos não ligados;
-Centrifugar o tubo a 1.000rpm por 2 minutos à temperatura ambiente;
-Desprezar o sobrenadante na pia com cuidado para não jogar fora o botão de hemácias;
-Adicionar em seguida 100L de anti-IgG humana (soro de Coombs);
-Centrifugar o tubo a 1.000rpm por 2 minutos à temperatura ambiente;
-Para visualizar com maior precisão se houve aglutinação, derramar o sangue centrifugado em uma lâmina de microscópio.
RESULTADO:
 Se aglutinar é sinal que a paciente tem anticorpos anti-D classe IgG em seu soro que estão de forma perigosa atravessando a placenta e se ligando às hemácias Rh positivas do bebê promovendo sua lise e fagocitose. Se não aglutinar, é porque não houve sensibilização da mãe com este antígeno em gestações ou transfusões anteriores.
CONCLUSÃO 
O teste de Coombs é importante na descoberta, da presença de anticorpos incompletos recobrindo a superfície das hemácias. Podendo ser descoberto se o paciente possui algum tipo de doença auto-imune, diagnóstico da doença hemolítica do recém-nascido e se apresentou reação a uma transfusão sanguínea.

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